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quarta-feira, 25 de abril de 2012

CR7 e Kaká param na muralha Neuer, e Bayern elimina o Real nos pênaltis

Futebol - Liga dos Campeões da Europa

Português marca duas vezes no tempo normal, mas perde o seu na disputa final. Alemães decidirão a Liga dos Campeões contra o Chelsea em casa

 Poderia ser o jogo de Cristiano Ronaldo, que marcou duas vezes no tempo normal. Ou poderia ser o de Kaká, que saiu do banco de reservas no fim do segundo tempo para se aproveitar do cansaço dos rivais. Mas era a noite de Manuel Neuer. O goleiro titular da seleção alemã se consagrou ao defender as penalidades do português e do brasileiro e ainda contou com um chute para fora de Sergio Ramos para levar o Bayern de Munique à grande decisão da Liga dos Campeões, após vitória por 3 a 1 nos pênaltis e derrota por 2 a 1 até a prorrogação, nesta quarta-feira, no Santiago Bernabéu. Detalhe: a finalíssima será na Allianz Arena, casa do Bayern, contra o Chelsea, no próximo dia 19 de maio.

Por pouco Iker Casillas também não foi herói. O goleiro espanhol defendeu duas cobranças dos bávaros - de Kroos e Lahm -, mas Alaba, Mario Gómez e Schweinsteiger deram números finais a uma emocionante e exausta semifinal. O holandês Arjen Robben, que não participou da disputa final, marcou no primeiro tempo, justamente de pênalti.

Com o sonho do 10º título continental adiado novamente, resta aos merengues concentrarem os seus esforços no Campeonato Espanhol, competição em que o time é líder com sete pontos de vantagem para o arquirrival Barcelona, que também se despediu da Champions nesta semana. Restam quatro rodadas.

cristiano ronaldo neuer penaltis Real Madrid X Bayern munique (Foto: AFP)Neuer defende cobrança e Cristiano Ronaldo e começa a se consagrar no Santiago Bernabéu (Foto: AFP)
 
Os alemães, por sua vez, também apagaram a má impressão deixada no estádio após a decisão da Liga dos Campeões de 2010. Na ocasião, foram derrotados para o Internazionale de Milão, comandado por José Mourinho, por 2 a 0. A equipe comandada por Jupp Heynckes busca o seu quinto título em final inédita contra os Blues, que ainda não conquistaram a Champions - bateram na trave em 2008, diante do Manchester United, nos pênaltis.

Início avassalador

Em um cenário próximo do ideal para o Real Madrid, o time conseguiria reverter a vantagem do Bayern de Munique com 15 minutos de jogo. Foi exatamente o que aconteceu em um Santiago Bernabéu pulsante. A torcida comprou o barulho e fez do seu estádio uma arma que funcionou - ao menos no início.


Prova disso foi o pênalti marcado logo aos cinco minutos. Di María recebeu lançamento de Marcelo e acertou chute de primeira. Alaba se jogou para interceptar a finalização e tocou com o braço na bola. O juiz hesitou por um instante, mas a pressão foi tamanha que o árbitro húngaro Viktor Kassai apontou para a cal mesmo sem muita convicção. Cristiano Ronaldo não repetiu Lionel Messi na véspera e converteu, desviando de Neuer: 1 a 0.
O Bayern concentrava suas forças no ataque. A resposta quase foi instantânea, mas o holandês Arjen Robben perdeu gol inacreditável após cruzamento de Alaba, aos sete, já na pequena área. Aos 11, foi a vez de Mario Gómez chutar da entrada da área e obrigar Casillas a espalmar. Ribéry tentou completar no rebote, mas Khedira salvou com um carrinho.

Comemoração Cristiano Ronaldo - Real MAdrid X Bayern (Foto: Ag. AFP)Com dois no tempo normal, CR7 tinha tudo para ser o melhor em campo. Até parar em Neuer (Foto: AFP)
 
Mourinho sabia do perigo que corria e chamou Cristiano Ronaldo para uma rápida conversa. A expressão do treinador foi clara: segurar a bola, ter calma, como o craque português havia pedido depois de fazer o gol da vitória diante do Barcelona, no sábado, ainda que ironicamente. E não é que deu certo? Aos 14, Özil encontrou Cristiano com passe espetacular. O luso não perdoou e fez o segundo dele e dos merengues.

