sábado, 7 de abril de 2012

Fabiana do BBB12 no Paparazzo

Paparazzo

Fabiana não sentiu falta de sexo, mas confessa brincadeira íntima no 'BBB 12'

No Paparazzo, ela falou sobre a experiência com espuma de barbear mentolada: 'Acho que foi no meu período de ovulação'.

Paparazzo Fabiana BBB 12 (Foto: Marcos Serra Lima/Paparazzo)Ex-BBB Fabiana posa para o Paparazzo (Foto: Marcos Serra Lima/Paparazzo)

Ficar sem sexo não foi o maior desafio de Fabiana no "BBB 12". Mas como ninguém é de ferro, a ex-BBB contou, durante o ensaio para o Paparazzo, que fez uma brincadeira íntima com espuma de barbear mentolada no período em que esteve confinada. "Lembro que Kelly estava do meu lado e falei: 'Ai, que fresquinho!' Acho que foi no meu período de ovulação", disse ela, aos risos. (Abaixo, assinantes conferem o vídeo com uma entrevista exclusiva).

E já que tocamos no assunto, Fabiana garante ser uma mulher de atitude também na cama. "Gosto de dominar. Quando quero seduzir meu marido, prefiro lingerie branca ou preta. Também curto usar gel massageador", revelou.
Com 36 anos, um filho de seis, e um corpão de dar inveja a muita meninnha de 20, ela revelou estar aberta a propostas para posar nua para revistas masculinas, e contou já ter ganhado até o aval do marido. Mas, para nossa decepção, ela garantiu que a proposta concreta ainda não aconteceu. E olha que ela já pensou até no que fazer com o cachê.
"Vou investir na minha casa. Quero conforto para minha família. Também vou me dedicar à educação do Igor (filho dela) e oferecer a ele tudo o que eu não tive. Mais para frente, quero viajar com todo mundo para a Disney".

Fabiana falou ainda sobre a relação com Kelly, sua melhor amiga durante o confinamento, e com Fael, de quem disse ter recebido um "carinho especial" na casa. "Quando percebi, dei uma recuada porque fiquei insegura sobre como me posicionar lá dentro", disse a ex-BBB, casada há 8 anos.
"Em relação a Kelly, na verdade, não tivemos um problema dentro da casa. Estava muito carente e senti um certo distanciamento da Kelly quando a Noemí [do Big Brother espanhol] chegou e quando a Mona ficou mais sozinha na casa. Mas em nenhum momento brigamos ou deixamos de ser amigas lá dentro. Não alimentamos nada que nunca existiu", disse.
Bem, e já que "Mama", como era chamada pelos participantes, é casada e disse que ninguém da casa faz seu tipo, resolvemos perguntar quem ela gostaria de ter como genro, caso tivesse uma filha. "O Fael é bonito, o João Maurício também", declarou.

O nervosimo tomou conta de Fabiana minutos antes do ensaio, não teve como esconder. Entretida com a conta de Twitter recém-criada, a 2ª colocada do "BBB 12" tentava se distrair com seus seguidores antes que alguém da produção dissesse o fatal "vamos começar?".



Veja + de Fabiana no link abaixo

http://ego.globo.com/paparazzo/ensaio/fabiana.html

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Carlos Eduardo lidera com 42,5% de intenções de voto

Politica - Natal - Eleições 2012


Ex-prefeito recuou quase dois pontos percentuais, mas continua liderando o quadro da sucessão em Natal.

O ex-prefeito Carlos Eduardo Alves lidera a pergunta estimulada do levantamento Sinduscon/Consult com 42,5%, contra 44,2% registrados na pesquisa anterior.

Após o ex-prefeito o quadro é o seguinte: Wilma de Faria tem 19,1%, Rogério Marinho cresceu de 6,8% para 8,1%; Hermano Morais passou de 3,6% para 4,4% e Fernando Mineiro passou 3,7% para 4,1%.

A prefeita Micarla de Sousa marcou 1,7%; Albert Dickson ficou em 0,4%.

A pesquisa foi registrada em 26/03, sob protocolo RN 00009/2012 TSE-TER. A margem de erro é de 3%.

Hospital Giselda Trigueiro clama por reformas

Saúde - RN


O Hospital Giselda Trigueiro (HGT), referência no Estado no tratamento de doenças infecciosas, informações toxicológicas e imunobiológicos especiais, receberá, através de ordem judicial, atenção especial. O prédio, que data de 1943, criado com a missão de atender apenas pacientes com tuberculose, suplica por reforma em setores essenciais como o serviço de assistência especializada - hospital dia, farmácia de manipulação e almoxarifado. Somente em 2011, o hospital realizou 33 mil atendimentos.
Rodrigo SenaO setor de almoxarifado do hospital denuncia parte dos problemas: vazamentos, paredes descascadas e piso molhado compõem o cenárioO setor de almoxarifado do hospital denuncia parte dos problemas: vazamentos, paredes descascadas e piso molhado compõem o cenário

O Hospital Giselda Trigueiro, que desde 2008 passou a prestar atendimento de acolhimento com classificação de risco, tem visto ano a ano o crescimento na demanda de pacientes. Na internação hospitalar por exemplo, de 2000 internações no ano de 2008, o hospital passou a realizar 3.068 em 2011. "Ao longo desse período conseguimos reduzir o número de mortalidade, que de 13% em 2008 passou para 6% esse ano", informou o diretor técnico do HGT, Dr. Calos Mosca.

Dentro da unidade há setores que enfrentam reforma há quase dez anos. É o caso do hospital dia e seu ambulatório, que hoje dividem o mesmo espaço. "Em 2002, o projeto de reforma desse setor surgiu para que o espaço passasse a ter a possibilidade de receber pacientes com a conhecida gripe aviária", referiu, lamentando o desperdício do espaço inutilizado pela ação do tempo e pela falta de reforma. A conclusão do setor, que ficou parada entre paredes inacabadas e buracos no teto, acabou por precarizar um setor até então bem estruturado, que funcionava com sala de odontologia, recepção, banheiros e salas de tratamento.

Outro setor que, de acordo com a determinação da 4ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal, precisa receber conclusão dentro de 120 dias é o da farmácia de manipulação. Na tarde de ontem, a equipe de reportagem constatou que apenas o setor de manipulação precisa de reforma, já que o atual espaço não é adequado para que o material considerado limpo e sujo seja manuseado de forma e em espaços adequados.

