sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dicionário médico - cirurgia de cabeça e pescoço

Dicionário Médico para o Público Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Adenoma Pleomórfico: Tumor benigno mais freqüente das glândulas salivares

Afecção: Doença

Aangiografia: Estudo radiológico para visualizar os vasos sangüíneos, por meio de contraste

Biópsia: Retirada de fragmento ou de todo tumor para avaliação com patologista

Bócio: Aumento da glândula tireóide não neoplásico

CA: Abreviatura de câncer

Câncer: Tumor maligno

Carcinoma: Câncer

Carcinoma Papilífero: Tumor maligno mais freqüente da glândula tireóide, normalmente de comportamento não agressivo

CBC: Carcinoma basocelular, câncer de pele mais freqüente

CEC: Carcinoma epidermóide, câncer mais freqüente da mucosa em cabeça e pescoço, que também ocorre na pele

Cintilografia: Estudo que realiza mapeamento da tireóide por meio de iodo radioativo

Cirurgia de Cabeça e Pescoço: Especialidade que trata malformações congênitas, tumores benignos e malignos da tireóide, paratireóide, glândulas salivares, boca, laringe, faringe, seios paranasais e tumores de pele da região cervical, face e do couro cabeludo

Cisto: Lesão normalmente ovalada ou circular, com conteúdo líquido no seu interior

Cisto Tireoglosso: Lesão cística congênita, localizada na linha média, normalmente acima do "pomo de Adão" , de tratamento cirúrgico

Congelação: Exame realizado pelo patologista durante o ato operatório, para avaliar o tipo do tumor

Desnutrição: Estado onde o paciente apresenta-se emagrecido, normalmente por falta de alimentação ou por uma doença consumptiva

Disfagia: Dificuldade para se alimentar

Dreno: Tubo, de silicone, plástico, borracha ou outro material, utilizado para direcionar coleções

Edema: Inchaço

Endoscopia: Estudo que visualiza, por meio de fibras ópticas, os órgãos do trato aero-digestivo alto

Enxerto: Lâmina fina de pele utilizada na reconstrução de defeitos de pele ou mucosa

Epistaxe: Sangramento pelo nariz

Esôfago: Tubo muscular que interliga a faringe ao estômago

Estadiamento: Estudo clínico para saber o tamanho e a agressividade do tumor

Esvaziamento Cervical: Retirada dos linfonodos cervicais e outras estruturas que podem ou estão acometidos por câncer

Fístula: Trajeto comunicando normalmente duas cavidades ou uma cavidade com o meio externo

Gastrostomia: Orifício comunicando o estômago com a pele, por onde os pacientes que não podem se alimentar pela boca podem receber alimentos

Graves: Doença onde há hipertireoidismo

Hemangioma: Tumor com origem em vasos sangüíneos

Hematoma: Coleção de sangue e coágulos em alguma cavidade

Higroma: Tumor com origem em tecido linfático, presente desde o nascimento, também conhecido como linfangioma

Hipertireoidismo: Quando a glândula tireóide funciona mais do que o normal

Hipotireoidismo: Quando a glândula tireóide funciona menos do que o normal

Iodo: Produto essencial para produção do hormônio tireoidiano

Laringe: Aparelho responsável pela produção da voz, localizado na região do "pomo de Adão"

Laringectomia: Ccirurgia onde se retira a laringe quando está acometida por câncer

Laringoscopia: Exame onde se vê a laringe por meio de um espelho ou por fibras ópticas

Linfangioma: Tumor com origem em tecido linfático, presente desde o nascimento, também conhecido como higroma

Linfonodo: Gânglio ou "íngua"

Lipoma: Tumor com origem em tecido gorduroso

Melanoma: Câncer de pele e de mucosa, geralmente escurecido

Metástase: Quando existe tumor em outra localização diferente do local do tumor primário

Nasoangiofibroma: Tumor benigno de nasofaringe, mais freqüente em jovens do sexo masculino

Neoplasia (tumor): Crescimento e multiplicação anormal de células, podendo ser maligna, também denominado câncer, com as características de invasão e destruição tecidual ou benigna, forma não invasiva e localizada.

Odinofagia: Dor à deglutição

Paratireóide: Glândulas localizadas ao lado da tireóide, responsáveis pelo metabolismo do cálcio

Parótida: Glândula triangular que produz saliva, localizada anteriormente ao pavilhão auricular

PCI: Pesquisa de corpo inteiro, exame utilizado após tireoidectomias, para avaliar possíveis restos tireoidianos, ou metástases, em casos de câncer

Prognóstico: Indica qual a chance de tratamento do paciente para uma determinada doença

PS: Pronto-socorro

PTU: Abreviatura do medicamento propiltiouracil, usado na doença de graves

Punção-Biópsia: Exame de biópsia quase indolor, que se utiliza de agulha fina para conseguir material para estudo pelos patologistas

Quimioterapia: Tratamento de câncer com uso de medicamentos (quimioterápicos)

Ressonância: Exame bem detalhado por meio de ondas magnéticas, melhor que a tomografia, porém, com indicações restritas

Retalho: Pedaço de músculo, pele ou órgão que é transferido para correção de defeitos após cirurgias

RPA: Recuperação pós-anestésica, onde se recuperam os pacientes após a anestesia

RPO: Recuperação pós operatória, local onde se recuperam os pacientes mais graves após a cirurgia

Sarcoma: Tumor maligno de partes moles podendo ser localizados em todo o corpo

Seios Paranasais: Cavidades localizadas nos ossos da face, onde ocorrem as sinusites

SO: Sala de operações

Sonda Nasoenteral: Tubo de silicone usado para alimentação, quando o alimento não pode passar pelo trajeto normal

Tireóide: Glândula localizada na região do pescoço responsável pela produção de hormônio tireoidiano

Tireoidectomia: Cirurgia onde se retira parte ou toda a glândula tireóide

Tireoidite: Doença inflamatória da glândula tireóide, normalmente de causa auto-imune

Tomografia: Exame bem detalhado por meio de raios X, onde se pode ter uma idéia tridimensional do corpo humano

Traqueostomia: Orifício comunicando a traquéia com o meio externo, utilizado normalmente para casos onde há dificuldade respiratória

Tumor Maligno: Câncer

UTI: Unidade de terapia intensiva, centro de tratamento intensivo, bem equipado e preparado para casos graves

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Cancer de mama

Mama


A mama é constituída por estruturas produtoras de leite (lóbulos), ductos, que são pequenos canais que ligam os lóbulos ao mamilo; gordura, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e vasos linfáticos.

Vasos linfáticos são semelhantes aos vasos sanguíneos, só que em vez de sangue, transportam linfa, um líquido que contém células do sistema de defesa, gordura e proteínas. Ao longo dos vasos linfáticos há pequenos órgãos em forma de feijões, ou gânglios ou nódulos linfáticos ou ainda linfonodos, que armazenam glóbulos brancos chamados linfócitos. A maioria dos vasos linfáticos da mama leva a gânglios linfáticos situados nas axilas, denominados nódulos ou gânglios axilares. Se as células cancerosas atingirem esses gânglios, a probabilidade de que a doença se espalhe para outros órgãos é maior.
A maioria dos cânceres de mama começa nos ductos (carcinomas ductais), alguns têm início nos lóbulos (carcinoma lobular) e os demais nos outros tecidos.


Nódulos benignos


A maioria dos tumores de mama é benigna, isto é, são crescimentos celulares que não se espalham pelo organismo e não ameaçam a vida da mulher. Mas só um médico pode dizer a diferença. A maioria dos nódulos (ou caroços) nas mamas são cistos, que contêm líquido.



Tipos de câncer de mama


Carcinoma in situ: é o termo usado para o câncer em estágio inicial, que está restrito ao local onde teve início, lóbulo ou ducto, e não atingiu nem os tecidos gordurosos próximos nem outros órgãos:
Carcinoma ductal in situ: é o tipo mais comum de câncer de mama não-invasivo, está confinado aos ductos, não se espalhou através das paredes dos ductos e não atingiu o tecido gorduroso. Praticamente todas as mulheres com tumores neste estágio podem ser curadas.
Carcinoma lobular in situ: é o câncer que começa nas glândulas produtoras de leite (lóbulos) e permanece restrito a elas, sem atravessar a parede dos lóbulos.
Carcinoma ductal infiltrante ou invasivo: é o tipo mais comum de câncer de mama e é responsável por 80% dos casos da doença. Ele começa nos ductos, atravessa sua parede e invade o tecido adiposo (gorduroso) da mama, de onde pode se espalhar para outras partes do corpo.
Carcinoma lobular infiltrante ou invasivo: ele começa nas glândulas que produzem leite ou lóbulos e pode se espalhar para outras partes do corpo. Ele é responsável por 10% dos cânceres de mama invasivos.
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres "exceção feita ao de pele". Nos Estados Unidos, as estimativas são de cerca de 213 mil novos casos este ano com 41 mil mortes. Lá ele é a segunda causa de morte por câncer entre mulheres, ficando atrás do câncer de pulmão. No Brasil, ele é a primeira causa de morte por câncer entre as mulheres. Por aqui, as estimativas prevêem 50 mil novos casos em 2006
O uso de exames preventivos aumentou bastante o número de casos de câncer identificados antes de causar sintomas.

O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um caroço. Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser malignos, mas há tumores que são macios e arredondados. Portanto, é importante ir ao médico. Outros sinais de câncer de mama incluem:

Inchaço em parte do seio


Irritação da pele ou aparecimento de irregularidades na pele, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja

Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro)

Vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama

Saída de secreção (que não leite) pelo mamilo

Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro)

Um caroço nas axilas

Diagnóstico por imagem


Mamografia: a mamografia também pode ser utilizada quando o médico suspeita ou diagnostica um câncer. Ela pode mostrar que está tudo bem ou que outro exame, geralmente uma biópsia, é necessário. Quando o médico sente um nódulo, mesmo que a mamografia não revele o tumor, a biópsia é necessária, a não ser que um ultra-som mostre que o caroço é um cisto. A mamografia não pode dizer se um caroço na mama é canceroso ou não.

Ultra-som de mama: um exame de ultra-som usa ecos de ondas sonoras para criar uma imagem de partes do organismo. Geralmente ele é usado quando a mamografia identifica uma área duvidosa na mama, porque ajuda a diferenciar cistos (nódulos com líquido) de massas sólidas.

Ressonância magnética: a ressonância usa ondas de rádio e fortes ímãs e computador, que transforma os resultados em imagem. Tipos especiais de MRIs podem ser usados para analisar melhor cânceres encontrados por mamografias ou para mulheres de alto risco.

Biópsia


Ela é feita quando outros testes indicam que a mulher possui uma área que pode ser câncer de mama e consiste na remoção de uma amostra de tecido. Há vários tipos de biópsia e o médico escolhe a mais indicada para cada caso:

Biópsia por aspiração com agulha fina: Uma agulha bem fina, às vezes guiada por ultra-som, é usada para retirar líquido do nódulo. Se o nódulo for sólido, pequenos pedaços de tecido são removidos e analisados ao microscópio. Se a biópsia não der um resultado claro ou se o médico não tiver certeza do diagnóstico, uma segunda biópsia ou um tipo diferente de biópsia pode ser necessário.

Biópsia estereotáxica por agulha grossa: Ela é usada para remover vários cilindros de tecido e é feita com anestesia local.

Biópsia cirúrgica: Algumas vezes uma cirurgia é necessária para remover todo nódulo ou parte dele e analisá-lo ao microscópio. Muitas vezes remove-se também tecido sadio ao redor do nódulo.

Análise da biópsia: Se o tecido removido não for canceroso, não há necessidade de tratamento. Se for, a biópsia pode dizer se trata de um câncer agressivo ou não. As amostras são graduadas de 1 a 3. Os cânceres que se mais se assemelham ao tecido normal tendem a crescer e se espalhar mais lentamente. Geralmente, um grau menor indica câncer de crescimento mais lento e o maior, os mais agressivos.

A amostra da biópsia também pode ser testada para ver se contém receptores para certos hormônios, como progesterona e estrogênio, designadas como progesterona positivo e estrogênio positivo. Esses cânceres tendem a ter prognóstico melhor, pois respondem a tratamento hormonal. Dois em cada três casos de câncer de mama apresentam esses receptores.



Fatores de Risco e Prevenção


Não se sabe exatamente o que causa o câncer de mama, mas há alguns fatores de risco associados à doença. Fator de risco é qualquer coisa que aumente as chances de aparecimento de uma doença. Alguns podem ser controlados (como fumo, hábitos alimentares) e outros não, como idade e histórico familiar. Mas a exposição a um ou mais fatores de risco não significa que a mulher vá necessariamente ter câncer de mama; apenas que corre maior risco de ter a doença.

- Sexo: ser mulher é o principal fator de risco para desenvolver a doença. Homens também podem ter a doença, mas ela é 100 vezes mais comum em mulheres.

- Idade: o risco de desenvolver a doença aumenta com a idade. Ao redor de 18% dos cânceres de mama são diagnosticados em mulheres com aproximadamente 40 anos, e 77% em mulheres com 50 anos de idade ou mais.

- Histórico familiar: Ter mãe, irmã ou filha com a doença aumenta o risco de a mulher ter a doença, entretanto, o exato risco é desconhecido. Mulheres com histórico familiar de câncer de mama em pai ou irmão, também possuem risco aumentado. Ao redor de 20% a 30% das mulheres portadoras de câncer de mama possuem parente com o mesmo diagnóstico.

- Mutações genéticas: Entre 5% e 10% dos cânceres de mama estão associados a certas mutações genéticas, a mais comum nos genes chamados BRCA1 e BRCA2. Mulheres que têm essas mutações têm até 80% de chances de desenvolver câncer de mama por volta dos 70 a 75 anos.

- Histórico pessoal de câncer de mama: mulheres que tiveram câncer em uma mama têm maior risco (3 a 4 vezes mais) de ter câncer na outra mama, ou mesmo em outra parte da primeira. Não se trata de recidiva (volta do câncer), mas de um novo tumor na mesma mama.

- Fatores étnicos: mulheres brancas têm risco levemente maior que as negras (na população norte americana), mas estas correm maior risco de morrer da doença, pois apresentam tumores mais agressivos. O risco é menor em mulheres asiáticas e indígenas.

- Biópsia anterior anormal: certos tipos de anomalias encontradas em biópsias prévias podem aumentar o risco de câncer de mama.

- Radioterapia anterior no tórax: mulheres, quando crianças ou adultos jovens, submetidas à radioterapia na região do tórax têm risco consideravelmente maior de desenvolver câncer de mama.

- Período menstrual: mulheres que começaram a menstruar cedo (antes dos 12 anos) ou que entraram na menopausa após os 55 anos têm risco ligeiramente maior de ter câncer de mama.

- Tratamento com dietiletilbestrol: no passado, grávidas tomaram essa droga para reduzir o risco de aborto espontâneo. Mais tarde descobriu-se que o medicamento tinha efeitos teratogênicos (causando má-formações) e carcinogênicos.

- Não ter filhos: mulheres que não tiveram filhos ou só tiveram depois dos 30 anos têm risco levemente aumentado de ter câncer de mama. Ter mais de um filho quando jovem reduz o risco de câncer de mama.

- Pílula anticoncepcional: não se sabe ao certo qual o papel da pílula no câncer de mama, mas alguns estudos sugerem que mulheres que tomam a pílula correm risco levemente maior de ter câncer de mama, quando comparadas às mulheres que nunca usaram.

- Reposição hormonal: o uso da reposição hormonal combinada (progesterona mais estrogênio) por longo período (vários anos) aumenta o risco de câncer de mama, doença cardíaca, coágulos e derrame. Além disso, são cânceres diagnosticados em estágios mais avançados, talvez porque a reposição hormonal pareça reduzir a eficiência da mamografia.

- Gravidez e amamentação: Alguns estudos mostram que amamentar reduz levemente o risco de câncer de mama, especialmente se a mãe amamenta por um ano e meio ou dois. Porém, outros estudos não demonstraram o impacto da amamentação sobre o risco do câncer de mama. O motivo parece ser o fato de a amamentação reduzir o número de períodos menstruais da mulher, assim como a gravidez. Um dos motivos para o aumento dos casos de câncer de mama é uma conjugação de fatores comportamentais: as mulheres menstruam mais cedo, têm filhos mais tarde (após os 30 anos) e menos filhos que suas avós e bisavós. Isso significa que suas células da mama são expostas a mais estrógeno.

