quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Walter Alves descarta candidatura a prefeito de Natal

Politica - Natal - RN


Deputado defende candidatura própria do PMDB, mas exclui seu nome da disputa e defende Hermano Morais como alternativa para encabeçar chapa.


 
O deputado estadual Walter Alves defendeu que o PMDB deve apresentar candidatura própria à Prefeitura de Natal em 2012, mas assegurou não ter intenção de disputar a sucessão da prefeita Micarla de Sousa (PV).



“Defendo a candidatura própria do PMDB, mas não sou candidato. Minha meta é fazer um bom trabalho como deputado estadual. Eu acho que o partido tem condições de disputar e vencer a eleição”, declarou.


Para Walter, seu colega deputado estadual Hermano Morais reúne as credenciais necessárias para representar o partido no pleito de 2012 em Natal. “Hermano, sem dúvida, é um bom nome. Ele foi vereador e, agora, é deputado. É um dos melhores quadros do nosso partido e acredito que poderia nos representar bem na eleição”.

 
Mesmo elogiando o nome de Hermano, Walter Alves ponderou que, antes de definir o candidato, o partido precisa construir um projeto viável, capaz de aglutinar outras forças políticas (leia-se partidos) para o palanque do PMDB.


Questionado se essas “outras forças” incluiriam o DEM da governadora Rosalba Ciarlini e do senador José Agripino Maia, Walter saiu pela tangente, dizendo que o partido ainda não estava discutindo a formação de alianças.


Num almoço em Brasília, ontem, líderes do PMDB e do DEM deram a largada para um acordo entre as duas legendas com vistas à eleição de 2012 em Natal. À mesa, os peemedebistas Garibaldi Alves Filho (ministro da Previdência), Henrique Alves (líder do partido na Câmara) e os democratas José Agripino Maia (senador e presidente nacional da legenda) e Carlos Augusto Rosado (marido da governadora Rosalba Ciarlini) acertaram os termos do pacto: cada sigla lançará candidato próprio na capital potiguar e, num eventual segundo turno, haveria uma "convergência" em torno daquele que avançar na disputa.


O almoço confirma as notícias veiculadas pela imprensa nacional sobre a negociação entre as legendas para as eleições em pelo menos três capitais - São Paulo, Salvador e Natal. Embora tenham combinado que a união se dará somente no segundo turno na capital do RN, a estratégia pode ser revista e, assim, os peemedebistas poderiam indicar o vice na chapa encabeçada pelos democratas - possivelmente com a candidatura do deputado federal Felipe Maia.


Walter Alves descartou, ainda, a possibilidade de ser vice de Felipe Maia, como vem sendo cogitado nos meios políticos natalenses. “Nem prefeito nem vice”, declarou, acrescentando que não acredita na tese do PMDB indicar o vice do DEM.


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Posto de saúde não tem material nem para curativos

Saúde - Natal - RN


Ricardo Araújo - Reporte da Tribuna do Norte




"Por falta de material não estamos realizando curativo ou retirada de pontos". O aviso fixado em um dos consultórios da Policlínica Oeste, na Cidade da Esperança, resume a situação na qual se encontra a unidade atualmente. Sem medicamentos, a população se vê sem saída para curar doenças que, em princípio são consideradas simples mas, sem procedimento adequado, podem evoluir para um quadro mais grave. Além disso, manter um tratamento psiquiátrico é quase impossível, pois faltam remédios controlados em quase todas as unidades do Município, incluindo os Centros de Apoio Psicossocial.
 
 
A crise no abastecimento, vai além da Policlínica Oeste. No Pronto-Socorro Infantil Sandra Celeste, na manhã de ontem, a farmácia não dispunha de paracetamol, dipirona nem nistatina. Este último utilizado para tratamento de candidíase oral. Todos os medicamentos listados, foram receitados a Alysson Matheus, de um ano e sete meses. "Meu filho está com inflamação na gargante e com sapinho na língua. Eu levei ele no Sandra Celeste. Ele foi atendido pela pediatra mas os remédios que ela passou não tem nenhum lá", lamentava Jeane Dantas da Silva, mãe da criança. Ela foi à Policlínica Oeste na esperança de que receberia os medicamentos na farmácia da unidade, mas foi surpreendida quando informada da falta dos remédios.

