quinta-feira, 3 de abril de 2014

UNIÃO DAS FORÇAS EM FAVOR DE HENRIQUE PODE PREJUDICAR A SAFRA POLÍTICA NO INTERIOR

Política - RN - Eleições 2014

O arco de aliança que está sendo formado em torno do projeto político do deputado Henrique Eduardo Alves está deixando a classe política do interior em desespero.

Pelo visto a safra de outubro não vai ser das melhores. Já se escuta o choro da turma pelo interior do Rio Grande do Norte.

Até agora ninguém está procurando ninguém para se acertar. Os entendimentos ao que parece vão ficar só por cima, entre deputados e prefeitos. Vereadores, ex-vereadores e pretensos candidatos a vereador estão vivendo um momento de seca eleitoral.

Agora se Rosalba renunciar ao Governo para disputar a Câmara Federal, o que ainda pode acontecer, e Robinson assumir a caneta, a coisa muda. É como chover no roçado.

Porém, se Wilma resolver ser candidata ao Governo com Fátima para o Senado, como deseja muita gente, a invernada passa a ser das boas.

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terça-feira, 1 de abril de 2014

PMDB do RN se alia a Aécio Neves, PSB e DEM

Política - RN - Eleições 2014

Sob o comando do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e do ministro da Previdência, Garibaldi Alves, o PMDB do Rio Grande do Norte abriu um racha na coligação que apoia a presidente Dilma Rousseff, excluiu o PT da aliança local e se juntou aos principais partidos de oposição, a exemplo do PSB, PSDB, DEM e PPS. O candidato a governador será o próprio Henrique Alves, numa coligação de cerca de 20 partidos. O Estado tem 2,5 milhões de eleitores.
A vaga de senador, prometida até 20 dias atrás à presidente estadual do PT, deputada Fátima Bezerra, foi entregue à ex-governadora Wilma de Faria, do PSB do pré-candidato a presidente da República Eduardo Campos. Ao PR caberá indicar o nome do vice-governador. Aliado da presidente da República, Henrique Alves anunciou que seu palanque ficará aberto para Dilma Rousseff. Mas nos bastidores o PT nacional trabalhará para que Dilma não suba ali. Quer que ela construa o seu próprio espaço, independentemente do que for montado por Henrique Alves.

Ao rejeitado PT restou o PSD de Gilberto Kassab. "O PT foi excluído da chapa sem a menor cerimônia. E nem tínhamos divergências, porque o PMDB queria o governo e nós o Senado. Mas o PMDB preferiu se aliar a adversários que fazem feroz oposição ao nosso governo - que é deles também - e se livrar do PT", disse Fátima Bezerra. O fato de não ter sobrado a ela quase nenhum partido para montar a aliança não a fará desistir, disse Fátima. "Fiquei com um palanque muito pequeno. Mas vou disputar o Senado", afirmou Fátima Bezerra. O candidato a governador na aliança com o PT deverá ser o hoje vice Robson Faria, do PSD. Ainda estou procurando outros partidos, como o PCdoB, que sempre nos acompanha".
O chapão de Henrique Alves foi montado no final de semana e teve a participação direta de Eduardo Campos. Como havia uma resistência da Rede Sustentabilidade (abrigada no PSB) da ex-ministra Marina Silva à coligação, a ex-governadora Wilma de Faria viajou na sexta-feira a Recife para conversar com Eduardo Campos sobre a aliança. Depois de ouvi-la, Campos a autorizou a entrar na chapa para disputar o Senado.

Wilma encontrou-se com o governador acompanhada de uma comitiva que incluiu a ex-líder do PSB na Câmara Sandra Rosado e os deputados estaduais Márcia Maia, Larissa Rosado e Tomba Farias. Na própria sexta, à noite, todos voltaram a Natal, já ungidos pelo candidato do PSB. Henrique Alves foi avisado da decisão de Campos e, ao lado do primo Garibaldi Alves, foi chamado pelos socialistas para um jantar em comemoração à aliança, servido no apartamento do deputado Tomba Farias.
Embora Henrique Alves tenha dito que seu palanque será de Dilma e do vice-presidente Michel Temer (que é presidente licenciado do PMDB e ao qual é muito ligado), PSB, PSDB e DEM acreditam que podem tirar proveito da proximidade com o presidente da Câmara. Campos porque tem chances reais de eleger Wilma de Faria senadora, o que fortalecerá sua bancada no Senado, além de ter seu nome vinculado ao dela. Aécio, porque o PSDB é insignificante no Rio Grande do Norte e o que vier em termos de voto é lucro. E o DEM porque poderá usar os palanques de Alves para bombardear o PT. O fiador da aliança por parte do DEM foi o presidente do partido, senador José Agripino, que é do Rio Grande do Norte.

