quarta-feira, 21 de abril de 2010

Cancer de mama

Mama


A mama é constituída por estruturas produtoras de leite (lóbulos), ductos, que são pequenos canais que ligam os lóbulos ao mamilo; gordura, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e vasos linfáticos.

Vasos linfáticos são semelhantes aos vasos sanguíneos, só que em vez de sangue, transportam linfa, um líquido que contém células do sistema de defesa, gordura e proteínas. Ao longo dos vasos linfáticos há pequenos órgãos em forma de feijões, ou gânglios ou nódulos linfáticos ou ainda linfonodos, que armazenam glóbulos brancos chamados linfócitos. A maioria dos vasos linfáticos da mama leva a gânglios linfáticos situados nas axilas, denominados nódulos ou gânglios axilares. Se as células cancerosas atingirem esses gânglios, a probabilidade de que a doença se espalhe para outros órgãos é maior.
A maioria dos cânceres de mama começa nos ductos (carcinomas ductais), alguns têm início nos lóbulos (carcinoma lobular) e os demais nos outros tecidos.


Nódulos benignos


A maioria dos tumores de mama é benigna, isto é, são crescimentos celulares que não se espalham pelo organismo e não ameaçam a vida da mulher. Mas só um médico pode dizer a diferença. A maioria dos nódulos (ou caroços) nas mamas são cistos, que contêm líquido.



Tipos de câncer de mama


Carcinoma in situ: é o termo usado para o câncer em estágio inicial, que está restrito ao local onde teve início, lóbulo ou ducto, e não atingiu nem os tecidos gordurosos próximos nem outros órgãos:
Carcinoma ductal in situ: é o tipo mais comum de câncer de mama não-invasivo, está confinado aos ductos, não se espalhou através das paredes dos ductos e não atingiu o tecido gorduroso. Praticamente todas as mulheres com tumores neste estágio podem ser curadas.
Carcinoma lobular in situ: é o câncer que começa nas glândulas produtoras de leite (lóbulos) e permanece restrito a elas, sem atravessar a parede dos lóbulos.
Carcinoma ductal infiltrante ou invasivo: é o tipo mais comum de câncer de mama e é responsável por 80% dos casos da doença. Ele começa nos ductos, atravessa sua parede e invade o tecido adiposo (gorduroso) da mama, de onde pode se espalhar para outras partes do corpo.
Carcinoma lobular infiltrante ou invasivo: ele começa nas glândulas que produzem leite ou lóbulos e pode se espalhar para outras partes do corpo. Ele é responsável por 10% dos cânceres de mama invasivos.
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres "exceção feita ao de pele". Nos Estados Unidos, as estimativas são de cerca de 213 mil novos casos este ano com 41 mil mortes. Lá ele é a segunda causa de morte por câncer entre mulheres, ficando atrás do câncer de pulmão. No Brasil, ele é a primeira causa de morte por câncer entre as mulheres. Por aqui, as estimativas prevêem 50 mil novos casos em 2006
O uso de exames preventivos aumentou bastante o número de casos de câncer identificados antes de causar sintomas.

O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um caroço. Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser malignos, mas há tumores que são macios e arredondados. Portanto, é importante ir ao médico. Outros sinais de câncer de mama incluem:

Inchaço em parte do seio


Irritação da pele ou aparecimento de irregularidades na pele, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja

Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro)

Vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama

Saída de secreção (que não leite) pelo mamilo

Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro)

Um caroço nas axilas

Diagnóstico por imagem


Mamografia: a mamografia também pode ser utilizada quando o médico suspeita ou diagnostica um câncer. Ela pode mostrar que está tudo bem ou que outro exame, geralmente uma biópsia, é necessário. Quando o médico sente um nódulo, mesmo que a mamografia não revele o tumor, a biópsia é necessária, a não ser que um ultra-som mostre que o caroço é um cisto. A mamografia não pode dizer se um caroço na mama é canceroso ou não.

Ultra-som de mama: um exame de ultra-som usa ecos de ondas sonoras para criar uma imagem de partes do organismo. Geralmente ele é usado quando a mamografia identifica uma área duvidosa na mama, porque ajuda a diferenciar cistos (nódulos com líquido) de massas sólidas.

Ressonância magnética: a ressonância usa ondas de rádio e fortes ímãs e computador, que transforma os resultados em imagem. Tipos especiais de MRIs podem ser usados para analisar melhor cânceres encontrados por mamografias ou para mulheres de alto risco.

Biópsia


Ela é feita quando outros testes indicam que a mulher possui uma área que pode ser câncer de mama e consiste na remoção de uma amostra de tecido. Há vários tipos de biópsia e o médico escolhe a mais indicada para cada caso:

Biópsia por aspiração com agulha fina: Uma agulha bem fina, às vezes guiada por ultra-som, é usada para retirar líquido do nódulo. Se o nódulo for sólido, pequenos pedaços de tecido são removidos e analisados ao microscópio. Se a biópsia não der um resultado claro ou se o médico não tiver certeza do diagnóstico, uma segunda biópsia ou um tipo diferente de biópsia pode ser necessário.

Biópsia estereotáxica por agulha grossa: Ela é usada para remover vários cilindros de tecido e é feita com anestesia local.

Biópsia cirúrgica: Algumas vezes uma cirurgia é necessária para remover todo nódulo ou parte dele e analisá-lo ao microscópio. Muitas vezes remove-se também tecido sadio ao redor do nódulo.

Análise da biópsia: Se o tecido removido não for canceroso, não há necessidade de tratamento. Se for, a biópsia pode dizer se trata de um câncer agressivo ou não. As amostras são graduadas de 1 a 3. Os cânceres que se mais se assemelham ao tecido normal tendem a crescer e se espalhar mais lentamente. Geralmente, um grau menor indica câncer de crescimento mais lento e o maior, os mais agressivos.

A amostra da biópsia também pode ser testada para ver se contém receptores para certos hormônios, como progesterona e estrogênio, designadas como progesterona positivo e estrogênio positivo. Esses cânceres tendem a ter prognóstico melhor, pois respondem a tratamento hormonal. Dois em cada três casos de câncer de mama apresentam esses receptores.



Fatores de Risco e Prevenção


Não se sabe exatamente o que causa o câncer de mama, mas há alguns fatores de risco associados à doença. Fator de risco é qualquer coisa que aumente as chances de aparecimento de uma doença. Alguns podem ser controlados (como fumo, hábitos alimentares) e outros não, como idade e histórico familiar. Mas a exposição a um ou mais fatores de risco não significa que a mulher vá necessariamente ter câncer de mama; apenas que corre maior risco de ter a doença.

- Sexo: ser mulher é o principal fator de risco para desenvolver a doença. Homens também podem ter a doença, mas ela é 100 vezes mais comum em mulheres.

- Idade: o risco de desenvolver a doença aumenta com a idade. Ao redor de 18% dos cânceres de mama são diagnosticados em mulheres com aproximadamente 40 anos, e 77% em mulheres com 50 anos de idade ou mais.

- Histórico familiar: Ter mãe, irmã ou filha com a doença aumenta o risco de a mulher ter a doença, entretanto, o exato risco é desconhecido. Mulheres com histórico familiar de câncer de mama em pai ou irmão, também possuem risco aumentado. Ao redor de 20% a 30% das mulheres portadoras de câncer de mama possuem parente com o mesmo diagnóstico.