Além de Jeane, somente durante quinze minutos, mais quatro pacientes que foram em busca de medicamentos saíram de mãos vazias. Uma delas foi a dona de casa Maria de Lourdes Lima Silva. Ela e mais três irmãos são dependentes de remédios controlados. "Faz quatro meses que a gente não recebe o diazepan. Faz muito tempo que eu procuro e nunca tem nessa farmácia".


A crise na Policlínica Oeste não se resume, entretanto, somente à falta de medicamentos. Segundo informações de funcionários que pediram sigilo de identidade, faltam produtos para realização de curativos e retirada de pontos. O diretor da unidade, Eleázaro Damião de Carvalho, reconhece o desabastecimento. "Eu procurei o Departamento de Logística e Suporte e disseram que aguarde".


Através da assessoria, a secretária municipal de Saúde, Maria do Perpétuo Socorro Nogueira, esclareceu: "Na verdade, existem alguns itens em falta. Mas não é uma falta generalizada". Segundo a assessoria, os produtos de uso médico-hospitalar foram adquiridos e estão sendo aguardados para distribuição.


Contrato de terceirizados se encerra hoje


Os profissionais da área de saúde (enfermeiros e auxiliares) que foram contratados pelo Instituto de Tecnologia, Capacitação e Integração Social (ITCI) para trabalharem no Centro de Hidratação montado ao lado da Policlínica Oeste, na Cidade da Esperança, terão seus contratos vencidos hoje. Com a suspensão do contrato com o Instituto, a Prefeitura de Natal assumiu a responsabilidade pelos profissionais, seguindo recomendação do Ministério Público.


Ontem, somente uma das enfermeiras que realizavam atendimento no local falou com a equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE. Sem se identificar, ela afirmou que tudo permanece sem esclarecimento. Segundo ela, a Secretaria Municipal de Saúde não tinha enviado nenhum comunicado à equipe médica até o início da tarde de ontem. "Está todo mundo preocupado. Ninguém sabe o que vai acontecer", disse a enfermeira.


Explicações


A Secretaria Municipal de Saúde foi procurada para esclarecer como ficará a situação dos terceirizados, mas a secretária e o responsável pelas finanças da Secretaria, estavam em reunião e não retornaram às tentativas de contato telefônico.


Os médicos que atendem no antigo Centro de Hidratação, são contratados através da Cooperativa do Médicos (Coopmed) num contrato global que a Coopmed tem com a Prefeitura de Natal e não se encaixam na situação dos demais profissionais.


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Revisão cadastral do Bolsa Família prossegue até 31 de outubro

Bolsa Familia - RN


Devem atender a convocação famílias cujos cadastros estejam desatualizados há mais de 2 (dois) anos, sob pena de perder o benefício.


 
Os beneficiários do Bolsa Família, em Natal, que estão com o cadastro desatualizado há 2 anos devem comparecer aos postos de atendimento da Secretaria Municipal de Assistência Social para regularizar a situação. O prazo encerra em 31 de outubro.


A secretaria estima que 27.416 famílias estão nesta situação, e aquelas que não atenderem ao chamado podem perder o benefício por causa da falta de informações.


Para atualizar os dados no cadastro único é necessário comparecer ao prédio do Programa Bolsa Família/Cadastro Único, localizado na Avenida Bernardo Vieira, nº 570 – Quintas (em frente ao Vale do Pará), ou na Rua Pacatuba nº 2052 - Igapó (ao lado do Atacadão).


Os beneficiados deverão apresentar os seguintes documentos para atualizar o cadastro: identidade, CPF, carteira de trabalho e comprovante de residência – todos originais. Das crianças de até seis anos apresentar é necessária a certidão de nascimento original. Para as crianças maiores de seis anos, além da certidão, é preciso ainda apresentar a declaração escolar.

