Politica - RN
Por ocasião da cerimônia religiosa, também serão distribuídos aos fiéis, aos amigos e parentes e para a comunidade local, pelo menos 500 exemplares da revista "Revivendo Aluízio Alves - A luta da esperança", que foi idealizada e coordenada pelo empresário Aluízio Alves Filho.
"Resolvemos presentear o povo com essa revista, para que ele fique mais a par da história de Aluízio Alves. Essa história foi acompanhada por suas obras, pelos seus discursos e pelo seu jornal, mas a partir de agora, o povo tem um documento que pode guardar, para sempre, e destaca a trajetória de Aluízio Alves", afirmou ele.
Pela manhã, antes da missa, será feita outra homenagem pelos 90 anos de nascimento de Aluízio Alves, em Angicos, terra natal do falecido ex-deputado federal, ex-ministro e ex-governador do Rio Grande do Norte, com a reinauguração da agência local do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), inclusive com a distribuição de 200 exemplares da revista.
O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, entrega a agência reformada com o nome de Aluízio Alves aos moradores de Angicos. A agência estará equipa para também realizar o atendimento previdenciário aos segurados dos municípios de Lajes, Afonso Bezerra, Caiçara do Rio do Vento, Fernando Pedroza, Pedra Preta, Pedro Avelino e Santana do Matos, todos localizados na região do Sertão/Central do Rio Grande do Norte.
A Agência de Previdência Social (APS) de Angicos é responsável pelo pagamento mensal de 10,7 mil benefícios, injetando na economia do Estado R$ 5,3 milhões. A Previdência Social investiu R$ 1.067.135,09 na modernização da agência, para que o segurado seja atendido com mais rapidez e comodidade.
Para o ministro Garibaldi Filho, o dia 11 de agosto "tem um significado muito especial", mas a homenagem ao tio é importante, porque foi Aluízio Alves, como deputado federal constituinte de 1947, o autor da Lei Orgânica da Previdência Social.
"Ele chamou para si a responsabilidade de criar uma lei específica para o setor", disse o ministro em artigo publicado na TRIBUNA DO NORTE de domingo, dia 7 de agosto.
O ministro destacou também que, na época, Aluízio Alves "percebeu a necessidade de se aperfeiçoar a previdência no Brasil, que era centrada em centenas de dispositivos legais e em grande número de instituições".
A agência de Angicos será a segunda a ser inaugurada por Garibaldo Filho no Rio Grande do Norte. Em 2 de abril ele havia entregue a agência de Touros, no litoral norte do Estado, mas até 2014 o ministro pretende inaugurar mais dez agências do INSS no Rio Grande do Norte.
"Angicos até já tinha sua agência, mas suas condições não eram da melhores, diante da situação, construiu-se no mesmo endereço da agência antiga um prédio novo", informou o ministro da Previdência Social.
Em outubro de 1950 Aluízio Alves reelegeu-se deputado federal, sempre na legenda da UDN. Durante essa nova legislatura, estacou-se pelo estudo que realizou sobre o mais grave problema a atingir o Nordeste.
Em janeiro de 1958, tornou-se vice-líder da UDN e da minoria na Câmara dos Deputados. Candidato a mais uma reeleição, Aluízio Alves obteve a maior votação do Estado no pleito de outubro de 1958, conseguindo mais de 23 mil votos.
Em janeiro de 1961, renunciou ao mandato de deputado, tomando posse como governador no dia 31 do mesmo mês. A campanha de 1960 foi memorável. Nela, Aluízio Alves iria imprimir um estilo que o acompanharia pela vida afora. Os lenços verdes, os galhos de árvores, os grandes comícios, a voz rouca, a peregrinação pelo interior do Estado, que ficou conhecida como "Cruzada da Esperança" e o principal trunfo de marketing político de Aluízio Alves, a legenda do Cigano Feiticeiro, em uma época em que mal se ouvia falar ainda em marketing político. No governo, modernizou a administração e a infraestrutura do Estado, ao criar novas entidades e empresas, como a Companhia de Serviços Elétricos do Rio Grande do Norte (Cosern), Companhia Telefônica do Rio Grande do Norte (Telern) e Serviço Cooperativo de Educação (Secern).