Dentre os setores do HGT visitados na tarde de ontem, o setor de almoxarifado foi o que mais apresentava problemas de infra-estrutura. Vazamentos, paredes descascadas e piso molhado contrastavam com as outros setores do hospital, que apesar de possuir 59 anos de idade conseguia mostrar corredores limpos e conservação adequada, na medida do possível. No momento os produtos do almoxarifado do Giselda Trigueiro estão sendo armazenados em um espaço cedido pelo hospital João Machado. A reforma deve contemplar o espaço inclusive com serviço de refrigeração.

O hospital Giselda Trigueiro é referência em tratamento de doenças infectocontagiosas e possui programas de tratamento para doenças como Hanseníase, tuberculose, doença de chagas e HIV. Cerca de 2 mil pacientes fazem tratamento para a Aids. Em 2011 foram realizados 211 mil exames laboratoriais. O pronto socorro prestou atendimento para 28 mil adultos e 5 mil crianças. Em exames, HGT registrou no ano passado 10 mil exames radiológicos e mais de 2 mil ultra-sonografias.

A direção do HGT, que conta com outros três diretores além da diretora geral, Dra Milena Martins, diz que vem realizando diversas intervenções junto à Secretaria de Saúde, além de trabalhar insistentemente para o bom andamento do hospital. "É indiscutível que trabalhamos para que o atendimento do HGT continue sendo referência", encerrou o diretor técnico, Dr. Carlos Mosca.

Para Secretaria, soluções poderão demorar

O secretario estadual de Saúde Pública do Estado, Domício Arruda, explicou por telefone que ainda não foi notificado sobre a determinação da justiça. Domício disse ainda que o processo de reforma para o Hospital Giselda Trigueiro provavelmente não poderá ser concluída no prazo estipulado pelo juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal, Cícero Martins de Macedo Filho, do último dia 03.

Domício Arruda explicou que a Sesap está levantando todos os contratos referentes à obra do Giselda Trigueiro e que, segundo informações da secretaria, há obras antigas demais e é provável que alguns processos não tenham mais validade. "Não acredito que essa obra possa ocorrer de maneira tão rápida. Caso seja necessário refazer um processo licitatório, somente essa fase processual dura em torno de 120 dias", explicou.

O secretário de saúde afirmou que a Sesap está levantando todos as informações dos processos da reforma do Giselda para que, a partir disso, seja elaborado um relatório para o juiz com os dados de cada processo de cada setor do hospital. Segundo Domício, a verba para as obras de reformas dos hospitais é liberada pela Caixa Econômica Federal (CEF). Já a realização da reforma é feita pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (SIN).

Pagamento

Outros hospitais sofrem com a demora de reformas. No Hospital Santa Catarina a obra é marcada por paralisações. Segundo a Sesap, o pagamento da última medição já foi realizado e a previsão da empresa é que a obra seja entregue agora no mês de abril.

"Nós também já tivemos uma liberação de R$ 1 milhão e meio para climatização, compra e instalação de equipamentos. Existia a idéia de que o aparelho de raio-x que tinha sido desmontado serviria para o hospital, mas ele ficou muito tempo parado e resolvemos comprar um novo aparelho e utilizar o que está desmontado em um hospital menor.

De acordo com a Sesap com esses recursos, secretaria espera resolver o problema do Hopital Santa Catarina, que sofreu nove paralisações desde o início da obra de reforma.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Fafá descarta renúncia e sugere Cláudia Regina

Politica - Mossoró - RN

Anna Ruth Dantas - repórter

A sucessão na cidade de Mossoró, segundo maior colégio eleitoral do Estado, entra na fase de definição do candidato a prefeito pelo grupo da governadora Rosalba Ciarlini. No cenário eleitoral um movimento de contradição entre duas das principais líderes. A prefeita Fafá Rosado afirmou que "tudo leva a crer" que a candidata do grupo será a vereadora Cláudia Regina (DEM). Embora pondere que o anúncio será feito pela governadora, a gestora mossoroense descarta o nome da vice-prefeita Ruth Ciarlini (já que ela só poderia ser candidata se a própria Fafá renunciasse) e cita como postulantes ao pleito de 2012 pelo Democratas os vereadores Chico da Prefeitura e Cláudia Regina. A prefeita ponderou que Chico estaria inelegível porque teve as contas referentes ao pleito 2010 desaprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral. "Com isso, tudo leva a crer que a candidata será Cláudia Regina", disse Fafá Rosado, ontem a tarde, enquanto aguardava a chegada da governadora no Aeroporto Dix-Sept Rosado.
Júnior SantosFafá Rosado avisa que não vai antecipar a saída do cargo para que Ruth Ciarlini fique com o mandatoFafá Rosado avisa que não vai antecipar a saída do cargo para que Ruth Ciarlini fique com o mandato

Enquanto isso, a governadora Rosalba Ciarlini demonstra que ainda espera contar com a renúncia de Fafá Rosado para viabilizar a irmã como candidata ao pleito municipal. Ao desembarcar em Mossoró, a chefe do Executivo foi reticente ao comentar a declaração de Fafá Rosado, que momentos antes havia descartado a renúncia do Executivo mossoroense. Rosalba disse que a prefeita não é candidata, portanto, o prazo de desincompatibilização não seria necessário. "A prefeita Fafá teria necessidade de renunciar se fosse candidata a alguma coisa, é assim que diz a Constituição. Ela (Fafá Rosado) continua no mandato até o dia que se decidir, porque ela não será candidata", disse Rosalba Ciarlini.

Questionada sobre a declaração da prefeita Fafá Rosado enaltecendo a possibilidade de Cláudia Regina ser candidata a prefeita, Rosalba Ciarlini evitou confirmar qualquer informação. Ela disse apenas que assim como a vereadora do DEM, "o grupo tem outros bons nomes". E quando será anunciado o candidato do grupo rosalbista à Prefeitura de Mossoró? "Vamos primeiro rezar muito na Semana Santa", disse a governadora, que ontem cumpriu agenda administrativa na cidade de Baraúna.

Enquanto Rosalba Ciarlini se mostra reticente a qualquer confirmação de candidatura em Mossoró, o movimento da prefeita Fafá é exatamente o inverso. Ela não esconde a predileção pelo nome da vereadora Cláudia Regina. "Chico da Prefeitura é uma pessoa que tem serviço prestado na nossa cidade, homem popular, aceitabilidade grande na cidade de Mossoró, mas está inelegível, então, realmente, tudo leva a crer que o nome será o de Cláudia Regina. Se for será o grande nome para disputar e vencer eleição de 2012", ressaltou.