 
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Usuários compram agulhas para abastecer posto do Cidade Satélite

Saúde - Natal - RN


Em busca de atendimento médico para a filha de 14 anos, o comerciário Rubens Dantas foi ao posto de saúde de Cidade Satélite, na manhã desta quinta-feira (11), mas se deparou com situação corriqueira às unidades de saúde municipais: o desabastecimento. Faltava, além de medicamentos, seringas e agulhas para ministrar a medicação prescrita pelo médico de plantão. Os pacientes, então, fizeram uma "vaquinha" e decidiram comprar e doar 55 quites de seringas e agulhas para garantir alguns atendimentos na unidade.



A filha de Rubens foi ao pronto socorro de Cidade Satélite em busca de atendimento em função de uma tosse que perdura há mais de uma semana. Na farmácia da unidade, veio a informação que estava faltando material, apesar dos pedidos feitos à Secretaria de Saúde Municipal (SMS). Ana Lúcia Cavalcanti também contribuiu para a aquisição dos insumos necessários ao atendimento do irmão de 34 anos, que buscou atendimento devido uma infecção intestinal.


No posto de saúde, os pacientes ou acompanhantes relatam que não são raras as vezes que, naquela unidade, servidores compram algum medicamento ou material ambulatorial para garantir algum atendimento aos pacientes que chegam muitas vezes oriundos de outros postos de saúde da rede municipal.


Em reportagem publicada na edição de hoje da TRIBUNA DO NORTE, abordagem semelhante sobre a falta de medicamentos mostra a suspensão de alguns procedimentos na Policlínica Oeste, em Cidade da Esperança, por falta de material.


O diretor do Departamento de Logística e Suporte Imediato aos Serviços de Saúde, Magno Carvalho de Aquino, afirma que a unidades de saúde municipais têm sido abastecidas. "O que pode acontecer é os usuários chegarem às unidades no dia em que o material foi solicitado, sem que nós tivéssemos tempo hábil para o abastecimento", explicou Magno Carvalho.


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Homenagens à memória do líder da Esperança

Politica - RN


A passagem dos 90 anos do nascimento de Aluízio Alves é comemorada, hoje, em três ocasiões distintas, a mais tradicional delas com uma missa em ação de graças na Igreja de Nossa Senhora da Esperança. A celebração, que ocorrerá a partir das 19 horas, é realizada desde a inauguração, nos anos 60, daquele que é considerado o primeiro conjunto residencial da América Latina, fundado na  gestão de Aluízio Alves como governador do Estado (1961/1966).


Mesmo depois da morte de Aluízio Alves, ocorrida em 6 de maio de 2006, a família e os amigos nunca deixaram de comparecer à missa em ação de graças, presidida pelo pároco da Cidade da Esperança, padre Agustín Calatayud Salon.


Por ocasião da cerimônia religiosa, também serão distribuídos aos fiéis, aos amigos e parentes e para a comunidade local, pelo menos 500 exemplares da revista "Revivendo Aluízio Alves - A luta da esperança", que foi idealizada e coordenada pelo empresário Aluízio Alves Filho.


"Resolvemos presentear o povo com essa revista, para que ele fique mais a par da história de Aluízio Alves. Essa história foi acompanhada por suas obras, pelos seus discursos e pelo seu jornal, mas a partir de agora, o povo tem um documento que pode guardar, para sempre, e destaca a trajetória de Aluízio Alves", afirmou ele.


Pela manhã, antes da missa, será feita outra homenagem pelos 90 anos de nascimento de Aluízio Alves, em Angicos, terra natal do falecido ex-deputado federal, ex-ministro e ex-governador do Rio Grande do Norte, com a reinauguração da agência local do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), inclusive com a distribuição de 200 exemplares da revista.


O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, entrega a agência reformada com o nome de Aluízio Alves aos moradores de Angicos. A agência estará equipa para também realizar o atendimento previdenciário aos segurados dos municípios de Lajes, Afonso Bezerra, Caiçara do Rio do Vento, Fernando Pedroza, Pedra Preta, Pedro Avelino e Santana do Matos, todos localizados na região do Sertão/Central do Rio Grande do Norte.