- Consumo de álcool: o consumo de bebidas alcoólicas está claramente associado a um aumento do risco de ter câncer de mama. Mulheres que bebem uma dose de álcool por dia têm risco levemente maior. As que bebem de 2 a 5 doses diárias têm risco uma vez e meia maior do que as que não bebem.

- Alimentação: ter excesso de peso está associado a maior risco de câncer de mama, especialmente se o aumento de peso ocorreu na idade adulta ou após a menopausa. O risco parece maior se a gordura se concentra na região da cintura. A recomendação dos especialistas é de uma dieta equilibrada, rica em fibras e com pouca gordura, evitando-se principalmente as carnes vermelhas.

- Exercícios: estudos mostram que a prática regular de atividade física reduz as chances de ter câncer de mama. Mas a única questão é saber a quantidade de atividade que é necessária.

Mitos e riscos incertos


Não existe associação comprovada entre uso de agrotóxicos e câncer de mama. Também não há associação comprovada entre câncer de mama e cigarro, mas como o fumo está associado a uma série de outros cânceres (pulmão, boca, pâncreas, bexiga, etc), problemas cardíacos e derrames, o ideal é procurar um serviço especializado e largar o cigarro.

Correntes disparadas via internet disseminaram rumores de que o uso de antitranspirantes causa câncer de mama. Mais recentemente, os sutiãs com suportes metálicos foram alvo de outra corrente. Não existem evidências de que desodorantes e sutiãs causem câncer de mama.

Ativistas contrários ao aborto disseminaram a idéia de que o procedimento aumenta o risco de câncer de mama, o que não é verdade. Abortos espontâneos também não elevam o risco de ter câncer de mama.

Implantes de silicone formam uma cicatriz na mama e podem dificultar a detecção precoce do tumor, bem como a visualização do tecido mamário nas incidências padrões da mamografia. Contudo, não aumentam o risco de câncer.

Aconselhamento genético


Há testes que podem mostrar se a mulher é portadora de mutações genéticas que aumentam suas chances de ter câncer de mama, mas esses testes não devem ser feitos indiscriminadamente. Eles são recomendados para as mulheres com histórico familiar significativo de câncer de mama e/ou ovário, que têm a doença antes dos 50 anos. O ideal é que elas procurem primeiro um centro de aconselhamento genético ou um departamento de oncogenética. Só depois disso, elas devem discutir o que fazer com seus médicos.

Em alguns casos raros, mulheres com altíssimo risco de desenvolver câncer de mama podem considerar a possibilidade de fazer uma mastectomia profilática, isto é, a remoção cirúrgica das mamas.

Prevenção

Quanto mais cedo o câncer de mama é diagnosticado, maiores as chances de o tratamento ser bem-sucedido. O objetivo dos exames preventivos é encontrar o câncer antes mesmo dele causar sintomas. O tamanho do tumor e sua capacidade de se espalhar são os fatores mais importantes para o prognóstico da doença. Os especialistas acreditam que a detecção precoce salva milhares de vidas todos os anos. Estas são as recomendações para o diagnóstico precoce em mulheres sem sintomas:

- Mamografia: mulheres com 40 anos ou mais devem fazer uma mamografia anual, pois ainda é um dos melhores meios de diagnóstico precoce. Uma mamografia é um raio-X da mama, usada tanto para mulheres que não têm sintomas como as que apresentam suspeita de câncer. No exame, a mama é colocada entre suas placas, para ser radiografado. O exame dura cerca de 20 minutos.

- Exame clínico: Na faixa dos 20 e 30 anos, as mulheres devem fazer pelo menos um exame clínico das mamas, por especialistas, a cada 3 anos. Depois dos 40, esse exame deve ser feito anualmente, de preferência antes da mamografia. O médico observa a mama, em busca de alterações na forma ou tamanho e, em seguida, usando os dedos faz a palpação das mamas e axilas em busca de nódulos.

- Auto-exame: é uma opção para as mulheres a partir dos 20 anos. É uma forma de a mulher conhecer melhor suas mamas e aumentar a probabilidade de perceber qualquer alteração. Deve-se procurar um médico se houver um caroço; inchaço duradouro; irritação da pele ou aparecimento de retrações que deixem a pele com aparência de casca de laranja; vermelhidão ou descamação na pele da mama ou no mamilo; dor, secreção pelo mamilo. Na maioria das vezes não é câncer, mas só um médico pode dar o diagnóstico correto.

- Mulheres com alto risco de ter câncer de mama devem conversar com seus médicos para definir a partir de que idade deve fazer esses exames e com que regularidade.


Tratamento Localizado versus tratamento Sistêmico


O objetivo do tratamento localizado é tratar o tumor sem afetar o resto do organismo, como no caso da cirurgia e da radiação. Já o tratamento sistêmico é administrado por via oral ou injetado e atinge todo o corpo, como nos casos da quimioterapia, hormonioterapia e imunoterapia.

Os especialistas acreditam que células do tumor podem se desprender e viajar para outras partes do corpo já nos estágios iniciais do câncer, podendo dar origem a outros tumores. Por isso, muitas vezes, mesmo quando não parece haver mais sinal de câncer após a cirurgia é usada a chamada terapia adjuvante, que mata essas células. Algumas pessoas recebem quimioterapia antes da cirurgia para encolher o tumor, na chamada terapia neoadjuvante.



Cirurgia

A maioria das mulheres com câncer de mama vai se submeter a algum tipo de cirurgia para remover o máximo possível do tumor. Ela também pode ser utilizada para remover gânglios linfáticos atingidos pela doença, reconstruir a mama ou aliviar sintomas em estágios avançados da doença.

Cirurgia conservadora da mama: Ela remove apenas o nódulo ou caroço e parte do tecido sadio ao seu redor. Seis semanas após a cirurgia, costuma-se fazer radioterapia. Se a quimioterapia for ser utilizada, a radioterapia fica para mais tarde. A grande vantagem do tratamento conservador é que ele preserva a mama. Porém, não pode ser usado em todos os casos, apenas nas mulheres com câncer nos estágios I e II.

Quadrantectomia: consiste na remoção do câncer e de cerca de 25% do tecido da mama.

Mastectomia simples ou total: ela remove toda a mama.

Mastectomia radical modificada: ela remove toda a mama e parte dos gânglios linfáticos das axilas e preserva o músculo peitoral maior.

Mastectomia radical: é a remoção de toda a mama, dos nódulos linfáticos e dos músculos peitorais. Hoje em dia é raramente usada, porque a mastectomia radical modificada é igualmente eficiente, desfigura menos o corpo da mulher e tem menos efeitos colaterais.

Dissecção axilar: é feita para determinar se há ou não comprometimento dos gânglios linfáticos. Alguns nódulos linfáticos das axilas são removidos e analisados ao microscópio. Um dos efeitos colaterais da remoção dos nódulos é o linfedema, acúmulo de líquido fora dos gânglios e vasos linfáticos, causando inchaço e dor e pode ser tratado com fisioterapia e exercícios.

Biópsia do linfonodo sentinela: Uma substância radioativa é injetada próximo ao tumor, a qual é carregada pelo sistema linfático ao primeiro linfonodo (sentinela) que recebe a drenagem linfática do tumor. Este é o linfonodo mais comumente afetado pelas células tumorais se o tumor se espalhou. Quando ele é identificado, é removido e analisado. Se contiver células cancerosas, outros nódulos podem ser retirados. É uma biópsia complexa que só pode ser feita por profissionais experientes.

Cirurgia de reconstrução da mama: Existem vários tipos de cirurgias para reconstrução da mama, mas é importantíssimo discutir essas possibilidades com seu médico antes da mastectomia e já consultar um cirurgião plástico. Hoje, há a possibilidade de fazer a reconstrução no mesmo procedimento em que os nódulos linfáticos são removidos ou algum tempo após a cirurgia. De qualquer forma, a cirurgia de reconstrução vai depender da forma como a mastectomia é feita, daí a necessidade de conversar com os médicos antes, para fazer o melhor planejamento.

Quimioterapia


Os medicamentos usados na quimioterapia podem atingir qualquer parte do corpo, através da corrente sanguínea. Na maioria das vezes, é utilizada uma combinação de drogas (administradas por via oral ou injetadas) que matam as células cancerosas, mas também danificam as células normais, acarretando uma série de efeitos colaterais. Feita após a cirurgia, a quimioterapia reduz as chances de o câncer voltar. Ela é usada também nos casos em que a doença se espalhou além dos gânglios linfáticos e atingiu outros órgãos. Outra aplicação da quimioterapia é para encolher o tumor antes da cirurgia, o que também permite aos médicos verificar como o tumor reage à medicação. Geralmente, a quimioterapia é administrada em ciclos, que se seguem a períodos de recuperação, ao longo de 3 a 6 meses, em média, usando várias drogas combinadas simultaneamente. Entre os efeitos colaterais da quimioterapia estão:

- náusea e vômito
- perda de apetite
- feridas na boca
- perda de cabelo temporária
- maior risco de infecções (porque diminui o número de glóbulos brancos)
- risco de sangramento ou hematoma por causa de pequenos cortes ou pancadas (por causa da redução na quantidade de plaquetas no sangue)
- cansaço (por causa do menor número de glóbulos vermelhos)

A maioria dos sintomas desaparece com o fim do tratamento. Entre os efeitos permanentes estão a chegada precoce da menopausa e esterilidade. Pode haver dano ao coração com o uso prolongado da droga adriamicina, mas os médicos costumam monitorar cuidadosamente as pacientes que usam esse medicamento. Muito raramente, anos após a quimioterapia, algumas pacientes desenvolvem leucemia mielóide aguda, mas os benefícios da quimioterapia superam em muito os riscos dessa ocorrência rara.

Radioterapia


É o tratamento com raios de alta energia que matam as células cancerosas ou fazem o tumor encolher. A fonte pode ser externa ou interna (braquiterapia), em que o material radioativo é colocado diretamente no tumor ou perto dele. No caso do câncer de mama, o mais comum é o uso da radioterapia de fonte externa, que pode destruir células cancerosas que restaram na mama, nódulos linfáticos ou na mama após a cirurgia ou, mais raramente, para encolher o tumor antes da operação.

Radioterapia Intra-operatória: Combinando a cirurgia e Radioterapia na mesma intervenção, a RTIO é uma técnica radiocirúrgica que permite expor um tumor ou resíduo tumoral, ou zonas de alto perigo de recidiva, a um feixe direto de radiação, protegendo-se os tecidos normais. A irradiação é feita através de um cone colocado durante cirurgia diretamente no leito tumoral. Assim que o tecido lesado é retirado, o paciente é transportado para a sala de radioterapia, anexa, onde recebe a radioterapia.

Hormonioterapia: O estrogênio, um dos hormônios sexuais femininos, promove o crescimento das células cancerosas em algumas mulheres. Para elas, existem vários métodos para bloquear os efeitos do hormônio ou reduzir seus níveis no organismo. O tamoxifeno é uma droga que bloqueia a ação do estrogênio e é administrada via oral, por um período de 5 anos após a cirurgia para reduzir os risco de recidiva (volta do câncer). Estudos recentes mostram que o tamoxifeno é eficaz em mulheres com câncer de mama em estágio inicial com tumores estrogênio-positivos. A droga também é usada para reduzir as chances de aparecimento de tumores em mulheres de alto risco. Algumas pesquisas mostram aumento na incidência de câncer de corpo de útero em mulheres que tomam o medicamento, mas geralmente ele é detectado e tratado cirurgicamente em estágios iniciais. Por isso, recomenda-se às mulheres que tomam tamoxifeno relatar a seu médico qualquer sangramento vaginal incomum.

Inibidores de aromatase: são drogas que inibem uma enzima (aromatase) que participa da síntese de estrogênio e só funcionam para mulheres que passaram da menopausa e cujos cânceres são hormônio-positivos. Eles podem ser usados depois ou em vez do tamoxifeno para reduzir as chances de recidiva.

Outros tratamentos

Trastuzumabe ou herceptina (nome comercial Herceptin) é uma droga que se liga a uma proteína receptora (HER2/numbereu) que se encontra em pequenas quantidades na superfície das células normais da mama e em alguns cânceres de mama. Tumores que têm grandes quantidades desse receptor tendem a crescer e se espalhar depressa. A herceptina bloqueia esse receptor que pára de dar ordem para a célula cancerosa se multiplicar.

Estadiamento

Saber em que estádio está o câncer é fundamental para o planejamento do tratamento e para que o paciente, seu médico e a equipe médica possam discutir alternativas terapêuticas e ter perspectivas mais definidas das possibilidades de recuperação.

O sistema mais utilizado para isso é chamado de TNM, onde o T indica o tamanho do tumor; o N indica o quanto ele se espalhou para os nódulos linfáticos mais próximos e o M se já há metástase para outros órgãos.

Geralmente, cada letra é acompanhada por um número. Um tumor T1N0M0 é um tumor pequeno, que não atingiu os nódulos linfáticos próximos e nem se espalhou pelo corpo. Essa classificação dá origem a outra, em que os estágios da doença são indicados por algarismos romanos, que vão de zero a IV (4) e quanto maior o número, mais grave a fase da doença.

Os valores possíveis para T são:
TX: tumor primário não pode ser avaliado.

T0: não há evidência do tumor primário (isso acontece às vezes).

Tis: carcinoma in situ; carcinoma intraductal, carcinoma lobular in situ ou doença de Paget do mamilo sem massa tumoral associada.

T1: tumor de 2 cm ou menos em sua maior dimensão.

T2: tumor de mais de 2 cm e menos de 5 cm em sua maior dimensão.

T3: tumor de mais de 5 cm em sua maior dimensão.

T4: tumor de qualquer tamanho com extensão para a parede torácica ou pele.

Os valores possíveis para N são:
NX: nódulos linfáticos regionais (isto é, próximos à mama) não podem ser avaliados (porque já foram removidos antes, por exemplo)

N0: câncer não atingiu os nódulos linfáticos regionais

N1: câncer atingiu de 1 a 3 nódulos linfáticos nas axilas do mesmo lado da mama com câncer e/ou nódulos com cânceres microscópicos encontrados por biópsia de linfonodo sentinela, mas não em exames por imagem ou exame clínico. Essa categoria inclui os casos em que apenas um pequeno aglomerado de células cancerosas é encontrado.

N2: câncer atingiu entre 4 a 9 nódulos linfáticos do mesmo lado que a mama com câncer ou nódulos mamários internos foram encontrados em exames por imagem ou exames clínicos na ausência de metástase para os nódulos linfáticos.

N3: câncer se espalhou para 10 ou mais nódulos linfáticos das axilas ou para nódulos infraclaviculares (abaixo da clavícula) ou nódulos supraclaviculares (acima da clavícula) ou nódulos linfáticos mamários internos (no peito, abaixo da mama) encontrados por exames por imagem ou exame clínico na presença de um ou mais nódulos linfáticos da axila atingidos ou em mais de 3 nódulos linfáticos axilares e em nódulos internos da mama detectados por biópsia do linfonodo sentinela, mas não identificados por exames por imagem ou exame clínico - sempre do mesmo lado da mama com câncer.

Os valores possíveis para M são:
MX: presença de metástase não pode ser avaliada.

M0: não há metástase.

M1: presença de disseminação para órgãos distantes

Uma vez determinadas as categorias T, M e N, essa informação é combinada com outros dados para produzir o estadiamento propriamente dito, que é expresso em algarismos romanos e vai de 0 a IV (zero a 4):

Estágio 0: Tis, N0, M0: o carcinoma de ducto in situ é a forma inicial do câncer de mama, em que as células cancerosas estão dentro de um ducto e não invadiram o tecido gorduroso a seu redor ou carcinoma lobular in situ, que muitas vezes é classificado como câncer de mama estágio 0, mas a maioria dos oncologistas não considera como um verdadeiro câncer de mama. No carcinoma lobular in situ, as células anormais crescem no interior dos lóbulos, mas não penetram na parede dos lóbulos ou se trata de doença de Paget. Em todos esses casos, o câncer não atingiu os nódulos linfáticos próximos nem órgãos distantes.

Estágio I: T1, N0, M0: o tumor tem 2 cm ou menos de diâmetro e não atingiu os gânglios linfáticos nem órgãos distantes.