- Mutações genéticas: Entre 5% e 10% dos cânceres de mama estão associados a certas mutações genéticas, a mais comum nos genes chamados BRCA1 e BRCA2. Mulheres que têm essas mutações têm até 80% de chances de desenvolver câncer de mama por volta dos 70 a 75 anos.

- Histórico pessoal de câncer de mama: mulheres que tiveram câncer em uma mama têm maior risco (3 a 4 vezes mais) de ter câncer na outra mama, ou mesmo em outra parte da primeira. Não se trata de recidiva (volta do câncer), mas de um novo tumor na mesma mama.

- Fatores étnicos: mulheres brancas têm risco levemente maior que as negras (na população norte americana), mas estas correm maior risco de morrer da doença, pois apresentam tumores mais agressivos. O risco é menor em mulheres asiáticas e indígenas.

- Biópsia anterior anormal: certos tipos de anomalias encontradas em biópsias prévias podem aumentar o risco de câncer de mama.

- Radioterapia anterior no tórax: mulheres, quando crianças ou adultos jovens, submetidas à radioterapia na região do tórax têm risco consideravelmente maior de desenvolver câncer de mama.

- Período menstrual: mulheres que começaram a menstruar cedo (antes dos 12 anos) ou que entraram na menopausa após os 55 anos têm risco ligeiramente maior de ter câncer de mama.

- Tratamento com dietiletilbestrol: no passado, grávidas tomaram essa droga para reduzir o risco de aborto espontâneo. Mais tarde descobriu-se que o medicamento tinha efeitos teratogênicos (causando má-formações) e carcinogênicos.

- Não ter filhos: mulheres que não tiveram filhos ou só tiveram depois dos 30 anos têm risco levemente aumentado de ter câncer de mama. Ter mais de um filho quando jovem reduz o risco de câncer de mama.

- Pílula anticoncepcional: não se sabe ao certo qual o papel da pílula no câncer de mama, mas alguns estudos sugerem que mulheres que tomam a pílula correm risco levemente maior de ter câncer de mama, quando comparadas às mulheres que nunca usaram.

- Reposição hormonal: o uso da reposição hormonal combinada (progesterona mais estrogênio) por longo período (vários anos) aumenta o risco de câncer de mama, doença cardíaca, coágulos e derrame. Além disso, são cânceres diagnosticados em estágios mais avançados, talvez porque a reposição hormonal pareça reduzir a eficiência da mamografia.

- Gravidez e amamentação: Alguns estudos mostram que amamentar reduz levemente o risco de câncer de mama, especialmente se a mãe amamenta por um ano e meio ou dois. Porém, outros estudos não demonstraram o impacto da amamentação sobre o risco do câncer de mama. O motivo parece ser o fato de a amamentação reduzir o número de períodos menstruais da mulher, assim como a gravidez. Um dos motivos para o aumento dos casos de câncer de mama é uma conjugação de fatores comportamentais: as mulheres menstruam mais cedo, têm filhos mais tarde (após os 30 anos) e menos filhos que suas avós e bisavós. Isso significa que suas células da mama são expostas a mais estrógeno.

- Consumo de álcool: o consumo de bebidas alcoólicas está claramente associado a um aumento do risco de ter câncer de mama. Mulheres que bebem uma dose de álcool por dia têm risco levemente maior. As que bebem de 2 a 5 doses diárias têm risco uma vez e meia maior do que as que não bebem.

- Alimentação: ter excesso de peso está associado a maior risco de câncer de mama, especialmente se o aumento de peso ocorreu na idade adulta ou após a menopausa. O risco parece maior se a gordura se concentra na região da cintura. A recomendação dos especialistas é de uma dieta equilibrada, rica em fibras e com pouca gordura, evitando-se principalmente as carnes vermelhas.

- Exercícios: estudos mostram que a prática regular de atividade física reduz as chances de ter câncer de mama. Mas a única questão é saber a quantidade de atividade que é necessária.

Mitos e riscos incertos


Não existe associação comprovada entre uso de agrotóxicos e câncer de mama. Também não há associação comprovada entre câncer de mama e cigarro, mas como o fumo está associado a uma série de outros cânceres (pulmão, boca, pâncreas, bexiga, etc), problemas cardíacos e derrames, o ideal é procurar um serviço especializado e largar o cigarro.

Correntes disparadas via internet disseminaram rumores de que o uso de antitranspirantes causa câncer de mama. Mais recentemente, os sutiãs com suportes metálicos foram alvo de outra corrente. Não existem evidências de que desodorantes e sutiãs causem câncer de mama.

Ativistas contrários ao aborto disseminaram a idéia de que o procedimento aumenta o risco de câncer de mama, o que não é verdade. Abortos espontâneos também não elevam o risco de ter câncer de mama.

Implantes de silicone formam uma cicatriz na mama e podem dificultar a detecção precoce do tumor, bem como a visualização do tecido mamário nas incidências padrões da mamografia. Contudo, não aumentam o risco de câncer.

Aconselhamento genético


Há testes que podem mostrar se a mulher é portadora de mutações genéticas que aumentam suas chances de ter câncer de mama, mas esses testes não devem ser feitos indiscriminadamente. Eles são recomendados para as mulheres com histórico familiar significativo de câncer de mama e/ou ovário, que têm a doença antes dos 50 anos. O ideal é que elas procurem primeiro um centro de aconselhamento genético ou um departamento de oncogenética. Só depois disso, elas devem discutir o que fazer com seus médicos.

Em alguns casos raros, mulheres com altíssimo risco de desenvolver câncer de mama podem considerar a possibilidade de fazer uma mastectomia profilática, isto é, a remoção cirúrgica das mamas.

Prevenção

Quanto mais cedo o câncer de mama é diagnosticado, maiores as chances de o tratamento ser bem-sucedido. O objetivo dos exames preventivos é encontrar o câncer antes mesmo dele causar sintomas. O tamanho do tumor e sua capacidade de se espalhar são os fatores mais importantes para o prognóstico da doença. Os especialistas acreditam que a detecção precoce salva milhares de vidas todos os anos. Estas são as recomendações para o diagnóstico precoce em mulheres sem sintomas:

- Mamografia: mulheres com 40 anos ou mais devem fazer uma mamografia anual, pois ainda é um dos melhores meios de diagnóstico precoce. Uma mamografia é um raio-X da mama, usada tanto para mulheres que não têm sintomas como as que apresentam suspeita de câncer. No exame, a mama é colocada entre suas placas, para ser radiografado. O exame dura cerca de 20 minutos.

- Exame clínico: Na faixa dos 20 e 30 anos, as mulheres devem fazer pelo menos um exame clínico das mamas, por especialistas, a cada 3 anos. Depois dos 40, esse exame deve ser feito anualmente, de preferência antes da mamografia. O médico observa a mama, em busca de alterações na forma ou tamanho e, em seguida, usando os dedos faz a palpação das mamas e axilas em busca de nódulos.

- Auto-exame: é uma opção para as mulheres a partir dos 20 anos. É uma forma de a mulher conhecer melhor suas mamas e aumentar a probabilidade de perceber qualquer alteração. Deve-se procurar um médico se houver um caroço; inchaço duradouro; irritação da pele ou aparecimento de retrações que deixem a pele com aparência de casca de laranja; vermelhidão ou descamação na pele da mama ou no mamilo; dor, secreção pelo mamilo. Na maioria das vezes não é câncer, mas só um médico pode dar o diagnóstico correto.