A Agência de Previdência Social (APS) de Angicos é responsável pelo pagamento mensal de 10,7 mil benefícios, injetando na economia do Estado R$ 5,3 milhões. A Previdência Social investiu R$ 1.067.135,09 na modernização da agência, para que o segurado seja atendido com mais rapidez e comodidade.


Para o ministro Garibaldi Filho, o dia 11 de agosto "tem um significado muito especial", mas a homenagem ao tio é importante, porque foi Aluízio Alves, como deputado federal constituinte de 1947, o autor da Lei Orgânica da Previdência Social.


"Ele chamou para si a responsabilidade de criar uma lei específica para o setor", disse o ministro em artigo publicado na TRIBUNA DO NORTE de domingo, dia 7 de agosto.


O ministro destacou também que, na época, Aluízio Alves "percebeu a necessidade de se aperfeiçoar a previdência no Brasil, que era centrada em centenas de dispositivos legais e em grande número de instituições".


A agência de Angicos será a segunda a ser inaugurada por Garibaldo Filho no Rio Grande do Norte. Em 2 de abril ele havia entregue a agência de Touros, no litoral norte do Estado, mas até 2014 o ministro pretende inaugurar mais dez agências do INSS no Rio Grande do Norte.


"Angicos até já tinha sua agência, mas suas condições não eram da melhores, diante da situação, construiu-se no mesmo endereço da agência antiga um prédio novo", informou o ministro da Previdência Social.


Trajetória de liderança e empreendedorismo


O jornalista e ex-ministro Aluízio Alves era o quinto filho do casal Manoel Alves Filho (1894-1986) e a dona-de-casa Maria Fernandes Alves (1891-1975). Ele nasceu em Angicos no dia 11 de agosto de 1921. Aluízio Alves conquistou o primeiro mandato nas eleições de 1945, quando foi eleito para a Assembleia Nacional Constituinte, como o mais jovem deputado, então com 24 anos.

 
 
Após a promulgação da Constituição de 1946, o então deputado federal Aluízio Alves foi designado para ser o relator de 86 projetos que modificavam o sistema da Previdência Social. Diante da tarefa, ele decidiu elaborar uma lei orgânica que pretendia corrigir os erros identificados e aproveitar o que havia de melhor sobre o assunto no mundo.




Em outubro de 1950 Aluízio Alves reelegeu-se deputado federal, sempre na legenda da UDN. Durante essa nova legislatura, estacou-se pelo estudo que realizou sobre o mais grave problema a atingir o Nordeste.


Em janeiro de 1958, tornou-se vice-líder da UDN e da minoria na Câmara dos Deputados. Candidato a mais uma reeleição, Aluízio Alves obteve a maior votação do Estado no pleito de outubro de 1958, conseguindo mais de 23 mil votos.


Na mesma data em que Jânio Quadros elegeu-se presidente, no dia 3 de outubro de 1960, derrotando o marechal Henrique Lott, lançado pelo Partido Social Democrático - PSD e pelo Partido Trabalhista Brasileiro - PTB, Aluízio Alves elegeu-se governador do Rio Grande do Norte, com apoio da coligação formada pelo PSD-PTB, derrotando o advogado Djalma Marinho.


Em janeiro de 1961, renunciou ao mandato de deputado, tomando posse como governador no dia 31 do mesmo mês. A campanha de 1960 foi memorável. Nela, Aluízio Alves iria imprimir um estilo que o acompanharia pela vida afora. Os lenços verdes, os galhos de árvores, os grandes comícios, a voz rouca, a peregrinação pelo interior do Estado, que ficou conhecida como "Cruzada da Esperança" e o principal trunfo de marketing político de Aluízio Alves, a legenda do Cigano Feiticeiro, em uma época em que mal se ouvia falar ainda em marketing político. No governo, modernizou a administração e a infraestrutura do Estado, ao criar novas entidades e empresas, como a Companhia de Serviços Elétricos do Rio Grande do Norte (Cosern), Companhia Telefônica do Rio Grande do Norte (Telern) e Serviço Cooperativo de Educação (Secern).


