domingo, 18 de setembro de 2011

PMDB se reúne amanhã para discutir adesão à base governista

Politica - Adesão do PMDB ao Governo Rosalba - RN


Presidente municipal do partido considerou inadequada postura do deputado Henrique Alves em declarar apoio antes de conversar com demais membros.



Por Delma Lopes e Marcos Alexandre
 
 
 
Após declarar abertamente à imprensa o seu desejo de compor a base da Governadora Rosalba Ciarlini do DEM, o deputado federal Henrique Alves agora terá que convencer os demais membros do partido de que essa é a melhor opção para a legenda. No entanto, ele não esperava a reação de alguns deputados como Nélter Queiroz que na tribuna da Assembleia Legislativa afirmou que continua na oposição.


O presidente municipal da legenda, Hermano Morais, por sua vez tem mantido até hoje uma postura de independência na Casa, e não gostou da forma como o líder do seu partido se comportou.


Amanhã (18), a Executiva Estadual do PMDB ser reúne para decidir em conjunto se adere ou não ao Governo.


Delma Lopes – A decisão de aderir à base governista foi tomada em conjunto pelo PMDB?


Hermano Morais – O que houve foi um convite formal da governadora Rosalba Ciarlini ao presidente do nosso partido o deputado Henrique Eduardo Alves. Esse assunto ainda será objeto de discussão interna no nosso partido que tratará do assunto em reunião da Executiva Estadual amanhã.
 
 
DL – Então quer dizer que pode voltar atrás?



HM – Pelo o que eu tenho acompanhado pela imprensa já há uma posição pessoal tomada pelo presidente do partido e que ele pretende discutir com os demais membros do partido, inclusive com a bancada do PMDB na Assembleia Legislativa.


Marcos Alexandre – Mas como o senhor classifica a postura do deputado Henrique Alves de tomar essa decisão antes de conversar com os membros do partido?


HM – Pela posição do deputado Henrique Alves, como presidente estadual da legenda e líder com expressão em Brasília, ele pode conversar com a governadora do Estado a qualquer momento, ainda mais se convidado para tratar de um assunto de interesse do Rio Grande do Norte. Nós discordamos, é de já termos visto na imprensa uma manifestação pessoal do presidente do partido, o que poderia ter sido feito em conjunto, após conversar internas. Minha discordância foi nesse sentido. Eu até entendo a posição do deputado que é a de tentar unificar o PMDB no Estado. Todos sabemos que o partido esteve dividido na última eleição com grande parte já votando na então candidata ao Governo Rosalba Ciarlini, e a outra não, inclusive eu que sou o presidente municipal do partido. Mas passada a eleição é natural que as conversas aconteçam.



MA – O deputado Nélter Queiroz não votou na governadora Rosalba Ciarlini e afirmou em sessão na Assembleia Legislativa que segue na oposição. O senhor vai manter a linha independente que tem adotado até agora?


HM – Eu vou ouvir o deputado Henrique Alves para saber em quais termos esse convite foi colocado para depois me posicionar.


DL – O senhor disse que viu essa decisão como tentativa de unificar o partido. Mas no momento em que o presidente toma uma decisão sem consultar os demais membros, isso não gera uma insatisfação?
HM – É verdade, eu comungo dessa opinião. Depois de ter recebido o convite, deveria primeiro ter tratado do assunto com o partido para depois externar. Mas houve uma antecipação.



DL – Mas olhando para o cenário das eleições do próximo ano, o senhor vê essa adesão como positiva para o PMDB?


HM – O DEM que é o partido da governadora, já foi um parceiro do PMDB em duas eleições. Na última estivemos juntos apenas parcialmente. A meta nacional do PMDB é se consolidar como o maior partido do país, elegendo o maior número de prefeitos e vereadores. Sem dúvida é um parceiro importante, a governadora tem uma grande liderança, precisa de ajuda para conduzir o Estado, e penso que a iniciativa de procurar o PMDB ela está pensando no futuro do RN, o PMDB tem que avaliar e poderá ter parcerias em todo o estado. Tudo vai depender do desfecho dessa conversa. Independente dessa questão eu acho o termo adesão muito forte. O que há é um convite.


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