terça-feira, 18 de outubro de 2011

Funcionários de cinco hospitais de Natal cruzam os braços

Saúde - RN


Os funcionários da empresa Safe, contratada pelo Governo do Estado, de forma terceirizada, para atuar nos cinco hospitais da rede estadual em Natal - Maria Alice Fernandes, Santa Catarina, Walfredo Gurgel, Giselda Trigueiro, João Machado - e no Hemonorte estão em greve desde o início da manhã. A paralisação acontece, por tempo indeterminado, até que os salários de setembro dos trabalhadores sejam pago. Nas seis unidades, a Safe mantém 829 contratados.

O pessoal da Safe atua nas áreas de nutrição, higienização e lavanderia. No Hospital Maria Alice, o setor mais crítico é o da nutrição, que está funcionando com seis pessoas a menos. Em dias normais, a nutrição funciona com quatro servidores estaduais - sendo dois nutricionistas e dois técnicos de nutrição, e mais 10 técnicos de nutrição contratados pela Safe. Hoje, apenas quatro contratados da Safe estavam trabalhando - 40% do total.




Isso levou o hospital a suspender 12 cirurgias eletivas marcadas para o dia de hoje e a reduzir o horário de expediente do setor administrativo. Até que a greve termine o setor fica funcionando, em horário corrido, das 7h às 13h. Nos hospitais Walfredo Gurgel, Giselda Trigueiro e Santa Catarina, a paralisação também atinge 70% dos empregados da Safe, mas o número de servidores estaduais nessas unidades é maior, o que ameniza o desfalque de pessoal e permite dar cobertura aos setores.

A Safe reclama atraso nos repasses de julho, agosto e setembro. Além disso, a empresa não recebeu repasses referentes a novembro e dezembro de 2010. Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o secretário de Saúde Pública, Domício Arruda explicou que o atraso no pagamento à Safe deve-se à demora na finalização do processo de renovação contratual. "Na verdade houve um atraso no pagamento, porque a renovação não foi concluída. Está pendente na Controladoria Geral do Estado", afirmou Arruda.

O contrato com a Safe é o primeiro a ser renovado depois da Operação Hígia - uma das investigações de maior repercussão no Rio Grande do Norte. A hígia investiga um esquema fraudulento que, de acordo com a Polícia Federal, desviava R$ 2,4 milhões por mês da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), por meio de contratos de prestação de serviços superfaturados.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio, Conservação e Limpeza Urbana do RN - Sindlim/RN, Fernando Lucena, a entidade tem audiência agendada para hoje às 17h no Minsitério Público do Trabalho. Representantes da empresa foram convocados a participar. "Esperamos a presença do titular da Sesap [secretário estadual de Saúde Pública, Domício Arruda] e da Procuradoria Geral do Estado, para que o Estado se pronuncie sobre esses atrasos e resolve tudo de uma vez", afirmou. Segundo ele, nas unidades hospitalares do interior do Estado a situação é ainda pior. "Em alguns hospitais, os empregados terceirizados estão há três meses sem receber salários". No interior, a Sesap tem contrato com a JNT Service, que mantém 633 empregados nas unidades hospitalares.

Um comentário:

  1. ok amigo obrigado por linka meu blog ai o seu ja esta la no meu. agora peço que renomei o meu blog assim TABOLEIRO GRANDE NEWS.

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