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terça-feira, 25 de março de 2014

Henrique e Wilma estão juntos mais uma vez

Política - Eleições 2014

Não há surpresa mais sobre a chapa encabeçada pelo PMDB na eleição deste ano. Henrique Eduardo Alves vai disputar o governo e a vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB), vai concorrer à única vaga do Senado. O candidato a vice-governador será João Maia, do PR.
O que tinha de ser conversado já foi conversado à exaustão. Agora, só falta o anúncio da chapa, marcado para sexta-feira (28), no Hotel Praiamar, em Natal.
Wilma de Faria viaja hoje (25) para Recife para se encontrar com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidenciável e líder nacional do PSB.
Eduardo gostaria de ver Wilma candidata ao governo, mas a vice-prefeita já comunicou a ele que optou pela corrida senatorial.

O comunicado foi feito no Encontro Programático do PSB/Rede/PPS em Salvador, no último final de semana. Mas o presidenciável quer mais detalhes do entendimento de Wilma com o PMDB do Rio Grande do Norte. Ele quer ter a certeza de que haverá palanque para sua candidatura no Estado.
Wilma desejava cozinhar o PMDB por mais tempo. Ela chegou a externar o desejo de apenas comunicar sua decisão em meados de abril, após o prazo de desincompatibilização dos ocupantes de cargos no executivo. Garibaldi Alves Filho (Previdência) é um deles.

Mas a cúpula do PMDB bateu o pé e exigiu da vice-prefeita o compromisso da aliança no evento da próxima sexta-feira. O medo da trairagem é grande. Ainda há quem acredite que Wilma pode optar pelo governo em caso de endurecimento na disputa pelo Senado.
Henrique venceu o medo, João Maia firmou a parceria com o PMDB e Wilma anda vesga com um olho no Senado e outro no governo. Assim caminha o principal bloco de partidos na eleição deste ano.

Sob o comando do PMDB, este bloco deverá reunir quase 20 legendas. Trata-se de um verdadeiro massacre partidário. Mais de 12 minutos de propaganda no rádio e na TV durante a campanha eleitoral.
Agora, só falta o anúncio da aliança entre PSD e PT. E as candidaturas das legendas de esquerda - PSOL e PSTU.
Não há mais o que conversar: Henrique e Wilma estão juntos mais uma vez. Esse amor é antigo.

Todos os creditos reservados ao NOMINUTO.COM

segunda-feira, 26 de março de 2012

Agripino afirma que parente empregado no Senado é primo em sexto grau

Politica - RN


O senador José Agripino (DEM) rebateu a acusação de que teria praticado nepotismo no Senado Federal. Citado pela revista Época como um dos parlamentares que empregam parentes no Congresso, o presidente nacional do Democratas emitiu nota oficial nesta segunda-feira (26) em que nega a prática de ato ilícito.

No texto encaminhado à imprensa, Agripino explica qual é a vedação legal à contratação de parentes, afirmando que parentes em até terceiro grau ficariam impossibilitados de receber nomeações para cargos comissionados ou função de confiança de direção, chefia ou assessoramentodentro do Senado Federal. De acordo com ele, o parente citado na reportagem de Época não se encaixa no perfil vedado.

"O parentesco do servidor Ivanaldo Maia Oliveira com o Senador José Agripino é de sexto grau (primo em sexto grau)", garantiu o senador.

Além de Agripino, também foram citados na reportagem de Época o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), os piauienses João Vicente Claudino (PTB) e Wellington Dias (PT), além de serem citados Cícero Lucena (PSDB-PB), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), e Roberto Requião (PMDB-PR).

domingo, 16 de outubro de 2011

'Estremecimento entre Agripino e Robinson não pode prosperar'

Politica - RN


Anna Ruth Dantas - repórter


As articulações do PMDB para o pleito de 2012 e 2014 ganham nitidez e saem do campo da especulação, para confirmações. O presidente estadual do PMDB, o deputado federal Henrique Eduardo Alves, confirma que o deputado estadual Hermano Morais será o candidato próprio do partido à Prefeitura do Natal. O presidente da legenda confirma que houve uma tentativa de composição com o ex-prefeito Carlos Eduardo, passando pelo ingresso dele ao PMDB. No entanto, com a negativa do ex-prefeito que decidiu ficar no PDT, manteve-se o projeto de candidatura própria peemedebista levando o nome de Hermano Morais, que terá a pré-candidatura lançada oficialmente dia 18 de novembro. Na articulação para 2012, o partido busca agora o apoio do DEM, da governadora Rosalba Ciarlini. Para o deputado federal Henrique Eduardo Alves é natural negociar o apoio, já que os peemedebistas apoiam "integralmente" o governo do DEM. Embora ponderado, Henrique Alves critica a gestão Micarla de Sousa e afirma que um dos pontos críticos é a situação financeira do Executivo da capital.

