terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Preso bando que explodia bancos

Policia - RN

Marco Carvalho - repórter






A polícia desarticulou uma das quadrilhas suspeitas de explodir caixas eletrônicos no interior do Rio Grande do Norte e nos estados vizinhos, como Paraíba e Pernambuco. O bando composto por oito homens, dois dos quais acabaram mortos durante a ação policial, foi encontrado na zona rural de Goianinha, a 60 quilômetros da capital no último sábado. As prisões da Operação Cash, como foi denominada pela Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor), permite agora que o inquérito enquadre os criminosos em delitos como roubo qualificado, porte ilegal de arma de fogo, receptação, uso de documento falso e formação de quadrilha.
Com o bando foram encontrados duas espingardas calibre 12, um fuzil, três pistolas calibre ponto 40, dois revólveres calibre 38, além de três coletes balísticos e boné com adesivo da Polícia Federal. A polícia descobriu que quatro dos oito presos são foragidos do regime semiaberto, dois deles condenados por roubo e outros dois por latrocínio [roubo seguido de morte]. As diligências e investigações continuam, pois os presos não representam a totalidade dos criminosos que estavam agindo no RN.
“É uma quadrilha grande, que também chega ao Ceará e Maranhão e se aproveitava das cidades do interior, que são menos protegidas. Desarticulamos a maioria”, afirmou o secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (Sesed), Aldair Rocha.
O secretário esclareceu que os bandidos agiam tanto com explosivos quanto com maçaricos, nas ocorrências referentes a roubo a terminais eletrônicos. “Mas eles não agiam só nessa área. Também há registro de diversos assaltos a estabelecimentos comerciais, sendo o último ocorrido na sexta-feira [dia 4]”, disse Aldair.
Pesam na conta do bando o assalto à Fiern (Federação das Indústrias do RN) em agosto do ano passado, quando foi roubado um carro de placa branca, destinado a veículos oficiais, que os auxiliava nos roubos ao se passarem por agentes da Polícia Federal.
Quanto às explosões, eles são suspeitos de participarem dos casos em Monte das Gameleiras, Brejinho e Vera Cruz, todos nesse ano. Além disso, assaltos em Boa Saúde, Goianinha e São João do Sabugi pode ter tido o bando como autores.


Quadrilha detida articulava o próximo assalto no RN


A Operação Cash prendeu Márcio Gomes da Silva, Francisco de Assis Ananias dos Santos, Evangelista Matias da Silva, Juliano Mendes da Silva, André Luís Nobre de Sena e Genilson Nobre de Sena. Sueldo Lopes Guimarães, o Véio – apontado como líder da quadrilha e remanescente da quadrilha dos Carneiro, e outro homem identificado apenas por Daniel, foram baleados, não resistiram aos ferimentos e morreram no hospital.
todos os oito homens, de naturalidade potiguar, foram encontrados na zona rural de Goianinha. Na casa onde estavam funcionava uma rinha de galos. A Polícia Ambiental foi acionada e recolheu mais de 100 animais.
Márcio Gomes e André Nobre são condenados por roubo. Sueldo Lopes e Ananias dos Santos respondem por latrocínio.
“Na última sexta-feira, eles assaltaram a casa de um comerciante lá em Goianinha. Eles já estavam planejando também um grande roubo na mesma cidade”, afirmou a delegada titular da Deicor, Sheila Freitas. Para isso, mais quatro bandidos já haviam sido acionados e estavam vindo da Paraíba para dar reforço.
Apenas três integrantes confessaram a participação: André Luís, Márcio e Ananias. André, além de dar detalhes da ação criminosa, confirma a presença do seu irmão, Genilson, no último roubo do bando.
Quatro integrantes utilizavam documentos de identificação falsos. Márcio Gomes e Sueldo Lopes se passavam por Bruno Cardoso e Edmilson Nascimento, respectivamente. André Nobre e Ananias dos Santos diziam se chamar Bruno Oliveira e Rosemberg da Silva.
Para a delegada da Deicor, mais suspeitos serão detidos em breve. “Nos próximos dias, esperamos prender o resto dos envolvidos. Operações também estão acontecendo nos outros Estados na expectativa de encontrá-los”, disse Sheila, esclarecendo que o valor roubado pelos criminosos dos terminais eletrônicos não será divulgado por questões de segurança.


Prisão na Paraíba beneficia Estado potiguar


A Polícia Civil de Campina Grande (PB) prendeu na última terça-feira (1) onze pessoas que estariam planejando explodir caixas eletrônicos na região da Paraíba e Rio Grande do Norte. A polícia apreendeu varias bananas de dinamites que seriam utizadas para conseguir a quantidade de dinheiro dos equipamentos bancários.
Para Sheila Freitas, da Deicor, essas prisões são fundamentais para o fim de ocorrências dessa natureza. “Eles têm vários compradores e pessoas que sabem como explodir o terminal. Com uma parte presa, os que estão soltos vão perdendo fornecedores e pessoal que sabe como proceder nesse tipo de assalto”, afirmou.
A polícia interceptou o bando na BR-104, no município de Alcantil a poucos quilômetros de Campina Grande. Na troca de tiros, um dos bandidos foi morto e outro ferido. Esse conseguiu escapar do cerco policial, enquanto o restante do bando foi preso. Todos foram levados para a Central de Polícia, em Campina Grande.


Polícia investiga ligações do bando


A Polícia Civil, no fim de semana, prendeu seis membros de quadrilha que promovia assaltos através de explosões a caixas eletrônicos no Rio Grande do Norte e estados vizinhos. O bando, que era comandado por Sueldo Lopes Guimarães, o “Véio”, teve dois homens mortos e, de acordo com a Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deicor), ainda pode haver membros da quadrilha foragidos. As suspeitas de que o traficante Alexsandro Freitas de Souza, o “Senhor”, tenha ligação com a quadrilha ainda não foram confirmadas.
Na quinta-feira (3), a Polícia prendeu um homem que, junto a outros seis criminosos, tentou render policiais em São Miguel do Gostoso para supostamente assaltar caixas eletrônicos na cidade. Em diligência, os policiais militares prenderam Shênia da Silva Costa, de 25 anos, que seria uma das namoradas de Senhor. Ela estava em um táxi com o filho de pouco mais de um ano, quando possivelmente iria buscar o traficante em Extremoz.
Devido à forma como eles agiram e os instrumentos que carregavam, os policiais levantaram a suspeita de que o bando poderia ter ligação com a quadrilha que assalta caixas eletrônicos no interior do Estado. Porém, mesmo após a prisão de parte da quadrilha, a delegada Sheila Freitas disse que ainda não foi possível comprovar a ligação entre os bandos de Sueldo Lopes e Senhor. “As investigações continuam e vamos apurar se realmente há a ligação”, explicou a delegada.


Fonte:Tribuna do Norte

Micarla de Sousa inicia reforma do secretariado

Politica - Natal,RN

A prefeita de Natal, Micarla de Sousa, começou mais uma reforma do secretariado. Pastas chaves do primeiro escalão terão mudanças na titularidade. Entre as definições já feitas estão os novos titulares das Secretarias de Mobilidade Urbana e de Infraestrutura. As duas pastas serão ocupadas por pessoas ligadas ao deputado federal Henrique Eduardo Alves, presidente estadual do PMDB.



A engenheira Elizabeth Thé, que era secretária municipal de Habitação, assumirá a titularidade da pasta de Mobilidade Urbana, que estava vaga desde a saída de Renato Fernandes, então indicado pelo PR, do deputado federal João Maia. Já a Secretaria de Obras e Infraestrutura será ocupada por Dâmocles Trinta, que atuou como secretário de Infraestrutura do Governo Wilma de Faria e Iberê Ferreira.
Da reunião, em que foram definidas as duas indicações, participou o deputado Henrique Eduardo. “Esses foram convites pessoais. Elizabeth já era secretária do município, Dâmocles foi uma escolha da prefeita e eu elogio porque é uma pessoa de competência e experiência”, comentou o líder peeemedebista.
Ele disse que as duas indicações não foram feitas pelo PMDB, que mantém a posição de independência, mas foi uma escolha da prefeita. “Dâmocles nem filiado ao PMDB é. A posição do PMDB é de independência e nós vamos continuar ajudando à prefeita Micarla, do mesmo jeito que também estou pronto para colaborar com a governadora Rosalba”, destacou Henrique Eduardo.
Com a acomodação de Elizabeth Thé na Secretaria de Mobilidade Urbana, o PR fica sem espaço na administração municipal. Desde o início da atual administração, essa pasta era colocada na cota do partido presidido pelo deputado federal João Maia.
Outra pasta que terá mudança será Esporte, atualmente ocupada pelo vereador Chagas Catarino. Ele já decidiu que deixará a Prefeitura. Para o cargo, os dois vereadores do PP, o próprio Chagas e Albert Dickson, desejam indicar o suplente Ubaldo Fernandes. No entanto, pessoas próximas a prefeita Micarla de Sousa garantem que ela têm resistência ao nome de Ubaldo e prefere uma indicação técnica para o esporte.


