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domingo, 10 de março de 2013

América vence Santa Cruz por 2 a 1 pelo Campeonato Estadual

Futebol - Campeonato Potiguar

Na reestreia do treinador Roberto Fernandes, o América emendou a segunda vitória consecutiva na Copa RN (fase de ida do 2º turno do Estadual), chegou aos seis pontos e agora terá uma briga direta contra o Potiguar de Mossoró na próxima quarta-feira, ambos são candidatos a chegar na final da competição e farão uma espécie de duelo "mortal" no estádio Nogueirão. No confronto deste domingo, o alvirrubro fez um primeiro tempo bom, marcou duas vezes com o garoto Bruno e com Cléo e numa desatenção acabou sofrendo o gol de Herivelton, mas o resultado de 2 a 1 ficou dentro daquilo que a comissão técnica esperava.

América venceu o Santa Cruz por 2 a 1 na reestreia de Roberto Fernandes

Ciente de que um tropeço dentro de casa poderia significar um tremendo prejuízo para o time, o América tratou logo de tentar encurralar o time visitante e, bem ao estilo Roberto Fernandes, foi logo em busca da abertura do placar. Aos seis minutos, após uma cobrança de escanteio, Edson Rocha desviou e obrigou o lateral Fernandes salva a bola em cima da linha de gol. Depois Fabinho arriscou de longe e assustou o goleiro tricolor Marcelo Galvão.

O Santa Cruz sentia dificuldade em sair bem organizado da defesa para o ataque, porém na primeira jogada ofensiva que conseguiu armar, Alvinho foi até a linha de fundo, cruzou e achou Maurício Pantera livre na área. Só que o camisa nove se precipitou ao dominar a bola e acabou desperdiçando a melhor oportunidade até então. Como, um dia Muricy Ramalho lembrou que a "bola castiga" a penitencia para o Santa Cruz aconteceu no lance seguinte. Numa descida rápida, Tiago Adan dominou a bola, protegeu do zagueiro e deu um passe açucarado para o garoto Bruno entrar na área, bater cruzado e marcar 1 a 0 aos 19 minutos de jogo.

O gol não fez a equipe natalense diminuir o ritmo, os americanos se acomodarem esperando a saída do adversário. O time continuou desenvolvendo um ritmo forte e a cada novo ataque era uma oportunidade que criava. Sem se encontrar em campo e bastante vulnerável, o Santa Cruz acabou não conseguindo impedir, que em outra bela jogada, o América ampliasse o placar com o atacante Cléo, que antes de bater para fazer 2 a 0, ainda se livrou do seu marcador com extrema facilidade. Nem a boa vantagem fez o alvirrubro diminuir a voracidade atrás do terceiro gol, com Cascata e Fabinho atundo bem e servindo tanto os laterais quantos os atacantes, o América entrava como queria na zaga do representante do interior.

Mas depois de perder uma excelente oportunidade num cruzamento de Norberto que passou na frente do gol sem que aparecesse nenhum pé para encostar para o fundo da rede, dessa vez o castigo recaiu sobre os natalenses, que viram Alvinho e Maurício Pantera organizar uma boa troca de passe, até que o centroavante deixou a bola na medida para Herivelton, livre, tocar e vencer o goleiro Dida.

A vontade das duas equipes são foi a mesma no segundo tempo, desenvolvido de forma mais lenta, a partida perdeu em emoção. Melhor marcado, o América tinha dificuldade de entrar na defesa adversária, enquanto apesar de ter subido um pouco de produção, o Santa Cruz se resumia a tentar chutes de longa distância. A primeira jogada de emoção ocorreu apenas aos 21 minutos, quando o lateral Luiz Carlos, cobrando falta na entrada da área, acertou o travessão de Dida.

