domingo, 27 de fevereiro de 2011

Postos compram gasolina barata, mas vendem caro

Combustivel - Natal,RN


Roberto Lucena - Repórter


Com a operação da planta de gasolina automotiva da Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC), implantada no polo de Guamaré, desde setembro o Rio Grande do Norte passou a ser autossuficiente em todos os combustíveis derivados do petróleo. As distribuidoras repassam o combustível aos postos de gasolina com o segundo menor preço do Nordeste. Apesar dessas facilidades, Natal possui a terceira gasolina mais cara da região. Atualmente, quase todos os postos vendem o litro do produto a R$ 2,79. Porque isso acontece? Donos de postos se negam a falar e o assunto foi parar no Ministério da Justiça. A Secretaria de Direito Econômico já investiga uma possível formação de cartel na cidade.
Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que não houve variação significativa no preço da gasolina repassado pelas distribuidoras aos empresários nas últimas duas semanas. Apenas o etanol sofreu leve acréscimo no preço. A desculpa para o aumento nas bombas está aí. A gasolina consumida pelos carros é a do tipo “C” (com adição de 25% de etanol).
Mas de acordo com o economista Aldemir Freire, a justificativa usada pelos donos de postos não é aceitável. “Quando o posto compra a gasolina, já compra com a adição do etanol. Então o valor já está embutido. O aumento no preço da gasolina não pode ser justificado pelo o aumento do preço do etanol”, explica.



Geralmente, o aumento nos preços de combustíveis pega os consumidores de surpresa. Não é comum que haja um aviso prévio e motoristas só ficam sabendo do acréscimo quando já estão no posto. É o caso do industriário Heraldo Medeiros. Na última quinta-feira, ele foi encher o tanque do carro em um posto localizado no Centro da cidade. Quando foi pagar a conta, se surpreendeu. “Nem sabia que tinha aumentado. É a primeira vez que abasteço, nessa semana, e não prestei atenção no valor da gasolina”, afirma.

Para Aldemir Freire, é, no mínimo, estranho que todos os postos passem a cobrar o mesmo valor ao mesmo tempo. Para ele, seria mais aceitável que os preços fossem aumentando gradativamente. “As variações ocorrem da noite para o dia. É estranho você ir dormir com um preço de gasolina e acordar com outro valor em todos os postos. A ‘mão invisível’ do mercado age com muita rapidez em Natal”. Além disso, o economista explica que a diferença mínima e máxima entre os preços cobrados, em Natal, é a menor entre todas as capitais. “A diferença é em torno de somente R$ 0,04. Na vizinha João Pessoa, essa diferença sobe para R$ 0,35. Ou seja, há uma dispersão de preço maior, é sinal que lá, a concorrência é mais elevada”, diz.
O economista Aldemir Freire compara os custos com a capital da Paraíba. “Os donos de postos da capital potiguar compram a segunda gasolina mais barata, só perde para João Pessoa/PB. No entanto, o consumidor natalense paga a terceira gasolina mais cara entre as capitais da região. E isso não é uma situação pontual, pelo menos nas últimas quatro semanas vem acontecendo isso. A gasolina de Natal é cara, mas não é cara porque os postos compram caro”, sentencia. Segundo dados da ANP, a gasolina distribuída para os postos de Natal é a segunda mais barata entre as capitais do Nordeste.
Além de pagar por um produto mais barato, os empresários do setor contam ainda com a produção interna de todos os derivados do petróleo, o que joga ainda mais lenha na discussão sobre o valor do combustível praticado pelos postos da cidade.