Cargo


O ex-deputado estadual Luiz Almir (PV) deverá ser acomodado na Prefeitura de Natal. Como não conseguiu se reeleger para Assembleia Legislativa, o político aguardava ser nomeado para o Governo Rosalba Ciarlini. Mas, como essa também não prosperou, restou a Luiz Almir a Prefeitura de Natal. Hoje ele deverá ser recebido pela chefe do Executivo da capital. O encontro servirá para escolher qual cargo será ocupado por Luiz Almir.
Nas acomodações políticas da reforma do secretariado de Micarla de Sousa, ela também buscará uma aproximação com o deputado federal Rogério Marinho, presidente estadual do PSDB.


Fonte;Tribuna do Norte

Ex-prefeito de Nova cruz rompe com governo de Rosalba Ciarline

Politica - Nova Cruz,RN

Disputa por cargo provoca rompimento com o governo



 

Ex-prefeito Cid Arruda afirma que rompe com o govermo, mas não pretende sair do PMN

A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) já soma a primeira desavença entre os aliados que a apoiaram na campanha eleitoral ano passado. O ex-prefeito de Nova Cruz, Cid Arruda Câmara (PMN), anunciou no último final de semana que não faz mais parte da base governista. Ele alega falta de prestígio em detrimento do principal adversário político no município do Agreste, o prefeito de Nova Cruz, Flávio Azevedo (PMDB). Cid e Flávio protagonizaram uma campanha inusitada no município quando decidiram – ambos protagonistas de grupos radicalmente opostos – apoiar a então candidata do DEM. “A condição foi não subir no mesmo palanque que o grupo oponente”, relembrou Cid. O rompimento foi anunciado após a nomeação da bioquímica Ana Karla Cartacho, mulher do prefeito da cidade, no comando da 3ª Diretoria Regional de Educação, Cultura e Esporte (Dired), segundo Cid Arruda, o principal cargo da região. “O rompimento é com o governo e não com o PMN”, salientou.


Ele assinalou que conversou com o vice-governador Robinson Faria (PMN) assim que soube da possível nomeação da bioquímica e pediu que a escolha para o comando da Dired partisse do próprio ex-presidente da Assembleia Legislativa. A ideia, segundo Cid Arruda, era não prestigiar nenhum grupo em detrimento de outro. “Rosalba Ciarlini veio em Nova Cruz e disse que Robinson Faria seria o governador da região Agreste. O que estamos vendo não é isso”, desabafou o ex-prefeito.
Cid Arruda relembrou também que apoiou os deputados eleitos com o maior número de votos na região – Fábio Faria, para federal, e Raimundo Fernandes, para estadual – o que não justificaria o preterimento ao grupo de Flávio Azevedo. “Eles preferiram apoiar candidatos da aliança de Iberê, que foram Henrique Alves para federal e Ezequiel Ferreira, para estadual”, criticou.
Cid Arruda ressentiu-se ainda de que cada demonstração de prestígio que Rosalba dava ao grupo do atual prefeito se traduzia em “achincalhes” e “provocações” por parte dos aliados de Flávio Azevedo. “Agora mesmo, quando a mulher dele foi nomeada passaram a noite soltando foguetões. Refleti, ouvi minha base e resolvi ficar no meu lugar. Não tem volta”, enfatizou Cid Arruda.
O ex-prefeito de Nova Cruz somente optou pelo apoio à Rosalba Ciarlini face o líder do seu partido, o PMN, ser candidato na condição de vice. Ele disse que não se arrepende da decisão tomada - “faria tudo de novo”, embora os correligionários tenham demonstrado desde o início a insatisfação do apoio à Rosalba Ciarlini. Cid Arruda deixa um programa semanal que comandava na rádio do vice-governador. “Não me sentiria a vontade. Vou bater no governo e ele é do governo. Mas o problema não é com o PMN”, assinalou.

bate-papo - » Cid Arruda ex-prefeito de Nova Cruz

O que aconteceu?

Os deputados do meu partido já haviam me informado que as indicações de Nova Cruz iam ficar para depois da eleição da Assembleia, que foi no dia 1º. No dia seguinte eu vi a notícia de que no dia 3 iam ser empossados os diretores das Direds. Eu já vinha conversando com o vice-governador Robinson e disse que se fosse para escolher que ele o fizesse, que era o mais correto. Eu entrei em contato com Robinson, com Fábio e Raimundo Fernandes. Robinson não estava sabendo de nada. Vão colocar a mulher do prefeito?, perguntei a ele. No primeiro momento conseguiram sustar a nomeação dela. Tanto é que no dia 3 a governadora deu posse no auditório e ela não estava lá. Mas depois, no dia 4, o Diário Oficial trouxe a confirmação. Eu já tinha dito que se acontecesse isso, não ficaria mais no governo.

O senhor falou que aliados seus temem perseguição...

Ela [Ana Karla Cartacho] é radical, persegue as pessoas. Eles ficam fazendo achincalhe, os professores nossos indignados, pensando que Rosalba ia botar uma pessoa da área e não coloca um representante de uma das administrações mais fracas do Estado.

O senhor continua acompanhando o vice-governador?

Eu não estou rompendo com Robinson, estou saindo do governo. Agora eu me sinto desconfortável de estar na emissora dele criticando o governo do qual ele faz parte.


Fonte:Tribuna do Norte

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Sorria

Duas faixas da BR 101 são liberadas pela PRF

BR 101 - Natal,RN

Duas das três faixas da BR 101 que estavam interditadas em virtude do surgimento de uma cratera causada pelo excesso de chuvas foram liberadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na manhã deste domingo (6). O acesso às vias do sentido Parnamirim-Natal voltou a ser permitido após a conclusão dos reparos no trecho danificado.
De acordo com informações da PRF, o buraco já se encontra tapado, entretanto, o fluxo no local só será totalmente liberado depois que equipes do Dnit concluírem o conserto na tubulação localizada sob a área.
Com a liberação das vias, o desvio improvisado no canteiro central da rodovia para aliviar o congestionamento no local foi desativado e o fluxo de veículos deve melhorar. Para evitar possíveis transtornos, a PRF continua aconselhando que os motoristas utilizem a BR-226 como rota alternativa.

Parte do asfalto da BR-101 desabou devido a forte chuva que caiu na capital no último dia 24 de janeiro. A cratera, localizada nas proximidades da entrado do bairro de Cidade Satélite, foi resultado da erosão causada pelo rio Pitimbu, que passa logo abaixo do trecho danificado.

Fonte:Tribuna do Norte

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Dívidas de curto prazo somam R$ 565 milhões

Politica - RN


O relatório acerca das dívidas de curto prazo herdadas pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM) aponta para um montante de R$ 565 milhões, segundo o chefe de Gabinete do Governo do Estado, Paulo de Tarso Fernandes. O total inclui os débitos anteriormente externados pela gestão democrata assim que assumiu o comando do Executivo, como a lacuna de R$ 18 milhões deixada dos empréstimos por consignação dos servidores; o repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) relativo aos 25% dos municípios; os R$ 36 milhões relativos ao pagamento do Proadi (Programa de Apoio à Indústria), entre outros. Paulo de Tarso afirma que a dívida de longo prazo (dívida fundada com a União, além dos convênios e operações de créditos) não foram contabilizados.
Rosalba Ciarlini reúne os auxiliares do primeiro escalão e pede contenção de despesasAinda que supere os R$ 21 milhões que estão consignados como “restos a pagar” na prestação de contas do relatório fiscal do último quadrimestre de 2010, publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) de 29 de janeiro, a dívida é inferior ao que vinha explicitando pela equipe de transição de Rosalba Ciarlini, que apontada para um rombo que beirava R$ 1 bilhão.
Ontem, a governadora se reuniu com a equipe de secretários e discutiu sobre cortes no orçamento de cada pasta e sobre a consciência do que será, durante o primeiro ano de administração, manejar um orçamento insuficiente e ainda por cima defasado. “A situação não está fácil. Estamos todos no mesmo barco e precisamos saber conduzir bem a embarcação para que ela não afunde. Sei que a maior responsabilidade é minha, mas também sei que posso contar com a garra e a competência de cada um de vocês”, disse ela.
A reunião teve ainda o objetivo de apresentar a dotação orçamentária para 2011. Com a abertura do exercício, os gestores podem iniciar licitações e contratações, desde que sigam as recomendações restritivas, ainda em vigor, por decreto governamental. O secretário de Estado do Planejamento e das Finanças, Obery Rodrigues, anunciou que a receita total projetada para este ano, de R$ 9,4 bilhões, inclui as obrigações constitucionais e legais, entre elas 25% destinados à educação e 12% destinados à saúde.
Ele explicou também que o Sistema Administrativo Financeiro (Siaf) foi aberto com um bloqueio de 30% nas medidas de custeio - aquelas que envolvem despesas necessárias ao funcionamento da máquina pública, como material de expediente, energia, água, combustível etc. - a pedido da própria governadora. A medida tem como objetivo economizar recursos.
O secretário de Estado da Administração e dos Recursos Humanos (Searh), Manoel Pereira, falou ainda do corte que será dado em alguns setores da administração com fim na contenção de gastos. A contratação de estagiários, por exemplo, será feita em “doses homeopáticas”. Ele afirmou ainda que as compras realizadas pelas secretarias devem ser previamente solicitadas à Searh (até 15 de fevereiro) com as respectivas listas contendo as necessidades de cada uma.
A intenção é facilitar os processos licitatórios. “Além disso, o governo do Estado deve priorizar compras feitas em micro e pequenas empresas potiguares, o que terá o apoio do Sebrae”, finalizou o secretário.