No lá e cá, melhor para o Bayern

A vantagem àquela altura já era mais do que o suficiente para os donos da casa avançarem à final. Os bávaros, então, avançaram mais a marcação e continuaram chegando com perigo. Em um contra-ataque, aos 25, Benzema quase ampliou - a bola ficou viva na grande área até que Neuer pudesse afastar.

robben marcelo Real Madrid X Bayern munique (Foto: Getty Images) 
Marcelo tenta levar o Real ao ataque: lateral
brasileiro teve boa atuação (Foto: Getty Images)
 
Seria uma injustiça, principalmente pelo que apresentavam os alemães. Não à toa chegariam ao gol no minuto seguinte. Lahm cruzou para Mario Gómez, que caiu na grande área depois de ser tocado por Pepe. O árbitro marcou pênalti do zagueiro. Robben se encarregou da cobrança e diminuiu, ainda que Casillas e a trave quase tenham evitado.

O "lá e cá" seguiu até o fim da primeira etapa. Aos 30, Benzema fez boa jogada pela esquerda e chutou forte. Neuer afastou com os olhos. Depois, aos 33 e 46, foi Casillas quem apareceu em finalizações de Gómez e Robben, de falta. Era um jogaço, para o deleite de Vicente del Bosque e Joachim Löw, técnicos das seleções da Espanha e Alemanha, presentes nas tribunas do Bernabéu.

Cautela x emoção

A partida seguiu carregada de tensão no segundo tempo, o que refletia no comportamento dos torcedores, menos participativos. Mas em campo era mais do mesmo: lá e cá. Aos dois, Lahm cruzou da direita e Gómez cabeceou forte. A bola passou raspando a trave direita de Casillas. Aos dez, no entanto, foi Benzema quem encontrou espaço e concluiu para a defesa de Neuer.

O tempo foi passando e o jogo virou sinônimo de cautela. O Real sabia que sofrer um gol poderia ser fatal, assim como para o Bayern exagerar nos espaços não pareceria boa ideia. Sem se comprometer, os merengues atacavam com chutes de média distância, principalmente nas faltas de Cristiano Ronaldo.
Mourinho pôs Kaká restando pouco mais de 15 minutos para o fim do jogo. Fez também o papel de incentivador ao puxar aplausos das arquibancadas. O Real tentou responder em campo, mas não conseguiu - muito por conta do cansaço de Cristiano Ronaldo, que se desdobrava entre ataque e marcação. Kaká entrou mal, sem confiança, desperdiçando contra-ataques. E ainda viu Pepe e companhia se segurarem lá atrás quando Mario Gómez recebeu de Robben e foi travado, aos 41. Era noite de prorrogação.

Cristiano Ronaldo - Real Madrid X Bayern (Foto: Ag. EFE)O brasileiro Luiz Gustavo vigiou de perto o craque português em boa parte do jogo (Foto: Ag. EFE)
Cansaço domina tempo extra

A prorrogação pôs em campo mais um elemento: a condição física. Cansado, Ribéry deu lugar a um renovado Müller. O Bayern pôde se dar ao luxo de realizar sua primeira substituição no tempo extra depois de ter poupado oito titulares no fim de semana. O Real, enquanto isso, lutava contra todo tipo de fadiga. E o primeiro tempo não teve um grande lance sequer de emoção.

O cansaço merengue era maior, mas a postura foi ainda mais ofensiva nos minutos finais de jogo. O problema é que não havia ninguém inspirado que pudesse resolver - Kaká, inclusive, tirava a paciência dos torcedores ao cometer seguidos erros. Aos 10 (ou 115), o brasileiro acertou o cruzamento, mas Granero se enrolou e desperdiçou grande oportunidade ao se jogar tentando cavar um pênalti. O árbitro não caiu na do meia. A decisão sairia da marca da cal, mas não naquele momento.

Cristiano Ronaldo e Kaká erram no mesmo canto


kaka Real Madrid X Bayern munique (Foto: AFP) 
Kaká mais errou do que acertou (Foto: AFP)
 
Após pouco menos de cinco minutos de descanso, os dois times foram para os pênaltis. Alaba converteu a primeira cobrança. Cristiano Ronaldo, que vinha de 25 pênaltis seguidos sem perder, pegou a bola e... Bateu fraco, permitindo a defesa de Neuer. Na sequência, Mario Gómez fez 2 a 0 para o Bayern.
Kaká, que entrou no segundo tempo, tinha a chance de diminuir, mas acabou telegrafando o canto (o mesmo de CR7) e Neuer, mais uma vez, defendeu. Quando tinha a chance de praticamente liquidar a fatura, Kroos chutou rasteiro, sem força, e Casillas fez a defesa.

Xabi Alonso, na terceira cobrança do Real, finalmente marcou. Logo depois, Lahm bateu com uma “pequena” cavadinha, e Casillas salvou sem problemas: 2 a 1 para o Bayern. O zagueiro Sergio Ramos partiu para a quarta cobrança do Real e mandou longe, muito longe. Schweinsteiger, então, tinha a chance de garantir o Bayern na decisão em casa. E não a desperdiçou. Com força, deslocando Casillas, colocou no fundo da rede, calou o Bernabéu e fez a festa dos bávaros.