Se para o pleito 2012 o PMDB já se mostra definido, para 2014 o partido está em vias de acertos. Mesmo reiteradamente afirmando que 2014 só começará a ser discutido no segundo semestre de 2013, o deputado federal Henrique Eduardo Alves admite que assumir no Senado, após 11 mandatos na Câmara, seria uma "consagração". Ele chega a afirmar que tem recebido manifestações de muitos prefeitos declarando apoio à sua candidatura ao Senado. "Avançando em respeito à sua pergunta insistente (da repórter): quem não gostaria de, depois de 11 mandatos, poder aspirar e chegar à Casa maior do Congresso Nacional? Mas isso vou deixar para outro momento. Não quero nessa hora me deixar enfeitiçar por esse projeto, que para mim seria uma consagração chegar ao Senado depois de tantos anos", comenta. Se é cauteloso ao falar sobre a disputa por uma vaga de senador, o deputado federal Henrique Eduardo Alves vai direto ao assunto quando fala da reeleição da governadora Rosalba, o que ele considera "natural". Sobre as articulações políticas, o pleito 2012 e as alianças para as próximas eleições, o deputado federal Henrique Eduardo Alves concedeu a seguinte entrevista à TRIBUNA DO NORTE:

Como estão as articulações para concretizar o projeto do PMDB presidir a Câmara dos Deputados?

Esse é um assunto, claro, que ainda está longe de acontecer, ainda falta um ano e meio, mas eu considero assunto resolvido. Porque há um documento firmado que vem desde a eleição de Arlindo Chinaglia (PT), o PMDB era a maior bancada e fez acordo com o segundo maior partido da época, que era o PT, de nos dividirmos e ajudarmos até a formulação política na Casa. Naquele tempo, abrimos mão para Arlindo Chinaglia presidir e depois foi a vez Michel Temer (PMDB). Agora (eleição de 2010) o PT fez a maior bancada, o PMDB fez a segunda, fizemos apenas oito deputados a menos que o PT, então os dois maiores partidos de novo acharam por bem repetir a fórmula. O PT optou pelo primeiro biênio o que nós concordamos democraticamente e ficou o segundo biênio para o PMDB. Isso foi formalizado em documento. Mas isso não basta. Quem quer que vá presidir aquela Casa e fazer o que ela merece que seja feito tem que pensar em consenso, construir uma sólida maioria para ser o interlocutor de verdade da Casa. Precisa continuar o trabalho de reconstrução da imagem da Câmara, continuar os trabalhos legislativos, acho que quem aspirar presidir aquela Casa tem que ter a visão de contar com o apoio de todos os partidos ou da grande maioria deles.

O senhor teme quebra de compromisso do PT nesse acordo?

De jeito nenhum. O PT pode ter outros defeitos, mas quando assume compromisso, quando formaliza os seus compromissos e todos seus líderes têm reafirmado isso. Já ouvi isso (a confirmação do compromisso) do deputado Marco Maia (presidente da Câmara dos Deputados), do ministro Gilberto Carvalho, ouvi da presidente Dilma em conversas informais. Volto a dizer, isso é um primeiro passo. Se o candidato do PMDB escolhido for o nosso nome eu vou buscar consenso na Casa, com os partidos de oposição, partidos pequenos, médios, acho que a Casa precisa mais do que nunca ter um interlocutor de toda ela para que possa se expor e dizer como quer, o que quer para a sociedade brasileira.

O senhor foi vítima nas últimas semanas do chamado "fogo amigo", que surgiu dentro do seu próprio partido com críticas à sua atuação de líder.

Em um partido com 80 deputados, você não pode estar agradando a todos permanentemente. Tem indicações, reivindicações de cada um, os interesses legítimos de cada parlamentar de ocupar espaços, reclamações junto ao próprio governo, emendas pedidas para serem liberadas. Isso foi se somando e em certo momento se verificou, acho que a crítica procede, é construtiva e nós temos que nos reunir mais, conversar mais e buscar com mais clareza e definição os espaços da bancada. Acho que foi um momento importante, eu reconsiderei algumas atitudes, parti para outras atitudes junto à bancada, acho que foi momento construtivo. Hoje temos uma bancada novamente unida, totalmente refeita na sua unidade. Os pleitos foram encaminhados, outros resolvidos, mas pelo menos a bancada voltou a ter essa capacidade de divergir, discutir internamente, mas na hora decisiva se unir. Hoje a bancada está completamente unida graças a colaboração de todos os parlamentares e a essa crítica construtiva que eu pude receber da bancada.

Chegaremos a mais uma eleição sem reforma política. Todos os políticos defendem a reforma, mas não há avanço no sentido de concretizá-la. O que acontece?

Difícil porque cada parlamentar tem uma reforma na cabeça e é inevitável que ele procure construir nessa reforma o que é bom para sua reeleição, o que é bom para seu partido, é da natureza humana. Estamos defendendo que ela (a reforma) não pode ser radical, tem que passar por uma transição. Você não pode mudar as regras do jogo para uma eleição que se avizinha, 2012 ou 2014, de forma radical porque vai ferir interesses de partidos, atingirá horizontes legítimos de partidos. Temos que caminhar num processo gradual. O relator Henrique Fontana, deputado seríssimo, teve que fazer um discurso interno na sua bancada (do PT) e fechou questão no voto em lista e no financiamento público exclusivo de campanha. Isso não representa hoje nem 30% do que quer na Câmara os deputados. Ele (o deputado Henrique Fontana) tendo apresentado um relatório assim radicalizou e complicou. A reforma hoje está na estaca zero, vamos tentar um grande esforço. Já há uma proposta nascendo do vice-presidente Michel Temer de que já que não há um consenso, não se consegue maioria sólida que aprove reforma com mudanças constitucionais, duradouras, faça um plebiscito para que o povo possa opinar. Isso aconteceria através de questionário que iria junto com a eleição de 2014, já que 2012 está muio em cima e até lá nada mudará.

