sábado, 20 de agosto de 2011

Exercícios pélvicos melhoram perda urinária

Saúde - Perda Urinária


Incontinência urinária limita a vida de muitas mulheres. Uma revisão de estudos avalia se (e como) os exercícios perineais aliviam este incômodo problema



A incontinência urinária é um problema comum entre os adultos. Sua incidência aumenta com a idade e é mais freqüente em mulheres, sendo particularmente comum entre as mulheres idosas. As estimativas da prevalência de incontinência urinária feminina variam de 10% até 40%. E é possível que estes números não reflitam a verdadeira dimensão do problema, já que à subnotificação é comum. As pessoas ficam envergonhadas de dizer que perdem xixi sem querer. Um das linhas de tratamento é a prática de exercícios. Isso inclue os exercícios para os músculos do assoalho pélvico. Mas será que isso funciona ?. Pois bem, um estudo recente faz uma revisão do tema, sumarizando os principais resultados de diversas pesquisas sobre os benefícios da utilização do exercício muscular do assoalho pélvico, no tratamento da incontinência urinária nas mulheres.



E a primeira conclusão é muito boa: até 70% dos casos apresentam melhorias dos sintomas de incontinência urinária de esforço, após o tratamento com exercícios. E esta melhoria é evidente em todas as faixas etárias. Outro dado é que há evidências de que as mulheres têm melhor desempenho com regimes de exercício supervisionado por fisioterapeutas e enfermeiros especializados em continência urinária, em oposição aos cuidados não supervisionados. Ou seja, há evidências satisfatórias para se recomendar o uso de exercício do músculo do assoalho pélvico para ajudar as mulheres com todos os tipos de incontinência urinária.


No entanto, o tratamento é mais benéfico em mulheres com um tipo específico de perda urinária: a de esforço, isoladamente. E mais uma ressalva, os resultados são melhores após pelo menos 3 meses de treinamento muscular. Isso mesmo, pelo menos 3 meses de exerícios. É. Vamos torcer para que as mulheres prefiram gastar energia em vez de perder xixi.


Insônia custa caro para a sociedade

Saúde - Insônia - Brasil


A insônia afeta 10% da população mundial é um problema mais comum para os idosos e para as mulheres. Um estudo americano avalia o impacto econômico da insônia



Insônia é um problema na vida de muitas pessoas, principalmente em idosos e nas mulheres. E nas pessoas com problemas médicos e psiquiátricos. Ela pode ser definida como dificuldade em iniciar ou manter o sono, ou como sono de má qualidade, que tem efeito negativo sobre as atividades do dia a dia. Insônia pode ser uma condição primária ou decorrente de um transtorno subjacente. Neste caso, ela é mais comum em associação com dores, problemas físicos ou psicológicos.
 
 
Uma revisão examinou o impacto da insônia na sociedade por meio de índices de qualidade de vida, utilização de serviços de saúde, entre outros tópicos. Dois grupos foram avaliados: adultos entre 18 e 64 anos e idosos, pessoas com mais de 65 anos. Resultados mais do que esperados: as conseqüências sociais da insônia são consideráveis e incluem problemas de qualidade de vida e aumento na utilização dos serviços de saúde. A piora da qualidade de vida e das atividades diurnas, comuns na insônia, pode levar a efeitos indiretos, como menor produtividade do trabalho, aumento dos dias sob licença médica, e uma maior taxa de acidentes com veículos automotores. Para ficar apenas num exemplo, as conseqüências econômicas associadas ao desempenho reduzido no trabalho, devido à insônia, são significativas e podem ser mais importantes do que aquelas associadas com o absentismo. Uma estimativa em adultos com insônia primária crônica relatou que o custo total da insônia devido à redução do desempenho no trabalho era de 860 dólares, mas os custos totais, o que incluía perda de produtividade e falta ao trabalho, foram de 1100 dólares por pessoa ao longo de 6 meses. Ou seja, a insônia é associada com significativo aumento de custos diretos e indiretos para a sociedade. E é quase impossível separar os custos associados com insônia primária e transtornos psiquiátricos.


A proposta dos autores é investimento na padronização do diagnóstico da insônia e a quantificação mais precisa do verdadeiro fardo social do problema. Só assim vai ser possível maior compreensão desta desordem que é muita séria já que estudos estimam que pelo menos 10% da população mundial sofre com a insônia. Mas que apenas 5% das pessoas insones recebem tratamento adequado. Os outros 95% se limitam a continuar virando na cama ou contando carneirinhos. E ainda por cima vão dividir a conta com quem dorme muito bem.

Convenção do DEM reflete aproximação com Henrique e o PMDB

Politica - RN



Mais que um simples evento meramente partidário, a convenção do Partido Democratas (DEM) do Rio Grande do Norte, ocorrida na manhã deste sábado (20), na Assembleia Legislativa, deixou claro a disposição de aproximação com o PMDB e por outro lado de distanciamento com o PSD do vice-governador Robinson Faria. Reconduzido ao cargo de presidente estadual do DEM (função que acumulará com a presidência nacional) o senador José Agripino Maia agradeceu a presença dos líderes peemedebistas Henrique e Garibaldi Alves, dos aliados do PSDB e PP, e também fez questão de nominar o nome do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Motta, que faz parte do grupo que já abre a porta do novo partido criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.