O América depois disso despertou e chegou bem em duas jogadas seguidas, na primeira com Cascata, que recebeu de Taiberson, entro na área e quando tentou chutar, sofreu um esbarrão do zagueiro, a torcida pediu pênalti, mas o juiz não deu. Depois foi a vez de Cléo, bater da entrada da área e obrigar o goleiro do Santa Cruz a realizar uma boa defesa.

Mas a partida voltou a cair de produção, enquanto teve fôlego Cascata conseguiu colocar alguns companheiros em boas condições, mas o complemento da jogada não saia de forma correta e facilitava a vida dos defensores tricolor.

domingo, 13 de maio de 2012

Campeões estaduais fazem a festa no domingão por todo o Brasil

Futebol - Brasil

Mais 13 times levantam as taças neste fim de semana e se juntam a outros quatro que já comemoraram antes. Veja quem já está festejando em 2012

Mais 13 times soltaram o grito de campeão estadual pelo Brasil neste fim de semana e se juntaram aos outros quatro que já fizeram a festa antecipadamente - Luverdense (mato-grossense), Aracruz (capixaba), América-RN (potiguar) e Águia Negra (sul-mato-grossense). Neste domingo, Santos (paulista), Fluminense (carioca), Internacional (gaúcho), Atlético-MG (mineiro), Coritiba (paranaense), Santa Cruz (pernambucano), Bahia (baiano), Ceará (cearense), Goiás (goiano), Campinense (paraibano), Avaí (catarinense), Cametá (paraense) foram campeões em seus estados. Mas a festa começou já no sábado, quando o CRB segurou um empate sem gols com o ASA e conquistou o seu 26º título alagoano - dez anos depois de sua última conquista estadual. A hegemonia local ainda é do CSA, que conta com 37 conquistas.
Durval e Neymar Santos campeão paulista (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Durval e Neymar seguram a taça de campeão
paulista (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Da alegria e da ousadia do Santos, capitaneado pelo craque Neymar, saiu a conquista paulista mais expressiva do clube da era pós-Pelé: um tricampeonato que não acontecia desde o de 1967, 68 e 69, quando o Peixe ainda contava com o Rei do Futebol. É o 20º estadual do time da Vila Belmiro, que já havia vencido por 3 a 0 no Morumbi, e mesmo assim derrotou o Guarani por 4 a 2 no mesmo estádio. É o primeiro título do ano do centenário. O jogo começou intenso e teve quatro gols nos primeiros 16 minutos, quando ficou empatado por 2 a 2. Na etapa final, o Santos fez a vantagem. Neymar e Alan Kardec marcaram dois cada, e Fabinho Souza e Bruno Mendes descontaram para o Bugre, que terminou o Paulistão com uma boa campanha e agora se prepara para disputar a Série B e tentar o retorno à elite do Brasileiro.

Em um domingo chuvoso no Rio, o Fluminense nem precisou usar a vantagem de poder até perder por dois gols de diferença após ter vencido o Botafogo por 4 a 1. Voltou a vencer, desta vez por 1 a 0, com gol de Rafael Moura e levantou a taça pela 31ª vez na história e iniciando uma semana que pode ser ainda mais festiva, já que na quinta-feira vai voltar a enfrentar o Boca Juniors na Bombonera, pelas quartas de final da Libertadores.

O Atlético-MG não quis saber do centenário do América-MG e derrotou o Coelho por 3 a 0, no estádio Independência, conquistando de maneira invicta o seu o 41º título estadual mineiro. A vantagem sobre o arquirrival Cruzeiro voltou a aumentar para cinco - a Raposa foi campeã 36 vezes. Serginho abriru o placar, e Bernard marcou duas vezes.

Internacional, Taça de Campeão (Foto: Alexandro Auler / Agência Estado)
A festa do Internacional, campeão gaúcho
(Foto: Alexandro Auler / Agência Estado)
No Rio Grande do Sul, o Internacional tomou dois sustos: o primeiro, ao ver o Caxias abrir o placar na etapa inicial; depois, ao assistir a Nei perder um pênalti no início do segundo tempo. Mas D'Alessandro entrou no intervalo e comandou a virada colorada por 2 a 1, com gols de Sandro Silva e Leandro Damião. Uma conquista que ameniza um pouco a eliminação do meio de semana na Libertadores, e aumenta a vantagem de título estaduais sobre o rival Grêmio (41 a 36).