Então a reforma também não virá em 2014?

Esse é uma idéia que está surgindo. Ninguém consegue chegar a uma maioria sólida. Se você reúne seis pessoas numa sala, no caso das reuniões dos principais líderes de partidos, entre nós não se consegue chegar a uma fórmula de consenso. A coisa é muito difícil conseguir, já houve no Governo Lula, agora no Governo Dilma. Surge a ideia de fazermos um plebiscito em 2014, onde as pessoas responderiam um questionário para sua execução em 2018. Com esse horizonte pode ser que avance, mas essa é uma fórmula que só será implantada depois de verificar que nada é possível, nada se conseguiu em termos de maioria. Essa (a fórmula do plebiscito) é também uma advertência, um caminho gradual, transitório para realizar a reforma. Há também uma outra ideia que seria uma constituinte exclusiva eleita em 2014 com os parlamentares e depois escolheria os 20% mais votados que durante 2015 trataria de fazer constituinte para reforma eleitoral. Começam a surgir ideias um pouco que mostram descrença de solução imediata, mas para um médio e futuro prazo.

É hora de unir para o desenvolvimento'

Qual das possibilidades conta com sua simpatia? Voto distrital ou lista fechada para cargos proporcionais?


Há uma outra ainda, que seria um sistema misto. Você faria 50% pelo voto em lista, que pode avançar no processo partidário, com financiamento público e os outros 50% os mais votados. Essa fórmula pode compatibilizar os dois grupos. Vamos tentar o último esforço.

É fato que o senhor se reuniu, recentemente, com o ministro Garibaldi Filho, o deputado Agnelo Alves e o ex-prefeito Carlos Eduardo, discutindo o pleito de 2012. Há possibilidade de o PMDB se compor em torno do nome do ex-prefeito Carlos Eduardo?

Foi tentado por razões naturais com o ex-prefeito Carlos Eduardo, pelas alegações, não digo nem familiares, mas do começo da vida pública dele conosco. Seria natural um reencontro partidário. Fizemos um apelo com a simpatia do seu pai, o deputado Agnelo Alves, para que ele pudesse voltar a suas origens e ser o candidato do nosso partido, já que o PMDB há 20 anos não disputa uma eleição em Natal e agora irá fazê-lo. Essa é uma decisão nacional (de candidatura própria) e considero justa e razoável que o partido possa se apresentar com um candidato para discutir os problemas de Natal, apresentar uma proposta para cidade, o eleitor saber o que pensa o PMDB sobre as questões de saúde, educação, segurança,enfim de vários projetos que hoje preocupam a população de Natal. É preciso um crescimento ordenado e eficiente. Mas o ex-prefeito (Carlos Eduardo) disse que iria permanecer no PDT. Então ficou claro que ele será candidato pelo PDT. Nós vamos ter o candidato do PMDB que é o deputado Hermano Morais. Ele foi quatro vezes vereador, teve uma eleição consagradora de deputado estadual. O PT terá seu candidato natural que é o deputado Fernando Mineiro. O PSB terá uma candidatura que respeitamos também que é a da ex-governadora Wilma de Faria. O deputado Rogério Marinho com a sua qualificação é um bom candidato a prefeito pelo PSDB. Então cada partido irá se apresentar com seu candidato próprio, o que acho correto. E no segundo turno aquele que chegar lá irá partir para composições de maior afinidade e coerência. Esse quadro está definido e portanto teremos candidato própria com o deputado Hermano Morais.

É ponto pacífico no PMDB a candidatura própria do deputado Hermano Morais?

É. Inclusive estamos preparando um ato para o dia 18 de novembro. Será um grande encontro estadual do PMDB para mostrar esse novo PMDB pós filiações, onde trouxemos 12 prefeitos novos, mais de 70 vereadores vieram para somar. Vamos mostrar ao Estado a força revigorada do PMDB, definir um discurso competente, unificado, municipalista. E nesta hora iremos fazer o lançamento da pré-candidatura de Hermano Morais a prefeito de Natal.

O PMDB hoje é da base de apoio à governadora Rosalba, que tem vários candidatos a prefeito de Natal. Há risco dessa base se esfacelar a partir da disputa pela Prefeitura do Natal?

Veja bem, como é natural a candidatura a prefeito de Natal. O deputado Rogério Marinho aplaudo sua postura só tem um deputado estadual e vai disputar legitimamente a Prefeitura de Natal. O PT tem um deputado, que é Mineiro, e vai disputar a Prefeitura de Natal. O PDT só tem um deputado estadual e já tem seu candidato a prefeito de Natal, que é o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves. O PMDB com a maior bancada da Assembleia, com cinco deputados estaduais, como vai explicar que na capital, em Natal, não tenha uma candidatura própria? Essa é mais uma razão para mostrar coerência desse pleito do PMDB. Agora em relação à governadora Rosalba e ao DEM vamos disputar e buscar uma unidade em torno da candidatura do deputado Hermano Morias. Estamos participando agora unidos da sua base parlamentar (da governadora) e pode ser aspiração do nosso partido (o apoio do DEM a Hermano Morais). Há alguns interessariam um PMDB dividido, mas ao PMDB não interessa a divisão de Henrique e Garibaldi. Isso existiu lamentavelmente na campanha eleitoral que passou, mas não pode mais e nem existirá. Precisamos estar unidos porque a unidade faz parte de qualquer preliminar de força de um partido. O ideal é estarmos juntos e agora estamos no grupo da governadora Rosalba Ciarlini. O partido está ajudando a fazer o que se espera de melhor do Governo do Rio Grande do Norte.

