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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

"Estilo DEM de fazer política é desagregador e autoritário"

Politica - RN

O deputado Fábio Faria, vice-líder do PSD na Câmara Federal, reagiu de maneira veemente às declarações do senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, que chamou de "sem história" os correligionários do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, além de reforçar a tese de que não há interesse dos democratas em compor aliança com os peessedistas na eleição municipal do próximo ano. Fábio não poupou críticas a Agripino e lembrou que o líder democrata nasceu na política pelos braços da ditadura militar, chamou-o de autoritário e disse apostar que, a continuar o comando da sigla com as mãos pesadas de agora, vai acabar como o responsável pelo fim do DEM.
Aldair DantasAgripino disse que PSD é integrado por pessoas sem história.Agripino disse que PSD é integrado por pessoas sem história.

"Quem é ele para vir falar de história? O pai dele foi governador na ditadura, nomeado. Ele estava trabalhando em outro Estado como engenheiro e voltou para Natal também para ser empossado prefeito pelos generais. Meu pai [o vice-governador Robinson Faria] começou como deputado estadual, há vinte e cinco anos, o que é bem diferente. Na campanha passada [quando o grupo de Fábio e Robinson apoiou Agripino] meu pai tinha história, mas agora já não tem mais. Então quem tem história é quem começa na ditadura nomeado?", questionou asperamente o parlamentar.

O clima entre o comando do DEM e do PSD potiguar é regado a animosidades desde que a legenda liderada por Gilberto Kassab começou a ser concebida. Agripino, na condição de presidente nacional do DEM, tem dado aos peessedistas o posto de potencial desagregador da sigla democrata e a desavença culminou com o rompimento do vice-governador Robinson Faria da base aliada do Governo Rosalba Ciarlini (DEM). Fábio Faria acusa-o de "ingrato" e de ter "memória curta" ao rememorar o apoio "imprescindível" do grupo liderado pelo vice-governador à campanha de senador do democrata em 2010.

"Ele [José Agripino] vem dando declarações fortes diferente dos elogios da época em que apoiamos a candidatura dele. Depois que ele foi eleito começou a reverenciar pessoas que não votaram em Rosalba e paralelamente a bater no nosso grupo", sentenciou o deputado federal.

Ao contrário do filho, Robinson Faria preferiu não se pronunciar abertamente. Apenas no twitter alfinetou o ex-aliado indiretamente. "Essa conversa de eles pra lá e nós pra cá parece samba-enredo da escola da arrogância e da soberba".

Ele se referiu ao fato de Agripino assinalar que o PSD não desponta na lista dos prováveis aliados do DEM na eleição municipal que se aproxima. Para Fábio, mais um erro de cálculo do senador. O PSD, garantiu ele, pensa diferente e cumprirá os acordos firmados anteriormente com os aliados dos municípios. "Quem vai ter dificuldade de participar das eleições do jeito que as coisas estão são eles. É o estilo DEM de fazer política, desagregador, autoritário e com soberba. É batendo em Lula e em Dilma e atrapalhando o Governo do Estado. É afastando aliados e diminuindo a base. Ainda não se deram conta desse estrago todo?", indagou Fábio Faria.

José Dias: "Agripino é cria da ditadura"

A reação do PSD não se limitou ao parlamentar federal Fábio Faria. O deputado estadual José Dias, líder do PSD na Assembleia Legislativa, destacou que a entrevista do democrata foi "infeliz" e, assim como o correligionário, atrelou a imagem do senador à ditadura militar ao lembrar que o mesmo é "cria" do período de recessão. José Dias enfatizou que respeita a trajetória pessoal de Agripino, mas enfatizou que esta é uma lacuna na trajetória do democrata que não pode ser desconsiderada. "Eu não gostaria de ter uma biografia política como a do senador José Agripino, forjada no serviço à ditadura militar. O senador é uma cria da ditadura militar", fuzilou José Dias em entrevista ao blog do jornalista Oliveira Wanderley.
Emanuel AmaralFábio Faria afirma que senador do DEM foi nomeado por ditadoresFábio Faria afirma que senador do DEM foi nomeado por ditadores

Em tom irônico, José Dias salientou ainda que José Agripino deveria fazer reverência aos militares por tê-lo ajudado a impulsionar a carreira política. "Para ser justo, ele deveria vestir verde-oliva, pois se não fossem os generais Golbery do Couto Silva, Ernesto Geisel e João Figueiredo, bem como o padrinho Marco Maciel, pela famosa vinculação dos votos, ele não teria sido prefeito de Natal, governador do Estado e nem senador da República", emendou José Dias, que completou: "Acredito que pelo seu valor intelectual, o senador seria hoje um grande capitão de indústria".

