sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Sonequinha, Rambo e Super Moura duelam por vaga na Câmara de Natal

Politica - Eleições 2012 - Natal,RN

Homem 'sem rosto' e Palhaço Macarrão também aparecem na TV.
São 487 candidatos disputando 29 cadeiras na capital do RN.

Em Natal, o duelo por uma vaga na Câmara Municipal envolve candidatos fantasiados de super-heróis, personagens da TV e até "sem rosto" durante o horário eleitoral. São 487 candidatos a vereador disputando 29 vagas nestas eleições na capital do Rio Grande do Norte.
Com maquiagem, nariz de palhaço, roupas de cetim e cartola, Joel Rodrigues de Lima se transforma no Palhaço Macarrão. Candidato pelo PSDB, ele concorre pela segunda vez – em 2008, não foi eleito. Na TV, usa o slogan: "Ruim por ruim, vote em mim".



Com um discurso de personagem do cinema norte-americano, Tiago Silva de Oliveira vira o Rambo de Natal (PSDC) e mostra na propaganda gratuita o que diz ser uma "bazuka". Em seu tempo no horário eleitoral, diz ser um "soldado de Cristo" e promete: "Contra a corrupção. Rambo é a solução".
Quem batalha com ele por uma cadeira na Casa é o candidato Super Moura (PSC). José Vitória de Moura se veste com uma roupa de super-herói e repete por quatro vezes a mesma frase: "Vote em mim, meu povo de Natal. Vote no Super Moura". Além de uma capa, o candidato também usa luvas de boxe.

Já o candidato Seu Dedé (PSDB) é uma criação de João Batista da Costa. Na TV, ele se veste como Nerso da Capitinga, personagem da Escolinha do Professor Raimundo. E afirma: "Filhinho de papai eu não sou, dinheiro também não tenho, agora bonito... Vote no humorista consciente, vote inteligente".

Outro que busca uma vaga na Câmara é Sonequinha (PT do B), nome de urna de Antônio Teixeira dos Santos. O candidato tenta conquistar votos com o seguinte argumento: "Não durma no ponto. Se você tem soneca, vote em Sonequinha".
Já o candidato José Wislley de Lima recorre ao sentimento do eleitorado para conquistar votos e ser eleito vereador. Com o codinome Amor (PTN) e fazendo coração com as mãos ao lado de adolescentes segurando balões em forma de coração, sua campanha na TV tem como mote: "Vote com amor em Amor, esse é da esperança".

Fã de Roberto Carlos, Francisco de Assis Silva concorre como Chico do Bar do Roberto Carlos (PMDB), numa referência ao local que administra e que homenageia um dos ícones da música popular brasileira. No bar, ele só toca músicas do "rei".
O candidato Enéias Ferreira de Souza (PRB) aproveita o nome para parafrasear o ex-deputado federal Enéas Carneiro, morto em 2007 e detentor do recorde de votos em uma eleição para a Câmara dos Deputados (em 2002, ele obteve 1,5 milhão). No fim de seu tempo, repete o bordão: "Meu nome é Enéas".

Já o mecânico Gilson Gomes de Paiva, utiliza na urna o codinome Infitêti das Costa Ôca (PP), expressão do sertão potiguar que tem diversos significados, dependendo da circunstância na qual é empregada. No programa, ele diz: "Peço seu voto não é por necessidade não. É por precisão mesmo".
Quem decidir votar em João Maria (PHS), que diz durante seu programa político que "o verdadeiro político não precisa aparecer", só conhecerá seu rosto na urna eletrônica. Isso porque candidato a vereador exibe um borrão preto no lugar da cabeça durante seu tempo na TV.

Adonis Nagib de Carvalho França aposta no slogan: "Na verdade, ninguém merece seu voto, vote em Niguém", para ganhar o eleitorado. Ninguém concorre pelo PRB.