- Mulheres com alto risco de ter câncer de mama devem conversar com seus médicos para definir a partir de que idade deve fazer esses exames e com que regularidade.


Tratamento Localizado versus tratamento Sistêmico


O objetivo do tratamento localizado é tratar o tumor sem afetar o resto do organismo, como no caso da cirurgia e da radiação. Já o tratamento sistêmico é administrado por via oral ou injetado e atinge todo o corpo, como nos casos da quimioterapia, hormonioterapia e imunoterapia.

Os especialistas acreditam que células do tumor podem se desprender e viajar para outras partes do corpo já nos estágios iniciais do câncer, podendo dar origem a outros tumores. Por isso, muitas vezes, mesmo quando não parece haver mais sinal de câncer após a cirurgia é usada a chamada terapia adjuvante, que mata essas células. Algumas pessoas recebem quimioterapia antes da cirurgia para encolher o tumor, na chamada terapia neoadjuvante.



Cirurgia

A maioria das mulheres com câncer de mama vai se submeter a algum tipo de cirurgia para remover o máximo possível do tumor. Ela também pode ser utilizada para remover gânglios linfáticos atingidos pela doença, reconstruir a mama ou aliviar sintomas em estágios avançados da doença.

Cirurgia conservadora da mama: Ela remove apenas o nódulo ou caroço e parte do tecido sadio ao seu redor. Seis semanas após a cirurgia, costuma-se fazer radioterapia. Se a quimioterapia for ser utilizada, a radioterapia fica para mais tarde. A grande vantagem do tratamento conservador é que ele preserva a mama. Porém, não pode ser usado em todos os casos, apenas nas mulheres com câncer nos estágios I e II.

Quadrantectomia: consiste na remoção do câncer e de cerca de 25% do tecido da mama.

Mastectomia simples ou total: ela remove toda a mama.

Mastectomia radical modificada: ela remove toda a mama e parte dos gânglios linfáticos das axilas e preserva o músculo peitoral maior.

Mastectomia radical: é a remoção de toda a mama, dos nódulos linfáticos e dos músculos peitorais. Hoje em dia é raramente usada, porque a mastectomia radical modificada é igualmente eficiente, desfigura menos o corpo da mulher e tem menos efeitos colaterais.

Dissecção axilar: é feita para determinar se há ou não comprometimento dos gânglios linfáticos. Alguns nódulos linfáticos das axilas são removidos e analisados ao microscópio. Um dos efeitos colaterais da remoção dos nódulos é o linfedema, acúmulo de líquido fora dos gânglios e vasos linfáticos, causando inchaço e dor e pode ser tratado com fisioterapia e exercícios.

Biópsia do linfonodo sentinela: Uma substância radioativa é injetada próximo ao tumor, a qual é carregada pelo sistema linfático ao primeiro linfonodo (sentinela) que recebe a drenagem linfática do tumor. Este é o linfonodo mais comumente afetado pelas células tumorais se o tumor se espalhou. Quando ele é identificado, é removido e analisado. Se contiver células cancerosas, outros nódulos podem ser retirados. É uma biópsia complexa que só pode ser feita por profissionais experientes.

Cirurgia de reconstrução da mama: Existem vários tipos de cirurgias para reconstrução da mama, mas é importantíssimo discutir essas possibilidades com seu médico antes da mastectomia e já consultar um cirurgião plástico. Hoje, há a possibilidade de fazer a reconstrução no mesmo procedimento em que os nódulos linfáticos são removidos ou algum tempo após a cirurgia. De qualquer forma, a cirurgia de reconstrução vai depender da forma como a mastectomia é feita, daí a necessidade de conversar com os médicos antes, para fazer o melhor planejamento.

Quimioterapia


Os medicamentos usados na quimioterapia podem atingir qualquer parte do corpo, através da corrente sanguínea. Na maioria das vezes, é utilizada uma combinação de drogas (administradas por via oral ou injetadas) que matam as células cancerosas, mas também danificam as células normais, acarretando uma série de efeitos colaterais. Feita após a cirurgia, a quimioterapia reduz as chances de o câncer voltar. Ela é usada também nos casos em que a doença se espalhou além dos gânglios linfáticos e atingiu outros órgãos. Outra aplicação da quimioterapia é para encolher o tumor antes da cirurgia, o que também permite aos médicos verificar como o tumor reage à medicação. Geralmente, a quimioterapia é administrada em ciclos, que se seguem a períodos de recuperação, ao longo de 3 a 6 meses, em média, usando várias drogas combinadas simultaneamente. Entre os efeitos colaterais da quimioterapia estão:

- náusea e vômito
- perda de apetite
- feridas na boca
- perda de cabelo temporária
- maior risco de infecções (porque diminui o número de glóbulos brancos)
- risco de sangramento ou hematoma por causa de pequenos cortes ou pancadas (por causa da redução na quantidade de plaquetas no sangue)
- cansaço (por causa do menor número de glóbulos vermelhos)

A maioria dos sintomas desaparece com o fim do tratamento. Entre os efeitos permanentes estão a chegada precoce da menopausa e esterilidade. Pode haver dano ao coração com o uso prolongado da droga adriamicina, mas os médicos costumam monitorar cuidadosamente as pacientes que usam esse medicamento. Muito raramente, anos após a quimioterapia, algumas pacientes desenvolvem leucemia mielóide aguda, mas os benefícios da quimioterapia superam em muito os riscos dessa ocorrência rara.

Radioterapia


É o tratamento com raios de alta energia que matam as células cancerosas ou fazem o tumor encolher. A fonte pode ser externa ou interna (braquiterapia), em que o material radioativo é colocado diretamente no tumor ou perto dele. No caso do câncer de mama, o mais comum é o uso da radioterapia de fonte externa, que pode destruir células cancerosas que restaram na mama, nódulos linfáticos ou na mama após a cirurgia ou, mais raramente, para encolher o tumor antes da operação.

Radioterapia Intra-operatória: Combinando a cirurgia e Radioterapia na mesma intervenção, a RTIO é uma técnica radiocirúrgica que permite expor um tumor ou resíduo tumoral, ou zonas de alto perigo de recidiva, a um feixe direto de radiação, protegendo-se os tecidos normais. A irradiação é feita através de um cone colocado durante cirurgia diretamente no leito tumoral. Assim que o tecido lesado é retirado, o paciente é transportado para a sala de radioterapia, anexa, onde recebe a radioterapia.

Hormonioterapia: O estrogênio, um dos hormônios sexuais femininos, promove o crescimento das células cancerosas em algumas mulheres. Para elas, existem vários métodos para bloquear os efeitos do hormônio ou reduzir seus níveis no organismo. O tamoxifeno é uma droga que bloqueia a ação do estrogênio e é administrada via oral, por um período de 5 anos após a cirurgia para reduzir os risco de recidiva (volta do câncer). Estudos recentes mostram que o tamoxifeno é eficaz em mulheres com câncer de mama em estágio inicial com tumores estrogênio-positivos. A droga também é usada para reduzir as chances de aparecimento de tumores em mulheres de alto risco. Algumas pesquisas mostram aumento na incidência de câncer de corpo de útero em mulheres que tomam o medicamento, mas geralmente ele é detectado e tratado cirurgicamente em estágios iniciais. Por isso, recomenda-se às mulheres que tomam tamoxifeno relatar a seu médico qualquer sangramento vaginal incomum.