Estágio IIA: T0, N1, M0 / T1, N1, M0 / T2, N0, M0: não foi encontrado tumor na mama, mas ele está presente em 1 a 3 nódulos linfáticos axilares ou o tumor tem menos de 2 cm e atingiu entre 1 a 3 nódulos linfáticos axilares ou foi encontrado por biópsia de linfonodo sentinela como doença microscópica em nódulos mamários internos, mas não foi detectado por exames por imagem ou exame clínico ou o tumor tem mais de 2 cm e menos de 5 cm de diâmetro, mas não atingiu os nódulos linfáticos da axila. O câncer não atingiu órgãos distantes.

Estágio IIB: T2, N1, M0 / T3, N0, M0: o tumor tem mais de 2 cm e menos de 5 cm de diâmetro e atingiu entre 1 e 3 nódulos linfáticos da axila ou foi encontrado por biópsia de linfonodo sentinela como doença microscópica em nódulos mamários internos ou o tumor tem mais de 5 cm, não cresceu para a parede torácica e não atingiu os gânglios linfáticos. O câncer não atingiu órgãos distantes.

Estágio IIIA: T0-2, N2, M0 / T3, N1-2, M0: o tumor tem menos de 5 cm de diâmetro e atingiu entre 4 e 9 nódulos linfáticos axilares ou descobriu-se que atingiu nódulos mamários internos através de exames por imagem ou exames clínicos ou o tumor tem mais 5 cm e atingiu entre 1 e 9 nódulos axilares ou nódulos mamários internos. O câncer não atingiu órgãos distantes.

Estágio IIIB: T4, N0-2, M0: O tumor avançou para a parede torácica ou pele e pode tanto não ter atingido os nódulos linfáticos como ter atingido até 9 deles. Ele pode ou não ter alcançado nódulos mamários internos. O câncer não atingiu órgãos distantes.

Estágio IIIC: T0-4, N3, M0: o tumor pode ter qualquer tamanho, se espalhou para 10 ou mais nódulos na axila ou para 1 ou mais nódulos acima ou abaixo da clavícula ou para nódulos mamários internos, que aparecem aumentados por causa do câncer. Sempre do mesmo lado que o câncer de mama. O câncer não atingiu órgãos distantes.

Carcinoma inflamatório de mama é classificado como estágio III a não ser que tenha atingido órgãos ou gânglios linfáticos distantes, quando será incluído no estágio IV.

Estágio IV: T0-4, N0-3, M1: o câncer, independentemente do seu tamanho, se espalhou para órgãos distantes como ossos, fígado, pulmão ou nódulos linfáticos distantes da mama.

Sobrevida

A taxa de sobrevida após 5 anos indica a porcentagem de pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico. Claro que muitos doentes vivem mais que 5 anos. E este índice não inclui pacientes que morrem por outras causas, como enfarte, por exemplo. Esses números representam um panorama geral, mas cada caso é único e as estatísticas não podem prever especificamente o que vai ocorrer com o seu caso. Só a equipe que atende cada paciente pode tirar suas dúvidas sobre suas chances de cura e sobrevida.

Estágio Taxa de sobrevivência após 5 anos
0 - 100%
I - 100%
IIA - 92%
IIB - 81%
IIIA - 67%
IIIB - 54%
IV - 20%



Diagnóstico



uso de exames preventivos aumentou bastante o número de casos de câncer identificados antes de causar sintomas.
O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um caroço. Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser malignos, mas há tumores que são macios e arredondados. Portanto, é importante ir ao médico. Outros sinais de câncer de mama incluem:
Inchaço em parte do seio
Irritação da pele ou aparecimento de irregularidades na pele, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja
Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro)
Vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama

aída de secreção (que não leite) pelo mamilo
Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro)
Um caroço nas axilas
Diagnóstico por imagem
Mamografia: a mamografia também pode ser utilizada quando o médico suspeita ou diagnostica um câncer. Ela pode mostrar que está tudo bem ou que outro exame, geralmente uma biópsia, é necessário. Quando o médico sente um nódulo, mesmo que a mamografia não revele o tumor, a biópsia é necessária, a não ser que um ultra-som mostre que o caroço é um cisto. A mamografia não pode dizer se um caroço na mama é canceroso ou não.
Ultra-som de mama: um exame de ultra-som usa ecos de ondas sonoras para criar uma imagem de partes do organismo. Geralmente ele é usado quando a mamografia identifica uma área duvidosa na mama, porque ajuda a diferenciar cistos (nódulos com líquido) de massas sólidas.
Ressonância magnética: a ressonância usa ondas de rádio e fortes ímãs e computador, que transforma os resultados em imagem. Tipos especiais de MRIs podem ser usados para analisar melhor cânceres encontrados por mamografias ou para mulheres de alto risco.


Biópsia


Ela é feita quando outros testes indicam que a mulher possui uma área que pode ser câncer de mama e consiste na remoção de uma amostra de tecido. Há vários tipos de biópsia e o médico escolhe a mais indicada para cada caso:
Biópsia por aspiração com agulha fina: Uma agulha bem fina, às vezes guiada por ultra-som, é usada para retirar líquido do nódulo. Se o nódulo for sólido, pequenos pedaços de tecido são removidos e analisados ao microscópio. Se a biópsia não der um resultado claro ou se o médico não tiver certeza do diagnóstico, uma segunda biópsia ou um tipo diferente de biópsia pode ser necessário.
Biópsia estereotáxica por agulha grossa: Ela é usada para remover vários cilindros de tecido e é feita com anestesia local.
Biópsia cirúrgica: Algumas vezes uma cirurgia é necessária para remover todo nódulo ou parte dele e analisá-lo ao microscópio. Muitas vezes remove-se também tecido sadio ao redor do nódulo.
Análise da biópsia: Se o tecido removido não for canceroso, não há necessidade de tratamento. Se for, a biópsia pode dizer se trata de um câncer agressivo ou não. As amostras são graduadas de 1 a 3. Os cânceres que se mais se assemelham ao tecido normal tendem a crescer e se espalhar mais lentamente. Geralmente, um grau menor indica câncer de crescimento mais lento e o maior, os mais agressivos.
A amostra da biópsia também pode ser testada para ver se contém receptores para certos hormônios, como progesterona e estrogênio, designadas como progesterona positivo e estrogênio positivo. Esses cânceres tendem a ter prognóstico melhor, pois respondem a tratamento hormonal. Dois em cada três casos de câncer de mama apresentam esses receptores.


Prevenção


Fatores de Risco e Prevenção


Não se sabe exatamente o que causa o câncer de mama, mas há alguns fatores de risco associados à doença. Fator de risco é qualquer coisa que aumente as chances de aparecimento de uma doença. Alguns podem ser controlados (como fumo, hábitos alimentares) e outros não, como idade e histórico familiar. Mas a exposição a um ou mais fatores de risco não significa que a mulher vá necessariamente ter câncer de mama; apenas que corre maior risco de ter a doença.
- Sexo: ser mulher é o principal fator de risco para desenvolver a doença. Homens também podem ter a doença, mas ela é 100 vezes mais comum em mulheres.
- Idade: o risco de desenvolver a doença aumenta com a idade. Ao redor de 18% dos cânceres de mama são diagnosticados em mulheres com aproximadamente 40 anos, e 77% em mulheres com 50 anos de idade ou mais.
- Histórico familiar: Ter mãe, irmã ou filha com a doença aumenta o risco de a mulher ter a doença, entretanto, o exato risco é desconhecido. Mulheres com histórico familiar de câncer de mama em pai ou irmão, também possuem risco aumentado. Ao redor de 20% a 30% das mulheres portadoras de câncer de mama possuem parente com o mesmo diagnóstico.
- Mutações genéticas: Entre 5% e 10% dos cânceres de mama estão associados a certas mutações genéticas, a mais comum nos genes chamados BRCA1 e BRCA2. Mulheres que têm essas mutações têm até 80% de chances de desenvolver câncer de mama por volta dos 70 a 75 anos.
- Histórico pessoal de câncer de mama: mulheres que tiveram câncer em uma mama têm maior risco (3 a 4 vezes mais) de ter câncer na outra mama, ou mesmo em outra parte da primeira. Não se trata de recidiva (volta do câncer), mas de um novo tumor na mesma mama.
- Fatores étnicos: mulheres brancas têm risco levemente maior que as negras (na população norte americana), mas estas correm maior risco de morrer da doença, pois apresentam tumores mais agressivos. O risco é menor em mulheres asiáticas e indígenas.
- Biópsia anterior anormal: certos tipos de anomalias encontradas em biópsias prévias podem aumentar o risco de câncer de mama.
- Radioterapia anterior no tórax: mulheres, quando crianças ou adultos jovens, submetidas à radioterapia na região do tórax têm risco consideravelmente maior de desenvolver câncer de mama.
- Período menstrual: mulheres que começaram a menstruar cedo (antes dos 12 anos) ou que entraram na menopausa após os 55 anos têm risco ligeiramente maior de ter câncer de mama.
- Tratamento com dietiletilbestrol: no passado, grávidas tomaram essa droga para reduzir o risco de aborto espontâneo. Mais tarde descobriu-se que o medicamento tinha efeitos teratogênicos (causando má-formações) e carcinogênicos.
- Não ter filhos: mulheres que não tiveram filhos ou só tiveram depois dos 30 anos têm risco levemente aumentado de ter câncer de mama. Ter mais de um filho quando jovem reduz o risco de câncer de mama.
- Pílula anticoncepcional: não se sabe ao certo qual o papel da pílula no câncer de mama, mas alguns estudos sugerem que mulheres que tomam a pílula correm risco levemente maior de ter câncer de mama, quando comparadas às mulheres que nunca usaram.
- Reposição hormonal: o uso da reposição hormonal combinada (progesterona mais estrogênio) por longo período (vários anos) aumenta o risco de câncer de mama, doença cardíaca, coágulos e derrame. Além disso, são cânceres diagnosticados em estágios mais avançados, talvez porque a reposição hormonal pareça reduzir a eficiência da mamografia.
- Gravidez e amamentação: Alguns estudos mostram que amamentar reduz levemente o risco de câncer de mama, especialmente se a mãe amamenta por um ano e meio ou dois. Porém, outros estudos não demonstraram o impacto da amamentação sobre o risco do câncer de mama. O motivo parece ser o fato de a amamentação reduzir o número de períodos menstruais da mulher, assim como a gravidez. Um dos motivos para o aumento dos casos de câncer de mama é uma conjugação de fatores comportamentais: as mulheres menstruam mais cedo, têm filhos mais tarde (após os 30 anos) e menos filhos que suas avós e bisavós. Isso significa que suas células da mama são expostas a mais estrógeno.
- Consumo de álcool: o consumo de bebidas alcoólicas está claramente associado a um aumento do risco de ter câncer de mama. Mulheres que bebem uma dose de álcool por dia têm risco levemente maior. As que bebem de 2 a 5 doses diárias têm risco uma vez e meia maior do que as que não bebem.
- Alimentação: ter excesso de peso está associado a maior risco de câncer de mama, especialmente se o aumento de peso ocorreu na idade adulta ou após a menopausa. O risco parece maior se a gordura se concentra na região da cintura. A recomendação dos especialistas é de uma dieta equilibrada, rica em fibras e com pouca gordura, evitando-se principalmente as carnes vermelhas.
- Exercícios: estudos mostram que a prática regular de atividade física reduz as chances de ter câncer de mama. Mas a única questão é saber a quantidade de atividade que é necessária.


Mitos e riscos incertos


Não existe associação comprovada entre uso de agrotóxicos e câncer de mama. Também não há associação comprovada entre câncer de mama e cigarro, mas como o fumo está associado a uma série de outros cânceres (pulmão, boca, pâncreas, bexiga, etc), problemas cardíacos e derrames, o ideal é procurar um serviço especializado e largar o cigarro.
Correntes disparadas via internet disseminaram rumores de que o uso de antitranspirantes causa câncer de mama. Mais recentemente, os sutiãs com suportes metálicos foram alvo de outra corrente. Não existem evidências de que desodorantes e sutiãs causem câncer de mama.
Ativistas contrários ao aborto disseminaram a idéia de que o procedimento aumenta o risco de câncer de mama, o que não é verdade. Abortos espontâneos também não elevam o risco de ter câncer de mama.
Implantes de silicone formam uma cicatriz na mama e podem dificultar a detecção precoce do tumor, bem como a visualização do tecido mamário nas incidências padrões da mamografia. Contudo, não aumentam o risco de câncer.


Aconselhamento genético

Há testes que podem mostrar se a mulher é portadora de mutações genéticas que aumentam suas chances de ter câncer de mama, mas esses testes não devem ser feitos indiscriminadamente. Eles são recomendados para as mulheres com histórico familiar significativo de câncer de mama e/ou ovário, que têm a doença antes dos 50 anos. O ideal é que elas procurem primeiro um centro de aconselhamento genético ou um departamento de oncogenética. Só depois disso, elas devem discutir o que fazer com seus médicos.
Em alguns casos raros, mulheres com altíssimo risco de desenvolver câncer de mama podem considerar a possibilidade de fazer uma mastectomia profilática, isto é, a remoção cirúrgica das mamas.


Prevenção


Quanto mais cedo o câncer de mama é diagnosticado, maiores as chances de o tratamento ser bem-sucedido. O objetivo dos exames preventivos é encontrar o câncer antes mesmo dele causar sintomas. O tamanho do tumor e sua capacidade de se espalhar são os fatores mais importantes para o prognóstico da doença. Os especialistas acreditam que a detecção precoce salva milhares de vidas todos os anos. Estas são as recomendações para o diagnóstico precoce em mulheres sem sintomas:
- Mamografia: mulheres com 40 anos ou mais devem fazer uma mamografia anual, pois ainda é um dos melhores meios de diagnóstico precoce. Uma mamografia é um raio-X da mama, usada tanto para mulheres que não têm sintomas como as que apresentam suspeita de câncer. No exame, a mama é colocada entre suas placas, para ser radiografado. O exame dura cerca de 20 minutos.
- Exame clínico: Na faixa dos 20 e 30 anos, as mulheres devem fazer pelo menos um exame clínico das mamas, por especialistas, a cada 3 anos. Depois dos 40, esse exame deve ser feito anualmente, de preferência antes da mamografia. O médico observa a mama, em busca de alterações na forma ou tamanho e, em seguida, usando os dedos faz a palpação das mamas e axilas em busca de nódulos.
- Auto-exame: é uma opção para as mulheres a partir dos 20 anos. É uma forma de a mulher conhecer melhor suas mamas e aumentar a probabilidade de perceber qualquer alteração. Deve-se procurar um médico se houver um caroço; inchaço duradouro; irritação da pele ou aparecimento de retrações que deixem a pele com aparência de casca de laranja; vermelhidão ou descamação na pele da mama ou no mamilo; dor, secreção pelo mamilo. Na maioria das vezes não é câncer, mas só um médico pode dar o diagnóstico correto.
- Mulheres com alto risco de ter câncer de mama devem conversar com seus médicos para definir a partir de que idade deve fazer esses exames e com que regularidade.


Tratamento



Tratamento Localizado versusTtratamento Sistêmico
O objetivo do tratamento localizado é tratar o tumor sem afetar o resto do organismo, como no caso da cirurgia e da radiação. Já o tratamento sistêmico é administrado por via oral ou injetado e atinge todo o corpo, como nos casos da quimioterapia, hormonioterapia e imunoterapia.
Os especialistas acreditam que células do tumor podem se desprender e viajar para outras partes do corpo já nos estágios iniciais do câncer, podendo dar origem a outros tumores. Por isso, muitas vezes, mesmo quando não parece haver mais sinal de câncer após a cirurgia é usada a chamada terapia adjuvante, que mata essas células. Algumas pessoas recebem quimioterapia antes da cirurgia para encolher o tumor, na chamada terapia neoadjuvante.

Cirurgia


A maioria das mulheres com câncer de mama vai se submeter a algum tipo de cirurgia para remover o máximo possível do tumor. Ela também pode ser utilizada para remover gânglios linfáticos atingidos pela doença, reconstruir a mama ou aliviar sintomas em estágios avançados da doença.
Cirurgia conservadora da mama: Ela remove apenas o nódulo ou caroço e parte do tecido sadio ao seu redor. Seis semanas após a cirurgia, costuma-se fazer radioterapia. Se a quimioterapia for ser utilizada, a radioterapia fica para mais tarde. A grande vantagem do tratamento conservador é que ele preserva a mama. Porém, não pode ser usado em todos os casos, apenas nas mulheres com câncer nos estágios I e II.
Quadrantectomia: consiste na remoção do câncer e de cerca de 25% do tecido da mama.
Mastectomia simples ou total: ela remove toda a mama.
Mastectomia radical modificada: ela remove toda a mama e parte dos gânglios linfáticos das axilas e preserva o músculo peitoral maior.
Mastectomia radical: é a remoção de toda a mama, dos nódulos linfáticos e dos músculos peitorais. Hoje em dia é raramente usada, porque a mastectomia radical modificada é igualmente eficiente, desfigura menos o corpo da mulher e tem menos efeitos colaterais.

