quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Criança de cinco anos é primeira vítima do H1N1

Saúde - Influenza A H1N1 - RN


Uma criança, de cinco anos, foi a primeira vítima fatal de influenza A H1N1 este ano, no Rio Grande do Norte. A confirmação da causa do óbito, ocorrido no último dia 12, foi divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), na tarde de ontem, mediante laudo do Instituto Evandro Chagas. Outro caso suspeito, ainda sem confirmação, envolve criança de 7 anos, moradora da Grande Natal, que passa bem. As notificações ocorrem após um ano sem qualquer caso da doença confirmado no Estado. 2011, existiram apenas 16 casos suspeitos, com 2 óbitos descartados. O último caso de H1N1 havia sido confirmado no Rio Grande do Norte em janeiro de 2010.
Aldair DantasA subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica Juliana Araújo descarta surto da doença no EstadoA subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica Juliana Araújo descarta surto da doença no Estado

A subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica Juliana Araújo enfatiza que não caracteriza novo surto da doença, embora considere haver subnotificação dos casos, após a pandemia ocorrida em 2009. "Não há estado epidêmico e nem indicam surto. São casos pontuais, isolados, mas iremos reforçar os cuidados", disse. Apenas os casos graves, que apresentam febre, tosse e dispnéia são notificados. Uma nota técnica mostrando as estatísticas e reforçando a necessidade de atenção para o diagnóstico e tratamento, bem como para práticas de higiene será publicada hoje, pela Sesap. A redução no número de casos se deve a cobertura da vacinação, realizada em 2010. "Como houve a imunização de grupos de riscos isso reduziu a ocorrência, mas não quer dizer que o vírus está fora de circulação. Não há como termos prevenção sem vigilância", disse.

Juliana Araújo lembra que o vírus tornou-se um vírus sazonal, com maior incidência, em estados da região Nordeste, no período de dezembro a fevereiro, quando o calor e as chuvas intermitentes aumentam o número de problemas respiratórios. Na região Sul ocorre na época de inverno.

Stella Leal, responsável pela vigilância da Influenza na Sesap, explicou que a vacinação não atinge 100% da população e que ainda pode deixar algumas pessoas susceptíveis ao vírus, que continua em circulação em todo o país. Stella lembrou ainda que a Sesap vem observando uma redução nas notificações da doença e alerta para que os profissionais de saúde continuem fazendo as notificações de casos suspeitos e solicitando o exame de confirmação.

Apesar da mutação do vírus, alerta o médico e presidente da Sociedade de Infectologia Hênio Lacerda, os casos são pontuais e a cobertura da vacinação tem se mostrado eficaz. "É preciso investigar se este é um caso que não foi imunizado, se fazia parte do grupo de risco porque não recebeu ou se é uma fatalidade", afirma. A retomada de práticas de higiene, como lavar as mãos com sabão, o uso de álcool em gel e evitar ambientes fechados de grande aglomeração, bem como o uso compartilhado de objetos, podem prevenir o contágio.

Em caso de dificuldade de respirar associada a gripe, orienta o médico, é preciso buscar uma unidade médica. O uso de medicação durante as primeiras 48 horas de manifestação dos sintomas é fundamental. Os hospitais regionais e alguns privados estão abastecidos com a medicação, usada somente sob prescrição médica.

Cuidados

Os vírus que causam a gripe podem sobreviver de 2 a 8 horas em locais como maçanetas, mesas, corrimões, etc. Então, lave as mãos vigorosamente e com frequência; use água e sabão e esfregue bem entre os dedos.

Evite ficar tocando seus olhos, nariz e boca; Evite locais com muitas pessoas e mantenha os ambientes arejados; Se já estiver com o vírus: Cubra sua boca ou nariz com um lenço de papel quando espirrar ou tossir; Procure ficar em casa por 7 dias e evite abraços, beijos e apertos de mão.

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