"Eu agradeço imensamente a presença do presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta, filiado do PMN. Fiquei muito feliz com a vinda dele aqui", disse José Agripino ao saldar os presentes. O nome do vice-govenrador sequer foi mencionado, inclusive pela governadora Rosalba Ciarlini que fez questão de citar parceiros e parceiras que ajudaram a pôr em prática e consolidar interesses do Estado.



A troca de gentilezas com o PMDB foi uma das tônicas do encontro. O deputado Henrique Alves disse que a partir de agora se recusa a subir em palanque diferente do senador Garibaldi Alves, que apoiou Rosalba Ciarlini desde a eleição de 2010.



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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Grupos gays ameaçam entrar na Justiça contra outdoor de evangélicos

Evangelicos - Gays - Brasil


Ribeirão Preto terá Parada do Orgulho Gay no próximo domingo (21).
Pastor refuta homofobia porque 'Bíblia está escrita há milhares de anos'.
 
 
Os organizadores da Parada Gay de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, prometem contestar na Justiça outdoors colocados pela igreja evangélica Casa de Oração que citam mensagens bíblicas sobre homossexualidade. Os grupos gays reclamam de provocação, já que no domingo (21) ocorre a 7ª Parada do Orgulho Gay no município.
 



Segundo o pastor Antônio Hernandes Lopes, no entanto, o objetivo é apenas “expressar o que Deus diz a respeito da homossexualidade”. Nas frases, que citam a Bíblia, lê-se: “Assim diz Deus: ‘Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável...’”. Há ainda outras duas passagens relacionadas ao tema.


"Todos os seres humanos têm direito a expressar o que quiserem, mas têm o ano todo para fazer isso. Fazer na semana da diversidade é uma maneira de ataque, não tinha essa necessidade", afirma Agatha Lima, uma das responsáveis pela Parada Gay na cidade.


“Estamos aproveitando a oportunidade que eles estão divulgando a maneira de viver deles para expressar o que Deus diz a respeito”, rebate o pastor. Ele diz que o outdoor foi colocado em um ponto distante do trajeto da Parada Gay, justamente para evitar confrontos.


Mas não é o que diz Agatha Lima. "Esse outdoor é apenas um dos cinco que foram instalados na cidade. E esse, próximo à Câmara Municipal, está a um quarteirão do nosso Centro de Referência da Diversidade Sexual", diz.


O pastor da Igreja Casa de Oração refuta a acusação de homofobia: “É algo que já está divulgado há milhares de anos”, afirma Antônio Hernandes. “Nós amamos essas pessoas, oramos por elas, elas são bem-vindas, mas a vida, a forma que elas vivem, está contrária àquilo que Deus diz”, argumenta.
 
 
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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Boneco é "preso" e ganha solidariedade

Politica - Natal - RN



A prisão do Boneco Cidadão - criado há cerca de três meses para denunciar os buracos nas ruas de Natal -, gerou uma grande movimentação nas redes sociais, na tarde de ontem. Segundo um dos criadores do famoso boneco, Francisco Gomes de Lima, conhecido como Chiquinho, durante um protesto realizado nas proximidades da prefeitura de Natal, em virtude de um buraco na via, uma equipe da Secretaria de Serviços Urbanos (Semsur) apreendeu o boneco. O caso foi parar na delegacia, tendo em vista que Chiquinho fez um Boletim de Ocorrência (BO) e informou que entrará em contato com um advogado para entrar com uma ação para liberar o boneco. A partir às 14h, será realizada, na frente da prefeitura, a Marcha dos Bonecos, uma manifestação em protesto à prisão do boneco.

 
De acordo com Chiquinho, que é m dos líderes do movimento que critica a situação da malha viária de Natal, afirmou que foram cerca de 15 pessoas para carregar o boneco, tendo em vista que ele possui cerca de três metros de altura. "Estávamos no meio de uma manifestação quando eles chegaram e jogaram, de maneira brusca, o boneco numa caminhonete. Eles alegaram que o ato de protesto estava impedindo as pessoas de caminharem pela via. Na hora em que eles prenderam o boneco, alguns funcionários da prefeitura fizeram a maior festa. Acontece que não sabemos para onde ele foi levado e queremos de volta. Ele é uma criação de diversas lideranças comunitárias que estão revoltadas com a situação das vias de Natal. Temos o apoio de muitos segmentos da sociedade", afirmou Chiquinho.


Desde que foi criado, o Boneco Cidadão percorre as principais ruas das quatro regiões da cidade para denunciar a situação de conservação da malha viária. A fama veio também com a ajuda da internet, já que o boneco tem um blog (www.bonecocidadao.blogspot.com) e um Twitter (@boneco_cidadao) para publicar fotos e as ruas que percorre. A reportagem do Diário de Natal entrou em contato com o titular da Semsur, Cláudio Porpino para esclarecer o assunto eo mesmo informou que desconhece o caso. "Não foi a nossa equipe que fez essa apreensão", declarou. Há informações de que o boneco teria sido preso pela equipe da Semurb, mas o secretário Bosco Afonso não concedeu entrevista, ontem, pois estava numa reunião.
 
