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domingo, 18 de maio de 2014

PDT ameaça retirar apoio a Henrique Alves e Wilma de Faria e provoca crise no acordão

Política - Eleições 2014

Insatisfação das bases do PDT com descumprimento de acordo na proporcional, pode gerar rompimento.


HENRIQUE-CADUO acordão enfrenta sua primeira crise após o anúncio oficial da chapa Henrique Alves/Wilma de Faria. O presidente do PDT em Natal, Kleber Fernandes, disse que o partido poderá reavaliar a intenção de apoio já declarada à chapa que terá o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB), como candidato a governador, e a vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB), disputando o Senado. Segundo Kleber Fernandes, há insatisfação nas bases e na militância pedetista em razão da falta de reciprocidade da chapa majoritária para com o projeto do PDT nas eleições de 2014, que é eleger um deputado federal e aumentar a bancada de deputados estaduais na Assembleia Legislativa. Essa insatisfação, de acordo com ele, poderá resultar na reavaliação de apoio do PDT, partido presidido no Estado pelo prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, integrado pelo prefeito de Parnamirim, Maurício Marques, responsáveis pelos primeiro e terceiro maiores colégios eleitorais do Estado, que poderão apoiar, até, a candidatura do vice-governador Robinson Faria (PSD) a governador.

Na avaliação de Kleber Fernandes, as convenções partidárias são em junho e, a despeito da declaração de apoio do PDT à chapa majoritária no evento do PMDB, os convencionais são soberanos e poderão surpreender. “A gente tem analisado, internamente, junto à militância do PDT, porque está surgindo uma insatisfação do partido com relação à chapa majoritária. E sinto que isso pode encaminhar inclusive para uma reavaliação do apoio do PDT à chapa majoritária”, afirmou Kleber, em entrevista ao Jornal de Hoje.
De acordo com o dirigente, que é o atual secretário-chefe do Gabinete Civil da Prefeitura de Natal, tido como principal auxiliar do prefeito Carlos Eduardo, o PDT não pleiteou nem fez nenhuma imposição para participar da chapa majoritária, seja indicando o vice-governador ou senador, nem firmou posição para a indicação de suplências do Senado.

“Ou seja, o PDT, que é um partido que tem uma representatividade eleitoral com muita substância, densidade, tendo a Prefeitura de Natal, a Prefeitura de Parnamirim, 36 vereadores no RN, o primeiro e o terceiro maior colégio eleitoral do Estado, precisava, dentro dessa intenção de apoio, haver uma reciprocidade por parte da chapa majoritária”, cobrou. “Até porque, o projeto do PDT é a eleição de um deputado estadual, conquistar uma vaga de deputado federal, e poder, a partir daí, no que é uma intenção não do diretório estadual, mas da executiva nacional do partido, porque é necessário que o PDT se fortaleça no Congresso, e para o RN, sobretudo a Prefeitura, é muito importante que tenhamos um deputado federal captando recursos junto a Brasília, abrindo portas, ministérios e fazendo interlocução com o governo federal, de forma que temos o projeto de conquistar uma vaga na Câmara federal e ampliação de vagas na Assembleia”, continuou.

Nesse sentido, o presidente do PDT em Natal explica que o partido esperava reciprocidade da chapa majoritária, com a cessão de colégios eleitorais do PMDB de Henrique e do PSB de Wilma para o PDT de Carlos Eduardo. “Política deve ser tratada como via de mão dupla, de forma que os colégios eleitorais pertencentes ao PMDB e ao PSB possam ser repassados a ajudar a compor a formação dos votos necessários para garantir a eleição do deputado federal e ampliação na Assembleia. E o que temos sentido na nossa militância é que, na prática, as pessoas estão sentindo que não está acontecendo de fato”, disse.
Kleber realça a proximidade das convenções, agora em junho, para alertar a gravidade da situação.

“Estamos prestes a realizar convenção, no final do próximo mês, e as convenções são soberanas. O que significa que, independente da intenção de apoio declarada pelo PDT no evento do PMDB, isso poderá ser reavaliado internamente. E essa é a intenção de grande parte dos militantes do partido. A convenção é soberana. Vai decidir de fato qual será o apoio que o PDT vai dar à chapa majoritária. Então, isso vai ser decidido em convenção. A convenção é soberana e pode, realmente, diante do quadro, hoje, haver uma reavaliação”, reforça o secretário do prefeito.

Apesar de ressaltar a insatisfação dentro do PDT, Kleber Fernandes adianta que ainda espera pela reciprocidade. “Para que o PMDB e o PSB possam reconhecer o peso eleitoral que o PDT tem e representa no estado do RN, partido que tem o prefeito da capital com avaliação positiva superior a 75%. É um apoio que deve ter o devido respeito, a atenção, e a consideração devida, face a representação político eleitoral”.

Sobre a possibilidade de apoiar outra candidatura, como a de Robinson e a de Fátima, o dirigente pedetista disse: “Lógico, podemos reavaliar nesse sentido. Se for decidido no âmbito da convenção, terá que ser cumprido pela direção do partido. E no cenário atual, nós estamos percebendo uma insatisfação considerável junto à militância e às bases do partido. O PDT vai discutir internamente e estamos programando uma reunião interna com a Direção Estadual do partido e alguns diretórios municipais, para discutirmos os rumos do partido nessa eleição de 2014″, finalizou.

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quinta-feira, 3 de abril de 2014

UNIÃO DAS FORÇAS EM FAVOR DE HENRIQUE PODE PREJUDICAR A SAFRA POLÍTICA NO INTERIOR

Política - RN - Eleições 2014

O arco de aliança que está sendo formado em torno do projeto político do deputado Henrique Eduardo Alves está deixando a classe política do interior em desespero.

Pelo visto a safra de outubro não vai ser das melhores. Já se escuta o choro da turma pelo interior do Rio Grande do Norte.

Até agora ninguém está procurando ninguém para se acertar. Os entendimentos ao que parece vão ficar só por cima, entre deputados e prefeitos. Vereadores, ex-vereadores e pretensos candidatos a vereador estão vivendo um momento de seca eleitoral.

Agora se Rosalba renunciar ao Governo para disputar a Câmara Federal, o que ainda pode acontecer, e Robinson assumir a caneta, a coisa muda. É como chover no roçado.

Porém, se Wilma resolver ser candidata ao Governo com Fátima para o Senado, como deseja muita gente, a invernada passa a ser das boas.

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terça-feira, 1 de abril de 2014

Apoio de Carlos Eduardo a Wilma Faria sela rompimento com Fátima Bezerra

Política - RN - Eleições 2014

Wilma de Faria é vice-prefeita de Natal e ficará ao lado do PMDB nestas eleições 

O prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, anunciou apoio à chapa do PMDB com o PSB nas eleições deste ano para o governo e o Senado, aderindo ao palanque do pré-candidato do PMDB a governador, Henrique Alves, e da pré-candidata do PSB a senadora, Wilma de Faria. O chefe do executivo municipal participou, na sexta-feira, de ato de lançamento da pré-candidatura do PMDB ao governo, ao lado de Wilma e aliados. O apoio de Carlos Eduardo a Wilma de Faria sela o rompimento do prefeito com a deputada federal Fátima Bezerra (PT), parceira de longa data do gestor, desde os dois primeiros mandatos de Carlos à frente da Prefeitura de Natal.

Fátima Bezerra é pré-candidata ao Senado Federal e deverá disputar contra Wilma a única vaga do Rio Grande do Norte na Câmara Alta nas eleições deste ano. A petista aguardava o apoio de Carlos Eduardo a sua candidatura, o que não se configurou. O fato é que, em se concretizando a aliança de Carlos com Wilma para o Senado, este fato selará o rompimento do prefeito com a deputada do PT. E, neste caso, embora Fátima diga que jamais atuará contra os interesses de Natal na capital federal, com certeza, não dará mais tanta atenção aos pedidos do, a partir de agora, adversário político.
É o próprio Carlos Eduardo quem afirma isto: “Não haverá retaliação do governo federal de jeito nenhum. Até porque o PDT vai apoiar a presidente Dilma Rousseff. Já anunciamos isso. A presidente é republicana, o governo é republicano. Desde que tenhamos bons projetos, nós seremos atendidos. Nós vamos continuar essa parceria com o governo federal”, disse, afirmando que, no que toca aos petistas que fazem parte da administração, estes terão direito a permanecer. “Com relação à administração, nós vamos respeitar quem está dentro da administração e tomar uma posição política. Mas o prefeito não vai tomar posição política. Até porque tivemos o apoio do PT no segundo turno, tivemos o apoio do PSD no primeiro e segundo turno. Essas posições serão mantidas. Por conta disso, não vai haver mudança. Da minha iniciativa não vai haver. Haverá respeito à posição política de cada um”, afirmou.

DEMISSIONÁRIOS?

No campo local, os primeiros efeitos do rompimento de Carlos Eduardo com Fátima serão sentidos a partir de defecções do secretariado municipal. Tida como uma das principais auxiliares da gestão carlista, a economista Virgínia Ferreira poderá deixar a administração a partir de janeiro do ano que vem. Virginia é responsável pelo encaminhamento de diversos projetos da Prefeitura e, junto com a deputada Fátima, atua em favor dos projetos de Natal junto aos ministérios federais. A saída da economista da prefeitura é tida como certa por petistas da ala mais radical do partido.
Além de Virginia, outra possível baixa na equipe de Carlos Eduardo seria o secretário de Saúde, Cipriano Maia, já que ele é um quadro do PT e teve o nome avalizado pela deputada Fátima para integrar o primeiro escalão da administração municipal. Embora desgastado e prestando um serviço de poucos resultados até agora, o especialista em Sistema Único de Saúde (SUS) seria uma baixa relevante na administração carlista, por administrar um setor sensível.
No PSD, partido liderado no Rio Grande do Norte pelo vice-governador Robinson Faria, pré-candidato da legenda a governador, apenas um nome estaria cotado para deixar a equipe do prefeito Carlos Eduardo Alves: o atual secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Marcelo Toscano. Robinson também nega que irá associar eleições com gestão municipal, mas a saída de Toscano seria dada como certa, na medida em que ficar evidenciado que Carlos Eduardo é adversário político de Robinson Faria.

