quinta-feira, 3 de maio de 2012

Professores municipais mantêm greve

Educação - Natal - RN

Cerca de 3,5 mil professores municipais permanecerão em greve até que a Justiça se pronuncie sobre o pedido de ilegalidade da paralisação realizado pela Prefeitura de Natal. A decisão de não finalizar o movimento de reivindicação foi tomado na manhã desta quinta-feira (3) em assembleia da categoria. Na quarta-feira passada, Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte/RN) e o Município de Natal não chegaram a um acordo durante a terceira audiência de conciliação. O processo agora passa por vistas do Ministério Público para que, depois, seja tomada uma decisão sobre o caso. De acordo com o Sinte, a previsão é que haja um posicionamento da Justiça durante a próxima semana.
Adriano AbreuA decisão de não finalizar o movimento de reivindicação foi tomado na manhã desta quinta-feira em assembleia da categoriaA decisão de não finalizar o movimento de reivindicação foi tomado na manhã desta quinta-feira em assembleia da categoria

O impasse permanece. Para os servidores, "a Prefeitura é irresponsável e tem tratado o caso com desdém". Para a Prefeitura, os servidores voltaram atrás do que já estava acordado de reajuste e outros sete pontos de pauta e agora não há como conceder nem o que havia sido proposto anteriormente. Em meio às discussões, os alunos da rede pública permanecem fora de sala de aula. O Sindicato promete montar uma campanha para reconstruir a educação na cidade.
A presidenta do Sinte/RN, Fátima Cardoso, declarou que a "Prefeitura está insistindo em argumentos que são falhos e mostra a falta de responsabilidade da administração municipal". Em contato com a reportagem durante a manhã de hoje, o secretário Walter Fonseca, disse que o Sinte "levou muito tempo para decidir sobre a proposta da Prefeitura". "E quando o fez, voltou atrás, pegando todos de surpresa. Hoje, não há mais condições de oferecer o que foi oferecido antes, por uma série de questões como Lei de Responsabilidade Fiscal e a aproximação com o período das eleições", alegou.

Para Fonseca, a solução passa por dois caminhos. "É improvável que haja uma diminuição de gasto com pessoal, o que abriria o espaço necessário na LRF. O outro caminho é o aumento da receita geral, através do aumento de arrecadação. Isso só quem pode analisar são os responsáveis pelo planejamento da Prefeitura", disse.

Todos os direitos reservados ao jornal TRIBUNA DO NORTE

Nenhum comentário:

Postar um comentário