Para o peessedista, Agripino está sendo injusto, tendo em vista que recebeu o apoio integral de muitos integrantes do PSD na eleição de 2010. José Dias faz uma indagação a Agripino: "Será que se o senador precisasse renovar o seu mandato agora, que foi conquistado com a colaboração de membros do hoje PSD, ele falaria assim?". O deputado considera grave o fato de o presidente nacional do DEM não demonstrar nenhuma consideração com os aliados do interior.

"O que acho grave e absolutamente injusto é que José Agripino não tem a menor consideração com os seus aliados que nos municípios agora em 2012 estarão lutando para se eleger. Será que prá eles é bom descartar o apoio de quem recentemente foi útil para eleger o senador", observou ainda, ao blog, o deputado do PSD.

Rosalba adota tom mais conciliador

Ao contrário do presidente nacional do DEM, a governadora Rosalba Ciarlini adotou um tom de ponderação ao imbróglio com o PSD no que concerne à eleição municipal do próximo ano. Para ela, "cada município é uma realidade". "A gente não pode também chegar e impor. Tem que ver a realidade", disse, resumidamente. As composições para o pleito estadual, em 2010, aproximaram consideravelmente os democratas do grupo liderado pelo vice-governador Robinson Faria, ex-PMN e atual PSD. Rosalba Ciarlini tem optado por um discurso mais ponderado quando trata do assunto.

As declarações do senador José Agripino impondo uma cisão completa com os peessedistas pôs em alerta parte dos prováveis candidatos às prefeituras do interior, que formataram um palanque junto às bases composto pelos dois chefes do Executivo potiguar. Quem diz isso é o deputado federal Fábio Faria. "Eu tenho recebido telefonemas de prefeitos preocupados com essas afirmativas dele [do senador José Agripino]", assinalou Fábio Faria.

Divergências

Desde que perdeu correligionários para o recém-criado PSD, a direção do Democratas (DEM), sobretudo através do presidente nacional da sigla, José Agripino Maia, vem apontando estocadas sobre os representantes da legenda capitaneada por Gilberto Kassab. No Rio Grande do Norte não foi diferente. A divergência, pública desde o nascedouro, resultou no rompimento do vice-governador Robinson Faria da base do Governo e, por tabela, na saída do principal secretário da administração estadual, que era o chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes.

Apenas em 2011, o DEM perdeu 17 deputados federais de um total de 43, um senador de um total de seis parlamentares e um governador de um total de dois, além de prefeitos, vereadores e deputados estaduais, a maioria para o PSD. Em entrevista esta semana ao jornal Estado de São Paulo, Agripino Maia bradou críticas mais uma vez contundentes ao PSD, disse que a perda de quadros foi numérica e não de essência, e que o PSD, embora não seja considerado por ele o "inimigo preferencial" do DEM, é visto como um partido "sem história". "Eles para lá e nós pra cá", decretou Agripino.

domingo, 28 de agosto de 2011

"Defendo a união em torno de um nome já no primeiro turno"

Politica - Natal - RN


Anna Ruth Dantas - Repórter da Tribuna do Norte



O deputado federal Fábio Faria (PSD) é comedido ao falar sobre pré-candidatura a prefeito de Natal, mas traz um discurso contundente de crítica a gestão da prefeita Micarla de Sousa e de defesa para base da governadora Rosalba Ciarlini lançar candidatura única ao pleito da capital potiguar no próximo ano. Para o parlamentar é "perigoso" lançar candidaturas isoladas no primeiro turno apostando em uma união no segundo turno. Fábio Faria evita se colocar como pré-candidato, mas afirma que todos os políticos estão preocupados com Natal que vive, segundo ele, momentos de apreensão.

 
"Acho que Natal vive um momento muito difícil em relação a política, com muita dificuldade na Prefeitura. Toda classe política está preocupada com Natal. O que existe é uma apreensão tanto da classe política como da população", comenta. Para o deputado, o erro da prefeita Micarla de Sousa, a qual ele apoiou em 2008, foi "querer adAministrar sozinha". Críticas também não faltam ao senador José Agripino Maia (DEM). Para o deputado Fábio Faria a postura do DEM de tentar barrar o registro do Partido Social Democrático no Rio Grande do Norte foi um exagero. O parlamentar credita ao grupo do vice-governador Robinson Faria o empenho para reeleger o senador em 2010. "Eu tenho certeza que se o senador José Agripino fosse candidato em 2012 ou 2014 a relação estaria muito melhor", observa.