Entenda a eleição para vereador

 Votar para vereador significa escolher o próprio candidato ou votar na legenda. No final da eleição, todos esses votos serão somados para o partido. Se mais de um partido se une, formando uma coligação, esta também concentra os votos válidos, como se fosse um partido só. O que define quais partidos ou coligações têm direito de ocupar as vagas em disputa é o quociente eleitoral.
Esse número é obtido pela divisão do total de votos válidos apurados pelo número de vagas a serem preenchidas. Se o número não for inteiro, fica desprezada a fração igual ou menor do que meio. Se for superior, é equivalente a mais um.

Em seguida, é feito o cálculo do quociente partidário. Os votos válidos recebidos pelos partidos da coligação (nominais ou de legenda) são divididos pelo quociente eleitoral, resultando no número de cadeiras que a coligação pode ocupar. Os melhores colocados de cada partido ou coligação preenchem as vagas.

Por isso existe a figura do "puxador de votos", aquele que consegue acumular uma quantidade de votos tão grande que leva para cima o quociente eleitoral e acaba garantindo – além da dele – mais vagas para a coligação, nas quais entram candidatos que tiveram poucos votos.

Os "puxadores" normalmente são celebridades ou personalidades muito conhecidas, que os partidos e coligações lançam como candidatos na eleição proporcional para alavancar a votação e aumentar o quociente eleitoral.







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Único hospital municipal de Natal fecha portas e não admite pacientes

Saúde - Natal,RN

Hospital dos Pescadores, nas Rocas, enfreta problemas de infraestrutura.
Dos 32 leitos de internação, somente quatro estão em funcionamento.


O caos na Saúde Pública do Rio Grande do Norte vai além dos hospitais estaduais. Em Natal, o único hospital municipal deixou de admitir pacientes em situação de urgência ou emergência desde esta quarta-feira (12) e está transferindo ou dando alta aos pacientes internados. Além da falta de médicos, em decorrência da suspensão dos serviços dos profissionais ligados à Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed), o hospital não oferece infraestrutura básica para atendimento. Faltam desde medicamentos básicos a equipamentos de ressuscitação de infartados, por exemplo.

A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou que a titular da pasta, Maria do Perpétuo Socorro Nogueira, irá se reunir com representantes da categoria na noite desta quinta-feira (13) para tentar sanar o problema. A Coopmed realizará assembleia para decidir se retorna ou não ao trabalho também na noite desta quinta.
Além dos médicos cooperados, a Cooperativa dos Anestesiologistas do Rio Grande do Norte também decidiu paralisar as atividades nas unidades municipais de saúde. Eles cobram o pagamento de dívidas acumuladas no valor de R$ 3,4 milhões.

Na manhã desta quinta, a chefe do Setor de Fiscalização do Conselho Municipal de Saúde, Silvana Barros, visitou o Hospital dos Pescadores para constatar como o atendimento estava ocorrendo. "Recebemos uma denúncia de que estava faltando médicos e os pacientes estavam recebendo alta sem critério de avaliação", comentou. Entretanto, o diretor médico da unidade, Marcos Pinheiro, confirmou que os pacientes estavam recebendo alta ou sendo transferidos, mas somente após avaliação. "Estamos tendo todo cuidado antes de dar alta ou transferir qualquer paciente", ressaltou Pinheiro.

Apesar da afirmação do diretor médico, os familiares da aposentada Maria Galvão, de 83 anos, disseram que a senhora recebeu alta sem nenhum critério médico. "Ela sofreu uma queda e fraturou um osso na região da bacia. Ela passou 20 dias internada à espera de cirurgia que não foi feita. Hoje, o médico deu alta e mandou para casa onde deverá esperar pela cirurgia", afirmou José Lindemberg, filho de Maria Galvão. O diretor médico Marcos Pinheiro rebateu a informação alegando que a paciente havia sido avaliada e o melhor seria esperar em casa. Visto que, não há previsão para a marcação da cirurgia ortopédica eletiva.