Os três nomes – Virginia, Cipriano e Toscano – foram indicados pelo PSD e o pelo PT porque os dois partidos apoiaram a eleição de Carlos Eduardo na eleição de 2012. Foram indicados para comporem a equipe de gestão. As vagas seriam preenchidas por indicações do PMDB, do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, do PSB, da vice-prefeita Wilma de Faria, e do PR, do deputado federal João Maia.
Ainda não se sabe se haverá abertura para que outros partidos, que poderão integrar o mesmo palanque apoiado por Carlos Eduardo, como PSDB, DEM e PPS, façam indicações na gestão da capital. O PSDB de Rogério Marinho e o DEM de José Agripino também poderão apoiar o palanque formado por PMDB, PSB e PR.


Alex Viana
Repórter de Política -O JORNAL DE HOJE

domingo, 20 de maio de 2012

Robinson Faria anuncia apoio a Carlos Eduardo

Politica - Natal - RN

O vice-governador Robinson Faria anunciou o apoio do PSD a Carlos Eduardo Alves, pré-candidato do PDT na eleição municipal de Natal, este ano. O partido do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, se soma a outros três (PC do B, PPS e PPL) que anteciparam a união em torno do projeto pedetista para o pleito municipal. Robinson destacou que a escolha se deu por "afinidade" e também porque considera a proposta do ex-prefeito a mais viável para a capital. "Atuamos juntos na Assembleia durante cinco mandatos e sempre tivemos uma convivência harmoniosa e sincera", destacou o vice-governador. Ele garante que para firmar a parceria com o PDT ouviu antes a opinião dos deputados Fábio Faria, Gesane Marinho e José Dias, parlamentares peessedistas. A escolhida se deu, segundo o vice-governador, de maneira unânime.
Alberto LeandroRobinson Faria destaca que o partido tomou a decisão após analisar a experiência de Carlos EduardoRobinson Faria destaca que o partido tomou a decisão após analisar a experiência de Carlos Eduardo

"Carlos é o pré-candidato que mais se encaixa hoje nos princípios do PSD. Ele tem um discurso novo, mostrou ser um bom gestor e quando deixou a Prefeitura de Natal com uma imagem positiva", elogiou Robinson Faria. Ele destaca que além do amadurecimento enquanto agente público, o ex-prefeito de Natal tem uma visão politico e administrativa abrangente, o que na opinião dele facilitará as relações entre o município e outros entes federados, como a União, na busca de parcerias, investimentos e ajuda financeira.

O vice-governador observou que Natal precisa retomar o diálogo com o governo federal como "ocorreu nos quatro anos em que Carlos Eduardo foi prefeito da capital". "Até porque muitos representantes dos Ministérios, em Brasília, continuam lá, então esse canal deverá ser aberto facilmente", ressaltou o peessedista. A aliança entre PDT e PSD deve se concretizar tanto na esfera majoritária, com o apoio à candidatura do ex-prefeito, quanto na proporcional, com os candidatos a uma vaga na Câmara Municipal de Natal. De acordo com Robinson Faria, a união com vistas à eleição municipal deste ano não implica em garantias de apoios para o pleito de 2014, no qual o vice-governador deverá concorrer.

" Para 2014 não devemos ter pressa", despistou Robinson. Ele garante que nas conversas entre os representantes do PDT - o ex-prefeito Carlos Eduardo e o deputado Agnelo Alves - e o PSD não houve tentativa de alinhamento no que diz respeito à eleição que ocorrerá daqui a dois anos. Mas admitiu que a disputa municipal de 2012 fará nascer o desenho das urnas de 2014. "Nossa caminhada é em conjunto", emendou o vice-governador. Ele espera que o partido encampe aproximadamente 50 candidaturas a prefeitos e a expectativa é de que de 25 a 30 desses candidatos possam deixar o pleito vitoriosos.

Ainda de acordo com Faria, apesar da animosidade entre peessedistas e democratas, não há qualquer veto no âmbito do PSD para a composição de alianças pelo interior do Rio Grande do Norte, mesmo que o propenso aliado seja da legenda do senador José Agripino Maia. "Não concordamos com o tratamento que o DEM tem nos dispensado, mas não temos intenção de polir ninguém e inclusive tenho aliados que são democratas e não me importarei em subir em palanques. Não sou mesquinho", desabafou o vice-governador.

Presidente do PSD defende união dos partidos de oposição

Robinson Faria defende que a oposição em Natal se alie já no primeiro turno da eleição, em torno do nome de Carlos Eduardo Alves. Para isso, lembrou que já entrou em campo, no intuito de tentar convencer mais precisamente a ex-governadora Wilma de Faria, do PSB, segunda colocada nas pesquisas de intenção de votos até agora realizadas. "Carlos Eduardo tem se mostrado o nome mais expressivo para esta eleição municipal", enfatizou o vice-governador, para depois emendar: "É um desejo nosso ter a ex-governadora Wilma no mesmo palanque unificando a oposição". Ele destacou que conversou longamente sobre o assunto com a presidente do PSB, disse que ela estava pensativa, admitiu a possibilidade de recuar no projeto de ser candidata, mas não apontou uma definição.

Wilma de Faria poderá anunciar nos próximos dias se vai ser ou não candidata a prefeita de Natal. Ela vem sofrendo pressão por parte dos vereadores da legenda, que querem uma definição quanto ao pleito. A vereadora Júlia Arruda é cotada para ser o nome do PSB na chapa de Carlos Eduardo Alves. Mas informações de bastidores dão conta de que a parlamentar não conta com o aval da presidente estadual peessebista para uma candidatura de vice-prefeita. Júlia Arruda tem dito que priorizará a campanha de reeleição para vereadora. Na Câmara Municipal de Natal os vereadores têm externado, com desconforto, que o impasse interno do PSB solidificado com a indefinição do nome de Wilma de Faria, tem prejudicado as articulações do grupo.

O outro pré-candidato da oposição - que no RN é formada por partidos da base da presidenta Dilma Rousseff - o deputado Fernando Mineiro, do PT, tem afirmado que a intenção dos petistas natalenses é permanecer na disputa e não há ruídos no sentido de possível desistência do pleito na condição de cabeça de chapa. Mineiro defende a união dos aliados do governo federal no segundo turno da eleição. O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT), disse em visita a Natal que o diretório nacional do PT não recomendará candidatura própria, tampouco fará o contrário, mas deixará à vontade municípios onde a base aliada tenha mais de um candidato.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Robinson: "Saúde do RN é paciente terminal"

Saúde - Politica - RN

O vice-governador Robinson Faria (PSD) foi mais um a criticar a situação da Saúde Pública no Rio Grande do Norte. O ex-presidente da Assembleia Legislativa e agora adversário de Rosalba Ciarlini (DEM) disse, através do Twitter, que o problema de gestão financeira é o principal da área.
Aldair DantasRobinson Faria voltou a criticar gestão de Rosalba CiarliniRobinson Faria voltou a criticar gestão de Rosalba Ciarlini

"A deficiência na gestão financeira e problemas organizacionais há muito que não são novidades nos maiores hospitais do RN. Tarcísio Maia, Maria Alice, Walfredo Gurgel, José Pedro Bezerra e Deoclécio Marques", postou o vice-governador.

Robinson reproduziu frase atribuída a membro do Conselho Nacional de Saúde de que "a Saúde está no fundo do poço" e resumiu o que pensa sobre o atual momento da saúde pública no Rio Grande do Norte. "Para mim a Saúde do RN é um paciente terminal", postou Robinson.

O vice-governador rompeu com a atual administração ainda em 2011, logo no primeiro ano de gestão. Robinson Faria chegou a ocupar o cargo de secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, mas foi exonerado da pasta, assim como outros aliados que compunham o primeiro escalão do Governo.
Deputados defendem Domício e atribuem crise na Sesap à suposta falta de recursos

O afastamento de Domício Arruda da Secretaria Estadual de Saúde, que pediu demissão na manhã de hoje (3), ganhou repercussão no plenário da Assembleia Legislativa. O assunto foi abordado, inicialmente pelo deputado Vivaldo Costa e, para ele, o motivo da exoneração foi falta de recursos. "A Secretaria de Saúde não deu resposta e Domício não conseguiu resolver os problemas porque faltou dinheiro", declarou.

O parlamentar alegou que os recursos enviados pelo Governo Federal para serem aplicados na saúde pública são insuficiente. "Os hospitais do Brasil inteiro sofrem desse mal. Sempre vemos reportagens mostrando pessoas sendo atendidas nos corredores. Falta médico em toda parte. Domício foi vítima disso tudo. Ele é um homem honrado e comprometido. Sou fã do seu trabalho. Nunca se negou a atender um telefonema de ninguém. Se não fez um grande trabalho foi por falta de recursos. Esse modelo econômico centralizador, onde os recursos estão todos com o Governo Federal e quase nada para os Estados, precisa ser mudado", disse Vivaldo.

A deputada Márcia Maia aparteou o colega e também fez elogios ao ex-secretário. "Sei que Domício sempre teve boa intenção. Eu o convidei para uma audiência pública sobre a dengue e ele veio, ficou até o final. Sei que como médico e como ser humano sempre teve boa intenção. Infelizmente não teve apoio do próprio Estado. Não é só a falta de recursos federais, mas do estado também. Sabemos que o RN tem arrecadado cada vez mais. As grandes vítimas dessa crise na saúde, é a população", declarou Márcia.

Para o deputado Fernando Mineiro, o problema da saúde não é de nomes nem da falta der repasse de recursos do governo federal. O problema é do modelo de gestão que foi implantado pelo governo. "O modelo é terceirizado. Até a demissão de secretário é terceirizada, o que deixa bem claro esse modelo", afirmou.