Dissecção axilar: é feita para determinar se há ou não comprometimento dos gânglios linfáticos. Alguns nódulos linfáticos das axilas são removidos e analisados ao microscópio. Um dos efeitos colaterais da remoção dos nódulos é o linfedema, acúmulo de líquido fora dos gânglios e vasos linfáticos, causando inchaço e dor e pode ser tratado com fisioterapia e exercícios.
Biópsia do linfonodo sentinela: Uma substância radioativa é injetada próximo ao tumor, a qual é carregada pelo sistema linfático ao primeiro linfonodo (sentinela) que recebe a drenagem linfática do tumor. Este é o linfonodo mais comumente afetado pelas células tumorais se o tumor se espalhou. Quando ele é identificado, é removido e analisado. Se contiver células cancerosas, outros nódulos podem ser retirados. É uma biópsia complexa que só pode ser feita por profissionais experientes.
Cirurgia de reconstrução da mama: Existem vários tipos de cirurgias para reconstrução da mama, mas é importantíssimo discutir essas possibilidades com seu médico antes da mastectomia e já consultar um cirurgião plástico. Hoje, há a possibilidade de fazer a reconstrução no mesmo procedimento em que os nódulos linfáticos são removidos ou algum tempo após a cirurgia. De qualquer forma, a cirurgia de reconstrução vai depender da forma como a mastectomia é feita, daí a necessidade de conversar com os médicos antes, para fazer o melhor planejamento.


Quimioterapia


Os medicamentos usados na quimioterapia podem atingir qualquer parte do corpo, através da corrente sanguínea. Na maioria das vezes, é utilizada uma combinação de drogas (administradas por via oral ou injetadas) que matam as células cancerosas, mas também danificam as células normais, acarretando uma série de efeitos colaterais. Feita após a cirurgia, a quimioterapia reduz as chances de o câncer voltar. Ela é usada também nos casos em que a doença se espalhou além dos gânglios linfáticos e atingiu outros órgãos. Outra aplicação da quimioterapia é para encolher o tumor antes da cirurgia, o que também permite aos médicos verificar como o tumor reage à medicação. Geralmente, a quimioterapia é administrada em ciclos, que se seguem a períodos de recuperação, ao longo de 3 a 6 meses, em média, usando várias drogas combinadas simultaneamente. Entre os efeitos colaterais da quimioterapia estão:
- náusea e vômito

- perda de apetite

- feridas na boca

- perda de cabelo temporária

- maior risco de infecções (porque diminui o número de glóbulos brancos)

- risco de sangramento ou hematoma por causa de pequenos cortes ou pancadas (por causa da redução na quantidade de plaquetas no sangue)

- cansaço (por causa do menor número de glóbulos vermelhos)
A maioria dos sintomas desaparece com o fim do tratamento. Entre os efeitos permanentes estão a chegada precoce da menopausa e esterilidade. Pode haver dano ao coração com o uso prolongado da droga adriamicina, mas os médicos costumam monitorar cuidadosamente as pacientes que usam esse medicamento. Muito raramente, anos após a quimioterapia, algumas pacientes desenvolvem leucemia mielóide aguda, mas os benefícios da quimioterapia superam em muito os riscos dessa ocorrência rara.


Radioterapia


É o tratamento com raios de alta energia que matam as células cancerosas ou fazem o tumor encolher. A fonte pode ser externa ou interna (braquiterapia), em que o material radioativo é colocado diretamente no tumor ou perto dele. No caso do câncer de mama, o mais comum é o uso da radioterapia de fonte externa, que pode destruir células cancerosas que restaram na mama, nódulos linfáticos ou na mama após a cirurgia ou, mais raramente, para encolher o tumor antes da operação.
Radioterapia Intra-operatória: Combinando a cirurgia e Radioterapia na mesma intervenção, a RTIO é uma técnica radiocirúrgica que permite expor um tumor ou resíduo tumoral, ou zonas de alto perigo de recidiva, a um feixe direto de radiação, protegendo-se os tecidos normais. A irradiação é feita através de um cone colocado durante cirurgia diretamente no leito tumoral. Assim que o tecido lesado é retirado, o paciente é transportado para a sala de radioterapia, anexa, onde recebe a radioterapia.
Hormonioterapia: O estrogênio, um dos hormônios sexuais femininos, promove o crescimento das células cancerosas em algumas mulheres. Para elas, existem vários métodos para bloquear os efeitos do hormônio ou reduzir seus níveis no organismo. O tamoxifeno é uma droga que bloqueia a ação do estrogênio e é administrada via oral, por um período de 5 anos após a cirurgia para reduzir os risco de recidiva (volta do câncer). Estudos recentes mostram que o tamoxifeno é eficaz em mulheres com câncer de mama em estágio inicial com tumores estrogênio-positivos. A droga também é usada para reduzir as chances de aparecimento de tumores em mulheres de alto risco. Algumas pesquisas mostram aumento na incidência de câncer de corpo de útero em mulheres que tomam o medicamento, mas geralmente ele é detectado e tratado cirurgicamente em estágios iniciais. Por isso, recomenda-se às mulheres que tomam tamoxifeno relatar a seu médico qualquer sangramento vaginal incomum.
Inibidores de aromatase: são drogas que inibem uma enzima (aromatase) que participa da síntese de estrogênio e só funcionam para mulheres que passaram da menopausa e cujos cânceres são hormônio-positivos. Eles podem ser usados depois ou em vez do tamoxifeno para reduzir as chances de recidiva.


Outros tratamentos


Trastuzumabe ou herceptina (nome comercial Herceptin) é uma droga que se liga a uma proteína receptora (HER2/numbereu) que se encontra em pequenas quantidades na superfície das células normais da mama e em alguns cânceres de mama. Tumores que têm grandes quantidades desse receptor tendem a crescer e se espalhar depressa. A herceptina bloqueia esse receptor que pára de dar ordem para a célula cancerosa se multiplicar.


Estadiamento


Saber em que estádio está o câncer é fundamental para o planejamento do tratamento e para que o paciente, seu médico e a equipe médica possam discutir alternativas terapêuticas e ter perspectivas mais definidas das possibilidades de recuperação.
O sistema mais utilizado para isso é chamado de TNM, onde o T indica o tamanho do tumor; o N indica o quanto ele se espalhou para os nódulos linfáticos mais próximos e o M se já há metástase para outros órgãos.
Geralmente, cada letra é acompanhada por um número. Um tumor T1N0M0 é um tumor pequeno, que não atingiu os nódulos linfáticos próximos e nem se espalhou pelo corpo. Essa classificação dá origem a outra, em que os estágios da doença são indicados por algarismos romanos, que vão de zero a IV (4) e quanto maior o número, mais grave a fase da doença.


Os valores possíveis para T são:

TX: tumor primário não pode ser avaliado.
T0: não há evidência do tumor primário (isso acontece às vezes).
Tis: carcinoma in situ; carcinoma intraductal, carcinoma lobular in situ ou doença de Paget do mamilo sem massa tumoral associada.
T1: tumor de 2 cm ou menos em sua maior dimensão.
T2: tumor de mais de 2 cm e menos de 5 cm em sua maior dimensão.
T3: tumor de mais de 5 cm em sua maior dimensão.
T4: tumor de qualquer tamanho com extensão para a parede torácica ou pele.
Os valores possíveis para N são:

NX: nódulos linfáticos regionais (isto é, próximos à mama) não podem ser avaliados (porque já foram removidos antes, por exemplo
N0: câncer não atingiu os nódulos linfáticos regionais
N1: câncer atingiu de 1 a 3 nódulos linfáticos nas axilas do mesmo lado da mama com câncer e/ou nódulos com cânceres microscópicos encontrados por biópsia de linfonodo sentinela, mas não em exames por imagem ou exame clínico. Essa categoria inclui os casos em que apenas um pequeno aglomerado de células cancerosas é encontrado.
N2: câncer atingiu entre 4 a 9 nódulos linfáticos do mesmo lado que a mama com câncer ou nódulos mamários internos foram encontrados em exames por imagem ou exames clínicos na ausência de metástase para os nódulos linfáticos.
N3: câncer se espalhou para 10 ou mais nódulos linfáticos das axilas ou para nódulos infraclaviculares (abaixo da clavícula) ou nódulos supraclaviculares (acima da clavícula) ou nódulos linfáticos mamários internos (no peito, abaixo da mama) encontrados por exames por imagem ou exame clínico na presença de um ou mais nódulos linfáticos da axila atingidos ou em mais de 3 nódulos linfáticos axilares e em nódulos internos da mama detectados por biópsia do linfonodo sentinela, mas não identificados por exames por imagem ou exame clínico - sempre do mesmo lado da mama com câncer.
Os valores possíveis para M são:

MX: presença de metástase não pode ser avaliada.
M0: não há metástase.
M1: presença de disseminação para órgãos distantes
Uma vez determinadas as categorias T, M e N, essa informação é combinada com outros dados para produzir o estadiamento propriamente dito, que é expresso em algarismos romanos e vai de 0 a IV (zero a 4):
Estágio 0: Tis, N0, M0: o carcinoma de ducto in situ é a forma inicial do câncer de mama, em que as células cancerosas estão dentro de um ducto e não invadiram o tecido gorduroso a seu redor ou carcinoma lobular in situ, que muitas vezes é classificado como câncer de mama estágio 0, mas a maioria dos oncologistas não considera como um verdadeiro câncer de mama. No carcinoma lobular in situ, as células anormais crescem no interior dos lóbulos, mas não penetram na parede dos lóbulos ou se trata de doença de Paget. Em todos esses casos, o câncer não atingiu os nódulos linfáticos próximos nem órgãos distantes.
Estágio I: T1, N0, M0: o tumor tem 2 cm ou menos de diâmetro e não atingiu os gânglios linfáticos nem órgãos distantes.
Estágio IIA: T0, N1, M0 / T1, N1, M0 / T2, N0, M0: não foi encontrado tumor na mama, mas ele está presente em 1 a 3 nódulos linfáticos axilares ou o tumor tem menos de 2 cm e atingiu entre 1 a 3 nódulos linfáticos axilares ou foi encontrado por biópsia de linfonodo sentinela como doença microscópica em nódulos mamários internos, mas não foi detectado por exames por imagem ou exame clínico ou o tumor tem mais de 2 cm e menos de 5 cm de diâmetro, mas não atingiu os nódulos linfáticos da axila. O câncer não atingiu órgãos distantes.
Estágio IIB: T2, N1, M0 / T3, N0, M0: o tumor tem mais de 2 cm e menos de 5 cm de diâmetro e atingiu entre 1 e 3 nódulos linfáticos da axila ou foi encontrado por biópsia de linfonodo sentinela como doença microscópica em nódulos mamários internos ou o tumor tem mais de 5 cm, não cresceu para a parede torácica e não atingiu os gânglios linfáticos. O câncer não atingiu órgãos distantes.
Estágio IIIA: T0-2, N2, M0 / T3, N1-2, M0: o tumor tem menos de 5 cm de diâmetro e atingiu entre 4 e 9 nódulos linfáticos axilares ou descobriu-se que atingiu nódulos mamários internos através de exames por imagem ou exames clínicos ou o tumor tem mais 5 cm e atingiu entre 1 e 9 nódulos axilares ou nódulos mamários internos. O câncer não atingiu órgãos distantes.
Estágio IIIB: T4, N0-2, M0: O tumor avançou para a parede torácica ou pele e pode tanto não ter atingido os nódulos linfáticos como ter atingido até 9 deles. Ele pode ou não ter alcançado nódulos mamários internos. O câncer não atingiu órgãos distantes.
Estágio IIIC: T0-4, N3, M0: o tumor pode ter qualquer tamanho, se espalhou para 10 ou mais nódulos na axila ou para 1 ou mais nódulos acima ou abaixo da clavícula ou para nódulos mamários internos, que aparecem aumentados por causa do câncer. Sempre do mesmo lado que o câncer de mama. O câncer não atingiu órgãos distantes.
Carcinoma inflamatório de mama é classificado como estágio III a não ser que tenha atingido órgãos ou gânglios linfáticos distantes, quando será incluído no estágio IV.
Estágio IV: T0-4, N0-3, M1: o câncer, independentemente do seu tamanho, se espalhou para órgãos distantes como ossos, fígado, pulmão ou nódulos linfáticos distantes da mama.


Sobrevida


A taxa de sobrevida após 5 anos indica a porcentagem de pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico. Claro que muitos doentes vivem mais que 5 anos. E este índice não inclui pacientes que morrem por outras causas, como enfarte, por exemplo. Esses números representam um panorama geral, mas cada caso é único e as estatísticas não podem prever especificamente o que vai ocorrer com o seu caso. Só a equipe que atende cada paciente pode tirar suas dúvidas sobre suas chances de cura e sobrevida.
Estágio Taxa de sobrevivência após 5 anos

0 - 100%

I - 100%

IIA - 92%

IIB - 81%

IIIA - 67%

IIIB - 54%

IV - 20%


Câncer de mama em mulheres e em homens

Mulher! Homem!

Não dê mole para o azar, prevenção, já!



A imagem abaixo mostra uma imagem de câncer de mama em homem.























Esta é a imagem a qual mostra um tumor na mama esquerda.


















Esta é a imagem em que mostra uma mama, a qual da direita foi toda retirada.






















Imagem de uma mamografia
















A imagem, abaixo, mostra a retirada do nódulo, preservando a mama




















A imagem, acima, mostra a retirada do nódulo com a remoção da mama toda.


A imagem, abaixo, mostra as partes da mama.




















A imagem, abaixo, mostra um nódulo na mama.



















A imagem, abaixo, mostra um tumor e um Nódulo Centinela, que é o primeiro linfonodo axilar, para o qual drenam os vasos linfáticos, provindos da mama afetada, é o primeiro a abrigar as células metásticas, vindas do tumor.















Abaixo imagem de mama retirada, claro que para nós mulheres é algo terrível, mas a nossa vaidade nada vale diante de uma mama, por isso, devemos agradecer a DEUS, perdemos uma mama e não perdemos a vida. E, se alguém não nos aceitar por falta de um pedaço de corpo, é porque essa pessoa não faz falta em nossa vida e nunca soube da existência de DEUS.



Dicionário médico - cardiologia clinica e cirurgica

Cardiologia Clínica e Cirúrgica
Cardiomioplastia: Procedimento cirúrgico que consiste no envolvimento do coração com músculo longo dorsal do próprio paciente com a finalidade de assistência mecânica (aumentar a força contratil do miocárdio). A estimulação do músculo é mediada através de gerador de marcapasso apropriado.

Angioplastia: Procedimento utilizado para tratamento de doenças obstrutivas arteriais, tais como, artérias coronárias, artérias renais, artérias femorais e outras artérias periféricas. Consiste na dilatação da obstrução detectada por estudo angiográfico, através de cateter balão que se insufla no local desta, remoldando a luz da artéria por rotura e dilação.

Valvoplastia: Procedimento utilizado para tratamento de doenças obstrutivas valvares, tais como, pulmonar, aórtica e mitral. Consiste na dilatação da obstrução detectada por estudo hemodiâmico, através de cateter balão que se insufla no local desta, abrindo as bridas cicatriciais que provocaram a estenose ou movimentando as válvulas imobilizadas pelo cálcio.

Transplante cardíaco: Procedimento cirúrgico empregado no tratamento de pacientes portadores de doença cardíaca terminal sem possibilidades de tratamento clínico ou cirúrgico convencional. O método consiste na substituição do coração doente por coração proveniente de doador em morte encefálica.

Transplante coração-pulmão: Procedimento cirúrgico empregado no tratamento de pacientes portadores de doença cardiopulmonar terminal sem possibilidades de tratamento clínico ou cirúrgico convencional. O método consiste na substituição em bloco do coração e pulmões, proveniente de doador em morte encefálica.

Síncope: Termo também conhecido como desmaio, trata-se da perda súbita de consciência com queda ao solo e recuperação rápida e espontânea, sem necessidade de reanimação cardíaca. As causas mais freqüentes de síncope são as arritmias cardíacas, porém numerosas outras causas podem ser responsáveis. Entre elas temos os distúrbios neurológicos, diabetes, distúrbios otorrinológicos etc.

