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sábado, 19 de maio de 2012

Sport e Flamengo empatam na estreia no Brasileirão

Futebol - Campeonato Brasileiro Serié A

Leão sai na frente, joga melhor a maior parte do tempo, mas não segura a vantagem. Após férias forçadas, cariocas jogam mal, mas pontuam

No reencontro com a Primeira Divisão depois de dois anos, o Sport queria mais. Vinte e sete dias após as eliminações na Libertadores e no Carioca, o Flamengo precisava dar uma resposta aos torcedores. Nem lá, nem cá. Neste sábado, os clubes rubro-negros estrearam com um empate por 1 a 1 no Campeonato Brasileiro. Na Ilha do Retiro, no Recife, os gols só saíram no segund tempo: Marquinhos Gabriel abriu o placar para o Leão, e Vagner Love empatou para os cariocas. Os pernambucanos foram melhores na maior parte do jogo, mas não souberam segurar a vantagem e aproveitar a empolgação da torcida. Foram 28.636 presentes, e renda de R$ 606.770.

Apesar de voltar ao Rio com um ponto na bagagem, o time de Joel Santana ficou devendo na estreia. E poderia ter sido pior, se não fosse a ótima atuação do goleiro Paulo Victor, sobretudo na primeira etapa. O tempo livre, sem um joguinho sequer no período de quase um mês, não foi suficiente para corrigir erros cometidos no primeiro semestre. A primeira impressão deixa claro: há muito trabalho a fazer. Apagado em campo, Ronaldinho ficou satisfeito com o resultado:
- Com a entrada do Deivid, tivemos a oportunidade de criar mais chances. Estamos felizes porque foi um empate fora de casa. Temos que ajeitar a forma de jogar e dar moral aos garotos que estão chegando - disse R10 à Rádio Globo.

Autor do gol do Sport e jogador que mais finalizou na partida, Marquinhos Gabriel achou que a equipe recuou depois de abrir vantagem, mas viu com bons olhos o resultado final.
- Foi um jogão, era lá e cá. Nós nos retraímos no segundo tempo, mas valeu pelo empate, por enfrentarmos uma grande equipe - afirmou.

Na segunda rodada, o Flamengo recebe o Inter, sábado, às 18h30m, no Engenhão. No dia seguinte, o Sport visita o Santos na Vila Belmiro, às 16h.

Se não fosse Paulo Victor...

Um ano que teima em não terminar para Sport e Flamengo. É 1987. Seja no Recife, seja no Rio, sempre que os rubro-negros se enfrentam a polêmica dá as caras. Neste sábado, a chance de provocar foi dos torcedores do Leão. Durante o aquecimento da equipe carioca, o locutor do sistema de som da Ilha do Retiro berrou repetidas vezes que o clube pernambucano é o campeão brasileiro daquela temporada, como reconhece a CBF. Na entrada do time em campo, uma das torcidas organizadas exibiu uma faixa com números e letras garrafais: ‘87 é nosso’.

O primeiro tempo foi do Sport. Não chegou a ser uma superioridade gritante, mas os donos da casa fizeram mais pressão, chutaram mais vezes (sete finalizações contra três do adversário), se apresentaram mais dispostos. Foram pelo menos cinco ótimas oportunidades a partir dos 20 minutos. Não fosse Paulo Victor, substituto de Felipe, o placar não teria ficado em branco. O goleiro foi seguro e fez grandes defesas. Parou, em sequência, Marquinhos, Edcarlos e Thiaguinho. Este último num lance que começou com uma cobrança de falta ruim de R10. O atacante armou um contra-ataque para o adversário e não ajudou na marcação.

Vagner Love Flamengo x Sport (Foto: André Chaco / Vipcomm)Vagner Love tenta dominar a bola, vigiado por Edcarlos (Foto: André Chaco / Vipcomm)
 
A proteção dos zagueiros Welinton e Marcos González e do volante Rômulo, quase um terceiro defensor, falhou. Na esquerda, Magal não conseguiu marcar as subidas de Moacir. O Flamengo teve mais posse de bola (52% contra 48%), mas na maioria do tempo não soube o que fazer com ela. Um meio-campo sem criatividade, lento e pouco objetivo travou as jogadas ofensivas. Bottinelli e Kleberson não foram bem. Na frente, Ronaldinho Gaúcho e Vagner Love se movimentaram, mas foram marcados sem dificuldades por Bruno Aguiar e Edcarlos. Love se enroscou tanto com os defensores que chegou a acertar uma cotovelada em Tobi, que sofreu um corte no rosto.