Um outro paciente, em estado grave e precisando ser transferido para um hospital que realize um procedimento cirúrgico chamado gastrostomia, que consiste na abertura de um orifício no estômago para passagem de alimentos, aguarda definição da direção do Hospital dos Pescadores.
A paralisação dos profissionais ligados à Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte, que reclamam do Município o pagamento de uma dívida estimada em R$ 6,4 milhões, refletiu ainda mais na superlotação das unidades estaduais de Saúde, cujo estado de calamidade pública foi decretado pela governadora Rosalba Ciarlini em 4 de julho passado.

A saúde pública de Natal vive um momento de extremos. Enquanto somente quatro dos 32 leitos disponíveis no Hospital dos Pescadores estão sendo utilizados, cerca de 100 pacientes superlotavam os corredores do Pronto-Socorro Clóvis Sarinho na manhã desta terça-feira (13). Uma das enfermarias do Hospital dos Pescadores foi interditada pela Vigilância Sanitária por não dispor de banheiros.

A sala de reanimação da unidade também foi desativada por falta de equipamentos indispensáveis à reanimação de pacientes, como o monitor cardíaco. Enquanto macas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ficam retidas nos corredores do Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, outras ficam abandonadas num dos corredores do hospital municipal. A sala de reanimação da unidade estava sendo usada como Unidade de Terapia Intensiva (UTI) improvisada, enquanto deveria apenas estabilizar pacientes em estado grave.
"Como se vê, o problema não se resume à paralisação do atendimento médico. Vai muito além. É um problema estrutural. É um descaso com a saúde municipal", afirmou Silvana Barros. Em relação ao atendimento dos quatro pacientes ainda internados na unidade, a Coopmed reduziu a escala dos médicos plantonistas de três para um médico. "Não há escala para o pronto-socorro e somente os pacientes já internados estão sendo atendidos. Só há um médico para atender as intercorrências", confirmou Marcos Pinheiro.

O diretor médico lamentou a atual situação da saúde pública no estado e desabafou. "Os médicos acabam sendo os heróis e os vilões dessa história. A gente consegue, com o mínimo, fazer muito. Mas quando não conseguimos, por motivos diversos, não se reconhece que a culpa é da infraestrutura oferecida", destacou Marcos Pinheiro.

Desabastecimento generalizado
As unidades municipais de saúde enfrentam um desabastecimento generalizado. Enquanto a equipe de reportagem do G1 entrevistava os gestores do Hospital dos Pescadores, um dos diretores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Pajuçara, na Zona Norte de Natal, entrou em contato com o Marcos Pinheiro para solicitar a transferência de cápsulas de dipirona. O médico relatou que os forcedores encareceram o preço do produto em 100% nos últimos dias como forma de 'aproveitamento' da situação caótica na Saúde.

No próprio Hospital dos Pescadores, a representante do Conselho Municipal de Saúde, Silvana Barros, confirmou que somente 30% de todos os pedidos encaminhados à Secretaria Municipal de Saúde eram atendidos.
Em recente fiscalização nos Centros de Apoio Psicossocial do Município, Silvana constatou a falta de insumos e medicamentos indispensáveis ao tratamento dos viciados em drogas e pessoas com distúrbios mentais. "Falta desde o antipsicótico mais simples aos medicamentos mais fortes", relatou Silvana.

Pronto-Socorro Infantil Sandra-Celeste irá fechar sábado (15)
A partir de sábado, dia 15 de setembro, o atendimento no Pronto-Socorro Infantil Sandra Celeste, única unidade municipal de Saúde voltada ao público infantil, será suspenso por falta de médicos.
Com mais da metade dos profissionais pediatras conveniados à Coopmed, as escalas de plantão não puderam ser fechadas pela direção da unidade.
"A escala de plantão precisou ser 'achatada' para garantir o atendimento. Entretanto, a partir de sábado, não terá mais atendimento na urgência, apenas nas consultas marcadas", confirmou o diretor da Sociedade de Pediatria do RN e servidor do Sandra Celeste, Nivaldo Sereno Júnior.
Dos quase 40 pediatras que atuam no Pronto-Socorro Infantil, somente os 14 servidores do Município estão cumprindo escala. "As crianças serão encaminhadas para os Hospitais Maria Alice Fernandes e Walfredo Gurgel, infelizmente. Nós estamos numa guerra sem solução nenhuma", lamentou Nivaldo Júnior.