Embora afirmando que não está cobrando nada do senador José Agripino, Fábio Faria afirma que o grupo político de Robinson Faria foi "muito importante" para o líder do DEM.


Fábio Faria confirma que a governadora Rosalba Ciarlini será candidata a reeleição em 2014 e o vice-governador Robinson Faria também. No entanto, logo em seguida, critica os políticos que estão pensando no pleito de 2014. Sobre a disputa de 2012, os planos de PSD e as alianças partidárias, Fábio Faria concedeu a seguinte entrevista a TRIBUNA DO NORTE:


Hoje o senhor se coloca como pré-candidato a prefeito de Natal?

 
Eu sou totalmente contra a pessoa se colocar como pré-candidato. Acho que Natal vive um momento muito difícil em relação à política, com muita dificuldade na Prefeitura. Toda classe política está preocupada com Natal. O que existe é uma apreensão tanto da classe política como da população. Acho muito precipitado a pessoa se colocar apenas como pré-candidato. Os que querem ser pré-candidatos têm que conversar com a população, saber o que o natalense está pensando, compor um grupo de partidos, formar um grupo que seja forte. Já foi provado em Natal, algumas vezes e agora mais ainda, que não se governa sozinho. Se governa numa coalizão de forças, com um grupo forte, dando apoio, suporte, com gestão, planejamento. Acho muito precipitado falar em pré-candidatura. O que posso dizer é que nosso grupo político, nosso partido, vai querer participar desse planejamento, dessa gestão, do projeto para Natal.


O senhor definiu como "apreensão" com Natal. E essa apreensão pode lhe levar a ser candidato a prefeito?

 
Não. O nosso grupo quer participar, mas não quer dizer que estará na cabeça da chapa. O nosso grupo quer participar das decisões, encontrar um nome que agregue mais, que agregue forças políticas. O vice-governador (Robinson Faria) já disse que a governadora Rosalba vai gerir a questão do nosso grupo. Fazemos parte do Governo, Robinson Faria, nosso líder, é vice-governador. Vamos conversar. Natal, realmente, vive essa apreensão. Em qualquer roda que você senta para conversar, em qualquer bairro de Natal, qualquer nível social, existe apreensão por Natal. As pessoas são apaixonadas pela cidade, amam a cidade, vamos ter Copa do Mundo,teremos Aeroporto em São Gonçalo, Natal tem localização geográfica exclusiva no Brasil, e por tudo isso precisa de bons gestores para fazer com que Natal não perca as oportunidades que virão nos próximos anos. Então essa próxima eleição é crucial para Natal. Natal não pode errar e nós vamos participar desse conjunto que será formado para escolher um bom nome para Natal. Mas lhe digo que ninguém vai impor nome. Acho que não existe imposição, tem que ser o melhor nome, o nome que mais agregue. Isso será resolvido, como sempre é resolvido, nas rodas de conversas políticas no veraneio, em janeiro, que é sempre onde saem os nomes que irão disputar a eleição majoritária.


O fato do nome do senhor aparecer nas pesquisas eleitorais, mas, em contrapartida, com um desempenho pequeno, isso lhe estimula ou desestimula a entrar no pleito?

 
Eu não queria falar muito sobre possível candidatura. Não me coloco como pré-candidato a prefeito. Acho que o que foi provado muitas vezes é que pesquisa não vale, o que vale é o desempenho do candidato. Se você for falar hoje sobre pesquisa veja que 85% das pessoas não querem nem ouvir falar sobre a campanha de 2012. Os candidatos serão avaliados ao longo da campanha. O que eles têm feito, qual é o planejamento, se o plano é fictício ou se tem como sair do papel. Natal precisa de gestão. Veja a grande gestão que Aécio Neves fez, é meritocracia. Tratar o Estado como empresa. O funcionário que produz mais é o que terá o salário melhor, será promovido se produzir mais. Para isso precisa de um modelo de gestão onde possa ser adotado. Fiquei preocupado quando vi o aumento da folha de pessoal de Natal. O secretário Vagner disse nas redes sociais que Natal estava comprometida porque tinha uma folha de R$ 20 milhões e agora está em R$ 37 milhões. A primeira coisa que deve ser feita é reduzir a máquina, reduzir o tamanho para ficar com recurso para investimento, não faltar dinheiro para contrapartida. O mínimo que Natal deve ter é a contrapartida na conta da Prefeitura para mobilizar os recursos que vêm de fora. O governador Eduardo Campos, que esteve em Natal agora (no Motores do Desenvolvimento promovido pela TRIBUNA DO NORTE), implantou o modelo de Parceria Público Privada em hospitais, estradas, saneamento. Chamou as empresas privadas para participarem. Temos que quebrar esse tabu que existe sobre PPP (Parceria Público Privada) O aeroporto de São Gonçalo foi sucesso com 218% de ágio. Empresas privadas estão querendo investir e claro que querem resultados. Temos que fazer um modelo transparente, justo, chamar várias empresas e fazer concorrência. Tem que abrir a capital para grandes investidores do Brasil. Eike Batista está em Belém do Pará. Vários investidores em eólica estão vindo para o Rio Grande do Norte. Natal têm que mostrar o que é para o mundo. A cidade precisa de investimento e tenho certeza como será a capital do Nordeste nos próximos anos.


