sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Michelle Martins no Paparazzo

Paparazzo - à Deusa de Fina Estampa


 Michelle Martins não é lá uma exímia dona de casa, mas encarnou direitinho o papel para o ensaio do Paparazzo, inspirado no clipe da música "Why Don't You Love Me", de Beyoncé. A atriz, que vive a Deusa na novela "Fina Estampa", posou em uma casa em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Assista ao vídeo e veja tudo que rolou nos bastidores.





Veja todo o ensaio no link abaixo

http://ego.globo.com/paparazzo/ensaio/michelle-martins.html


domingo, 29 de janeiro de 2012

Faltou habilidade à presidência da Câmara, diz Júlia Arruda sobre CEI

Politica - CEI dos Contratos

Vereadora faz balanço das investigações dos Contratos e analisa que houve inabilidade na condução do processo de investigação por parte da presidência.

EJ / Nominuto.com
Júlia Arruda sobre condenação de Protásio: não há relação entre CEI e Impacto
Quando Henrik Ibsen escreveu em 1879 a peça "Casa de Bonecas", ele chocou a Escandinávia ao propor que Nora, personagem central do enredo, rompesse com os paradigmas impostos à classe feminina e ousasse. De delicada dona do lar, Nora sepultou sua condição se subserviência e decidiu empregar para o mundo seus atributos de capacidade intelectual.

Mais de 100 anos depois, o enredo continua atualíssimo, e pode ser aplicado ao exemplo da vereadora Júlia Arruda (PSB). De um belo rosto no início de sua legislatura, passou a ser conhecida por suas posições firmes e sua atuação parlamentar.

Ninguém se engane: por trás dos traços de delicadeza da vereadora de 29 anos, há uma figura com equilíbrio e astúcia. Arruda sabe a hora e o momento de agir e não é adepta de discursos inflamados e posições ortodoxas.

A postura lhe rendeu conhecimento social e projetou a parlamentar para a presidência da Comissão Especial de Inquérito dos Contratos. Houve quem apostasse em seu naufrágio à frente da CEI. Frustrou-se.

Júlia tem o desafio agora de convencer o plenário da Câmara a votar uma peça técnica produzida por um dos condenados da Operação Impacto, o vereador Júlio Protásio (PSB), que renunciou às suas atribuições para não comprometer a CEI.

A vereadora diz que Impacto e CEI são coisas que não se misturam, e que tudo não passa de tentativa de desqualificação.

Júlia abriu as portas de seu gabinete à reportagem na quinta-feira (26), minutos antes de Protásio renunciar à relatoria. A parlamentar do PSB pediu adiamento da primeira data da entrevista. Preferia munir documentos para dar uma entrevista bem embasada.

Não foi preciso. Sem titubear ou consultar fontes externas, ela desfiou críticas, fez um balanço de seus trabalhos e analisou o quadro eleitoral deste ano na seguinte entrevista ao Nominuto.com:



A CEI chega ao fim dos trabalhos. A sensação é de dever cumprido?


Júlia Arruda: Sensação é de estar cumprindo o dever. Vou dizer que estará cumprido quando o relatório for apresentado e votado. Não pedi a CEI, quem deu entrada no processo foi a vereadora Regina, que uma vez inviabilizada eu assumi, sempre com a prerrogativa de membro do Legislativo, cujo papel é fiscalizar. Espero ter mantido meu papel de forma transparente e de forma equilibrada. Foi um trabalho árduo e desgastante, mas a sociedade espera algo, um resultado final.

O que há de conclusivo nessas investigações?

JA: Até me pronunciei ontem sobre isso. Só vou falar quando tiver acesso ao relatório final, cujo resultado preliminar será apresentado na segunda-feira. Posso adiantar os pontos destacados e irregularidades notáveis, o que justificou acareações e visitas técnicas.

Você não teme a associação do relatório à condenação do vereador Júlio Protásio na Operação Impacto?