Inibidores de aromatase: são drogas que inibem uma enzima (aromatase) que participa da síntese de estrogênio e só funcionam para mulheres que passaram da menopausa e cujos cânceres são hormônio-positivos. Eles podem ser usados depois ou em vez do tamoxifeno para reduzir as chances de recidiva.

Outros tratamentos

Trastuzumabe ou herceptina (nome comercial Herceptin) é uma droga que se liga a uma proteína receptora (HER2/numbereu) que se encontra em pequenas quantidades na superfície das células normais da mama e em alguns cânceres de mama. Tumores que têm grandes quantidades desse receptor tendem a crescer e se espalhar depressa. A herceptina bloqueia esse receptor que pára de dar ordem para a célula cancerosa se multiplicar.

Estadiamento

Saber em que estádio está o câncer é fundamental para o planejamento do tratamento e para que o paciente, seu médico e a equipe médica possam discutir alternativas terapêuticas e ter perspectivas mais definidas das possibilidades de recuperação.

O sistema mais utilizado para isso é chamado de TNM, onde o T indica o tamanho do tumor; o N indica o quanto ele se espalhou para os nódulos linfáticos mais próximos e o M se já há metástase para outros órgãos.

Geralmente, cada letra é acompanhada por um número. Um tumor T1N0M0 é um tumor pequeno, que não atingiu os nódulos linfáticos próximos e nem se espalhou pelo corpo. Essa classificação dá origem a outra, em que os estágios da doença são indicados por algarismos romanos, que vão de zero a IV (4) e quanto maior o número, mais grave a fase da doença.

Os valores possíveis para T são:
TX: tumor primário não pode ser avaliado.

T0: não há evidência do tumor primário (isso acontece às vezes).

Tis: carcinoma in situ; carcinoma intraductal, carcinoma lobular in situ ou doença de Paget do mamilo sem massa tumoral associada.

T1: tumor de 2 cm ou menos em sua maior dimensão.

T2: tumor de mais de 2 cm e menos de 5 cm em sua maior dimensão.

T3: tumor de mais de 5 cm em sua maior dimensão.

T4: tumor de qualquer tamanho com extensão para a parede torácica ou pele.

Os valores possíveis para N são:
NX: nódulos linfáticos regionais (isto é, próximos à mama) não podem ser avaliados (porque já foram removidos antes, por exemplo)

N0: câncer não atingiu os nódulos linfáticos regionais

N1: câncer atingiu de 1 a 3 nódulos linfáticos nas axilas do mesmo lado da mama com câncer e/ou nódulos com cânceres microscópicos encontrados por biópsia de linfonodo sentinela, mas não em exames por imagem ou exame clínico. Essa categoria inclui os casos em que apenas um pequeno aglomerado de células cancerosas é encontrado.

N2: câncer atingiu entre 4 a 9 nódulos linfáticos do mesmo lado que a mama com câncer ou nódulos mamários internos foram encontrados em exames por imagem ou exames clínicos na ausência de metástase para os nódulos linfáticos.

N3: câncer se espalhou para 10 ou mais nódulos linfáticos das axilas ou para nódulos infraclaviculares (abaixo da clavícula) ou nódulos supraclaviculares (acima da clavícula) ou nódulos linfáticos mamários internos (no peito, abaixo da mama) encontrados por exames por imagem ou exame clínico na presença de um ou mais nódulos linfáticos da axila atingidos ou em mais de 3 nódulos linfáticos axilares e em nódulos internos da mama detectados por biópsia do linfonodo sentinela, mas não identificados por exames por imagem ou exame clínico - sempre do mesmo lado da mama com câncer.

Os valores possíveis para M são:
MX: presença de metástase não pode ser avaliada.

M0: não há metástase.

M1: presença de disseminação para órgãos distantes

Uma vez determinadas as categorias T, M e N, essa informação é combinada com outros dados para produzir o estadiamento propriamente dito, que é expresso em algarismos romanos e vai de 0 a IV (zero a 4):

Estágio 0: Tis, N0, M0: o carcinoma de ducto in situ é a forma inicial do câncer de mama, em que as células cancerosas estão dentro de um ducto e não invadiram o tecido gorduroso a seu redor ou carcinoma lobular in situ, que muitas vezes é classificado como câncer de mama estágio 0, mas a maioria dos oncologistas não considera como um verdadeiro câncer de mama. No carcinoma lobular in situ, as células anormais crescem no interior dos lóbulos, mas não penetram na parede dos lóbulos ou se trata de doença de Paget. Em todos esses casos, o câncer não atingiu os nódulos linfáticos próximos nem órgãos distantes.

Estágio I: T1, N0, M0: o tumor tem 2 cm ou menos de diâmetro e não atingiu os gânglios linfáticos nem órgãos distantes.

Estágio IIA: T0, N1, M0 / T1, N1, M0 / T2, N0, M0: não foi encontrado tumor na mama, mas ele está presente em 1 a 3 nódulos linfáticos axilares ou o tumor tem menos de 2 cm e atingiu entre 1 a 3 nódulos linfáticos axilares ou foi encontrado por biópsia de linfonodo sentinela como doença microscópica em nódulos mamários internos, mas não foi detectado por exames por imagem ou exame clínico ou o tumor tem mais de 2 cm e menos de 5 cm de diâmetro, mas não atingiu os nódulos linfáticos da axila. O câncer não atingiu órgãos distantes.

Estágio IIB: T2, N1, M0 / T3, N0, M0: o tumor tem mais de 2 cm e menos de 5 cm de diâmetro e atingiu entre 1 e 3 nódulos linfáticos da axila ou foi encontrado por biópsia de linfonodo sentinela como doença microscópica em nódulos mamários internos ou o tumor tem mais de 5 cm, não cresceu para a parede torácica e não atingiu os gânglios linfáticos. O câncer não atingiu órgãos distantes.

Estágio IIIA: T0-2, N2, M0 / T3, N1-2, M0: o tumor tem menos de 5 cm de diâmetro e atingiu entre 4 e 9 nódulos linfáticos axilares ou descobriu-se que atingiu nódulos mamários internos através de exames por imagem ou exames clínicos ou o tumor tem mais 5 cm e atingiu entre 1 e 9 nódulos axilares ou nódulos mamários internos. O câncer não atingiu órgãos distantes.

Estágio IIIB: T4, N0-2, M0: O tumor avançou para a parede torácica ou pele e pode tanto não ter atingido os nódulos linfáticos como ter atingido até 9 deles. Ele pode ou não ter alcançado nódulos mamários internos. O câncer não atingiu órgãos distantes.

Estágio IIIC: T0-4, N3, M0: o tumor pode ter qualquer tamanho, se espalhou para 10 ou mais nódulos na axila ou para 1 ou mais nódulos acima ou abaixo da clavícula ou para nódulos mamários internos, que aparecem aumentados por causa do câncer. Sempre do mesmo lado que o câncer de mama. O câncer não atingiu órgãos distantes.

Carcinoma inflamatório de mama é classificado como estágio III a não ser que tenha atingido órgãos ou gânglios linfáticos distantes, quando será incluído no estágio IV.