Então o PMDB vai em busca do apoio do DEM para a candidatura de Hermano Morais?

Vamos em busca do DEM, mas respeitando a candidatura do deputado federal Rogério Marinho. Acho natural buscarmos esse espaço e será muito importante a propaganda eleitoral na televisão. O que o partido quer é o direito de, após 20 anos, governar a cidade de Natal. Pelo bom momento que vive o PMDB temos muito a oferecer a Natal, nessa aliança compartilhada com a presidenta Dilma. A campanha será muito objetiva, nada de agredir. Queremos mostrar o que pensamos e planejamos para Natal no tocante à educação, saúde, segurança, qualificação de mão de obra, obras estruturantes da cidade de Natal.

Qual a avaliação que o senhor faz da administração Micarla de Sousa?

Uma administração de muitas dificuldades. Ela tem boa vontade, muito esforço, vontade de acertar, mas não está conseguindo ainda resolver problemas crônicos. Tomou decisões no passado que comprometeram o orçamento do presente e do futuro. Quase não arrancaram autorização para obras de mobilidade da Copa do Mundo. A prefeita não conseguiu ainda formalizar projeto que mostre a essência, união e capacitação da Prefeitura para se organizar com compromissos presentes e futuros. Esse é o grande nó da administração. Torço pela cidade de Natal, quero minha cidade limpa, ordeira, crescendo, produzindo.

Como o senhor avalia a declaração do senador José Agripino de que o DEM não fará coligação com o PSD?

Essa é uma questão importante e é precisa ser esclarecida. O PSD fez a terceira maior bancada na Câmara, portanto, um partido que passou a ser importante na conjuntura nacional, mas se fez muito tirando deputados do DEM. Dezessete deputados federais saíram do DEM e foram para o PSD. Quase metade da bancada do DEM saiu para o PSD. Isso criou na base nacional um confronto e um conflito muito grave, aí externado pelo presidente nacional do seu partido, o senador José Agripino. Mas acho que isso tinha uma validade maior até o registro ou não do PSD. O DEM tentou evitar de todas as formas o registro do partido no TSE. Mas a partir da hora que se registrou, por uma larga margem de votos, acho que é encarar outra realidade. É um fato real, o PSD existe. Se em nível nacional houve essas discordâncias graves, reconheço, não é produtivo trazer essa disputa para o nosso Estado. Aqui ninguém pode desconhecer a força política do vice-governador Robinson Faria, do deputado Fábio Faria que tem posição muito respeitada na Câmara dos Deputados. É um partido importante e portanto acho que assim tem que ser considerado. Vamos deixar a questão nacional para Brasília, onde esse conflito possa se estabelecer. Não podemos trazer para aqui (o conflito). Aqui (no Rio Grande do Norte) precisamos fazer uma base de apoio sólida para ajudar a governadora Rosalba a enfrentar e vencer tantos desafios que ela tem à sua frente. O Estado vive hoje momentos decisivos na sua economia. O Brasil hoje vive um momento importante, não é mais o país que não tinha o que distribuir, hoje temos uma economia sólida. Mas para distribuir entre parceiros da federação há uma disputa grande. Para isso temos que mostrar unidade séria, comprometida, transparente, verdadeira para buscar as parcerias que são fundamentais para o Estado e os municípios. Temos desafios enormes de novo porto para o Estado. Os portos de Pecém (Ceará) e Suape (Pernambuco) sufocam a economia do nosso Estado. A BR-304 precisa ser duplicada. Precisamos consolidar as Zonas de Processamento de Exportação (ZPE) de Macaíba e Assu. Temos que qualificar mão de obra para essa juventude toda que está aí. Isso é uma tarefa de todos nós. Temos a eólica abrindo as portas para crescimento e economia. Temos Aeroporto de São Gonçalo. São desafios enormes e temos que estar unidos. Não podemos ficar nessa hora pensando em eleição que passou, em partido que se dividiu, agora é hora de unir, é o desenvolvimento, o Estado está nos convocando para isso. Gostaria de ver o vice-governador (Robinson Faria), o senador José Agripino, adeputada Sandra Rosado que é líder do PSB, estamos num momento rico para o Rio Grande do Norte e precisamos fazer muito pelo nosso Estado. É um apelo que faço para todos somar. A base precisa se unir. O PMDB está pronto para cumprir a sua tarefa.

Mas é nítido o racha entre José Agripino Maia e Robinson Faria. Isso não lhe preocupa?

Ninguém pode negar que há um estremecimento. Não dá para fingir que não está ouvindo, não está vendo, não está lendo. Mas acho que isso não pode prosperar. Respeito muito o senador José Agripino, é liderança nacional importantíssima, mas sei também reconhecer o vice-governador Robinson Faria que foi presidente da Assembleia por oito anos. O apoio dele foi importante para vitória de Rosalba, de José Agripino, de Garibaldi (para o Senado). Esse momento que eles construíram não pode ser perdido por uma questão que a nível nacional se coloca. Essa hora tem que haver unidade. Quando vim compor com o PMDB nessa base não foi para encontrar dividida. Abrimos a porta e entramos, não gostaria de ver outro saindo. Temos que ficar nessa mesma moradia que é a base do governo Rosalba para ajudar, para essa casa crescer, ampliar espaços. Há muita reivindicação, muita carência que precisamos tentar resolver. E o primeiro passo para isso é a nossa unidade. É buscar o PT da deputada Fátima Bezerra, que é o maior partido do Brasil no Governo Dilma, é buscar os partidos que possam ajudar na instância federal. Essa é a hora do Rio Grande do Norte.