JA: Outro ponto é associar a condenação da Impacto com a CEI. Uma coisa não inviabiliza outra. A condenação dos vereadores Protásio e Adenúbio Melo saiu agora, mas são vereadores que exercem sua legislatura em sua plenitude. A postura do relator [Júlio Protásio], inclusive, me surpreendeu. Aqueles que não acreditavam na isenção do processo... Foi de isenção. E há vereadores na CEI sem condenação na Impacto e que conduziram responsavelmente as investigações. A tentativa de associar Impacto e CEI é para desqualificar.

Esse relatório vai motivar novo pedido de impeachment da prefeita?
JA: Eu prefiro ser mais cautelosa. A prefeita diretamente não foi citada nos depoimentos. Os auxiliares e ex-auxiliares fizeram jogo de empurra entre eles. Como gestora, todavia, ela deve estar ciente das falhas dentro de sua administração. Se houve falha, a prefeita é corresponsável. Mas falar de impeachment agora não me é pertinente. Prefiro me ater ao relatório, que se responsabilizar os gestores teremos corresponsabilização da chefe de Executivo.

Que critérios foram considerados para escolha dos contratos investigados?

JA: Essa foi uma fase minuciosa. A CEI era restrita aos aluguéis, mas houve aquela polêmica da extinção. Foi preciso nova CEI, mas com objeto de investigação diferente. Todos os contratos da Prefeitura seria uma CEI do Fim do Mundo. Então reunimos os principais contratos, os mais emblemáticos e com repercussão. Juntamos outros que nos chamavam atenção. Todas as secretarias tiveram contratos investigados pela CEI, mas nos atemos, repito, aos mais significativos e que tinham suspeitas.
Mas isso acabou gerando críticas. A CEI pareceu direcionada.

JA: Mas aí também como o objeto de investigação aumentou, teríamos que pegar aqueles realmente... Tem contrato, para você ter ideia, publicados no DOM, sem data de vigência, valor etc. Foram mais de 180 contratos, não vejo como possa ter havido direcionamento.
E quais os prazos para apresentação do conteúdo final do relatório?

JA: Após a disponibilização do relatório aos demais membros da CEI. Após a volta dos trabalhos legislativos esperamos apresentar antes do carnaval.
O prazo quase março. Não há o risco de uso eleitoreiro desse relatório?
JA: Não tem como votar antes de fevereiro. Eu tinha o interesse de que a CEI tivesse acabado em dezembro. Mas havia depoimentos que indicavam a necessidade de mais investigação.

A prefeita reclamou que a CEI surgiu às avessas. Ela teria sido criada para buscar um fato concreto e não partido de um.

JA: Isso foi uma tentativa de desqualificação da prefeita e de seu líder na Casa, o vereador Enildo Alves (DEM). Existiu sim fato concreto. Em três bairros diferentes, seis imóveis alugados em duplicidade para um mesmo fim, e sem que estivessem funcionando. Isso desencadeou a CEI dos Aluguéis, além do contrato de locação do Novotel. Faltou à Câmara, à presidência, habilidade para conduzir isso. Foi preciso um grupo de estudantes se instalar aqui para que essa CEI fosse deflagrada. A tentativa de extingui-la só causou revolta na sociedade. Então foi preciso abrir outra CEI, essa que concluímos.
Vamos falar sobre eleição. Qual o seu projeto para este ano? Vai tentar a reeleição?
JA: Vou, vou!

Mas e se o PSB lhe indicar para compor chapa com Carlos Eduardo?
JA: Também já foi interrogada sobre isso. Meu objetivo hoje é trabalhar para minha reeleição. Essa questão de possível aliança com o PDT ainda não foi tratada. A única conversa pensando no próximo pleito eu tive com a cúpula do partido e a ex-governadora Wilma, que tenta articular sua candidatura própria. Eu defendo isso. Candidatura própria do partido. Não havendo essa viabilidade, penso que devemos unir as forças da oposição.
Mas se você for chamada...

JA: Não, eu fico feliz em sem lembrada. Se sou lembrada é por causa da atuação de nosso mandato. Mas ainda não posso responder sobre uma coisa sobre a qual não fui ouvida, não fui consultada