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Eleição deste ano funcionará como laboratório para o PSD

Politica - RN


Enquanto alguns políticos aproveitaram o Carnaval para descansar, rever parentes e fazer um giro pelo exterior, o vice-governador Robinson Faria aproveitou os dias de folga para rodar o Rio Grande do Norte: "Fiz um roteiro bem extenso, rodei 1.500 quilômetros", disse ele nas redes sociais, ao anunciar uma parada estratégica "para recarregar as baterias". Ele andou por Caicó, Areia Branca, Macau, Tibau e outros municípios e, além de conhecer o Carnaval dessas cidades, disse que, "naturalmente", falou-se em política: "A gente chegava numa cidade e sempre indagavam assuntos políticos, tratando-se, também, que 2012 é um ano eleitoral".
Adriano AbreuRobinson: conversas em meio à folia sobre o processo sucessórioRobinson: conversas em meio à folia sobre o processo sucessório

Pelo calendário eleitoral, faltam três meses para a largada das convenções partidárias para homologação dos candidatos a prefeito e vereador nos 167 municípios do Rio Grande do Norte - de 1º a 30 de junho. "Nós vamos debater as alianças o máximo possível, porém não temos pressa em antecipar decisões, porque também dependemos dos nossos parceiros políticos", continuou ele.

Segundo Faria, o partido do qual é presidente estadual, o PSD, está presente em 132 municípios. Desses, ele estima que entre 55 e 65 terão candidatos do PSD a prefeito, enquanto nos outros serão lançados candidatos a vice-prefeito e a vereador, "porque também temos de ter um partido forte no legislativo municipal".

O vice-governador também disse que dos atuais 15 prefeitos do partido, pelo menos dez serão candidatos à reeleição no pleito de outubro deste ano. Na região Agreste, onde é sua principal base eleitoral e política, Robinson Faria disse que o PSD terá 30 candidatos a prefeito.

Nos dois maiores colégios eleitorais do Rio Grande do Norte, que são Natal e Mossoró, Robinson Faria voltou a dizer que "não teremos candidatos próprios", mas que está dialogando com outros partidos da base oposicionista.

Ele também explicou que como faltam só 90 dias para o início das convenções, não fará encontros regionais para debater a sucessão municipal, mas admite que, como presidente de um partido, tem conversando individualmente com lideranças municipais: "Mas qualquer decisão será coletiva, inclusive ouvindo os deputados do nosso partido". No entanto, Faria afirmou que as alianças e apoios políticos feitos com PSD serão feitas "como uma semente para 2014", quando haverá eleições para governador, senador, deputados federais e estaduais.

Além disso, Faria reafirma que o PSD não tem nenhum constrangimento em fazer alianças com partidos da base governista: "Não sou oposição ao Rio Grande do Norte, porque pela liturgia do cargo de vice-governador, estou à disposição do Estado, mas sou oposição à governadora".

Ele disse que de sua parte "não tem preconceito nenhum" em apoiar candidatos a prefeito do DEM, PMDB ou outros partidos da situação, até porque muitos dos pré-candidatos a prefeito desses partidos já o acompanhavam há alguns anos e como demorou a formação e legalização do PSD, "muitos tiveram que se filiar a outros partidos" para não ficar sem legenda e assim poderem sair candidatos.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Robinson insinua que Agripino é arrogante e soberbo

Politica - RN

Vice-governador utilizou seu Twitter para rebater declaração que o senador deu a jornal paulista.

Avesso a microfones e gravadores desde que rompeu com o grupo da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), o vice-governador Robinson Faria (PSD) tem utilizado o Twitter para rebater as críticas dirigidas ao partido que coordena no Estado. Foi o que fez na tarde desta quarta-feira (28).

Robinson postou em sua conta uma resposta à entrevista do senador José Agripino ao jornal O Estado de São Paulo, divulgada ontem, e na qual o parlamentar afirma que as relações com os ex-correligionários que hoje estão no PSD "são civilizadas, mas é eles para lá e nós para cá".

"Essa conversa de eles pra lá e nós pra cá parece samba-enredo da escola da arrogância e da soberba", postou o vice-governador em sua conta no microblogging.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Robinson diz que vai trabalhar para reunir oposição

Politica - RN


O vice-governador Robinson Faria (PSD) disse que vai trabalhar para fortalecer a oposição ao governo de Rosalba Ciarlini (DEM). O ex-aliado da chefe do Executivo se colocou ao lado de outras lideranças e disse que tirou um peso da cabeça ao deixar o Governo. Agora, o objetivo é discutir alianças para 2012 com partidos e líderes da oposição, com Carlos Eduardo, Fátima Bezerra e Wilma de Faria.

Em entrevista à 98 FM, Robinson voltou a dizer que foi usado e descartado após as eleições e sobre o trabalho feito pelo próprio Governo para enfraquecê-lo politicamente. Robinson, inclusive, disse que José Agripino, em entrevista à TRIBUNA do NORTE, "bateu para sangrar". O senador deu uma entrevista chutando a minha cara, dando para sangrar. Ele fez como se dissesse 'cachorro morto é pra chutar na cara'", disse, relatando o enfraquecimento do PSD com a desistência de ingresso de deputados e do presidente da AL, Ricardo Mota.

Garantindo que suportou permanecer no Governo "mais do que o limite da racionalidade", Robinson voltou a afirmar que Carlos Augusto Rosado estava no comando e, se fosse por vontade de Rosalba, ele deveria continuar na gestão. Porém, agora o vice-governador se vê na oposição e quer trabalhar para unir o grupo para as próximas eleições.

"Sou da oposição e vou trabalhar para reunir a oposição. Há vários líderes que demonstraram solidariedade, como a deputada Fátima Bezerra, a governadora Wilma de Faria, o prefeito Carlos Eduardo. Eu me dou bem com todos. Todos eles são meus amigos", disse o deputado. "Vamos conversar, nos reunir com todos. Fazer oposição sem radicalismo", finalizou.

sábado, 22 de outubro de 2011

Fátima diz que Robinson foi tratado de forma truculenta

Politica - RN


A deputada emitiu nota para comentar saída do vice-governador do Governo e convocou-o para se juntar ao PT.

A deputada Fátima Bezerra (PT) emitiu uma nota, neste sábado (22), em que não se diz surpresa diante do Rompimento de Robinson com Rosalba. Na opinião dela ninguém se surpreendeu com a atitude do líder político que foi perseguido e tratado de forma truculenta no Governo do DEM.

Fátima Bezerra reitera dizendo que a decisão do então vice-govenador teve um papel decisivo para a eleição de Rosalba Ciralini e do senador José Agripino. E que a entrevista do senador, publicada no último dia 9, na Tribuna do Norte, foi um convite ao rompimento.

A deputada mostra ainda seu apoio a Robinson. “Esperamos que o PSD passe a integrar a base que da sustentação ao nosso governo e se incorpore ao grande projeto que está transformando o Brasil. É essa a expectativa do PT nacional e da presidenta Dilma Rousseff”, pontuou.

Confira na íntegra a nota:

Nem eu nem qualquer pessoa que acompanha a política do Rio Grande do Norte pode se dizer surpreso com o rompimento anunciado entre o vice-governador Robinson Faria e a governadora Rosalba Ciarlini.

Um líder político aliado não pode ser tratado da forma como Robinson Faria foi pelo Governo do DEM. Houve um verdadeiro processo de perseguição. Trataram de maneira deselegante, humilhante, truculenta um aliado político que ontem teve um papel decisivo para a eleição de Rosalba Ciralini como a do próprio senador José Agripino.


Eu estava em Londres em missão oficial quando, acompanhando os acontecimentos políticos do Rio Grande do Norte, li estarrecida a entrevista do senador José Agripino publicada dia 9 na Tribuna do Norte. A entrevista ensaiava um verdadeiro convite ao rompimento. Ali, o senador assumia que todo o combate ao vice-governador era uma política combinada com o governo e não apenas do presidente nacional do DEM. Mais ainda, proibia a aliança do DEM com o PSD de Robinson Faria - uma ruptura, ainda que unilateral.


José Agripino e Rosalba Ciarlini descontaram no vice-governador o constrangimento que o DEM passa a nível nacional. Com a construção do PSD, o DEM sofreu um esvaziamento ainda maior que o que já vinha experimentando a cada eleição desde a derrota do consórcio demo-tucano em 2002. Hoje é um partido em franca decadência e para o qual o governo do estado do Rio Grande do Norte significa a última fonte de alimentação.


A nível federal, já expressei essa posição ao deputado federal Fábio Faria: esperamos que o PSD passe a integrar a base que da sustentação ao nosso governo e se incorpore ao grande projeto que está transformando o Brasil. É essa a expectativa do PT nacional e da presidenta Dilma Rousseff.


Já no plano regional, o lugar de Robinson Faria e de seu grupo deve ser na oposição. Torço para que o PSD se junte ao incansável deputado estadual petista Fernando Mineiro e aos demais parlamentares que formam a bancada oposicionista na Assembleia Legislativa na tarefa de fiscalizar o Governo DEM. Um governo ruim, autoritário, centralizador, conservador e que não cumpre os acordos celebrados com os servidores e assinados pela própria governadora. Um governo que chega ao primeiro ano de forma frustrante. Que sobrevive à base de chavões. Que não tem uma ideia nova. Que não apresenta um projeto novo.


Enfim, novos desafios, novas lutas estão postos. O tempo é de fortalecer a oposição firme ao Governo do atraso.


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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Robinson convoca entrevista para anunciar rompimento

Politica - RN


O vice-governador Robinson Faria (PSD) vai anunciar em instantes seu rompimento com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM). O ex-presidente da Assembleia Legislativa estava em crise com a gestão desde que problemas políticos estremeceram a parceria entre ele e a Chefe do Executivo. Através do Twitter, o deputado federal Fábio Faria (PSD) confirmou o rompimento político do grupo liderado por Robinson com o Governo.

