sábado, 22 de outubro de 2011

Uso de celular não aumenta risco de câncer, diz estudo feito por 18 anos

Saúde - Brasil


Pesquisa acompanhou mais de 350 mil pessoas na Dinamarca.
Casos de câncer entre eles ficaram na média geral.


O uso a longo prazo de telefones celulares não aumenta o risco de câncer no cérebro, afirma um vasto estudo realizado durante 18 anos na Dinamarca, cujos resultados saem nesta sexta-feira (21) no site do British Medical Journal.

No final de maio passado, o Centro Internacional de Investigação do Câncer (CIRC), uma agência da Organização Mundial de Saúde, afirmou que o uso de celulares "talvez fosse cancerígeno para o homem", após analisar todos os estudos sobre o tema, incluindo alguns que apontavam maior risco de câncer cerebral.


Mas o estudo dinamarquês, realizado com 358.403 clientes de uma operadora de telefonia móvel, descarta qualquer relação entre câncer e o uso de celular.
A equipe dirigida por Patrizia Frei, da Sociedade Dinamarquesa do Câncer, prorrogou até 2007 uma investigação que seria concluída em 2002 e que não apontava qualquer aumento no risco de câncer para usuários de celular.

Entre as 358.403 pessoas analisadas, ocorreram 10.729 casos de tumores no sistema nervoso central (5.111 homens e 5.618 mulheres), o que equivale à média geral.
O estudo não incluiu os usuários que utilizam o celular de forma profissional, e também não estabeleceu média de tempo de uso do celular.

Assim, os cientistas não descartam um aumento do risco entre os usuários mais assíduos em um período superior a 15 anos, algo que poderá ser objeto de estudos posteriores.
Em 2010, havia mais de 5 bilhões de usuários de celulares no mundo e as autoridades de saúde já recomendam o uso de fones de ouvido para reduzir a exposição.

Fátima diz que Robinson foi tratado de forma truculenta

Politica - RN


A deputada emitiu nota para comentar saída do vice-governador do Governo e convocou-o para se juntar ao PT.

A deputada Fátima Bezerra (PT) emitiu uma nota, neste sábado (22), em que não se diz surpresa diante do Rompimento de Robinson com Rosalba. Na opinião dela ninguém se surpreendeu com a atitude do líder político que foi perseguido e tratado de forma truculenta no Governo do DEM.

Fátima Bezerra reitera dizendo que a decisão do então vice-govenador teve um papel decisivo para a eleição de Rosalba Ciralini e do senador José Agripino. E que a entrevista do senador, publicada no último dia 9, na Tribuna do Norte, foi um convite ao rompimento.

A deputada mostra ainda seu apoio a Robinson. “Esperamos que o PSD passe a integrar a base que da sustentação ao nosso governo e se incorpore ao grande projeto que está transformando o Brasil. É essa a expectativa do PT nacional e da presidenta Dilma Rousseff”, pontuou.

Confira na íntegra a nota:

Nem eu nem qualquer pessoa que acompanha a política do Rio Grande do Norte pode se dizer surpreso com o rompimento anunciado entre o vice-governador Robinson Faria e a governadora Rosalba Ciarlini.

Um líder político aliado não pode ser tratado da forma como Robinson Faria foi pelo Governo do DEM. Houve um verdadeiro processo de perseguição. Trataram de maneira deselegante, humilhante, truculenta um aliado político que ontem teve um papel decisivo para a eleição de Rosalba Ciralini como a do próprio senador José Agripino.


Eu estava em Londres em missão oficial quando, acompanhando os acontecimentos políticos do Rio Grande do Norte, li estarrecida a entrevista do senador José Agripino publicada dia 9 na Tribuna do Norte. A entrevista ensaiava um verdadeiro convite ao rompimento. Ali, o senador assumia que todo o combate ao vice-governador era uma política combinada com o governo e não apenas do presidente nacional do DEM. Mais ainda, proibia a aliança do DEM com o PSD de Robinson Faria - uma ruptura, ainda que unilateral.


José Agripino e Rosalba Ciarlini descontaram no vice-governador o constrangimento que o DEM passa a nível nacional. Com a construção do PSD, o DEM sofreu um esvaziamento ainda maior que o que já vinha experimentando a cada eleição desde a derrota do consórcio demo-tucano em 2002. Hoje é um partido em franca decadência e para o qual o governo do estado do Rio Grande do Norte significa a última fonte de alimentação.


A nível federal, já expressei essa posição ao deputado federal Fábio Faria: esperamos que o PSD passe a integrar a base que da sustentação ao nosso governo e se incorpore ao grande projeto que está transformando o Brasil. É essa a expectativa do PT nacional e da presidenta Dilma Rousseff.


Já no plano regional, o lugar de Robinson Faria e de seu grupo deve ser na oposição. Torço para que o PSD se junte ao incansável deputado estadual petista Fernando Mineiro e aos demais parlamentares que formam a bancada oposicionista na Assembleia Legislativa na tarefa de fiscalizar o Governo DEM. Um governo ruim, autoritário, centralizador, conservador e que não cumpre os acordos celebrados com os servidores e assinados pela própria governadora. Um governo que chega ao primeiro ano de forma frustrante. Que sobrevive à base de chavões. Que não tem uma ideia nova. Que não apresenta um projeto novo.


Enfim, novos desafios, novas lutas estão postos. O tempo é de fortalecer a oposição firme ao Governo do atraso.


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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Robinson convoca entrevista para anunciar rompimento

Politica - RN


O vice-governador Robinson Faria (PSD) vai anunciar em instantes seu rompimento com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM). O ex-presidente da Assembleia Legislativa estava em crise com a gestão desde que problemas políticos estremeceram a parceria entre ele e a Chefe do Executivo. Através do Twitter, o deputado federal Fábio Faria (PSD) confirmou o rompimento político do grupo liderado por Robinson com o Governo.

A demora para o retorno do vice-governador ao cargo de secretário estadual de Recursos Hídricos agravou a crise política no governo. Nomeado para a secretaria no início da atual adminitração, Robinson se licenciou para assumir o cargo de governador, enquanto Rosalba estava missão oficial nos Estados Unidos. Ela voltou, reassumiu o mandato de governadora, mas até agora não assinou a nomeação para Robinson voltar ao cargo de secretário. Isso seria o estopim para o rompimento.