Arritmia: O coração possui atividade elétrica própria que consiste na geração e transmissão de estímulos. Distúrbios destas propriedades resultam em alterações do ritmo cardíaco ou arritmia cardíaca. Entre nós, a causa mais comum de arritmia cardíaca é a Doença de Chagas.

Eletrograma do Feixe de His: Consiste no estudo das propriedades eletrofisiológicas das células cardíacas através da introdução de catéteres intracardíacos e a utilização de aparelhos estimuladores elétricos externos. Permite reconhecer e avaliar a gravidade de arritmias cardíacas.

Fulguração intracardíaca: Procedimento realizado com a utilização de cateteres intracardíacos que emitem impulsos elétricos potentes capazes de eliminar áreas de tecido cardíaco considerados prejudiciais ao desempenho do ritmo cardíaco e que geralmente ocasionam arritmias cardíacas.

Prolapso de válvula mitral: Denominação atribuída a posição peculiar de uma das duas cúspides da valva mitral, na contração do ventrículo esquerdo.

Infarto do miocárdio: Lesão do músculo cardíaco decorrente da falta de aporte de oxigênio por obstrução da artéria que o irriga por placa de aterosclerose.

Ecocardiografia com doppler: Procedimento de complementação diagnóstica que fornece informações sobre anatomia (válvulas, septos, vasos da base, paredes e cavidades), fisiologia (funções ventriculares direita e esquerda), parâmetros hemodinâmicos e avaliação dos fluxos sangüíneos e intracardíacos e que utiliza o ultrassom como agente para essas medidas.

Biópisia endomiocárdica: Consiste na retirada por punção venosa de um pequeno fragmento de miocárdio para ser analisado a nível de microscopia óptica e/ou eletrônica. A biópsia endomiocárdica é empregada no seguimento de pacientes submetidos a transplante cardíaco e no diagnóstico e acompanhamento das endomiocardiopatias.

Implante de marcapasso: Procedimento cirúrgico que consiste na implantação de um gerador de pulso elétricos conectado a um eletrodo, colocado na cavidade cardíaca com a finalidade de regular a freqüência cardíaca, evitando síncopes e arritmias cardíacas.

Trombolises: Procedimento realizado com aproximadamente até 6 horas do início dos sintomas de infarto agudo do miocárdio, o qual consiste na administração de drogas seletivas como estreptoquinase o ativador tecidual do plasminogenio (TPA) com finalidade de destruir o trombo causador do infarto.

Desfibrilador implantavel: Procedimento que consiste na implantação de aparelho no tórax do paciente, capaz de automaticamente corrigir arritmias graves através de descargas elétricas, evitando o agravamento de suas condições clínicas e em muitas ocasiões até o óbito.

Cintilografia de perfusão do miocardio com Talio 201: Procedimento não invasivo realizado para avaliar a perfusão miocárdica durante o exercício e em repouso, comparativamente, administrando-se o elemento radioativo Tálio 201 por via venosa. O estudo da perfusão miocárdica possibilita avaliar a função do músculo cardíaco e diagnosticar isquemia do músculo decorrente de patologia da artéria coronariana.

Direitos e deveres do paciente

Direitos e Deveres do Paciente
Ter acesso ao conjunto de ações e serviços necessários para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde.

Ter acesso ao atendimento ambulatorial em tempo razoável para não prejudicar a saúde.

Ser atendido, com atenção e respeito, de forma personalizada e com continuidade, em local e ambiente digno, limpo, seguro e adequado para o atendimento.

Identificar as pessoas responsáveis direta ou indiretamente por sua assistência, por meio de crachás visíveis, legíveis e que contenham o nome completo, a profissão, cargo do profissional e o nome da instituição.

Receber informações claras, objetivas, completas e compreensíveis sobre seu estado de saúde, hipóteses diagnosticas, exames solicitados e realizados, tratamentos ou procedimentos propostos, inclusive seus benefícios e riscos, duração e alternativas de solução. Devem ser detalhados os possíveis efeitos colaterais de medicamentos, exames e tratamentos a que será submetido. Suas dúvidas devem ser prontamente esclarecidas.

Ter anotado no prontuário, em qualquer circunstância, todas as informações relevantes sobre sua saúde, de forma legível, clara e precisa, incluindo medicações com horários e dosagens utilizadas, risco de alergias e outros efeitos colaterais, registro de quantidade e procedência do sangue recebido, exames e procedimentos efetuados. Cópia do prontuário e quaisquer outras informações sobre o tratamento devem estar disponíveis, caso solicite.

Receber as receitas com o nome genérico dos medicamentos prescritos, digitadas ou escritas em letra legível, sem a utilização de códigos ou abreviaturas, com o nome, assinatura do profissional e número de registro no órgão de controle e regulamentação da profissão.

Ser previamente informado quando o tratamento proposto for experimental ou fizer parte de pesquisa, o que deve seguir rigorosamente as normas de experimentos com seres humanos no país e ser aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do hospital.

Comparecer as consultas e exames na data e horário previamente marcados.

Seguir as recomendações e orientações médicas.

cancer de próstata

Próstata

A próstata é uma glândula do tamanho de uma noz que só os homens têm. Fica logo abaixo da bexiga e na frente do reto e a uretra, o canal que transporta urina passa através dela. A próstata contém pequeninas glândulas especializadas que produzem parte do líquido seminal ou sêmen, que protege e nutre os espermatozóides.



Hormônios masculinos fazem com que a próstata se desenvolva no feto e ela vai crescendo à medida que um menino se torna adulto. Se o nível de hormônios masculinos for baixo, a glândula não vai atingir suas dimensões totais. Em homens mais velhos, freqüentemente à parte da glândula em torno da uretra cresce continuamente, causando a hiperplasia prostática benigna (HPB), que causa dificuldades no ato de urinar.



Embora a próstata seja constituída por vários tipos de células, a maioria dos cânceres de próstata tem origem nas células das glândulas que produzem líquido seminal. Eles são chamados de adenocarcinomas.



Na maioria das vezes, o câncer de próstata tem desenvolvimento lento e alguns estudos mostram que cerca de 80% dos homens de 80 anos, que morreram por outros motivos, tinham câncer de próstata e nem eles nem seus médicos desconfiavam. Em alguns casos, porém, ele cresce e se espalha depressa.



Alguns especialistas acreditam que o câncer de próstata começa com pequenas mudanças no tamanho e forma das células das glândulas da próstata. Essa alteração, conhecida como neoplasia intraepitelial prostática (PIN), podem ser de baixo grau (quase normais) ou de alto grau (anormais). Biópsia de próstata com PIN de alto grau indica grande chance de haver células cancerosas e exige novo exame.



Este ano, cerca de 47 mil brasileiros receberão diagnóstico da doença, comparados a mais de 230 mil americanos. No Brasil, o câncer de próstata é a segunda causa de morte por câncer entre homens, ficando atrás apenas do câncer de pulmão. Nos EUA, é a terceira causa de morte por câncer, atrás do de pulmão e colorretal. Nos estados Unidos, as estatísticas indicam que 1 a cada 6 homens vai ter câncer de próstata, mas apenas 1 em cada 34 vai morrer por causa da doença. A taxa de mortalidade da doença está em queda, em parte porque está sendo diagnosticada precocemente.


Biópsia: a biópsia é o único procedimento capaz de confirmar a presença de um câncer. O principal método utilizado nos casos de próstata é a core biópsia ou punção por agulha grossa. Em boa parte das vezes, o exame é feito com auxílio de uma ultrassonografia transretal, que ajuda a guiar o médico na inserção de uma agulha pela parede do reto até a próstata, removendo uma pequena amostra de tecido. Alguns especialistas preferem realizar a biópsia através da pele entre o reto e o escroto. O procedimento é rápido (dura cerca de 15 minutos). Como o câncer pode estar em apenas uma pequena área da próstata, a biópsia pode remover apenas tecido saudável, no que os especialistas chama de "falso negativo". Por isso, se o médico tem fortes suspeitas de um tumor, o exame pode ser repetido.

Cintilografia óssea: este exame é feito quando há suspeita de que o câncer atingiu os ossos. Uma pequena quantidade de um composto radioativo (geralmente difosfonato de tecnécio) é injetada no paciente e essa substância se acumula em áreas dos ossos, com anormalidades, que podem ser causadas por metástase (a disseminação do câncer), artrite ou outras doenças dos ossos.

Tomografia computadorizada: São múltiplas imagens de raios-X, produzidas enquanto a máquina gira em torno do paciente, combinadas por computador, para produzir uma imagem detalhada de uma parte do organismo. Geralmente, depois que as primeiras imagens são feitas, um contraste radioativo é injetado no paciente para definir melhor as estruturas do corpo. Em seguida, nova série de tomadas é feita. O exame pode revelar se o câncer de próstata se espalhou para os gânglios linfáticos da pelve. O exame é mais demorado que o raio-x convencional e o paciente tem de ficar imóvel numa mesa por cerca de meia hora ou mais. Algumas pessoas ficam um pouco aflitas por causa da sensação de confinamento dentro do equipamento.

Ressonância magnética (MRI): A ressonância usa ondas de rádio e ímãs fortes em vez de raios-X. A energia das ondas de rádio é absorvida e depois liberada num padrão dado pelo tipo de tecido do corpo e certas doenças. Um computador analisa os dados e os transforma em imagens detalhadas. No caso de câncer de próstata, ele ajuda a ver se a doença atingiu as vesículas seminais e a bexiga.

O exame dura cerca de uma hora e o paciente fica deitado dentro de um tubo, o que é incômodo para quem sofre de claustrofobia. Além disso, a máquina faz um ruído que irrita algumas pessoas.

Radioimunocintilografia (ProstaScint): Como a cintilografia óssea, a radioimunocintilografia usa pequenas quantidades de material radioativo para ver se o câncer não está mais restrito à próstata, com a vantagem de que este exame identifica se a doença atingiu gânglios linfáticos e outros órgãos. Ele também identifica o câncer de outros problemas.

Biópsia de gânglio linfático: o exame é feito para checar se o câncer atingiu gânglios linfáticos. Se isto ocorreu, a cirurgia pode não ser a melhor opção de tratamento e o médico vai procurar alternativa. Há vários tipos de biópsia:

biópsia cirúrgica: o médico pode remover os gânglios linfáticos através de uma pequena incisão, durante a cirurgia para retirada da próstata. Os nódulos são analisados ao microscópio ainda durante a cirurgia e o resultado do exame ajuda o médico a decidir se é necessário remover mais tecido ou não.

laparoscopia: pequenas incisões são feitas no abdômen, através das quais câmera e equipamentos especiais são inseridos. O médico pode observar os nódulos linfáticos e removê-los. A vantagem é que a recuperação é rápida (1 ou 2 dias) e o paciente não fica com cicatrizes. O método pode ser usado quando médico e paciente optam por radioterapia em vez de cirurgia.

biópsia por aspiração com agulha fina (BAAF): o médico também pode obter amostra do tecido dos gânglios linfáticos usando uma agulha fina e tomografia para guiá-lo. O método não é muito utilizado em câncer de próstata.


O câncer de próstata pode ser diagnosticado precocemente pela combinação de um exame de sangue, que avalia os níveis de PSA (do inglês prostate-specific antigen, antígeno prostático específico), e pelo exame de toque retal. Como a próstata fica logo na frente do reto, o exame permite que o médico sinta se há nódulos ou tecidos endurecidos, indicativos da existência de câncer, provavelmente em estágio inicial.

É bom lembrar que esses exames não têm 100% de precisão e que a realização de novos testes vai depender de vários fatores, entre eles sua idade e estado geral de saúde. Pacientes jovens com câncer de próstata que não é diagnosticado precocemente podem ter reduzida sua expectativa de vida, enquanto que em pacientes idosos com saúde já abalada o câncer de próstata pode nem ser um problema sério, já que seu crescimento é lento.

A recomendação-padrão é que homens saudáveis façam exames anuais de PSA e toque retal a partir dos 50 anos. Homens com risco maior (aqueles que têm parentes que tiveram câncer de próstata jovens) devem começar os exames mais cedo, aos 40 anos.

Exame de PSA

O PSA é uma substância produzida normalmente pela próstata, em grande parte presente no sêmen e uma pequena quantidade no sangue. Na maioria dos homens, os níveis de PSA estão abaixo dos 4 ng/numberamel (nanogramas por mililitro), mas o câncer de próstata pode aumentar essa taxa. Se o nível de PSA está entre 4ng/numberamel e 10 ng/numberamel, há 1 chance em 4 de câncer de próstata. Se o PSA está acima de 10 ng/numberamel as chances de ter câncer vão subindo à medida em que aumentam os níveis de PSA. No entanto, há homens com PSA abaixo de 4ng/numberamel que têm câncer de próstata.

Outros fatores também podem desencadear aumento nos níveis de PSA, entre eles, ter HPB ou infecção na próstata, tomar certos medicamentos e envelhecimento. Homens com PSA elevado precisam fazer outros exames para ver se realmente têm câncer.

O PSA também é útil após o diagnóstico de câncer de próstata, para determinar o tipo de tratamento. Níveis muito altos podem indicar que o câncer já se espalhou e algumas formas de tratamento não são eficazes nestes casos, havendo alternativas melhores. O teste de PSA também pode ser usado para verificar se o tratamento está funcionando ou se o câncer voltou. Nos casos avançados da doença, a maneira como os valores do PSA se alteram pode ser mais importante do que os índices propriamente ditos.

Exame de toque retal

É realizado na tentativa de identificar áreas irregulares ou endurecidas na próstata. É justamente na área da glândula que pode ser alcançada pelo reto que começa a maioria dos cânceres de próstata. O exame é rápido, não dói, embora cause um certo desconforto. O toque retal é menos preciso que o exame de PSA, mas às vezes é capaz de detectar tumores em homens com PSA normal.

Sinais e sintomas

Em seus estágios iniciais, o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas. Dificuldade para urinar pode ser sintoma de câncer, mas também de hiperplasia benigna. É recomendável consultar um urologista se o paciente apresentar os seguintes sintomas:

- urinar pouco de cada vez
- urinar com freqüência, especialmente durante a noite, obrigando-o a se levantar várias vezes para ir ao banheiro.
- dificuldade para urinar
- dor ou sensação de ardor ao urinar
- presença de sangue na urina ou sêmen
- ejaculação dolorosa


Pacientes com câncer de próstata podem ter de escolher entre uma série de diferentes tratamentos, cada uma com riscos, efeitos colaterais e conseqüências diversas para a sua vida. É preciso ter calma, assimilar bem as informações do médico, tirar dúvidas que dá mais segurança quanto às escolhas terapêuticas. O melhor tratamento para cada caso depende de uma série de fatores, como idade, estado geral de saúde. Seus sentimentos em relação aos efeitos colaterais de cada terapia, o estadiamento da doença e a chance de cada tratamento de curar o câncer.

Cirurgia, radioterapia e terapia hormonal são as opções mais comuns. A quimio pode ser usada em alguns casos e, em outros, médico e paciente podem optar por apenas acompanhar a evolução da doença, sem nenhuma forma ativa de tratamento.

Esperar para ver

Como alguns tipos de câncer de próstata crescem devagar, certos pacientes podem nunca precisar de tratamento, especialmente quando eles são idosos ou têm outros problemas de saúde. Nestes casos, o médico pode optar por acompanhar a doença e, literalmente, esperar para ver. O especialista vai acompanhar a doença através do teste de PSA e toque retal, sem recomendar cirurgia ou radioterapia, especialmente se o câncer não causa sintomas, tem crescimento lento e está restrito a uma área da próstata. Se o crescimento do tumor se acelerar, médico e paciente discutem a forma de tratamento. Esta não é opção para homens jovens, com boa saúde e câncer de crescimento rápido.

Cirurgia


Entre as vantagens da laparoscopia estão menor sangramento e dor, menos tempo de hospitalização e recuperação mais rápida. Em alguns centros médicos americanos, robôs-cirurgiões são usados no procedimento, acelerando ainda mais a recuperação.

Ressecção transuretral da próstata: é utilizada para aliviar sintomas, como dificuldade para urinar, em homens que não podem fazer outros tipos de cirurgia ou até mesmo nos que sofrem de hiperplasia benigna. Ela não remove todo o câncer.