Antes da pressão do Sport, o time de Joel Santana só havia levado perigo aos 14 minutos, numa cobrança de falta de longe de R10 que passou perto do ângulo esquerdo de Magrão. Depois disso, só voltou a assustar no fim da primeira etapa. Após rápida cobrança de falta, Kleberson ficou livre para marcar, mas o goleiro fez bela defesa.

Leão abre vantagem, mas Fla responde

Reencontrar o torcedor na Primeira Divisão depois de dois longos anos fez bem ao Sport. Empurrado por uma Ilha do Retiro empolgada, o Leão foi à caça. Voltou para o segundo tempo pronto para decidir, tomar conta do campo e do jogo. O problema era vencer Paulo Victor. Em grande forma, o goleiro impediu que Marquinhos Gabriel marcasse. Aos nove, a cobrança de falta saiu forte e rasteira, mas PV caiu no cantinho esquerdo para espalmar. Pouco depois, aos 12, não houve chance. Moacir recebeu lançamento pela direita, passou por Magal sem dificuldades e chutou cruzado. A bola bateu em Léo Moura e voltou para o meio da área. Livre, Marquinhos Gabriel acertou o ângulo direito de Paulo Victor. Ilha do Retiro aos pulos: 1 a 0.

Os técnicos mexeram nas equipes. O interino Gustavo Bueno - Vagner Mancini assume nesta segunda-feira -, tirou Thiaguinho e Naldinho para as entradas de Renê e Diogo. Joel, que já havia trocado Rômulo (com câimbras) pelo estreante Amaral no intervalo, lançou Deivid no lugar de Bottinelli. O Sport seguiu na pressão e assustou na bola parada, mas por pouco não sofreu o empate, aos 20. Acionado por Deivid, Vagner Love ficou de frente para Magrão, mas tirou do goleiro e do gol. Chance incrível desperdiçada.

O erro do Artilheiro do Amor marcou o despertar do Flamengo. O time passou a ser mais agressivo, Léo Moura e Magal subiram para apoiar, e Deivid deu mais volume ao ataque. Aos 28, Kleberson encontrou Love entre Edcarlos e Tobi e conseguiu uma assistência precisa. O goleador não jogou a segunda chance fora. Toque na saída de Magrão, empate do Flamengo.

Algumas boas investidas ainda deram esperança aos flamenguistas que foram à Ilha de ver uma vitória na estreia, mas a zaga leonina soube se defender. A última grande chance, no entanto, foi do Sport, aos 44 minutos. Renê recebeu pela esquerda e cruzou na área. A bola passou por todo mundo e caiu nos pés de Moacir. O lateral cruzou, Welinton tentou afastar e bateu de joelho na bola, que tocou no travessão. As férias forçadas acabaram, mas o Deus-nos-acuda do Fla continua. Para o Leão, uma volta com disposição à elite.

domingo, 13 de maio de 2012

Em jogo emocionante, Santa Cruz é bicampeão na Ilha do Retiro

Futebol´- Campeonato Pernambucano



Com gols de Branquinho, Dênis Marques e Luciano Henrique, equipe coral bateu o Leão e levantou a taça na casa do adversário


Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
 
Não faltaram elementos para enaltecer a maiúscula vitória do Santa Cruz na final da edição 2012 do Pernambucano. No dia do aniversário Sport e jogando na casa do adversário, os tricolores tinham a difícil missão de reverter a vantagem leonina. E assim o fizeram. Vinte e cinco anos depois, os tricolores alcançaram o bicampeonato. Novamente sobre o maior rival.

O clássico começou bem antes de a bola rolar. Depois de realizar treinos secretos, o técnico Zé Teodoro continuou fazendo do mistério uma arma secreta. Os tricolores divulgaram uma escalação idêntica a do primeiro jogo, mas pouco depois, descobriu-se que o lateral Diogo sequer figuraria no banco de reservas. Precisando da vitória, o comandante coral resolveu armar sua equipe num 4-3-3, com Branquinho completando o setor ofensivo e Memo atuando na direita.

Logo no primeiro minuto de jogo, o Sport desperdiçou uma chance claríssima. Depois de bola recuperada no meio de campo, Diogo Oliveira deu um belo lançamento para Jheimy, que ganhou da marcação e entrou cara a cara com Tiago Cardoso, mas finalizou por cima da meta. A resposta foi imediata. No lance seguinte, Branquinho achou Chicão livre na entrada da grande área. O volante ajeitou e bateu forte de perna esquerda, obrigando Magrão a espalmar para escanteio.

O jogo continuou aberto. Apesar da vantagem, o Sport não se limitava a marcar, buscando o campo ofensivo principalmente pelas laterais. E desta maneira, cedia alguns espaços para que os tricolores se lançassem em jogadas develocidade. E antes dos dez minutos, os adversários tiveram outras boas oportunidades de abrir o placar. Pelo lado coral, Branquinho demorou para finalizar e acabou desarmado. Pelos rubro-negros, Edcarlos e Jheimy falharam na tentativa de aproveitar a falha de Tiago Cardoso em falta cobrada por Marcelinho.