 
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Iberê descobre tumor no cérebro

Politica - RN


Ex-governador está em São Paulo, de onde anunciou via Twitter a descoberta.


 
Depois de vencer uma batalha contra o câncer no ano passado, o ex-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) anunciou via Twitter que descobriu um novo tumor, dessa vez no cérebro.


"Amigos, estou diante d + um desafio. Em SP, descobri novo tumor, esse bem pequeno e na área periférica do cérebro. Farei cirurgia logo mais", postou no microblog.

Iberê pediu preces: Conto com as orações de todos vocês. Tenho muita fé e confio que Deus irá me ajudar a vencer mais essa batalha
 
 
 
 
 
 
Cirurgia de Iberê é marcada para quarta-feira
 
 
Ex-governador está internado e realiza durante esta terça-feira (16) exames pré-operatórios.


A radiocirugia que o ex-governador Iberê Ferreira de Souza fará para a retirada do tumor no cérebro foi marcada para a quarta-feira (17) à tarde. De acordo com informações da assessoria de imprensa do ex-gestor, a data foi escolhida devido à necessidade de realização de exames pré-operatórios.


 
De acordo com os médicos, a escolha por uma rádio cirurgia – intervenção diferenciada, em que não corte – foi feita devido à superficialidade do tumor. A equipe médica informou, à assessoria de Iberê, que este é um tumor precoce.


De acordo com a assessoria, o diagnóstico foi dado durante exames de rotina. “Depois do tumor no pulmonar, Iberê fazia revisões periódicas e foi em uma delas que ele descobriu o tumor, mas o ex-governador passa bem, está internado e tranqüila quanto ao sucesso da operação”, esclareceu a assessoria.


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domingo, 14 de agosto de 2011

O PESO DO AVC E DA FIBRILAÇÃO ATRIAL

Saúde - RN - Brasil


Isaac Ribeiro - repórter da Tribuna do Norte



Existe um perigo oculto entre nós. Um mal causador de um número cada vez maior de vítimas no mundo e no Brasil. A cada cinco minutos um brasileiro morre em decorrência de acidente vascular cerebral, também conhecido popularmente como derrame. São 100 mil pessoas mortas por ano. As causas estão diretamente relacionadas a um descompasso no coração, gerado na maioria das vezes pela fibrilação atrial, uma arritmia cardíaca diagnosticada com frequência crescente, em pessoas de várias idades, que aumenta em cinco vezes as chances de AVC.




O AVC ocorre quando as artérias que irrigam sangue para o cérebro são obstruídas (isquêmico) ou se rompem (hemorrágico), provocando a morte do tecido cerebral. Pode causar sequelas, de acordo com a área afetada, como paralisia, dor, perda da capacidade de falar e entender, danos à memória, ao raciocínio e a processos emocionais.



Após 50 anos sem novidades nessa área, surge um tratamento inovador que promete revolucionar a vida dos pacientes de fibrilação arterial, e outros agravadores de risco, garantindo maior eficácia e mais segurança aos pacientes. O novo medicamento reduz em 75% os riscos de AVC em pacientes diagnosticados como propensos. A convite da Boehringer Ingelheim, o TN Família esteve na coletiva de imprensa de lançamento do Pradaxa, realizada na última terça-feira, em São Paulo.


"A nova geração de anticoagulantes orais chega para suprir as sérias limitações da terapia atual, que inclui interações medicamentosas, alimentares, necessidade de exames de sangue mensais ou até semanais e risco de hemorragia", salienta Dalmo Moreira, eletrofisiologista, chefe da seção médica de Eletrofisiologia e Arritmia do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia de São Paulo. "Estamos lidando com uma doença que tem uma altíssima taxa de mortalidade. Seria essa a maior causa de óbito no Brasil na atualidade", completa o médico, que participou da coletiva junto com o neurologista vascular Alexandre Pieri, responsável pelo ambulatório de Acidente Vascular Cerebral da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), e ainda Luciana Giangrande, cardiologista e gerente médica da Boehringer.


AVC É a maior causa de mortes prematuras no Brasil

O acidente vascular cerebral é a maior causa de mortes prematuras e de incapacitações físicas, hoje, no Brasil. É um problema multifatorial e suas consequências podem ser devastadoras tanto para o indivíduo quanto para sua família. A arritmia cardíaca denominada fibrilação atrial (FA), que faz o coração bater em ritmo irregular e descompassado, é uma das principais causas desse mal e faz aumentar os riscos se associada a doenças crônicas como hipertensão, diabetes e cardiopatias. Tanto o AVC quanto a FA agem de forma silenciosa, com poucos sintomas evidentes até sua manifestação implacável, podendo causar, além de óbito, paralisia, dor, perda da capacidade de falar e entender, danos à memória e ao raciocínio, e ainda comprometimento dos processos emocionais.