Estágio IV: T0-4, N0-3, M1: o câncer, independentemente do seu tamanho, se espalhou para órgãos distantes como ossos, fígado, pulmão ou nódulos linfáticos distantes da mama.

Sobrevida

A taxa de sobrevida após 5 anos indica a porcentagem de pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico. Claro que muitos doentes vivem mais que 5 anos. E este índice não inclui pacientes que morrem por outras causas, como enfarte, por exemplo. Esses números representam um panorama geral, mas cada caso é único e as estatísticas não podem prever especificamente o que vai ocorrer com o seu caso. Só a equipe que atende cada paciente pode tirar suas dúvidas sobre suas chances de cura e sobrevida.

Estágio Taxa de sobrevivência após 5 anos
0 - 100%
I - 100%
IIA - 92%
IIB - 81%
IIIA - 67%
IIIB - 54%
IV - 20%



Diagnóstico



uso de exames preventivos aumentou bastante o número de casos de câncer identificados antes de causar sintomas.
O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um caroço. Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser malignos, mas há tumores que são macios e arredondados. Portanto, é importante ir ao médico. Outros sinais de câncer de mama incluem:
Inchaço em parte do seio
Irritação da pele ou aparecimento de irregularidades na pele, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja
Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro)
Vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama

aída de secreção (que não leite) pelo mamilo
Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro)
Um caroço nas axilas
Diagnóstico por imagem
Mamografia: a mamografia também pode ser utilizada quando o médico suspeita ou diagnostica um câncer. Ela pode mostrar que está tudo bem ou que outro exame, geralmente uma biópsia, é necessário. Quando o médico sente um nódulo, mesmo que a mamografia não revele o tumor, a biópsia é necessária, a não ser que um ultra-som mostre que o caroço é um cisto. A mamografia não pode dizer se um caroço na mama é canceroso ou não.
Ultra-som de mama: um exame de ultra-som usa ecos de ondas sonoras para criar uma imagem de partes do organismo. Geralmente ele é usado quando a mamografia identifica uma área duvidosa na mama, porque ajuda a diferenciar cistos (nódulos com líquido) de massas sólidas.
Ressonância magnética: a ressonância usa ondas de rádio e fortes ímãs e computador, que transforma os resultados em imagem. Tipos especiais de MRIs podem ser usados para analisar melhor cânceres encontrados por mamografias ou para mulheres de alto risco.


Biópsia


Ela é feita quando outros testes indicam que a mulher possui uma área que pode ser câncer de mama e consiste na remoção de uma amostra de tecido. Há vários tipos de biópsia e o médico escolhe a mais indicada para cada caso:
Biópsia por aspiração com agulha fina: Uma agulha bem fina, às vezes guiada por ultra-som, é usada para retirar líquido do nódulo. Se o nódulo for sólido, pequenos pedaços de tecido são removidos e analisados ao microscópio. Se a biópsia não der um resultado claro ou se o médico não tiver certeza do diagnóstico, uma segunda biópsia ou um tipo diferente de biópsia pode ser necessário.
Biópsia estereotáxica por agulha grossa: Ela é usada para remover vários cilindros de tecido e é feita com anestesia local.
Biópsia cirúrgica: Algumas vezes uma cirurgia é necessária para remover todo nódulo ou parte dele e analisá-lo ao microscópio. Muitas vezes remove-se também tecido sadio ao redor do nódulo.
Análise da biópsia: Se o tecido removido não for canceroso, não há necessidade de tratamento. Se for, a biópsia pode dizer se trata de um câncer agressivo ou não. As amostras são graduadas de 1 a 3. Os cânceres que se mais se assemelham ao tecido normal tendem a crescer e se espalhar mais lentamente. Geralmente, um grau menor indica câncer de crescimento mais lento e o maior, os mais agressivos.
A amostra da biópsia também pode ser testada para ver se contém receptores para certos hormônios, como progesterona e estrogênio, designadas como progesterona positivo e estrogênio positivo. Esses cânceres tendem a ter prognóstico melhor, pois respondem a tratamento hormonal. Dois em cada três casos de câncer de mama apresentam esses receptores.


Prevenção


Fatores de Risco e Prevenção


Não se sabe exatamente o que causa o câncer de mama, mas há alguns fatores de risco associados à doença. Fator de risco é qualquer coisa que aumente as chances de aparecimento de uma doença. Alguns podem ser controlados (como fumo, hábitos alimentares) e outros não, como idade e histórico familiar. Mas a exposição a um ou mais fatores de risco não significa que a mulher vá necessariamente ter câncer de mama; apenas que corre maior risco de ter a doença.
- Sexo: ser mulher é o principal fator de risco para desenvolver a doença. Homens também podem ter a doença, mas ela é 100 vezes mais comum em mulheres.
- Idade: o risco de desenvolver a doença aumenta com a idade. Ao redor de 18% dos cânceres de mama são diagnosticados em mulheres com aproximadamente 40 anos, e 77% em mulheres com 50 anos de idade ou mais.
- Histórico familiar: Ter mãe, irmã ou filha com a doença aumenta o risco de a mulher ter a doença, entretanto, o exato risco é desconhecido. Mulheres com histórico familiar de câncer de mama em pai ou irmão, também possuem risco aumentado. Ao redor de 20% a 30% das mulheres portadoras de câncer de mama possuem parente com o mesmo diagnóstico.
- Mutações genéticas: Entre 5% e 10% dos cânceres de mama estão associados a certas mutações genéticas, a mais comum nos genes chamados BRCA1 e BRCA2. Mulheres que têm essas mutações têm até 80% de chances de desenvolver câncer de mama por volta dos 70 a 75 anos.
- Histórico pessoal de câncer de mama: mulheres que tiveram câncer em uma mama têm maior risco (3 a 4 vezes mais) de ter câncer na outra mama, ou mesmo em outra parte da primeira. Não se trata de recidiva (volta do câncer), mas de um novo tumor na mesma mama.
- Fatores étnicos: mulheres brancas têm risco levemente maior que as negras (na população norte americana), mas estas correm maior risco de morrer da doença, pois apresentam tumores mais agressivos. O risco é menor em mulheres asiáticas e indígenas.
- Biópsia anterior anormal: certos tipos de anomalias encontradas em biópsias prévias podem aumentar o risco de câncer de mama.
- Radioterapia anterior no tórax: mulheres, quando crianças ou adultos jovens, submetidas à radioterapia na região do tórax têm risco consideravelmente maior de desenvolver câncer de mama.
- Período menstrual: mulheres que começaram a menstruar cedo (antes dos 12 anos) ou que entraram na menopausa após os 55 anos têm risco ligeiramente maior de ter câncer de mama.
- Tratamento com dietiletilbestrol: no passado, grávidas tomaram essa droga para reduzir o risco de aborto espontâneo. Mais tarde descobriu-se que o medicamento tinha efeitos teratogênicos (causando má-formações) e carcinogênicos.
- Não ter filhos: mulheres que não tiveram filhos ou só tiveram depois dos 30 anos têm risco levemente aumentado de ter câncer de mama. Ter mais de um filho quando jovem reduz o risco de câncer de mama.
- Pílula anticoncepcional: não se sabe ao certo qual o papel da pílula no câncer de mama, mas alguns estudos sugerem que mulheres que tomam a pílula correm risco levemente maior de ter câncer de mama, quando comparadas às mulheres que nunca usaram.
- Reposição hormonal: o uso da reposição hormonal combinada (progesterona mais estrogênio) por longo período (vários anos) aumenta o risco de câncer de mama, doença cardíaca, coágulos e derrame. Além disso, são cânceres diagnosticados em estágios mais avançados, talvez porque a reposição hormonal pareça reduzir a eficiência da mamografia.
- Gravidez e amamentação: Alguns estudos mostram que amamentar reduz levemente o risco de câncer de mama, especialmente se a mãe amamenta por um ano e meio ou dois. Porém, outros estudos não demonstraram o impacto da amamentação sobre o risco do câncer de mama. O motivo parece ser o fato de a amamentação reduzir o número de períodos menstruais da mulher, assim como a gravidez. Um dos motivos para o aumento dos casos de câncer de mama é uma conjugação de fatores comportamentais: as mulheres menstruam mais cedo, têm filhos mais tarde (após os 30 anos) e menos filhos que suas avós e bisavós. Isso significa que suas células da mama são expostas a mais estrógeno.
- Consumo de álcool: o consumo de bebidas alcoólicas está claramente associado a um aumento do risco de ter câncer de mama. Mulheres que bebem uma dose de álcool por dia têm risco levemente maior. As que bebem de 2 a 5 doses diárias têm risco uma vez e meia maior do que as que não bebem.
- Alimentação: ter excesso de peso está associado a maior risco de câncer de mama, especialmente se o aumento de peso ocorreu na idade adulta ou após a menopausa. O risco parece maior se a gordura se concentra na região da cintura. A recomendação dos especialistas é de uma dieta equilibrada, rica em fibras e com pouca gordura, evitando-se principalmente as carnes vermelhas.
- Exercícios: estudos mostram que a prática regular de atividade física reduz as chances de ter câncer de mama. Mas a única questão é saber a quantidade de atividade que é necessária.