O senhor concorda com o senador José Agripino quando acusa Robinson Faria de tentar "tutelar" o Estado?

Não acredito. Não conheço de perto porque não participava no dia a dia dessa base (a adesão do PMDB ocorreu há poucas semanas). Até então não convivia na base parlamentar da governadora. Não posso opinar sobre isso. Farei o que for possível para harmonizar essa base. Não vou me meter, me oferecer, mas se convocado minha opinião é para somar, eliminar divergência. Esta é a hora do Rio Grande do Norte. O vice-governador sabe do seu papel, da sua força política e sabe que ninguém consegue emparedar um governo que se inicia com a marca da legitimidade, da ética,da postura clara, transparente da governadora Rosalba.

Embora ainda irá acontecer a eleição de 2012, já se fala na eleição de 2014. Inclusive o vice-governador Robinson já expressou o desejo de disputar o Senado. Como o senhor visualiza a candidatura de Robinson?

Se me fosse permitido fazer uma crítica construtiva ao vice-governador Robinson eu faria essa... Entendo o interesse (de Robinson Faria) ao Senado da República, é legítimo, mas nessa hora é um desserviço. Se começarmos a pensar na eleição de 2014 daqui a pouco ninguém se une mais porque chega numa sala e começa a pensar que ele poderá ser adversário daqui a três anos e cada um vai para o seu canto, ficando blindado numa defesa estéril e inconsequente e quem perde com isso é o Estado do Rio Grande do Norte que está nos convocando ao seu crescimento, desenvolvimento. A economia precisa se desenvolver para distribuir sua riqueza e oferecer qualidade de vida. Se lançar ou ser lançado candidato ao Senado agora é um desserviço.

Mas o senador José Agripino Maia, na semana passada, declarou que simpatizava com a candidatura do senhor (deputado federal Henrique Eduardo Alves) ao Senado.

Eu agradeço ao senador José Agripino que fez generosamente o lançamento de uma candidatura nossa ao Senado da República. Mas acho que nessa hora pediria evitar o tema porque ele (o assunto Senado) não nos une, divide. Eu quero com responsabilidade tratar de assunto que nos une, agregue, faça somar. O que venha divergir, conflitar vamos deixar para hora própria. Agora no máximo e legitimamente é pensar nas eleições municipais e o foco do PMDB são as eleições municipais, é pensar no município que é o primo pobre da nação e precisa ter suas reivindicações atendidas no novo pacto federativo do Brasil. Esse é o foco do PMDB. 2014 só no segundo semestre de 2013. Falar nisso agora é um desserviço a um projeto maior do desenvolvimento do Rio Grande do Norte.

Mas todo político tem projeto para o futuro. Qual o seu projeto para 2014?

Não quero me sentir atraído por isso, caso contrário vou cometer esse erro (de antecipar a discussão de 2014). Agora mesmo a governadora Rosalba e o vice-governador solicitaram que a barragem de Oiticica, de Jucurutu, que é obra do Dnocs, possa ser transferida para o Estado executar. Se eu começar a pensar que posso ser senador, afinal já me elegi 11 vezes como deputado federal, acho legítimo sair para o Senado, aí eu penso que o vice-governador (Robinson Faria) pode querer também. Aí, por que eu vou ajudar o Dnocs a dar essa obra para Secretaria de Recursos Hídricos, que é do vice-governador Robinson? Se começar a pensar nisso eu não faço, deixo de fazer, vou errar, vou se inconsequente. Não quero pensar nisso (na disputa de 2014). Esse projeto eu vou desenhar a partir da eleição municipal, depois da nova geografia política eleitoral, o tamanho do PMDB. Agora vamos ajudar o desenvolvimento do Rio Grande do Norte. O Dnocs vai transferir a obra da barragem de Oitica ao Governo e a Secretaria de Recursos Hídricos. Nessa hora temos que pensar assim e não misturar com coisas que atrapalham o desenvolvimento do Rio Grande do Norte.

José Agripino cita o nome do senhor como possível candidato ao Senado. O senhor tem desejo, após 11 mandatos de deputado federal, chegar ao Senado Federal?

Inclusive não apenas o senador José Agripino, mas onde chego há manifestação carinhosa, muito generosa. O DEM, seus prefeitos, seus deputados, até me surpreendendo, estão se manifestando espontaneamente. Outros partidos também. Isso é muito honroso para mim nessa hora ter a antecipação dessa boa vontade, desse crédito. Avançando em respeito a sua pergunta insistente: quem não gostaria de depois de 11 mandatos poder aspirar e chegar a Casa maior do Congresso Nacional? Mas isso vou deixar para outro momento. Não quero nessa hora me deixar enfeitiçar por esse projeto, que seria uma consagração. Mas não quero pensar nisso agora. Todos nós precisamos nos unirm para projetar o Rio Grande do Norte. Precisamos buscar parcerias com o Governo Federal, construir o projeto do desenvolvimento do Estado. Vamos deixar 2014 que pode nos dividir, nos separar, para o final de 2013.