A relação política entre a governadora e vice ficou estremecida depois que quatro deputado estaduais - entre os quais o presidente da Assembleia, Ricardo Motta -, desistiram de ingressar no PSD. O governo teria estimulado essas desistências. Mais recentemente, em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o senador José Agripino, presidente nacional do DEM, partido de Rosalba, acusou Robinson de tentar tutelar o governo e avisou que iria proibir alianças com o PSD nas eleições de 2012. Nesta semana, Robinson disse que a divergência na base aliada de Rosalba não é um assunto encerrado.

Antes de anunciar oficialmente o rompimento, o vice-governador conversou com os deputados aliados. Antes da confirmação pública do rompimento por parte de Robinson, há a informação de que o secretário-chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, já entregou carta de demissão à governadora.


Mais informações em instantes.

 

Cei dos Contratos interroga ex-presidente da Funcarte

Politica - Natal - RN


A Cei dos Contratos interrogou hoje pela manhã (21) o ex-presidente da Fundação Capitania das Artes, César Revoredo, acerca de contratos realizados na instituição no ano de 2009. O foco das perguntas realizadas pelos vereadores Júlia Arruda (PSB), Júlio Protásio (PSB), Sargento Regina (PDT) e Adenúbio Melo (PSB) foi a forma de pagamento a artistas durante os festejos juninos e o carnaval.
Revoredo explicou que, durante a sua gestão, o pagamento de salários atrasados a funcionários terceirizados foi realizado através de uma conta em nome de um motorista da Funcarte porque não havia outra forma de realizar o pagamento. "Estava emperrado e era o único jeito de fazer. Pode não ter sido a forma mais correta, mas não houve desvios. Só foi pago o que era devido", explicou. A contratação de empresas e associações como intermediadores do pagamento a artistas foi outro ponto levantado.


 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Cassio Cunha lima - Senador de Fato

Politica - Brasil


O combalido PSDB ganha mais uma cadeira no Senado. Perde o governista PMDB.
Eleito em 2010 com mais de um milhão de votos na Paraíba, o tucano Cassio Cunha Lima conseguiu a cadeira que o voto lhe deu no Senado, mas que a Lei da Ficha Limpa estava impedindo de assumir.
Nesta quarta-feira (19), o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o ex-governador paraibano seja empossado.

Relator do caso, o ministro Joaquim Barbosa rejeitou os três agravos interpostos pela coligação liderada pelo PMDB e solicitou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seja comunicado imediatamente da decisão. Seu voto foi seguido por todos os outros ministros.
CCL foi considerado ‘ficha suja’ porque teve seu mandato de governador cassado, em 2008, por abuso de poder econômico e político.

Após receber a comunicação, o TSE deve entrar em contato com TRE da Paraíba para que agende a diplomação.
O peemedebista Wilson Santiago, que ocupa a vaga de Cássio, foi comunicado da decisão do STF quando estava no gabinete do ministro-bonitón Fernando Haddad (Educação).
Vai interferir na composição da mesa diretora da Casa, já que Wilson é o segundo vice-presidente.


Vacina contra a dengue é testada em Natal e outras quatro capitais brasileiras

Saúde - Natal - RN


Na tal e mais quatro capitais brasileiras - Campo Grande, Fortaleza, Goiânia e Vitória - estão participando dos testes em seres humanos de uma vacina contra a dengue. Os dados serão analisados em conjunto com os de outros países latino-americanos e asiáticos, onde a dengue também é uma epidemia. Em testes anteriores, o medicamento tem se mostrado seguro para a saúde.




Hoje o único método de prevenir a transmissão do vírus é agir sobre o Aedes aegypti, mosquito transmissor, seja com inseticidas - fumacê - ou com a eliminação dos criadouros - água parada.

Os voluntários escolhidos para a pesquisa têm entre 9 e 16 anos e são acompanhados de perto por uma equipe médica enquanto fizerem o tratamento. Dois terços dos pacientes recebem a vacina candidata e os demais tomam doses de placebo - uma substância que não tem efeito no corpo.

A vacina é composta por três doses, que devem ser dadas com intervalos de seis meses. Todos os pacientes serão observados durante o período, e qualquer caso de febre deve ser relatado aos médicos pesquisadores. O objetivo é saber quais crianças e adolescentes vão ter dengue ou não.

Para que ela seja considerada eficiente, o número - relativo - de casos de dengue entre os pacientes que tomaram a vacina precisa ser no máximo 30% do número de casos entre os que receberam doses de placebo.

"Essa premissa de 70% de eficácia foi compartilhada com alguns órgãos reguladores como, por exemplo, a Organização Mundial de Saúde", diz o médico Pedro Garbes, diretor regional de desenvolvimento clínico na América Latina do Sanofi Pasteur, laboratório responsável pela produção da vacina.

Os voluntários precisam morar em áreas expostas ao risco de transmissão de dengue; caso contrário, é natural que nenhum deles desenvolva a doença e a pesquisa não tenha validade.

"Eu gosto de dar como exemplo uma coisa meio absurda. Você está testando uma vacina para HIV e escolhe vacinar cem freiras num convento. Dois anos depois, você volta, faz os exames e fala que a vacina funcionou muito bem. Você escolheu a população errada e se esqueceu de perguntar se elas tinham risco de adquirir a infecção", justifica Reynaldo Dietze, professor da Universidade Federal do Espírito Santo e coordenador da pesquisa no Brasil.

Como funciona

Toda vacina é feita com material do próprio agente causador da doença - um vírus, no caso da dengue -, em forma atenuada ou morta, que serve para preparar o sistema imunológico. Após tomar a imunização, o corpo será capaz de reconhecer o vírus e terá anticorpos para combatê-lo.

A dengue tem quatro tipos de vírus diferentes que provocam os mesmos sintomas. Uma vacina tem que ser capaz de preparar o sistema imunológico para todos eles. Nessa pesquisa, os cientistas trabalharam separadamente com cada um dos tipos. É como se eles tivessem feito quatro vacinas diferentes e as misturado em uma só.

