sábado, 20 de agosto de 2011

Insônia custa caro para a sociedade

Saúde - Insônia - Brasil


A insônia afeta 10% da população mundial é um problema mais comum para os idosos e para as mulheres. Um estudo americano avalia o impacto econômico da insônia



Insônia é um problema na vida de muitas pessoas, principalmente em idosos e nas mulheres. E nas pessoas com problemas médicos e psiquiátricos. Ela pode ser definida como dificuldade em iniciar ou manter o sono, ou como sono de má qualidade, que tem efeito negativo sobre as atividades do dia a dia. Insônia pode ser uma condição primária ou decorrente de um transtorno subjacente. Neste caso, ela é mais comum em associação com dores, problemas físicos ou psicológicos.
 
 
Uma revisão examinou o impacto da insônia na sociedade por meio de índices de qualidade de vida, utilização de serviços de saúde, entre outros tópicos. Dois grupos foram avaliados: adultos entre 18 e 64 anos e idosos, pessoas com mais de 65 anos. Resultados mais do que esperados: as conseqüências sociais da insônia são consideráveis e incluem problemas de qualidade de vida e aumento na utilização dos serviços de saúde. A piora da qualidade de vida e das atividades diurnas, comuns na insônia, pode levar a efeitos indiretos, como menor produtividade do trabalho, aumento dos dias sob licença médica, e uma maior taxa de acidentes com veículos automotores. Para ficar apenas num exemplo, as conseqüências econômicas associadas ao desempenho reduzido no trabalho, devido à insônia, são significativas e podem ser mais importantes do que aquelas associadas com o absentismo. Uma estimativa em adultos com insônia primária crônica relatou que o custo total da insônia devido à redução do desempenho no trabalho era de 860 dólares, mas os custos totais, o que incluía perda de produtividade e falta ao trabalho, foram de 1100 dólares por pessoa ao longo de 6 meses. Ou seja, a insônia é associada com significativo aumento de custos diretos e indiretos para a sociedade. E é quase impossível separar os custos associados com insônia primária e transtornos psiquiátricos.


A proposta dos autores é investimento na padronização do diagnóstico da insônia e a quantificação mais precisa do verdadeiro fardo social do problema. Só assim vai ser possível maior compreensão desta desordem que é muita séria já que estudos estimam que pelo menos 10% da população mundial sofre com a insônia. Mas que apenas 5% das pessoas insones recebem tratamento adequado. Os outros 95% se limitam a continuar virando na cama ou contando carneirinhos. E ainda por cima vão dividir a conta com quem dorme muito bem.

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