quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Cirurgias eletivas estão suspensas na Liga

Apesar da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) afirmar, através de nota divulgada à imprensa, ter efetuado parte do pagamento dos salários atrasados à Cooperativa dos Médicos (Coopmed/RN), a suspensão dos atendimentos não chegou ao fim. Desde ontem, pacientes em primeira consulta e os procedimentos de cirurgias eletivas deixaram de ser realizados. Dentre as especialidades mais complexas que tiveram os procedimentos suspensos, está a oncologia. Somente os procedimentos de quimioterapia e radioterapia estão garantido


De acordo com o médico oncologista, Luciano Luís da Silva Júnior, cerca de 400 procedimentos cirúrgicos são realizados mensalmente, além das centenas de consultas efetuadas nas unidades da Liga Norte-Riograndense Contra o Câncer em Natal. “É um risco para os pacientes que dependem de uma cirurgia eletiva e para aqueles que estão em primeira consulta, com suspeita de câncer”, comenta o médico.


Os pacientes que estão em tratamento podem ficar tranquilos. Os 30% do efetivo médico que continua trabalhando, conforme recomenda a lei, garantirão a manutenção das sessões de quimioterapia, radioterapia e aplicação de injeções em pacientes com tratamento diferenciado. O presidente da Coopmed, Fernando Pinto, afirma que os médicos só atenderão aos casos de urgência e emergência e reitera que os pacientes internados não serão prejudicados.


A progressão da doença pode fazer com que um tumor que hoje poderia ser retirado através de uma intervenção cirúrgica, se transforme num câncer cuja retirada através de cirurgia seja um risco. “O paciente que tem o diagnóstico precoce, pode fazer a cirurgia e ficar curado. Caso não seja feita a intervenção a tempo, o tratamento poderá, em muitos casos, ser feito apenas através de quimio e radioterapia”, afirma Luciano Luís da Silva Júnior.


Para o próprio Estado, o tratamento de portadores de câncer tem um custo muito alto. “Além da gravidade do problema, os custos com quimioterapia e radioterapia, que combatem o câncer são maiores que os das cirurgias eletivas”. A Coopmed afirma que a paralisação só chegará ao fim quando a situação dos pagamentos for regularizada pela Sesap.


O débito da Sesap com a cooperativa é de R$ 2,2 milhões. A Coopmed tem 250 médicos associados e a paralisação atinge, além dos atendimento na Liga Norteriograndense contra o Cancêr, serviços de ortopedia, neonatologia e procedimentos de media e alta complexidade nos hospitais publicos e privados conveniados ao SUS.

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