Riscos e efeitos colaterais da prostatectomia radical

Os riscos são os mesmos das grandes cirurgias e dependem, em grande parte, do estado geral de saúde do paciente, sua idade e da experiência do cirurgião. Eles envolvem desde o aparecimento de coágulos nas pernas, hemorragias, infecções até enfartes.

Os principais efeitos colaterais da prostatectomia radical são a incontinência urinária (perda do controle da bexiga) e impotência, que também podem surgir como conseqüência de outros tratamentos:

Incontinência urinária: significa a perda de controle sobre o ato de urinar o que, além de conseqüências físicas, tem impacto emocional. O controle da bexiga volta para muitos homens depois de semanas ou meses da cirurgia, mas os médicos não têm como prever se e quando isso acontecerá. Os riscos de incontinência são menores quando a cirurgia é realizada em grandes centros, com médicos especializados na remoção da próstata. Casos de incontinências devem ser relatados ao médico, que vai sugerir meios de ajudar o paciente como exercícios que fortalecem a bexiga, administração de medicamentos ou mesmo cirurgia.

Impotência: os nervos que controlam a ereção podem ser afetados pela cirurgia, radioterapia ou outros tratamentos. Num período de 3 meses a 1 ano após a cirurgia é provável que o paciente não consiga ter uma ereção sem ajuda de medicamentos ou outro tipo de terapia. Depois disso, alguns vão ter vida sexual normal e outros continuarão a ter problemas, O risco de impotência depende de sua idade e do tipo de cirurgia. Quanto mais jovem o paciente, maiores as chances de recuperar a capacidade de ter ereção. Mas será um orgasmo "seco", já que o organismo não produz sêmen sem a próstata. O paciente deve conversar com seu médico sobre impotência, já que existem remédios, equipamentos e implantes que podem ajudá-lo em sua vida sexual.

Esterilidade: a prostatectomia radical secciona os canais entre os testículos (onde são feitos os espermatozóides) e a uretra, o que significa que o paciente se torna incapaz de ter filhos, o que não costuma ser problema para quem tem câncer de próstata, que atinge homens de mais idade. Pacientes mais jovens, porém, devem discutir a possibilidade de recorrer a uma clínica de fertilidade e armazenar esperma antes da cirurgia.

Radioterapia: é o tratamento com raios de alta energia que matam as células cancerosas ou fazem o tumor encolher. A fonte pode ser externa ou interna (braquiterapia), em que o material radiativo é colocado diretamente no tumor ou perto dele. Ela é usada às vezes no câncer de próstata que não atingiu outros órgãos ou se espalhou apenas para tecidos próximos e parece funcionar tão bem quanto a cirurgia em certos casos. Se a doença estiver em estágio mais avançado, ela pode ser empregada para encolher o tumor e aliviar a dor:

Radioterapia externa ou radioterapia por fonte externa: O tratamento dura apenas alguns minutos e é feito várias vezes por semana. Os efeitos colaterais incluem diarréia - às vezes com sangue nas fezes, irritação intestinal, micção freqüente, ardor ao urinar, sangue na urina ou sensação constante de que a bexiga está cheia. A incontinência urinária é menos comum que na cirurgia, mas existem casos e algumas pesquisas indicam que esses casos aumentam ao longo do tempo. Os casos de impotência aparecem um ano ou mais após o tratamento - 50% deles reagem bem a medicamentos.

Braquiterapia ou radioterapia por fonte interna: utiliza sementes radiativas do tamanho de um grão de arroz que são colocadas diretamente na próstata. Podem ser temporárias (altas doses) e permanentes (com doses mais baixas de radiação). A primeira exige internação por alguns dias e consiste na aplicação de material radiativo por período e 5 a 15 minutos, depois dos quais as sementinhas são retiradas. O procedimento é repetido por alguns dias, durante os quais o paciente fica internado e se recomenda que evite o contato com mulheres grávidas e crianças pequenas. Nos implantes definitivos, recomenda-se que o paciente não tenha contato prolongado com grávidas e crianças pequenas nos dois primeiros meses do tratamento.

Criocirurgia ou crioablação: é a introdução de sondas que produzem temperaturas muito baixas e congelam as células cancerosas. As sondas são posicionadas através de incisões entre o ânus e o escroto e gases frios criam pequenas bolas de gele que provocam o congelamento dos tecidos doentes. A criocirurgia é uma opção para os casos em que o câncer ainda está restrito à próstata em pacientes que não são candidatos à cirurgia ou radioterapia: Um cateter também é colocado para que, quando a próstata inche, a urina não fique retida na bexiga. O cateter é retirado depois de alguns dias e o paciente sente um certo desconforto na região em que as sondas foram introduzidas.

Hormonioterapia ou Privação androgênica: seu objetivo é baixar os níveis de hormônios masculinos (andrógenos) como a testosterona, já que eles estimulam o crescimento das células cancerosas. A hormonioterapia não substitui os tratamentos destinados a curar o câncer, apenas encolhe o tumor ou reduz seu ritmo de crescimento. Às vezes ela é usada antes da cirurgia ou radioterapia para encolher o tumor. Ela é empregada também nos casos em que cirurgia e radioterapia não são boas opções para o paciente, quando o câncer se espalha ou ainda quando volta após um primeiro tratamento. Além disso, a hormonioterapia alivia sintomas e alguns médicos acreditam que ela funciona melhor se iniciada logo que o câncer atinge um estágio avançado, mas não há consenso quanto a isso. Como quase todos os cânceres de próstata se tornam resistentes a essa terapia, os médicos podem interrompê-la temporariamente e retomá-la posteriormente. Há vários métodos usados na hormonioterapia, entre eles:

Orquiectomia ou castração cirúrgica: é a remoção dos testículos, principal fonte de hormônios masculinos. O procedimento é simples, mas é permanente e provoca a perda definitiva do desejo sexual, daí a dificuldade de muitos pacientes em aceitá-la. Além disso, ela tem vários efeitos colaterais sérios, entre eles ondas de calor, crescimento das mamas, osteoporose, fraqueza, perda de massa muscular, anemia, cansaço, baixos níveis de colesterol bom, depressão e aumento do peso. Vários deles têm tratamento.

Terapia com análogo de LHRH ou castração química: são drogas injetáveis que reduzem os níveis de hormônios como na orquiectomia, administradas mensalmente, ou a cada três meses. Essas drogas são chamadas análogos ou agonistas do receptor do hormônio liberador do hormônio luteinizante. Muitos homens preferem essa terapia à alternativa cirúrgica. Os efeitos colaterais, porém, são os mesmos.

Antiandrogênicos: são drogas que bloqueiam a capacidade do corpo de usar androgênicos. Mesmo depois da remoção dos testículos ou durante o tratamento com LHRH, as glândulas adrenais (ou supra-renais) continuam a produzir uma pequena quantidade de androgênios. Antiandrogênicos podem ser usados com a orquiectomia ou análogos de LHRH para bloquear os hormônios masculinos. Entre seus efeitos colaterais estão diarréia, náusea, problemas no fígado e cansaço. Também parecem causar menos problemas para a vida sexual do paciente.

Quimioterapia: é o tratamento com uma ou mais drogas injetáveis ou administradas por via oral, que caem na corrente sanguínea e atingem o corpo todo, destruindo as células cancerosas. Até pouco tempo atrás, a quimio não funcionava bem em pacientes com câncer de próstata, mas novas drogas têm se mostrado eficazes para aliviar os sintomas de doentes em estágio avançado. A quimioterapia é usada às vezes quando o câncer não está mais restrito à próstata e a hormonioterapia não dá resultados. A quimio não cura o câncer, mas reduz o ritmo de crescimento do tumor, a dor e podem prolongar a vida. Ela destrói células cancerosas, mas também mata células sadias, o que produz certos efeitos colaterais, entre eles náusea, vômitos, perda de apetite, queda de cabelos e lesões na boca. Além disso, o paciente fica sujeito a maior risco de infecções (por queda na quantidade de glóbulos brancos), risco maior de sangramentos e hematomas (por diminuição no número de plaquetas) e cansaço (por falta de glóbulos vermelhos).

Tratamento da dor e outros sintomas

Ter qualidade de vida durante e depois do tratamento também são metas importantes. A equipe médica deve ser informada de dores e outros sintomas que incomodem o doente. A radioterapia e drogas radiofarmacêuticas também podem ser utilizadas para tratar a dor provocada pelo câncer que atingiu os ossos. São substâncias com elementos radiativos que, injetadas, se acumulam nas partes dos ossos com células cancerosas. Esse procedimento é eficaz em 80% dos pacientes com câncer que atingiu os ossos, para alívio dos sintomas.

Outro grupo de drogas que pode ajudar esses pacientes é o dos bisfosfonatos, que aliviam a dor, podem retardar o crescimento das células cancerosas e fortalecer os ossos de pacientes submetidos à hormonioterapia. Alguns pacientes, porém, sofrem efeitos colaterais graves, a morte de parte do osso da mandíbula, provocando infecções e perda de dentes. Por isso, médicos recomendam um check-up dentário completo antes de iniciar esse tipo de terapia.

Os corticosteróides também podem aliviar as dores nos ossos, bem como outros analgésicos.

Estadiamento

Saber em que estágio está o câncer é fundamental para o planejamento do tratamento, para que o paciente e seu médico possam discutir alternativas terapêuticas e para que a equipe que cuida do caso tenha uma perspectiva mais definida das possibilidades de recuperação.

O estadiamento do câncer de próstata tem como base o quanto às células da amostra se assemelham às células normais. Aquelas muito diferentes das normais podem indicar um câncer agressivo, que cresce depressa.

O sistema mais usado para estadiamento do câncer de próstata é chamado de escala de Gleason. Amostras de duas áreas da próstata são analisadas e graduadas de 1 a 5 e os resultados produzem o grau de Gleason, que vai de 2 a 10. Quanto menor o valor, mais as células das amostras se assemelham a células normais da próstata. Quanto maior o valor, mais provável que o câncer cresça rapidamente. Em alguns casos, as células não parecem cancerosas, mas também não parecem normais, o que significa que novas biópsias serão feitas posteriormente. Baseado nos resultados do toque retal, do PSA e da escala de Gleason, o médico fará o estadiamento do câncer de próstata, podendo, ainda, pedir novos exames, dependendo da presença de outros sintomas.

Na prática, existem dois sistemas de estadiamento do câncer de próstata. O estágio clínico é a estimativa da extensão da doença, dada pelo exame físico, exames de laboratório e outros. Após a cirurgia, e análise do tecido removido, o estadiamento pode mudar. Esta análise determina o estágio patológico da doença. Os estágios da doença são indicados por algarismos romanos, que vão de zero a IV (4) e quanto maior o número, mais grave a fase da doença.

Estádio I: O tumor ainda está confinado à próstata, sem comprometimento dos nódulos linfáticos e outros órgãos. Foi encontrado durante ressecção transuretral. Baixo grau de Gleason. Menos de 5% do tecido da biópsia contém câncer.

Estádio II: O tumor ainda está confinado à próstata, sem comprometimento dos nódulos linfáticos e outros órgãos. E há uma das seguintes condições:

- Tumor foi encontrado durante ressecção transuretral.Tem grau de Gleason igual ou acima de 5 ou mais de 5% do tecido de biópsia contém câncer. Ou foi percebido por causa de PSA alto, não pode ser sentido por toque retal nem visto por ultrassom transretal e foi diagnosticado por biópsia por agulha.
- Ou pode ser sentido por toque retal ou visto por ultrassom transretal.

Estádio II: O tumor se espalhou e pode ter atingido as vesículas seminais, mas não alcançou os gânglios linfáticos ou outros órgãos.

Estádio IV: Uma ou mais das seguintes condições estão presentes:

- O câncer se espalhou para tecidos próximos à próstata (que não as vesículas seminais), como os músculos que controlam no controle da urina, o reto ou a parede da pelve.
- O câncer atingiu os gânglios linfáticos.
- O câncer se espalhou para partes mais distantes do corpo.

Sobrevida

A taxa de sobrevida indica a porcentagem de pacientes de câncer de próstata que vive no mínimo 5 anos após o diagnóstico. Esses números representam um panorama geral, mas cada caso é único e as estatísticas não podem prever especificamente o que vai ocorrer com o seu caso. Só a equipe que atende cada paciente pode tirar suas dúvidas sobre suas chances de cura e sobrevida.

Nos Estados Unidos, 99% dos homens com câncer de próstata sobrevivem pelo menos 5 anos, pois atualmente cerca de 90% dos casos são diagnosticados quando o tumor ainda está restrito à próstata ou só atingiu tecidos próximos. Para aqueles cujo câncer já atingiu partes distantes do corpo, essa taxa está em torno dos 34%. Os avanços nas técnicas de diagnóstico e tratamento vêm provocando uma queda de 3,5% ao ano nas taxas de mortalidade por câncer de próstata.


diagnóstico


Biópsia: a biópsia é o único procedimento capaz de confirmar a presença de um câncer. O principal método utilizado nos casos de próstata é a core biópsia ou punção por agulha grossa. Em boa parte das vezes, o exame é feito com auxílio de uma ultrassonografia transretal, que ajuda a guiar o médico na inserção de uma agulha pela parede do reto até a próstata, removendo uma pequena amostra de tecido. Alguns especialistas preferem realizar a biópsia através da pele entre o reto e o escroto. O procedimento é rápido (dura cerca de 15 minutos). Como o câncer pode estar em apenas uma pequena área da próstata, a biópsia pode remover apenas tecido saudável, no que os especialistas chama de "falso negativo". Por isso, se o médico tem fortes suspeitas de um tumor, o exame pode ser repetido.



Cintilografia óssea: este exame é feito quando há suspeita de que o câncer atingiu os ossos. Uma pequena quantidade de um composto radioativo (geralmente difosfonato de tecnécio) é injetada no paciente e essa substância se acumula em áreas dos ossos, com anormalidades, que podem ser causadas por metástase (a disseminação do câncer), artrite ou outras doenças dos ossos.



Tomografia computadorizada: São múltiplas imagens de raios-X, produzidas enquanto a máquina gira em torno do paciente, combinadas por computador, para produzir uma imagem detalhada de uma parte do organismo. Geralmente, depois que as primeiras imagens são feitas, um contraste radioativo é injetado no paciente para definir melhor as estruturas do corpo. Em seguida, nova série de tomadas é feita. O exame pode revelar se o câncer de próstata se espalhou para os gânglios linfáticos da pelve. O exame é mais demorado que o raio-x convencional e o paciente tem de ficar imóvel numa mesa por cerca de meia hora ou mais. Algumas pessoas ficam um pouco aflitas por causa da sensação de confinamento dentro do equipamento.



Ressonância magnética (MRI): A ressonância usa ondas de rádio e ímãs fortes em vez de raios-X. A energia das ondas de rádio é absorvida e depois liberada num padrão dado pelo tipo de tecido do corpo e certas doenças. Um computador analisa os dados e os transforma em imagens detalhadas. No caso de câncer de próstata, ele ajuda a ver se a doença atingiu as vesículas seminais e a bexiga.



O exame dura cerca de uma hora e o paciente fica deitado dentro de um tubo, o que é incômodo para quem sofre de claustrofobia. Além disso, a máquina faz um ruído que irrita algumas pessoas.



Radioimunocintilografia (ProstaScint): Como a cintilografia óssea, a radioimunocintilografia usa pequenas quantidades de material radioativo para ver se o câncer não está mais restrito à próstata, com a vantagem de que este exame identifica se a doença atingiu gânglios linfáticos e outros órgãos. Ele também identifica o câncer de outros problemas.



Biópsia de gânglio linfático: o exame é feito para checar se o câncer atingiu gânglios linfáticos. Se isto ocorreu, a cirurgia pode não ser a melhor opção de tratamento e o médico vai procurar alternativa. Há vários tipos de biópsia:



biópsia cirúrgica: o médico pode remover os gânglios linfáticos através de uma pequena incisão, durante a cirurgia para retirada da próstata. Os nódulos são analisados ao microscópio ainda durante a cirurgia e o resultado do exame ajuda o médico a decidir se é necessário remover mais tecido ou não.



laparoscopia: pequenas incisões são feitas no abdômen, através das quais câmera e equipamentos especiais são inseridos. O médico pode observar os nódulos linfáticos e removê-los. A vantagem é que a recuperação é rápida (1 ou 2 dias) e o paciente não fica com cicatrizes. O método pode ser usado quando médico e paciente optam por radioterapia em vez de cirurgia.



biópsia por aspiração com agulha fina (BAAF): o médico também pode obter amostra do tecido dos gânglios linfáticos usando uma agulha fina e tomografia para guiá-lo. O método não é muito utilizado em câncer de próstata.


prevenção



O câncer de próstata pode ser diagnosticado precocemente pela combinação de um exame de sangue, que avalia os níveis de PSA (do inglês prostate-specific antigen, antígeno prostático específico), e pelo exame de toque retal. Como a próstata fica logo na frente do reto, o exame permite que o médico sinta se há nódulos ou tecidos endurecidos, indicativos da existência de câncer, provavelmente em estágio inicial.



