Mostrando postagens com marcador serié a. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador serié a. Mostrar todas as postagens

domingo, 24 de junho de 2012

Grêmio mostra força e faz Flamengo perder a primeira: 2 a 0 no Olímpico

Futebol 2012 - Campeonato Brasileiro Serié A


Foi um choque de realidade a vitória de 2 a 0 do Grêmio sobre o Flamengo, neste domingo, no Olímpico. Para o bem e para o mal. No caso tricolor, para o bem, com a prova de que a eliminação na Copa do Brasil não foi o fim do mundo, com a garantia de que o Campeonato Brasileiro pode ser o melhor analgésico possível para as dores do meio de semana. Já no caso rubro-negro, foi um choque para o mal, com o aviso de que a invencibilidade no nacional apenas eclipsava as falhas da equipe, com o sinal de que as duas vitórias seguidas não eram sinônimo de solução para tantos e tantos problemas apresentados na temporada. Não é exagero: os visitantes correram risco de goleada em Porto Alegre.

Os gols de Marcelo Moreno e Werley reabilitaram o Grêmio, colocando-o provisoriamente na quarta colocação do Brasileiro, com 12 pontos. O Flamengo, em sua última passagem pelo Olímpico, que deixará de ser a casa gremista no final do ano, soma nove.
A torcida gremista, que compareceu em bom número (18.601 presentes) apesar da eliminação na Copa do Brasil (com o empate por 1 a 1 com o Palmeiras), recebeu elogios do atacante Kleber.

O torcedor está de parabéns. É difícil você ver torcida como a do Grêmio. Mesmo depois da derrota (na verdade, da eliminação), compareceu em bom número e fez o papel dela. Nosso time jogou conforme a torcida gostaria - disse. - Eu me movimentei muito, fiz bons lances, mas infelizmente o gol não saiu. Mas a gente precisa pensar na vitória, principalmente jogando em casa.

O goleiro Paulo Victor, que vem levando a melhor com Felipe no duelo pela vaga de titular no Flamengo, teve boa atuação, com quatro defesas difíceis. Ele lamentou não ter evitado a derrota.
- Sei que preciso estar atento a todas as bolas. Tentei o máximo que pude, mas às vezes não é possível. Nosso time correu muito e lutou, mas infelizmente saiu derrotado.
As duas equipes voltam a campo no domingo. Os gaúchos, às 18h30m, recebem o Atlético-MG; e os cariocas, às 16h, pegam o Atlético-GO no Engenhão.

Marcelo Moreno marca contra o Flamengo (Foto: Lucas Uebel / Grêmio, DVG)Marcelo Moreno comemora o seu gol no Olímpico (Foto: Lucas Uebel / Grêmio, DVG)
O mais demorado dos gols
Eram 32 minutos do primeiro tempo quando Marcelo Moreno resolveu fazer aquele que pareceu ser o mais demorado dos gols. Os gremistas bem sabem: aqueles dois ou três segundos em que o atacante se enrolou com Paulo Victor e ficou cercado por três defensores, com o gol de braços abertos à sua frente, duraram a eternidade. O cabeludo deu a impressão de que não tinha a menor pressa para fazer o gol - de que poderia ficar por ali, brincando com a bola, até o limite da paciência. Mas ele fez o gol. Demorado ou não, fez o gol.

E fez um gol justo. No primeiro tempo, o Grêmio teve mais volume (55% contra 45%), buscou mais o ataque (seis finalizações, contra quatro dos cariocas), embora jamais tenha amassado o adversário. A jogada que colocou os tricolores na frente começou com Souza, pela direita. Foi ele quem acionou Kleber. O Gladiador, cercado por Marllon e Airton, tocou a bola entre as pernas do volante. Marcelo Moreno deixou Wellington Silva no chão com um corte. Poderia ter chutado, mas tentou driblar Paulo Victor, que chegou a tocar na bola, mas não ficou com ela. Por fim, cercado por três marcadores, o atacante mandou de canhota.

O Grêmio, apesar de contar com três jogadores de marcação no meio (Fernando, Souza e Léo Gago), conseguiu ser envolvente. Kleber circulou bastante: recuou, caiu pelos lados, atrapalhou a marcação. Um dos volantes, como se eles fizessem um rodízio, sempre chegava com maior força ao ataque. Um pouco por causa disso, a equipe comandada por Luxemburgo beliscou o travessão rubro-negro duas vezes - uma com Marcelo Moreno, após falha de Marllon, outra com Kleber, em chute colocado.
O Flamengo ameaçou mais de longe do que de perto. Renato mandou duas pancadas perigosas em cobranças de falta. Fora isso, restou um chute fraco de Vagner Love, em um raro momento de espaço no meio da zaga gremista.