Mitos e riscos incertos


Não existe associação comprovada entre uso de agrotóxicos e câncer de mama. Também não há associação comprovada entre câncer de mama e cigarro, mas como o fumo está associado a uma série de outros cânceres (pulmão, boca, pâncreas, bexiga, etc), problemas cardíacos e derrames, o ideal é procurar um serviço especializado e largar o cigarro.
Correntes disparadas via internet disseminaram rumores de que o uso de antitranspirantes causa câncer de mama. Mais recentemente, os sutiãs com suportes metálicos foram alvo de outra corrente. Não existem evidências de que desodorantes e sutiãs causem câncer de mama.
Ativistas contrários ao aborto disseminaram a idéia de que o procedimento aumenta o risco de câncer de mama, o que não é verdade. Abortos espontâneos também não elevam o risco de ter câncer de mama.
Implantes de silicone formam uma cicatriz na mama e podem dificultar a detecção precoce do tumor, bem como a visualização do tecido mamário nas incidências padrões da mamografia. Contudo, não aumentam o risco de câncer.


Aconselhamento genético

Há testes que podem mostrar se a mulher é portadora de mutações genéticas que aumentam suas chances de ter câncer de mama, mas esses testes não devem ser feitos indiscriminadamente. Eles são recomendados para as mulheres com histórico familiar significativo de câncer de mama e/ou ovário, que têm a doença antes dos 50 anos. O ideal é que elas procurem primeiro um centro de aconselhamento genético ou um departamento de oncogenética. Só depois disso, elas devem discutir o que fazer com seus médicos.
Em alguns casos raros, mulheres com altíssimo risco de desenvolver câncer de mama podem considerar a possibilidade de fazer uma mastectomia profilática, isto é, a remoção cirúrgica das mamas.


Prevenção


Quanto mais cedo o câncer de mama é diagnosticado, maiores as chances de o tratamento ser bem-sucedido. O objetivo dos exames preventivos é encontrar o câncer antes mesmo dele causar sintomas. O tamanho do tumor e sua capacidade de se espalhar são os fatores mais importantes para o prognóstico da doença. Os especialistas acreditam que a detecção precoce salva milhares de vidas todos os anos. Estas são as recomendações para o diagnóstico precoce em mulheres sem sintomas:
- Mamografia: mulheres com 40 anos ou mais devem fazer uma mamografia anual, pois ainda é um dos melhores meios de diagnóstico precoce. Uma mamografia é um raio-X da mama, usada tanto para mulheres que não têm sintomas como as que apresentam suspeita de câncer. No exame, a mama é colocada entre suas placas, para ser radiografado. O exame dura cerca de 20 minutos.
- Exame clínico: Na faixa dos 20 e 30 anos, as mulheres devem fazer pelo menos um exame clínico das mamas, por especialistas, a cada 3 anos. Depois dos 40, esse exame deve ser feito anualmente, de preferência antes da mamografia. O médico observa a mama, em busca de alterações na forma ou tamanho e, em seguida, usando os dedos faz a palpação das mamas e axilas em busca de nódulos.
- Auto-exame: é uma opção para as mulheres a partir dos 20 anos. É uma forma de a mulher conhecer melhor suas mamas e aumentar a probabilidade de perceber qualquer alteração. Deve-se procurar um médico se houver um caroço; inchaço duradouro; irritação da pele ou aparecimento de retrações que deixem a pele com aparência de casca de laranja; vermelhidão ou descamação na pele da mama ou no mamilo; dor, secreção pelo mamilo. Na maioria das vezes não é câncer, mas só um médico pode dar o diagnóstico correto.
- Mulheres com alto risco de ter câncer de mama devem conversar com seus médicos para definir a partir de que idade deve fazer esses exames e com que regularidade.


Tratamento



Tratamento Localizado versusTtratamento Sistêmico
O objetivo do tratamento localizado é tratar o tumor sem afetar o resto do organismo, como no caso da cirurgia e da radiação. Já o tratamento sistêmico é administrado por via oral ou injetado e atinge todo o corpo, como nos casos da quimioterapia, hormonioterapia e imunoterapia.
Os especialistas acreditam que células do tumor podem se desprender e viajar para outras partes do corpo já nos estágios iniciais do câncer, podendo dar origem a outros tumores. Por isso, muitas vezes, mesmo quando não parece haver mais sinal de câncer após a cirurgia é usada a chamada terapia adjuvante, que mata essas células. Algumas pessoas recebem quimioterapia antes da cirurgia para encolher o tumor, na chamada terapia neoadjuvante.

Cirurgia


A maioria das mulheres com câncer de mama vai se submeter a algum tipo de cirurgia para remover o máximo possível do tumor. Ela também pode ser utilizada para remover gânglios linfáticos atingidos pela doença, reconstruir a mama ou aliviar sintomas em estágios avançados da doença.
Cirurgia conservadora da mama: Ela remove apenas o nódulo ou caroço e parte do tecido sadio ao seu redor. Seis semanas após a cirurgia, costuma-se fazer radioterapia. Se a quimioterapia for ser utilizada, a radioterapia fica para mais tarde. A grande vantagem do tratamento conservador é que ele preserva a mama. Porém, não pode ser usado em todos os casos, apenas nas mulheres com câncer nos estágios I e II.
Quadrantectomia: consiste na remoção do câncer e de cerca de 25% do tecido da mama.
Mastectomia simples ou total: ela remove toda a mama.
Mastectomia radical modificada: ela remove toda a mama e parte dos gânglios linfáticos das axilas e preserva o músculo peitoral maior.
Mastectomia radical: é a remoção de toda a mama, dos nódulos linfáticos e dos músculos peitorais. Hoje em dia é raramente usada, porque a mastectomia radical modificada é igualmente eficiente, desfigura menos o corpo da mulher e tem menos efeitos colaterais.