O que precisa ter o próximo prefeito de Natal?

 
Precisa ter visão. Tem que pensar Natal daqui a 20 anos, estudar o trânsito de Natal que daqui a pouco vai parar, são 15 quilômetros aumentando em carros todos os anos. Tem que discutir saneamento, Natal só tem 36% saneada. Tem que discutir o turismo, tem que discutir o problema das drogas. Hoje 1% da população é viciada em crack e nã há medidas na capital para combater o crack. É preciso discutir a cidade, fazer o planejamento de como quer Natal daqui a 20, 30 anos. Os prefeitos que estão entrando fazem o feijão com arroz, não adianta pintar canteiro, fazer tapa buraco e na próxima chuva o buraco vai aparecer de novo. O que precisa é planejar a cidade. É como você faz com uma empresa. Planejamento a longo prazo com equipe qualificada, procurar experiências como Belo Horizonte, como Pernambuco, buscar cidades que deram certo. Veja o que existe no Rio de Janeiro, interação total entre Prefeitura, Governo do Estado e Governo Federal. Lá eles combatem o tráfico os três juntos, estão nas olimpíadas os três juntos. Precisa de interação. Para isso tudo precisa comitê de gestão participativa onde tenha Governo do Estado, Prefeitura de Natal e buscar o Governo Federal. Hoje Prefeitura e Governo não interagem. Hoje muitas coisas que são feitas precisam ser feitas em conjunto. Se eles não se conversam o prejudicado acaba sendo o povo de Natal.


O senhor acredita que no pleito 2012 a base da governadora Rosalba Ciarlini poderá lançar candidato único a prefeito de Natal?


Conversei muito pouco com a governadora Rosalba Ciarlini sobre Natal, sobre o que ela pensa para o pleito de Natal. Sei que ela está muito preocupada e o mais importante seria a base se unir em torno de um só nome. Defendo isso. Acho que pode até ter a opção de vários nomes saírem para no segundo turno ter uma aliança. Mas há um risco nisso. Agora sou contra acordão. Ficou mostrado nas últimas eleições quando você de última hora procura impor um nome isso não dá certo. É diferente de procurar um nome viável, onde agregue o máximo de partidos, tenha simpatia popular e esse nome seja lançado no conjunto de partidos, mas não um nome imposto. É importante ter essa união. Fico satisfeito que hoje a governadora do Estado tenha uma relação muito próxima com a presidente da República, há uma simpatia pessoal e isso para o desempenho da governadora será muito importante essa aproximação com o Governo Federal. Nosso Estado é pequeno e não pode se desvincular do Governo Federal, o Rio Grande do Norte não tem como andar sozinho. É preciso pensar grande, projetos de infraestrutura, melhorar o porto de Natal, o aeroporto. Para investimentos em infraestrutura tem que ter o Governo Federal. A governadora tem que pensar um nome que tenha a simpatia do Governo Federal. Não precisa ter um nome do partido da presidente da República, mas um nome que tenha trânsito. Tudo precisa ser conversado e no momento certo as coisas vão se encaixando, cada um está fazendo seu trabalho. O mais importante é um nome que agregue.


O senhor acredita que essa tensão no relacionamento político do vice-governador Robinson Faria (PSD) e do senador José Agripino Maia (DEM) poderá impedir o PSD, seu partido, de integrar o palanque do DEM no pleito de Natal?