Segundo o neurologista vascular Alexandre Pieri, quanto antes se reconhece os sintomas da fibrilação atrial e de um possível AVC, melhor o paciente evolui para um tratamento precoce. "Se a área obstruída for responsável pela força da mão, o paciente vai perder a força na mão. Se for uma área maior, responsável pela força da mão, do braço e da perna, ele vai perder a força em metade do corpo. Se tem esse sintomas, pode até ser outras doenças, mas tem que procurar o hospital o quanto antes, porque pode ser um acidente vascular cerebral."


Tontura e desequilíbrio também estão entre os sintomas, embora possam ser provocadas por outros fatores como situações de estresse ou baixa de açúcar no sangue, por exemplo. Perda de coordenação motora e alterações visuais também podem ocorrer.


"Mas temos de lembrar que muitas vezes o AVC não cursa tão tipicamente de acordo com os sintomas conhecidos. Ele pode ser silencioso. Nós podemos ter AVCs constantes, pequenininhos, que não dão sintomas e nós não percebemos, mas lá na frente nós vamos começar com alteração de memória, parecida com Alzheimer, demência, como chamamos", comenta Alexandre Pieri.


Os pacientes com acidente vascular cerebral ficam internados por longos períodos, em média de 28 a 60 dias, como informa o neurologista. "Durante a internação, os diagnósticos mudam, esse paciente morre ou tem alta, e as pessoas, mesmo os médicos, esquecem que o que o levou à internação foi um AVC, e o diagnóstico de alta acaba sendo outro."


Os transtornos são tão impactantes que os médicos costumam dizer que o AVC não mata a pessoa e sim toda a família. De acordo com a explanação de Alexandre Pieri durante a coletiva promovida pela Boehringer, estudos mostram que famílias de pacientes com sequelas de acidente vascular grave preferiam que eles tivessem morrido a sofrer durante anos.


Os custos também são bastante altos para o Estado. Chega a R$12 mil o gasto do Sistema Único de Saúde por cada vítima de AVC isquêmico fatal. Em 2009, o SUS gastou R$150 milhões só em internações. "Temos dados de que 40% de todas as aposentadorias precoces em nosso país são decorrentes dessa doença. Isso leva a enormes custos com hospitalização, reinternação, aposentadoria, auxílio-doença e reabilitação", revela Pieri.


FIBRILAÇÃO ATRIAL


O descompasso e a irregularidade de ritmo característicos da fibrilação atrial acontecem quando os sinais elétricos do coração falham e fazem com que os átrios (câmaras cardíacas superiores) se contraiam irregularmente, levando a um acúmulo de sangue nessas áreas. Essa concentração sanguínea é bastante perigosa e pode facilitar a formação de coágulos nos átrios. A partir daí, é grande o risco de um deles se desprender e chegar até o cérebro, através da corrente sanguínea, estacionando em uma determinanda área e obstruindo uma artéria, ou seja, gerando um AVC.


De acordo com o eletrofisiologista Dalmo Moreira, 1,5 milhão de pessoas têm fibrilação atrial no Brasil, o que representa 0,8% da população. "Isso nós sabemos daqueles pacientes que vão ao hospital fazer eletrocardiograma, e das pessoas que vão ao pronto-socorro ou que fazem checapes periódicos. Nós não temos a dimensão de indivíduos que têm essa arritmia e não sabem, pois são assintomáticos", comenta. "Cerca de 25% das pessoas com FA não sentem nada absolutamente nada, o que dificulta obviamente a procura por serviço médico."


Pacientes com fibrilação atrial têm cinco vezes mais chances de ter AVC. Um em cada seis casos ocorrem em quem tem esse mal.


No último dia 23 de maio, a Anvisa aprovou a prevenção de acidente vascular cerebral em pacientes, especificamente naqueles com fibrilação atrial.


A cardiologista Luciana Giangrande, comenta que o novo medicamento, o Pradaxa, é um inibidor direto da trombina (substância formadora de coágulos), sua administração é via oral, os efeitos máximos são atingidos em duas horas, e o medicamento começa a agir mais rapidamente, em 30 minutos aproximadamente o efeito coagulante já está disponível, e não tem interação com alimentos. Ela acredita ser importante o paciente saber que ele pode e deve ter uma alimentação saudável, pode comer alimentos verdes, sem a preocupação que a medicação sofra interferência e perca o seu efeito. Também há uma baixa interação com outros medicamentos.


"Importante salientar que na faixa etária onde a fibrilação atrial é mais incidente - idosos, acima de 60 anos - o número de medicamentos que eles usam é crescente. Não raro, os pacientes com problemas no coração usam em torno de seis ou oito medicações para diversos problemas, hipertensão, diabetes, enfim... e o fato de não interagir ou ter pouco potencial para interação medicamentosa é, sem dúvida nenhuma, um grande diferencial para o tratamento com Pradaxa", analisa a cardiologista.


Bate-papo: Alexandre Pieri » neurologista vascular


"Nova droga reduz riscos em até 35%"


Quais as principais vantagens do novo tratamento para AVC com o uso do Pradaxa?