Fonte:Tribuna do Norte


Opinião de Flávio do Carmo

Mais um ou dois relatórios iremos observar que o rombo deixado pelo governo Iberê Ferreira não é um bicho tão feio assim.
A governadora precisa começar a governar e deixar de olhar pelo retrovissor,só no mês de janeiro entrou nos cofres do novo governo quase um bilhão de reais.
A eleição acabou e está na hora de começar a governar para todos,como era dito pela senhora nos palanques durante as eleições.
Boa sorte



segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

50 anos do Governo da Esperança: O tempo das mudanças

Politica - RN 
Especial Aluizio Alves




A história política do Rio Grande do Norte registra o cinquentenário de uma administração que marcou época e se mantém influente. Eleito após uma campanha inusitada e nunca mais repetida por outro político estadual, Aluízio Alves lançou as bases da modernidade que - ainda incompleta - o RN tenta concretizar. No dia 31 de janeiro de 1961 começava o “Governo da Esperança”.

O início de como tudo mudou



Desenvolvimento, modernidade, industrialização, mudanças que tirariam o Rio Grande do Norte da condição de estado dependente das ajudas federais, levando-o a ser protagonista do próprio crescimento socioeconômico. Foi com essas propostas que o jovem deputado federal Aluizio Alves (com 39 anos anos) tomou posse como governador do Rio Grande do Norte em 31 de janeiro de 1961. Cinquenta anos depois, elas não chegam a ser uma realidade completa e acabada e, por isso mesmo, não perdem a validade.
Ao final de uma campanha eleitoral que virou de cabeça para baixo o cenário político-partidário do estado, o governo Aluízio Alves pretendia revolucionar a administração pública, inovando e modernizando as ações de governo através da ação dinâmica de uma equipe jovem e inspirada nos ideais desenvolvimentistas de Celso Furtado. A ideia fixa, recomendada pelo novo governador a todos os auxiliares, era “construir as condições básicas para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte”.
Percorrendo uma trajetória onde política, jornalismo, leituras e estudos, propostas e debates sobre os problemas economicos e sociais nacionais e regionais sempre estiveram presentes, Aluízio Alves tinha consciência, da situação em que se encontrava o Rio Grande do Norte: uma região atrasada, subdesenvolvida e totalmente desestruturada para pleitear um lugar no rol das políticas de desenvolvimento industrial que o Brasil experimentava. A máquina administrativa do governo, herdada de uma tradição de apadrinhamentos e empreguismo, era absoleta, com servidores desatualizados quanto as novas técnicas de administração pública. Sequer existia uma secretaria de Planejamento ou algo parecido. As finanças, sem qualquer controle técnico ou política fiscal, estavam confusas, com o funcionalismo e os fornecedores do governo sem receber pagamentos há sete meses.
A realidade era desmotivadora, mas o novo governo tenha pressa. Começou por por melhorar o nível dos funcionários, através de cursos, criando gratificações e dando promoções aos que participassem desses treinamentos. Era uma ação básica para reconquistar o entusiasmo do funcionalismo, mas não o suficiente para modernizar o processo administrativo.
A máquina burocrática, arcaica e ultrapassada, não oferecia condições para atender a demanda de tantas iniciativas. Para suplantar tais obstáculos, o governo não vacilou em criar novas instituições. A medida que os desafios propostos foram sendo abordados, os projetos aprovados saiam do papel e as novas exigências se apresentavam às ações do governo, foram sendo criadas secretarias especificas para cada áreas, a partir de grupos de trabalho. Entre todas as necessidades, para iniciar o processo de desenvolvimento industrial que o governo propunha implantar, era necessário, sobretudo, energia farta e barata, facilidade de comunicação com os grandes centros urbanos e boas estradas.
Entre 1961 e 1964, o Rio Grande do Norte viu surgirem a Companhia de Serviços Elétricos do Rio Grande do Norte (Cosern), a Companhia Telefônica do Rio Grande do Norte (Telern), o Serviço Cooperativo de Educação (Secern), a Companhia de Habitação (Cohab/RN) e a Codern (Companhia de Desenvolvimento do Rio Grande do Norte), instituição que tenha o encargo de planejar o desenvolvimento, orientando os investimentos que modificariam a estrutura econômica do Rio Grande do Norte.
O “Governo da Esprança”, como foi batizado pelos aliados e partidários de Aluízio Alves, durou 1.825 dias e, segundo cálculos do pesquisador Luiz Antonio Porpino – um dos auxiliares pessoais do então governador - construiu cerca de 1.300 obras. O homem que o conduziu, tentando mudar a face oligarca da política e o coronelismo administrativo potiguares, não obteve sucesso em tudo que propôs.
Governador aos 39 anos, fez o sucessor e voltou à Câmara Federal, mas acabou cassado pela ditadura militar que se instalará no país em abril de 1964. Passou 20 anos afastado da política. No regresso, não conseguiu um novo mandato para governador, mas foi deputado federal por mais um mandato e ministro de Estado por duas vezes. Morreu em 2006, com alguns sonhos realizados e outros ainda por realizar. Por ter criado as condições para que o Estado pudesse se desenvolver, pela modernização que implantou, o governo de Aluízio Alves foi considerado - por alguns - como “revolucionário”. Por outros, foi um período de “populismo e demagogia”.
O principal personagem dele – Aluízio Alves – nunca quis nem procurou a unanimidade. Em um texto memorialístico, admite: “Lutei. Sofri injustiças. Cometi involuntariamente outras Despertei amor e gerei ódios Conquistei o povo, perdi amigos e ganhei inimigos”. Contra ou favor do que o governo dele realizou ou deixou de fazer, a verdade histórica permanece: o Rio Grande do Norte nunca mais foi o mesmo depois de 31 de janeiro de 1961, quando começou o “Governo da Esperança”.


A ousadia no poder


Aluízio Alves foi empossado chefe do Executivo Estadual no dia 31 de janeiro de 1961, no Teatro Alberto Maranhão, sucedendo ao governador Dinarte Mariz.. Depois da festa, o mesmo clima de inovação e mudanças que marcou a campanha eleitoral subiu as escadarias do Palácio Potengi (dali a pouco rebatizado “Palácio da Esperança”), instalou-se no gabinete do novo governador e se estendeu por todo o governo que começava. Nada devia ser como antes, tudo devia mudar, o novo nunca foi convencional.

“Se chegássemos no gabinete dele (Aluízio) com ideias palpáveis, embora consideradas mirabolantes para a época, ele investia sem temor”, rememorou o ex-secretário de Planejamento daquele governo, Geraldo Melo. Na época, ele era um jovem aspirante a administrador, recém-formado nas ideias desenvolvimentistas e que, anos depois, seria também governador (1986-1990) do Rio Grande do Norte. Geraldo Melo lembra que “foi assim mesmo, sem meias delongas” que Aluizio decidiu engajar o governo do estado na criação de estatais para as áreas de telefonia, energia elétrica, abastecimento e um programa inovador na área de habitação.
Podiam ser ideias “mirabolantes” face o estilo tradicional de governar, mas Geraldo Melo lembra que o ano de 1960 disseminou no povo potiguar a esperança advinda de uma retumbante vitória nas urnas e essa era a base necessária para que Aluizio e a equipe de jovens e audaciosos auxiliares que reuniu desfrutassem da confiança e da aprovação popular para qualquer experimento que imaginassem fazer. Acabou sendo, avaliam os historiadores, uma “grande virada na história política e administrativa do Rio Grande do Norte”.
Antes de 1961, a população do Rio Grande do Norte era desprovida de necessidades básicas. Um exemplo, cita Geraldo Melo, era a dependência do governo potiguar de uma empresa estrangeira que obtinha a concessão por um período de 90 anos para sistematizar a operação de água e esgoto da capital e interior. O resultado já se pode imaginar: recorrentes reclamações por um abastecimento indesejoso. O governo de Aluízio acabou com a concessão e criou a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern).
Exemplo ainda mais prosaico do arcaismo em que se encontrava o RN e do impacto das mudanças propostas pelo novo governo ocorreu na área das comunicações. Até aquela data, a capital do Rio Grande do Norte comunicava-se com o mundo através de apenas 500 linhas telefônicas. Talvez este seja o arsenal hoje de um edifício de grande porte. “Criamos a Telern (antiga Empresa de Telecomunicações do Estado) e fizemos a primeira ampliação do sistema telefônico com mais de duas mil linhas”, lembra Geraldo. O interior também ganhou o novo empreendimento.
“O projeto da Telern foi feito no meu gabinete e tem uma história deliciosa. Eu levei para Aluízio a ideia e expliquei que levaríamos para o interior um sistema chamado de microondas. Eu disse a ele que iríamos ligar para o interior e que poderíamos falar sem o auxílio de telefonista. E ele disse: você tá querendo dizer que eu vou pegar esse telefone e ligar pra Angicos (terra natal de Aluízio)? Eu disse que sim. Ele ficou olhando para mim e depois disse: ‘É por causa dessas ideias malucas, Geraldo, que o povo do RN diz que você é doido. Como eu não tenho juízo me dê para cá esse projeto’. Autorizou e assinou o projeto de lei que daria nascedouro à Telern”.
Tal “falta de juízo” era justamente o que desnorteava os adversários dos planos do novo governador e, traduzida em “ousadia”, alimentava a confiança dos auxiliares, investidores e as lideranças nacionais em relação ao desempenho do “Governo da Esperança”. “Aluízio foi um homem com capacidade de ousar e o primeiro gesto foi botar um rapaz com 25 anos de idade na Secretaria de Planejamento”, relata ainda Geraldo Melo. Com o ingresso dele no cargo criou-se um Conselho Estadual de Desenvolvimento com atribuições da atual Secretaria de Planejamento e das Finanças (Seplan). “O projeto da Cosern foi feito no meu gabinete. A ata de fundação mostra que quem fundou a Cosern foi a gestão de Aluízio e quem representou o Governo do Estado na Assembleia fui eu”, destacou Geraldo Melo.