A decisão de Fafá Rosado de não renunciar à Prefeitura está tão afirmativa que quando cita os nomes possíveis para disputar o Executivo pelo grupo ela lista apenas Cláudia Regina e Chico da Prefeitura, fazendo a referência de que esse último está impedido por lei. "Realmente os nomes cada um tem sua peculiaridade e o de Cláudia agrega todos os itens para ser candidata", ressaltou.

A gestora mossoroense explicou que a decisão de não renunciar ao cargo foi tomada em comum acordo com o marido, o deputado estadual Leonardo Nogueira, e os líderes do Democratas, a governadora Rosalba Ciarlini, o ex-deputado Carlos Augusto Rosado, o senador José Agripino Maia e o deputado federal Betinho Rosado. "É muito bom quando a gente não é radical na decisão, procurei ouvir as pessoas mais carentes e as pessoas que podem decidir na cúpula do partido e do grupo. O nosso agrupamento foi favorável a nossa ideia de dar continuidade a nossa administração", comentou Fafá Rosado.

Vereadora afirma estar surpresa

A vereadora Cláudia Regina (DEM), apontada pela prefeita Fafá Rosado como o provável nome para disputar a Prefeitura de Mossoró, disse estar surpresa com a declaração da gestora e foi cautelosa ao afirmar que aguarda o comunicado oficial da governadora Rosalba Ciarlini e o ex-deputado Carlos Augusto Rosado, que é presidente municipal do DEM em Mossoró.

"Fico feliz que a prefeita tenha declarado isso, mas continuo aguardando o comunicado oficial e ele (o comunicado) se dará através da governadora Rosalba e do presidente do diretório municipal, Carlos Augusto", disse Cláudia Regina.

Sobre a declaração da prefeita Fafá Rosado, a vereadora do DEM afirmou estar surpresa. "Recebi com surpresa (a declaração da prefeita afirmando que 'tudo leva a crer que Cláudia Regina será a candidata do grupo'), compreendo que esse anúncio deve se dar de forma oficial através da governadora que é autoridade máxima do partido e vamos aguardar. A prefeita externou uma opinião, uma atenção sobre como ela está vendo o contexto geral", disse.

Com a sinalização de Fafá Rosado para o nome de Cláudia Regina como candidata do grupo, a chapa passa a ter possibilidade de dois vices. O ex-secretário municipal de Urbanismo, Alex Moacir, filiado ao PMDB e sobrinho afim de Fafá Rosado, e a vice-prefeita, Ruth Ciarlini, irmã da governadora.

"Tenho bem querer por todos dois, a chapa ideal é a que levará a vitória e continuará o projeto do desenvolvimento de Mossoró que começou com Rosalba e continuou com Fafá", disse Cláudia Regina, quando questionada sobre quem preferia como vice.

PT reafirma candidatura em Natal

Ricardo Araújo - repórter

Com candidato próprio ao pleito municipal de 2012, representantes do Partido dos Trabalhadores, negam qualquer discussão em curso relacionada à aproximação com o Partido Socialista Brasileiro (PSB) para o pleito deste ano em Natal. A intenção da aliança seria a formação de um bloco único de apoio ao candidato de um dos partidos que ocupar a melhor posição nas pesquisas de intenção de voto. Sejam eles candidatos já oficializados pelas legendas ou com o lançamento de nome sob análise.

O deputado estadual e pré-candidato à Prefeitura de Natal pelo PT, Fernando Mineiro, descarta a possibilidade do diálogo da sua legenda com o PSB. Nacionalmente, as negociações foram deflagradas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente nacional dos socialistas, Eduardo Campos. Mas Mineiro diz não haver intenção destas articulações chegarem ao Rio Grande do Norte.

"Eu achei estranho terem incluído Natal nas negociações. Aliás, Natal não estará neste rol de negociações", afirmou o deputado estadual pelo PT, Fernando Mineiro. Ele comentou que as discussões acerca de uma possível aproximação com o PSB não chegaram no diretório do seu partido em Natal. "No primeiro turno, nós teremos candidatura própria. A possível aproximação poderá ocorrer à luz do resultado do primeiro turno", esclareceu. O deputado estadual reiterou que sua candidatura à Prefeitura de Natal está mantida.

De acordo com as últimas pesquisas publicadas em relação ao pleito municipal, o candidato oficial do Partido dos Trabalhadores aparece em quarto lugar nas intenções de voto. Ainda sem candidatura oficializada, a presidenta do PSB no Rio Grande do Norte, Wilma Maria de Faria, desponta em segundo lugar nas pesquisas. Caso o critério de aliança entre os partidos fosse aplicado localmente no primeiro turno, Fernando Mineiro teria que abdicar do seu pleito em favor do de Wilma de Faria, que deverá ser confirmado ainda esta semana. A ex-governadora foi procurada para comentar o caso, mas não respondeu ou retornou às tentativas de contato telefônico.

A líder do PSB na Assembleia Legislativa, deputada Márcia Maia, disse que seu partido e o PT são articulados e formam a base de apoio ao governo da presidenta Dilma Rousseff. Sobre a aproximação defendida por Lula e Eduardo Campos, a deputada disse que "vê com uma certa naturalidade".


Direitos reservados ao Jornal TRIBUNA DO NORTE

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Prevenção é melhor forma de combate ao vírus H1N1

Saúde - RN


Após o Estado Rio Grande do Norte enfrentar uma calmaria em 2011 em relação a circulação do vírus da influenza A, o primeiro trimestre de 2012 indica que a população precisa ficar atenta ao vírus H1N1, causador desse tipo de gripe. A Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Suvige) destaca que entre as ações de prevenção está a recomendação é de que todos os pacientes que apresentem suspeitas de contaminação sejam encaminhados para o tratamento imediatamente.
Alberto LeandroCampanha nacional de vacinação será realizada no próximo mêsCampanha nacional de vacinação será realizada no próximo mês

"É importante que essa recomendação seja seguida. A prescrição do medicamento para o tratamento deve ser rápida. Outro alerta é para que, diante de casos hospitalizados com febre acima de 38 °C, tosse ou dor de garganta e dispnéia acompanhado ou não de manifestações gastrointestinais, seja solicitada a coleta de secreção, preferencialmente, ate o 7° dia do início dos sintomas", observou Stela Leal, responsável pelo controle da H1N1, no âmbito da Suvige.

De acordo com informações do infectologista Ênio Lacerda o vírus da H1N1 acomete tanto os animais como também o homem. "Isso faz com que a cópia do vírus nunca fique igual e diminua o poder de imunidade da população, que não consegue se defender de um 'novo' tipo de vírus", lembrou. Entre os cuidados destacados pelo médico é de que a prevenção seja bem cuidadosa, principalmente com as gestantes e as crianças.

