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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Em e-mail, Gilson Moura é apontado como beneficiário de lucros de empresas de Rychardson

Politica - RN

Deputado Gilson Moura é citado em trocas de e-mails entre réus da Operação Pecado Capital
-mails trocados entre réus da Operação Pecado Capital citam o deputado estadual Gilson Moura (PV) como suposto beneficiário de esquema fraudulento investigado. Em e-mails trocados entre sócios de empresas investigadas por suposta lavagem de dinheiro desviado irregularmente do Ipem, um dos réus afirma que verba das referidas lojas teriam sido utilizadas para a compra de bens por Gilson Moura e para a campanha eleitoral do então candidato à reeleição.

 
Na troca de e-mails, os dois acusados de participação no denunciado esquema da Operação Pecado Capital falam sobre o suposto pagamento de um veículo e uma casa para o deputado Gilson Moura, além de pagamentos para campanha eleitoral. Em uma discussão acerca da divisão de lucros da loja Platinum Veículos, Acácio Forte, sócio de Rhandson de Macedo, que é irmão de Ryhcardson, reclama sobre o pouco lucro na loja de carros. Rhandson, de acordo com a leitura de um e-mail realizada pelo juiz da 2ª. Vara Federal, Walter Nunes, responde e relata suposto benefício a Gilson Moura.

"Você acha que esse dinheiro ficou com a gente? Pergunte como foi paga toda a campanha de Gilson. Pergunte a ele como foi quitado o carro dele e a casa que ele acabou de trocar", diz o e-mail que está nos autos do processo e é utilizado como prova.

Na manhã de hoje, estão sendo realizados os interrogatórios dos réus do processo. Daniel Vale foi o primeiro a falar e negou toda e qualquer participação no suposto esquema. A leitura do e-mail foi realizada no interrogatório de Acácio Forte. Serão ouvidos ainda hoje cinco pessoas, incluindo Rychardson de Macedo Bernardo, principal acusado do suposto esquema fraudulento, segundo o Ministério Público.

A reportagem da TRIBUNA DO NORTE ainda não conseguiu o contato com o deputado Gilson Moura para que ele comentasse o fato. Em ligação ao telefone do parlamentar, um assessor disse que o deputado não estava próximo ao telefone no momento.

Depoimentos

Três acusados de participação no suposto esquema da Operação Pecado Capital decidiram não participar do interrogatório. Como se trata de um instrumento de defesa, o juiz federal Walter Nunes disse que é uma opção dos acusados participar ou não no interrogatório.

Por isso, Adriano Nogueira, Aécio Fernandes e Rhandson de Macedo Bernardo, irmão de Rychardson, não irão responder aos questionamentos do juízo. Anteriormente, os réus Daniel Vale e Acácio Forte se negaram a responder às perguntas do Ministério Público Federal.

Os interrogatórios da Operação Pecado Capital devem se estender até o período da tarde.

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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Wilma não aceita insinuações envolvendo seu nome com operação Pecado Capital

Politica - RN

A ex-governadora Wilma de Faria divulgou nota sobre a "Operação Pecado Capital", que resultou na prisão de Rychardson de Macedo, ex-diretor do Ipem. Wilma ressalta que partiu dela a ordem para exoneração do auxiliar e diz que não aceita insinuações que envolvam seu nome no suposto esquema fraudulento.



"Recebi, quando governadora, em 2010, denúncias de irregularidades no IPEM. Imediatamente determinei à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, à qual o órgão é vinculado, solicitar uma auditoria federal ao Inmetro, de onde é proveniente considerável parte da receita destinada ao IPEM. Ao Inmetro, o IPEM deve prestar contas da aplicação desses recursos", disse a governadora através de nota.


Segundo Wilma, a decisão para demitir Rychardson, que ocupou o cargo de 2007 a abril de 2010, foi dela. "Decidi demitir o diretor por considerar graves as acusações e incompatíveis com a sua permanência na função. O ato foi assinado no dia 24 de fevereiro de 2010, por mim e pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Segundo Paula, e publicado no Diário Oficial do Estado. Na mesma edição, consta a nomeação de Diego Severiano da Cunha para substituir o exonerado", explicou a ex-governadora.


De acordo com Wilma de Faria, o secretário Segundo de Paula foi designado para atuar diretamente no IPEM, acompanhando e auxiliando os profissionais que realizavam a auditoria. "Agi com rigor e transparência e não posso aceitar qualquer insinuação em torno do meu nome com o fato, que está nas mãos da Justiça", finalizou.