A diretora da unidade, Telma Lúcia de Araújo, disse que o funcionamento do Pronto-Socorro está sendo feito de forma parcial graças aos 14 pediatras concursados. "Nós fizemos o possível e o impossível, mas chegamos ao limite. Eu não sei nem o que dizer", enfatizou Telma Lúcia.

Decisão do TRE cancela candidatura de Wober Júnior

Politica - Eleições 2012 - Natal,RN

O Tribunal Regional Eleitoral decidiu pelo cancelamento da candidatura a vereador de Wober Júnior. A decisão foi publicada nessa quinta-feira (13) pelo juiz José Conrado Filho, da 69ª Zona Eleitoral de Natal.

A decisão é resultado de uma Ação de Impugnação de Registro de Candidatura ajuizada em julho de 2012 pelo Ministério Público Eleitoral. Na Ação o MPE ressalta o processo do Tribunal de Contas do Estado que aponta despesas ilegais realizadas pelo candidato em 2004 quando era Secretário Estadual de Educação, Cultura e Desportos.

Inicialmente a Ação foi indeferida, mas após recurso do MP Eleitoral o Tribunal Regional Eleitoral acatou os argumentos do MPE e determinou à unanimidade o cancelamento da candidatura de Wober Júnior a vereador de Natal. Embora o candidato tenha recorrido ao Tribunal Superior Eleitoral, na prática a partir da decisão ele está proibido de realizar quaisquer atos de campanha, como propaganda, direta ou indireta, em rádio ou televisão, além de qualquer outro ato por meio do qual venha se apresentar como candidato, inclusive aqueles feitos por meio de carreatas, comícios e outros tipos de campanha.

Além disso, foi ordenada a exclusão imediata de dados do candidato, tanto do sistema de participação do político nos horários eleitorais gratuitos de rádio e televisão quanto do sistema de candidaturas e da urna eletrônica. Foi determinado ao cartório eleitoral que cancelasse os dados cadastrais do candidato.

Com informações do MPRN

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Em e-mail, Gilson Moura é apontado como beneficiário de lucros de empresas de Rychardson

Politica - RN

Deputado Gilson Moura é citado em trocas de e-mails entre réus da Operação Pecado Capital
-mails trocados entre réus da Operação Pecado Capital citam o deputado estadual Gilson Moura (PV) como suposto beneficiário de esquema fraudulento investigado. Em e-mails trocados entre sócios de empresas investigadas por suposta lavagem de dinheiro desviado irregularmente do Ipem, um dos réus afirma que verba das referidas lojas teriam sido utilizadas para a compra de bens por Gilson Moura e para a campanha eleitoral do então candidato à reeleição.

 
Na troca de e-mails, os dois acusados de participação no denunciado esquema da Operação Pecado Capital falam sobre o suposto pagamento de um veículo e uma casa para o deputado Gilson Moura, além de pagamentos para campanha eleitoral. Em uma discussão acerca da divisão de lucros da loja Platinum Veículos, Acácio Forte, sócio de Rhandson de Macedo, que é irmão de Ryhcardson, reclama sobre o pouco lucro na loja de carros. Rhandson, de acordo com a leitura de um e-mail realizada pelo juiz da 2ª. Vara Federal, Walter Nunes, responde e relata suposto benefício a Gilson Moura.

"Você acha que esse dinheiro ficou com a gente? Pergunte como foi paga toda a campanha de Gilson. Pergunte a ele como foi quitado o carro dele e a casa que ele acabou de trocar", diz o e-mail que está nos autos do processo e é utilizado como prova.