Em 1966, elegeu-se de novo deputado federal, tento o mandato cassado e suspenso os direitos políticos por dez anos pela ditadura militar.


Já em 1982, quando voltou-se a ter eleição direta para os governos estaduais, o ex-governador e ex-ministro disputou o primeiro cargo majoritário depois de 16 anos, perdendo o pleito para o governo do Estado devido a vinculação do voto, o eleitor só podia votar nos candidatos de um mesmo partido, de deputado estadual a governador.


Na área empresarial, Aluízio Alves fundou o grupo Cabugi de Comunicação, tendo fundado a TRIBUNA DO NORTE em 1950, e em seguida, comprou o controle acionário da atual Rádio Globo Natal. No fim dos anos 80, fundou a emissora de televisão que hoje é a InterTV-Cabugi.


Aluízio Alves ainda enveredou pela iniciativa privada fundando editoras e instalando o grupo têxtil Sperb em São Gonçalo do Amarante, nos anos 70.


Bate-papo


» Aluízio Alves Filho, Idealizador da revista


A ""Revivendo Aluízio Alves - A luta da esperança" circula hoje encartada na TRIBUNA DO NORTE e outros dois jornais diários da cidade. O empresário Aluízio Alves Filho, idealizador e coordenador do projeto, destaca que, a tiragem total foi de 12 mil, uma parte foi direcionada para o "Memorial Aluízio Alves", onde pode ser consultado pelos visitantes, outros 200 vai ser distribuído em Angicos e outros 500 na Cidade da Esperança. A revista de 104 páginas traz uma biografia de Aluizio Alves, um resumo dos 1.825 dias como governador do Rio Grande do Norte, além capítulos sobre o seu ingresso na Academia Norte-Riograndense de Letras (ANL) e uma homenagem do presidente estadual do PMDB e filho, deputado Henrique Eduardo Alves, afora um vasto acervo fotográfico sobre a trajetória do falecido ex-ministro e ex-governador do Estado. Veja a seguir a entrevista concedida por Aluízio Alves Filho sobre a publicação.


O que vem a ser essa revista?


É uma data muito emblemática para todos nós, e sendo papai quem era, ele ainda tem muita história a ser contada e a ser lida. Ao invés de fazer mais um livro sobre ele, resolvi popularizar e produzir um encarte nos principais jornais da cidade para que os leitores e os assinantes tenham em mãos essas revistas. Eu agradeço, porque foi acima da expectativa, aos anunciantes e às empresas que contribuíram neste projeto.


Essa revista encerra os projetos que o senhor pensa para preservar a memória de Aluízio Alves?

 
Não, porque ficou muito material, objeto de conteúdo, muitos depoimentos que não pude colocar. A revista era de 40 páginas e terminou com 104. Então estou pensando em fazer de dois em dois anos uma revista até chegar ao centenário de nascimento em 2021, se Deus quiser e me der saúde para mais dez anos à frente.


Os futuros projetos podem esmiuçar o lado administrativo, político e jornalístico de Aluízio Alves?

 
Vamos reunir a minha equipe, com a ajuda de Luiz Antônio Porpino e Cláudio Emerenciano, e juntar todo o material para ver se fazemos por obras, nos municípios, ou por tese, o que ele revolucionou como o método de ensino Paulo Freire, os hotéis, como empresário...


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Documentário Aluízio Alves - Tribuna do Norte



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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Há 18 anos na fila do SUS

Saúde - SUS - RN


Esse é o tempo que Maria de Lourdes Araújo espera para realizar uma cirurgia vascular no Hospital Onofre Lopes




O caso de Maria de Lourdes Araújo completou a maioridade prevista na Constituição. Há 18 anos ela espera por uma cirurgia que vai corrigir seu problema de flebite - nome dado às acentuadas varizes que tem nas pernas - no Hospital Universitário Onofre Lopes. Exercendo sua condição de cidadã, Denise Araújo Correia, 28 anos, filha de Maria de Lourdes, escreveu uma carta para o Diário de Natal relatando o sofrimento da mãe de 59 anos, que passou por várias tromboses, internações, e vai recorrer à Justiça para poder ter seu direito à saúde garantido após quase duas décadas de espera. O caso de Lourdes é um no universo da enorme fila do hospital, que segundo informações não oficiais, chega a mil pacientes. A diretoria do Onofre diz que existe espera desde 2001, mas não confirma quantas pessoas aguardam pelo procedimento cirúrgico.

