quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Novidades para o combate ao câncer da pele

Saúde - Cancêr de Pele


O número de casos de câncer de pele, inclusive na sua forma mais letal, o melanoma, tem aumentado no Brasil. A boa notícia é que novos meios de diagnóstico e o lançamento de fármacos mais modernos estão ajudando a melhorar o tratamento desses tumores. Estes foram os principais temas tratados na 9ª Conferência Brasileira sobre Melanoma.

 
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em 2000, 7,7% dos pacientes atendidos na Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele tiveram diagnósticos positivo. No ano passado, este número aumentou para 11,1%, representando um crescimento de 44% na incidência.


Câncer de pele é o mais frequente no Brasil


Este tipo de tumor é o mais frequente no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, e corresponde a 25% de todos os cânceres. A melhor maneira de se proteger é aplicar filtro solar diariamente, evitar a exposição prolongada ao sol em horários de maior incidência de radiação ultravioleta e não usar câmaras de bronzeamento artificial.


Acontece que apenas 31,44% dos brasileiros que se expõem ao sol se protegem e, quanto maior o número de episódios de pele queimada, vermelha ou com bolhas, maior a probabilidade de ter câncer - alerta o médico Carlos Barcaui, presidente da Conferência e diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia.


Diagnóstico precoce é essencial para a cura


Além da prevenção, o diagnóstico precoce é essencial para se livrar do câncer de pele. A doença caracteriza-se pelo crescimento anormal e descontrolado das células que constituem a pele. Há três tipos: basocelular (70% dos casos), espinocelular e o melanoma. Este último é o menos frequente, porém mais letal.


Portanto, é preciso consultar o dermatologista quando se percebe crescimento na pele de mancha ou pinta de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida; pinta preta ou castanha que muda de cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; ou ferida que não cicatriza, e continua a crescer causando coceira, crostas, erosões ou sangramento.


Novidades


No caso de melanoma, a novidade em diagnóstico é a microscopia confocal, um aparelho que permite ao médico enxergar em tempo real o que antes só seria visto com a biópsia, cujo resultado leva de sete a dez dias para ser entregue ao dermatologista. No Brasil existem apenas três aparelhos, todos em São Paulo. Um deles disponível para usuários do SUS, na Santa Casa de Misericórdia.


Com relação a medicamentos para tratar melanoma também há novidades, dois novos medicamentos para a fase avançada da doença: o ipilimumabe que estimula células de defesa a combater a doença e o vemurafenibe que atua nas células tumorais para evitar a proliferação do processo maligno e impedir que o câncer continue crescendo.
Nos grupos estudados, as novas drogas aumentaram a sobrevida em 6 meses, em média.



Fonte: Portal da Sociedade Brasileira de Dermatologia (18/8/2011).

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