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domingo, 13 de maio de 2012

Em jogo emocionante, Santa Cruz é bicampeão na Ilha do Retiro

Futebol´- Campeonato Pernambucano



Com gols de Branquinho, Dênis Marques e Luciano Henrique, equipe coral bateu o Leão e levantou a taça na casa do adversário


Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
 
Não faltaram elementos para enaltecer a maiúscula vitória do Santa Cruz na final da edição 2012 do Pernambucano. No dia do aniversário Sport e jogando na casa do adversário, os tricolores tinham a difícil missão de reverter a vantagem leonina. E assim o fizeram. Vinte e cinco anos depois, os tricolores alcançaram o bicampeonato. Novamente sobre o maior rival.

O clássico começou bem antes de a bola rolar. Depois de realizar treinos secretos, o técnico Zé Teodoro continuou fazendo do mistério uma arma secreta. Os tricolores divulgaram uma escalação idêntica a do primeiro jogo, mas pouco depois, descobriu-se que o lateral Diogo sequer figuraria no banco de reservas. Precisando da vitória, o comandante coral resolveu armar sua equipe num 4-3-3, com Branquinho completando o setor ofensivo e Memo atuando na direita.

Logo no primeiro minuto de jogo, o Sport desperdiçou uma chance claríssima. Depois de bola recuperada no meio de campo, Diogo Oliveira deu um belo lançamento para Jheimy, que ganhou da marcação e entrou cara a cara com Tiago Cardoso, mas finalizou por cima da meta. A resposta foi imediata. No lance seguinte, Branquinho achou Chicão livre na entrada da grande área. O volante ajeitou e bateu forte de perna esquerda, obrigando Magrão a espalmar para escanteio.

O jogo continuou aberto. Apesar da vantagem, o Sport não se limitava a marcar, buscando o campo ofensivo principalmente pelas laterais. E desta maneira, cedia alguns espaços para que os tricolores se lançassem em jogadas develocidade. E antes dos dez minutos, os adversários tiveram outras boas oportunidades de abrir o placar. Pelo lado coral, Branquinho demorou para finalizar e acabou desarmado. Pelos rubro-negros, Edcarlos e Jheimy falharam na tentativa de aproveitar a falha de Tiago Cardoso em falta cobrada por Marcelinho.

Estava claro que o placar não permaneceria inalterado por muito tempo. Aos 12, Caça-Rato lançou Branquinho, que invadiu a grande área pela direita e tocou na saída de Magrão. Mas os tricolores sequer tiveram tempo de comemorar a reversão da vantagem. Após a cobrança do meio de campo, Moacir foi lançado, entrou na área coral e bateu rasteiro de esquerda, contando ainda com nova falha de Tiago Cardoso.

O gol parece ter abalado a confiança coral. Por sua vez, os rubro-negros passaram a atacar com mais agressividade. Aos 21, o ataque leonino trabalhou bem com passes curtos. Livre, Rivaldo teve tempo de dominar e arriscou de fora da área. Traído pelo desvio da bola, Tiago Cardoso precisou se esticar para mandar a bola pela linha de fundo. Os tricolores conseguiram equilibrar as ações novamente por volta dos 30 minutos, passando a valorizar um pouco mais a posse de bola. E aos 39, Dênis Marques mostrou o motivo pelo qual é tão temido pelas defesas rivais. O centroavante recebeu a bola na cabeça da grande área, girou sobre o marcador e de lá mesmo, mandou rasteiro, com muita categoria, no canto esquerdo de Magrão. No intervalo, a vantagem era tricolor.

Na tentativa de reverter o cenário, Mazola promoveu uma alteração em seu setor ofensivo, substituindo Jheimy por Marquinhos Gabriel, que passou a atuar como ala esquerdo, trazendo Rivaldo de volta para o meio de campo. E logo aos cinco minutos, ficou muito claro que o título ainda não tinha um dono. Em jogada que começou na esquerda, a bola foi parar no pé de Moacir, que soltou uma bomba de fora da área, acertando o travessão coral. Em seguida, foi a vez de Marquinhso Gabriel ser lançado em condições de finalizar. Com um toque sutil, ele tirou tinta do travessão adversário. Aos 15 minutos, Zé Teodoro já mudara radicalmente a proposta de seu time. Com Luciano Henrique na vaga de Natan, Sandro Manoel no lugar de Branquinho, e Leandro Souza no posto de Anderson Pedra, a ordem era valorizar a posse de bola e fortalecer a marcação.

Enquanto os tricolores esfriavam o jogo cada vez que a bola estava parada, Mazola partiu para o tudo ou nada. Prova disso foi a entrada do atacante Ruan no lugar do zagueiro Montoya. A esta altura, enxergar qualquer traço de esquema tático era praticamente impossível. Entre os rubro-negros, os defensores participavam das jogadas de ataque e entre os tricolores, seus atacantes viraram zagueiros. Aos 30 coube a um ex-rubro-negro, acertar um golpe duríssimo no Leão. Aproveitando uma furada de Diogo Oliveira, Luciano Henrique entrou cara a cara com Magrão, driblou o goleiro adversário e tocou para o fundo do gol.

Quando boa parte da torcida leonina já não acreditava mais no título, dois zagueiro reacenderam a chama da esperança. Vendo a muralha armada na intermediária coral, Ailson arriscou de muito longe. No rebote de Tiago Cardoso, Edcarlos diminuiu e pôs fogo no jogo. Até aos 50 minutos, o Santa Cruz soube se defender de maneira heroica e só, então, a torcida coral ousou soltar o grito de bicampeão.

Ficha do jogo

Sport 2

Magrão; Bruno Aguiar (Montoya) (Ruan), Ailson e Edcarlos; Moacir, Hamilton, Diogo Oliveira e Rivaldo; Marcelinho Paraíba; Jheimy (Marquinhos Gabriel) e Jael.
Técnico: Mazola Júnior.

Santa Cruz 3Tiago Cardoso; Memo, Vágner, William e Renatinho; Anderson Pedra (Leandro Souza), Chicão e Natan (Luciano Henrique); Branquinho (Sandro Manoel), Flávio Caça-Rato e Dênis Marques.
Técnico: Zé Teodoro.

Local: Ilha do Retiro, no Recife. Árbitro: Sandro Meira Ricci. Assistentes: Pedro Wanderley e Clóvis Amaral. Gols: Moacir e Edcarlos (S); Branquinho, Dênis Marques e Luciano Henrique (SC). Cartões amarelos: Marcelinho Paraíba, Montoya, Tiaguinho (S); Memo, Chicão, Natan, Leandro Souza (SC). Público: 31.998. Renda: R$ 556.635,00.