Os dólares da Aliança para o Progresso


Aliança para o Progresso foi um programa que o governo dos Estados Unidos aplicou entre os anos de 1961 e 1970, com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico mediante a colaboração financeira e técnica em toda a América Latina a fim de não deixar aparecer um outro país com as características de Cuba, que havia promovido uma revolução popular em 1959 e rapidamente passou a esfera de influência soviética.
A origem da Aliança é uma proposta oficial do Presidente John F. Kennedy, no discurso que fez em março de 1961 durante uma recepção, na Casa Branca, aos embaixadores latino-americanos. Nos 10 anos de atuação, a Aliança faria um investimento de 20 mil milhões de dólares, principalmente da responsabilidade dos Estados Unidos, mas também de diversas organizações internacionais, países europeus e empresas privadas. A proposta foi depois pormenorizada na reunião ocorrida em Punta del Este, Uruguai, de 5 a 17 de Agosto, no Conselho Interamericano Económico e Social (CIES) da OEA. A Declaração e Carta de Punta del Este foram ambas aprovadas por todos os países presentes, com a excepção de Cuba.

Para um estado pobre como o Rio Grande do Norte, a perspectiva de conseguir os dólares e a assistência dos técnicos da Aliança para o Progresso eram irresistíveis. Nas memórias que escreveu, Aluizio atribui a uma certa “resistência da Sudene em aprovar os projetos e liberar recursos para o estado” a ideia de correr atrás do apoio norte-americano. Dentro das correntes “desenvolvimentistas” que norteavam as políticas federais e continentais, também não faltavam desconfianças em relação “as boas intenções” dos EUA. Setores à esquerda, no governo de João Goulart, a Aliança era vista como um projeto “neocolonialista”.
Com projetos prontos e a espera de recursos nacionais que não vinham para as áreas da educação, saúde, apoio à agricultura e formação profissionalizante, a equipe de jovens planejadores formada por Aluizio se desesperava. No segundo ano de governo, problemas políticos com a Assembléia Legislativa ameaçaram “tracar” o orçamento estadual e paralisar todo o governo. Em julho, o governador viajou aos Estados Unidos disposto a resolver, pessoalmente com o presidente Kennedy, os entraves que impediam a Aliança de chegar ao estado.
Deu sorte. Uma série de acasos facilitaram o acesso de Aluízio Alves à Casa Branca e em agosto o governo do Rio Grande do Norte assinava com a Aliança Para o Progresso convênios que, de início, previam investimentos de US$ 25 milhões no estado.


Novas ideias para um novo Estado


Considerado de escopo desenvolvimentista, face as investidas em grandes estruturas e a modernização implantada nas diversas áreas da administração, o governo de Aluízio Alves foi o responsável, por exemplo, pela aquisição dos terrenos, feitura do projeto de ocupação do espaço onde se construiu o primeiro conjunto habitacional do Rio Grande do Norte – na Cidade da Esperança.

“Naquele tempo não existia correção monetária e aí inventamos uma novidade no Brasil: o sujeito comprava a casa e nós estipulamos que o pagamento seria dez por cento do salário mínimo todo mês, por um período de vinte anos. Com isso garantimos um reajuste da prestação que o Estado ia receber”, relatou Geraldo Melo.

Depois dessa empreitada, foi criada uma entidade de habitação popular, que veio a se chamar depois Cohab. “Para a Cohab nós tivemos a imensa colaboração de dois arquitetos: Ubirajara Galvão (falecido) e João Maurício Fernandes. Ubirajara ganhou uma bolsa para fazer um curso na Colômbia. Naquele tempo formou-se uma equipe para estudar assuntos econômicos e de desenvolvimento. Essa era a marca da gestão”, acrescentou o ex-governador.

Geraldo Melo lembra com saudosismo a equipe técnica que atuou no período: “Aqui no RN, quando eu assumi a Secretaria de Planejamento, só havia duas pessoas que tinham autoridade para falar de assuntos econômicos: Aldo Fernandes e Ulisses de Góis. Nós formamos pessoas e aí é que vem o que importa, formamos uma equipe que talvez tenha sido a maior obra que eu realizei na minha vida. Formamos uma equipe que durante os 40 anos seguintes o RN não passou nenhum dia em que alguma dessas pessoas não fossem no mínimo Secretário de Estado. Talvez teríamos um outro Estado e contaríamos uma outra história se Aluízio não tivesse governado”, assinalou Geraldo Melo.

“Sem dúvida um desenvolvimentista. Talvez tenha sido o mais. Eu digo com autoridade de quem já foi governador que talvez no século passado o RN talvez tenha tido dois grandes governadores. Um cuja obra se projetou na esfera nitidamente política, que foi Dinarte Mariz. O outro, Aluízio Alves, cuja presença foi realmente o grande marco na direção do desenvolvimento econômico do RN”, finalizou Geraldo Melo.


50 anos do Governo da Esperança: A campanha da Esperança






Há 50 anos a população do Rio Grande do Norte acompanhava a posse de Aluízio Alves no governo. A campanha eleitoral que o levou ao cargo criou signos que identificaram o personagem por toda a vida. Os lenços verdes, galhos de árvores e a camisa verde de Aluízio Alves significam a esperança; o polegar levantado significa a vitória, diferenciando-se do seu opositor que é o “V” da vitória. Uma inovação que ocasionou muita mobilidade popular foi a transformação dos comícios, vigílias, caminhadas e passeatas em festa com orquestras e batucadas acompanhando as “ala-moças” que cantavam as marchas e os hinos da campanha. Parte dessas músicas de campanha e alguns discursos previamente preparados fazem parte do LP “Gentinha”. As ala-moças fizeram sucesso. Atraiam tantos os homens como as mulheres por onde passavam.



A análise das letras dessas músicas, dos cartazes e dos discursos previamente elaborados mostram Aluízio Alves como herói consagrado, predestinado a cumprir sua odisséia, convocado “pela mais poderosa força de convocação: a voz do povo”. Para cumprir a missão de redimir esse mesmo povo da miséria e de “abrir para todos a Porta da Esperança”. Essa é a mensagem do discurso de início da campanha e que faz parte do LP da “Gentinha”.“Vim para lutar. Vim para ficar. Vim para vencer. Nada me impedir de vir: nenhum obstáculo, nenhum receio, nenhuma acomodação.”

Aluizio chegava ao governo do Rio Grande do Norte em uma época de mudanças políticas em todo o país. Para a presidência da República, Jânio Quadros havia derrotado o marechal Henrique Lott, até então considerado o mais forte candidato ao governo. A candidatura de Aluizio havia sido lançada pelo Partido Social Democrático - PSD e pelo Partido Trabalhista Brasileiro - PTB, contra o nome do advogado Djalma Marinho, candidato da UDN – partido ao qual Aluizio pertencia e que não lhe apoiou devido as desavenças com o então deputado Dinarte Mariz. Mais de uma vez, Aluízio relembrou as origens desse episódio.
“Ao contrário de 1958, quando fizera a candidatura de Dixhuit para senador, em vez da de José Augusto, para evitar a exigência da candidatura de Vingt para governador em 1960, perguntou- me se eu o apoiaria. Disse-lhe que tinha com ele boas relações, mas achava difícil a UDN, que cedera a senadoria ao PR - pequeno partido quase limitado a Mossoró - concordasse em entregar-lhe o governo. Não me deu resposta. Veio a Natal e, dias depois, surpreendeu-me com a intervenção, mediante seu voto de desempate, votos de 33 dos 63 diretórios municipais da UDN que, supunha, me apoiariam. Esqueceu que eu tinha também a metade dos delegados natos e a maioria do Diretório de Natal, após a campanha de 1958. Com receio da reação das bases do partido, fez candidato Djalma Marinho, a quem admirava, mas não considerava um temperamento executivo. Vingt foi candidato a vice-governador. Não tive outro caminho. Com a convenção praticamente unânime que teria, após a intervenção dos diretórios, aceitei ser candidato por uma dissidência. Grupos de estudantes, liderados por Quinho Alves, criaram a ‘Cruzada da Esperança’, que adotei como legenda da campanha. E comecei as articulações com as demais forças políticas, pretendendo somá-las em torno de uma candidatura de oposição.”
Os udenistas, aliados ao Partido Republicano - PR e ao Partido Social Trabalhista - PST, apontaram como candidato oficial o deputado federal Djalma Marinho. Tendo como candidato a vicegovernador o monsenhor Walfredo Gurgel, Aluízio Alves obteve 121.076 votos, contra 98.195 de Djalma Marinho. Em janeiro de 1961, renunciou ao mandato de deputado, tomando posse como governador no dia 31 do mesmo mês.