Na manhã de hoje, estão sendo realizados os interrogatórios dos réus do processo. Daniel Vale foi o primeiro a falar e negou toda e qualquer participação no suposto esquema. A leitura do e-mail foi realizada no interrogatório de Acácio Forte. Serão ouvidos ainda hoje cinco pessoas, incluindo Rychardson de Macedo Bernardo, principal acusado do suposto esquema fraudulento, segundo o Ministério Público.

A reportagem da TRIBUNA DO NORTE ainda não conseguiu o contato com o deputado Gilson Moura para que ele comentasse o fato. Em ligação ao telefone do parlamentar, um assessor disse que o deputado não estava próximo ao telefone no momento.

Depoimentos

Três acusados de participação no suposto esquema da Operação Pecado Capital decidiram não participar do interrogatório. Como se trata de um instrumento de defesa, o juiz federal Walter Nunes disse que é uma opção dos acusados participar ou não no interrogatório.

Por isso, Adriano Nogueira, Aécio Fernandes e Rhandson de Macedo Bernardo, irmão de Rychardson, não irão responder aos questionamentos do juízo. Anteriormente, os réus Daniel Vale e Acácio Forte se negaram a responder às perguntas do Ministério Público Federal.

Os interrogatórios da Operação Pecado Capital devem se estender até o período da tarde.

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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Médicos suspendem atendimento em 12 unidades de saúde de Natal

Saúde - Natal,RN

Prefeitura deve R$ 6,4 milhões à Cooperativa Médica (Coopmed).
Suspensão atinge atendimentos clínicos e intervenções de complexidade.

A Cooperativa Médica do Rio Grande do Nortex (Coopmed) decidiu, a partir desta quarta-feira (12), suspender os atendimentos nas unidades de saúde mantidas pela Prefeitura de Natal. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) não quitou os pagamentos dos serviços prestados por aproximadamente 550 médicos cooperados nos meses de maio, junho e julho. O débito acumulado gira em torno de R$ 6,4 milhões. A suspensão atinge 12 unidades municipais que oferecem atendimentos que vão desde clínica médica à média e alta complexidade, além do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e hospitais privados contratados.

"A Secretaria Municipal de Saúde foi avisada há um mês de que iríamos suspender o atendimento caso o débito não fosse quitado. Esperamos quatro meses e a Prefeitura não regularizou a situação", esclareceu o presidente da Coopmed, Fernando Pinto. Há uma semana, desde que a Coopmed confirmou a paralisação para esta terça-feira, o G1 encaminhou um e-mail para o assessor de comunicação da Prefeitura de Natal, Gerson de Castro, e também para a assessora de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, Rudilene Meira.

O objetivo era esclarecer como a Prefeitura de Natal quitaria os débitos para que o atendimento à população não fosse interrompido. Entretanto, nenhum dos assessores respondeu as mensagens. Ao longo desta semana e, inclusive, no início desta manhã, a secretária municipal de Saúde, Maria do Perpétuo Socorro Nogueira Lima, também foi procurada. Ela, porém, não atendeu ou retornou as ligações. Assim como sua secretária de imprensa, Rudilene Meira. Já o secretário municipal de Comunicação, Gerson de Castro, recomendou que "Maria do Perpétuo Socorro fosse procurada diretamente".

"Nestes 30 dias, nós não conseguimos nos reunir com a prefeita Micarla de Sousa. Somente ontem (11) a secretária municipal de Saúde nos encaminhou um documento dizendo que iria providenciar o pagamento do mês de maio e programar, até o próximo mês, o pagamento dos outros meses", comentou Fernando Pinto. Ele ressaltou, porém, que a Coopmed acumula dívidas e precisa receber o pagamento integralmente.