A Operação "Pecado Capital" teve como base investigações dentro do Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte (Ipem/RN), que foi comandado por Rychardson de Macedo Bernardo entre 2007 e 2010. Ele e outras três pessoas foram presas e outro segue foragido da Justiça.


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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ex-diretor do Ipem cita Gilson Moura em áudio da "Pecado Capital"

Politica - Corrupção - Ipem - RN



Rychardson de Macedo diz que 53 "colaboradores" contratados através de empresa terceirizada são "pessoas de Gilson".




Numa das gravações da Operação “Pecado Capital”, deflagrada nesta manhã pelo Ministério Público, o advogado e ex-diretor do Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Rio Grande do Norte (Ipem-RN), Rychardson de Macedo Bernardo, acusado de ser o “chefe” da “organização criminosa” que desviava recursos públicos do órgão, cita o nome do deputado estadual Gilson Moura (PV) como responsável pela indicação de 53 “colaboradores”, contratados através da empresa FF Empreendimentos LTDA, que recebiam diárias da autarquia estadual.



Entre os crimes investigados pelo MP estão o desvio de recursos públicos através de funcionários fantasmas, pagamento indiscriminado de diárias a funcionários terceirizados, fraudes em licitações, recebimento de propina oriunda de fiscalizações de fachada e criação de empresas para lavagem de dinheiro público.


No áudio, com duração de pouco mais de sete minutos, Rychardson conversa com o advogado Daniel Vale Bezerra, um dos cinco detidos na operação deflagrada pelo MP e pela Polícia Militar, sobre como o delegado responsável pelo inquérito, Matias Laurentino, adjunto da Deicot (Delegacia Especializada em Crimes Contra a Ordem Tributária), descobriu o esquema montado no Ipem.


“Ele [delegado] deve ter pego (sic) as diárias que a gente botava praquele povo lá. Eles tão achando que esse pessoal é da terceirizada, que não é. É da prestação de serviços. Aí tem aquele povo todinho que a gente botava. Tem muita gente de Gilson?”, questiona o ex-diretor do Ipem.


Daniel Vale responde que deve haver umas “500 pessoas”, mas em seguida diz que 500 é “exagero”. “Tem 53. Não, tem muita gente. Tem muita gente vagabunda. Ele [delegado] quer os dados todos. Tá pedindo CPF e os endereços. Só é dizer que não tem”, comenta o advogado.


Rychardson assumiu a direção-geral do Ipem em 2007, por indicação de Gilson Moura, na segunda gestão da ex-governadora Wilma de Faria (PSB). Ele ficou à frente do órgão até março de 2010, tendo sido exonerado do cargo poucos dias depois da posse do vice-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB), que herdou a titularidade com a desincompatibilização de Wilma para concorrer ao Senado.


Rychardson é articulador das campanhas eleitorais de Gilson Moura desde 2006. De acordo com uma fonte que pediu para não ser identificada, ele fazia parte do “G1” do deputado estadual. A designação representa “o grau mais importante” na hierarquia dos colaboradores do parlamentar. “O G2 era formado pelos familiares dele [Gilson Moura]. Já o G3 eram as pessoas menos importantes”, contou a fonte.


“Temos que tirar esse bicho”


Incomodado com os rumos da investigação, Rychardson usa gírias para descrever o delegado, afirma que ele está “mexendo nesse negócio das diárias” e, por isso, teria que fazer alguma coisa para “tirar esse bicho [o delegado] daí [da Deicot]”.


O Ipem, segundo a acusação do Ministério Público, “teve suas estranhas corroídas ante a prática corrupta de agentes públicos vorazes pela obtenção de dinheiro fácil”. A “organização criminosa” era liderada pelo ex-diretor Rychardson de Macedo Bernardo, pelo empresário Rhandson Rosário de Macedo Bernardo, sócio e irmão do ex-diretor; pelo analista de sistemas Adriano Flávio Cardoso Nogueira; pelo engenheiro civil Aécio Aluízio Fernandes de Faria; e pelo advogado Daniel Vale Bezerra.


As investigações que resultaram na Operação “Pecado Capital” começaram em 2010, quando o MP, com base numa auditoria realizada no Ipem pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) detectou um “vasto rol de irregularidades no âmbito da referida autarquia estadual”.


O MP afirma que os cinco citados na petição “se associaram para desviar recursos públicos do IPEM-RN, das mais variadas formas”.


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