No Paraense, a emoção ficou por conta dos minutos finais para dar um título inédito ao Cametá Sport Club, que fez a imensa torcida do Remo chorar no Mangueirão ao empatar por 2 a 2 aos 44 minutos do segundo tempo. Precisando vencer por dois gols de diferença, o time da capital conseguiu abrir 2 a 0 na etapa final. Mas aos 40, o time que é conhecido como "Mapará" - espécie de peixe da região - empatou e ainda igualou o placar a um minuto de esgotar o tempo regulamentar. O Cametá ainda fica com a vaga para a Série D deste ano, deixando o Remo fora das competições.

A festa pelo Nordeste

Bahia, Taça de Campeão (Foto: Angelo Pontes / Agência Estado)Bahia com a taça de campeão baiano
(Foto: Angelo Pontes / Agência Estado)
O Bahia não ganhou um título inédito, mas a conquista diante do arquirrival Vitória depois de um empate tenso por 3 a 3, no Pituaçu, foi comemorada da mesma forma: há dez anos o Tricolor baiano não levava o estadual, encerrando o mais longo jejum de sua história. De quebra, chegou ao seu 44º troféu baiano, aumentando a distância sobre o Leão (36).

O Ceará fez a festa, mas só fora de campo. Depois de empatar por 1 a 1 com o Fortaleza, no Presidente Vargas, o Vozão levou o seu 41º título cearense e ao mesmo tempo impediu o Tricolor de igualar o número de conquistas estaduais. Por ter feito melhor campanha na primeira fase, o Alvinegro, que havia empatado sem gols no primeiro duelo, jogou por empate em pontos e saldo de gols. Após o apito final, os jogadores comemoraram com a torcida, mas logo desceram para os vestiários, sem levar a taça, nem fazer volta olímpica. Um dia antes do jogo, a diretoria alvinegra enviou carta-protesto à Federação, acusando a entidade de favorecer o Fortaleza em suas decisões administrativas.

Jogando dentro da Ilha do Retiro, o Santa Cruz deu uma de penetra e estragou a festa do aniversariante do dia. O time coral derrotou o Sport por 3 a 2 e comemorou o bicampeonato pernambucano, feito que não realizava desde o de 1986 e 87. O detalhe é que antes da derrota para o Tricolor, o Leão não havia perdido nenhum clássico no estadual.

Na Paraíba, a taça foi do Campinense, que fez a festa em casa e goleou o Sousa por 4 a 0, na quarta partida seguida que os dois times se enfrentaram (duas pela final da segunda fase e duas pelas finais). Foi o 18º título estadual da Raposa, que se distancia do rival Treze (15) e tenta chegar perto do Botafogo-PB (25), que não vence desde 2003.

Emoção nos pênaltis
Jogadores do Coritiba levantam a taça de campeão paranaense (Foto: Gabriel Hamilko/Globoesporte.com)
Tcheco comanda a festa de campeão do Coxa
(Foto: Gabriel Hamilko/Globoesporte.com)
A decisão no Paranaense foi a mais disputada. Depois de um empate por 2 a 2 na semana passada, na Vila Capanema, e de um 0 a 0 neste domingo, no Couto Preira, os dois times, que venceram um turno cada, tiveram que disputar a taça nas cobranças de penalidados. Guerrón foi o vilão da famosa "loteria dos pênaltis" e bateu fraco para a defesa do goleiro Vanderlei. O Coxa acertou todas e venceu por 5 a 4, garantindo a 36ª conquista contra 22 do rival rubro-negro. Mas os dois times ainda brigam para se reencontrar na Copa do Brasil: se vencerem seus adversários pelo caminho, ambos podem fazer uma inédita final paranaense por uma vaga na Libertadores.

