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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Cuidados com os baixinhos nos dias quentes

Saúde - Criança - Brasil

Cuidados com os baixinhos


Ainda nem entramos no verão, mas os termômetros já começam a dar sinais do que vem por aí em termos de calor.

No consultório, já começo a receber perguntas das interferências do clima quente nos baixinhos e cuidados que devem receber neste período, que inclusive, já convida para esticadas às praias. Por isso, resolvi destacar aqui partes de um capitulo do meu livro ‘Seu bebê em perguntas e respostas’, com algumas dicas para as mamães e papais. Confira.

Idade e horários para o banho de sol - os bebês podem ficar expostos ao sol a partir dos dois meses, em horários de pouca insolação, ou seja, antes das 10h ou após das 17h. Nos horários mais próximos ao meio-dia ocorre um aumento das irradiações, tanto ultravioleta quanto infravermelha, que são danosos para a pele em geral, principalmente para a dos pequeninos. Em curto prazo, essas irradiações podem provocar lesões, inclusive cancerosas. Sendo assim, aconselho ainda, em regiões mais quentes e especialmente no alto verão, o uso de protetores solares para diminuir os efeitos nocivos dos raios que incidem nestes horários de pico. Dê preferência a produtos fabricados especialmente para a pele do bebê.

Importante lembrar que a exposição precisa ser progressiva. Comece com um ou dois minutos ao sol, primeiro nas pernas e aumentando gradativamente a área exposta e o tempo de permanência, até chegar ao corpo todo e aos quarenta minutos diários. O uso de chapéu também é indicado.

A primeira visita à praia – Respeitando todos os itens citados acima, a criança também está liberada para a praia a partir dos dois meses de idade. Porém, outros cuidados muito importantes são necessários, como evitar o contato da criança com a areia e a água do mar, se poluídos, devido ao risco de contaminação.

A primeira aventura na piscina – Não há uma idade mínima para a entrada da criança na piscina, desde que seja realizado com toda a segurança e supervisão do adulto, em piscina inflável e rasa. Já para o ingresso em piscina pública, os cuidados devem ser redobrados, especialmente ao considerarmos locais com maiores riscos de contaminação. Todos os itens citados anteriormente também devem ser considerados.

Brotoejas de calor – Nós, humanos, possuímos glândulas sudoríparas por toda a extensão do corpo. Ao eliminar água (suor) estas glândulas diminuem a temperatura do corpo, refrescando-nos. Nos bebês, no entanto, os dutos destas glândulas ainda não estão totalmente desenvolvidos, fazendo com que o suor fique retido no interior da glândula e provoque pequena reação inflamatória, caracterizada por círculos avermelhados, e que são popularmente chamados de brotoejas. Apesar de não causar nenhum risco, as brotoejas causam incômodo, e para evitá-las é recomendado deixar as crianças com o mínimo de roupas em dias mais quentes e úmidos, assim como dar mais banhos mornos e aplicar loções hidratantes neutras.

Mães, sigam estas regrinhas básicas, e vocês terão férias e fins de semana com menos sofrimento para os baixinhos e menos preocupações para os pais.

 

Refluxo em Bebês

Saúde - Brasil

Entendendo o refluxo em bebês


Um assunto bastante questionado em meu consultório é sobre o refluxo em bebês, e que é bastante comum nos primeiros meses de vida. Apesar de gerar preocupação nos pais, o refluxo gastroesofágico (RGE) tem, na maioria dos casos, uma evolução satisfatória, sem comprometer o crescimento, o desenvolvimento e o estado de saúde da criança.
O refluxo se dá pela passagem de conteúdo gástrico para o esôfago, sendo um processo fisiológico normal em bebês, crianças e adultos saudáveis.

Os bebês em particular ingerem, ao longo do dia, quantidades consideráveis de leite, líquidos e alimentos, e passam 90% do tempo deitados, sendo normal a presença de quadros de refluxo.
Em apenas 2% dos casos é necessária arealização de uma investigação. Dentro destes 2% é possível encontrar crianças portadoras da doença do refluxo gastroesofágico, causada por anormalidade anatômica ou funcional da cárdia (uma válvula que se localiza no limite do esôfago com o estômago).
Nesta doença, o bebê apresenta sinais específicos, como vômitos e regurgitações que prosseguem após os seis meses de vida, falha no ganho de peso e resultados negativos às dietas, além de sintomas respiratórios como a asma.

A asma, na doença do refluxo gastroesofágico, se caracteriza por crises fortes de falta de ar podendo haver presença de restos alimentares ou mesmo do suco gástrico nas vias respiratórias. Quadros de apneia, broncoespasmo (chiado no peito) ou pneumonias de repetição necessitam de uma atenção maior, sendo imprescindível a realização de uma pesquisa investigativa para diagnosticar a doença.
As manifestações clínicas da doença do refluxo também são diferentes em cada faixa etária pediátrica. Veja abaixo:

Bebês – 50 a 70% dos bebês têm refluxo e usualmente ele não é causado por doença. O pico de incidência acontece ao redor dos quatro meses de idade e melhora a partir de seis meses, tendendo a desaparecer em torno de um ano. Somente uma pequena minoria desenvolve irritabilidade, recusa alimentar, vômitos sanguinolentos, falta de ganho de peso e anemia.
Pré-escolares – crianças pré-escolares costumam apresentar regurgitação intermitente, podendo raramente apresentar também chiado no peito.

Escolares e adolescentes – estes pacientes apresentam sinais e sintomas semelhantes aos dos adultos, como queimação retroesternal (região do coração), e/ou regurgitações.
Para evitar o refluxo em um bebê é importante alimentá-lo com alimentos mais densos, em pequenas quantidades e com maior frequência. É importante também deixá-lo em posição mais vertical o maior tempo possível, além de elevar a cabeceira de seu berço.
Como tratamento, já existem leites enriquecidos com espessantes - feitos principalmente de amidos -, medicamentos que ajudam a acelerar o esvaziamento gástrico e diminuir o refluxo, além dos protetores de mucosa. Entretanto, não devemos esquecer que tanto o leite como estes medicamentos devem ser prescritos e ter o acompanhamento de um pediatra ou gastroenterologista pediátrico.