A demora para o retorno do vice-governador ao cargo de secretário estadual de Recursos Hídricos agravou a crise política no governo. Nomeado para a secretaria no início da atual adminitração, Robinson se licenciou para assumir o cargo de governador, enquanto Rosalba estava missão oficial nos Estados Unidos. Ela voltou, reassumiu o mandato de governadora, mas até agora não assinou a nomeação para Robinson voltar ao cargo de secretário. Isso seria o estopim para o rompimento.

A relação política entre a governadora e vice ficou estremecida depois que quatro deputado estaduais - entre os quais o presidente da Assembleia, Ricardo Motta -, desistiram de ingressar no PSD. O governo teria estimulado essas desistências. Mais recentemente, em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o senador José Agripino, presidente nacional do DEM, partido de Rosalba, acusou Robinson de tentar tutelar o governo e avisou que iria proibir alianças com o PSD nas eleições de 2012. Nesta semana, Robinson disse que a divergência na base aliada de Rosalba não é um assunto encerrado.

Antes de anunciar oficialmente o rompimento, o vice-governador conversou com os deputados aliados. Antes da confirmação pública do rompimento por parte de Robinson, há a informação de que o secretário-chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, já entregou carta de demissão à governadora.


Mais informações em instantes.

 

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Se depender de José Agripino, Robinson Faria está fora da aliança em 2014

Politica - RN


Se alguém tinha dúvida sobre a participação direta de integrantes do Governo no enfraquecimento político do PSD do vice-governador Robinson Faria, agora não tem mais.

O presidente nacional do Democratas, senador José Agripino, em entrevista ao jornal Tribuna do Norte, foi esclarecedor:

"O Governo tem obrigação e legítima defesa de garantir sua governabilidade. O Governo tinha obrigação de trabalhar para não ser refém de ninguém. O Governo tem obrigação de ter aliados, de não ser subordinado a ninguém", disse José Agripino.

O líder do DEM entendia que Robinson Faria não precisava mudar de partido. Que estava bem no PMN, um partido aliado.

A partir do momento que Robinson Faria passou a juntar gente para criar um super-partido, trazendo gente de toda parte, até quem não havia votado em Rosalba Ciarlini, José Agripino passou a considerar uma tetantiva de tutelar o Governo.

"Não era correto que o Governo entendesse que tinha como parceiro, ao seu lado, um partido com tamanha força que pudesse tutelar suas ações. Qualquer governo tem o dever de buscar o equilíbrio das forças que o cercam. E foi essa a iniciativa tomada pela governadora, no sentido de manter equilíbrio entre os aliados", declarou o senador Agripino.

Nas contas de José Agripino, o PSD arrancou 17 deputados federais do Democratas. Isso é motivo para o DEM estar proibido de se aliar ao PSD nas eleições municipais em todo o país. Já imaginou uma coisa dessas? Proibir político de fazer aliança?! Pois é, está proibido.

O que mais me chamou a atenção nas declarações do senador José Agripino foi a expectativa que ele tem para as eleições estaduais de 2014.

Segundo Agripino, DEM e PMDB vão continuar amiguinhos com o reforço do PR e talvez do PSDB. Palavras do senador: "São alianças que se formam oxigenando a relação política do governo e abrindo expectativas de o governo ter apoio sem precisar se dobrar".

Perguntado se o PSD está fora do arco de alianças para 2014, Agripino foi curto e grosso: "Pela decisão de hoje, sim".

Portanto, Robinson Faria deverá perder o lugar de vice-governador na chapa majoritária de 2014. É o que aponta José Agripino.

Se pretende concorrer ao Governo ou ao Senado ou qualquer coisa, Robinson Faria terá de cantar em outra freguesia. Este é o desejo de José Agripino que deseja ver o cão em figura de gente mas não quer ver o PSD pela frente.

Eu estou convencido de uma coisa, minha gente: José Agripino Maia quer fazer picadinho de Robinson Faria.

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sábado, 8 de outubro de 2011

'O DEM estará proibido de fazer alianças com o PSD'

Politica - RN


Anna Ruth Dantas - Repórtagem especial



A crise política no Governo Rosalba Ciarlini (DEM) tende a se agravar. O presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia, anuncia que o partido não fará nenhuma aliança no pleito de 2012 com o PSD, legenda presidida no Estado pelo vice-governador Robinson Faria. O senador afirma que essa é uma resolução nacional dos Democratas e será seguida por completo no Estado potiguar. Embora afirme que não há problema na relação pessoal com o vice-governador Robinson Faria, José Agripino demonstra que a aliança entre o DEM e o hoje líder do PSD já é fato passado. Ao comentar o esfacelamento da bancada do PSD na Assembleia Legislativa, onde estavam sendo anunciadas a adesão de seis deputados e terminou apenas com dois (Gesane Marinho e José Dias), José Agripino confirma que partiu do Governo a reação para não ser "refém" do partido de Robinson Faria, já que esse teria 25% da Assembleia Legislativa. Para o líder do DEM, o que o vice-governador tentou fazer foi tutelar o Governo. "O Governo tem obrigação e legítima defesa de garantir sua governabilidade. O Governo tinha obrigação de trabalhar para não ser refém de ninguém. O Governo tem obrigação de ter aliados, de não ser subordinado a ninguém", destaca o senador José Agripino Maia. Enquanto demonstra afastamento político que soa como rompimento com Robinson Faria, o senador do DEM confirma a aliança com o PMDB, enaltece a tendência do PR ser aliado do Governo Rosalba e é enfático ao afirmar que a chegada das duas legendas na base "oxigena" as alianças. Na proximidade com os peemedebistas, o senador José Agripino vai além e já fala na possibilidade de apoiar o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) para o Senado em 2014. Analisando o pleito de 2012 na capital potiguar o senador praticamente descarta apoio à reeleição da prefeita de Natal Micarla de Sousa e demonstra "simpatia" com o projeto político do deputado federal Rogério Marinho, que disputará o Executivo pelo PSDB. Sobre política partidária, ações administrativas e os polêmicos projetos que tramitam no Congresso Nacional, o senador José Agripino Maia concedeu a seguinte entrevista à TRIBUNA DO NORTE.


Qual o destino da emenda 29- que define os percentuais a serem aplicados na Saúde?

É ser aprovada.

Mas aprovar a emenda 29 como o Governo Federal quer?

Não como o Governo quer. E o Governo já fez o teste na Câmara e já viu que não consegue aprovar a emenda 29 com a criação de um imposto novo. E veja que é na Câmara onde ele tem folgada maioria. Fomos nós, o Democratas, que obrigamos a votação da emenda 29, inclusive com a emenda de alíquota zero para o suposto imposto que se criaria, a CSS (Contribuição sobre a Saúde), para subsidiar as ações de saúde. A emenda 29 vai passar no Senado porque é um imperativo da sociedade. Esse imperativo da sociedade permeou os parlamentares, deputados e senadores, que entendem que é preciso que se vote. Por que a União não pode ter destinação de 10% das suas receitas para saúde? A CPMF caiu no dia 31 de dezembro de 2007 e no começo de janeiro de 2008 o governo aumentou a alíquota do IOF, Cofins e Pis, recuperando integralmente a receita que a CPMF deixou de produzir para União. O que não melhorou na saúde não foi por falta de dinheiro, foi por falta de gestão e prioridade. O que é preciso é que a emenda 29 garanta, primeiro de tudo, prioridade às ações de saúde. A educação tem recursos vinculados da União, a educação está melhorando de certa forma, muito lentamente. A educação do Brasil no que diz respeito a escolas técnicas vem melhorando, é produto de vinculação de recursos e obstinação da gestão. A saúde tem que ser objeto da mesma iniciativa. Tanto a saúde quanto a segurança. Os dois males do serviço público do Brasil hoje são saúde pública e segurança, que está em crise. Tanto tem que aprovar a emenda 29 para ações de saúde, como para segurança a PEC 300. Ela (a PEC 300) vai garantir melhor nível salarial para os profissionais de segurança no Brasil inteiro com a criação do Fundo Nacional de Segurança e ainda vai levar, melhorando o padrão de renda do policial, a um aparelho de segurança melhor formulado, melhor pensado, com inteligência mais moderna e garantia de salário digno.

E a Contribuição sobre a Saúde (CSS)? Há possibilidade desse projeto prosperar?

Não vejo chance alguma. É tanto que o Governo solta os balões de ensaio e logo em seguida os retira. O partido (DEM) tem pesquisa e mostra que muito acima de 70% dos brasileiros recriminam, reprovam, a criação de imposto novo para saúde. O cidadão sabe que o problema da saúde não é necessidade de criação de imposto novo.

Reforma política, parece ser consenso entre os políticos, mas vamos chegar a uma nova eleição e sem reforma. Qual o motivo?

Por uma razão simples: Para manter a base votando de forma obediente aquilo que quer, o governo prefere não mexer no vespeiro. A reforma política, que é um imperativo do país, não é consenso entre os partidos. Como não há consenso e o governo não quer provocar cisão na sua base e nem quer administrar problema na sua base, prefere levar o assunto de barriga e não votar. Fica tudo como está, com os partidos políticos fragilizados e muitos deles até desmoralizados pelo fato de não terem formulação programática à frente da ação dos seus líderes. A reforma política não passa (no Congresso) por inação do governo. Ao invés de dar ao país um conjunto de leis que fortaleça os partidos políticos e dê ao cidadão o direito de votar em idéias e não em pessoas, o governo, para evitar reações de um partido insatisfeito, prefere não mexer no vespeiro, mas manter a base obediente as suas vontades.

O senhor acredita nesse projeto de nova constituinte como passaporte para realizar reformas que o país precisa?