No passado, vacinas que usavam o próprio vírus da dengue provocaram uma reação muito forte nos pacientes e não foram consideradas seguras. Por isso, os cientistas recorreram à engenharia genética para colocar o material genético dos vírus da dengue em outro organismo.

"Recortou-se parte do seu genoma e se colocou essa parte do genoma deles em outro vírus: o vírus vacinal da febre amarela", conta Pedro Garbes. Segundo o médico, a vacina da febre amarela já existe há 70 anos e é considerada bastante segura.

Caso a vacina seja aprovada, o laboratório pretende colocá-la no mercado em 2014.

Pesquisa nacional

Esse não é o único grupo de pesquisadores empenhado em elaborar uma vacina para a dengue. O Instituto Butantan, vinculado ao governo do estado de São Paulo, e a Fundação Oswaldo Cruz, do governo federal também têm projetos nesse sentido.

Alexander Precioso, diretor de testes clínicos do Instituto Butantan, coordena uma equipe que trabalha com esse objetivo, em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA. A primeira fase de testes começa ainda esse ano.

Para ele, não é um problema grave se alguém chegar a uma fórmula antes e não se trata de uma corrida com um único ganhador. "Todas as iniciativas são muito bem-vindas, a princípio", diz Precioso.

"A demanda é mundial", lembra o especialista. "Ninguém terá a capacidade de produzir todas as doses necessárias", acrescenta.

Precioso afirma ainda que é importante para o Brasil ter uma vacina produzida por uma instituição local e com financiamento público.

"Nós acreditamos que ela terá o resultado esperado e mais adequado para o nosso país", diz. "É claro que por ser uma produção nacional, nós temos a expectativa de que ela tenha o custo inferior".

Fonte: G1

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Funcionários de cinco hospitais de Natal cruzam os braços

Saúde - RN


Os funcionários da empresa Safe, contratada pelo Governo do Estado, de forma terceirizada, para atuar nos cinco hospitais da rede estadual em Natal - Maria Alice Fernandes, Santa Catarina, Walfredo Gurgel, Giselda Trigueiro, João Machado - e no Hemonorte estão em greve desde o início da manhã. A paralisação acontece, por tempo indeterminado, até que os salários de setembro dos trabalhadores sejam pago. Nas seis unidades, a Safe mantém 829 contratados.

O pessoal da Safe atua nas áreas de nutrição, higienização e lavanderia. No Hospital Maria Alice, o setor mais crítico é o da nutrição, que está funcionando com seis pessoas a menos. Em dias normais, a nutrição funciona com quatro servidores estaduais - sendo dois nutricionistas e dois técnicos de nutrição, e mais 10 técnicos de nutrição contratados pela Safe. Hoje, apenas quatro contratados da Safe estavam trabalhando - 40% do total.




Isso levou o hospital a suspender 12 cirurgias eletivas marcadas para o dia de hoje e a reduzir o horário de expediente do setor administrativo. Até que a greve termine o setor fica funcionando, em horário corrido, das 7h às 13h. Nos hospitais Walfredo Gurgel, Giselda Trigueiro e Santa Catarina, a paralisação também atinge 70% dos empregados da Safe, mas o número de servidores estaduais nessas unidades é maior, o que ameniza o desfalque de pessoal e permite dar cobertura aos setores.

A Safe reclama atraso nos repasses de julho, agosto e setembro. Além disso, a empresa não recebeu repasses referentes a novembro e dezembro de 2010. Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o secretário de Saúde Pública, Domício Arruda explicou que o atraso no pagamento à Safe deve-se à demora na finalização do processo de renovação contratual. "Na verdade houve um atraso no pagamento, porque a renovação não foi concluída. Está pendente na Controladoria Geral do Estado", afirmou Arruda.

O contrato com a Safe é o primeiro a ser renovado depois da Operação Hígia - uma das investigações de maior repercussão no Rio Grande do Norte. A hígia investiga um esquema fraudulento que, de acordo com a Polícia Federal, desviava R$ 2,4 milhões por mês da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), por meio de contratos de prestação de serviços superfaturados.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio, Conservação e Limpeza Urbana do RN - Sindlim/RN, Fernando Lucena, a entidade tem audiência agendada para hoje às 17h no Minsitério Público do Trabalho. Representantes da empresa foram convocados a participar. "Esperamos a presença do titular da Sesap [secretário estadual de Saúde Pública, Domício Arruda] e da Procuradoria Geral do Estado, para que o Estado se pronuncie sobre esses atrasos e resolve tudo de uma vez", afirmou. Segundo ele, nas unidades hospitalares do interior do Estado a situação é ainda pior. "Em alguns hospitais, os empregados terceirizados estão há três meses sem receber salários". No interior, a Sesap tem contrato com a JNT Service, que mantém 633 empregados nas unidades hospitalares.

Lentidão no transporte de lixo provoca acúmulo de resíduos nas ruas de Natal

Urbana - Natal - RN


A grande quantidade de lixo acumulado nas calçadas das casas do bairro Neópolis, zona Sul da capital, é um exemplo que evidencia a existência de problemas na coleta domiciliar realizada nas ruas da localidade. No entanto, o problema não é pontual no bairro. Limitações impostas pela Justiça e falta de condições estruturais para o transporte ágil do lixo para o aterro sanitário fazem com que o acúmulo de resíduos sólidos nas ruas de Natal estejam, momentaneamente, sem solução.
Com capacidade para abrigar 800 toneladas de lixo, a estação de transbordo de Cidade Nova não pode receber quantidade superior ao pré-estabelecido, sob pena de multa diária à Urbana e até ao presidente da autarquia. Em Natal, a quantidade de lixo produzida diariamente é de 700 toneladas, enquanto Parnamirim, que também utiliza a estação de transbordo de Natal, produz aproximadamente 190 toneladas. Desse modo, para que o limite da estação não seja superado diariamente, é necessário que ocorra o transporte constante do lixo do local para o aterro sanitário, o que vem sendo difícil de se conseguir.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio, Conservação e Limpeza Pública do estado (Sindlimp), Fernando Lucena, não há carretas suficientes para fazer o transporte. O sindicalista, atualmente vereador de Natal, explica que é comum os caminhões fazerem a pesagem e o depósito do lixo diretamente no aterro sanitário, em Ceará-Mirim, e isso seria a causa para o atraso e irregularidade na coleta de lixo em Natal.