É bom lembrar que esses exames não têm 100% de precisão e que a realização de novos testes vai depender de vários fatores, entre eles sua idade e estado geral de saúde. Pacientes jovens com câncer de próstata que não é diagnosticado precocemente podem ter reduzida sua expectativa de vida, enquanto que em pacientes idosos com saúde já abalada o câncer de próstata pode nem ser um problema sério, já que seu crescimento é lento.



A recomendação-padrão é que homens saudáveis façam exames anuais de PSA e toque retal a partir dos 50 anos. Homens com risco maior (aqueles que têm parentes que tiveram câncer de próstata jovens) devem começar os exames mais cedo, aos 40 anos.



Exame de PSA



O PSA é uma substância produzida normalmente pela próstata, em grande parte presente no sêmen e uma pequena quantidade no sangue. Na maioria dos homens, os níveis de PSA estão abaixo dos 4 ng/numberamel (nanogramas por mililitro), mas o câncer de próstata pode aumentar essa taxa. Se o nível de PSA está entre 4ng/numberamel e 10 ng/numberamel, há 1 chance em 4 de câncer de próstata. Se o PSA está acima de 10 ng/numberamel as chances de ter câncer vão subindo à medida em que aumentam os níveis de PSA. No entanto, há homens com PSA abaixo de 4ng/numberamel que têm câncer de próstata.



Outros fatores também podem desencadear aumento nos níveis de PSA, entre eles, ter HPB ou infecção na próstata, tomar certos medicamentos e envelhecimento. Homens com PSA elevado precisam fazer outros exames para ver se realmente têm câncer.



O PSA também é útil após o diagnóstico de câncer de próstata, para determinar o tipo de tratamento. Níveis muito altos podem indicar que o câncer já se espalhou e algumas formas de tratamento não são eficazes nestes casos, havendo alternativas melhores. O teste de PSA também pode ser usado para verificar se o tratamento está funcionando ou se o câncer voltou. Nos casos avançados da doença, a maneira como os valores do PSA se alteram pode ser mais importante do que os índices propriamente ditos.



Exame de toque retal



É realizado na tentativa de identificar áreas irregulares ou endurecidas na próstata. É justamente na área da glândula que pode ser alcançada pelo reto que começa a maioria dos cânceres de próstata. O exame é rápido, não dói, embora cause um certo desconforto. O toque retal é menos preciso que o exame de PSA, mas às vezes é capaz de detectar tumores em homens com PSA normal.



Sinais e sintomas



Em seus estágios iniciais, o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas. Dificuldade para urinar pode ser sintoma de câncer, mas também de hiperplasia benigna. É recomendável consultar um urologista se o paciente apresentar os seguintes sintomas:



- urinar pouco de cada vez

- urinar com freqüência, especialmente durante a noite, obrigando-o a se levantar várias vezes para ir ao banheiro.

- dificuldade para urinar

- dor ou sensação de ardor ao urinar

- presença de sangue na urina ou sêmen

- ejaculação dolorosa


Pacientes com câncer de próstata podem ter de escolher entre uma série de diferentes tratamentos, cada uma com riscos, efeitos colaterais e conseqüências diversas para a sua vida. É preciso ter calma, assimilar bem as informações do médico, tirar dúvidas que dá mais segurança quanto às escolhas terapêuticas. O melhor tratamento para cada caso depende de uma série de fatores, como idade, estado geral de saúde. Seus sentimentos em relação aos efeitos colaterais de cada terapia, o estadiamento da doença e a chance de cada tratamento de curar o câncer.

Cirurgia, radioterapia e terapia hormonal são as opções mais comuns. A quimio pode ser usada em alguns casos e, em outros, médico e paciente podem optar por apenas acompanhar a evolução da doença, sem nenhuma forma ativa de tratamento.

Esperar para ver

Como alguns tipos de câncer de próstata crescem devagar, certos pacientes podem nunca precisar de tratamento, especialmente quando eles são idosos ou têm outros problemas de saúde. Nestes casos, o médico pode optar por acompanhar a doença e, literalmente, esperar para ver. O especialista vai acompanhar a doença através do teste de PSA e toque retal, sem recomendar cirurgia ou radioterapia, especialmente se o câncer não causa sintomas, tem crescimento lento e está restrito a uma área da próstata. Se o crescimento do tumor se acelerar, médico e paciente discutem a forma de tratamento. Esta não é opção para homens jovens, com boa saúde e câncer de crescimento rápido.

Cirurgia


Entre as vantagens da laparoscopia estão menor sangramento e dor, menos tempo de hospitalização e recuperação mais rápida. Em alguns centros médicos americanos, robôs-cirurgiões são usados no procedimento, acelerando ainda mais a recuperação.

Ressecção transuretral da próstata: é utilizada para aliviar sintomas, como dificuldade para urinar, em homens que não podem fazer outros tipos de cirurgia ou até mesmo nos que sofrem de hiperplasia benigna. Ela não remove todo o câncer.

Riscos e efeitos colaterais da prostatectomia radical

Os riscos são os mesmos das grandes cirurgias e dependem, em grande parte, do estado geral de saúde do paciente, sua idade e da experiência do cirurgião. Eles envolvem desde o aparecimento de coágulos nas pernas, hemorragias, infecções até enfartes.

Os principais efeitos colaterais da prostatectomia radical são a incontinência urinária (perda do controle da bexiga) e impotência, que também podem surgir como conseqüência de outros tratamentos:

Incontinência urinária: significa a perda de controle sobre o ato de urinar o que, além de conseqüências físicas, tem impacto emocional. O controle da bexiga volta para muitos homens depois de semanas ou meses da cirurgia, mas os médicos não têm como prever se e quando isso acontecerá. Os riscos de incontinência são menores quando a cirurgia é realizada em grandes centros, com médicos especializados na remoção da próstata. Casos de incontinências devem ser relatados ao médico, que vai sugerir meios de ajudar o paciente como exercícios que fortalecem a bexiga, administração de medicamentos ou mesmo cirurgia.

Impotência: os nervos que controlam a ereção podem ser afetados pela cirurgia, radioterapia ou outros tratamentos. Num período de 3 meses a 1 ano após a cirurgia é provável que o paciente não consiga ter uma ereção sem ajuda de medicamentos ou outro tipo de terapia. Depois disso, alguns vão ter vida sexual normal e outros continuarão a ter problemas, O risco de impotência depende de sua idade e do tipo de cirurgia. Quanto mais jovem o paciente, maiores as chances de recuperar a capacidade de ter ereção. Mas será um orgasmo "seco", já que o organismo não produz sêmen sem a próstata. O paciente deve conversar com seu médico sobre impotência, já que existem remédios, equipamentos e implantes que podem ajudá-lo em sua vida sexual.

Esterilidade: a prostatectomia radical secciona os canais entre os testículos (onde são feitos os espermatozóides) e a uretra, o que significa que o paciente se torna incapaz de ter filhos, o que não costuma ser problema para quem tem câncer de próstata, que atinge homens de mais idade. Pacientes mais jovens, porém, devem discutir a possibilidade de recorrer a uma clínica de fertilidade e armazenar esperma antes da cirurgia.

Radioterapia: é o tratamento com raios de alta energia que matam as células cancerosas ou fazem o tumor encolher. A fonte pode ser externa ou interna (braquiterapia), em que o material radiativo é colocado diretamente no tumor ou perto dele. Ela é usada às vezes no câncer de próstata que não atingiu outros órgãos ou se espalhou apenas para tecidos próximos e parece funcionar tão bem quanto a cirurgia em certos casos. Se a doença estiver em estágio mais avançado, ela pode ser empregada para encolher o tumor e aliviar a dor:

Radioterapia externa ou radioterapia por fonte externa: O tratamento dura apenas alguns minutos e é feito várias vezes por semana. Os efeitos colaterais incluem diarréia - às vezes com sangue nas fezes, irritação intestinal, micção freqüente, ardor ao urinar, sangue na urina ou sensação constante de que a bexiga está cheia. A incontinência urinária é menos comum que na cirurgia, mas existem casos e algumas pesquisas indicam que esses casos aumentam ao longo do tempo. Os casos de impotência aparecem um ano ou mais após o tratamento - 50% deles reagem bem a medicamentos.

Braquiterapia ou radioterapia por fonte interna: utiliza sementes radiativas do tamanho de um grão de arroz que são colocadas diretamente na próstata. Podem ser temporárias (altas doses) e permanentes (com doses mais baixas de radiação). A primeira exige internação por alguns dias e consiste na aplicação de material radiativo por período e 5 a 15 minutos, depois dos quais as sementinhas são retiradas. O procedimento é repetido por alguns dias, durante os quais o paciente fica internado e se recomenda que evite o contato com mulheres grávidas e crianças pequenas. Nos implantes definitivos, recomenda-se que o paciente não tenha contato prolongado com grávidas e crianças pequenas nos dois primeiros meses do tratamento.

Criocirurgia ou crioablação: é a introdução de sondas que produzem temperaturas muito baixas e congelam as células cancerosas. As sondas são posicionadas através de incisões entre o ânus e o escroto e gases frios criam pequenas bolas de gele que provocam o congelamento dos tecidos doentes. A criocirurgia é uma opção para os casos em que o câncer ainda está restrito à próstata em pacientes que não são candidatos à cirurgia ou radioterapia: Um cateter também é colocado para que, quando a próstata inche, a urina não fique retida na bexiga. O cateter é retirado depois de alguns dias e o paciente sente um certo desconforto na região em que as sondas foram introduzidas.

Hormonioterapia ou Privação androgênica: seu objetivo é baixar os níveis de hormônios masculinos (andrógenos) como a testosterona, já que eles estimulam o crescimento das células cancerosas. A hormonioterapia não substitui os tratamentos destinados a curar o câncer, apenas encolhe o tumor ou reduz seu ritmo de crescimento. Às vezes ela é usada antes da cirurgia ou radioterapia para encolher o tumor. Ela é empregada também nos casos em que cirurgia e radioterapia não são boas opções para o paciente, quando o câncer se espalha ou ainda quando volta após um primeiro tratamento. Além disso, a hormonioterapia alivia sintomas e alguns médicos acreditam que ela funciona melhor se iniciada logo que o câncer atinge um estágio avançado, mas não há consenso quanto a isso. Como quase todos os cânceres de próstata se tornam resistentes a essa terapia, os médicos podem interrompê-la temporariamente e retomá-la posteriormente. Há vários métodos usados na hormonioterapia, entre eles:

Orquiectomia ou castração cirúrgica: é a remoção dos testículos, principal fonte de hormônios masculinos. O procedimento é simples, mas é permanente e provoca a perda definitiva do desejo sexual, daí a dificuldade de muitos pacientes em aceitá-la. Além disso, ela tem vários efeitos colaterais sérios, entre eles ondas de calor, crescimento das mamas, osteoporose, fraqueza, perda de massa muscular, anemia, cansaço, baixos níveis de colesterol bom, depressão e aumento do peso. Vários deles têm tratamento.

Terapia com análogo de LHRH ou castração química: são drogas injetáveis que reduzem os níveis de hormônios como na orquiectomia, administradas mensalmente, ou a cada três meses. Essas drogas são chamadas análogos ou agonistas do receptor do hormônio liberador do hormônio luteinizante. Muitos homens preferem essa terapia à alternativa cirúrgica. Os efeitos colaterais, porém, são os mesmos.

Antiandrogênicos: são drogas que bloqueiam a capacidade do corpo de usar androgênicos. Mesmo depois da remoção dos testículos ou durante o tratamento com LHRH, as glândulas adrenais (ou supra-renais) continuam a produzir uma pequena quantidade de androgênios. Antiandrogênicos podem ser usados com a orquiectomia ou análogos de LHRH para bloquear os hormônios masculinos. Entre seus efeitos colaterais estão diarréia, náusea, problemas no fígado e cansaço. Também parecem causar menos problemas para a vida sexual do paciente.

Quimioterapia: é o tratamento com uma ou mais drogas injetáveis ou administradas por via oral, que caem na corrente sanguínea e atingem o corpo todo, destruindo as células cancerosas. Até pouco tempo atrás, a quimio não funcionava bem em pacientes com câncer de próstata, mas novas drogas têm se mostrado eficazes para aliviar os sintomas de doentes em estágio avançado. A quimioterapia é usada às vezes quando o câncer não está mais restrito à próstata e a hormonioterapia não dá resultados. A quimio não cura o câncer, mas reduz o ritmo de crescimento do tumor, a dor e podem prolongar a vida. Ela destrói células cancerosas, mas também mata células sadias, o que produz certos efeitos colaterais, entre eles náusea, vômitos, perda de apetite, queda de cabelos e lesões na boca. Além disso, o paciente fica sujeito a maior risco de infecções (por queda na quantidade de glóbulos brancos), risco maior de sangramentos e hematomas (por diminuição no número de plaquetas) e cansaço (por falta de glóbulos vermelhos).

Tratamento da dor e outros sintomas

Ter qualidade de vida durante e depois do tratamento também são metas importantes. A equipe médica deve ser informada de dores e outros sintomas que incomodem o doente. A radioterapia e drogas radiofarmacêuticas também podem ser utilizadas para tratar a dor provocada pelo câncer que atingiu os ossos. São substâncias com elementos radiativos que, injetadas, se acumulam nas partes dos ossos com células cancerosas. Esse procedimento é eficaz em 80% dos pacientes com câncer que atingiu os ossos, para alívio dos sintomas.

Outro grupo de drogas que pode ajudar esses pacientes é o dos bisfosfonatos, que aliviam a dor, podem retardar o crescimento das células cancerosas e fortalecer os ossos de pacientes submetidos à hormonioterapia. Alguns pacientes, porém, sofrem efeitos colaterais graves, a morte de parte do osso da mandíbula, provocando infecções e perda de dentes. Por isso, médicos recomendam um check-up dentário completo antes de iniciar esse tipo de terapia.

Os corticosteróides também podem aliviar as dores nos ossos, bem como outros analgésicos.

Estadiamento

Saber em que estágio está o câncer é fundamental para o planejamento do tratamento, para que o paciente e seu médico possam discutir alternativas terapêuticas e para que a equipe que cuida do caso tenha uma perspectiva mais definida das possibilidades de recuperação.

O estadiamento do câncer de próstata tem como base o quanto às células da amostra se assemelham às células normais. Aquelas muito diferentes das normais podem indicar um câncer agressivo, que cresce depressa.

O sistema mais usado para estadiamento do câncer de próstata é chamado de escala de Gleason. Amostras de duas áreas da próstata são analisadas e graduadas de 1 a 5 e os resultados produzem o grau de Gleason, que vai de 2 a 10. Quanto menor o valor, mais as células das amostras se assemelham a células normais da próstata. Quanto maior o valor, mais provável que o câncer cresça rapidamente. Em alguns casos, as células não parecem cancerosas, mas também não parecem normais, o que significa que novas biópsias serão feitas posteriormente. Baseado nos resultados do toque retal, do PSA e da escala de Gleason, o médico fará o estadiamento do câncer de próstata, podendo, ainda, pedir novos exames, dependendo da presença de outros sintomas.

Na prática, existem dois sistemas de estadiamento do câncer de próstata. O estágio clínico é a estimativa da extensão da doença, dada pelo exame físico, exames de laboratório e outros. Após a cirurgia, e análise do tecido removido, o estadiamento pode mudar. Esta análise determina o estágio patológico da doença. Os estágios da doença são indicados por algarismos romanos, que vão de zero a IV (4) e quanto maior o número, mais grave a fase da doença.

Estádio I: O tumor ainda está confinado à próstata, sem comprometimento dos nódulos linfáticos e outros órgãos. Foi encontrado durante ressecção transuretral. Baixo grau de Gleason. Menos de 5% do tecido da biópsia contém câncer.