Em 1966, elegeu-se de novo deputado federal, tento o mandato cassado e suspenso os direitos políticos por dez anos pela ditadura militar.
Já em 1982, quando voltou-se a ter eleição direta para os governos estaduais, o ex-governador e ex-ministro disputou o primeiro cargo majoritário depois de 16 anos, perdendo o pleito para o governo do Estado devido a vinculação do voto, o eleitor só podia votar nos candidatos de um mesmo partido, de deputado estadual a governador.
Na área empresarial, Aluízio Alves fundou o grupo Cabugi de Comunicação, tendo fundado a TRIBUNA DO NORTE em 1950, e em seguida, comprou o controle acionário da atual Rádio Globo Natal. No fim dos anos 80, fundou a emissora de televisão que hoje é a InterTV-Cabugi.
Aluízio Alves ainda enveredou pela iniciativa privada fundando editoras e instalando o grupo têxtil Sperb em São Gonçalo do Amarante, nos anos 70.
Bate-papo
A ""Revivendo Aluízio Alves - A luta da esperança" circula hoje encartada na TRIBUNA DO NORTE e outros dois jornais diários da cidade. O empresário Aluízio Alves Filho, idealizador e coordenador do projeto, destaca que, a tiragem total foi de 12 mil, uma parte foi direcionada para o "Memorial Aluízio Alves", onde pode ser consultado pelos visitantes, outros 200 vai ser distribuído em Angicos e outros 500 na Cidade da Esperança. A revista de 104 páginas traz uma biografia de Aluizio Alves, um resumo dos 1.825 dias como governador do Rio Grande do Norte, além capítulos sobre o seu ingresso na Academia Norte-Riograndense de Letras (ANL) e uma homenagem do presidente estadual do PMDB e filho, deputado Henrique Eduardo Alves, afora um vasto acervo fotográfico sobre a trajetória do falecido ex-ministro e ex-governador do Estado. Veja a seguir a entrevista concedida por Aluízio Alves Filho sobre a publicação.
É uma data muito emblemática para todos nós, e sendo papai quem era, ele ainda tem muita história a ser contada e a ser lida. Ao invés de fazer mais um livro sobre ele, resolvi popularizar e produzir um encarte nos principais jornais da cidade para que os leitores e os assinantes tenham em mãos essas revistas. Eu agradeço, porque foi acima da expectativa, aos anunciantes e às empresas que contribuíram neste projeto.
Não, porque ficou muito material, objeto de conteúdo, muitos depoimentos que não pude colocar. A revista era de 40 páginas e terminou com 104. Então estou pensando em fazer de dois em dois anos uma revista até chegar ao centenário de nascimento em 2021, se Deus quiser e me der saúde para mais dez anos à frente.
Vamos reunir a minha equipe, com a ajuda de Luiz Antônio Porpino e Cláudio Emerenciano, e juntar todo o material para ver se fazemos por obras, nos municípios, ou por tese, o que ele revolucionou como o método de ensino Paulo Freire, os hotéis, como empresário...
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A passagem dos 90 anos do nascimento de Aluízio Alves é comemorada, hoje, em três ocasiões distintas, a mais tradicional delas com uma missa em ação de graças na Igreja de Nossa Senhora da Esperança. A celebração, que ocorrerá a partir das 19 horas, é realizada desde a inauguração, nos anos 60, daquele que é considerado o primeiro conjunto residencial da América Latina, fundado na gestão de Aluízio Alves como governador do Estado (1961/1966).
Mesmo depois da morte de Aluízio Alves, ocorrida em 6 de maio de 2006, a família e os amigos nunca deixaram de comparecer à missa em ação de graças, presidida pelo pároco da Cidade da Esperança, padre Agustín Calatayud Salon.