"Não se pode ultrapassar o limite do transbordo, e não pode recusar receber o lixo de Parnamirim. Por isso, muitos caminhões vão direto para o aterro, que é longe, e quando ele (caminhão) deveria passar três vezes, passa uma, quando muito, duas vezes nas ruas", explicou Lucena.

O vereador também argumenta que o horário de funcionamento do aterro é insuficiente para receber os caminhões, que muitas vezes passam a noite carregados esperando que o aterro seja reaberto. Além disso, o sindicalista também avalia que faltam carretas para o transporte do lixo.
"A quantidade de carretas para retirar o lixo do transbordo é insuficiente e por isso que os caminhões precisam ir direto para o aterro", concluiu o sindicalista, atribuindo a suposta baixa circulação de carretas a atrasos no pagamento da Urbana à empresa responsável pela coleta.

O presidente da Urbana, João Bastos, confirma que há atrasos no pagamento às empresas terceirizadas que realizam a coleta do lixo. Porém, ele acredita que o problema não está relacionado à quantidade de carretas que fazem o transporte do lixo da estação de transbordo para o aterro. Segundo o presidente, o problema no acúmulo de lixo na estação de transbordo está relacionado à estrutura do local, que só permite o carregamento de duas carretas de lixo simultaneamente. "

Fomos no fim de semana à estação de transbordo e vamos fazer algumas intervenções de obras que vão melhorar a agilidade na saída das carretas. Vamos possibilitar que quatro carretas sejam carregadas ao mesmo tempo", garantiu o presidente da Urbana, que também afasta a possibilidade de extrapolar o limite de 800 toneladas por dia na estação de transbordo. "Vamos respeitar a Justiça e isso já é também uma decisão administrativa", disse, atribuindo o acúmulo de lixo em alguns bairros de Natal à suspensão da coleta durante o feriado de 12 de outubro. 

CEI dos Contratos

Politica - Natal - RN


CEI dos Contratos visita imóveis da Secretaria Municipal de Saúde no Planalto


Em mais uma tarde de visita aos imóveis alugados pela Prefeitura de Natal, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) dos Contratos inspecionou, nesta segunda-feira (17), dois imóveis locados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Os prédios, que são localizados no bairro Planalto e deveriam abrigar unidades de saúde, se encontravam fechados e em estado de abandono.

O primeiro imóvel visitado, localizado na Rua Santo Onofre, foi alugado pela Prefeitura em outubro de 2009, por R$ 1.500. O local chegou a passar por uma ampliação no intuito de se converter em um posto de saúde, mas as obras não chegaram a ser concluídas. De acordo com o proprietário, José Fortunato de Medeiros, a Prefeitura vem atrasando o aluguel há mais de um ano.


“A casa foi alugada em regime de urgência. A Prefeitura iniciou as obras em dezembro de 2009, mas o serviço foi interrompido logo depois e agora o imóvel encontra-se inacabado e sem utilidade”, informa o dono do prédio. Segundo ele, o município tenta agora cancelar o contrato. “Acabaram com a minha casa e agora querem devolver”, conta José Fortunato.
O segundo prédio visitado pela CEI, localizado a poucos metros do primeiro, na Avenida Miramangue, também deveria sediar uma unidade de saúde, no entanto, permanece fechado, funcionando apenas como ponto de distribuição de leite. O aluguel, no valor de R$ 1.108, está atrasado há um ano e dois meses, conforme explicitado pelo proprietário, João Maria da Silva Câmara.
Na avaliação da presidente da CEI, vereadora Júlia Arruda, o estado dos prédios vistoriados no Planalto é lamentável. De acordo com ela, a situação evidencia o descaso da Prefeitura de Natal tanto no que diz respeito ao zelo para com os recursos públicos, quanto ao cuidado médico dispensado à população do local, que atualmente está completamente desassistida.
“Mais uma vez nos deparamos com a total precariedade dos imóveis locados pela Prefeitura. Primeiro testemunhamos o desperdício do dinheiro público em uma obra que nunca ficou pronta e depois nos deparamos com um prédio que deveria ser um posto de saúde, mas que não funciona como tal, prejudicando toda a comunidade”, disse a vereadora.
A CEI dos Contratos retoma suas atividades na próxima sexta-feira (21) quando deve ouvir o depoimento dos representantes das secretarias cujos contratos são alvo de investigação.


Demolição do Machadinho será concluída em 30 dias

Copa 2014


O processo de demolição do ginásio Machadinho, que teve início na manhã desta terça-feira (18), será concluído em 30 dias. É o que garante o Governo do Estado. Com máquinas dos tipos rompedoras, tesouras, pulverizadoras e britadoras, a demolição mecânica da estrutura de concreto está em curso.
Segundo o Executivo, somente após o período de demolição do ginásio será iniciado o processo de derrubada do Machadão. Essa nova etapa deverá ser concluída em quatro meses, segundo explicou o diretor-presidente da Arena das Dunas Concessões e Eventos, Charles Maia.

"Esse trabalho corresponde à segunda etapa da obra, que já está com 60% da terraplanagem realizada e 7% do total da obra de construção da Arena das Dunas", destacou Maia.

A governadora Rosalba Ciarlini acompanhou o início da demolição, juntamente com auxiliares. A chefe do executivo estadual elogiou o empenho de todos para a construção da Arena das Dunas e destacou o avanço nas obras.

"A construção do estádio está seguindo de acordo com o que estava previsto no cronograma estabelecido pelo Comitê Organizador Local e pela FIFA", disse Rosalba. "Agora vamos aguardar a realização da Copa, que será um grande evento para Natal e para o Rio Grande do Norte", finalizou.