O maior campeão de Goiás voltou a comemorar neste domingo. O Verdão desta vez desbancou o Atlético-GO, que nos últimos anos tomou o lugar do estado dentro da elite do futebol brasileiro. Com o empate por 1 a 1 (primeiro jogo foi 2 a 2), o time esmeraldino comemorou o seu 23º título. O Vila Nova tem 15, contra 14 do Goiânia e 12 do Dragão.

Em Santa Catarina, a festa não foi do time que venceu os dois turnos. Apesar de o Figueirense ter conseguido a façanha, o regulamento exigia semifinais e finais. O Avaí, um dos três times classificados pelo índice técnico, venceu os dois jogos da decisão e foi o campeão de 2012. Após vencer na Ressacada por 3 a 0, voltou a ganhar no Orlando Scarpelli por 2 a 1, neste domingo, e chegou ao 16º título estadual, voltando a ultrapassar o rival em número de conquistas - o Figueira segue com 15.

Em jogo emocionante, Santa Cruz é bicampeão na Ilha do Retiro

Futebol´- Campeonato Pernambucano



Com gols de Branquinho, Dênis Marques e Luciano Henrique, equipe coral bateu o Leão e levantou a taça na casa do adversário


Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
 
Não faltaram elementos para enaltecer a maiúscula vitória do Santa Cruz na final da edição 2012 do Pernambucano. No dia do aniversário Sport e jogando na casa do adversário, os tricolores tinham a difícil missão de reverter a vantagem leonina. E assim o fizeram. Vinte e cinco anos depois, os tricolores alcançaram o bicampeonato. Novamente sobre o maior rival.

O clássico começou bem antes de a bola rolar. Depois de realizar treinos secretos, o técnico Zé Teodoro continuou fazendo do mistério uma arma secreta. Os tricolores divulgaram uma escalação idêntica a do primeiro jogo, mas pouco depois, descobriu-se que o lateral Diogo sequer figuraria no banco de reservas. Precisando da vitória, o comandante coral resolveu armar sua equipe num 4-3-3, com Branquinho completando o setor ofensivo e Memo atuando na direita.

Logo no primeiro minuto de jogo, o Sport desperdiçou uma chance claríssima. Depois de bola recuperada no meio de campo, Diogo Oliveira deu um belo lançamento para Jheimy, que ganhou da marcação e entrou cara a cara com Tiago Cardoso, mas finalizou por cima da meta. A resposta foi imediata. No lance seguinte, Branquinho achou Chicão livre na entrada da grande área. O volante ajeitou e bateu forte de perna esquerda, obrigando Magrão a espalmar para escanteio.

O jogo continuou aberto. Apesar da vantagem, o Sport não se limitava a marcar, buscando o campo ofensivo principalmente pelas laterais. E desta maneira, cedia alguns espaços para que os tricolores se lançassem em jogadas develocidade. E antes dos dez minutos, os adversários tiveram outras boas oportunidades de abrir o placar. Pelo lado coral, Branquinho demorou para finalizar e acabou desarmado. Pelos rubro-negros, Edcarlos e Jheimy falharam na tentativa de aproveitar a falha de Tiago Cardoso em falta cobrada por Marcelinho.

Estava claro que o placar não permaneceria inalterado por muito tempo. Aos 12, Caça-Rato lançou Branquinho, que invadiu a grande área pela direita e tocou na saída de Magrão. Mas os tricolores sequer tiveram tempo de comemorar a reversão da vantagem. Após a cobrança do meio de campo, Moacir foi lançado, entrou na área coral e bateu rasteiro de esquerda, contando ainda com nova falha de Tiago Cardoso.

