sábado, 25 de junho de 2011

Ex-prefeito Carlos Eduardo aponta "fraude" na crição de CEIs

Politica - Natal,RN


De Allan Darlyson para a Redação do diário de Natal



O ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) acusou a bancada da prefeita Micarla de Sousa (PV) na Câmara Municipal de Natal (CMN) de fraudar o protocolo da Casa para protocolar os requerimentos das três Comissões Especiais de Inquérito (CEI) criadas para investigar supostas irregularidades em sua administração. "Essas CEIs foram fraudadas. O protocolo da Câmara estava fechado, enquanto havia a ocupação. O mecanismo usual não foi obedecido. Foi uma grande fraude", declarou. O presidente da Câmara, Edivan Martins, tem dito que "alguns setores" da casa estavam funcionando durante o período em que a CMN esteve fechada.



Segundo Carlos Eduardo, as investigações pedidas pela base da atual prefeita têm o objetivo de desviar o foco do inquérito que investigará os contratos da prefeitura na atual administração. "Essa CEI da base da prefeita quer desviar o foco da CEI dos Contratos, que foi exigida pela população, pois o povo apoiou a atitude dos jovens que acamparam na Câmara para pedira investigação. Essa CEI contra mim é casuística. Foi ordenada pela prefeita, após dois anos e seis meses. Por que não abriram a investigação antes?", questionou.


O ex-prefeito também sugeriu que Micarla de Sousa "obrigou" os parlamentares da sua base a assinarem os pedidos de inquérito contra ele por estar com medo de ser investigada. Segundo o pedetista, há indícios de irregularidades nos contratos da atual gestão. "Eles inventaram temas para essa investigação, pois não havia o que questionar. Já se passaram dois anos e meio. Se tivesse algo a ser questionado, que tivesse sido antes. Isso ocorre porque querem me atingir", analisou o ex-prefeito.


Pré-candidato a prefeito de Natal para as próximas eleições, Carlos Eduardo viu também, na abertura da CEI que o investigará, uma tentativa do grupo da situação de prejudicá-lo eleitoralmente, tendo em vista que ele lidera todas as pesquisas de intenção de voto para a sucessão municipal. "Estão vendo que o povo está comparando nossa gestão com isso que aí está. O povo aprovou nossa gestão. Esta é uma manobra para tentar desviar o foco negativo que está sobre a prefeita", finalizou.


As CEIs protocoladas pela base da prefeita visavam investigar a reforma do Machadão, as obras inacabadas e contratos da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) na gestão do ex-prefeito. Como existiam quatro pedidos de investigação e a Casa só poderia instalar duas simultaneamente, o presidente da Câmara, Edivan Martins (PV), decidiu abrir a CEI dos Contratos, propostas pela oposição, e a CEI da base governista, que decidiu investigar as "obras inacabadas".


Alves nega problemas em obras


O ex-prefeito Carlos Eduardo negou irregularidades nos contratos da Semsur, na reforma do Machadão e disse que não entregou obras inacabadas. De acordo com ele, a reforma do Machadão foi realizada sem processo licitatório, pelo fato de, na época, ter sido feita com urgência para que o América Futebol Clube (AFC) pudesse jogar a série A do Campeonato Brasileiro de Futebol.


Segundo ele, as obras foram acompanhadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério Público Federal (MPF) e a secretaria de Obras de sua gestão. A empresa A. Gaspar, frisou ele, foi escolhida pelo Sindicato dos Construtores do Rio Grande do Norte (Sinduscon/RN).


"Nós pagamos algo em torno de R$ 13 milhões à empresa pelas obras no Machadão. Depois, a A. Gaspar cobrou mais R$ 3 milhões. Por determinação do TCU, do MPF e da Semov, nós não pagamos. Eles entraram na Justiça e aguardam receber até hoje", declarou o ex-prefeito. Sobre as suspeitas da atual administração relativas ao Parque da Cidade, o ex-prefeito afirmou que não existiunenhuma irregularidade.

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