'Queria ficar boa', diz criança após doador de medula desistir no RN
Saúde,RN
Amanda, de 8 anos, é portadora de síndrome de imunodeficiência.
No RN, 22 pessoas estão na fila de espera do transplante de medula.
"Queria ficar boa, ir para casa, brincar com meus amiguinhos, só que
estou muito triste", desabafa Amanda, de 8 anos. Portadora de síndrome
da imunodeficiência - que enfraquece o sistema imunológico - a menina
esteve perto de conseguir a cura, porém o doador que tinha a medula
compatível desistiu do transplante. A mesma situação aconteceu com
Marcos, de 9 anos, que tem leucemia. A matéria sobre as crianças, que
estão internadas em um hospital de Natal, foi exibida nesta sexta-feira
(21) pelo RN TV 1ª Edição
As crianças são dois dos 22 pacientes que estão na fila de espera do
transplante de medula no Rio Grande do Norte. A proporção para se
encontrar doador é de um para cada 100 mil pessoas. De acordo com a
médica Luciana Correa, a desistência do transplante tem sido cada vez
mais comum. A oncologista explica que isso acontece principalmente pela
falta de conhecimento sobre as técnicas.
"Você tem basicamente duas formas de fazer. Por uma máquina que faz a
coleta de sangue periférica ou a coleta da própria medula óssea. As duas
são indolores, não trazem malefícios para o doador, e só trazem
benefícios para quem vai receber", afirma.
Para as mães das duas crianças, a sensação é de decepção. "Essa notícia
abriu meu chão, me destruiu, mas ainda tenho um sonho, pois acredito em
um Deus que tudo pode e ele vai fazer com que essa pessoa volte atrás",
diz Ildeni Brandão, mãe de Amanda.
Mônica Xavier, mãe de Marcos, ainda tenta encontrar explicação para o
que aconteceu. "Será que é falta de conscientização? Será que falta
apoio psicológico? Será que estão sabendo que estão mexendo com vidas,
com expectativas de vidas, para desistirem tão fácil assim?", questiona.
Nenhum comentário:
Postar um comentário