O gol parece ter abalado a confiança coral. Por sua vez, os rubro-negros passaram a atacar com mais agressividade. Aos 21, o ataque leonino trabalhou bem com passes curtos. Livre, Rivaldo teve tempo de dominar e arriscou de fora da área. Traído pelo desvio da bola, Tiago Cardoso precisou se esticar para mandar a bola pela linha de fundo. Os tricolores conseguiram equilibrar as ações novamente por volta dos 30 minutos, passando a valorizar um pouco mais a posse de bola. E aos 39, Dênis Marques mostrou o motivo pelo qual é tão temido pelas defesas rivais. O centroavante recebeu a bola na cabeça da grande área, girou sobre o marcador e de lá mesmo, mandou rasteiro, com muita categoria, no canto esquerdo de Magrão. No intervalo, a vantagem era tricolor.

Na tentativa de reverter o cenário, Mazola promoveu uma alteração em seu setor ofensivo, substituindo Jheimy por Marquinhos Gabriel, que passou a atuar como ala esquerdo, trazendo Rivaldo de volta para o meio de campo. E logo aos cinco minutos, ficou muito claro que o título ainda não tinha um dono. Em jogada que começou na esquerda, a bola foi parar no pé de Moacir, que soltou uma bomba de fora da área, acertando o travessão coral. Em seguida, foi a vez de Marquinhso Gabriel ser lançado em condições de finalizar. Com um toque sutil, ele tirou tinta do travessão adversário. Aos 15 minutos, Zé Teodoro já mudara radicalmente a proposta de seu time. Com Luciano Henrique na vaga de Natan, Sandro Manoel no lugar de Branquinho, e Leandro Souza no posto de Anderson Pedra, a ordem era valorizar a posse de bola e fortalecer a marcação.

Enquanto os tricolores esfriavam o jogo cada vez que a bola estava parada, Mazola partiu para o tudo ou nada. Prova disso foi a entrada do atacante Ruan no lugar do zagueiro Montoya. A esta altura, enxergar qualquer traço de esquema tático era praticamente impossível. Entre os rubro-negros, os defensores participavam das jogadas de ataque e entre os tricolores, seus atacantes viraram zagueiros. Aos 30 coube a um ex-rubro-negro, acertar um golpe duríssimo no Leão. Aproveitando uma furada de Diogo Oliveira, Luciano Henrique entrou cara a cara com Magrão, driblou o goleiro adversário e tocou para o fundo do gol.

Quando boa parte da torcida leonina já não acreditava mais no título, dois zagueiro reacenderam a chama da esperança. Vendo a muralha armada na intermediária coral, Ailson arriscou de muito longe. No rebote de Tiago Cardoso, Edcarlos diminuiu e pôs fogo no jogo. Até aos 50 minutos, o Santa Cruz soube se defender de maneira heroica e só, então, a torcida coral ousou soltar o grito de bicampeão.

Ficha do jogo

Sport 2

Magrão; Bruno Aguiar (Montoya) (Ruan), Ailson e Edcarlos; Moacir, Hamilton, Diogo Oliveira e Rivaldo; Marcelinho Paraíba; Jheimy (Marquinhos Gabriel) e Jael.
Técnico: Mazola Júnior.

Santa Cruz 3Tiago Cardoso; Memo, Vágner, William e Renatinho; Anderson Pedra (Leandro Souza), Chicão e Natan (Luciano Henrique); Branquinho (Sandro Manoel), Flávio Caça-Rato e Dênis Marques.
Técnico: Zé Teodoro.