"Ela é paciente do Hospital Universitário Onofre Lopes há quase vinte anos, estando na fila para operar suas varizes desde então. Ou seja, há quase duas décadas ela está desassistida do único tratamento necessário para seu caso, que é a cirurgia", escreveu Denise. Em contato com a reportagem, a filha falou um pouco sobre o que sente desde os 10 anos, quando sua mãe entrou na fila de espera pela primeira vez.


A família mora no bairro das Quintas. Denise, que cresceu vendo as humilhações que a mãe passou por precisar do Sistema Único de Saúde (SUS), conseguiu se formar em Letras, e esperava um dia poder pagar a cirurgia. Foi a entrada no curso superior que acendeu nela a vontade de reivindicar seus direitos. De acordo com Denise, Lourdes entrou na fila em 1993 e chegou até a ser avisada da cirurgia. "Eles disseram que ela precisa de dois doadores de sangue. Nós conseguimos, mas ela não foi chamada", lembrou.


Sete anos depois e após muitos problemas de saúde causados pela demora na convocação do procedimento, a paciente resolveu procurar o hospital e saber o que estava acontecendo. A unidade informou que não tinha dados de Lourdes no hospital. SegundoDenise, a mãe voltou para o final da fila. No decorrer destes 11 anos, a única mudança que ocorreu no caso foram as sucessivas tromboses da paciente, internada por diversas vezes no Hospital dos Pescadores e no Walfredo Gurgel.


A flebite, em estágio avançado, pode causar danos e problemas ao sistema cardíaco, por possuir ligação com veias relacionadas ao coração. "Agora ela também sofre de pressão alta e tem tido batimentos cardíacos muito elevados, mesmo estando medicada para o controle disto", relatou Denise.


Até para conseguir entrar na Justiça e cobrar os direitos que lhe assistem, Lourdes tem enfrentado problemas. Ela precisa do prontuário do hospital, que está aguardando há uma semana, e de um laudo médico, que só pode ser feito quando os exames pré-operatórios forem concluídos. Do pré-operatório, Lourdes precisa somente de um exame, o ecodopler de membros inferiores, solicitado de forma urgente através do Ministério Público à Secretaria Municipal de Saúde. A requisição do exame está no órgão desde o último dia 25.


Ao telefonar para saber sobre o ecodopler da mãe, Denise foi informada por uma servidora que Lourdes teria que obedecer a enorme fila como os demais pacientes. "A luta é grande, já tem durado muitos anos, e intensificou-se nos últimos dias, em virtude de um agravamento da flebite e a necessidade do imbróglio judicial. As humilhações sofridas no meio do caminho entristecem. A desumanidade por parte de muitos é grande, chegando a assustar. Só não esmoreci ainda porque trata-se de minha mãe", declarou Denise que vai continuar lutando por um direito básico previsto em Constituição.
 
 
 
Hospital não prevê prazo
 
 
A diretora administrativa do Onofre Lopes, Vilmar de Oliveira Fernandes, explicou que a fila é bem grande para fazer o tipo de cirurgia que Lourdes necessita. Apesar de não ter condições de contabilizar quantas pessoas esperam pelo procedimento, Vilmar afirmou que tem conhecimento de pacientes aguardando desde 2001. "[O Onofre Lopes] é o único que faz essa cirurgia pelo SUS em todo estado e não consegue atender a demanda", justificou. Um médico do hospital, afirmou de maneira não oficial, que eram cerca de mil pacientes na fila da cirurgia.