Uma constituinte para fazer reforma política não é recomendável. Você pode até marcar data ou estabelecer plebiscito em torno de temas. Por exemplo: o que o brasileiro deseja em função de tudo que acontece no Congresso e no Poder Executivo e no Judiciário? Regime presidencialista ou parlamentarista? Vamos esclarecer as vantagens do Presidencialismo e do Parlamentarismo.

Mas já houve esse plebiscito...

Há muito tempo atrás e em outro momento democrático do Brasil: Em 1988 por ocasião da Constituinte. Nesse período a democracia brasileira evoluiu muito, os partidos políticos involuíram e é preciso que você evolua. E evolui na medida que os partidos políticos adquirem musculatura. Hoje os partidos estão cada vez mais com menos musculatura. Vale a pena os brasileiros opinarem pela continuidade do Presidencialismo. Continuar ou se muda como a maioria dos países modernos do mundo para o regime parlamentarista? Isso daí seria a primeira grande senha para fazer a reforma política. Nos regimes parlamentaristas é que cabe o voto em lista, o voto distrital simples ou misto, o financiamento público de campanha e a proibição ou não de coligação proporcional e cláusula de barreira para definir o que é partido político nacional. Isso tudo virá a partir do modelo que o Brasil deseje realmente. A reforma política está enviesada. Ela está tratada para o regime presidencialista e hoje tenho dúvida se é o melhor para a democracia brasileira.

O senhor defende o Parlamentarismo?

Hoje com certeza absoluta defenderia o Parlamentarismo.

Então a reforma política só deve ser tratada após a discussão sobre o regime (Presidencialismo ou Parlamentarismo)?

Coloquei essa tese, inclusive, na última reunião da bancada do meu partido na Câmara dos Deputados e a tese foi aceita e vai ser defendida como formulação do partido. Veja que Henrique Fontana (relator da reforma política na Câmara) apresentou projeto que a reforma política era voto em lista e financiamento público de campanha, era só isso. Não falava de cláusula de barreira, coligação proporcional... Isso é reforma política? Como não é reforma política, os partidos na sua quase unanimidade rejeitaram o relatório e adiaram o projeto. Os partidos da base não têm consenso sobre ponto nenhum . O único ponto sobre o qual há consenso é a data da posse dos eleitos: prefeitos, governadores e presidente da República. O Poder Executivo não determina prioridade para reforma nenhuma, nem a tributária, sem a sindical, nem a trabalhista. Para o governo, reforma é da boca para fora. Quanto tempo o governo não fala em reforma tributária? A (reforma) política entrou como forma de soltar um balão de ensaio. Para este governo as reformas não são prioridade, não são objetivo, o que é um perigo. Porque a competitividade do Brasil como nação emergente, no futuro da relação na comunidade internacional, passa inevitavelmente pela votação das reformas. O Brasil será competitivo na hora que as reformas tributária, sindical, trabalhista e previdenciária forem votadas e no momento que a reforma política for votada dotando a democracia brasileira de aparelho mais moderno e eficiente. O Governo do PT é imediatista, só pensa no amanhã, não pensa no depois de amanhã. O governo do Brasil faz de conta que as discussões dessas reformas não precisam existir. Mas ela precisa sim e pode significar sucesso ou insucesso do Brasil no futuro.

Entrando agora na política partidária, o que aconteceu com o PSD do Rio Grande do Norte?

O PSD, como o prefeito (de São Paulo) Gilberto Kassab disse, nasceu sem nenhuma nitidez ideológica. Não é um partido de centro, nem de direita e nem de esquerda. É um partido a serviço de líderes que por oportunismo ou buscando uma janela para mudarem de posto e se aproximarem do Governo. Tomaram uma posição sem nenhuma afinidade ideológica. A criação do PSD no plano nacional tem projeto de poder pessoal para Gilberto Kassab. O que tem de comum entre o governador Omar Aziz, do Amazonas, com o governador Raimundo Colombo, de Santa Catarina? Não tem nada em comum. Um é liberal completo (Colombo) e o outro é eleito pelo PMN (Aziz). As pessoas (do PSD) não têm afinidade e nem se conhecem. Um partido se faz com história. O PSD foi concebido para atender a um projeto de poder pessoal de Kassab, que começou Estado por Estado a reunir interesses individuais de pessoas. Era a busca do poder pelo poder, não através de ideias. Era a busca de poder pela oportunidade que se abria para abrigar pessoas ou para juntar pessoas que poderiam, a exemplo de São Paulo, juntarem-se para atingir projeto de poder pessoal. Acho que o vice-governador Robinson Faria entendeu que essa era uma oportunidade para ele perseguir um projeto de poder pessoal que ele tentou levar à frente, mas que não deu certo. Pelo menos não deu (certo) como ele imaginava que pudesse vir a dar.

O recuo dos quatro deputados (Gustavo Carvalho, Ricardo Motta, Vivaldo Costa e Raimundo Fernandes) em não migrarem para o PSD teve interferência do Democratas, do Governo Rosalba Ciarlini?

O Governo tem obrigação de legítima defesa para garantir sua governabilidade. O Governo tinha obrigação de trabalhar para não ser refém de ninguém. O Governo tem obrigação de ter aliados, de não ser subordinado a ninguém. Nem à vontade de algum líder do Democratas, nem ao PMDB, que é aliado, nem ao PR, com quem pode se aliar, nem a partido nenhum. Entendia que o PMN (antigo partido de Robinson Faria) era um partido aliado, sempre entendi como partido aliado, não poderia se transformar num super partido, num mega partido, trazendo gente de toda parte, inclusive gente que não apoiou a eleição de Rosalba, como forma de tutelar o Governo.

Era esse o objetivo do PSD (tutelar o Governo)?

Não sei se era esse o objetivo. Agora não era correto que o Governo entendesse que tinha como parceiro, ao seu lado, um partido com tamanha força que pudesse tutelar suas ações. Qualquer Governo tem o dever, em legítima defesa, de procurar o equilíbrio das forças que o cercam (a ele Governo). E foi essa a iniciativa tomada pela governadora, no sentido de manter equilíbrio entre os aliados. Tanto é que o PMN permanece como um partido de tamanho, aliado, mas não tutelador do governo.

Não é contraditório que essa tentativa de tutelar o governo tenha vindo do vice-governador (Robinson Faria)?

Estou supondo (a tentativa de tutela), não estou assegurando, não estou denunciando. Estou no campo das conjecturas. Porque poderia evoluir para esse fato, não estou acusando de que isso estivesse em curso. Mas qualquer pessoa medianamente inteligente tem o direito, até por esperteza política, de tomar precauções antes que o fato aconteça.

Há restrições do DEM com o PSD em 2012?

O PSD arrancou 17 deputados do Democratas. Até agora (sexta-feira, 7 de outubro) o PSD tenta tirar pedaços do Democratas. Eu sei bem, nessa última semana, o esforço que fizemos para evitar que ele (o PSD) não tirasse mais ninguém. Até a última hora o PSD se manifestou em atitude de ataque aos quadros do Democratas. Isso incomoda ao Democratas do Brasil inteiro. O que está decidido, e a executiva vai homologar, é a definição de que no Brasil inteiro o Democratas não fará coligação com o PSD. Eu, como presidente da executiva nacional, não poderia jamais descumprir uma decisão nacional do partido. No Rio Grande do Norte, como em todos os Estados, em atitude de legítima defesa e coerência e até brios, o Democratas estará proibido de fazer aliança com aquele que o atacou frontalmente e o tentou destruir.

A governadora Rosalba faz parte do Democratas. O vice-governador Robinson preside o PSD. Estaria instalada uma crise política no Executivo potiguar?

Não acredito. A política é a arte do entendimento, a arte da conversa. Essa é uma questão que a governadora Rosalba saberá conduzir com equilíbrio e paciência.

Mas se pensarmos em aliados políticos de 2010 e vislumbrarmos o pleito de 2014, podemos pensar em racha na base da governadora Rosalba? 

Garibaldi (o ministro Garibaldi Filho) apoiou Rosalba. Em função de Garibaldi, e eu participei da formulação, o deputado Henrique (Eduardo Alves) numa atitude louvável do ponto de vista do interesse do Estado, já reuniu a executiva e decidiu o apoio ao Governo de Rosalba. Esse é um reforço importante. Minha relação pessoal com o deputado federal João Maia (PR) enseja expectativa de que possamos vir a ter aliança do Democratas de Rosalba com o PR. São alianças que se formam oxigenando a relação política do governo e abrindo expectativas do governo ter apoio sem precisar se dobrar. A interlocução junto à área federal é via de conseqüência junto a esse arco de aliança que a governadora Rosalba monta para viabilizar politicamente seu governo na Assembleia Legislativa e administrativamente em Brasília pelo apoio que esses partidos haverão de dar junto às esferas no plano nacional.

Objetivamente, para o pleito de 2014, o PSD estaria inviabilizado no "arco de aliança" do Governo Rosalba?

Pela decisão de hoje, sim. Agora essa é uma decisão que o partido vai tomar e suponho que venha para ficar. Mas não estou vaticinando nada e nem desejando nada. Apenas estou fazendo a constatação de fatos.

No último domingo, o vice-governador Robinson Faria foi entrevistado na TRIBUNA DO NORTE e disse que as desavenças com o senhor estavam superadas. Mas o senhor mostra o contrário agora...

Não tem desavença pessoal minha com Robinson. Ele (Robinson Faria) nunca conversou comigo sobre a criação ou não criação do PSD. Não existe desavença. Sou presidente nacional do partido que foi atacado por uma legenda ao qual ele (Robinson Faria) resolveu aderir. Esse é um fato. Lamento, não vejo necessidade de Robinson ter se fixado no PSD estando, como supunha, tão bem e forte no PMN. O PSD viu que para existir era preciso tentar destruir os Democratas. O DEM, como partido nacional, reagiu. A reação no plano nacional passa pelo Rio Grande do Norte. Mas nada de pessoal José Agripino versus Robinson. Nunca tive nenhum desentendimento porque nunca tive nenhuma conversa.