Local: Ilha do Retiro, no Recife. Árbitro: Sandro Meira Ricci. Assistentes: Pedro Wanderley e Clóvis Amaral. Gols: Moacir e Edcarlos (S); Branquinho, Dênis Marques e Luciano Henrique (SC). Cartões amarelos: Marcelinho Paraíba, Montoya, Tiaguinho (S); Memo, Chicão, Natan, Leandro Souza (SC). Público: 31.998. Renda: R$ 556.635,00.

domingo, 6 de maio de 2012

Sport fica no zero com Santa Cruz e mantém vantagem nas finais

futebol - Campeonato Pernambucano 2012

Tricolor e Rubro-Negro empatam em jogo truncado no Arruda. Se o placar se repetir na Ilha do Retiro, dia 13, o Leão garante o título de campeão

Diante de um Arruda cheio, com 44.082 torcedores, o Sport entrou em campo para jogar a primeira partida da final do Campeonato Pernambucano com a vantagem do empate e saiu de campo sorridente. Neste domingo, o Leão foi até o Arruda e conseguiu segurar o 0 a 0 com o Santa Cruz. Agora, basta ao Rubro-Negro empatar pelo mesmo placar na Ilha do Retiro, no próximo dia 13, para colocar a faixa de campeão estadual no peito. Ao Tricolor, só resta a vitória por qualquer placar para confirmar o bicampeonato.

Apesar da chuva que caiu no Recife no início da tarde, o jogo começou com o céu limpo. O Santa Cruz aproveitou o gramado molhado para arriscar alguns chutes de longe. Por sua vez, o Sport investiu nas bolas paradas. O que faltou de técnica e criatividade por parte das equipes sobrou em vontade, fazendo com que a partida ficasse bastante truncada e repleta de faltas.

Fora de campo, a tranquilidade deu o tom. Com as torcidas organizadas do Santa Cruz e Sport proibidas de comparecer ao estádio pelo Ministério Público de Pernambuco e presença de 1.300 homens da Polícia Militar, nenhum incidente grave foi registrado.

Antes de a bola rolar ainda houve uma bela homenagem do Sport ao ex-meio campo uruguaio Raul Betancor, que faleceu na última quinta-feira aos 82 anos. Todos os jogadores entraram em campo vestindo a camisa com o nome do ex-atleta. O elenco ainda pisou no gramado carregando uma bandeira do Uruguai. Betancor defendeu o Leão entre 1959 e 1963 e integra a seleção dos 11 maiores jogadores da história do Rubro-Negro.

Santa Cruz x Sport (Foto: Aldo Carneiro)Moacir, pelo Sport, e Renatinho, pelo Santa Cruz, fizeram um bom duelo de laterais (Foto: Aldo Carneiro)
Muita vontade e pouca técnica

Escalado de maneira mais ofensiva para tentar reverter a vantagem do Sport, o Santa Cruz tomou a iniciativa e aos 18 segundos já chutava a gol com Dênis Marques. A resposta do Leão só veio aos quatro minutos quando Marcelinho Paraíba tentou cruzar, mas a bola desviou na zaga e morreu nas mãos do goleiro Tiago Cardoso.

Nos primeiros minutos, o jogo ficou bastante aberto com o Santa Cruz atacando e o Sport investindo mais nos contra-ataques. Aos sete minutos, o Tricolor teve a chance de abrir o placar com o zagueiro Vágner. De frente para o gol, ele não soube aproveitar o rebote do goleiro Magrão e mandou a bola para fora.

O Sport também tentou furar o bloqueio do Santa Cruz com bolas paradas, aproveitando as faltas na entrada da área, mas Marcelinho Paraíba não foi feliz nas cobranças. A partir dos 15 minutos, a partida se concentrou principalmente no meio-campo, com embates entre meias e volantes. Aos 22 minutos, o Tricolor voltou a arriscar com Dênis Marques. Ele chutou de fora da área e a bola passou ao lado da trave do goleiro Magrão.

Chutes de fora da área e erros de passe

Santa Cruz x Sport (Foto: Aldo Carneiro)
Jogo ficou bastante truncado no meio-campo
(Foto: Aldo Carneiro)
O goleiro do Sport voltou a trabalhar aos 27 minutos. Aproveitando o gramado molhado, o lateral Diogo mandou um chutaço de fora da área e quase pegou Magrão desprevenido. O camisa 1 evitou agarrar a bola e espalmou, mas o Tricolor não soube aproveitar o rebote. Dois minutos depois, os donos da casa voltaram a arriscar de longe com Luciano Henrique e a bola foi para fora.