Essa nova droga surge como um medicamento mais eficaz do que tínhamos anteriormente, reduz em até 35% o risco de AVC em relação ao medicamento que nós tínhamos. Uma das grandes preocupações quando usamos anticoagulante é o sangramento cerebral, e essa medicação mostrou uma redução de 59% de sangramento com relação à medicação anterior, e outros pontos importantes do manejo desse paciente que usa anticoagulante. Com o remédio antigo, os pacientes tinham que ser controlados e fazer exames de sangue periódicos; eles tinham que se preocupar com os alimentos que eles comiam porque há uma interação muito grande com alimentos e a maioria dos outros remédios interagiam com esses medicamentos antigos. As novas drogas surgem sem preocupação com alimentos, nem de interação com remédios, e não há mais necessidade de controle de anticoagulação, como havia antes com coleta de sangue periódica, como no tratamento anterior com a Varfarina.


Qual a importância da realização de checapes periódicos?

O checape é importante para conhecer fatores de riscos e tratá-los. Agora o que estamos falando com relação à Varfarina, que era o tratamento anterior, não é checape; era a necessidade de controlar o sangue periodicamente para saber se o pacientes estava realmente tratado; ou seja, o simples fato de tomar o remédio não significava que ele estivesse tratado. Agora, com essa nova medicação, não há mais necessidade de fazer um exame específico para controlar o sangue - alguns pacientes referem que fizeram de 3 a 4 vezes por semana para conseguir manter o sangue adequado. Agora não precisa mais. É o que chamamos de tratamento previsível. A gente comenta que com o remédio anterior, cada dia é um dia; com o tratamento novo, todo dia é igual.


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ABC perde para o Paraná na casa do adversário e se distancia do G-4

Campeonato Brasileiro - Série B


Os alvinegros tinham "tudo na mão" para voltar às primeiras posições, mas o gol único do time da casa aos 40 do 2º tempo acabou com os planos.


 
O ABC esteve com "tudo na mão" para voltar ao G-4 - mas perdeu mais uma partida, agora diante do Paraná em plena Vila Capanema pela contagem mínima (1 a zero). O quinto resultado adverso seguido na Segundona fez com que o técnico Leandro Campos, a contragosto da direção do clube potiguar, entregasse o cargo de pronto após o jogo.


Ao longo do primeiro tempo, enquanto os anfitriões faziam bom uso das laterais, e chegavam com perigo à zaga alvinegra; os potiguares buscaram segurar o ímpeto do time da casa, porém insistiram com as chamadas "ligações diretas", dificultando os próprios avanços - o que rendeu bate-boca entre os próprios jogadores no intervalo -, e com o tempo começaram a se fechar, dando trabalho aos zagueiros e especialmente ao goleiro Wellington.


No segundo tempo, apesar da proposta do time se "abrir" e partir para ataques mais incisivos, ocorreu o oposto - a exemplo dos últimos jogos, o Alvnegro se "fechou", ficou de vez na defensiva, permitindo investidas seguidas dos paranaenses à grande área potiguar - aumentando ainda mais o trabalho da zaga e, especialmente, do goleiro Wellington.


O gol único da partida foi marcado por Briner, aos 40 minutos do segundo tempo, após escorar de cabeça cobrança de falta de Lima. Após, o ABC esboçou um ataque, sem sucesso. Placar final, Paraná 1 a zero,.


Com o resultado, o Paraná permanece no G-4, agora em terceiro com 27 pontos; o ABC ficou com a 9ª posição, com 23 pontos, mais distante dos primeiros colocados.


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América perde jogo para o Guarany e invencibilidade na Série C

Campeonato Brasileiro - Série C


O time rubro foi derrotado por 3 a zero, mas segue na liderança que deve começar a ser ameaçada no Grupo B da primeira fase.


 
O América perdeu a invencibilidade na Série C em Sobral - o time rubro foi derrotado pelo Guarany-CE , 3 a zero, partida disputada neste sábado no Estádio do Junco, em Sobral. Com a derrota, o rubro potiguar perde os 100% de aproveitamento, mas continua líder do seu grupo.

 
O time da casa abriu o marcador - aos 9 minutos de partida, de fora da área, Isaac fintou pela direita, Fabiano defendeu, Eliomar aproveitou o rebote e não deu chance de nova defesa ao goleiro americano. Guarany, 1 a zero.


Aos 18, Isaac recebeu entre os zagueiros e chutou de bico na saída do goleiro. Guarany 2 a zero.


No segundo tempo, o time da casa ampliou. Aos 36, Ângelo cruzou na linha de fundo para Clodoaldo, que recebeu na área e deu um toque por cima, "limpando" de vez da zaga e tirando o goleiro do lance - Guarany 3 a zero.