Vitória garantida
Joel Santana resolveu mexer no time, esperançoso por um empate. Colocou Bottinelli no lugar de Wellington Silva. De fato, logo saiu mais um gol na partida. Mas para o Grêmio, que ampliou em escanteio que foi consequência de chute que já poderia ter resultado em gol. Moreno bateu cruzado, e Paulo Victor, com a ponta da unha, conseguiu desviar pela linha de fundo. Na cobrança de Edílson, Werley desviou na primeira trave. Fuzilou de cabeça: 2 a 0.

O Tricolor tinha a vitória em mãos. O Flamengo precisou se jogar ao ataque. Luiz Antonio, figura mais sóbria do meio-campo rubro-negro, mandou chute forte, e Victor espalmou. Hernane, dentro da área, resolveu mostrar que estava em campo e mandou no cantinho. O goleiro do Grêmio voltou a salvar.

O panorama da partida se manteve. Por mais que a necessidade fosse maior para o Flamengo, era o Grêmio que se mostrava perto do gol. Kleber perdeu um claro. Frente a frente com Paulo Victor, bateu mal na bola. Marcelo Moreno, pela esquerda, também parou no goleiro.
Joel tentou suas últimas cartadas. Colocou primeiro Negueba e depois Mattheus, filho de Bebeto. Mas não adiantou. Era uma tarde de vitória gremista.

sábado, 19 de maio de 2012

Sport e Flamengo empatam na estreia no Brasileirão

Futebol - Campeonato Brasileiro Serié A

Leão sai na frente, joga melhor a maior parte do tempo, mas não segura a vantagem. Após férias forçadas, cariocas jogam mal, mas pontuam

No reencontro com a Primeira Divisão depois de dois anos, o Sport queria mais. Vinte e sete dias após as eliminações na Libertadores e no Carioca, o Flamengo precisava dar uma resposta aos torcedores. Nem lá, nem cá. Neste sábado, os clubes rubro-negros estrearam com um empate por 1 a 1 no Campeonato Brasileiro. Na Ilha do Retiro, no Recife, os gols só saíram no segund tempo: Marquinhos Gabriel abriu o placar para o Leão, e Vagner Love empatou para os cariocas. Os pernambucanos foram melhores na maior parte do jogo, mas não souberam segurar a vantagem e aproveitar a empolgação da torcida. Foram 28.636 presentes, e renda de R$ 606.770.

Apesar de voltar ao Rio com um ponto na bagagem, o time de Joel Santana ficou devendo na estreia. E poderia ter sido pior, se não fosse a ótima atuação do goleiro Paulo Victor, sobretudo na primeira etapa. O tempo livre, sem um joguinho sequer no período de quase um mês, não foi suficiente para corrigir erros cometidos no primeiro semestre. A primeira impressão deixa claro: há muito trabalho a fazer. Apagado em campo, Ronaldinho ficou satisfeito com o resultado:
- Com a entrada do Deivid, tivemos a oportunidade de criar mais chances. Estamos felizes porque foi um empate fora de casa. Temos que ajeitar a forma de jogar e dar moral aos garotos que estão chegando - disse R10 à Rádio Globo.

Autor do gol do Sport e jogador que mais finalizou na partida, Marquinhos Gabriel achou que a equipe recuou depois de abrir vantagem, mas viu com bons olhos o resultado final.
- Foi um jogão, era lá e cá. Nós nos retraímos no segundo tempo, mas valeu pelo empate, por enfrentarmos uma grande equipe - afirmou.

Na segunda rodada, o Flamengo recebe o Inter, sábado, às 18h30m, no Engenhão. No dia seguinte, o Sport visita o Santos na Vila Belmiro, às 16h.

Se não fosse Paulo Victor...

Um ano que teima em não terminar para Sport e Flamengo. É 1987. Seja no Recife, seja no Rio, sempre que os rubro-negros se enfrentam a polêmica dá as caras. Neste sábado, a chance de provocar foi dos torcedores do Leão. Durante o aquecimento da equipe carioca, o locutor do sistema de som da Ilha do Retiro berrou repetidas vezes que o clube pernambucano é o campeão brasileiro daquela temporada, como reconhece a CBF. Na entrada do time em campo, uma das torcidas organizadas exibiu uma faixa com números e letras garrafais: ‘87 é nosso’.