O infectologista alerta que é importante que os médicos estejam atentos aos sintomas apresentados pelos pacientes que procuram atendimento com sintomas de gripe comum. Como os sintomas das duas gripes são sintomas de febre, calafrios, cansaço, dor de garganta, tosse, dores musculares, fica mais difícil o diagnóstico. "O paciente que apresentar vômito e falta de ar precisa receber atenção imediata e ser encaminhado para o tratamento e para a realização dos exames", destacou Dr. Ênio Lacerda.

A vacina contra o vírus influenza H1N1 é uma forte arma contra a doença, junto com a necessidade da prevenção constante. A própria Suvige declarou que as provavelmente as crianças que estão adoecendo são as que provavelmente tenham ficado de fora da vacinação da H1N1. Entre os três últimos casos confirmados no Estado, dois são crianças, uma tem oito anos de idade e a outra apenas seis meses de vida.

Segundo informações de Stela Leal, o medicamento Osetalmivir, que é prescrito para os pacientes que apresentam suspeitas de infecção com o H1N1 em Natal, podem receber atendimento em 18 hospitais entre os da rede pública, privada e filantrópica. Os Hospitais Sandra Celeste e o dos Pescadores possuem farmácia com plantão de 24h para a retirada do medicamento para o tratamento da gripe H1N1. "É necessário que o receituário seja prescrito em duas vias para o controle da farmácia", completou.

Campanha nacional

Entre os dias 5 e 25 de maio será realizada a campanha nacional de vacinação contra a gripe sazonal. A vacina utiliza as três cepas de vírus que mais circularam no país no ano anterior e, de acordo com o Ministério da Saúde, vai imunizar também contra a influenza A(H1N1) - gripe suína.

O Ministério da Saúde informou ainda que o público-alvo da campanha inclui idosos (a partir de 60 anos), população indígena, crianças com idade a partir de 6 meses e menores de 2 anos, grávidas em qualquer período de gestação e profissionais de saúde. Dados do Ministério da Saúde indicam que em 2011, cerca de 25 milhões de pessoas foram vacinadas contra a gripe sazonal. Esse ano, assim como em 2011, quem receber a vacina também ficará imunizado contra a gripe suína.

domingo, 1 de abril de 2012

Secretaria Estadual de Saúde - SESAP tem dívida de R$ 85 milhões

Saúde - RN

A preços atualizados, a Secretaria Estadual de Saúde soma uma dívida de R$ 74 milhões junto às empresas farmacêuticas e de materiais médico-hospitalares. O valor corresponde a restos a pagar dos anos de 2010 (R$ 52 milhões) e 2011 (R$ 22 milhões). Outra dívida, de R$ 11 milhões, se acumula na conta da Sesap. É relativa à contratação de leitos de terapia intensiva em três hospitais da rede privada. Somente nessas duas áreas, são R$ 85 milhões em pagamentos pendentes. Os dados foram revelados pelo o titular da Saúde, o médico Domício Arruda. Este ano, por causa da inadimplência da Sesap, houve uma recusa de grande parte de fornecedores, mesmo tendo participado do pregão e recebido o empenho, segundo Domício Arruda. Foi o que gerou o desabastecimento, crítico há duas semanas em diversos hospitais. Na parte de custeio, a Sesap tem dotação anual de R$ 238 milhões, mas se a execução for semelhante a do ano passado, novos restos a pagar devem ser acrescentados à conta da pasta. Em 2011, do orçamento de R$ 200 milhões foram executados R$ 140 milhões. Com orçamento comprometido em 86% com a folha de pessoal própria e contratação de terceirizados, o secretário já anunciou que "não tem folga para reajuste". Confira a entrevista a seguir.
Emanuel AmaralDomício Arruda: O grande problema da Secretaria de Saúde é que já estamos  empregando 86 por cento do orçamento com pagamento de pessoal, e é por isso que temos toda essa dificuldade da manutenção da nossa rede, que é inflada em relação à capacidade do Estado.Domício Arruda: O grande problema da Secretaria de Saúde é que já estamos empregando 86 por cento do orçamento com pagamento de pessoal, e é por isso que temos toda essa dificuldade da manutenção da nossa rede, que é inflada em relação à capacidade do Estado.

O que gerou a crise de desabastecimento nos hospitais nas últimas duas semanas?

Os meses críticos do abastecimento são os meses de janeiro e fevereiro por uma serie de motivos. A indústria entra em férias coletivas. O governo fecha o orçamento e só abre em meados de fevereiro. Não há pagamentos no mês de janeiro. É uma coisa previsível, a gente se prepara para que não ocorra problemas, mas este ano a situação se agravou. Nós fizemos o registro de preço, empenhamos todas as nossas necessidades para o ano, mas houve uma recusa de grande parte de fornecedores, mesmo tendo participado do pregão e recebido o empenho, por causa da falta de pagamentos de compras anteriores. Isso gerou o desabastecimento. Nós estamos resolvendo, mas só conseguiremos se pagarmos, pelo menos, uma parte substancial das contas atrasadas.

Qual é o montante?

Nós iniciamos o ano de 2011, com R$ 52 milhões em dívida com fornecedores de materiais e medicamentos, e nada disso foi pago durante o ano de 2011. E também ficamos com restos a pagar do ano passado que, hoje, é da ordem de 22 milhões. Nós temos em média R$ 74 milhões de dívidas com várias empresas farmacêuticas e de material médico-hospitalar. E esse débito está lançado na dívida total, que é da ordem de R$ 500 milhões. Tivemos há 15 dias uma crise mais aguda de desabastecimento nos hospitais, mas já está se resolvendo, tem melhorado o abastecimento.

Qual foi a solução dada?

Em economia de escala, a nossa política é a compra ser centralizada na Unicat para todos os hospitais. Mas diante desse problema de contas atrasadas, conseguimos para os grandes hospitais recursos para que fizessem as compras diretas. Na semana passada a governadora Rosalba Ciarline autorizou, fora do Orçamento, que nós liberássemos R$ 1 milhão para o Walfredo Gurgel; R$ 1 milhão para o Santa Catarina e R$ 1 milhão para o Deoclécio Marques, que eram os hospitais que estavam com maiores problemas e em situação mais crítica.

Quanto é necessário para manter a estrutura da saúde?

A secretaria de Saúde precisa de R$ 25 milhões/ mês para seu custeio, para funcionar o básico, para funcionar bem. Para este ano temos R$ 238 milhões. Só que no ano de 2011, do orçamento de R$ 200 milhões foram executados R$ 140 milhões. Ai ficam os restos a pagar.