Ministério vai investigar mercado


A igualdade dos preços cobrados praticamente entre todos os postos de combustível em Natal, além dos constantes reajustes sem uma justificativa plausível, fazem com que consumidores desconfiem da ação dos empresários do setor. Na última semana, quando o preço da gasolina bateu os R$ 2,79, muitos motoristas demonstraram revolta e usaram as redes sociais para protestar. Nas ruas, o descontentamento era visível na hora de pagar a conta. A ideia de que existe um cartel na cidade, logo surge quando os aumentos são anunciados. A Promotoria de Defesa do Consumidor acompanha o caso desde o final de 2008. Nos próximos dias, quem deve entrar no circuito é o Ministério da Justiça.
De acordo com o promotor de Defesa do Consumidor, José Augusto Peres, existe um inquérito instaurado na Promotoria que colhe informações sobre a formação do preço de combustível em Natal. Na próxima quinta-feira, Peres irá à Brasília para pedir celeridade à Secretaria de Direito Econômico (SDE), órgão vinculado ao Ministério da Justiça responsável por apurar denúncias de formação de cartel em todo o país.
O promotor deixa claro que, por enquanto, a investigação será com relação a formação dos preços. Não há denúncia formal com relação à prática do crime. “O leigo tem a percepção de que cartel é apenas a unificação de preço. A lei exige uma série de outros requisitos para a configuração do cartel. É claro que a igualdade, semelhança dos preços é aquilo que salta mais aos olhos dos consumidores, mas existem outros requisitos mais difíceis de se reconhecer”, explica.
Entre os outros fatores que podem configurar formação de cartel, informa Augusto Peres, há o lucro decorrente daquele preço. “Se temos uma semelhança de preço mas todo mundo está no prejuízo ou ganhando muito pouco, não se pode falar de cartel. Além disso, há a questão da repercussão geográfica dos que estão praticando o mesmo preço têm no mercado, ou seja, num universo de pouco mais de cem postos, se você tem dois ou cinco, na mesma avenida, que combinaram o preço, essa combinação não tem repercussão pro todo. É só eu abastecer em outra rua”.
Para o economista Aldemir Freire, o mercado de Natal não pode ser estudado como um caso único. “Natal não pode ser tratado como um mercado só. Há um mercado relevante formado pelos postos localizados nas avenidas centrais (Prudente de Morais, Jaguarari, Salgado Filho, Roberto Feire, BR-101 e um pouco de Parnamirim – Maria Lacerda, Abel Cabral e Ayrton Senna). Nesses locais, a gasolina geralmente tende a ser mais cara. Outro mercado é o da zona Norte, Rocas e Felipe Camarão”, diz. Segundo Freire, os técnicos da SDE, quando chegarem à Natal, podem ter dificuldade de detectar essa realidade.
O promotor José Augusto Peres não sabe informar quando o estudo será iniciado. “São muitos casos. Ontem falei com eles, mandei e-mail, e eles confirmaram que darão início aos estudos sobre essa nova formação de preço mas não disseram exatamente quando”, relatou.
Em caso de confirmação de cartel, os empresários podem sofrer algumas penalidades. “Podem sofrer punição administrativa com pagamento de multa imposta pela SDE, podem responder uma Ação Cívica Pública, por parte do Ministério Público, para cobrar os prejuízos que causaram à sociedade em razão dessa composição de preços mais elevados do que seria justo e aceitável e poderão, inclusive, responder um Ação Penal”, explica Peres.
Foi o aconteceu em Recife/PE e em João Pessoa/PB. Nesta, um empresário denunciou ao Ministério Público a formação de cartel na cidade. Os promotores apuraram o caso e confirmaram a denúncia. Os empresários foram penalizados e quem ganhou foram os consumidores. “Depois da denúncia, a concorrência aumentou e atualmente a diferença de preço entre um posto e outro pode chegar a R$ 0,34”, diz Aldemir Freire.
Um dono de posto que não quis se identificar, disse a nossa reportagem que já sofreu ameaças porque não acompanhou o aumento dos demais postos. Em redes sociais da internet, usuários reforçam a tese de que isso acontece na cidade. Porém, para o promotor Augusto Peres, o assunto não passa de “lenda urbana”. “Nunca nenhum empresário chegou aqui na promotoria relatando um caso desse. Se existe essa pessoa, peço que entre em contato comigo que farei todo o possível para lhe assegurar proteção para ouvir a denúncia”, diz.
Alguns postos continuam cobrando preços antigos. Na Ribeira e Praia do Meio, a TRIBUNA DO NORTE encontrou três postos cobrando R$ 2,66 pelo litro de gasolina. Um dos arrendatários nos informou que irá manter o preço até receber uma nova remessa do combustível [leia ping-pong]. Para o consumidor, a regra básica de pesquisar antes de encher o tanque, continua valendo.


Distribuição


Atualmente, o RN consome cerca de 33 mil metros cúbicos de gasolina por mês. Antes da implantação da refinaria da RPCC, antes de cair nos tanques dos carros da capital, a gasolina vinha de uma refinaria de outro estado e era descarregada na base da Petrobras em Santos Reis. O combustível seguia para Guamaré – localizada a 165 quilômetros de Natal – e lá era repassado às distribuidoras. Só então a gasolina
voltava para Natal. Hoje, a situação é diferente. “Agora a gasolina é produzida em Guamaré e distribuída para todo o estado. Então houve redução de custos. Essa redução pode ficar com a Petrobras, distribuidoras, postos ou consumidores. Não sei com quem ficou. Só não foi com o consumidor final. Não me pergunte o porquê”, diz Aldemir Freire.

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos/RN), “a definição de preço é livre e atribuição de cada revendedor, que define sua tabela de custos”. Entre os custos, está o preço pago às distribuidoras.


bate-papo: » Daniel Medeiros dono de posto de gasolina


Há quanto tempo você está vendendo gasolina a R$ 2,66?
Faz um bom tempo. Consigo vender nesse preço porque ainda tenho estoque antigo. Não comprei gasolina com o preço novo das distribuidoras, mas acho que vou ter que aumentar.
O aumento será para R$ 2,79?
Não. Só posso definir o preço quando receber a nota da distribuidora, mas acho que não chega a esse valor. Porém o etanol deve sofrer um reajuste maior. Não dá para dizer qual preço vou cobrar, depende muito do quanto vou pagar à distribuidora. Mas é certo que não vou colocar o mesmo preço que a maioria está cobrando.
O seu posto é um dos que está vendendo gasolina mais barato nesses dias. Notou um aumento no fluxo de clientes?
Sim. Aumentou um pouco, coisa de 10%.
É possível ter lucro com o preço abaixo da concorrência?
Isso depende muito do quanto vamos pagar às distribuidoras. Tento sempre ter um preço abaixo da média para me manter no mercado.
Enquete » Na sua opinião, porque a gasolina em Natal é tão cara?