O senhor já visualiza o palanque DEM-PMDB no pleito estadual?

O Senado tem opções, vários partidos podem pleitear. Mas é natural, com o processo da reeleição, a governadora Rosalba, fazendo um bom governo que espero que fará, seu processo de recondução. Se estamos nessa base integralmente, ajudando seu governo, ajudando a acertar, a fazer acontecer, é natural seu processo de reeleição. Esse seria indiscutível já que estamos ajudando o governo. Não teria sentido ajudar agora e depois em 2014 ir para outro caminho. A reeleição da governadora é natural. Mas qualquer outro processo de candidatura passará a época por uma reunião de aliados, composição visando o que for mais justo.

domingo, 2 de outubro de 2011

Robinson confirma que tem intenção de se candidatar ao Senado

Politica - RN


Anna Ruth Dantas - repórter da Tribuna do Norte


O vice-governador Robinson Faria assumiu a presidência do recém-registrado Partido Social Democrático com discurso de total sintonia com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), de quem se declara liderado. Quando o assunto é o pleito de 2012, o líder político é cauteloso, afirma que todo processo será deflagrado pela chefe do Executivo. No entanto, praticamente descarta apoio as candidaturas de Micarla de Sousa (PV), Wilma de Faria (PSB) e de Rogério Marinho (PSDB). Com relação ao tucano, Robinson Faria vê como impedimento o fato de ser oposição ao Governo Federal, mas destaca que prevalecerá a vontade da maioria e, se assim o for, poderá apoiar Marinho. Já sobre a candidatura de Carlos Eduardo (PDT), ele confirma conversas, mas diz que não há nada fechado. O nome do deputado federal Fábio Faria (PSD) não é de todo descartado: "É legítimo, mas precisa saber se esse é o projeto dele". Se para o pleito 2012 Robinson Faria não fecha questão, para sucessão de 2014 ele assume o sonho de ser candidato ao Senado Federal. "É uma opção, mas não é uma obsessão", diz o vice-governador, que não se mostra temeroso com os já lançados adversários ao cargo de senador. "Ninguém escolhe concorrente, não escolhe adversário. Cada um procure seu espaço", afirma. Embora muitos sejam os comentários apostando que alguns deputados poderão desistir de ingressar no PSD (o anúncio inicial previa seis parlamentares - Gustavo Carvalho, Ricardo Motta, José Dias, Vivaldo Costa, Raimundo Fernandes e Gesane Marinho), Robinson Faria não acredita no racha, aposta na amizade e na unidade do seu grupo.Na fase pós-registro do PSD, o vice-governador também dá mostras de querer superar os atritos com o senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM. Ele disse que pretende manter a aliança construída em 2010. Sobre as metas do PSD, o pleito 2012 e os preparativos para 2014, o vice-governador Robinson Faria concedeu a seguinte entrevista à TRIBUNA DO NORTE
 
 
Após registro do PSD, qual a preocupação do senhor neste momento?



Minha preocupação é dar continuidade ao fortalecimento do PSD, que desde lançado em Natal, quando Gilberto Kassab veio aqui, passou a ser muito procurado por lideranças de todas as regiões e de todos os partidos. Até me surpreendeu um partido ter tanta simpatia e aceitação. Simpatia não só de lideranças, mas também de pessoas, populares. Faço essa colocação porque passei por essa experiência quando fundei o PMN, que era um partido cartorial e terminou se transformando em um partido grande e decisivo em várias eleições. Mas a sensação e expectativa, a intensidade vivida no PSD é a do PMN multiplicada muitas vezes. Estou sempre viajando, a trabalho ou a convite, e o Rio Grande do Norte tem a cultura muito avançada do povo politizado. Isso é muito bom para todo mundo. O PSD nasceu grande no Rio Grande do Norte, com seis deputados estaduais, um deputado federal, um vice-governador e uma grande perspectiva de capilaridade enorme em nível municipal.


O senhor já fez o primeiro balanço de como se portará o PSD no pleito municipal?


Não. Esse balanço nós paramos, mas sei que já passa de 90 municípios com diretórios e filiados. Não quer dizer que vamos eleger 90 prefeitos. Estamos com presença em 90 cidades. É lógico que com essa demora (no registro do TSE) muitos chegaram a se filiar a outros partidos porque acharam que não iria mais acontecer o PSD no Brasil. Alguns prefeitos se sentiram inseguros e tomaram outros partidos, gente que viria para o PSD se tivesse sido formado dois meses atrás. A formação a 10 dias do prazo final foi prejudicial ao partido, mas também não vai diminuir a força do partido na capilaridade regional do Estado.


Um dos acirramentos que houve no processo de registro do PSD foi com o DEM. Haverá restrição para alianças no Rio Grande do Norte com o DEM no pleito de 2012?


De nossa parte não. O DEM é um partido aliado. Embora seja estranho porque José Agripino é o presidente do DEM e foi o protagonista desse duelo no Brasil inteiro. Mas isso eu considero assunto superado. O PSD não pode nascer com sentimento de revanchismo, de radicalismo. Tem que ser um partido novo não só na sigla, mas na sua essência, no diálogo, na humildade, simplicidade, de estender a mão. O PSD está pronto para dialogar com os partidos. Sei que cada cidade tem sua história não só para o PSD, mas para o DEM, PMDB, PT. Cada município tem coligações diferentes dos outros municípios. Nem sempre obedece a orientação estadual e foge até aos seus principais chefes. Mas o PSD hoje não tem mágoas, nasce sem mágoas e está aberto a dialogar principalmente porque o DEM é o partido da nossa líder maior que é a governadora Rosalba Ciarlini.