Para onde caminha o DEM no pleito de Natal em 2012?

Essa é uma conversa para ser discutida com os aliados em hora oportuna. Temos aliados naturais, como o PSDB. Há partidos que temos uma relação de proximidade muito forte como o PP, do vice-prefeito Paulinho Freire; o próprio PR, com quem temos conversas permanentes; o PMDB, com quem haveremos de conversar. Conversar não significa dizer que há determinação de apoiar candidato A ou B, mas de oxigenar o processo. Eu, como presidente de partido, tenho obrigação de conversar. O Democratas terá candidato próprio? Pode ter ou pode não ter, estamos a um ano do pleito.

O senhor não citou o PV (da prefeita Micarla de Sousa) nem entre aliados naturais e nem aliados potenciais...

Porque o PV tomou o rumo já de um entendimento com o Governo Federal.

Está descartada aliança em 2012 com a prefeita Micarla de Sousa?

Não quero dizer que descarto aliança com a prefeita, mas a reedição do que ocorreu (em 2008, onde o DEM apoiou Micarla para prefeita) é pouco provável.

A aliança do DEM com o deputado federal Henrique Eduardo Alves, pode ser projetada para uma coligação em 2014 com Rosalba para reeleição e o deputado do PMDB para o Senado?

Isso está tão longe... Sobre a reeleição de Rosalba é minha intenção ajudá-la a fazer um bom governo para ela chegar em 2014 com todas as condições de disputar a reeleição e com amplas chances de ganhar. Na medida em que você já tem uma aliança exposta, clara com o PMDB, evidente que você tem que admitir que nessa aliança seus líderes participem em posições exponenciais. O senador Garibaldi é expoente, mas já é senador. O deputado Henrique é expoente? É. Se ele (Henrique Eduardo) pleitear ser candidato a senador, meu partido, pelo que percebo hoje, verá com bons olhos essa pretensão. Agora assegurar que essa aliança irá se projetar em 2014 e com essa chapa seria um pouco de precipitação. Em uma chapa ou em aliança o que se procura são os expoentes para serem candidatos aos postos mais importantes. Rosalba é expoente do Democratas? É. Henrique é expoente do PMDB? É.

O deputado federal Rogério Marinho se lançou candidado a prefeito de Natal. Qual o entendimento do DEM com o PSDB?

Não há nada definido. Entendo o deputado Rogério Marinho como um sujeito qualificado para ser prefeito de Natal. Ele conhece a administração e conhece como poucos a cidade e tem vontade de ser prefeito. Ele é um amigo e aliado a quem nós respeitamos muito e nas definições de candidatura esse elenco de pré-requisitos será considerado.

O deputado federal Felipe Maia será candidato a prefeito?

Depende dele. Essa pergunta deve ser feita a ele.

O senhor defende o nome dele (Felipe Maia)?

Não defendo nome de ninguém. Quem tem que defender nome é o próprio. As pessoas que querem ser candidatas tem que defenderem as suas vontades. Eu não vi até agora o deputado federal Felipe Maia defender a vontade de ser candidato a prefeito de Natal.

Pelo fato do DEM ter o Governo do Estado não seria o momento de candidatura própria na principal cidade do Estado?
Você pode conquistar a Prefeitura com um candidato próprio ou com aliança. É uma conquista do mesmo jeito, são administrações afins.


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domingo, 2 de outubro de 2011

Robinson confirma que tem intenção de se candidatar ao Senado

Politica - RN


Anna Ruth Dantas - repórter da Tribuna do Norte


O vice-governador Robinson Faria assumiu a presidência do recém-registrado Partido Social Democrático com discurso de total sintonia com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), de quem se declara liderado. Quando o assunto é o pleito de 2012, o líder político é cauteloso, afirma que todo processo será deflagrado pela chefe do Executivo. No entanto, praticamente descarta apoio as candidaturas de Micarla de Sousa (PV), Wilma de Faria (PSB) e de Rogério Marinho (PSDB). Com relação ao tucano, Robinson Faria vê como impedimento o fato de ser oposição ao Governo Federal, mas destaca que prevalecerá a vontade da maioria e, se assim o for, poderá apoiar Marinho. Já sobre a candidatura de Carlos Eduardo (PDT), ele confirma conversas, mas diz que não há nada fechado. O nome do deputado federal Fábio Faria (PSD) não é de todo descartado: "É legítimo, mas precisa saber se esse é o projeto dele". Se para o pleito 2012 Robinson Faria não fecha questão, para sucessão de 2014 ele assume o sonho de ser candidato ao Senado Federal. "É uma opção, mas não é uma obsessão", diz o vice-governador, que não se mostra temeroso com os já lançados adversários ao cargo de senador. "Ninguém escolhe concorrente, não escolhe adversário. Cada um procure seu espaço", afirma. Embora muitos sejam os comentários apostando que alguns deputados poderão desistir de ingressar no PSD (o anúncio inicial previa seis parlamentares - Gustavo Carvalho, Ricardo Motta, José Dias, Vivaldo Costa, Raimundo Fernandes e Gesane Marinho), Robinson Faria não acredita no racha, aposta na amizade e na unidade do seu grupo.Na fase pós-registro do PSD, o vice-governador também dá mostras de querer superar os atritos com o senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM. Ele disse que pretende manter a aliança construída em 2010. Sobre as metas do PSD, o pleito 2012 e os preparativos para 2014, o vice-governador Robinson Faria concedeu a seguinte entrevista à TRIBUNA DO NORTE
 
 
Após registro do PSD, qual a preocupação do senhor neste momento?



Minha preocupação é dar continuidade ao fortalecimento do PSD, que desde lançado em Natal, quando Gilberto Kassab veio aqui, passou a ser muito procurado por lideranças de todas as regiões e de todos os partidos. Até me surpreendeu um partido ter tanta simpatia e aceitação. Simpatia não só de lideranças, mas também de pessoas, populares. Faço essa colocação porque passei por essa experiência quando fundei o PMN, que era um partido cartorial e terminou se transformando em um partido grande e decisivo em várias eleições. Mas a sensação e expectativa, a intensidade vivida no PSD é a do PMN multiplicada muitas vezes. Estou sempre viajando, a trabalho ou a convite, e o Rio Grande do Norte tem a cultura muito avançada do povo politizado. Isso é muito bom para todo mundo. O PSD nasceu grande no Rio Grande do Norte, com seis deputados estaduais, um deputado federal, um vice-governador e uma grande perspectiva de capilaridade enorme em nível municipal.


O senhor já fez o primeiro balanço de como se portará o PSD no pleito municipal?


Não. Esse balanço nós paramos, mas sei que já passa de 90 municípios com diretórios e filiados. Não quer dizer que vamos eleger 90 prefeitos. Estamos com presença em 90 cidades. É lógico que com essa demora (no registro do TSE) muitos chegaram a se filiar a outros partidos porque acharam que não iria mais acontecer o PSD no Brasil. Alguns prefeitos se sentiram inseguros e tomaram outros partidos, gente que viria para o PSD se tivesse sido formado dois meses atrás. A formação a 10 dias do prazo final foi prejudicial ao partido, mas também não vai diminuir a força do partido na capilaridade regional do Estado.


Um dos acirramentos que houve no processo de registro do PSD foi com o DEM. Haverá restrição para alianças no Rio Grande do Norte com o DEM no pleito de 2012?


De nossa parte não. O DEM é um partido aliado. Embora seja estranho porque José Agripino é o presidente do DEM e foi o protagonista desse duelo no Brasil inteiro. Mas isso eu considero assunto superado. O PSD não pode nascer com sentimento de revanchismo, de radicalismo. Tem que ser um partido novo não só na sigla, mas na sua essência, no diálogo, na humildade, simplicidade, de estender a mão. O PSD está pronto para dialogar com os partidos. Sei que cada cidade tem sua história não só para o PSD, mas para o DEM, PMDB, PT. Cada município tem coligações diferentes dos outros municípios. Nem sempre obedece a orientação estadual e foge até aos seus principais chefes. Mas o PSD hoje não tem mágoas, nasce sem mágoas e está aberto a dialogar principalmente porque o DEM é o partido da nossa líder maior que é a governadora Rosalba Ciarlini.

E a relação do presidente estadual do PSD, Robinson Faria, com o presidente do DEM, o senador José Agripino?


Ontem (quinta-feira) estava em Mossoró e falei em uma solenidade. Ele chegou na platéia para assistir o Auto da Liberdade no Teatro Dix-huit Rosado e eu fiz referência a ele que considero um desarmamento de espírito da minha parte. Eu disse no discurso: "Acaba de chegar o senador José Agripino, falam que ele está com raiva de mim, que eu estou com raiva dele. Quero aqui dizer que esse é um assunto vencido, o que aconteceu, aconteceu, faz parte da vida política. Mas digo aqui de público perante a cidade que ele nasceu, que é Mossoró - 'Agripino é um patrimônio político do Rio Grande do Norte e do Brasil e eu sou reconhecedor dessa sua biografia'". Isso foi dito no Teatro Dix-huit Rosado, que estava lotado.


Então o senhor se mantém aliado do senador José Agripino Maia?


Espero que sim. Espero que esse palanque de 2010... Foi um palanque vitorioso e ele (o senador José Agripino) foi um protagonista importante. Ele foi um incentivador para que eu estivesse ao lado dele, de Rosalba. Foi buscar o PMN, que hoje é o PSD, um partido novo. O PSD não pode ser visto com olhos de um partido que veio para dividir. Pelo contrário, o PSD veio para somar, vai somar muito para Rosalba, para sua governabilidade, para seu futuro político. O tempo vai mostrar isso. Parece até que estou querendo dizer que o PSD é solução para muita coisa... O PSD é forte, com deputados fortes, lideranças fortes e está pronto para colaborar.