Herança comprometida com as mudanças


Herdeiros políticos de Aluízio Alves, o deputado federal Henrique Alves, o ministro Garibaldi Alves e o deputado estadual Agnelo Alves recordaram o período, segundo eles, “inovador e revolucionário” pelo qual passou o Rio Grande do Norte quando comandado pelo pai, tio e irmão.
O líder do PMDB na Câmara Federal, Henrique Alves, disse que considera o pai o político mais importante da história do Rio Grande do Norte. “E o seu governo prova isso. Pela ousadia, pela criatividade, e, principalmente, pela sua capacidade de se comunicar e de se envolver com as camadas mais pobres e mais carentes do nosso Estado”. O sobrinho Garibaldi afirmou que tem no maior líder do PMDB potiguar o “eterno exemplo de homem público”. Para o irmão Agnelo, chefe de Gabinete durante o governo iniciado em 1961, “ficará para sempre na memória o apoio popular permanente e o contato de Aluízio com o povo durante os cinco anos de gestão”.
O deputado Henrique Alves destacou que é sempre emocionante lembrar a visão intensa da cena política potiguar, desde criança, vivenciando uma casa sempre muito cheia de políticos, de amigos, de populares. “Aluízio não fazia diferença de classes e de posturas. As pessoas o procuravam e sempre tinham dele uma palavra”. Para o filho, o corpo a corpo característico do pai com a população mais carente traz uma recordação ímpar, sobretudo durante o período de atuação pública. “A lembrança maior era o contato com todos e a relação tão saborosa e carinhosa com os mais pobres e mais humildades do Estado”.
Considerado um dos maiores líderes políticos da história do Rio Grande do Norte, Aluízio Alves foi inspiração permanente na atuação do sobrinho Garibaldi Alves, duas vezes governador do Estado. “Eu encontrei nele uma grande inspiração para fazer no meu governo o programa de águas, que chegou a todo o Estado. Como não lembrar da administração revolucionária, um governo que deu uma nova infraestrutura ao Estado, em termos do seu desenvolvimento?”, assinalou o ministro. Garibaldi rememora a adolescência quando junto aos primos acompanhavam de perto a atuação dos tios políticos.
O deputado Agnelo Alves exalta ainda o período de turbulência, com radicalismos e entre partidos e candidatos divergentes. Para ele, a tranquilidade e segurança de Aluízio Alves quando das tomadas de decisões eram precisas. “aluízio sempre transmitiu muita segurança nas suas atitudes e isso era essencial naquela época”.


“Um divisor de águas”


Qualificação constante de recursos humanos, estímulo a ideias eficazes e busca incessante por novas fontes de investimento. Três características comuns às gestões públicas do século 21 em plena década de 60 do século passado. Para o deputado estadual José Dias (PMDB), cunhado do ex-governador, essas preocupações do então governador Aluízio Alves demonstram o pioneirismo do mandato iniciado em 1961.
“Foi um divisor de águas para o Rio Grande do Norte. Principalmente porque se vinha de um governo anterior que nada devia, em sua improvisação e incapacidade, às práticas existentes no século 19”, reforça. O hoje deputado iniciou a participação no governo Aluízio Alves como assessor da Fundação de Habitação Popular, que teve como primeiro presidente Agnelo Alves.
José Dias acompanhou a construção da Cidade da Esperança, primeira experiência de habitação popular no estado e um modelo para todo o Brasil. Ele, que assumiu a presidência da fundação habitacional do estado em 1964, recorda que Aluízio Alves teve de convencer Celso Furtado, mais interessado em investimentos em indústrias, a aplicar recursos na área habitacional, para viabilizar o sonho de muitas famílias carentes.
“Na verdade, havia todo um grupo jovem que foi estimulado e atraído por Aluízio Alves a participar do governo e a assumir a responsabilidade de executar as ações”, destaca. José Dias enfatiza ainda a importância dada pelo então governador à qualificação dos profissionais do estado e também na busca por cursos junto a órgãos como a Cepal, Sudene e a Fundação Getúlio Vargas .
“Foi uma administração revolucionária que não frustrou as expectativas criadas após uma campanha histórica”, resume.


Posse com entusiasmo popular


A posse do governador Aluízio Alves foi mais do que um ato formal para oficializar o início de um mandato eletivo. A participação popular nas comemorações que iniciaram no dia da posse, 31 de janeiro de 1961, uma terça-feira, e prosseguiram até a quarta-feira, 1º de fevereiro, foi marcada pelo mesmo entusiasmo da histórica campanha eleitoral que no ano anterior escolheu Aluízio Alves para governar o Rio Grande do Norte.


Nos dias que antecederam a posse, os jornais noticiavam a viagem de Aluízio Alves do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Norte. “Governador Aluízio Alves embarcará pelo ‘Vera Cruz’ com destino a Natal. Viajará saindo do Porto do Rio de Janeiro, escalando em Recife, e de lá, de automóvel para Natal, a fim de se empossar no Governo do Estado”, destacou a TRIBUNA DO NORTE (26.01.1961).
Para o dia 31 de janeiro, foi preparada uma inusitada programação, que se tornou extensa, ao atender às reivindicações de milhares de eleitores de Aluízio Alves, que se engajaram na campanha da Cruzada da Esperança, em busca de novos horizontes para o Rio Grande do Norte.
O início da manifestação foi marcado para as 7 horas da manhã da terça-feira. Durante mais de três horas, foram percorridas 40 ruas e avenidas, desde a “corrente de Macaíba (Posto Fiscal)”, até a Catedral Metropolitana, onde o vice-governador eleito — Monsenhor Walfredo Gurgel — celebrou a missa em ação de graças.
Concluída a solenidade religiosa, o novo governador ficou à disposição dos jornalistas que demonstravam curiosidade sobre os planos do novo governo e as implicações do embate político que teve repercussões locais, atingindo todas áreas de comunicação, chegando a ultrapassar as fronteiras nacionais.
À tarde, por volta das 15h, começou a solenidade oficial; posse presente à Assembléia Legislativa, que à época estava instalada na avenida Getúlio Vargas.
O centro nevrálgico das ações políticas e partidárias, onde era a sede do Comitê Central da Cruzada da Esperança, na confluência da Avenida Rio Branco e João Pessoa (Grande Ponto), às 16h30, houve a solenidade da entrega solene da Bandeira da Esperança ao governador Aluízio Alves.
Ao cair da tarde, registrou-se a transmissão de Poderes em frente ao Palácio do Governo, que passou a ser conhecido por Palácio da Esperança.
Concluída as formalidades oficiais, a população, que durante muitos meses acompanhou Aluízio em todos os recantos do Rio Grande do Norte, entregou-se às festividades do Carnaval da Esperança, que ultrapassou toda a noite e alcançou o auge, já ao meio-dia de 1º de fevereiro.
Aluízio Alves, eterno sonhador, criador de situações que despertaram tantos comentários – prós e contra – trouxe para o estado métodos até então, fora de uso: as pesquisas orientadoras, o marketing institucional, a participação de todas as faixas etárias, acompanhamento de pessoas de todas as origens sociais, econômico/financeiras, credos diversos.
Um diferencial dessa mobilização foi a constante participação das crianças, durante toda a campanha da Cruzada da Esperança. Por isso, um dos primeiros atos festivos, após a posse em 1º de janeiro, foi a Festa das Crianças, no Pátio do Alecrim, reunindo milhares de “eleitores mirins de Aluízio”.
O registro mais veemente, do que representou a vitória de 03 de outubro de 1960, que elevou à condição de Governador – Aluízio – e Monsenhor Walfredo, vice-governador, foi a participação de todos os setores da população norte-rio-grandense. As classes produtoras, a juventude, os estudantes, os militares, os religiosos de tendências, as mais diversas, lutaram para que Aluízio Alves passasse a dirigir os destinos do RN.
Um destaque foi a participação, sempre elogiada da “Ala Moça da Mina Brejuí”, de Currais Novos, cujo patrono, o desembargador Thomaz Salustino, amigo de Aluízio e Monsenhor Walfredo, sob o comando da professora Anita Medeiros, promoveram um espetáculo à parte, nas comemorações da posse do novo governo.