  Fernando Pinto não descartou a possibilidade de colapso na saúde municipal. Visto que, em torno de 1.500 escalas de plantão são preenchidas pelos médicos cooperados em aproximadamente 20 especialidades. Ele destacou que o atendimento pediátrico será o mais afetado com esta suspensão e hospitais e maternidades como o Santa Catarina, na Zona Norte, e a Januário Cicco, em Petrópolis, na Zona Sul da cidade, ficaram ainda mais cheios.
"Se a Prefeitura não quitar os débitos e regularizar a situação da Coopmed haverá um colapso na Pediatria", alertou o presidente da cooperativa. Ele reiterou, contudo, que os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos inicialmente.

Em unidades como o Pronto-Socorro Infantil Sandra Celeste, na Zona Sul de Natal, a Coopmed responde por 60% dos médicos plantonistas. Mensalmente, são realizados cerca de sete mil atendimentos pediátricos nesta unidade. O Sandra Celeste acabou se tornando a única unidade básica de saúde pediátrica municipal com a paralisação deste tipo de serviço na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Pajuçara, na Zona Norte.

Neste primeiro dia de suspensão, as especialidades mais afetadas são: clínica médica, ginecologia e obstetrícia, pediatria, psiquiatria e médicos socorristas e intensivistas do Samu Natal.

Unidades Atingidas

A suspensão do atendimento nas unidades municipais de saúde atinge desde simples atendimentos de clínica médica até procedimentos de alta complexidade em hospitais de grande porte. Veja abaixo, conforme informações repassadas pelo presidente da Coopmed, Fernando Pinto, quais unidades e tipos de serviços serão afetados.

SUSPENSÃO DO ATENDIMENTO NAS UNIDADES MUNICIPAIS DE SAÚDE
UNIDADE DE SAÚDEPERFIL
Hospital dos PescadoresUrgência e Emergência
Maternidade Prof. Leide MoraisMaternidade de Baixa Complexidade
Maternidade das QuintasMaternidade de Baixa Complexidade
Maternidade das QuintasMaternidade de Baixa Complexidade
Maternidade de Felipe CamarãoMaternidade de Baixa Complexidade
Pronto-Socorro Infantil Sandra CelestePronto-Socorro Pediátrico
Samu NatalSocorro Médico via Ambulância
CapsCentro de Apoio Psicossocial para dependentes químicos
Unidade de Saúde de Cidade SatéliteUnidade Básica
Unidade de Saúde de Mãe LuizaUnidade Básica
Unidade de Saúde de Cidade da EsperançaUnidade Básica
Unidade de Saúde do KM - 6Unidade Básica
ATENDIMENTO DE ALTA E MÉDIA COMPLEXIDADE

UNIDADE DE SAÚDE
UTI Neonatal e AdultoHospital da Polícia Militar
Tratamento contra o câncerLiga Norte-Riograndense Contra o Câncer
Urgência PediátricaHospital Infantil Varela Santiago
OrtopediaHospital Memorial
OrtopediaHospital Médico Cirúrgico
OrtopediaPronto-Clínica Dr. Paulo Gurgel
Urgência CardiológicaHospital do Coração
Urgências DiversasNatal Hospital Center

domingo, 9 de setembro de 2012

Viviane Martins - Nova musa do Brasiliense

Entretenimento







Veja tudo no link abaixo de Viviane Martins à nova musa do brasiliense

http://www.brasiliensefc.com.br/multimidia/album.asp?id=209

Todos os direitos reservados ao http://www.brasiliensefc.com.br/site/

Propostas para Natal - Saúde

Politica - Eleições 2012 - Natal,RN

Margareth Grilo - Repórter especial

O princípio fundamental do Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecido pela Lei nº 8.080/90, complementar à Carta Magna de 1988, é o da gestão pública. Em Natal, especialistas, profissionais de saúde e sindicalistas ouvidos pela TRIBUNA DO NORTE na série "Os desafios da nova administração municipal", publicada entre 1 e 6 de julho, apontam que a Saúde Municipal precisa fazer o resgate da gestão pública e impor qualidade e eficiência ao sistema. Hoje, o gargalo está exatamente na Atenção Básica, que para todas as fontes ouvidas deve ser a prioridade número um do novo gestor.