E a relação do presidente estadual do PSD, Robinson Faria, com o presidente do DEM, o senador José Agripino?


Ontem (quinta-feira) estava em Mossoró e falei em uma solenidade. Ele chegou na platéia para assistir o Auto da Liberdade no Teatro Dix-huit Rosado e eu fiz referência a ele que considero um desarmamento de espírito da minha parte. Eu disse no discurso: "Acaba de chegar o senador José Agripino, falam que ele está com raiva de mim, que eu estou com raiva dele. Quero aqui dizer que esse é um assunto vencido, o que aconteceu, aconteceu, faz parte da vida política. Mas digo aqui de público perante a cidade que ele nasceu, que é Mossoró - 'Agripino é um patrimônio político do Rio Grande do Norte e do Brasil e eu sou reconhecedor dessa sua biografia'". Isso foi dito no Teatro Dix-huit Rosado, que estava lotado.


Então o senhor se mantém aliado do senador José Agripino Maia?


Espero que sim. Espero que esse palanque de 2010... Foi um palanque vitorioso e ele (o senador José Agripino) foi um protagonista importante. Ele foi um incentivador para que eu estivesse ao lado dele, de Rosalba. Foi buscar o PMN, que hoje é o PSD, um partido novo. O PSD não pode ser visto com olhos de um partido que veio para dividir. Pelo contrário, o PSD veio para somar, vai somar muito para Rosalba, para sua governabilidade, para seu futuro político. O tempo vai mostrar isso. Parece até que estou querendo dizer que o PSD é solução para muita coisa... O PSD é forte, com deputados fortes, lideranças fortes e está pronto para colaborar.


Sobre os deputados estaduais do PSD (Ricardo Motta, Gustavo Carvalho, José Dias, Vivaldo Costa, José Dias, Gesane Marinho e Raimundo Fernandes), houve declarações de Ricardo Motta se mostrando reticente a ingressar no partido. O senhor teme que os parlamentares possam desistir de ingressar no partido?


Os deputados do PSD são, na maioria, os deputados que vinham do PMN. Sou amigo de Ricardo Motta há 24 anos, meu amigo particular, amizade fraternal. Ricardo Motta foi companheiro leal do PMN o tempo inteiro. E nós fomos juntos a São Paulo - eu, ele, Fábio (Faria) e Raimundo Fernandes - buscar o PSD para o Rio Grande do Norte. Eu não posso falar por ele, o que posso dizer é que acho que nós estaremos juntos.


O senhor acredita que manterá o grupo dos seis deputados no PSD?


Eu confio, não posso falar por cada um. Mas minha expectativa e meu sentimento é de que estaremos juntos até porque discutimos, durante tantos meses, cidade por cidade a criação do PSD. Todos nós discutimos caso a caso a formação do PSD. Qual o fato novo para modificar isso aí? Não vejo nenhum fato novo para modificar e desmanchar a união, a irmandade que há hoje entre nós do PSD. Não houve nada grave, não teve nenhuma discussão. Ao contrário, estamos sempre conversando, dialogando.


Como se portará o PSD na eleição de Natal?


O PSD tem que ter sempre a essência da discussão coletiva. Temos que discutir coletivamente, nos reunir, eu, os deputados, todos temos que ter o cuidado de discutir Natal, sabendo todos nós que a líder maior nossa não só em Natal, mas em todo Estado, é a governadora Rosalba Ciarlini. A eleição é só no próximo ano. Ninguém fechou coligação, não vejo PMDB, nem PT, nem PDT, nem PSB fechando coligação, por que só o PSD tem que dizer qual será sua coligação? Temos tempo para discutir. Rosalba não deflagrou o processo ainda. Vamos aguardar ela deflagrar o processo. Isso não impede o PSD conversar, Rosalba conversar. No momento certo o PSD coletivamente irá definir a posição em Natal.


Mas o PSD poderá caminhar em um palanque diferente do da governadora Rosalba em Natal?


O sentimento do partido é coletivo. E essa será uma decisão interna corporis do PSD após ser deflagrado o processo e Rosalba colocar para nós. Já entreguei o processo à governadora Rosalba. Falando no meu nome, entreguei o processo à governadora Rosalba.


O senhor disse, em entrevistas anteriores que o candidato a ser apoiado para a Prefeitura do Natal deve ter afinidade com o Governo Federal. Com isso o senhor exclui a possibilidade de apoio ao deputado federal Rogério Marinho, que é opositor à presidenta Dilma Rousseff?


Não tenho nada pessoal contra Rogério Marinho. Mas minha opinião pessoal, que poderá nem prevalecer, porque vai prevalecer a opinião da maioria e eu não sou presidente que vou impor... Mas se for o caso do grupo caminhar com Rogério que seja por consenso comandado por Rosalba. Pode ser ele (Rogério Marinho) ou qualquer nome fora desses cogitados diariamente pelos partidos que integram a base de Rosalba. O PSD está com o sentimento de no momento certo coletivamente ouvir a nossa principal líder para que ela coloque a discussão e tenhamos cada um direito a voz. Agora eu, Robinson, não o presidente do PSD, mas o ex-deputado e vice-governador Robinson Faria, acharia interessante um nome que tivesse livre trânsito em Brasília para ajudar de forma mais fácil a gestão de Natal. Seria melhor para Natal ter um prefeito com livre acesso à capital federal. Mas essa é uma opinião particular minha.