O primeiro tempo foi do Sport. Não chegou a ser uma superioridade gritante, mas os donos da casa fizeram mais pressão, chutaram mais vezes (sete finalizações contra três do adversário), se apresentaram mais dispostos. Foram pelo menos cinco ótimas oportunidades a partir dos 20 minutos. Não fosse Paulo Victor, substituto de Felipe, o placar não teria ficado em branco. O goleiro foi seguro e fez grandes defesas. Parou, em sequência, Marquinhos, Edcarlos e Thiaguinho. Este último num lance que começou com uma cobrança de falta ruim de R10. O atacante armou um contra-ataque para o adversário e não ajudou na marcação.

Vagner Love Flamengo x Sport (Foto: André Chaco / Vipcomm)Vagner Love tenta dominar a bola, vigiado por Edcarlos (Foto: André Chaco / Vipcomm)
 
A proteção dos zagueiros Welinton e Marcos González e do volante Rômulo, quase um terceiro defensor, falhou. Na esquerda, Magal não conseguiu marcar as subidas de Moacir. O Flamengo teve mais posse de bola (52% contra 48%), mas na maioria do tempo não soube o que fazer com ela. Um meio-campo sem criatividade, lento e pouco objetivo travou as jogadas ofensivas. Bottinelli e Kleberson não foram bem. Na frente, Ronaldinho Gaúcho e Vagner Love se movimentaram, mas foram marcados sem dificuldades por Bruno Aguiar e Edcarlos. Love se enroscou tanto com os defensores que chegou a acertar uma cotovelada em Tobi, que sofreu um corte no rosto.

Antes da pressão do Sport, o time de Joel Santana só havia levado perigo aos 14 minutos, numa cobrança de falta de longe de R10 que passou perto do ângulo esquerdo de Magrão. Depois disso, só voltou a assustar no fim da primeira etapa. Após rápida cobrança de falta, Kleberson ficou livre para marcar, mas o goleiro fez bela defesa.

Leão abre vantagem, mas Fla responde

Reencontrar o torcedor na Primeira Divisão depois de dois longos anos fez bem ao Sport. Empurrado por uma Ilha do Retiro empolgada, o Leão foi à caça. Voltou para o segundo tempo pronto para decidir, tomar conta do campo e do jogo. O problema era vencer Paulo Victor. Em grande forma, o goleiro impediu que Marquinhos Gabriel marcasse. Aos nove, a cobrança de falta saiu forte e rasteira, mas PV caiu no cantinho esquerdo para espalmar. Pouco depois, aos 12, não houve chance. Moacir recebeu lançamento pela direita, passou por Magal sem dificuldades e chutou cruzado. A bola bateu em Léo Moura e voltou para o meio da área. Livre, Marquinhos Gabriel acertou o ângulo direito de Paulo Victor. Ilha do Retiro aos pulos: 1 a 0.

Os técnicos mexeram nas equipes. O interino Gustavo Bueno - Vagner Mancini assume nesta segunda-feira -, tirou Thiaguinho e Naldinho para as entradas de Renê e Diogo. Joel, que já havia trocado Rômulo (com câimbras) pelo estreante Amaral no intervalo, lançou Deivid no lugar de Bottinelli. O Sport seguiu na pressão e assustou na bola parada, mas por pouco não sofreu o empate, aos 20. Acionado por Deivid, Vagner Love ficou de frente para Magrão, mas tirou do goleiro e do gol. Chance incrível desperdiçada.

O erro do Artilheiro do Amor marcou o despertar do Flamengo. O time passou a ser mais agressivo, Léo Moura e Magal subiram para apoiar, e Deivid deu mais volume ao ataque. Aos 28, Kleberson encontrou Love entre Edcarlos e Tobi e conseguiu uma assistência precisa. O goleador não jogou a segunda chance fora. Toque na saída de Magrão, empate do Flamengo.

Algumas boas investidas ainda deram esperança aos flamenguistas que foram à Ilha de ver uma vitória na estreia, mas a zaga leonina soube se defender. A última grande chance, no entanto, foi do Sport, aos 44 minutos. Renê recebeu pela esquerda e cruzou na área. A bola passou por todo mundo e caiu nos pés de Moacir. O lateral cruzou, Welinton tentou afastar e bateu de joelho na bola, que tocou no travessão. As férias forçadas acabaram, mas o Deus-nos-acuda do Fla continua. Para o Leão, uma volta com disposição à elite.