Schweinsteiger Comemorando - Real Madrid X Bayern (Foto: Getty Images)Schweinsteiger deslocou Casillas na cobrança final: Bayern em nova decisão (Foto: Getty Images)

terça-feira, 24 de abril de 2012

Messi para na trave, Ramires faz golaço, e Chelsea elimina o Barça

Futebol - Mundo

Empate por 2 a 2, com direito a pênalti perdido do argentino e gol de Torres
no fim, cala Camp Nou e tira os catalães da briga pelo título da Champions

Acostumado a sempre decidir a favor do Barcelona, Lionel Messi experimentou um sentimento distinto nesta terça-feira. Com atuação abaixo de sua média, com direito a um pênalti perdido, o craque argentino parou na trave e viu os catalães serem eliminados pelo Chelsea na fase semifinal da Liga dos Campeões, no Camp Nou, com o empate por 2 a 2. O herói, desta vez, foi o brasileiro Ramires, que marcou um golaço no fim do primeiro tempo e ajudou a garantir os ingleses na grande decisão do dia 19 de maio, em Munique.

Busquets e Iniesta anotaram para o Barça, enquanto Fernando Torres fechou o caixão culé nos acréscimos.
O resultado desta terça praticamente coloca a palavra fracasso como a melhor para definir a temporada dos espanhóis, a quarta de Guardiola no comando do clube, uma vez que o título espanhol é quase impossível (o Real está sete pontos na frente restando quatro rodadas). Para evitar uma tragédia ainda maior, o Barça pega o Athletic Bilbao no dia 25 de maio, no Vicente Calderón, em Madri, na final da Copa do Rei.

Já o Chelsea, que se desdobrou em campo com um homem a menos desde os 37 minutos da etapa inicial (Terry foi expulso ao dar uma joelhada em Sánchez), agora fica ligado na televisão e espera nesta quarta-feira o adversário de sua segunda decisão - em 2008, perdeu para o Manchester United nos pênaltis. Real Madrid e Bayern de Munique se enfrentam no Santiago Bernabéu com os alemães jogando pelo empate após vencerem por 2 a 1 na Allianz Arena.

ramires chelsea x barcelona (Foto: AP)Ramires comemora o golaço que ajudou e muito a garantir o Chelsea na decisão da Champions 
 
A partida em muito lembrou a então última eliminação do Barça na Champions, há quase exatos dois anos, quando derrotou o Inter de Milão de José Mourinho por 1 a 0, gol de Piqué, em resultado que não foi suficiente para garantir a vaga. Curiosamente, na ocasião também com um a mais na maior parte do tempo: o brasileiro Thiago Motta foi expulso aos 28 da etapa inicial.

45 em 15

O primeiro tempo, obviamente, teve 45 minutos, mas seria mais fácil contar a partir dos 15 minutos finais. Afinal, tirando as lesões de Cahill, muscular, e Piqué, pancada na cabeça, que os fizeram ser substituídos, o que se viu foi o de sempre: massacre do Barcelona com amplo domínio territorial e de posse de bola diante de um Chelsea que se defendia de todas as maneiras.


De diferente da partida do Stamford Bridge, apenas a postura dos ingleses, que tentavam avançar a marcação sempre que podiam e dificultavam as ações dos culés, muito reféns das triangulações e tabelinhas do trio Messi, Fàbregas e Sanchéz. A partir dos 30, o jogo pegou fogo.

Surpreendentemente ansioso e apelando para chuveirinhos e chutes sem direção de fora da área, o Barcelona parecia nervoso diante da dificuldade de furar a retranca azul. Foi quando abriu o placar com um gol, digamos, improvável, aos 34. Primeiro, porque Messi, Xavi, Fàbregas ou Iniesta não participaram da armação da jogada; segundo, pelo posicionamento dos protagonistas.

Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Daniel Alves na entrada da área. Ao melhor estilo Xavi, ele serviu Cuenca, escalado para jogar aberto pela direita, livre no lado esquerdo. O jovem cruzou rasteiro e achou Busquets, como típico centroavante, para escorar de canhota no segundo pau: 1 a 0, e o confronto estava empatado.