Ao todo, as demolições do Machadinho e do Machadão resultarão em um volume de 14 mil m³ de concreto. Todo esse material será reutilizado na própria obra, tanto na fundação da nova estrutura, como nas estradas de acesso ao complexo.

"A reutilização dos materiais é um dos benefícios da demolição do tipo mecânica, pois permite que as estruturas sejam separadas e aplicadas conforme sejam retiradas", avaliou o titular da Secopa RN, Demétrio Torres.

Com informações da Assecom.

domingo, 16 de outubro de 2011

'Estremecimento entre Agripino e Robinson não pode prosperar'

Politica - RN


Anna Ruth Dantas - repórter


As articulações do PMDB para o pleito de 2012 e 2014 ganham nitidez e saem do campo da especulação, para confirmações. O presidente estadual do PMDB, o deputado federal Henrique Eduardo Alves, confirma que o deputado estadual Hermano Morais será o candidato próprio do partido à Prefeitura do Natal. O presidente da legenda confirma que houve uma tentativa de composição com o ex-prefeito Carlos Eduardo, passando pelo ingresso dele ao PMDB. No entanto, com a negativa do ex-prefeito que decidiu ficar no PDT, manteve-se o projeto de candidatura própria peemedebista levando o nome de Hermano Morais, que terá a pré-candidatura lançada oficialmente dia 18 de novembro. Na articulação para 2012, o partido busca agora o apoio do DEM, da governadora Rosalba Ciarlini. Para o deputado federal Henrique Eduardo Alves é natural negociar o apoio, já que os peemedebistas apoiam "integralmente" o governo do DEM. Embora ponderado, Henrique Alves critica a gestão Micarla de Sousa e afirma que um dos pontos críticos é a situação financeira do Executivo da capital.

Se para o pleito 2012 o PMDB já se mostra definido, para 2014 o partido está em vias de acertos. Mesmo reiteradamente afirmando que 2014 só começará a ser discutido no segundo semestre de 2013, o deputado federal Henrique Eduardo Alves admite que assumir no Senado, após 11 mandatos na Câmara, seria uma "consagração". Ele chega a afirmar que tem recebido manifestações de muitos prefeitos declarando apoio à sua candidatura ao Senado. "Avançando em respeito à sua pergunta insistente (da repórter): quem não gostaria de, depois de 11 mandatos, poder aspirar e chegar à Casa maior do Congresso Nacional? Mas isso vou deixar para outro momento. Não quero nessa hora me deixar enfeitiçar por esse projeto, que para mim seria uma consagração chegar ao Senado depois de tantos anos", comenta. Se é cauteloso ao falar sobre a disputa por uma vaga de senador, o deputado federal Henrique Eduardo Alves vai direto ao assunto quando fala da reeleição da governadora Rosalba, o que ele considera "natural". Sobre as articulações políticas, o pleito 2012 e as alianças para as próximas eleições, o deputado federal Henrique Eduardo Alves concedeu a seguinte entrevista à TRIBUNA DO NORTE:

Como estão as articulações para concretizar o projeto do PMDB presidir a Câmara dos Deputados?

Esse é um assunto, claro, que ainda está longe de acontecer, ainda falta um ano e meio, mas eu considero assunto resolvido. Porque há um documento firmado que vem desde a eleição de Arlindo Chinaglia (PT), o PMDB era a maior bancada e fez acordo com o segundo maior partido da época, que era o PT, de nos dividirmos e ajudarmos até a formulação política na Casa. Naquele tempo, abrimos mão para Arlindo Chinaglia presidir e depois foi a vez Michel Temer (PMDB). Agora (eleição de 2010) o PT fez a maior bancada, o PMDB fez a segunda, fizemos apenas oito deputados a menos que o PT, então os dois maiores partidos de novo acharam por bem repetir a fórmula. O PT optou pelo primeiro biênio o que nós concordamos democraticamente e ficou o segundo biênio para o PMDB. Isso foi formalizado em documento. Mas isso não basta. Quem quer que vá presidir aquela Casa e fazer o que ela merece que seja feito tem que pensar em consenso, construir uma sólida maioria para ser o interlocutor de verdade da Casa. Precisa continuar o trabalho de reconstrução da imagem da Câmara, continuar os trabalhos legislativos, acho que quem aspirar presidir aquela Casa tem que ter a visão de contar com o apoio de todos os partidos ou da grande maioria deles.

O senhor teme quebra de compromisso do PT nesse acordo?

De jeito nenhum. O PT pode ter outros defeitos, mas quando assume compromisso, quando formaliza os seus compromissos e todos seus líderes têm reafirmado isso. Já ouvi isso (a confirmação do compromisso) do deputado Marco Maia (presidente da Câmara dos Deputados), do ministro Gilberto Carvalho, ouvi da presidente Dilma em conversas informais. Volto a dizer, isso é um primeiro passo. Se o candidato do PMDB escolhido for o nosso nome eu vou buscar consenso na Casa, com os partidos de oposição, partidos pequenos, médios, acho que a Casa precisa mais do que nunca ter um interlocutor de toda ela para que possa se expor e dizer como quer, o que quer para a sociedade brasileira.

O senhor foi vítima nas últimas semanas do chamado "fogo amigo", que surgiu dentro do seu próprio partido com críticas à sua atuação de líder.

Em um partido com 80 deputados, você não pode estar agradando a todos permanentemente. Tem indicações, reivindicações de cada um, os interesses legítimos de cada parlamentar de ocupar espaços, reclamações junto ao próprio governo, emendas pedidas para serem liberadas. Isso foi se somando e em certo momento se verificou, acho que a crítica procede, é construtiva e nós temos que nos reunir mais, conversar mais e buscar com mais clareza e definição os espaços da bancada. Acho que foi um momento importante, eu reconsiderei algumas atitudes, parti para outras atitudes junto à bancada, acho que foi momento construtivo. Hoje temos uma bancada novamente unida, totalmente refeita na sua unidade. Os pleitos foram encaminhados, outros resolvidos, mas pelo menos a bancada voltou a ter essa capacidade de divergir, discutir internamente, mas na hora decisiva se unir. Hoje a bancada está completamente unida graças a colaboração de todos os parlamentares e a essa crítica construtiva que eu pude receber da bancada.