Apesar da derrota, o América segue na liderança do Grupo B com 9 pontos - mas uma liderança que deve começa a ser ameaçada por se tornar "alcançável": o Guarany agora é o segundo colocado com 6 pontos, mesma pontuação do CRB (agora em terceiro e que folga na rodada), e existe a possibilidade de Fortaleza ou Campinense "engrossarem" a lista (os dois se enfrentam neste domingo, 14). Para complicar, o próximo compromisso do América é justamente contra o CRB - e os potiguares não vão contar com Luizão e Ivan Gonzalez, suspensos pelo terceiro cartão amarelo.


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'Gostaria muito de ter o apoio do PMDB'

Politica - Natal - RN


Anna Ruth Dantas - -Repórter da Tribuna do Norte




Presidente estadual do PDT, o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo anuncia que é pré-candidato a prefeito da capital potiguar, mas o discurso e as articulações políticas mostram que ele trabalha já como candidato. Como líder do PDT, confirma que o partido expulsará seis prefeitos que não apoiaram a candidatura dele ao Governo; como pré-candidato a prefeito de Natal, destaca que "deseja muito" contar com o apoio do PMDB; como ex-prefeito, enaltece o trabalho realizado; e como postulante a retornar ao Palácio Felipe Camarão, elege a atual prefeita Micarla de Sousa como sua principal adversária. "Ela é desprovida de preparo para o exercício da função. É despreparada e a consequência disso é Natal estar vivendo a pior administração que se tem notícia nos últimos 50 anos", comenta.Carlos Eduardo é cauteloso ao falar sobre possíveis conversas com o DEM e o PSDB, partidos da base de oposição ao governo federal. Prefere aguardar pela orientação do diretório nacional do PDT. Quando fala de possível apoio do PSB, que tem a ex-governadora Wilma de Faria como pré-candidata a prefeita, e do PT, que tem como candidato o deputado Fernando Mineiro, o pedetista demonstra prudência, mas não esconde o desejo de unir PSB e PT em torno da sua candidatura. Durante toda essa entrevista não houve um só momento em que Carlos Eduardo tenha falado em possibilidade de não ser candidato a prefeito. Pergunto sobre o que pode inviabilizar a sua candidatura, ele é direto na resposta: "Só o processo vai dizer". Mas já dá o recado: "Não contamos com o pessimismo, não contamos com outra alternativa que não seja a gente transformar a pré-candidatura em candidatura". Sobre o pleito 2012, alianças, punição aos filiados do PDT infiéis e a disputa ao Palácio Felipe Camarão, Carlos Eduardo concedeu a seguinte entrevista à TRIBUNA DO NORTE.


O que o senhor, como presidente estadual do PDT, fará com os detentores de mandato que não lhe apoiaram no pleito ao Governo (em 2010)?


 
Na campanha (de 2010) nós não contamos com o apoio de seis prefeitos do PDT. Dos sete prefeitos do PDT, só tivemos o apoio do prefeito de Parnamirim (Maurício Marques). Os demais aderiram a Rosalba (Rosalba Ciarlini, do DEM) ou a Iberê (Iberê Ferreira, do PSB). Em muitos municípios, cujo levantamento o partido está fazendo, que não apoiaram o candidato a governador e os candidatos que o partido apoiou na chapa majoritária, nós estamos, realmente, fazendo uma intimação para que essas pessoas se retirem da legenda. O objetivo do PDT é fazer essa reestruturação, não pretende ser um partido de quantidade, mas de qualidade. Um partido, por exemplo, onde tenha pessoas com mais consciência política, com espírito público, gente que esteja interessada em fazer parte de um partido, participar das suas decisões e acompanhar a legenda. Dos sete prefeitos, os seis vão sair. Já dispensamos o de Montanhas, Tibau do Sul, o de Jardim de Piranhas, o de José da Penha e estamos em processo de dispensa do prefeito de Barcelona.


O PDT vai requerer esses mandatos?

 
Nós não vamos requerer. Vamos apenas pedir para que eles saiam.


O senhor não teme, com isso, enfraquecer o PDT. O partido poderá chegar a 2012 com as bases fragilizadas?

 
Mas de que adianta ter sete prefeitos e contar só com um. Veja que o PDT teve chapa pura e mesmo assim os outros prefeitos não acompanharam o partido. Onde nós chegamos nos municípios deles, eles se retiravam logo cedo para não esperar o candidato a governador e a chapa majoritária. É melhor ter um partido pequeno, mas mais homogêneo, de pessoas que tenham mais consciência política, que façam adesão consciente ao partido. Vamos democratizar o partido. Nossas decisões não serão de cima para baixo. Teremos a prática de reunir, discutir, ajudando a criar uma cultura partidária e fazer com que essas pessoas saibam que na agremiação a maioria decidindo, a minoria tem que seguir.


Falando agora sobre o pleito 2012, nesse momento Carlos Eduardo é candidato a prefeito de Natal?


Eu sou pré-candidato. Naturalmente, estamos em 2011 e não vamos resolver a eleição de 2012 em 2011. Esse é o momento em que nós estamos reorganizando, reestruturando o partido, fazendo novas filiações, organizando internamente o partido, fazendo crescer e o ano que vem é o ano próprio das eleições, de definição das alianças e nós, certamente, vamos buscar transformar a pré-candidatura numa candidatura. O que nos anima até o momento é chegar em qualquer parte de Natal e encontrar sempre manifestações de convocação, de apelo para que a gente volte para Prefeitura de Natal.