 JOÃO DOMINGOS - Agência Estado

Apoio de Carlos Eduardo a Wilma Faria sela rompimento com Fátima Bezerra

Política - RN - Eleições 2014

Wilma de Faria é vice-prefeita de Natal e ficará ao lado do PMDB nestas eleições 

O prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, anunciou apoio à chapa do PMDB com o PSB nas eleições deste ano para o governo e o Senado, aderindo ao palanque do pré-candidato do PMDB a governador, Henrique Alves, e da pré-candidata do PSB a senadora, Wilma de Faria. O chefe do executivo municipal participou, na sexta-feira, de ato de lançamento da pré-candidatura do PMDB ao governo, ao lado de Wilma e aliados. O apoio de Carlos Eduardo a Wilma de Faria sela o rompimento do prefeito com a deputada federal Fátima Bezerra (PT), parceira de longa data do gestor, desde os dois primeiros mandatos de Carlos à frente da Prefeitura de Natal.

Fátima Bezerra é pré-candidata ao Senado Federal e deverá disputar contra Wilma a única vaga do Rio Grande do Norte na Câmara Alta nas eleições deste ano. A petista aguardava o apoio de Carlos Eduardo a sua candidatura, o que não se configurou. O fato é que, em se concretizando a aliança de Carlos com Wilma para o Senado, este fato selará o rompimento do prefeito com a deputada do PT. E, neste caso, embora Fátima diga que jamais atuará contra os interesses de Natal na capital federal, com certeza, não dará mais tanta atenção aos pedidos do, a partir de agora, adversário político.
É o próprio Carlos Eduardo quem afirma isto: “Não haverá retaliação do governo federal de jeito nenhum. Até porque o PDT vai apoiar a presidente Dilma Rousseff. Já anunciamos isso. A presidente é republicana, o governo é republicano. Desde que tenhamos bons projetos, nós seremos atendidos. Nós vamos continuar essa parceria com o governo federal”, disse, afirmando que, no que toca aos petistas que fazem parte da administração, estes terão direito a permanecer. “Com relação à administração, nós vamos respeitar quem está dentro da administração e tomar uma posição política. Mas o prefeito não vai tomar posição política. Até porque tivemos o apoio do PT no segundo turno, tivemos o apoio do PSD no primeiro e segundo turno. Essas posições serão mantidas. Por conta disso, não vai haver mudança. Da minha iniciativa não vai haver. Haverá respeito à posição política de cada um”, afirmou.

DEMISSIONÁRIOS?

No campo local, os primeiros efeitos do rompimento de Carlos Eduardo com Fátima serão sentidos a partir de defecções do secretariado municipal. Tida como uma das principais auxiliares da gestão carlista, a economista Virgínia Ferreira poderá deixar a administração a partir de janeiro do ano que vem. Virginia é responsável pelo encaminhamento de diversos projetos da Prefeitura e, junto com a deputada Fátima, atua em favor dos projetos de Natal junto aos ministérios federais. A saída da economista da prefeitura é tida como certa por petistas da ala mais radical do partido.
Além de Virginia, outra possível baixa na equipe de Carlos Eduardo seria o secretário de Saúde, Cipriano Maia, já que ele é um quadro do PT e teve o nome avalizado pela deputada Fátima para integrar o primeiro escalão da administração municipal. Embora desgastado e prestando um serviço de poucos resultados até agora, o especialista em Sistema Único de Saúde (SUS) seria uma baixa relevante na administração carlista, por administrar um setor sensível.
No PSD, partido liderado no Rio Grande do Norte pelo vice-governador Robinson Faria, pré-candidato da legenda a governador, apenas um nome estaria cotado para deixar a equipe do prefeito Carlos Eduardo Alves: o atual secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Marcelo Toscano. Robinson também nega que irá associar eleições com gestão municipal, mas a saída de Toscano seria dada como certa, na medida em que ficar evidenciado que Carlos Eduardo é adversário político de Robinson Faria.

Os três nomes – Virginia, Cipriano e Toscano – foram indicados pelo PSD e o pelo PT porque os dois partidos apoiaram a eleição de Carlos Eduardo na eleição de 2012. Foram indicados para comporem a equipe de gestão. As vagas seriam preenchidas por indicações do PMDB, do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, do PSB, da vice-prefeita Wilma de Faria, e do PR, do deputado federal João Maia.
Ainda não se sabe se haverá abertura para que outros partidos, que poderão integrar o mesmo palanque apoiado por Carlos Eduardo, como PSDB, DEM e PPS, façam indicações na gestão da capital. O PSDB de Rogério Marinho e o DEM de José Agripino também poderão apoiar o palanque formado por PMDB, PSB e PR.


Alex Viana
Repórter de Política -O JORNAL DE HOJE