Por ocasião da cerimônia religiosa, também serão distribuídos aos fiéis, aos amigos e parentes e para a comunidade local, pelo menos 500 exemplares da revista "Revivendo Aluízio Alves - A luta da esperança", que foi idealizada e coordenada pelo empresário Aluízio Alves Filho.
"Resolvemos presentear o povo com essa revista, para que ele fique mais a par da história de Aluízio Alves. Essa história foi acompanhada por suas obras, pelos seus discursos e pelo seu jornal, mas a partir de agora, o povo tem um documento que pode guardar, para sempre, e destaca a trajetória de Aluízio Alves", afirmou ele.
Pela manhã, antes da missa, será feita outra homenagem pelos 90 anos de nascimento de Aluízio Alves, em Angicos, terra natal do falecido ex-deputado federal, ex-ministro e ex-governador do Rio Grande do Norte, com a reinauguração da agência local do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), inclusive com a distribuição de 200 exemplares da revista.
O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, entrega a agência reformada com o nome de Aluízio Alves aos moradores de Angicos. A agência estará equipa para também realizar o atendimento previdenciário aos segurados dos municípios de Lajes, Afonso Bezerra, Caiçara do Rio do Vento, Fernando Pedroza, Pedra Preta, Pedro Avelino e Santana do Matos, todos localizados na região do Sertão/Central do Rio Grande do Norte.
A Agência de Previdência Social (APS) de Angicos é responsável pelo pagamento mensal de 10,7 mil benefícios, injetando na economia do Estado R$ 5,3 milhões. A Previdência Social investiu R$ 1.067.135,09 na modernização da agência, para que o segurado seja atendido com mais rapidez e comodidade.
Para o ministro Garibaldi Filho, o dia 11 de agosto "tem um significado muito especial", mas a homenagem ao tio é importante, porque foi Aluízio Alves, como deputado federal constituinte de 1947, o autor da Lei Orgânica da Previdência Social.
"Ele chamou para si a responsabilidade de criar uma lei específica para o setor", disse o ministro em artigo publicado na TRIBUNA DO NORTE de domingo, dia 7 de agosto.
O ministro destacou também que, na época, Aluízio Alves "percebeu a necessidade de se aperfeiçoar a previdência no Brasil, que era centrada em centenas de dispositivos legais e em grande número de instituições".
A agência de Angicos será a segunda a ser inaugurada por Garibaldo Filho no Rio Grande do Norte. Em 2 de abril ele havia entregue a agência de Touros, no litoral norte do Estado, mas até 2014 o ministro pretende inaugurar mais dez agências do INSS no Rio Grande do Norte.
"Angicos até já tinha sua agência, mas suas condições não eram da melhores, diante da situação, construiu-se no mesmo endereço da agência antiga um prédio novo", informou o ministro da Previdência Social.
Trajetória de liderança e empreendedorismo
O jornalista e ex-ministro Aluízio Alves era o quinto filho do casal Manoel Alves Filho (1894-1986) e a dona-de-casa Maria Fernandes Alves (1891-1975). Ele nasceu em Angicos no dia 11 de agosto de 1921. Aluízio Alves conquistou o primeiro mandato nas eleições de 1945, quando foi eleito para a Assembleia Nacional Constituinte, como o mais jovem deputado, então com 24 anos.
Após a promulgação da Constituição de 1946, o então deputado federal Aluízio Alves foi designado para ser o relator de 86 projetos que modificavam o sistema da Previdência Social. Diante da tarefa, ele decidiu elaborar uma lei orgânica que pretendia corrigir os erros identificados e aproveitar o que havia de melhor sobre o assunto no mundo.
Em outubro de 1950 Aluízio Alves reelegeu-se deputado federal, sempre na legenda da UDN. Durante essa nova legislatura, estacou-se pelo estudo que realizou sobre o mais grave problema a atingir o Nordeste.
Em janeiro de 1958, tornou-se vice-líder da UDN e da minoria na Câmara dos Deputados. Candidato a mais uma reeleição, Aluízio Alves obteve a maior votação do Estado no pleito de outubro de 1958, conseguindo mais de 23 mil votos.