Fonte:Tribuna do Norte

domingo, 30 de janeiro de 2011

Legislatura inicia com o governo sem maioria

Politica - RN


Anna Ruth Dantas - repórter


 
O início do ano legislativo, na próxima terça-feira na Assembleia, mostra formalmente que a governadora Rosala Ciarlini (DEM) não conta com a maioria, mas aponta que em poucos meses ela já deverá estar com ampla vantagem entre os 24 deputados estaduais. A bancada governista conta com 11 deputados. Mas em uma zona “cinzenta”, que poderá migrar tanto para oposição como para situação, há quatro deputados. Nesse meio entre oposicionistas e governistas estão parlamentares que já sinalizam para uma tendência governista. Nessa situação estão parlamentares das mais diversas legendas. Do PMDB se encontram na classificação de oposicionistas formais, mas com tendência a defender o Governo os deputados Poti Júnior, Hermano Morais e Gustavo Fernandes.
Único deputado do PDT, Agnelo Alves afirma que será independente no Legislativo. “Minha posição será de independência. Não me filiarei nem a oposição e nem ao Governo. Cada projeto eu examinarei; não passará nenhum projeto sem que eu examine e opine”, destacou o parlamentar do PDT.

Já a bancada oposicionista conta com nove deputados. Os parlamentares da bancada da situação na gestão de Wilma de Faria (PSB) e Iberê Ferreira (PSB), assumem agora a bandeira da oposição. Fernando Mineiro (PT), que assumiu a liderança informal na gestão Iberê Ferreira, deverá capitanear a liderança da oposição. Além dele estarão com o discurso da oposição toda bancada do PSB (Gustavo Carvalho, Márcia Maia, Larissa Rosado e Luiz Antonio Tomba), Nélter Queiroz (PMDB) e Ezequiel Ferreira (PTB). Os deputados Fábio Dantas (PHS) e Ezequiel Ferreira (PTB), que também integram representações únicas das legendas estão na mesma situação de independência.
“A sociedade me delegou para oposição. Vamos trabalhar no sentido de fiscalizar as ações do Executivo e dar repercussão às demandas da sociedade na Assembleia. Vamos trabalhar nesses dois eixos principais”, destacou o deputado Fernando Mineiro.
Ele ressaltou que no primeiro momento focará o trabalho em analisar e estudar os compromissos assumidos pela hoje governadora Rosalba Ciarlini. “Vou cobrar as ações a que ela se propôs quando era candidata”, destacou o petista.


Consenso está restrito à presidência


Os parlamentares que integram a 60ª legislatura vivem um clima de disputa. Embora o nome do novo presidente esteja praticamente decidido, já que até o momento o deputado estadual Ricardo Motta é candidato único, a primeira Vice-Presidência e a Primeira Secretaria estão em disputas diretas.
Nesse primeiro dia de trabalho, a atenção se voltará mesmo para a eleição na Mesa Diretora. A Primeira Secretaria contempla as principais expectativas. O PMDB, partido presidido pelo deputado federal Henrique Eduardo Alves, fechou questão sobre o direito de indicar o primeiro secretário. No entanto, ao invés de apontar um candidato, os peemedebistas fizeram uma lista quádrupla, que foi encaminhada para o deputado Ricardo Motta (PMN) escolher entre Nélter Queiroz, Hermano Morais, Gustavo Fernandes e Poti Júnior. Como essa estratégia não evoluiu, o partido vai se reunir neste domingo à noite para escolher um nome entre os tês que mantém a candidatura. Gustavo Fernandes desistiu da disputa.
No entanto, como a eleição não é de partido, mas com o colegiado, a disputa não está fechada com os peemedebistas. O deputado estadual Gustavo Carvalho (PSB) também se coloca disposto a assumir a 1ª Secretaria. Ele argumenta que a tradição da Casa é os governistas indicarem o presidente e a oposição apontar o 1º secretário.
Já o deputado federal Henrique Eduardo Alves, que articulou a reunião do PMDB, traz um argumento diferente. Ele afirma que não há discussão: o PMDB, por ter a maior bancada, tem a preferência. Na verdade, a tendência é que o deputado Hermano Morais seja o indicado para o cargo.
Já o PSB deverá ficar com a primeira Vice-Presidência. O indicado será o deputado estadual Gustavo Carvalho, postulante a Primeira Secretaria, mas que deverá ser acomodado no cargo.
A Mesa Diretora possui sete cargos, a preocupação dos governistas é garantir maioria na Mesa, ou seja, ficar com quatro cargos. Nesse caso, os nomes seriam para presidente Ricardo Motta, para primeiro secretário Hermano Morais, que estaria pronto para migrar para bancada governista; segundo secretário Raimundo Fernandes e a terceira e quarta secretaria seria escolhida entre Gesane Marinho, Vivaldo Costa e Leonardo Nogueira. A segunda vice-presidência caminha para a indicação do PMDB.

Partidos deverão formar blocos


Empossados os 24 deputados estaduais, alguns representantes partidários deflagrarão uma nova etapa: a articulação para compor blocos. Para participar do colégio de líderes as bancadas devem ter, no mínimo, três deputados. Ou seja, com essa regra apenas o PMDB, PMN e PSB teriam assento no colégio.
A alternativa das demais legendas ( PDT, PHS, PTB, PT, DEM, PSDB e PR e PV), que elegeram menos de três deputados, será se compor. Por enquanto, já anunciaram a união das bancadas o PSDB, do deputado Dibson Nasser, com o DEM, de Getúlio Rego e Leonardo Nogueira. As duas legendas estarão na bancada governista.
O PHS, de Fábio Dantas, e o PR, de George Soares e Vivaldo Costa, também irão se compor em bloco. Mas nesse caso há uma diferença. O PR está dividido, já que Soares é oposição e Costa é situação. “Nosso bloco será de oposição, o deputado Vivaldo certamente irá divergir”, comenta Fábio Dantas. Ele disse que a escolha de líder do bloco PHS-PR será feita por rodízio. “Será um rodízio entre eu e George”, detalha Fábio Dantas.
O deputado estadual Fernando Mineiro diz que ainda não definiu o bloco do PT. “Estamos esperando para a composição do bloco. Tem que partir de parâmetros mínimos, pontos de ações parlamentares. Vamos conversar depois da posse”, frisa.
Já o deputado estadual Agnelo Alves descarta qualquer composição. “Serei líder de mim mesmo. Não tenho que dar satisfação a nenhum deputado e não tenho como pedir voto. Considero todos os deputados aliados do Poder Legislativo”, destaca o líder do PDT.


Renovação


Para a 60ª legislatura, a Assembleia Legislativa vai estar com o seu plenário renovado em um terço. Entre os “novatos” estão Luiz Antônio Lourenço de Farias, mais conhecido como Tomba, do PSB, que tem bases eleitorais no município de Santa Cruz, na região Trairi, onde foi prefeito por dois mandatos. Também estréia no plenário do Legislativo Dibson Nasser, do PSDB. Vivaldo Costa, do PR, que participou da atual legislatura, mas assumindo como suplente, volta entre os novos.
Com bases eleitorais no Alto Oeste do estado, Gustavo Fernandes vai ocupar uma cadeira no plenário pela primeira vez. Da região do Vale do Açu chega ao Legislativo George Soares (PR). No bloco dos novatos também estão Fábio Dantas, do PHS, o ex vereador de Natal Hermano Morais (PMDB), e Agnelo Alves, do PDT, ex-senador e ex-prefeito de Parnamirim.

PMDB será a maior bancada da Assembleia

O partido de maior bancada na Assembleia é o PMDB. Além de conseguir reeleger os quatro deputados da legislatura passada, os peemedebistas também trazem para o Legislativo dois novos nomes. O vereador natalense Hermano Morais chega pela 1º vez à Casa, depois de vários mandatos na Câmara Municipal. Já Gustavo Fernandes, filho do ex-deputado estadual Elias Fernandes, é outro estreante.
A bancada de maior deputados é também a que não consegue manter unidade. Ainda no pleito de 2010 quatro deputados eleitos pelo PMDB (Gustavo Fernandes, Poti Júnior, Nélter Queiroz e Hermano Morais) estiveram no palanque do candidato a reeleição Iberê Ferreira (PSB). Já os deputados reeleitos José Dias e Walter Alves defenderam o nome da hoje governadora Rosalba Ciarlini.
A divisão na eleição do ano passado se reflete ainda no comportamento da bancada na Assembleia. Em recente reunião da executiva estadual, o PMDB definiu que o partido seria independente no Legislativo estadual. Nesse início de legislatura, os deputados mantém a mesma composição da eleição, com quatro se declarando de oposição e dois de situação. Mas entre os oposicionistas dois estão incluídos na chamada “zona cinzenta”, que poderão migrar para ala governista: Poti Júnior e Hermano Morais.
Em meio a essa divisão, o PMDB já definiu o líder da bancada. O indicado, por unanimidade será o deputado Walter Alves. Ele está no segundo mandato como parlamentar e assume o cargo que por vários anos foi do deputado estadual José Dias. Walter Alves, em recente entrevista, disse que buscará unir a bancada, mas admitiu que pelo racha ocorrido na eleição de 2010 não será “tarefa fácil”.