Os seis candidatos a prefeito de Natal não discordam. Pelo contrário. Todos são unânimes em apontar soluções de priorizar a atenção básica e a gestão pública. A saúde municipal é o tema da quarta e, penúltima, reportagem da série "Propostas para Natal". No próximo domingo, a TRIBUNA DO NORTE encerra a série abordando o tema Funcionalismo Público. Nas propostas que apresentam ao leitor, os candidatos prometem atacar problemas como a desestruturação da rede, o desabastecimento, o desperdício do dinheiro público e a ineficiência do sistema.
Emanuel AmaralCandidatos apresentam propostas para a área da saúde pública
Candidatos apresentam propostas para a área da saúde pública

A série "Propostas para Natal" foi iniciada no domingo, 19, e já abordou os temas limpeza pública; transporte e mobilidade urbana; e educação. Os textos e vídeos anteriores estão disponíveis na TN Online. Veja abaixo as propostas de cada um dos candidatos para a Saúde Pública:

Roberto Lopes • PCB
"Criaremos os conselhos populares para chamar a população, os sindicatos e os servidores para discutir políticas públicas para que a gente tenha alternativas para sair desse caos. É preciso expandir a rede pública, para que a sociedade tenha acesso. Construir novos postos de saúde, abastecer essas unidades com medicamentos. Isso é tarefa do PCB. Qualificar o profissional de saúde e dar uma boa remuneração a ele, mas sobretudo fazer com que ele atenda bem a sociedade, sobretudo, aqueles mais carentes, que vão ao posto porque não têm plano de saúde, vão buscar o remédio porque não têm condições de comprar. Vamos liquidar com esses contratos com OS.s, com ONGs, e terceirizações. Isso precariza a saúde pública e financia a corrupção. É preciso ter políticas públicas para a mulher; uma política de saneamento básico e água potável; unidades de saúde bem aparelhadas e abastecidas, com servidor qualificado e um atendimento humano. Vamos implantar unidades de saúde mental, porque tem uma população à margem que sofre com esse problema e não tem assistência".

Carlos Eduardo • PDT
"Nós vamos fazer o primeiro hospital de Natal para o atendimento de casos classificados como baixa e média complexidade. Nós vamos reequipar as unidades de saúde, comprar os remédios que faltam e colocar todas as unidades, de novo, para funcionar. Além disso, vamos fazer as UPAs, mas as UPAs de Nossa Senhora da Apresentação e do Planalto, que não foram feitas, e colocar para funcionar a UPA da Cidade Esperança. E vale dizer uma coisa importante: nós não vamos terceirizar os serviços de recursos humanos nessas UPAs e nos AMEs. Nós vamos fazer concurso público, para que quem vá fazer a gestão e a assistência de saúde seja profissional concursado e contratado pela Prefeitura. E vamos ampliar o Programa de Saúde da Família, que na nossa gestão alcançava 52% da cidade e hoje regrediu para 12%, 13%. A gente precisa voltar a trabalhar essa área, reestruturar os PSFs, para que possam atender 100% da população de nossa cidade. Além disso, vamos construir mais quatro AMEs para que a gente possa ter o atendimento básico bem feito para a nossa população. "