Os servidores ameaçam greve para o dia 02. Os médicos deram prazo até 25 de abril para que o Estado dê resposta às reivindicações da categoria. Quais são os entraves dessas negociações?

No caso dos Médicos, nós já nos comprometemos a equacionar a última reivindicação da pauta do ano passado, que está em aberto, que é a incorporação da gratificação para quem não estava em hospital. Ficou de fora apenas os aposentados porque eles não fazem mais parte da folha da Saúde, estão na folha do Ipern [Instituto de previdência do Estado] e temos que vê uma saída jurídica. Com isso ficam outros pontos. O mais importante é o piso nacional [R$ 19.644,00], que é uma luta que vai demorar.

Eles fizeram uma proposta de escalonamento desse piso?

Nós estamos vendo qual será o impacto [a proposta do sindicato é de que o piso seja implantado de forma gradual até 2015]. Se a gente pode aderir ou se teremos que dilatar ainda mais o prazo. Temos que registrar aqui que o plano de cargos e salários para os médicos do Estado foi concluído no final do ano de 2011. Nesse plano, a principal reivindicação era a incorporação de todas as gratificações. Hoje temos um plano de cargos e quem chega ao final se aposenta com vencimentos integrais. Isso foi um marco, uma conquista da categoria. Agora, se reinicia um novo processo, onde uma das reivindicações é a criação de novas gratificações, que provavelmente, no futuro, serão incorporadas. Isso faz parte do processo de que o servidor nunca está satisfeito com seu salário e quer sempre progredir.

Mas é possível implantar essas novas gratificações?

O grande problema da Secretaria de Saúde é que já estamos empregando 86% do orçamento com pagamento de pessoal, e é por isso que temos toda essa dificuldade da manutenção da nossa rede, que é inflada em relação à capacidade do Estado. Nós temos 26 unidades hospitalares. No Rio Grande do Sul são apenas seis hospitais, que realmente são hospitais regionais. Temos unidades pequenas e com um agravante, que as prefeituras não tem capacidade para fazer a manutenção desses hospitais. Ficamos impossibilitados de transferir essas unidades para os municípios. Uma coisa é certa, com uma rede enorme como essa, nós não podemos empregar todo nosso orçamento somente com salário.

Quanto é a folha da Saúde?

Neste mês de março, a folha de pagamento atingiu R$ 55 milhões com servidores da Saúde. Nós acrescentamos a isso os terceirizados que chegam a mais R$ 10 milhões.

Nesse cenário é possível dá reajuste aos servidores?

Nós não temos previsão para reajuste. Este ano, nosso orçamento geral é da ordem de R$ 1 bilhão e 300 mil, e nós já tivemos um aumento de R$ 134 milhões em relação ao do ano passado, que é exclusivamente para o aumento da folha decorrente de ingresso dos servidores do último concurso, que começaram a trabalhar nos anos de 2010 e 2011. É um aumento exclusivamente para pagamento dos salários atuais. Não tem folga para reajuste. A conta é muito fácil. O custo de nossa folha é de R$ 55 milhões, 15% de aumento [reposição da inflação de 2010 e 2011], seria mais R$ 7 milhões e meio, pelo menos, por mês, e não temos essa verba. A obrigação constitucional dos Estados é de destinar 12% para a saúde, aqui destinamos entre 15 e 17%, e gastamos desse percentual 12,7% somente com pessoal.

Como está a regulação no hospital Walfredo Gurgel?

Nós demonstramos que era possível fazer ação no Walfredo Gurgel para esvaziar os corredores do hospital. Durante 20 dias nós estivemos lá com equipe da Secretaria de Saúde agilizando os processos de marcação de exames e transferências de pacientes, e também houve uma regulação ativa na porta do hospital pelo Samu. Nós não pudemos dar continuidade ao trabalho por falta de pessoal e também tivemos dificuldades com os leitos de retaguarda. Houve uma paralisação parcial nos hospitais que recebem pacientes da trauma-ortopedia. O desabastecimento na própria rede também dificultou o fluxo de pacientes. Quando algum dos elos da cadeia se rompe a cadeia deixa de ser eficiente. A grande demanda do Walfredo Gurgel é pelo trauma mesmo. Quando os pacientes da traumato-ortopedia permanecem no Walfredo há retenção de pacientes, que se reflete na superlotação dos corredores. A situação amenizou, mas continuamos com dois grandes gargalos, que precisamos resolver. Um deles é a escassez de leitos para pacientes crônicos, principalmente leitos de UTI. Nós convivemos com uma realidade que é bastante cruel. Nós temos em média no Walfredo Gurgel 25 pacientes com indicação de leitos de UTI, que ficam em leitos improvisados. Essa é uma realidade que nós só poderemos resolver com a abertura de novos leitos de terapia intensiva.

Que outro gargalo o senhor aponta?

É o fluxo de pacientes da traumato-ortopedia. Os pacientes da traumatologia recebem o primeiro tratamento no Walfredo Gurgel e, na maioria das vezes, eles precisam de um tratamento ortopédico complementar que tem sido feito em três hospitais da rede privada e no Hospital Deoclécio Marques. Da nossa parte, o hospital de Parnamirim está hoje com 45 leitos reservados para pacientes de ortopedia e estamos fazendo mais de 200 cirurgias por mês.

Quais são as soluções que a Sesap estuda?

Nós temos a expectativa de melhoria com anúncio da UPA da Cidade da Esperança, que terá plantão de traumatologia, que poderá amenizar os casos que não precisam de internação. Cada dia fica mais patente que a região metropolitana precisa de um hospital de trauma. É o hospital da zona oeste, que a governadora já anunciou. Nós temos estudos para uma unidade com 220 leitos, voltados para o trauma. Esse hospital terá 40 leitos de UTI.

Mas há previsão?

Há um anteprojeto e o governo está procurando formas de financiamento. Como não temos no nosso orçamento a disponibilidade de recursos para investimento, que será em torno de R$ 150 milhões, estamos procurando uma maneira de viabilizar. Uma das formas que tem sido aplicada em vários Estados, com bastante êxito, é a parceria público privada. O governo tem capacidade de endividamento, ou seja, de contrair empréstimo, e poderá ser feito para pagamento em até 35 anos. O hospital seria construído, equipado e teria, durante todo o período de seu funcionamento, manutenção permanente, predial e de equipamentos. Os serviços básicos, de vigilância, limpeza e nutrição, ficam por parte da iniciativa privada, e os serviços médicos por conta do governo. Essa é uma das fórmulas, mas não existe ainda uma definição.