Vilmar disse que a Defensoria Pública solicitou o prontuário de Lourdes, mas que o documento só pode ser entregue a mesma. Baseada no prontuário, a diretora confirma que existem informações desde 1993 e mostra que existe a solicitação de um exame que não chegou, o ecodopler. "De fato é um exame bem difícil", salientou. O Onofre faz o exame, porém, o gerenciamento destas vagas é do SUS. A direção não disse qual o lugar da paciente na fila, mas no próximo dia 22, em consultapara fazer uma reavaliação devido à defasagem dos dados, Lourdes vai poder saber sua posição. Contudo, ainda não foi apontada uma solução para conseguir realizar a cirurgia antes que complete 20 anos de espera.
 
 
 
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domingo, 7 de agosto de 2011

ABC empata com o Icasa no Frasqueirão e segue fora do G-4

Campeonato Brasileiro - Serie B


O alvinegro vencia quando perdeu um jogador e acabou recuando demais, dando espaço para o visitante insistir até empatar em 1 a 1.


 
Ainda não foi desta vez que o ABC retornou ao G-4 - mas passou perto. O "Mais Querido" ficou no empate com o Icasa no Frasqueirão, 1 a 1 no encerramento da 15ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro



Com os demais jogos da rodada encerrados, o ABC se viu dependendo apenas de si para alcançar o grupo dos quatro primeiros colocados - pelas contas, a vitória punha o Alvinegro na quarta colocação. Por outro lado, o Icasa também dependia apenas de si para fugir da zona de rebaixamento - e buscou "travar" o jogo à base de muitas faltas.

Mas o time da casa abriu o marcador aos 29 minutos - Leandrão tocou a bola a Cascata, que recebeu na área, dominou, avançou e chutou firme, sem chance de defesa para o goleiro Marcelo Pitol. ABC 1 a zero.

 
Minutos depois, mas precisamente aos 34 minutos, o ABC amargou a expulsão de Marcus Vinicius. Com isto, o técnico Leandro Campos teve que pôr em ação um "Plano B", trocando Ederson por Nêgo e tentando fazer o Icasa acompanhar os potiguares - em tese para dar algum alívio à zaga alvinegra.

 
Só que no segundo tempo a história foi diferente. O ABC optou na prática por se fechar, recuando muito, como a querer "segurar" o resultado, dando espaço para o Icasa trabalhar a bola e fazer ataques seguidos à zaga alvinegra. Não deu outra: domínio amplo dos cearenses, enquanto o ABC apenas resistia, e os raros contra-ataques que ensaiava eram neutralizados no meio-campo e não chegavam ao gol defendido por Marcelo Pitol, que ficou de "espectador".



Parecia uma questão de tempo para o visitante empatar - e, de tanto insistir, conseguiu: aos 42 minutos, Ramon chutou de direita e o goleiro Wellington, jogando no sacrifício e sentindo dores no ombro, não teve como defender. Icasa, 1 a 1. Os cearenses seguiram pressionando nos minutos finais e o ABC tentou uma reação desesperada, sem sucesso.


Placar final, 1 a 1 - mau negócio para as duas equipes: o ABC segue fora do G-4, em sexto com 23 pontos. e o Icasa permanece na zona de rebaixamento, em 17º com 17 pontos.


ABC 1 x 1 Icasa

ABC

 
Wellington, Pio, T. Garça, Irineu, Renatinho Potiguar; Bileu, Marcus Vinicius, Makelele, Cascata; Leandrão (Malaquias, Leonardo), Ederson (Nêgo)


Técnico:Leandro Campos


Icasa
M. Pitol, Ramon, Everaldo, Luis Henrique (Sérgio Mota), Osmar (Diogo França); Janilson, Dodó, Marino, Diego Palhinha (Fábio Lima); Preto, Marciano


Técnico: Márcio Bittencourt


Árbitro: Gutemberg Fonseca (RJ)
Local: Maria Lamas Farache (Natal, RN)
Cartão vermelho: Marcus Vinicius (ABC)
Gols: Cascata (ABC); Ramon (ICA)



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