Chegaremos a mais uma eleição sem reforma política. Todos os políticos defendem a reforma, mas não há avanço no sentido de concretizá-la. O que acontece?

Difícil porque cada parlamentar tem uma reforma na cabeça e é inevitável que ele procure construir nessa reforma o que é bom para sua reeleição, o que é bom para seu partido, é da natureza humana. Estamos defendendo que ela (a reforma) não pode ser radical, tem que passar por uma transição. Você não pode mudar as regras do jogo para uma eleição que se avizinha, 2012 ou 2014, de forma radical porque vai ferir interesses de partidos, atingirá horizontes legítimos de partidos. Temos que caminhar num processo gradual. O relator Henrique Fontana, deputado seríssimo, teve que fazer um discurso interno na sua bancada (do PT) e fechou questão no voto em lista e no financiamento público exclusivo de campanha. Isso não representa hoje nem 30% do que quer na Câmara os deputados. Ele (o deputado Henrique Fontana) tendo apresentado um relatório assim radicalizou e complicou. A reforma hoje está na estaca zero, vamos tentar um grande esforço. Já há uma proposta nascendo do vice-presidente Michel Temer de que já que não há um consenso, não se consegue maioria sólida que aprove reforma com mudanças constitucionais, duradouras, faça um plebiscito para que o povo possa opinar. Isso aconteceria através de questionário que iria junto com a eleição de 2014, já que 2012 está muio em cima e até lá nada mudará.

Então a reforma também não virá em 2014?

Esse é uma idéia que está surgindo. Ninguém consegue chegar a uma maioria sólida. Se você reúne seis pessoas numa sala, no caso das reuniões dos principais líderes de partidos, entre nós não se consegue chegar a uma fórmula de consenso. A coisa é muito difícil conseguir, já houve no Governo Lula, agora no Governo Dilma. Surge a ideia de fazermos um plebiscito em 2014, onde as pessoas responderiam um questionário para sua execução em 2018. Com esse horizonte pode ser que avance, mas essa é uma fórmula que só será implantada depois de verificar que nada é possível, nada se conseguiu em termos de maioria. Essa (a fórmula do plebiscito) é também uma advertência, um caminho gradual, transitório para realizar a reforma. Há também uma outra ideia que seria uma constituinte exclusiva eleita em 2014 com os parlamentares e depois escolheria os 20% mais votados que durante 2015 trataria de fazer constituinte para reforma eleitoral. Começam a surgir ideias um pouco que mostram descrença de solução imediata, mas para um médio e futuro prazo.

É hora de unir para o desenvolvimento'

Qual das possibilidades conta com sua simpatia? Voto distrital ou lista fechada para cargos proporcionais?


Há uma outra ainda, que seria um sistema misto. Você faria 50% pelo voto em lista, que pode avançar no processo partidário, com financiamento público e os outros 50% os mais votados. Essa fórmula pode compatibilizar os dois grupos. Vamos tentar o último esforço.

É fato que o senhor se reuniu, recentemente, com o ministro Garibaldi Filho, o deputado Agnelo Alves e o ex-prefeito Carlos Eduardo, discutindo o pleito de 2012. Há possibilidade de o PMDB se compor em torno do nome do ex-prefeito Carlos Eduardo?

Foi tentado por razões naturais com o ex-prefeito Carlos Eduardo, pelas alegações, não digo nem familiares, mas do começo da vida pública dele conosco. Seria natural um reencontro partidário. Fizemos um apelo com a simpatia do seu pai, o deputado Agnelo Alves, para que ele pudesse voltar a suas origens e ser o candidato do nosso partido, já que o PMDB há 20 anos não disputa uma eleição em Natal e agora irá fazê-lo. Essa é uma decisão nacional (de candidatura própria) e considero justa e razoável que o partido possa se apresentar com um candidato para discutir os problemas de Natal, apresentar uma proposta para cidade, o eleitor saber o que pensa o PMDB sobre as questões de saúde, educação, segurança,enfim de vários projetos que hoje preocupam a população de Natal. É preciso um crescimento ordenado e eficiente. Mas o ex-prefeito (Carlos Eduardo) disse que iria permanecer no PDT. Então ficou claro que ele será candidato pelo PDT. Nós vamos ter o candidato do PMDB que é o deputado Hermano Morais. Ele foi quatro vezes vereador, teve uma eleição consagradora de deputado estadual. O PT terá seu candidato natural que é o deputado Fernando Mineiro. O PSB terá uma candidatura que respeitamos também que é a da ex-governadora Wilma de Faria. O deputado Rogério Marinho com a sua qualificação é um bom candidato a prefeito pelo PSDB. Então cada partido irá se apresentar com seu candidato próprio, o que acho correto. E no segundo turno aquele que chegar lá irá partir para composições de maior afinidade e coerência. Esse quadro está definido e portanto teremos candidato própria com o deputado Hermano Morais.

É ponto pacífico no PMDB a candidatura própria do deputado Hermano Morais?

É. Inclusive estamos preparando um ato para o dia 18 de novembro. Será um grande encontro estadual do PMDB para mostrar esse novo PMDB pós filiações, onde trouxemos 12 prefeitos novos, mais de 70 vereadores vieram para somar. Vamos mostrar ao Estado a força revigorada do PMDB, definir um discurso competente, unificado, municipalista. E nesta hora iremos fazer o lançamento da pré-candidatura de Hermano Morais a prefeito de Natal.

O PMDB hoje é da base de apoio à governadora Rosalba, que tem vários candidatos a prefeito de Natal. Há risco dessa base se esfacelar a partir da disputa pela Prefeitura do Natal?