O senhor se mostra muito afinado à governadora Rosalba, a impressão é que necessariamente estará no palanque de Rosalba em Natal. É isso mesmo?


É o meu desejo. Espero que estejamos juntos. A lógica é ela comandar o processo.


O nome do deputado federal Fábio Faria vem sendo lembrado nas pesquisas para prefeito de Natal. O PSD poderá ter candidato próprio a prefeito de Natal?


O PSD não nasce para ser de imposição, mas de colaboração. Partido parceiro dos demais que queiram caminhar conosco. O nome de Fábio tem todas as condições para disputar, mas resta saber se ele tem essa motivação para ser candidato. Justiça seja feita, quem primeiro bateu na porta da CBF lutando pela Copa, ainda no governo Wilma de Faria, e pediu audiência a Ricardo Teixeira, foi o deputado Fábio Faria.


O senhor rompeu com a prefeita Micarla de Sousa?


Eu não rompi com Micarla. Micarla rompeu com todos que a apoiaram.


Em 2012 há possibilidade do senhor apoiar a reeleição da prefeita?


Acho muito difícil. Apesar de que ela ainda se diz aliada da governadora Rosalba. Não tenho nada pessoal contra ela (Micarla), mas no campo político acho que a prefeita cometeu erros sucessivos a ponto de ter que governar com seus adversários porque não tinha mais um correligionário seu, que lhe ajudou a ser prefeita, ao seu lado. Ela foi buscar Henrique Alves, auxiliares da ex-governadora Wilma de Faria, porque não tinha um aliado que pudesse contar. É lamentável. Não sei o que passou na cabeça de Micarla, até hoje não entendo como ela se transformou quando se elegeu prefeita de Natal.


O senhor conversou com o ex-prefeito Carlos Eduardo. Há diálogo para apoiá-lo?


Esse diálogo existe, mas ele (Carlos Eduardo) também dialoga com o PT, com Wilma de Faria, com o PSB, com o PMDB de seus familiares. Está dialogando com outros partidos. Por amizade que eu tenho ao seu pai (Agnelo Alves) hoje e a ele próprio, também dialogou com o PSD. É muito incipiente agora ter definição de coligação. Mas impossível com ele (Carlos Eduardo) não é. Se amanhã a própria Rosalba pode abrir diálogo com Carlos Eduardo, com nossa ajuda, com a participação de Garibaldi que é simpático a apoiá-lo... Não é nada impossível ele ser o nome colocado no contexto dos partidos que compõem a base de Rosalba.


E o apoio a Wilma de Faria para prefeita?


Wilma de Faria tem uma situação mais difícil. Ela tem uma questão mais pessoal, mais distante com o senador José Agripino e com a governadora Rosalba Ciarlini.


O senhor já disse que o Rio Grande do Norte é muito politizado. E hoje não se fala apenas na eleição de 2012, mas também de 2014. Qual o projeto político do vice-governador para 2014?


O projeto político é conseqüência do trabalho administrativo, da prestação de contas. Hoje estou no outro lado, estou no Executivo. Para que possa vislumbrar uma candidatura, que não sei nem qual é, eu tenho que ajudar o governo Rosalba para que ele seja de sucesso, de transformações, de modernidade, que avance na segurança, na saúde, que realize obras estruturantes tão sonhadas há várias décadas, que avance no campo do agronegócio, que consolide o boom da energia eólica, que rediscuta a relação com a Petrobras e possa melhorar o Ideb da educação. São metas ousadas. Estamos desafiados. Sonhos meus e de Rosalba e temos que trabalhar em pouco tempo para daqui a três anos e meio termos a condição de nos apresentarmos e prestarmos contas ao povo. Candidatura minha e dela (Rosalba Ciarlini) será consequência do nosso governo. Lógico que se tenho sete mandatos e vou sonhar e trabalhar para ter o oitavo mandato.


O senhor poderá ser candidato ao Senado?


O Senado é opção, mas não é obsessão. Posso nem ter a condição de ser candidato a senador, meu nome pode não estar com viabilidade nas pesquisas para ser senador, mas não é nenhum pecado revelar que esse sonho existe no meu âmago. Ou é melhor dissimular? Prefiro revelar e ser sincero com o povo do que preferir a dissimulação, que não é honesto.


Assim como o senhor revela que deseja ser candidato ao Senado, a deputada federal Fátima Bezerra (PT) já disse que deseja ser, o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) dá sinais de que vai entrar na disputa. Qual sua avaliação sobre esse trio disputando só uma cadeira?


Acho bastante salutar. Ninguém escolhe concorrente, não escolhe adversário. Cada um procure seu espaço. Busquei ser candidato a governador, não sou um homem ressentido porque não fui. Se não aconteceu, não era meu momento, o momento era de Rosalba. Mas não invalidou o meu trabalho, não me arrependi de não ter tentado. Pior é o pecado da omissão, feio é esperar ser conduzido a um cargo importante de cima para baixo porque tem um partido, dois ou três (partidos) que comanda ou tem simpatia e você é candidato colocado de forma verticalizada, imposta.


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