Em relação ao déficit de UTIs, ele seria resolvido somente com a construção desse hospital ou tem alternativa de curto prazo?

Nós podemos criar leitos de UTI na nossa rede. Temos capacidade de aumentar leitos no Rui Pereira. No próprio Walfredo Gurgel podemos transformar alguns espaços que são hoje ocupados por UTIs improvisadas, em UTIs que sejam de verdade. O problema da UTI é que é um serviço muito caro. Os últimos leitos de UTI que foram contratados pelo governo, no ano de 2010, girava em torno de R$ 2 mil a diária. E a secretaria de saúde tem uma dívida com três hospitais privados em Natal com relação a um contrato, que foi fruto de uma ação judicial dos anos de 2009 e 2010, da ordem de R$ 11 milhões.

O contrato entre a Sesap e a JMT para fornecimento de mão de obra ao Samu (condutores, asgs, telefonistas e radiooperadores) encerrou em novembro do ano passado. Como tem se sustentado esse serviço?

Estamos em processo de licitação. Mas como é um serviço que não pode ter descontinuidade, nós estamos pagando via indenizatória e é um pagamento mais burocratizado. Fizemos um cronograma que, mesmo sem a regularidade do pagamento, o serviço não vai ter descontinuidade.

Mas qual é a expectativa em resolver essa questão?

Nós temos que resolver. Estamos com processo de licitação de contratação regular do serviço e temos evitado esses contratos emergenciais, mas na Secretaria de Saúde a gente não pode parar o serviço esperando que assine o contrato. Mesmo sabendo da fragilidade da forma de contrato emergencial nós daremos sequência porque a população não pode ficar sem o serviço.

Em que fase está essa licitação?

Estamos na fase de publicação do edital. Depois que se interessar vai apresentar as propostas e elas serão analisadas. Com relação ao Samu nós temos 13 contratos para a prestação de serviços. São contratos com empresas diferentes. Temos contratos para a comunicação, para a manutenção dos equipamentos, manutenção de veículos, para mão de obra, e isso dificulta muito. No edital estamos estudando contratarmos apenas uma ou duas empresas para simplificar, porque a gente sempre está com algum contrato vencendo e tendo problemas. No Samu nós temos um problema adicional que é a expansão do serviço. O contrato original se modificou porque nós abrimos 15 bases descentralizadas. Houve uma expansão do serviço.

Qual a solução para a saúde?

É entender que a saúde não tem preço. A assistência médica tem preço altíssimo e que nós temos custos fixos. Temos que pagar água, luz, telefone, prestador de serviço. E temos custos que são bastante variáveis. No ano passado, dos R$ 140 milhões de custeio, R$ 20 milhões foi pago para despesas judiciais, que estavam fora do orçamento.

A saúde tem prioridade hoje do governo Rosalba?

Tem uma prioridade porque o governo emprega entre 15% e 17% de seu orçamento com saúde. A prioridade é dentro da escassez de recursos. Se o governo decidir empregar o dobro do que emprega, certamente iria falta recursos para as outras áreas que não deixam de ser prioridade, segurança, educação. A escassez é em todas as áreas. Na saúde talvez apareça mais porque nossas unidades não param para nada. Os hospitais funcionam 24 horas. Temos uma estrutura muito grande é custa muito caro. O hospital Walfredo Gurgel custa hoje R$ 15 milhões, por mês, e somente R$ 10 milhões é gasto somente com salários, e R$ 5 milhões é para a manutenção do hospital, e recebemos como remuneração de todos aqueles serviços que prestamos menos de R$ 1 milhão e meio do maior ente arrecadador, que é o governo federal e temos que com o nosso pobre orçamento completar R$ 3,5 milhões.

Kelly do BBB12 no paparazzo

Paparazzo - Kelly

São Pedro não ajudou, e Kelly teve que posar para o Paparazzo, no Portobello Resort, em Mangaratiba, na Costa Verde do Rio, debaixo de muita chuva. A morena, porém, não perdeu o bom humor: mesmo com frio, topou entrar no rio e no mar, e ainda posou em clima de safari, entre camelos e zebras.




Veja + de Kelly do BBB12 no link abaixo

http://ego.globo.com/paparazzo/ensaio/kelly.html

"Faltam diálogo com os deputados e autonomia ao chefe de Gabinete"

Politica - RN


A governadora Rosalba Ciarlini não tem interlocução com os deputados estaduais. A situação é mais grave porque falta ao chefe de Gabinete, Anselmo de Carvalho, a quem caberia prioritariamente conduzir o diálogo do Governo com os parlamentares, a autonomia necessária para as negociações com os aliados. Essa avaliação é feita pelo líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Getúlio Rêgo. Ele afirma que, em uma conversa com a governadora, alertou para esses problemas. Getúlio Rêgo está na Assembleia Legislativa há quase três décadas. Foi eleito pela primeira vez em 1982 e desde então renova o mandato. Nesse período, em diversas ocasiões, foi líder de bancada. Ao alertar sobre a falta de diálogo e de autonomia dos auxiliares de Rosalba Ciarlini, Getúlio Rêgo faz a ressalva de que isso se deve às dificuldades que a governadora enfrenta desde que tomou posse. Para ele, o discurso de "herança maldita" e "terra arrasada" não se esgotou. Sem recursos para fazer a "barganha legítima", ou seja, atender reivindicações de investimentos dos parlamentares em suas bases, a governadora estaria sem condições de manter uma interlocução com os aliados. Getúlio afirma que há perspectiva de mudança dessa situação, uma vez que as informações sinalizam que o governo começará a ter, em breve, possibilidade de investir. O deputado admite que as dificuldades impedem que se tenha resultados melhores na Saúde e na Segurança, mas afirma que em outras áreas, como na Educação, o governo demonstra avanços, uma vez que conseguiu implementar o piso dos professores. Ele destaca também que, em estados administrados pelo PT, o desempenho é pior.
Aldair DantasDeputado Getúlio Rêgo, líder do governo na Assembleia Legislativa: Não é só na bonança que se deve participar. É necessário ter consciência de que a função pública exige sacrifícios para enfrentar desafios e superar obstáculos.Deputado Getúlio Rêgo, líder do governo na Assembleia Legislativa: Não é só na bonança que se deve participar. É necessário ter consciência de que a função pública exige sacrifícios para enfrentar desafios e superar obstáculos.

O Governo recebeu crítica até de deputados aliados na Assembleia. Como o senhor vê essa reação de deputados da base aliada?