Dissecção axilar: é feita para determinar se há ou não comprometimento dos gânglios linfáticos. Alguns nódulos linfáticos das axilas são removidos e analisados ao microscópio. Um dos efeitos colaterais da remoção dos nódulos é o linfedema, acúmulo de líquido fora dos gânglios e vasos linfáticos, causando inchaço e dor e pode ser tratado com fisioterapia e exercícios.
Biópsia do linfonodo sentinela: Uma substância radioativa é injetada próximo ao tumor, a qual é carregada pelo sistema linfático ao primeiro linfonodo (sentinela) que recebe a drenagem linfática do tumor. Este é o linfonodo mais comumente afetado pelas células tumorais se o tumor se espalhou. Quando ele é identificado, é removido e analisado. Se contiver células cancerosas, outros nódulos podem ser retirados. É uma biópsia complexa que só pode ser feita por profissionais experientes.
Cirurgia de reconstrução da mama: Existem vários tipos de cirurgias para reconstrução da mama, mas é importantíssimo discutir essas possibilidades com seu médico antes da mastectomia e já consultar um cirurgião plástico. Hoje, há a possibilidade de fazer a reconstrução no mesmo procedimento em que os nódulos linfáticos são removidos ou algum tempo após a cirurgia. De qualquer forma, a cirurgia de reconstrução vai depender da forma como a mastectomia é feita, daí a necessidade de conversar com os médicos antes, para fazer o melhor planejamento.


Quimioterapia


Os medicamentos usados na quimioterapia podem atingir qualquer parte do corpo, através da corrente sanguínea. Na maioria das vezes, é utilizada uma combinação de drogas (administradas por via oral ou injetadas) que matam as células cancerosas, mas também danificam as células normais, acarretando uma série de efeitos colaterais. Feita após a cirurgia, a quimioterapia reduz as chances de o câncer voltar. Ela é usada também nos casos em que a doença se espalhou além dos gânglios linfáticos e atingiu outros órgãos. Outra aplicação da quimioterapia é para encolher o tumor antes da cirurgia, o que também permite aos médicos verificar como o tumor reage à medicação. Geralmente, a quimioterapia é administrada em ciclos, que se seguem a períodos de recuperação, ao longo de 3 a 6 meses, em média, usando várias drogas combinadas simultaneamente. Entre os efeitos colaterais da quimioterapia estão:
- náusea e vômito

- perda de apetite

- feridas na boca

- perda de cabelo temporária

- maior risco de infecções (porque diminui o número de glóbulos brancos)

- risco de sangramento ou hematoma por causa de pequenos cortes ou pancadas (por causa da redução na quantidade de plaquetas no sangue)

- cansaço (por causa do menor número de glóbulos vermelhos)
A maioria dos sintomas desaparece com o fim do tratamento. Entre os efeitos permanentes estão a chegada precoce da menopausa e esterilidade. Pode haver dano ao coração com o uso prolongado da droga adriamicina, mas os médicos costumam monitorar cuidadosamente as pacientes que usam esse medicamento. Muito raramente, anos após a quimioterapia, algumas pacientes desenvolvem leucemia mielóide aguda, mas os benefícios da quimioterapia superam em muito os riscos dessa ocorrência rara.


Radioterapia


É o tratamento com raios de alta energia que matam as células cancerosas ou fazem o tumor encolher. A fonte pode ser externa ou interna (braquiterapia), em que o material radioativo é colocado diretamente no tumor ou perto dele. No caso do câncer de mama, o mais comum é o uso da radioterapia de fonte externa, que pode destruir células cancerosas que restaram na mama, nódulos linfáticos ou na mama após a cirurgia ou, mais raramente, para encolher o tumor antes da operação.
Radioterapia Intra-operatória: Combinando a cirurgia e Radioterapia na mesma intervenção, a RTIO é uma técnica radiocirúrgica que permite expor um tumor ou resíduo tumoral, ou zonas de alto perigo de recidiva, a um feixe direto de radiação, protegendo-se os tecidos normais. A irradiação é feita através de um cone colocado durante cirurgia diretamente no leito tumoral. Assim que o tecido lesado é retirado, o paciente é transportado para a sala de radioterapia, anexa, onde recebe a radioterapia.
Hormonioterapia: O estrogênio, um dos hormônios sexuais femininos, promove o crescimento das células cancerosas em algumas mulheres. Para elas, existem vários métodos para bloquear os efeitos do hormônio ou reduzir seus níveis no organismo. O tamoxifeno é uma droga que bloqueia a ação do estrogênio e é administrada via oral, por um período de 5 anos após a cirurgia para reduzir os risco de recidiva (volta do câncer). Estudos recentes mostram que o tamoxifeno é eficaz em mulheres com câncer de mama em estágio inicial com tumores estrogênio-positivos. A droga também é usada para reduzir as chances de aparecimento de tumores em mulheres de alto risco. Algumas pesquisas mostram aumento na incidência de câncer de corpo de útero em mulheres que tomam o medicamento, mas geralmente ele é detectado e tratado cirurgicamente em estágios iniciais. Por isso, recomenda-se às mulheres que tomam tamoxifeno relatar a seu médico qualquer sangramento vaginal incomum.
Inibidores de aromatase: são drogas que inibem uma enzima (aromatase) que participa da síntese de estrogênio e só funcionam para mulheres que passaram da menopausa e cujos cânceres são hormônio-positivos. Eles podem ser usados depois ou em vez do tamoxifeno para reduzir as chances de recidiva.


Outros tratamentos


Trastuzumabe ou herceptina (nome comercial Herceptin) é uma droga que se liga a uma proteína receptora (HER2/numbereu) que se encontra em pequenas quantidades na superfície das células normais da mama e em alguns cânceres de mama. Tumores que têm grandes quantidades desse receptor tendem a crescer e se espalhar depressa. A herceptina bloqueia esse receptor que pára de dar ordem para a célula cancerosa se multiplicar.


Estadiamento


Saber em que estádio está o câncer é fundamental para o planejamento do tratamento e para que o paciente, seu médico e a equipe médica possam discutir alternativas terapêuticas e ter perspectivas mais definidas das possibilidades de recuperação.
O sistema mais utilizado para isso é chamado de TNM, onde o T indica o tamanho do tumor; o N indica o quanto ele se espalhou para os nódulos linfáticos mais próximos e o M se já há metástase para outros órgãos.
Geralmente, cada letra é acompanhada por um número. Um tumor T1N0M0 é um tumor pequeno, que não atingiu os nódulos linfáticos próximos e nem se espalhou pelo corpo. Essa classificação dá origem a outra, em que os estágios da doença são indicados por algarismos romanos, que vão de zero a IV (4) e quanto maior o número, mais grave a fase da doença.