Quatro partidos terão bancadas com um deputado

Um dos deputados estreantes na Casa é também o de maior idade. Aos 79 anos, o jornalista Agnelo Alves assume um mandato na Assembleia Legislativa. Depois de ser prefeito de Natal, senador da República e prefeito da cidade de Parnamirim por dois mandatos, Agnelo chega ao Legislativo como o único representantes do PDT.
Agnelo Alves não será o único parlamentar que não terá correligionários na casa. Como “representantes únicos” também estão: Fernando Mineiro (PT), Ezequiel Ferreira (PTB), Dibson Nasser (PSDB) e Fábio Dantas (PHS). Esse último chegou a Casa herdando o colégio eleitoral do pai, o deputado estadual Arlindo Dantas, que ocupou o mandato do PHS na legislatura passada. Já Dibson Nasser, filho do ex-presidente da Câmara Municipal de Natal Dickson Nasser, também é um estreante na Casa.

Legenda da governadora tem dois deputados


O partido da governadora Rosalba Ciarlini, o DEM, é um dos que possui a menor bancada. No comparativo com a legislatura passada, o DEM reduziu um deputado, já que deixou de eleger José Adécio e conta agora com Getúlio Rego e Leonardo Nogueira. Coincidentemente, os dois parlamentares tem familiares de primeiro grau administrando cidades do Oeste, municípios tidos como principais colégios eleitorais dos dois.
No caso de Leonardo Nogueira ele entra no segundo mandato e chega com a “credencial” de quem tem como principal colégio eleitoral a cidade de Mossoró, onde a esposa dele, Fafá Rosado, é prefeita.
Já o deputado Getúlio Rego é um dos mais antigos parlamentares da Casa. Ao lado do deputado estadual José Dias, foi um dos principais opositores na Assembleia Legislativa das duas últimas legislaturas. Agora assume a declarada posição governista. Um dos principais colégios eleitorais de Rego é a cidade de Pau dos Ferros, administrada por seu filho, Leonardo Rego.
Por não ter conseguido eleger três deputados, o DEM não poderá integrar um bloco sozinho para ter direito a assento no colégio de líderes. Com isso a alternativa foi se compor com o PSDB, do deputado Dibson Nasser.
Caso prospere o projeto do deputado estadual José Dias ser indicado líder do Governo, caberá a Getúlio Rego a liderança do bloco DEM-PSDB.



Fonte:Tribuna do Norte

sábado, 29 de janeiro de 2011

Governo Rosalba divulga nova logomarca

Politica - RN


A gestão Rosalba Ciarlini divulgou hoje a novo logomarca do Governo. Na marca, a sigla do estado aparece em destaque na composição dominada por tons de azul, se unindo ao vermelho do slogan, que traz a frase “Governo do RN: reconstruir e avançar”. A ideia é combinar força e modernidade, expressas nas tipologias escolhidas para compor a nova arte. O material foi criado e produzido pela agência Art&C, uma das que atendem a conta do Governo desde a gestão anterior.
A marca e o slogan traduzem os valores (austeridade, seriedade) e os compromissos (reconstruir a máquina pública, fazer o Rio Grande do Norte avançar) que definem a gestão iniciada em 1º de janeiro.



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Prazo para conclusão de reparo na BR-101 pode subir para 30 dias

BR 101 - Natal,RN


O prazo de conclusão das obras de recuperação do trecho da BR-101 que desabou devido ás chuvas poderá ser estendido. Depois do anúncio por parte do Dnit de que em até 15 dias o reparo estaria concluído, a informação dada nesta quinta-feira (27), durante a visita do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, é que o prazo pode ser de 30 dias, dependendo as chuvas.


Alfredo Nascimento visitou obras na BR-101 nesta quinta-feira (27)
 Em visita para inspecionar as obras que estão sendo realizadas pelo Exército, Alfredo Nascimento ouviu a informação de que o prazo para a conclusão das obras eram de 15 dias contados a partir da terça-feira passada. A cratera formada interrompeu o tráfego em trecho da via do sentido Parnamirim-Natal, sendo necessária a utilização de um contrafluxo para os motoristas que se deslocam para a capital a partir da entrada no sul da cidade. Porém, o ministro ouviu a informação sobre a possibilidade de prorrogação do prazo para a conclusão da obra caso ocorram novas chuvas.
Atualmente, o Exército também está realizando outras obras na BR-101 e Alfredo Nascimento garantiu que, mesmo com o trabalho para o reparo, todas as ações vão continuar e, inclusive, haverá o início das obras de drenagem nas marginais da BR-101.

Ainda nesta tarde, o ministro discute com a governadora Rosalba Ciarlini ações voltadas para o Rio Grande do Norte. Alfredo Nascimento está garantindo recursos de R$ 10 milhões para a reforma da BR-226. O ministro informou também que já estão liberados R$ 5 milhões para as obras na BR-110, ligando Mossoró a Campo Grande, e ainda estão previstos mais R$ 23 milhões para a conclusão da recuperação da rodovia, além de recursos para terminar 25% das obras do Contorno, em Mossoró.



Fonte:Tribuna do Norte


Chuvas provocam inundação em plantações no Vale do Punaú

Chuvas - Rio do Fogo,RN


As fortes chuvas desta semana causaram prejuízos em todo o Rio Grande do Norte. Além das inundações em Jucurutu, cidade mais afetada pelas águas, agricultores do vale do Punaú, em Rio do Fogo, perderam grande parte de suas plantações com o aumento nos níveis dos rios que cortam a região. Os produtores de jerimum foram os mais afetados.
Na edição da sexta-feira (28), a TRIBUNA DO NORTE traz um panorama completo sobre a situações dos trabalhadores ruraris da região.

Confira as imagens.


Plantação de jerimum ficou completamente alagada no Vale do Punaú



 
Jerimuns recuperados foram transportados para os caminhões


Grande parte da produção foi perdida





 Fonte:Tribuna do Norte


Bandidos explodem caixa eletrônico em Monte das Gameleiras

Assalto - Monte das Gameleiras,RN



A explosão provocada pelos criminosos não foi capaz danificar o caixa para que a bandeja onde o dinheiro é guardado fosse retirada

Mais um caixa eletrônico foi explodido no interior do Rio Grande do Norte. Desta vez, a ação dos bandidos foi no município de Monte das Gameleiras, a 123km. Os criminosos efetuaram o roubo por volta das 4h da manhã, e até agora ninguém foi preso. Este é o sétimo caixa eletrônico explodido por bandidos no interior em pouco mais de três meses.
Antes desse crime, criminosos já haviam explodido caixas eletrônicos em Bom Jesus, Vera Cruz, Lagoa Salgada, Brejinho e dois em Extremoz. O fato curioso é que, dos sete caixas eletrônicos roubados, seis são do banco Bradesco. A falta de estrutura para o trabalho voltou a ser criticada pelos policiais da região.
A direção da Associação dos Praças da Polícia Militar na Região Agreste afirmou que "em toda região é só um ou dois policiais". De acordo com a associação, a tropa está insatisfeita com o comando do 8º Batalhão da Polícia Militar, responsável pela área, porque as medidas administrativas supostamente "não estão garantindo nem a segurança dos policiais".
A polícia está investigando o roubo, mas até agora os suspeitos não foram encontrados. De acordo com informações iniciais, foram cinco bandidos fortemente armados que efetuaram a explosão e o roubo do dinheiro do caixa.



Fonte:Tribuna do Norte
 

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Desabrigados de Jucurutu ainda estão com situação indefinida

Chuvas - Jucurutu,RN



Conjunto do Dnocs, em Jucurutu, foi o ponto mais alagado da cidade


As pessoas que tiveram suas casas invadidas pelas águas em Jucurutu, na madrugada desta terça-feira (25), ainda não tiveram a situação solucionada. Como a chuva continua na cidade, as águas, que atibgiram 1,5m nas casas, não desceram o suficiente e 89 famílias estão desalojadas. De acordo com a secretária de Assistência Social do município, Ioneide Queiroz, 337 pessoas foram cadastradas pela Prefeitura como desabrigadas e quase todas estão na casa de parentes.

Na tarde desta terça-feira, membros da Prefeitura, Defesa Civil do Estado, Ministério Público e DNOCS discutem a melhor forma de contornar a situação na localidade alagada, conhecida como Conjunto do Dnocs. A água se acumula porque há diques de proteção impedindo que a água das chuvas escoe para o rio Piranhas-Açu, que abastece a barragem Armando Ribeiro Gonçalves. As cinco bombas instaladas no local para impedir o acúmulo e jogar a o excesso d'água para o leito do rio não estariam sendo suficientes.
"As bombas não têm a manutenção diária e não suportam a quantidade de água que precisam puxar. Só nessa noite choveu 176,3mm, na média, em Jucurutu. Não há como evitar o alagamento dessa maneira", disse Ioneide Queiroz, que é mulher do prefeito Júnior Queiroz.
Segundo a secretária, as escolas no município estão servindo de abrigo para as poucas pessoas que não foram para casas de parentes em regiões mais altas da cidade e também para guardar os móveis e eletrodomésticos das pessoas que conseguiram salvar durante a enchente.
Nesta tarde, a governadora Rosalba Ciarlini sobrevoou a região e vai discutir ações emergenciais para a cidade.