Confesso que o Governo, tendo em vista as imensas dificuldades que a administração enfrenta para resgatar o equilíbrio financeiro do Estado, tem tratado pouco do aspecto político porque está preocupado exclusivamente com a reorganização da máquina administrativa, que estava destroçada. Há um esforço gigantesco para melhorar o desempenho da administração e ampliar a receita própria. Mas a crise mundial afetou a economia brasileira e teve repercussão em todos os Estados. O Rio Grande do Norte não é uma ilha.

Mas alguns deputados têm responsabilizado a atual gestão...

Vejo a crítica dos parlamentares da oposição, na Assembleia, sobre a queda da atividade econômica do Rio Grande do Norte, que estaria abaixo dos 5 pontos percentuais. Mas comparativamente estamos ainda com desempenho bom tendo em vista que, no Rio Grande do Sul, que é um Estado governado pelo Partido dos Trabalhadores, a queda da atividade econômica passou dos 19 pontos percentuais. Toda essa situação repercute no desempenho da administração. Temos setores que têm dificuldades, reconhecemos. Há dificuldades na saúde, na segurança pública. São setores que custam caro e o Estado não tem disponibilidade financeira para investir a fim de que as respostas sejam eficazes conforme é o desejo da governadora e de todos nós. Por outro lado, a educação tem dado saltos. O governo passou agora a cumprir o piso nacional do magistério já no mês de março. Para se ter uma ideia, o Rio Grande do Sul, que é governado por um integrante do PT, que foi ministro e tem como secretária da Educação uma titular que foi presidente de sindicato, não implantou o piso nacional estabelecido por lei federal. Eu até fiz uma crítica ao Congresso neste aspecto: aprova os aumentos de piso salarial para categorias dos servidores públicos [sem apontar fontes de recursos para cobrir os custos]. Isso repercute nos estados e municípios sem uma consulta à capacidade destes entes da federação suportarem o impacto financeiro dos reajustes. Temos, nessas situações, uma quebra do princípio federativo, que fragiliza a autonomia das gestões estaduais e municipais no país todo.

O argumento da herança maldita é um discurso que a essa altura do atual governo está esgotado e não convence mais?

Acho que não. Tenho exemplos práticos de que isso (as conseqüências da "herança maldita") é verdade. Meu filho [Leonardo Rêgo, prefeito de Pau dos Ferros] pegou uma administração destroçada no primeiro mandato, em janeiro de 2005, e passou dois anos atacado pelas medidas que adotou para sanear a administração, reequilibrar as finanças e organizar todos os setores. Apenas depois de tudo isso passou a ter condições de oferecer serviços de qualidade à população. Tenho esse exemplo dentro de minha própria família. Em 2006, houve uma eleição na qual fomos esmagados nas urnas pelo desgaste político que ele acumulou. Mas não desistiu, topou a parada, sofreu dois anos e, depois, começou a dar respostas. Então, a população começou a aplaudir. Foi reeleito em 2008, mudando o estilo tradicional da política do toma-lá-dá-cá. Com o êxito administrativo, acabou consagrado nas urnas, inclusive em 2010, quando tivemos vitórias em todos os níveis: governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Digo isso como exemplo de que é possível enfrentar turbulências e dificuldades.

Mas essa justificativa tem um limite e "prazo de validade"?

Quando se contrai um débito grande, só é possível pagar na medida em que se tem recursos para pagar a conta. O Estado ainda enfrenta dificuldade, tem milhões de reais referentes a débitos a pagar da administração anterior. Só para aquisição de medicamentos de alto custo, o Estado ainda deve da gestão anterior R$ 52 milhões. Isso contribui para que o fornecimento de insumos necessários ao funcionamento dos hospitais da rede estadual fique prejudicado, porque as empresas que ganharam a licitação exigem receber os atrasados para voltar a fornecer normalmente. Mas o Estado não tem dinheiro para pagar o atrasado. Daí o desabastecimento. As firmas terceirizadas que prestam serviços nos hospitais públicos estão na mesma situação. Têm pagamentos a receber. O governo está finalizando o pagamento dos fornecedores do programa do leite ainda da administração anterior. Então, são tarefas que não significam mera retórica. Os problemas são reais. Eu acho que o governo deve melhorar sua comunicação para transmitir dados mais claros à população. Isso precisa melhorar.

Mas até aliados começam a fazer críticas à gestão...

Com relação à convivência com a Assembleia, temos que fazer uma autocrítica. Não está havendo diálogo com os deputados. Isso eu transmiti à governadora em uma conversa que tivemos. É preciso restabelecer o diálogo com os parlamentares, até para que eles acompanhem, no dia-a-dia, a realidade que está sendo encontrada. É preciso lembrar sempre que a tarefa de governar, a gerência, é da governadora. Mas ela precisa da participação de todos nós que somos aliados políticos. Se o governo não for bem sucedido, não seremos... Somos sócios na construção de uma vitória.

Então o governo não tem sido eficiente no relacionamento com os parlamentares?

Tem havido limitações. É uma tradição, por exemplo, a classe política barganhar. Isso, legitimamente, ao pedir benefícios para sua área de atuação política, como melhorias nas escolas, nos postos de saúde, na urbanização das cidades, nos recursos hídricos. Isso é normal. Se tal diálogo não está ocorrendo, eu suponho que a governadora, em função das dificuldades que o Estado ainda enfrenta, deve querer restabelecer essas conversas com mais assiduidade no momento em que houver condições de promover investimentos. Essa perspectiva começa a ser visualizada em um curto espaço de tempo.

Não falta designar alguém para ter essa atribuição de interlocução com os deputados e demais aliados?

Falta, falta. Não tenho nada a esconder, porque estou com 29 anos e três meses de mandato e sempre procuro transmitir a realidade de minha prática parlamentar... Sou membro do governo, mas, essa crítica, faço. Disse à governadora que é preciso o chefe do Gabinete Civil ter mais autonomia para resolver o varejo da ação administrativa. Isso não está acorrendo. Se a governadora está atribulada, com dificuldade financeira a ser superada, tem que haver alguém que seja o interlocutor do Parlamento para não sufocar cada vez mais as atividades dela. Isso deve existir e transmiti para ela pessoalmente essa percepção.

No início do atual governo estava no Gabinete Civil alguém que foi parlamentar e tem todo um trânsito com a classe política do Estado. Hoje, falta a mesma desenvoltura política no Gabinete Civil? O governo se ressente de alguém com esse perfil?