Eu tenho certeza que se o senador José Agripino fosse candidato em 2012 ou 2014 a relação estaria muito melhor. Acho que todo PSD, Raimundo Fernandes, José Dias, Gesane, Fábio Faria, Robinson Faria e todos os prefeitos, votaram no senador José Agripino, se empenharam pela eleição do senador José Agripino. O grupo político foi muito importante para eleição do senador José Agripino. Ninguém está cobrando nada, mas isso precisa ser levado em conta. O senador José Agripino é importante para o Rio Grande do Norte, tenho respeito por ele, mas houve uma relação onde foi confundida a questão nacional com a estadual. Ele teve um atrito com o prefeito Gilberto Kassab na questão do DEM nacional e onde tomou uma posição como presidente do partido, mas ele exagerou no Rio Grande do Norte, extrapolou. No Estado o processo que ele moveu contra o partido poderia ser mais brando, mas não envolver o nosso vice-governador que é aliado e já votou várias vezes no senador José Agripino. Veja em 1998, Garibaldi Filho tinha acabado de vender a Cosern, tinha um amplo número de deputados, cooptou quase todos os candidatos do sistema de Agripino e o deputado Robinson segurou a bandeira do agripinismo sozinho na região Agreste. Teve uma exagero do senador Agripino envolvendo pessoalmente o vice-governador que ficou perplexo. Todo nosso grupo ficou perplexo. Mas o que a gente espera que tudo isso seja superado. Espero superar.


Mas o senhor acha possível DEM e PSD estarem juntos em 2012?

 
Lógico. O DEM e o PSD formaram uma chapa em 2010. A governadora Rosalba tem eleição em 2014, ela é candidata em 2014. O vice-governador é candidato em 2014 e se tem um grupo hoje que você pode dizer que estará ao lado da governadora Rosalba é o nosso grupo. O PSD está sendo formado para ajudar o Governo. Todos os prefeitos e lideranças que estão vindo sabem que só podem vir para o partido (o PSD) se apoiarem o Governo do Estado. Isso não abrimos mão. Podem ter outro candidato a deputado estadual, deputado federal, mas a candidata ao Governo é Rosalba. O deputado que está indo para o PSD vem para base do Governo. O partido vem a somar, motivações pessoais é superável. O que existe é uma aliança consolidada, respeitosa, uma relação muito boa da governadora Rosalba com o vice-governador.


Lembrando a eleição de 2014 e observando a relação DEM-PSD, então a aliança de 2014 passa por 2012?


Acho muito precipitado, é um desrespeito ao Rio Grande do Norte ficar falando em eleições 2012, 2014. Nós temos o grupo que elegeu Rosalba, temos que nos preocupar em ajudá-la a fazer um bom governo. O que a governadora Rosalba pensa todos os dias quando acorda é ter um governo de todos, que seja bem avaliada, que conclua todos os projetos. O grupo tem que ter hoje um só pensamento, esquecer 2012, esquecer 2014, esquecer radicalismo, ajudar o Rio Grande do Norte. A palavra chave é dizer não ao radicalismo e ajudar Rosalba a governar o Rio Grande do Norte.


O senhor teme que o PSD possa não conseguir o registro para o pleito de 2012?

 
Não tenho nenhum temor. O nosso maior desafio eram as certificações das assinaturas. Já entregamos as assinaturas no TSE estamos só aguardando a homologação. Os partidos que não queriam a formação do PSD fizeram de tudo para as assinaturas não serem certificadas, mas isso já superamos. Ninguém do PSD tem esse temor. O que existe hoje é só expectativa.


Como o senhor viu a aliança do DEM e PMDB, no momento mais recente atraindo o deputado federal Henrique Eduardo Alves para apoiar o Governo Rosalba Ciarlini?


Com muito bons olhos. Eu sou amigo pessoal do deputado Henrique e eu e o vice-governador fomos os que primeiro foram ao deputado Henrique chamando para ele vir para Rosalba. Fomos a residência do deputado Henrique. Existe uma afinidade muito grande, amizade do deputado Henrique com o vice-governador que se estende a mim. É muito importante ele vir para o Governo Rosalba, vai ajudar a todos nós. O nosso futuro político depende do sucesso do Governo. Quem vier ajudar o Governo será bem vindo.


No pleito 2012, em Natal, o PSD estará aliado apenas dos partidos que apóiam o Governo Rosalba, ou poderá se aliar a outras legendas como PT e PSB?


Acho que a governadora Rosalba vai comandar o processo. Ela vai conversar com outros partidos. Hoje há uma relação próxima da governadora com a presidente da República. Não teria problema algum a governadora Rosalba apoiar um nome que não seja do partido dela. Hoje você vê PMDB, aliado de Dilma, mas fez aliança com o Democratas no Rio Grande do Norte. Essa história de partido, cada Estado tem sua história.


O senhor foi defensor da prefeita Micarla em 2008. Qual sua avaliação sobre a gestão dela?


Conversei com a prefeita e já disse minha opinião. Ela se elegeu numa coalizão e quis governar sozinha. Esse foi o maior erro da prefeita. Quando você se elege na coalizão, tem que governar na coalizão. Não significa cargos, secretarias. Não é isso, é discutir com o grupo que lhe apoiou.


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