Veja bem, como é natural a candidatura a prefeito de Natal. O deputado Rogério Marinho aplaudo sua postura só tem um deputado estadual e vai disputar legitimamente a Prefeitura de Natal. O PT tem um deputado, que é Mineiro, e vai disputar a Prefeitura de Natal. O PDT só tem um deputado estadual e já tem seu candidato a prefeito de Natal, que é o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves. O PMDB com a maior bancada da Assembleia, com cinco deputados estaduais, como vai explicar que na capital, em Natal, não tenha uma candidatura própria? Essa é mais uma razão para mostrar coerência desse pleito do PMDB. Agora em relação à governadora Rosalba e ao DEM vamos disputar e buscar uma unidade em torno da candidatura do deputado Hermano Morias. Estamos participando agora unidos da sua base parlamentar (da governadora) e pode ser aspiração do nosso partido (o apoio do DEM a Hermano Morais). Há alguns interessariam um PMDB dividido, mas ao PMDB não interessa a divisão de Henrique e Garibaldi. Isso existiu lamentavelmente na campanha eleitoral que passou, mas não pode mais e nem existirá. Precisamos estar unidos porque a unidade faz parte de qualquer preliminar de força de um partido. O ideal é estarmos juntos e agora estamos no grupo da governadora Rosalba Ciarlini. O partido está ajudando a fazer o que se espera de melhor do Governo do Rio Grande do Norte.

Então o PMDB vai em busca do apoio do DEM para a candidatura de Hermano Morais?

Vamos em busca do DEM, mas respeitando a candidatura do deputado federal Rogério Marinho. Acho natural buscarmos esse espaço e será muito importante a propaganda eleitoral na televisão. O que o partido quer é o direito de, após 20 anos, governar a cidade de Natal. Pelo bom momento que vive o PMDB temos muito a oferecer a Natal, nessa aliança compartilhada com a presidenta Dilma. A campanha será muito objetiva, nada de agredir. Queremos mostrar o que pensamos e planejamos para Natal no tocante à educação, saúde, segurança, qualificação de mão de obra, obras estruturantes da cidade de Natal.

Qual a avaliação que o senhor faz da administração Micarla de Sousa?

Uma administração de muitas dificuldades. Ela tem boa vontade, muito esforço, vontade de acertar, mas não está conseguindo ainda resolver problemas crônicos. Tomou decisões no passado que comprometeram o orçamento do presente e do futuro. Quase não arrancaram autorização para obras de mobilidade da Copa do Mundo. A prefeita não conseguiu ainda formalizar projeto que mostre a essência, união e capacitação da Prefeitura para se organizar com compromissos presentes e futuros. Esse é o grande nó da administração. Torço pela cidade de Natal, quero minha cidade limpa, ordeira, crescendo, produzindo.

Como o senhor avalia a declaração do senador José Agripino de que o DEM não fará coligação com o PSD?

Essa é uma questão importante e é precisa ser esclarecida. O PSD fez a terceira maior bancada na Câmara, portanto, um partido que passou a ser importante na conjuntura nacional, mas se fez muito tirando deputados do DEM. Dezessete deputados federais saíram do DEM e foram para o PSD. Quase metade da bancada do DEM saiu para o PSD. Isso criou na base nacional um confronto e um conflito muito grave, aí externado pelo presidente nacional do seu partido, o senador José Agripino. Mas acho que isso tinha uma validade maior até o registro ou não do PSD. O DEM tentou evitar de todas as formas o registro do partido no TSE. Mas a partir da hora que se registrou, por uma larga margem de votos, acho que é encarar outra realidade. É um fato real, o PSD existe. Se em nível nacional houve essas discordâncias graves, reconheço, não é produtivo trazer essa disputa para o nosso Estado. Aqui ninguém pode desconhecer a força política do vice-governador Robinson Faria, do deputado Fábio Faria que tem posição muito respeitada na Câmara dos Deputados. É um partido importante e portanto acho que assim tem que ser considerado. Vamos deixar a questão nacional para Brasília, onde esse conflito possa se estabelecer. Não podemos trazer para aqui (o conflito). Aqui (no Rio Grande do Norte) precisamos fazer uma base de apoio sólida para ajudar a governadora Rosalba a enfrentar e vencer tantos desafios que ela tem à sua frente. O Estado vive hoje momentos decisivos na sua economia. O Brasil hoje vive um momento importante, não é mais o país que não tinha o que distribuir, hoje temos uma economia sólida. Mas para distribuir entre parceiros da federação há uma disputa grande. Para isso temos que mostrar unidade séria, comprometida, transparente, verdadeira para buscar as parcerias que são fundamentais para o Estado e os municípios. Temos desafios enormes de novo porto para o Estado. Os portos de Pecém (Ceará) e Suape (Pernambuco) sufocam a economia do nosso Estado. A BR-304 precisa ser duplicada. Precisamos consolidar as Zonas de Processamento de Exportação (ZPE) de Macaíba e Assu. Temos que qualificar mão de obra para essa juventude toda que está aí. Isso é uma tarefa de todos nós. Temos a eólica abrindo as portas para crescimento e economia. Temos Aeroporto de São Gonçalo. São desafios enormes e temos que estar unidos. Não podemos ficar nessa hora pensando em eleição que passou, em partido que se dividiu, agora é hora de unir, é o desenvolvimento, o Estado está nos convocando para isso. Gostaria de ver o vice-governador (Robinson Faria), o senador José Agripino, adeputada Sandra Rosado que é líder do PSB, estamos num momento rico para o Rio Grande do Norte e precisamos fazer muito pelo nosso Estado. É um apelo que faço para todos somar. A base precisa se unir. O PMDB está pronto para cumprir a sua tarefa.

Mas é nítido o racha entre José Agripino Maia e Robinson Faria. Isso não lhe preocupa?

Ninguém pode negar que há um estremecimento. Não dá para fingir que não está ouvindo, não está vendo, não está lendo. Mas acho que isso não pode prosperar. Respeito muito o senador José Agripino, é liderança nacional importantíssima, mas sei também reconhecer o vice-governador Robinson Faria que foi presidente da Assembleia por oito anos. O apoio dele foi importante para vitória de Rosalba, de José Agripino, de Garibaldi (para o Senado). Esse momento que eles construíram não pode ser perdido por uma questão que a nível nacional se coloca. Essa hora tem que haver unidade. Quando vim compor com o PMDB nessa base não foi para encontrar dividida. Abrimos a porta e entramos, não gostaria de ver outro saindo. Temos que ficar nessa mesma moradia que é a base do governo Rosalba para ajudar, para essa casa crescer, ampliar espaços. Há muita reivindicação, muita carência que precisamos tentar resolver. E o primeiro passo para isso é a nossa unidade. É buscar o PT da deputada Fátima Bezerra, que é o maior partido do Brasil no Governo Dilma, é buscar os partidos que possam ajudar na instância federal. Essa é a hora do Rio Grande do Norte.