Sobre os deputados estaduais do PSD (Ricardo Motta, Gustavo Carvalho, José Dias, Vivaldo Costa, José Dias, Gesane Marinho e Raimundo Fernandes), houve declarações de Ricardo Motta se mostrando reticente a ingressar no partido. O senhor teme que os parlamentares possam desistir de ingressar no partido?


Os deputados do PSD são, na maioria, os deputados que vinham do PMN. Sou amigo de Ricardo Motta há 24 anos, meu amigo particular, amizade fraternal. Ricardo Motta foi companheiro leal do PMN o tempo inteiro. E nós fomos juntos a São Paulo - eu, ele, Fábio (Faria) e Raimundo Fernandes - buscar o PSD para o Rio Grande do Norte. Eu não posso falar por ele, o que posso dizer é que acho que nós estaremos juntos.


O senhor acredita que manterá o grupo dos seis deputados no PSD?


Eu confio, não posso falar por cada um. Mas minha expectativa e meu sentimento é de que estaremos juntos até porque discutimos, durante tantos meses, cidade por cidade a criação do PSD. Todos nós discutimos caso a caso a formação do PSD. Qual o fato novo para modificar isso aí? Não vejo nenhum fato novo para modificar e desmanchar a união, a irmandade que há hoje entre nós do PSD. Não houve nada grave, não teve nenhuma discussão. Ao contrário, estamos sempre conversando, dialogando.


Como se portará o PSD na eleição de Natal?


O PSD tem que ter sempre a essência da discussão coletiva. Temos que discutir coletivamente, nos reunir, eu, os deputados, todos temos que ter o cuidado de discutir Natal, sabendo todos nós que a líder maior nossa não só em Natal, mas em todo Estado, é a governadora Rosalba Ciarlini. A eleição é só no próximo ano. Ninguém fechou coligação, não vejo PMDB, nem PT, nem PDT, nem PSB fechando coligação, por que só o PSD tem que dizer qual será sua coligação? Temos tempo para discutir. Rosalba não deflagrou o processo ainda. Vamos aguardar ela deflagrar o processo. Isso não impede o PSD conversar, Rosalba conversar. No momento certo o PSD coletivamente irá definir a posição em Natal.


Mas o PSD poderá caminhar em um palanque diferente do da governadora Rosalba em Natal?


O sentimento do partido é coletivo. E essa será uma decisão interna corporis do PSD após ser deflagrado o processo e Rosalba colocar para nós. Já entreguei o processo à governadora Rosalba. Falando no meu nome, entreguei o processo à governadora Rosalba.


O senhor disse, em entrevistas anteriores que o candidato a ser apoiado para a Prefeitura do Natal deve ter afinidade com o Governo Federal. Com isso o senhor exclui a possibilidade de apoio ao deputado federal Rogério Marinho, que é opositor à presidenta Dilma Rousseff?


Não tenho nada pessoal contra Rogério Marinho. Mas minha opinião pessoal, que poderá nem prevalecer, porque vai prevalecer a opinião da maioria e eu não sou presidente que vou impor... Mas se for o caso do grupo caminhar com Rogério que seja por consenso comandado por Rosalba. Pode ser ele (Rogério Marinho) ou qualquer nome fora desses cogitados diariamente pelos partidos que integram a base de Rosalba. O PSD está com o sentimento de no momento certo coletivamente ouvir a nossa principal líder para que ela coloque a discussão e tenhamos cada um direito a voz. Agora eu, Robinson, não o presidente do PSD, mas o ex-deputado e vice-governador Robinson Faria, acharia interessante um nome que tivesse livre trânsito em Brasília para ajudar de forma mais fácil a gestão de Natal. Seria melhor para Natal ter um prefeito com livre acesso à capital federal. Mas essa é uma opinião particular minha.


O senhor se mostra muito afinado à governadora Rosalba, a impressão é que necessariamente estará no palanque de Rosalba em Natal. É isso mesmo?


É o meu desejo. Espero que estejamos juntos. A lógica é ela comandar o processo.


O nome do deputado federal Fábio Faria vem sendo lembrado nas pesquisas para prefeito de Natal. O PSD poderá ter candidato próprio a prefeito de Natal?


O PSD não nasce para ser de imposição, mas de colaboração. Partido parceiro dos demais que queiram caminhar conosco. O nome de Fábio tem todas as condições para disputar, mas resta saber se ele tem essa motivação para ser candidato. Justiça seja feita, quem primeiro bateu na porta da CBF lutando pela Copa, ainda no governo Wilma de Faria, e pediu audiência a Ricardo Teixeira, foi o deputado Fábio Faria.


O senhor rompeu com a prefeita Micarla de Sousa?


Eu não rompi com Micarla. Micarla rompeu com todos que a apoiaram.


Em 2012 há possibilidade do senhor apoiar a reeleição da prefeita?


Acho muito difícil. Apesar de que ela ainda se diz aliada da governadora Rosalba. Não tenho nada pessoal contra ela (Micarla), mas no campo político acho que a prefeita cometeu erros sucessivos a ponto de ter que governar com seus adversários porque não tinha mais um correligionário seu, que lhe ajudou a ser prefeita, ao seu lado. Ela foi buscar Henrique Alves, auxiliares da ex-governadora Wilma de Faria, porque não tinha um aliado que pudesse contar. É lamentável. Não sei o que passou na cabeça de Micarla, até hoje não entendo como ela se transformou quando se elegeu prefeita de Natal.


O senhor conversou com o ex-prefeito Carlos Eduardo. Há diálogo para apoiá-lo?


Esse diálogo existe, mas ele (Carlos Eduardo) também dialoga com o PT, com Wilma de Faria, com o PSB, com o PMDB de seus familiares. Está dialogando com outros partidos. Por amizade que eu tenho ao seu pai (Agnelo Alves) hoje e a ele próprio, também dialogou com o PSD. É muito incipiente agora ter definição de coligação. Mas impossível com ele (Carlos Eduardo) não é. Se amanhã a própria Rosalba pode abrir diálogo com Carlos Eduardo, com nossa ajuda, com a participação de Garibaldi que é simpático a apoiá-lo... Não é nada impossível ele ser o nome colocado no contexto dos partidos que compõem a base de Rosalba.


E o apoio a Wilma de Faria para prefeita?


Wilma de Faria tem uma situação mais difícil. Ela tem uma questão mais pessoal, mais distante com o senador José Agripino e com a governadora Rosalba Ciarlini.


O senhor já disse que o Rio Grande do Norte é muito politizado. E hoje não se fala apenas na eleição de 2012, mas também de 2014. Qual o projeto político do vice-governador para 2014?


O projeto político é conseqüência do trabalho administrativo, da prestação de contas. Hoje estou no outro lado, estou no Executivo. Para que possa vislumbrar uma candidatura, que não sei nem qual é, eu tenho que ajudar o governo Rosalba para que ele seja de sucesso, de transformações, de modernidade, que avance na segurança, na saúde, que realize obras estruturantes tão sonhadas há várias décadas, que avance no campo do agronegócio, que consolide o boom da energia eólica, que rediscuta a relação com a Petrobras e possa melhorar o Ideb da educação. São metas ousadas. Estamos desafiados. Sonhos meus e de Rosalba e temos que trabalhar em pouco tempo para daqui a três anos e meio termos a condição de nos apresentarmos e prestarmos contas ao povo. Candidatura minha e dela (Rosalba Ciarlini) será consequência do nosso governo. Lógico que se tenho sete mandatos e vou sonhar e trabalhar para ter o oitavo mandato.


O senhor poderá ser candidato ao Senado?


O Senado é opção, mas não é obsessão. Posso nem ter a condição de ser candidato a senador, meu nome pode não estar com viabilidade nas pesquisas para ser senador, mas não é nenhum pecado revelar que esse sonho existe no meu âmago. Ou é melhor dissimular? Prefiro revelar e ser sincero com o povo do que preferir a dissimulação, que não é honesto.


Assim como o senhor revela que deseja ser candidato ao Senado, a deputada federal Fátima Bezerra (PT) já disse que deseja ser, o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) dá sinais de que vai entrar na disputa. Qual sua avaliação sobre esse trio disputando só uma cadeira?


Acho bastante salutar. Ninguém escolhe concorrente, não escolhe adversário. Cada um procure seu espaço. Busquei ser candidato a governador, não sou um homem ressentido porque não fui. Se não aconteceu, não era meu momento, o momento era de Rosalba. Mas não invalidou o meu trabalho, não me arrependi de não ter tentado. Pior é o pecado da omissão, feio é esperar ser conduzido a um cargo importante de cima para baixo porque tem um partido, dois ou três (partidos) que comanda ou tem simpatia e você é candidato colocado de forma verticalizada, imposta.


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sábado, 6 de agosto de 2011

Robinson procura limitar conflito a José Agripino

Politica - RN


Anna Ruth Dantas - Reporter do jornal Tribuna do Norte



A crise política instalada na base aliada do Governo Rosalba Ciarlini com o pedido de impugnação feito pelo senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, contra o pedido de registro do PSD, partido presidido no Estado pelo vice-governador Robinson Faria, ganhou um novo capítulo. Os seis deputados estaduais do PSD e o vice-governador estiveram reunidos durante uma hora, no final da tarde de ontem, com a governadora Rosalba Ciarlini. O resultado prático do encontro foi o PSD rachado com o senador José Agripino, mas reafirmando a aliança com a governadora.
 
 
O vice-governador Robinson Faria confirmou que a legenda que preside traça uma relação política diferente entre os dois maiores líderes do DEM no Rio Grande do Norte. "Não vou dizer que a relação é de rompimento com o senador José Agripino, porque como ele tem um mandato de oito anos. Ele rompe até com Nossa Senhora. Está se sentindo superprotegido porque tem oito anos pela frente", disse.