Rogério Marinho • PSDB
"Bem, na saúde precisa ser feito um trabalho, urgente, no sentido de fazer funcionar nossa rede ambulatorial. O que existe hoje é que os hospitais de trauma da cidade, o Walfredo Gurgel, o Santa Catarina e, em menor grau, até o Hospital dos Pescadores, são unidades que estão assoladas por um grande número de pacientes que não deveriam ir para elas. Basta vê a estatística que o Walfredo Gurgel nos coloca de que 80% de seus pacientes poderiam perfeitamente ter resolutividade na rede ambulatorial. Então, é necessário que o médico dê o seu expediente, que as farmácias sejam informatizadas, que a regulação que é feita da rede ambulatorial para a média e alta complexidade, que hoje é feita pela internet, possa ser feita de forma adequada, havendo a informatização de todos os postos de saúde. Nós temos que construir centrais de diagnóstico e de exames para resolver a questão da demanda reprimida de ultrassonografia, de ressonância magnética, de raio-x, enfim priorizar a saúde e dar o tratamento que essa área precisa ter para melhorar a situação da população de Natal."

Hermano Morais • PMDB
"Saúde pública, outro serviço essencial, onde se aplica muito do orçamento público, mas o retorno tem sido insatisfatório. Temos que atuar de forma mais eficiente, colocando essa rede básica para funcionar, investindo em políticas preventivas para evitar que as pessoas adoeçam, e garantido também o acesso à consulta médica, ao medicamento, quando necessário, e aos exames, quando houver a indicação de fazê-los. Mas, sobretudo, reordenando e redimensionando a rede de saúde. Vamos estimular a prática de hábitos saudáveis. Nós sabemos que Natal, apesar de ter mais de 300 dias de sol no ano, é uma cidade de hábitos sedentário. Por isso, temos situações de doenças que podem ser evitadas com a prática de exercícios regulares e bem orientados. Vamos conduzir a política de saúde do município, cobrando aquilo que é de competência do Estado e do Governo Federal, mas buscando consórcios intermunicipais já que Natal termina sendo sobrecarregada porque atende demandas do Estado inteiro. Então vamos rever essa política para garantir ao natalense uma saúde realmente de qualidade."

Robério Paulino • PSOL
Em primeiro lugar, o que a gente percebe é que a saúde de Natal está um caos. As pessoas esperam no posto de saúde, às vezes, três horas para ser atendido. Chegam às 9h e saem ao meio-dia, e às vezes não tem médico. Muitas crianças para pouco médicos. Isso tem que acabar. Nós estamos vendo a operação Assepsia, do Ministério Público, que está mostrando que o resultado da privatização da saúde é o encarecimento, fraudes e corrupção. Queremos desprivatizar a saúde e resgatar o espírito do SUS, que é a gestão pública do sistema de saúde. Precisamos dar prioridade a atenção básica. Às vezes, a pessoa vai parar infartada numa unidade de emergência porque não foi percebida uma simples crise hipertensiva no posto de saúde, que é a porta de entrada. A atenção nossa tem que ser na atenção básica. Essa é a prioridade. E isso implica em reequipar postos, motivar os funcionários, valorizá-los salarialmente e profissionalmente, para que possam atender bem. Vamos fazer um plano integrado, colocando a inteligência e a participação de todos à frente da gestão.

Fernando Mineiro • PT

Vamos ter um forte direcionamento no sentido de reestruturar a rede de atenção básica de saúde. Em cada uma das regiões da cidade, vamos criar as policlínicas para dar conta das demandas que ali chegam. Nós vamos expandir de uma maneira muito forte as equipes de saúde da família, para fazer uma cobertura nas áreas prioritárias, onde moram as pessoas que têm menos condições salariais. Vamos reestruturar o conjunto das outras redes, como a psicossocial e a rede cegonha, que tem um papel fundamental na qualidade de vida. Vamos repactuar a compra dos serviços de média e alta complexidade, com o município trazendo para si o papel de regulador dessa questão. Evidentemente, vamos inverter o modelo, que hoje é voltado para a terceirização. Hoje, 90% dos recursos destinados à saúde, em nossa cidade, são direcionados ao setor privado. Temos que mudar isso. Vamos rever todos esses contratos da gestão terceirizada, a relação da compra dos serviços e fazer um forte investimento no SUS de qualidade, no SUS público, garantindo também transparência e controle social.

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