O que pode viabilizar sua candidatura a prefeito?

 
Nesse momento de pré-candidatura analisamos as dificuldades, mas, por outro lado, vemos com bastante otimismo porque enquanto houver apoio popular, não só no que encontramos na cidade, mas em seis ou sete pesquisas já divulgadas que nos colocam em situação de primeiro lugar absoluto. Não contamos com o pessimismo, não contamos com outra alternativa que não seja a gente possa transformar a pré-candidatura em candidatura.


E o que pode inviabilizar a sua candidatura?


Só o processo vai dizer. Não adianta eu lhe responder uma situação que vai acontecer ano que vem, quando a gente ainda está praticamente no meio do ano e isso significa dizer a mais de um ano da convenção.


Uma recente aliada sua foi a ex-governadora Wilma de Faria, com quem o senhor esteve em 2008. Há possibilidade dos senhores estarem juntos em 2012?

 
Nós temos uma orientação do diretório nacional do PDT que indica que as nossas alianças para as eleições do ano que vem tenham como prioridade partidos que estão na base aliada de sustentação do Governo Federal. Naturalmente, a gente tem que respeitar as decisões de todos os partidos. É legítimo que todo partido queira lançar candidatura própria e dessa forma chegar ao governo e fazer valer suas ideias. Com relação à governadora Wilma ela é da base aliada. Eu posso dizer que tenho diálogo com ela, embora não tenha conversado com ela há algum tempo. Mas tenho diálogo. Acho que, naturalmente, mesmo respeitando a legitimidade de candidaturas próprias e sobretudo o PSB que tem representatividade política para tanto, acho que se pode conversar, dialogar. Isso faz parte do processo eleitoral. Ou seja, as alianças e a escolha do vice-prefeito.


Seria um espaço a abrir para o PSB, o espaço de vice-prefeito?


Veja, eu não posso me antecipar a isso. Não posso especular isso. É contraproducente você fazer qualquer proposta no período que estamos vivendo, tão distante ainda até das convenções.


E o PT? O partido é da base, mas tem candidato próprio, que é o deputado estadual Fernando Mineiro. Então o caminho de 2012 é cada um lançar um candidato?


Tudo pode acontecer até porque, repito, é legítimo, a lei permite. Então é natural que se não houver uma convergência que cada partido lance suas próprias candidaturas e essas alianças fiquem adiadas para o segundo turno.


Mas isso não enfraquece?


É uma situação para ser discutida em momento próprio. E esse momento é em 2012.


O deputado federal Rogério Marinho (PSDB), pré-candidato a prefeito de Natal, afirmou, em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, que o senhor é o responsável pela administração da prefeita Micarla de Sousa. Como o senhor avalia essa afirmação?


Essa é o tipo da afirmação que representa uma agressão a inteligência alheia. Eu tenho certeza de que só o próprio suplente de deputado Rogério Marinho acredita na sua própria mentira. É tão ridículo que não vou nem mais comentar.


Com relação à gestão Micarla de Sousa, chega com um desgaste ao terceiro ano. Onde foi que a prefeita errou?


Micarla foi minha vice, mas foi escolhida por um conjunto de partidos e lideranças políticas dentro da nossa coligação, a qual ela fazia parte ainda no PP. Dessa forma, não foi uma escolha pessoal do prefeito, foi dos partidos aliados, com a concordância do partido ao qual eu pertencia. Ganhamos a campanha no segundo turno. A minha convivência com Micarla só demorou os primeiros três meses da minha administração (de 2008), quando aí verifiquei que nós éramos incompatíveis, na forma de fazer política, na visão administrativa e foi por isso que houve o afastamento. Eu sabia, em 2008, pelo que conheci, que ela era despreparada para exercer a Prefeitura de Natal. Eu tinha essa forte impressão que se consumou quando ela ganhou a eleição e veio o seu governo. Então, ela é desprovida de preparo para o exercício da função. Ela é despreparada e a consequência disso é Natal estar vivendo a pior administração que se tem notícia nos últimos 50 anos.


2012 será o "tira-teima" entre Carlos Eduardo e Micarla de Sousa? Os senhores irão se enfrentar pela primeira vez.

 
Essa é uma previsão que está dentro do cenário político. Até porque ela é a minha principal adversária. Ela assumiu a prefeitura e patrocinou uma perseguição implacável, e persegue até hoje, nossa administração. Ela e seus auxiliares através da mentira, de falsas informações. Ela não teve pejo de tentar através disso me incompatibilizar com o povo de Natal. Apesar disso, o que encontro nas ruas de Natal são apelos e manifestações de convocação para que eu volte para prefeitura e as pesquisas mostram isso. Acho que a administração dela é desastrosa. Se ela pensa diferente do que estamos dizendo que ela se candidate, participe.


O senhor vai para a disputa em 2012 sem o Governo do Estado, já que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) não é sua aliada, sem a Prefeitura do Natal, já que é adversário de Micarla de Sousa. Isso não torna o cenário muito adverso?