Os valores possíveis para T são:

TX: tumor primário não pode ser avaliado.
T0: não há evidência do tumor primário (isso acontece às vezes).
Tis: carcinoma in situ; carcinoma intraductal, carcinoma lobular in situ ou doença de Paget do mamilo sem massa tumoral associada.
T1: tumor de 2 cm ou menos em sua maior dimensão.
T2: tumor de mais de 2 cm e menos de 5 cm em sua maior dimensão.
T3: tumor de mais de 5 cm em sua maior dimensão.
T4: tumor de qualquer tamanho com extensão para a parede torácica ou pele.
Os valores possíveis para N são:

NX: nódulos linfáticos regionais (isto é, próximos à mama) não podem ser avaliados (porque já foram removidos antes, por exemplo
N0: câncer não atingiu os nódulos linfáticos regionais
N1: câncer atingiu de 1 a 3 nódulos linfáticos nas axilas do mesmo lado da mama com câncer e/ou nódulos com cânceres microscópicos encontrados por biópsia de linfonodo sentinela, mas não em exames por imagem ou exame clínico. Essa categoria inclui os casos em que apenas um pequeno aglomerado de células cancerosas é encontrado.
N2: câncer atingiu entre 4 a 9 nódulos linfáticos do mesmo lado que a mama com câncer ou nódulos mamários internos foram encontrados em exames por imagem ou exames clínicos na ausência de metástase para os nódulos linfáticos.
N3: câncer se espalhou para 10 ou mais nódulos linfáticos das axilas ou para nódulos infraclaviculares (abaixo da clavícula) ou nódulos supraclaviculares (acima da clavícula) ou nódulos linfáticos mamários internos (no peito, abaixo da mama) encontrados por exames por imagem ou exame clínico na presença de um ou mais nódulos linfáticos da axila atingidos ou em mais de 3 nódulos linfáticos axilares e em nódulos internos da mama detectados por biópsia do linfonodo sentinela, mas não identificados por exames por imagem ou exame clínico - sempre do mesmo lado da mama com câncer.
Os valores possíveis para M são:

MX: presença de metástase não pode ser avaliada.
M0: não há metástase.
M1: presença de disseminação para órgãos distantes
Uma vez determinadas as categorias T, M e N, essa informação é combinada com outros dados para produzir o estadiamento propriamente dito, que é expresso em algarismos romanos e vai de 0 a IV (zero a 4):
Estágio 0: Tis, N0, M0: o carcinoma de ducto in situ é a forma inicial do câncer de mama, em que as células cancerosas estão dentro de um ducto e não invadiram o tecido gorduroso a seu redor ou carcinoma lobular in situ, que muitas vezes é classificado como câncer de mama estágio 0, mas a maioria dos oncologistas não considera como um verdadeiro câncer de mama. No carcinoma lobular in situ, as células anormais crescem no interior dos lóbulos, mas não penetram na parede dos lóbulos ou se trata de doença de Paget. Em todos esses casos, o câncer não atingiu os nódulos linfáticos próximos nem órgãos distantes.
Estágio I: T1, N0, M0: o tumor tem 2 cm ou menos de diâmetro e não atingiu os gânglios linfáticos nem órgãos distantes.
Estágio IIA: T0, N1, M0 / T1, N1, M0 / T2, N0, M0: não foi encontrado tumor na mama, mas ele está presente em 1 a 3 nódulos linfáticos axilares ou o tumor tem menos de 2 cm e atingiu entre 1 a 3 nódulos linfáticos axilares ou foi encontrado por biópsia de linfonodo sentinela como doença microscópica em nódulos mamários internos, mas não foi detectado por exames por imagem ou exame clínico ou o tumor tem mais de 2 cm e menos de 5 cm de diâmetro, mas não atingiu os nódulos linfáticos da axila. O câncer não atingiu órgãos distantes.
Estágio IIB: T2, N1, M0 / T3, N0, M0: o tumor tem mais de 2 cm e menos de 5 cm de diâmetro e atingiu entre 1 e 3 nódulos linfáticos da axila ou foi encontrado por biópsia de linfonodo sentinela como doença microscópica em nódulos mamários internos ou o tumor tem mais de 5 cm, não cresceu para a parede torácica e não atingiu os gânglios linfáticos. O câncer não atingiu órgãos distantes.
Estágio IIIA: T0-2, N2, M0 / T3, N1-2, M0: o tumor tem menos de 5 cm de diâmetro e atingiu entre 4 e 9 nódulos linfáticos axilares ou descobriu-se que atingiu nódulos mamários internos através de exames por imagem ou exames clínicos ou o tumor tem mais 5 cm e atingiu entre 1 e 9 nódulos axilares ou nódulos mamários internos. O câncer não atingiu órgãos distantes.
Estágio IIIB: T4, N0-2, M0: O tumor avançou para a parede torácica ou pele e pode tanto não ter atingido os nódulos linfáticos como ter atingido até 9 deles. Ele pode ou não ter alcançado nódulos mamários internos. O câncer não atingiu órgãos distantes.
Estágio IIIC: T0-4, N3, M0: o tumor pode ter qualquer tamanho, se espalhou para 10 ou mais nódulos na axila ou para 1 ou mais nódulos acima ou abaixo da clavícula ou para nódulos mamários internos, que aparecem aumentados por causa do câncer. Sempre do mesmo lado que o câncer de mama. O câncer não atingiu órgãos distantes.
Carcinoma inflamatório de mama é classificado como estágio III a não ser que tenha atingido órgãos ou gânglios linfáticos distantes, quando será incluído no estágio IV.
Estágio IV: T0-4, N0-3, M1: o câncer, independentemente do seu tamanho, se espalhou para órgãos distantes como ossos, fígado, pulmão ou nódulos linfáticos distantes da mama.


Sobrevida


A taxa de sobrevida após 5 anos indica a porcentagem de pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico. Claro que muitos doentes vivem mais que 5 anos. E este índice não inclui pacientes que morrem por outras causas, como enfarte, por exemplo. Esses números representam um panorama geral, mas cada caso é único e as estatísticas não podem prever especificamente o que vai ocorrer com o seu caso. Só a equipe que atende cada paciente pode tirar suas dúvidas sobre suas chances de cura e sobrevida.
Estágio Taxa de sobrevivência após 5 anos

0 - 100%

I - 100%

IIA - 92%

IIB - 81%

IIIA - 67%

IIIB - 54%

IV - 20%


Câncer de mama em mulheres e em homens

Mulher! Homem!

Não dê mole para o azar, prevenção, já!



A imagem abaixo mostra uma imagem de câncer de mama em homem.























Esta é a imagem a qual mostra um tumor na mama esquerda.


















Esta é a imagem em que mostra uma mama, a qual da direita foi toda retirada.






















Imagem de uma mamografia
















A imagem, abaixo, mostra a retirada do nódulo, preservando a mama




















A imagem, acima, mostra a retirada do nódulo com a remoção da mama toda.


A imagem, abaixo, mostra as partes da mama.




















A imagem, abaixo, mostra um nódulo na mama.



















A imagem, abaixo, mostra um tumor e um Nódulo Centinela, que é o primeiro linfonodo axilar, para o qual drenam os vasos linfáticos, provindos da mama afetada, é o primeiro a abrigar as células metásticas, vindas do tumor.















Abaixo imagem de mama retirada, claro que para nós mulheres é algo terrível, mas a nossa vaidade nada vale diante de uma mama, por isso, devemos agradecer a DEUS, perdemos uma mama e não perdemos a vida. E, se alguém não nos aceitar por falta de um pedaço de corpo, é porque essa pessoa não faz falta em nossa vida e nunca soube da existência de DEUS.



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