O senhor concorda com o senador José Agripino quando acusa Robinson Faria de tentar "tutelar" o Estado?

Não acredito. Não conheço de perto porque não participava no dia a dia dessa base (a adesão do PMDB ocorreu há poucas semanas). Até então não convivia na base parlamentar da governadora. Não posso opinar sobre isso. Farei o que for possível para harmonizar essa base. Não vou me meter, me oferecer, mas se convocado minha opinião é para somar, eliminar divergência. Esta é a hora do Rio Grande do Norte. O vice-governador sabe do seu papel, da sua força política e sabe que ninguém consegue emparedar um governo que se inicia com a marca da legitimidade, da ética,da postura clara, transparente da governadora Rosalba.

Embora ainda irá acontecer a eleição de 2012, já se fala na eleição de 2014. Inclusive o vice-governador Robinson já expressou o desejo de disputar o Senado. Como o senhor visualiza a candidatura de Robinson?

Se me fosse permitido fazer uma crítica construtiva ao vice-governador Robinson eu faria essa... Entendo o interesse (de Robinson Faria) ao Senado da República, é legítimo, mas nessa hora é um desserviço. Se começarmos a pensar na eleição de 2014 daqui a pouco ninguém se une mais porque chega numa sala e começa a pensar que ele poderá ser adversário daqui a três anos e cada um vai para o seu canto, ficando blindado numa defesa estéril e inconsequente e quem perde com isso é o Estado do Rio Grande do Norte que está nos convocando ao seu crescimento, desenvolvimento. A economia precisa se desenvolver para distribuir sua riqueza e oferecer qualidade de vida. Se lançar ou ser lançado candidato ao Senado agora é um desserviço.

Mas o senador José Agripino Maia, na semana passada, declarou que simpatizava com a candidatura do senhor (deputado federal Henrique Eduardo Alves) ao Senado.

Eu agradeço ao senador José Agripino que fez generosamente o lançamento de uma candidatura nossa ao Senado da República. Mas acho que nessa hora pediria evitar o tema porque ele (o assunto Senado) não nos une, divide. Eu quero com responsabilidade tratar de assunto que nos une, agregue, faça somar. O que venha divergir, conflitar vamos deixar para hora própria. Agora no máximo e legitimamente é pensar nas eleições municipais e o foco do PMDB são as eleições municipais, é pensar no município que é o primo pobre da nação e precisa ter suas reivindicações atendidas no novo pacto federativo do Brasil. Esse é o foco do PMDB. 2014 só no segundo semestre de 2013. Falar nisso agora é um desserviço a um projeto maior do desenvolvimento do Rio Grande do Norte.

Mas todo político tem projeto para o futuro. Qual o seu projeto para 2014?

Não quero me sentir atraído por isso, caso contrário vou cometer esse erro (de antecipar a discussão de 2014). Agora mesmo a governadora Rosalba e o vice-governador solicitaram que a barragem de Oiticica, de Jucurutu, que é obra do Dnocs, possa ser transferida para o Estado executar. Se eu começar a pensar que posso ser senador, afinal já me elegi 11 vezes como deputado federal, acho legítimo sair para o Senado, aí eu penso que o vice-governador (Robinson Faria) pode querer também. Aí, por que eu vou ajudar o Dnocs a dar essa obra para Secretaria de Recursos Hídricos, que é do vice-governador Robinson? Se começar a pensar nisso eu não faço, deixo de fazer, vou errar, vou se inconsequente. Não quero pensar nisso (na disputa de 2014). Esse projeto eu vou desenhar a partir da eleição municipal, depois da nova geografia política eleitoral, o tamanho do PMDB. Agora vamos ajudar o desenvolvimento do Rio Grande do Norte. O Dnocs vai transferir a obra da barragem de Oitica ao Governo e a Secretaria de Recursos Hídricos. Nessa hora temos que pensar assim e não misturar com coisas que atrapalham o desenvolvimento do Rio Grande do Norte.

José Agripino cita o nome do senhor como possível candidato ao Senado. O senhor tem desejo, após 11 mandatos de deputado federal, chegar ao Senado Federal?

Inclusive não apenas o senador José Agripino, mas onde chego há manifestação carinhosa, muito generosa. O DEM, seus prefeitos, seus deputados, até me surpreendendo, estão se manifestando espontaneamente. Outros partidos também. Isso é muito honroso para mim nessa hora ter a antecipação dessa boa vontade, desse crédito. Avançando em respeito a sua pergunta insistente: quem não gostaria de depois de 11 mandatos poder aspirar e chegar a Casa maior do Congresso Nacional? Mas isso vou deixar para outro momento. Não quero nessa hora me deixar enfeitiçar por esse projeto, que seria uma consagração. Mas não quero pensar nisso agora. Todos nós precisamos nos unirm para projetar o Rio Grande do Norte. Precisamos buscar parcerias com o Governo Federal, construir o projeto do desenvolvimento do Estado. Vamos deixar 2014 que pode nos dividir, nos separar, para o final de 2013.

O senhor já visualiza o palanque DEM-PMDB no pleito estadual?

O Senado tem opções, vários partidos podem pleitear. Mas é natural, com o processo da reeleição, a governadora Rosalba, fazendo um bom governo que espero que fará, seu processo de recondução. Se estamos nessa base integralmente, ajudando seu governo, ajudando a acertar, a fazer acontecer, é natural seu processo de reeleição. Esse seria indiscutível já que estamos ajudando o governo. Não teria sentido ajudar agora e depois em 2014 ir para outro caminho. A reeleição da governadora é natural. Mas qualquer outro processo de candidatura passará a época por uma reunião de aliados, composição visando o que for mais justo.