Se por um lado o Santa Cruz arriscava chutes de longa distância, por outro abusava de errar passes dentro da própria área. Os vacilos corais permitiram que o Sport marcasse presença no campo de defesa tricolor e levasse perigo em seguidas cobranças de escanteios por volta dos 30 minutos de jogo.

Aos 39 minutos, o Santa Cruz quase pagou caro pelo erros. A bola sobrou nos pés de Jael e o atacante do Sport só não fez o gol graças a uma excelente intervenção do goleiro Tiago Cardoso. Um minuto depois Marcelinho Paraíba chutou e exigiu mais trabalho do goleiro tricolor.

Santa Cruz x Sport (Foto: Aldo Carneiro)Árbitro Neilson Santos começou a amarelar jogadores no segundo tempo (Foto: Aldo Carneiro)
 
Segundo tempo a todo vapor
Os times voltaram para o segundo tempo sem mudanças, mas não demorou muito para que a primeira substituição ocorresse. Aos quatro minutos, Anderson Pedra, machucado, saiu para a entrada de Chicão. Na sequência, o zagueiro rubro-negro Edcarlos fez falta em Flávio Caça-Rato e recebeu o primeiro cartão amarelo da partida.

Santa Cruz x Sport - Marcelinho Paraíba - Anderson Pedra (Foto: Aldo Carneiro)
Marcelinho Paraíba se irritou com substituição
(Foto: Aldo Carneiro)

O Sport deu um susto na torcida tricolor logo no início da etapa complementar quando a bola a foi enfiada para Jael, que estava livre dentro da área. Antes que o atacante aproveitasse a jogada, Renatinho apareceu e afastou o perigo. O troco dos donos da casa veio em duas jogadas seguidas. Na primeira, o Santa Cruz arriscou com Dênis Marques. Na segunda, Magrão defendeu um chute de Luciano Henrique.

O juiz Neilson Santos economizou nos cartões amarelos no primeiro tempo, mas na etapa final começou a punir os jogadores. Aos 12 minutos, foi a vez de Marcelinho Paraíba ser penalizado por reclamação. Sentindo o bom momento do Santa Cruz, o técnico Mazola Júnior resolveu alterar a equipe. Saiu Jheimy, que pouco produziu, para a entrada de Marquinhos Gabriel. O técnico Zé Teodoro também mexeu na equipe e sacou Luciano Henrique para a entrada de Branquinho.

Marcelinho Paraíba é substituído e mostra insatisfação

Aos 23 minutos, o Santa Cruz adotou uma postura ainda mais ofensiva com a saída de Natan e a entrada de Carlinhos Bala. Para tentar frear o Tricolor, o Sport começou a jogar de maneira ainda mais dura e aos 24 minutos Neilson Santos "premiou" o zagueiro Tobi, do Rubro-Negro, com cartão amarelo. Acuado, o Leão passou a jogar no contra-ataque e só voltou a ter um bom momento aos 30 minutos. Rivaldo cruzou, mas Moacir acertou a rede pelo lado de fora.

Depois dos 34 minutos, o Clássico das Multidões ficou mais aberto, com as equipes se alternando nos ataques. O número de faltas também aumentou e o juiz amarelou Diogo (Santa Cruz) e Hamilton (Sport). Aos 39 minutos, Carlinhos Bala arriscou de longe e quase surpreendeu Magrão. Antes que o jogo chegasse ao fim, ainda houve a substituição de Marcelinho Paraíba por Thiaguinho. Ao sair de campo, o camisa 10 rubro-negro jogou uma faixa que carregava no braço no chão e chutou uma garrafa d´água em uma clara demonstração de insatisfação com a troca.

Estádio do Arruda (Foto: Aldo Carneiro)Torcidas fizeram uma bela festa no estádio do Arruda (Foto: Aldo Carneiro)
 
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