Acho que o Doutor Anselmo [Carvalho, secretário-chefe do Gabinete Civil] é uma pessoa competente e preparada. Agora falta a ele, claro, o traquejo político. Ninguém pode cobrar uma atuação desenvolta, tendo em vista que não é a praia dele. Mas sendo uma pessoa preparada e inteligente, pode assimilar. Para isso, tem que ter autonomia e estabelecer uma convivência mais próxima com a classe política. Neste aspecto, a pessoa que está colaborando muito é o presidente da Assembleia, o deputado Ricardo Motta, que é bastante ameno, muito flexível na convivência, respeita o contraditório, sabe conviver com o contrário. Ricardo Motta é um homem de diálogo e tem ajudado de forma consistente à governadora.

O senhor acha que houve a expectativa de que o ex-deputado Carlos Augusto Rosado tivesse, informalmente, esse papel?

No que se refere a Carlos Augusto, o que posso dizer, pela convivência que tenho - e não é muito próxima, porque minha área de atuação política não é Mossoró, é mais no Alto e Médio Oeste - é que se trata de um colaborador da administração, do Executivo. É um homem que tem uma experiência vitoriosa, exitosa. Carlos Augusto possui uma visão neste campo, no Executivo. A parte política... Eu estou defendendo a tese de que a governadora deve formar um conselho político. A presidente da República tem um conselho político, em um Governo que é de continuidade. Diferente da nossa governadora que sucede um adversário. Confesso inclusive que fiquei perplexo com a falta de responsabilidade do final da gestão anterior, que vendeu receitas do Estado de forma antecipada. Passou inclusive a impressão de querer inviabilizar a administração seguinte. O episódio dos últimos expedientes bancários de 2010 foi desastroso para o Estado.

Na quinta-feira foi anunciada a saída de mais um secretário. Como o senhor tem visto tantos pedidos de exoneração?

Acho que é uma coisa natural. Se, quando a governadora tomou posse, o Estado estivesse em uma situação equilibrada, com capacidade de investimento, essas mudanças não seriam tão frequentes. A tarefa de administrar na escassez de recursos é algo que nem todo mundo topa. Enfrentar turbulência, subir ladeira pedregosa, é para quem tem atitude firme de contribuir com o serviço público. Não é só na bonança que se deve participar. É necessário ter consciência de que a função pública exige sacrifícios para enfrentar desafios e superar obstáculos.

Está faltando essa determinação a aliados e auxiliares?

Eu sou paciente. Tenho uma militância política de décadas. Compreendo as dificuldades pelas quais a governadora está passando e quero ser seu aliado neste contexto. Exerço a liderança do governo e não fiz indicação para nenhum cargo na administração central do Estado. Zero. Mas estou compreendendo que este momento poderá chegar. Para isso sou parceiro da governadora no enfrentamento da missão espinhosa de reorganizar o Estado.

O afastamento do vice-governador dificultou ainda mais?

O afastamento do vice-governador Robinson Faria é uma coisa que nós lamentos. Foi uma perda que todos nós sentimos. Mas ele se afastou por iniciativa própria. Não foi feliz na decisão que tomou. Fez isso à revelia até dos aliados mais próximos. Veja que havia o anúncio de que ele iria para um partido, o PSD, e teria a maior bancada na Assembleia. Terminou ficando com dois [parlamentares]. Desses dois, tem um que está colaborando com a administração estadual do ponto de vista de apoio, que é a deputada Gesane Marinho. Enquanto o deputado José Dias, que é um parlamentar de muita experiência e muito conceito, também tem colaborado, apesar de ter assumido uma posição mais crítica, que nós respeitamos, pela postura que o partido dele adotou. Agora em relação a Robinson Faria, ele era aliado até pouco tempo, e compreendia as dificuldades do governo do qual era parceiro expressivo, com participação no bolo administrativo do Estado. A saída dele foi, portanto, um ato unilateral, que respeitamos e só podemos lamentar.

Apesar de sua base eleitoral ser mais no Alto e Médio Oeste, como tem acompanhado as articulações para definição de como o DEM vai se posicionar nas eleições deste ano em Natal?

Não abrimos este debate no âmbito da Executiva Estadual do partido. As manifestações, por enquanto, são por intermédio da imprensa. É evidente, pelo que estou visualizando, que há no bloco de sustentação do governo - que hoje conta com a presença importante do PMDB através do deputado Henrique Eduardo Alves e até deputados estaduais que não votaram na governadora Rosalba Ciarlini - mais de um pretendente como candidato a prefeito de Natal: o deputado estadual Hermano Morais (PMDB) e o deputado federal Rogério Marinho (PSDB). Rogério Marinho votou, em 2010, integralmente com a nossa aliança. Hermano, que é um companheiro de Assembleia com desempenho bastante satisfatório, é pré-candidato declarado do PMDB. Nesse aspecto, penso que Rogério Marinho leva vantagem, porque ele votou integralmente com nossa aliança, participou de nossa luta nas eleições, enquanto Hermano, na época do processo eleitoral, seguiu a orientação de Henrique Eduardo Alves.

Como o senhor vai se posicionar se for consultado sobre esse assunto?

Se esse assunto for ao debate, vou reconhecer que, como a eleição acontece em dois turnos, é legitimo que os dois sejam candidatos. Acho apenas que nosso partido [o DEM], e esse é um pensamento meu sem conversar nada oficialmente, deverá apoiar, no primeiro turno, Rogério Marinho. Mas isso facilita a convergência no segundo turno. Se for Hermano o candidato no segundo turno, naturalmente vamos desaguar em uma aliança favorável à candidatura dele. Se for Rogério Marinho, esperamos que o PMDB tenha a mesma postura. Isso sem prejuízo da aliança. Temos convivido com as melhores experiência. Recebemos o apoio do ministro Garibaldi e o deputado Henrique. Eles têm ajudado ao governo com muita cordialidade e atenção. Todos os nossos deputados do PMDB na Assembleia também são aliados. Se for possível fazer uma conjugação e uma candidatura já no primeiro turno, melhor ainda. Mas compreendo que nem sempre isso é possível. Veja o caso da oposição, que tem as candidatura de Fernando Mineiro, do PT; de Carlos Eduardo, do PDT; e estão anunciando que Wilma, do PSB, também é candidata. Se a oposição tem três candidatos, porque os partidos que estão na base do governo não podem ter dois?

Mas acha que, se houver mesmo mais de um candidato na base do governo, a governadora deve participar da campanha em Natal já no primeiro turno apoiando um dos nomes?

Aí você vai entender que eu não poderia responder sobre isso. Só ela pode afirmar alguma coisa a esse respeito.