 
Veja bem, é muito difícil a gente se projetar no mês de agosto para eleição que terá convenção em junho do ano que vem. Tudo que se colocar é hipótese. É muito difícil falar por hipótese. Porém, quem vai dizer realmente isso, qual a nossa coligação ou se não teremos condição de nos coligar, como vamos para a convenção, se transformamos a pré-candidatura em candidatura, é o processo.


Como estão suas conversas com o PMDB?

 
Este ano eu creio que os partidos todos estão voltados para o fortalecimento interno das suas estruturas partidárias, até como estratégia que pode naturalmente vingar. Todos estão com pré-candidatura e faz parte. Tem havido conversa, eu tenho conversado, mas são ainda conversas informais. Conversas de análise do quadro político, possibilidades de aliança, mas não passa disso. Dessa forma já conversei com Garibaldi, com Fátima, com Wilma de Faria (PSB), com Antenor Roberto (PC do B). Enfim, é o que pode acontecer nesse momento, conversas, nada de definitivo.


Essas conversas de 2012 poderão já fechar acordo para 2014?


Não tem acordo nem para 2012 e muito menos para 2014. Essas conversas têm tratado da possibilidade de aliança, mas só serão confirmadas ou não ano que vem.


O senhor tem conversado com o DEM?

 
Não conversei nem com o DEM e nem com o PSDB, desses partidos que têm a maior representatividade política e eleitoral no cenário nacional e aqui.


Eles (DEM e PSDB) estariam fora do seu possível arco de aliança?


Toda eleição o diretório nacional, reunindo diretórios estaduais e municipais, tiram posição de orientação de alianças. Suponho que será uma orientação semelhante a de 2010, dá prioridade a partidos da base aliada. Mas eu não sei se haverá fechamento de questão para que sejam só partidos da base aliada. Essa é uma decisão que o partido já anunciou que vai tomar ainda nesse ano de 2011.


O senhor, como líder do PDT, defende aliança apenas com partidos da base ou alianças com qualquer partido?


Defendo a prioridade com os partidos da base aliada, mas não defendo questão fechada.


Houve alguns comentários que o senhor poderia deixar o PDT. O que há de verdade nessa história?


Nosso país vive um estado puro de eleição. Nós precisamos de uma reforma política e entre todas iniciativas para que a gente possa melhorar o processo político e a representação política, acredito que esteja também um distanciamento de uma eleição para outra. O que acontece é que acaba uma eleição começa outra. E aí nós vivemos esse lado que não é tão positivo, de que pela proximidade de uma eleição da outra, a gente vê avultar mais nomes de candidaturas do que mesmo os problemas que precisam ser discutidos. Isso é que é relevante e perde espaço por essa proximidade, onde a gente fica permanentemente na discussão política de quem vai mudar de partido, ser vice, de quem vai se aliar. Acho que a política perde o interesse da sociedade que não aguenta tanta política como se faz no Brasil. A reforma política é prioridade para o Brasil dentro todas as reformas, precisamos distanciar uma eleição para outra.


A proximidade familiar que há entre o senhor, o deputado federal Henrique Eduardo Alves e o ministro Garibaldi Filho poderá levar o PMDB a lhe apoiar em 2012?


A política ela tem outros valores. A questão familiar ela pode, por uma questão de afinidade, aproximar. Mas a política tem outros valores. Acredito que a minha candidatura se coloca muito mais na experiência exitosa que tivemos como administrador de Natal, quando administramos sem desvio ético, colocando o interesse da cidade acima de todo e qualquer outro interesse, quando no provimento dos cargos o fizemos com pessoas com o perfil para o exercício da função e dessa forma administramos em sintonia com os princípios de eficiência. A nossa administração teve organização, gestão, teve planejamento e seriedade. Foi por isso que encontramos uma prefeitura que investia R$ 30 milhões ao ano e entregamos uma prefeitura que investia de recursos próprios da receita R$ 138 milhões ao ano. Ou seja, chegamos a 14% da receita. Por isso que foi possível resolver tantos problemas da cidade. O aterro sanitário, a coleta seletiva de forma pioneira em Natal, conservar 130 hectares no coração da cidade com o Parque da Cidade dom Nivaldo Monte, construímos 28 escolas, um centro de capacitação que era sonho de 20 anos do magistério. Levamos a efeito a construção de 3 mil unidades habitacionais, urbanizamos seis favelas, enfrentamos e vencemos o problema de Capim Macio, de Nossa Senhora da Apresentação, o fim da enchente na zona Norte com o canal José Sarney. Temos uma referência para o povo de Natal. Nossa maior referência é a postura na política e a administração aprovada.


Mas o senhor acredita que poderá viabilizar o apoio do PMDB para a sua candidatura?


Eu gostaria muito de ter o apoio do PMDB se vier a ser candidato. Se vier a confirmar minha candidatura eu desejo muito e vou lutar para ter o apoio do PMDB. Claro que respeito a candidatura do deputado Hermano Morais (PMDB), mas desejo o apoio do PMDB.


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