Robinson Faria afirmou que não se arrepende da aliança feita com a governadora Rosalba, mas deixa claro a mágoa com o senador José Agripino Maia. "Esse grupo (do PSD) foi o que ele foi buscar para se eleger senador em 2010. O PSD é a continuação do PMN que ele tanto se interessou em trazer para votar nele e em Rosalba. Então agora já não presta mais? Só prestava quando era na eleição?", questionou Robinson Faria.



 
O vice-governador disse que houve quebra de compromisso do senador José Agripino. "Tanto esforço que eu fiz (para eleição dele). Pegue os números do Agreste (a principal região de influência política do vice-governador) e você verá o esforço que eu fiz para dar uma boa votação ao senador José Agripino", destacou.


Para Robinson Faria, o senador do DEM tentou gerar uma crise no Governo ao entrar com ação contra o PSD. "Foi ele sozinho que fez isso. Nem os deputados estaduais foram consultados".


Robinson Faria disse que não tem nenhum temor do PSD ser impugnado no Brasil e não ter tempo. "Não tenho nenhum temor na parte legal, na parte constitucional. Estamos no cumprimento das normas jurídicas. Foi tudo feito na maior perfeição. Esse negócio de falar das atas... Pegue as atas do DEM ou do PMDB e verá que a linguagem é padrão. Isso aí é algo muito primário de querer intimidar o nosso partido", afirmou.


Bate-papo

 
Robinson Faria » Vice-governador e presidente estadual do PSD


Como o senhor avalia a reunião da bancada do PSD com a governadora?

 
O balanço é de tranquilidade. Não há nenhuma crise da bancada com a governadora. Vieram os seis estaduais. Fábio não veio, mas eu represento, já que ele está viajando. Viemos na integridade e todos falaram uma só linguagem, um só sentimento em que ficou claro que esses últimos acontecimentos proporcionados pelo presidente do partido, senador José Agripino, não abala, não afeta nossa relação política e administrativa com a governadora Rosalba. Deixamos claro isso para ela. A normalidade permanece e que o projeto político nosso é o mesmo do início do governo, até mais fortalecido agora com a chegada do deputado Gustavo Carvalho e outros que virão para se somar ao PSD.


Qual a postura do PSD do Rio Grande do Norte em relação ao senador José Agripino Maia?

 
Eu prefiro falar por mim. Minha postura é de total indignação. Isso aí eu não vou recuar. Acho que não merecia a natureza das ações que ele entrou contra o PSD. Como presidente sou responsável pelo PSD para responder juridicamente, muito embora todos tenham sido atingidos. Acho que foi de uma virulência muito grande as ações. Extrapolou o lado de uma logística um pouco mais racional, para algo de caráter pessoal porque ele me acusa de distribuição de cestas básicas. Até porque, e ele sabe disso, o partido está com uma aceitação enorme, não há necessidade de simpatizantes em troca de favores. O partido não tem a necessidade desse tipo de recurso para acontecer nos municípios. Ele me enquadrou em dois tipos de delito que foram muito pessoais e não estão acontecendo nem nos demais Estados. O mais estranho de tudo isso é a falta de desarmamento de espírito dele. Esse grupo foi o que ele foi buscar para eleger senador em 2010. O PSD é a continuação do PMN que ele tanto se interessou em trazer para votar nele e em Rosalba. Então agora já não presta mais, só prestava quando era na eleição? Esse grupo já não é tão interessante? Ele está tentando nos tirar o direito de ter uma legenda no Rio Grande do Norte para continuar nossa caminhada e fortalecer Rosalba. Ele quer tirar esse direito nosso. Ele não reconhece que há pouco tempo fomos eleitores dele? Esse mandato de oito anos dá o direito de ter o desprendimento ou o dever de ter o desprendimento e nessa hora ser um diplomata, procurando harmonizar. Ele está tentando provocar um racha no sistema de Rosalba. Mas ele não vai conseguir porque nós separamos e entendemos que a governadora Rosalba não teve nenhuma participação nesse episódio. Está claro que ela não teve participação, nem os deputados do DEM foram escutados. Foi algo unilateral do senador José Agripino, o que evidencia sua má vontade conosco.


O senhor se sente traído pelo senador José Agripino?

 
Eu sinto que houve uma grande ingratidão da parte dele com Robinson e dos demais companheiros do PSD que eu levei para votar nele.


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PT silencia sobre aproximação entre Carlos Eduardo e Robinson Faria

Politica - Natal - RN


Perguntado se aliança entre pedetista e vice da gestão do DEM afastaria PT, dirigente petista diz que "a gente só se distancia de quem está próximo".


 
“A gente só se distancia de quem estamos próximos”. Essa foi a resposta, em tom enigmático, dada pelo presidente estadual do PT e vereador de São Gonçalo do Amarante, Eraldo Paiva, quando perguntado se a possível aliança entre o PDT do ex-prefeito Carlos Eduardo e o PSD do vice-governador Robinson Faria poderia afastar petistas e pedetistas nas eleições de 2012 em Natal.


Eraldo disse que o partido ainda “não avaliou esse cenário”, mas ponderou que as legendas têm “liberdade para discutir suas alianças com quem quiser”. Ele reiterou que possíveis alianças visando o segundo turno em Natal “ainda não estão na ordem do dia do PT”.


“A única discussão no PT é a candidatura a prefeito do deputado estadual Fernando Mineiro. Hoje, cem por cento da militância petista quer a candidatura própria. Estamos trabalhando nisso incansavelmente. Conversas sobre alianças vão acontecer na hora certa”, declarou.


O dirigente petista disse respeitar “qualquer movimento de aliado ou possível aliado” do PT e, em sua visão, afirmou que não há “nenhuma novidade” na aproximação entre Carlos Eduardo e Robinson Faria, integrante do governo do DEM no Rio Grande do Norte.


“A base aliada [da presidenta Dilma Rousseff no RN] é assim. [O senador licenciado e ministro da Previdência] Garibaldi Filho apoiou [a governadora] Rosalba Ciarlini [DEM]. Não tem muita novidade [na aliança entre Carlos e Robinson]”, comentou.



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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Robinson reúne deputados e vai pedir apoio a Rosalba

Politica - RN


Vice-governador e seus liderados tentarão convencer governadora a intervir junto ao presidente do DEM, José Agripino, contra impugnação do PSD.


 
O vice-governador Robinson Faria vai se reunir com o grupo do PSD para avaliar o pedido de impugnação do registro do partido, protocolado pelo DEM do senador José Agripino e pelo PTB do deputado estadual Ezequiel Ferreira junto ao Tribunal Regional Eleitoral do RN (TJ-RN). Depois de juntar os aliados, ele vai à governadora Rosalba Ciarlini (DEM), quando tentará convencê-la a intervir junto ao presidente nacional dos democratas.


Rosalba assegurou que desconhecia a ação contra o partido de Robinson. Ele, por sua vez, fez questão de dizer que a relação com a governadora “não muda em nada”. A mesma coisa não se pode afirmar com relação a José Agripino. A ação do DEM representa, na prática, a confirmação do distanciamento entre o vice-governador e o democrata.




De acordo com uma fonte próxima a Robinson, até a última segunda-feira (1º) ele estava convicto que os democratas não iriam representar contra o novo partido no RN. A ação dos democratas e dos trabalhistas se fundamenta na denúncia da suposta clonagem de atas para formalização dos diretórios de quatro cidades potiguares.


O grupo que deverá acompanhar Robinson Faria na filiação ao PSD é formado pelos deputados estaduais Ricardo Motta, presidente da Assembleia Legislativa do RN, José Dias, Vivaldo Costa, Raimundo Fernandes, Gustavo Carvalho e Gesane Marinho e pelo deputado federal Fábio Faria.


Há duas semanas, quando questionado sobre as críticas de José Agripino à criação do PSD, liderado pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab, Robinson ponderou que o democrata estava se referindo ao “contexto nacional” ao dizer que o DEM estava sofrendo um “ataque especulativo” do novo partido.


Depois da confirmação do pedido de impugnação do DEM contra o PSD, Robinson se disse “decepcionado, triste e indignado” com José Agripino. O futuro presidente da nova legenda no RN afirmou, ainda, que está “absolutamente tranquilo” quanto “a parte jurídica e a legalidade do PSD”.


Enquanto isso, o deputado estadual Ezequiel Ferreira telefonou para o vice-governador para dizer que o PTB do RN não tinha nada a ver com o pedido de impugnação contra o PSD, que teria sido protocolado por “decisão unilateral” do diretório nacional da legenda.
 
 
Juiz pretende relatar caso até o final do mês
 
 
O juiz eleitoral Fábio Holanda, a quem caberá relatar o processo, contou que pretende apresentar seu voto o mais rápido possível. Ele revelou que indeferiu outro pedido feito pelo DEM, que pedia a suspensão do processo de criação do PSD até que a corregedoria eleitoral investigasse as denúncias de captação irregular de assinaturas para legalizar a legenda.


“Entendo que isso [denúncias de irregularidades] deve ser investigado pela corregedoria. O que precisamos apurar agora é o aspecto formal [da criação do partido]. Nesse caso [das assinaturas], são acusações muito pontuais. O processo, portanto, deve caminhar”, declarou. A decisão deve ser publicada ainda nesta sexta-feira no Diário Oficial da Justiça.





Quanto ao processo referente ao pedido de impugnação do PSD, Fábio Holanda informou que pretende apresentar seu voto e submeter o caso ao pleno do TRE-RN ainda este mês. “Precisamos dar segurança jurídica aos que querem participar da eleição de 2012”, pontuou.


O juiz explicou que o PSD tem prazo de três dias úteis para apresentar a defesa formal. O material, segundo assessores do vice-governador, já está sendo preparado e deve ser protocolado na próxima segunda-feira (8). Depois da formalização da defesa, Fábio Holanda vai abrir prazo para manifestação do Ministério público Eleitoral (MPE).


De acordo com as normas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o partido de Gilberto Kassab precisa estar registrado até o dia 7 de outubro para poder participar das eleições municipais de 2012.
 
 
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