Terry vira vilão; Ramires, o herói
terry chelsea x barcelona (Foto: Reuters)John Terry ouve reclamações de Puyol após dar joelhada em Sánchez: expulsão precoce 

Dois minutos depois, porém, John Terry aumentou sua lista de momentos polêmicos e foi expulso. O zagueiro, que já foi acusado de racismo, teve relacionamento com a mulher do companheiro de seleção Wayne Bridge, "agrediu" Puyol fora do lance na partida de ida e escorregou no pênalti que daria o título da Champions ao Chelsea em 2008, deu uma joelhada em Alexis Sanchéz sem bola e recebeu o vermelho direto. Na sequência, fez apenas uma feição de surpresa enquanto passava a faixa de capitão para Lampard. Quase não reclamou.

Com um a menos, o Chelsea fez o que lhe restava: defender até onde fosse possível. E não foi possível muito tempo. Aos 43, em inacreditável contra-ataque oferecido por uma equipe em desvantagem numérica, Alexis Sanchéz tocou para Messi, que serviu Iniesta. O camisa 8 apenas definiu na saída de Cech.
O mundo pensou: fatura liquidada. Menos Ramires. O brasileiro, que está fora da final por ter recebido o terceiro amarelo, aproveitou excelente passe de Lampard, invadiu livre a área e, com incrível frieza, tocou no cima de Valdés: golaço! E o brasileiro dançou diante do silêncio de 95 mil culés no Camp Nou. O improvável Chelsea terminava o terceiro dos quatro tempos do confronto classificado para a decisão.

Messi perde pênalti

O segundo tempo começou a mil. Como uma avalanche, o Barcelona engolia o Chelsea e se mandava para o ataque. E o gol parecia que não ia demorar para sair. Logo aos dois minutos, Drogba tentou ajudar na defesa e derrubou Fàbregas dentro da área. Pênalti que o árbitro turco Cunyet Çakir teve dúvidas, mas marcou com a ajuda do auxiliar Tarik Ongum.

Na cobrança, Messi, o melhor do mundo, o maior artilheiro de uma edição da Champions (14 gols), o craque do time. À frente dele, porém, estava Petr Cech, o goleiro que havia enfrentado sete vezes sem sucesso. Parece que a figura do tcheco pesou. O argentino caminhou lentamente e acertou o travessão. O mundo arregalou os olhos: ele também falha! Este foi o oitavo pênalti perdido dos 33 que cobrou com a camisa do Barça.

E, neste jogo em especial, como falhou. Mesmo com a assistência para o gol de Iniesta, Messi esteve irreconhecível: errou passes bobos, se mostrou nervoso, fez faltas duras - levou um cartão amarelo - e até empurrou Lampard em confusão com Fàbregas aos seis. Definitivamente, Barça x Chelsea não era um confronto normal.

Sem ter muito o que fazer, Roberto Di Matteo fechou o Chelsea de vez e trocou Mata por Kalou. Seriam 30 minutos de pura pressão. Aos ingleses, por sua vez, pesava a experiência, principalmente de Drogba e Cech. No ataque, o marfinense se virava como podia, segurava a bola e até gol do meio-campo tentava. Lá atrás, o tcheco era um monstro.

Messi - Chelsea X Barcelona (Foto: Ag. AFP)Lionel Messi perdeu um pênalti no início do segundo tempo: vilão na eliminação do Barça 
 
Como se não bastasse parar chute de Cuenca na pequena área, o arqueiro amarrava o jogo e irritava os rivais demorando para cobrar tiros de meta. Ele ainda contou com a sorte e viu chute de Messi explodir em sua trave esquerda. Tudo dava certo para o Chelsea. Os deuses da bola pareciam estar de cansados da hegemonia do Barça.

Antigo carrasco decreta eliminação do Barcelona

Do lado de fora, Guardiola tirava o casaco, mexia na gravata, gritava, gesticulava. O Barça dominava, mas não criava. Pior que isso, via quase todas as jogadas ofensivas morrerem nos pés de seu melhor jogador: Messi. O clima de tensão era evidente. Incrédulos, os culés sequer conseguiam apoiar e reclamavam até dos três minutos de acréscimos. Também pode ser sofrido torcer para o Barça. E dessa vez o sofrimento é por tempo indeterminado.

Em contra-ataque mortal, Fernando Torres decretou o 2 a 2 aos 47 minutos. Não é novidade para o Camp Nou ver gols de “El Niño”, algoz desde os tempos de Atlético de Madrid - o oitavo em 11 jogos. A festa é inglesa, e na quarta tudo pode ficar ainda pior, com uma festa em Madri. Ao Barça, restam as lágrimas de Xavi e Sanchéz ainda em campo, um Messi em estado de choque e secar para que o principal rival não lhe roube o posto de melhor do mundo. Sim, pode ainda ser pior.

Fernando Torres Chelsea x Barcelona (Foto: Getty Images)Fernando Torres dribla Valdés para selar a classificação do Chelsea à decisão (Foto: Getty Images)