Fonte:tribuna do Norte

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Previsão para conclusão de reparos na BR 101 é de pelo menos 10 dias

BR 101 Natal - RN



Motoristas precisam de paciência para enfrentar congestionamento no sentido Parnamirim-Natal


Máquina é utilizada para abrir caminho no canteiro central da BR-101

motoristas que dependem do acesso à BR 101 para se deslocar vão passar por um período de transtorno. Isso porque as obras de reparo do trecho danificado da via, que devem ser iniciadas amanhã (25), devem durar de 10 a 15 dias, de acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal.


A forte chuva que caiu na madrugada desta segunda-feira (24) fez com que um trecho da rodovia, no bairro de Emaús, desabasse, dando lugar à uma grande cratera.
Segundo o Inspetor Roberto cabral, durante o período de recontrução da pista, todas as três faixas do sentido Parnamirim - Natal ficarão interditadas e o movimento de veículos será todo transferido para as três faixas do contra-fluxo.

"O plano incial é de que, no período da manhã, duas faixas fiquem liberadas para o sentido Parnamirim-Natal e uma para o sentido Natal-Parnamirim. Na parte da tarde, entretanto, essa ordem seria inverita e duas faixas ficariam à disposição do sentido Natal-Parnamirim e uma para o sentido Parnamirim Natal", explica.
Neste momento, a PRF faz o monitoramento do local. De acordo com Cabral o engarrafamento na área pode chegar a 8km.



 Fonte:Tribuna do Norte

Chuvas em Natal chegaram a 151,4 mm; fotos

Chuvas - RN

A estação meteorológica da UFRN registrou durante o fim de semana, 151,6 mm de chuvas em Natal. De sexta a domingo já havia sido registrado um total de 35,5mm (28,5 da sexta para o sábado e 7,0 de sábado para domingo). Inicialmente a Emparn havia divulgado um boletim com informações equivocadas. Somente a chuva das 9h de domingo às 9h desta segunda foi de 115,6 mm na capital, a maior desde 8 de agosto de 2008, quando choveu 171,9mm.
A chuva intensa que caiu em Natal nesta madrugada trouxe transtornos a moradores de diversas regiões da cidade. Entre alagamentos, pane em semáforos e desabamento de vias, natalenses de vários bairros presenciaram um verdadeiro caos nas primeiras horas de hoje.


Confira as imagens:






Trecho da integração próximo à BR-101 está interditado


Ônibus ficou parado no alagamento na avenida dos Xavantes



Trecho da BR 101 cedeu por causa da chuva


O problema fez com que duas faixas da BR 101 fossem interditadas


Segundo a PRF, a crateria teria sido resultado da erosão causada pelo rio Pitimbu, que passa logo abaixo do trecho danificado






chuva forma cratera na avenida Mór Gouveia em Natal


Água provocou estragos na BR-226, entre Tangará e Santa Cruz


Buraco na BR 226



Carro foi levado pela força da água em Tangará


Força da chuva danificou trecho da ponte sobre o rio Sem Nome, na BR 226, em Tangará



Muro caiu sobre casas na rua dos Tororós



Interior de algumas casas ficaram destruídos

Fonte;Tribuna do Norte

domingo, 23 de janeiro de 2011

Alberi, muitos gols e títulos por muito pouco dinheiro

Futebol - RN

Everaldo Lopes - repórter e pesquisador




Quando o pernambucano Alberi Ferreira de Matos chegou para o ABC trazido pelo vice de futebol do Alvinegro – José Prudêncio Sobrinho, coincidência ou não, era o dia do seu aniversário, estava completando 23 anos, ou seja, 29 de janeiro de 1968. Alberi nasceu dia 28 de janeiro de 1945. Bem ao contrário dos dias atuais, quando o jogador chega há um demorado preparativo para o dia da estreia, uma série de exames, radiografia, preparação junto à mídia, registro do contrato e todo um ritual, o jovem craque quase saído dos juniores, com 23 anos mostrou seu futebol no dia seguinte enfrentando seu ex-clube – o Santa Cruz, para ser mostrado à “frasqueira”. O resultado não poderia ser mais impróprio, isto é,contra seu ex-clube. O placar foi de 3x2 para o Tricolor, Alberi fez um dos gols do ABC.
Desinibido, mostrando logo de cara o seu talento, o novo camisa oito do ABC agradou bastante ao torcedor que foi ao “Juvenal Lamartine”. É que, em 1968 o Machadão estava ainda nas escavações para o início da obra. Foi em maio de 67 que a prefeitura deu a largada para o colosso de Lagoa Nova, inaugurado quatro anos depois. Àquela altura, Alberi já era ídolo de verdade, o ABC tinha sido campeão de 70 e 71 no velho “JL” e em 72 e 73 já no belo gramado do estádio Castelão, 16 anos depois ganhando o aumentativo de Machadão.
Depois do ABC, Alberi resolveu mudar de ares. Fosse nos dias de hoje, com a idade que estava, 28 anos, podia ainda tomar o rumo de um grande do Rio, São Paulo, talvez Minas ou o Rio Grande. Pode ter sido até um erro, já que seguiu para o norte, indo defender o Rio Negro. O clube amazonense havia jogado em Natal como integrante do grupo dos grandes. É bem verdade que não havia ainda as séries A, B e C, mas um misto de Taça de Prata, Taça de Ouro, módulos amarelo, verde, azul, uma miscelânea.

Roda viva e a bola de prata

Apesar de amado pela torcida alvinegra, Alberi era um eterno insatisfeito com o salário que recebia diante do grande futebol que jogava. Havia sido eleito para a Bola de Prata de 72, logo no ano da estreia do ABC no antigo Campeonato Nacional. Lá estava o camisa oito no meio dos cobrões eleitos para a Bola de Prata da revista Placar. É bem verdade que, nos votos da crônica potiguar Alberi só teve 10 em todas as partidas. No final da competição, Alberi viajou para receber sua “Bola”, tendo ao lado outro potiguar: Marinho Chagas, na época camisa seis do Botafogo/RJ. O time foi este: Leão, Aranha, Figueroa, Beto e Marinho Chagas, Piazza, Ademir da Guia e Paulo César “caju”, Osny, Alberi e Zé Roberto. O ABC patrocinou o “terno” confeccionado especialmente para o seu camisa oito famoso, uma loja famosa de Natal doou a valise, outra o sapato, o vice Prudêncio foi deixar Alberi no aeroporto. O prêmio não era em dinheiro, mas a bola de prata, que o jogador guarda até hoje com muito carinho.

Urucubaca?

Apesar de todo prestígio adquirido, havia uma “urucubaca”, pois nenhum clube dos considerados grandes chegou com uma oferta tentadora para levar o craque. Em parte, deve-se também ao fato de não haver a figura do empresário para promover o atleta, não existiam os vídeos mostrando os belos gols do jogador alvinegro, como hoje ocorre com qualquer “jogueiro”. Bem diferente dos dias atuais,, quando negociam gato por lebre. Os anos foram avançando, e Alberi jamais fez um bom pé-de-meia. Não teve a sorte de se apresentar no Maracanã ou Pacaembu, já que praticamente todos os jogos do ABC foram em Natal, e quando saía era para capitais nordestinas. O ABC ficou afastado do Campeonato Nacional, de 73 a 76. Isso foi ruim pra ele. Depois, transferiu-se para o América/RN e foi campeão em 77 com a jaqueta vermelha. Ainda retornou ao ABC, porém sem o brilho dos seus primeiros anos no alvinegro.
O pesquisador Newton Alves, que tem arquivada toda a trajetória do antigo ídolo, também é de opinião que Alberi nasceu geograficamente errado, ou seja, se fosse carioca, mineiro, paulista ou gaúcho, com certeza teria garantido um belo futuro jogando por um grande, quem sabe um São Paulo, Palmeiras ou Santos, Cruzeiro ou Atlético, Flamengo, Vasco, Botafogo ou Fluminense. Tinha futebol pra isso. Nos dias atuais, facilmente seria chamado para jogar no exterior.
Por onde andou, fez gols, com a maior quantidade no ABC, assinalando 81 gols nas redes adversárias, enquanto no América, entre 76 e 77 fez 35, com um total de 283 gols na sua carreira. Foi goleador do Estadual de 1970 com 21 gols, e em 72 com apenas 10, num campeonato muito curto.
No livrete ”Guia Esportivo de uma Paixão”, lançado dois meses atrás pelo pesquisador Newton Alves, ele registra mais detalhadamente os gols do antigo ídolo. Pode ser encontrado em várias bancas, inclusive “Tio Patinhas, no Grande Ponto.

Excursão

Em 1972, Alberi fez parte da longa excursão do ABC por vários países da Europa e África, ou seja Turquia, Grécia, Áustria, Iugoslávia, Líbano, Etiópia, Somália, Uganda e Tanzânia. Alberi fez vários gols nessa excursão, que durou 104 dias. Hoje, é aposentado como servidor municipal e pelo INSS. O melhor contrato de Alberi foi em 1973, quando o ABC lhe deu um fusca, zero, como luvas, no outro ano ganhou uma casa, e salário de CR$ 4 mil. Nunca teve um salário invejável, como merecia. A revista Placar chegou a publicar uma longa matéria, cujo título era: “Alberi, um deus?”. (Everaldo Lopes, colaboração de Newton Alves.)



Fonte:Tribuna do Norte