Estava claro que o placar não permaneceria inalterado por muito tempo. Aos 12, Caça-Rato lançou Branquinho, que invadiu a grande área pela direita e tocou na saída de Magrão. Mas os tricolores sequer tiveram tempo de comemorar a reversão da vantagem. Após a cobrança do meio de campo, Moacir foi lançado, entrou na área coral e bateu rasteiro de esquerda, contando ainda com nova falha de Tiago Cardoso.

O gol parece ter abalado a confiança coral. Por sua vez, os rubro-negros passaram a atacar com mais agressividade. Aos 21, o ataque leonino trabalhou bem com passes curtos. Livre, Rivaldo teve tempo de dominar e arriscou de fora da área. Traído pelo desvio da bola, Tiago Cardoso precisou se esticar para mandar a bola pela linha de fundo. Os tricolores conseguiram equilibrar as ações novamente por volta dos 30 minutos, passando a valorizar um pouco mais a posse de bola. E aos 39, Dênis Marques mostrou o motivo pelo qual é tão temido pelas defesas rivais. O centroavante recebeu a bola na cabeça da grande área, girou sobre o marcador e de lá mesmo, mandou rasteiro, com muita categoria, no canto esquerdo de Magrão. No intervalo, a vantagem era tricolor.

Na tentativa de reverter o cenário, Mazola promoveu uma alteração em seu setor ofensivo, substituindo Jheimy por Marquinhos Gabriel, que passou a atuar como ala esquerdo, trazendo Rivaldo de volta para o meio de campo. E logo aos cinco minutos, ficou muito claro que o título ainda não tinha um dono. Em jogada que começou na esquerda, a bola foi parar no pé de Moacir, que soltou uma bomba de fora da área, acertando o travessão coral. Em seguida, foi a vez de Marquinhso Gabriel ser lançado em condições de finalizar. Com um toque sutil, ele tirou tinta do travessão adversário. Aos 15 minutos, Zé Teodoro já mudara radicalmente a proposta de seu time. Com Luciano Henrique na vaga de Natan, Sandro Manoel no lugar de Branquinho, e Leandro Souza no posto de Anderson Pedra, a ordem era valorizar a posse de bola e fortalecer a marcação.

Enquanto os tricolores esfriavam o jogo cada vez que a bola estava parada, Mazola partiu para o tudo ou nada. Prova disso foi a entrada do atacante Ruan no lugar do zagueiro Montoya. A esta altura, enxergar qualquer traço de esquema tático era praticamente impossível. Entre os rubro-negros, os defensores participavam das jogadas de ataque e entre os tricolores, seus atacantes viraram zagueiros. Aos 30 coube a um ex-rubro-negro, acertar um golpe duríssimo no Leão. Aproveitando uma furada de Diogo Oliveira, Luciano Henrique entrou cara a cara com Magrão, driblou o goleiro adversário e tocou para o fundo do gol.

Quando boa parte da torcida leonina já não acreditava mais no título, dois zagueiro reacenderam a chama da esperança. Vendo a muralha armada na intermediária coral, Ailson arriscou de muito longe. No rebote de Tiago Cardoso, Edcarlos diminuiu e pôs fogo no jogo. Até aos 50 minutos, o Santa Cruz soube se defender de maneira heroica e só, então, a torcida coral ousou soltar o grito de bicampeão.

Ficha do jogo

Sport 2

Magrão; Bruno Aguiar (Montoya) (Ruan), Ailson e Edcarlos; Moacir, Hamilton, Diogo Oliveira e Rivaldo; Marcelinho Paraíba; Jheimy (Marquinhos Gabriel) e Jael.
Técnico: Mazola Júnior.

Santa Cruz 3Tiago Cardoso; Memo, Vágner, William e Renatinho; Anderson Pedra (Leandro Souza), Chicão e Natan (Luciano Henrique); Branquinho (Sandro Manoel), Flávio Caça-Rato e Dênis Marques.
Técnico: Zé Teodoro.

Local: Ilha do Retiro, no Recife. Árbitro: Sandro Meira Ricci. Assistentes: Pedro Wanderley e Clóvis Amaral. Gols: Moacir e Edcarlos (S); Branquinho, Dênis Marques e Luciano Henrique (SC). Cartões amarelos: Marcelinho Paraíba, Montoya, Tiaguinho (S); Memo, Chicão, Natan, Leandro Souza (SC). Público: 31.998. Renda: R$ 556.635,00.