Na mesma data em que Jânio Quadros elegeu-se presidente, no dia 3 de outubro de 1960, derrotando o marechal Henrique Lott, lançado pelo Partido Social Democrático - PSD e pelo Partido Trabalhista Brasileiro - PTB, Aluízio Alves elegeu-se governador do Rio Grande do Norte, com apoio da coligação formada pelo PSD-PTB, derrotando o advogado Djalma Marinho.
Em janeiro de 1961, renunciou ao mandato de deputado, tomando posse como governador no dia 31 do mesmo mês. A campanha de 1960 foi memorável. Nela, Aluízio Alves iria imprimir um estilo que o acompanharia pela vida afora. Os lenços verdes, os galhos de árvores, os grandes comícios, a voz rouca, a peregrinação pelo interior do Estado, que ficou conhecida como "Cruzada da Esperança" e o principal trunfo de marketing político de Aluízio Alves, a legenda do Cigano Feiticeiro, em uma época em que mal se ouvia falar ainda em marketing político. No governo, modernizou a administração e a infraestrutura do Estado, ao criar novas entidades e empresas, como a Companhia de Serviços Elétricos do Rio Grande do Norte (Cosern), Companhia Telefônica do Rio Grande do Norte (Telern) e Serviço Cooperativo de Educação (Secern).
Em 1966, elegeu-se de novo deputado federal, tento o mandato cassado e suspenso os direitos políticos por dez anos pela ditadura militar.
Já em 1982, quando voltou-se a ter eleição direta para os governos estaduais, o ex-governador e ex-ministro disputou o primeiro cargo majoritário depois de 16 anos, perdendo o pleito para o governo do Estado devido a vinculação do voto, o eleitor só podia votar nos candidatos de um mesmo partido, de deputado estadual a governador.
Na área empresarial, Aluízio Alves fundou o grupo Cabugi de Comunicação, tendo fundado a TRIBUNA DO NORTE em 1950, e em seguida, comprou o controle acionário da atual Rádio Globo Natal. No fim dos anos 80, fundou a emissora de televisão que hoje é a InterTV-Cabugi.
Aluízio Alves ainda enveredou pela iniciativa privada fundando editoras e instalando o grupo têxtil Sperb em São Gonçalo do Amarante, nos anos 70.
Bate-papo
» Aluízio Alves Filho, Idealizador da revista
A ""Revivendo Aluízio Alves - A luta da esperança" circula hoje encartada na TRIBUNA DO NORTE e outros dois jornais diários da cidade. O empresário Aluízio Alves Filho, idealizador e coordenador do projeto, destaca que, a tiragem total foi de 12 mil, uma parte foi direcionada para o "Memorial Aluízio Alves", onde pode ser consultado pelos visitantes, outros 200 vai ser distribuído em Angicos e outros 500 na Cidade da Esperança. A revista de 104 páginas traz uma biografia de Aluizio Alves, um resumo dos 1.825 dias como governador do Rio Grande do Norte, além capítulos sobre o seu ingresso na Academia Norte-Riograndense de Letras (ANL) e uma homenagem do presidente estadual do PMDB e filho, deputado Henrique Eduardo Alves, afora um vasto acervo fotográfico sobre a trajetória do falecido ex-ministro e ex-governador do Estado. Veja a seguir a entrevista concedida por Aluízio Alves Filho sobre a publicação.
O que vem a ser essa revista?
É uma data muito emblemática para todos nós, e sendo papai quem era, ele ainda tem muita história a ser contada e a ser lida. Ao invés de fazer mais um livro sobre ele, resolvi popularizar e produzir um encarte nos principais jornais da cidade para que os leitores e os assinantes tenham em mãos essas revistas. Eu agradeço, porque foi acima da expectativa, aos anunciantes e às empresas que contribuíram neste projeto.
Essa revista encerra os projetos que o senhor pensa para preservar a memória de Aluízio Alves?
Os futuros projetos podem esmiuçar o lado administrativo, político e jornalístico de Aluízio Alves?
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