Estádio II: O tumor ainda está confinado à próstata, sem comprometimento dos nódulos linfáticos e outros órgãos. E há uma das seguintes condições:

- Tumor foi encontrado durante ressecção transuretral.Tem grau de Gleason igual ou acima de 5 ou mais de 5% do tecido de biópsia contém câncer. Ou foi percebido por causa de PSA alto, não pode ser sentido por toque retal nem visto por ultrassom transretal e foi diagnosticado por biópsia por agulha.
- Ou pode ser sentido por toque retal ou visto por ultrassom transretal.

Estádio II: O tumor se espalhou e pode ter atingido as vesículas seminais, mas não alcançou os gânglios linfáticos ou outros órgãos.

Estádio IV: Uma ou mais das seguintes condições estão presentes:

- O câncer se espalhou para tecidos próximos à próstata (que não as vesículas seminais), como os músculos que controlam no controle da urina, o reto ou a parede da pelve.
- O câncer atingiu os gânglios linfáticos.
- O câncer se espalhou para partes mais distantes do corpo.

Sobrevida

A taxa de sobrevida indica a porcentagem de pacientes de câncer de próstata que vive no mínimo 5 anos após o diagnóstico. Esses números representam um panorama geral, mas cada caso é único e as estatísticas não podem prever especificamente o que vai ocorrer com o seu caso. Só a equipe que atende cada paciente pode tirar suas dúvidas sobre suas chances de cura e sobrevida.

Nos Estados Unidos, 99% dos homens com câncer de próstata sobrevivem pelo menos 5 anos, pois atualmente cerca de 90% dos casos são diagnosticados quando o tumor ainda está restrito à próstata ou só atingiu tecidos próximos. Para aqueles cujo câncer já atingiu partes distantes do corpo, essa taxa está em torno dos 34%. Os avanços nas técnicas de diagnóstico e tratamento vêm provocando uma queda de 3,5% ao ano nas taxas de mortalidade por câncer de próstata.


tratamento


Pacientes com câncer de próstata podem ter de escolher entre uma série de diferentes tratamentos, cada uma com riscos, efeitos colaterais e conseqüências diversas para a sua vida. É preciso ter calma, assimilar bem as informações do médico, tirar dúvidas que dá mais segurança quanto às escolhas terapêuticas. O melhor tratamento para cada caso depende de uma série de fatores, como idade, estado geral de saúde. Seus sentimentos em relação aos efeitos colaterais de cada terapia, o estadiamento da doença e a chance de cada tratamento de curar o câncer.



Cirurgia, radioterapia e terapia hormonal são as opções mais comuns. A quimio pode ser usada em alguns casos e, em outros, médico e paciente podem optar por apenas acompanhar a evolução da doença, sem nenhuma forma ativa de tratamento.



Esperar para ver



Como alguns tipos de câncer de próstata crescem devagar, certos pacientes podem nunca precisar de tratamento, especialmente quando eles são idosos ou têm outros problemas de saúde. Nestes casos, o médico pode optar por acompanhar a doença e, literalmente, esperar para ver. O especialista vai acompanhar a doença através do teste de PSA e toque retal, sem recomendar cirurgia ou radioterapia, especialmente se o câncer não causa sintomas, tem crescimento lento e está restrito a uma área da próstata. Se o crescimento do tumor se acelerar, médico e paciente discutem a forma de tratamento. Esta não é opção para homens jovens, com boa saúde e câncer de crescimento rápido.



Cirurgia





Entre as vantagens da laparoscopia estão menor sangramento e dor, menos tempo de hospitalização e recuperação mais rápida. Em alguns centros médicos americanos, robôs-cirurgiões são usados no procedimento, acelerando ainda mais a recuperação.



Ressecção transuretral da próstata: é utilizada para aliviar sintomas, como dificuldade para urinar, em homens que não podem fazer outros tipos de cirurgia ou até mesmo nos que sofrem de hiperplasia benigna. Ela não remove todo o câncer.



Riscos e efeitos colaterais da prostatectomia radical



Os riscos são os mesmos das grandes cirurgias e dependem, em grande parte, do estado geral de saúde do paciente, sua idade e da experiência do cirurgião. Eles envolvem desde o aparecimento de coágulos nas pernas, hemorragias, infecções até enfartes.



Os principais efeitos colaterais da prostatectomia radical são a incontinência urinária (perda do controle da bexiga) e impotência, que também podem surgir como conseqüência de outros tratamentos:



Incontinência urinária: significa a perda de controle sobre o ato de urinar o que, além de conseqüências físicas, tem impacto emocional. O controle da bexiga volta para muitos homens depois de semanas ou meses da cirurgia, mas os médicos não têm como prever se e quando isso acontecerá. Os riscos de incontinência são menores quando a cirurgia é realizada em grandes centros, com médicos especializados na remoção da próstata. Casos de incontinências devem ser relatados ao médico, que vai sugerir meios de ajudar o paciente como exercícios que fortalecem a bexiga, administração de medicamentos ou mesmo cirurgia.



Impotência: os nervos que controlam a ereção podem ser afetados pela cirurgia, radioterapia ou outros tratamentos. Num período de 3 meses a 1 ano após a cirurgia é provável que o paciente não consiga ter uma ereção sem ajuda de medicamentos ou outro tipo de terapia. Depois disso, alguns vão ter vida sexual normal e outros continuarão a ter problemas, O risco de impotência depende de sua idade e do tipo de cirurgia. Quanto mais jovem o paciente, maiores as chances de recuperar a capacidade de ter ereção. Mas será um orgasmo "seco", já que o organismo não produz sêmen sem a próstata. O paciente deve conversar com seu médico sobre impotência, já que existem remédios, equipamentos e implantes que podem ajudá-lo em sua vida sexual.



Esterilidade: a prostatectomia radical secciona os canais entre os testículos (onde são feitos os espermatozóides) e a uretra, o que significa que o paciente se torna incapaz de ter filhos, o que não costuma ser problema para quem tem câncer de próstata, que atinge homens de mais idade. Pacientes mais jovens, porém, devem discutir a possibilidade de recorrer a uma clínica de fertilidade e armazenar esperma antes da cirurgia.



Radioterapia: é o tratamento com raios de alta energia que matam as células cancerosas ou fazem o tumor encolher. A fonte pode ser externa ou interna (braquiterapia), em que o material radiativo é colocado diretamente no tumor ou perto dele. Ela é usada às vezes no câncer de próstata que não atingiu outros órgãos ou se espalhou apenas para tecidos próximos e parece funcionar tão bem quanto a cirurgia em certos casos. Se a doença estiver em estágio mais avançado, ela pode ser empregada para encolher o tumor e aliviar a dor:



Radioterapia externa ou radioterapia por fonte externa: O tratamento dura apenas alguns minutos e é feito várias vezes por semana. Os efeitos colaterais incluem diarréia - às vezes com sangue nas fezes, irritação intestinal, micção freqüente, ardor ao urinar, sangue na urina ou sensação constante de que a bexiga está cheia. A incontinência urinária é menos comum que na cirurgia, mas existem casos e algumas pesquisas indicam que esses casos aumentam ao longo do tempo. Os casos de impotência aparecem um ano ou mais após o tratamento - 50% deles reagem bem a medicamentos.



Braquiterapia ou radioterapia por fonte interna: utiliza sementes radiativas do tamanho de um grão de arroz que são colocadas diretamente na próstata. Podem ser temporárias (altas doses) e permanentes (com doses mais baixas de radiação). A primeira exige internação por alguns dias e consiste na aplicação de material radiativo por período e 5 a 15 minutos, depois dos quais as sementinhas são retiradas. O procedimento é repetido por alguns dias, durante os quais o paciente fica internado e se recomenda que evite o contato com mulheres grávidas e crianças pequenas. Nos implantes definitivos, recomenda-se que o paciente não tenha contato prolongado com grávidas e crianças pequenas nos dois primeiros meses do tratamento.



Criocirurgia ou crioablação: é a introdução de sondas que produzem temperaturas muito baixas e congelam as células cancerosas. As sondas são posicionadas através de incisões entre o ânus e o escroto e gases frios criam pequenas bolas de gele que provocam o congelamento dos tecidos doentes. A criocirurgia é uma opção para os casos em que o câncer ainda está restrito à próstata em pacientes que não são candidatos à cirurgia ou radioterapia: Um cateter também é colocado para que, quando a próstata inche, a urina não fique retida na bexiga. O cateter é retirado depois de alguns dias e o paciente sente um certo desconforto na região em que as sondas foram introduzidas.



Hormonioterapia ou Privação androgênica: seu objetivo é baixar os níveis de hormônios masculinos (andrógenos) como a testosterona, já que eles estimulam o crescimento das células cancerosas. A hormonioterapia não substitui os tratamentos destinados a curar o câncer, apenas encolhe o tumor ou reduz seu ritmo de crescimento. Às vezes ela é usada antes da cirurgia ou radioterapia para encolher o tumor. Ela é empregada também nos casos em que cirurgia e radioterapia não são boas opções para o paciente, quando o câncer se espalha ou ainda quando volta após um primeiro tratamento. Além disso, a hormonioterapia alivia sintomas e alguns médicos acreditam que ela funciona melhor se iniciada logo que o câncer atinge um estágio avançado, mas não há consenso quanto a isso. Como quase todos os cânceres de próstata se tornam resistentes a essa terapia, os médicos podem interrompê-la temporariamente e retomá-la posteriormente. Há vários métodos usados na hormonioterapia, entre eles:



Orquiectomia ou castração cirúrgica: é a remoção dos testículos, principal fonte de hormônios masculinos. O procedimento é simples, mas é permanente e provoca a perda definitiva do desejo sexual, daí a dificuldade de muitos pacientes em aceitá-la. Além disso, ela tem vários efeitos colaterais sérios, entre eles ondas de calor, crescimento das mamas, osteoporose, fraqueza, perda de massa muscular, anemia, cansaço, baixos níveis de colesterol bom, depressão e aumento do peso. Vários deles têm tratamento.



Terapia com análogo de LHRH ou castração química: são drogas injetáveis que reduzem os níveis de hormônios como na orquiectomia, administradas mensalmente, ou a cada três meses. Essas drogas são chamadas análogos ou agonistas do receptor do hormônio liberador do hormônio luteinizante. Muitos homens preferem essa terapia à alternativa cirúrgica. Os efeitos colaterais, porém, são os mesmos.



Antiandrogênicos: são drogas que bloqueiam a capacidade do corpo de usar androgênicos. Mesmo depois da remoção dos testículos ou durante o tratamento com LHRH, as glândulas adrenais (ou supra-renais) continuam a produzir uma pequena quantidade de androgênios. Antiandrogênicos podem ser usados com a orquiectomia ou análogos de LHRH para bloquear os hormônios masculinos. Entre seus efeitos colaterais estão diarréia, náusea, problemas no fígado e cansaço. Também parecem causar menos problemas para a vida sexual do paciente.



Quimioterapia: é o tratamento com uma ou mais drogas injetáveis ou administradas por via oral, que caem na corrente sanguínea e atingem o corpo todo, destruindo as células cancerosas. Até pouco tempo atrás, a quimio não funcionava bem em pacientes com câncer de próstata, mas novas drogas têm se mostrado eficazes para aliviar os sintomas de doentes em estágio avançado. A quimioterapia é usada às vezes quando o câncer não está mais restrito à próstata e a hormonioterapia não dá resultados. A quimio não cura o câncer, mas reduz o ritmo de crescimento do tumor, a dor e podem prolongar a vida. Ela destrói células cancerosas, mas também mata células sadias, o que produz certos efeitos colaterais, entre eles náusea, vômitos, perda de apetite, queda de cabelos e lesões na boca. Além disso, o paciente fica sujeito a maior risco de infecções (por queda na quantidade de glóbulos brancos), risco maior de sangramentos e hematomas (por diminuição no número de plaquetas) e cansaço (por falta de glóbulos vermelhos).



Tratamento da dor e outros sintomas



Ter qualidade de vida durante e depois do tratamento também são metas importantes. A equipe médica deve ser informada de dores e outros sintomas que incomodem o doente. A radioterapia e drogas radiofarmacêuticas também podem ser utilizadas para tratar a dor provocada pelo câncer que atingiu os ossos. São substâncias com elementos radiativos que, injetadas, se acumulam nas partes dos ossos com células cancerosas. Esse procedimento é eficaz em 80% dos pacientes com câncer que atingiu os ossos, para alívio dos sintomas.



Outro grupo de drogas que pode ajudar esses pacientes é o dos bisfosfonatos, que aliviam a dor, podem retardar o crescimento das células cancerosas e fortalecer os ossos de pacientes submetidos à hormonioterapia. Alguns pacientes, porém, sofrem efeitos colaterais graves, a morte de parte do osso da mandíbula, provocando infecções e perda de dentes. Por isso, médicos recomendam um check-up dentário completo antes de iniciar esse tipo de terapia.



Os corticosteróides também podem aliviar as dores nos ossos, bem como outros analgésicos.



Estadiamento



Saber em que estágio está o câncer é fundamental para o planejamento do tratamento, para que o paciente e seu médico possam discutir alternativas terapêuticas e para que a equipe que cuida do caso tenha uma perspectiva mais definida das possibilidades de recuperação.



O estadiamento do câncer de próstata tem como base o quanto às células da amostra se assemelham às células normais. Aquelas muito diferentes das normais podem indicar um câncer agressivo, que cresce depressa.



O sistema mais usado para estadiamento do câncer de próstata é chamado de escala de Gleason. Amostras de duas áreas da próstata são analisadas e graduadas de 1 a 5 e os resultados produzem o grau de Gleason, que vai de 2 a 10. Quanto menor o valor, mais as células das amostras se assemelham a células normais da próstata. Quanto maior o valor, mais provável que o câncer cresça rapidamente. Em alguns casos, as células não parecem cancerosas, mas também não parecem normais, o que significa que novas biópsias serão feitas posteriormente. Baseado nos resultados do toque retal, do PSA e da escala de Gleason, o médico fará o estadiamento do câncer de próstata, podendo, ainda, pedir novos exames, dependendo da presença de outros sintomas.



Na prática, existem dois sistemas de estadiamento do câncer de próstata. O estágio clínico é a estimativa da extensão da doença, dada pelo exame físico, exames de laboratório e outros. Após a cirurgia, e análise do tecido removido, o estadiamento pode mudar. Esta análise determina o estágio patológico da doença. Os estágios da doença são indicados por algarismos romanos, que vão de zero a IV (4) e quanto maior o número, mais grave a fase da doença.



Estádio I: O tumor ainda está confinado à próstata, sem comprometimento dos nódulos linfáticos e outros órgãos. Foi encontrado durante ressecção transuretral. Baixo grau de Gleason. Menos de 5% do tecido da biópsia contém câncer.



Estádio II: O tumor ainda está confinado à próstata, sem comprometimento dos nódulos linfáticos e outros órgãos. E há uma das seguintes condições:



- Tumor foi encontrado durante ressecção transuretral.Tem grau de Gleason igual ou acima de 5 ou mais de 5% do tecido de biópsia contém câncer. Ou foi percebido por causa de PSA alto, não pode ser sentido por toque retal nem visto por ultrassom transretal e foi diagnosticado por biópsia por agulha.

- Ou pode ser sentido por toque retal ou visto por ultrassom transretal.



Estádio II: O tumor se espalhou e pode ter atingido as vesículas seminais, mas não alcançou os gânglios linfáticos ou outros órgãos.



Estádio IV: Uma ou mais das seguintes condições estão presentes:



- O câncer se espalhou para tecidos próximos à próstata (que não as vesículas seminais), como os músculos que controlam no controle da urina, o reto ou a parede da pelve.

- O câncer atingiu os gânglios linfáticos.

- O câncer se espalhou para partes mais distantes do corpo.



Sobrevida



A taxa de sobrevida indica a porcentagem de pacientes de câncer de próstata que vive no mínimo 5 anos após o diagnóstico. Esses números representam um panorama geral, mas cada caso é único e as estatísticas não podem prever especificamente o que vai ocorrer com o seu caso. Só a equipe que atende cada paciente pode tirar suas dúvidas sobre suas chances de cura e sobrevida.



Nos Estados Unidos, 99% dos homens com câncer de próstata sobrevivem pelo menos 5 anos, pois atualmente cerca de 90% dos casos são diagnosticados quando o tumor ainda está restrito à próstata ou só atingiu tecidos próximos. Para aqueles cujo câncer já atingiu partes distantes do corpo, essa taxa está em torno dos 34%. Os avanços nas técnicas de diagnóstico e tratamento vêm provocando uma queda de 3,5% ao ano nas taxas de mortalidade por câncer de próstata.