Luiz Ricardo, Autônomo:

“Essa é uma boa pergunta. Viajo muito ao interior do estado e em cidades como Currais Novos e Jardim do Seridó a gasolina é mais barata. Como pode, Natal, que é a capital, ser mais caro? Acho muito estranho. Aqui era para ser mais barato. Não sei explicar isso”


Francisco Ferreira,Autônomo:


“Esses aumentos são abusivos. Acho que os donos de postos estão assistindo televisão demais e estão assustados com esses problemas que acontecem nesses países que têm petróleo.. Não pode ser assim. Acho que tem cartel em Natal. Tem gente que, mesmo sem querer aumentar os valores, se ver obrigada a fazer isso.”


Nilson Nascimento, Militar:


“A gasolina em Natal é cara sim e não sei como está o preço em outras capitais para comparar. Na verdade nem sabia desse novo aumento. Gasto em média R$ 400,00 por mês com combustível para meu carro. Não sei dizer como eles chegam a esses novos valores.”


João Batista de Lima, Médico:


“Essa pergunta é difícil de explicar. Eu acho que o preço da gasolina aumenta por causa dos impostos embutidos no produto. Mas acho um absurdo nosso estado ser um dos maiores produtores de petróleo e os consumidores pagarem tão caro. Acho que o Ministério Público deveria investigar se existe ou não um cartel”


Juliano Sammy, Administrador de empresas:


“A gasolina é cara porque tudo que pagamos é caro mesmo. Quando acontecem esses aumentos não podemos fazer nada. O máximo é procurar um posto que venda mais barato, mas aí que complica, porque existe esse cartel dos postos. Toda semana gasto entre R$ 70,00 e R$ 80,00. É muito caro”


Fonte:Tribuna do Norte

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Micro-ônibus capota na BR 406 e deixa 9 feridos

Acidente - Natal e Cearamirim


O capotamento de um micro-ônibus de placas MXT 2282 por volta das 11h deste sábado, na BR 406, que liga Natal a Ceará-Mirim, deixou 9 feridos. No momento do acidente, o veículo trafegava com capacidade máxima de passageiros, 21 pessoas sentadas e três em pé.








Entre viaturas da PRF e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ao todo sete ambulâncias foram ao local para trabalhar no atendimento emergencial das vítimas. Os passageiros feridos foram encaminhados para o hospital Walfredo Gurgel. Segundo os profissionais socorristas, ainda não é possível afirmar se alguém sofreu danos mais graves.
Conforme conta o cobrador do transporte, José Carvalho, o veículo capotou após um desvio brusco feito pelo motorista para desviar de um pedestre que atravessa a rua.

Fonte:Tribuna do Norte
 

Direção do Walfredo Gurgel renuncia

Saúde - RN


Ricardo Araújo - repórter


Cinco dos seis cargos de chefia do maior hospital de emergências do Rio Grande do Norte, o Walfredo Gurgel, serão ocupados por novos gestores. Ontem, a médica e diretora-geral da unidade, Hélida Bezerra, anunciou a saída dela e mais quatro diretores: Cláudio Guzzo, direção técnica; Marleide Alves, direção médica; Fátima Pereira, direção do pronto-socorro Clóvis Sarinho e Graciliano Antão, diretor administrativo. Segundo Hélida Bezerra, a decisão foi tomada conjuntamente e reflete a falta de apoio do secretário estadual de Saúde, Domício Arruda, às questões que envolvem o maior complexo hospitalar estadual.

Pacientes em macas nos corredores do Hospital Walfredo Gurgel são uma das chagas da saúde pública do Rio Grande do Norte

Apesar do anúncio, a direção será mantida até a nomeação dos novos diretores e publicação das exonerações no Diário Oficial do Estado. Até a entrega oficial dos cargos, a direção do hospital terá de buscar mais de R$ 4 milhões em recursos junto à Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) para quitar as dívidas do ano de 2010, além de solicitar informações sobre a estimativa orçamentária para 2011. Até ontem, o hospital não havia recebido um centavo em repasses e os problemas de desabastecimento começaram a voltar à tona. O almoxarifado do complexo está desabastecido de seringas, gazes e esparadrapo. O problema atinge, também, o hospital Ruy Pereira, gerido pela Sesap.
Para Hélida Bezerra, o principal motivou que culminou na renúncia dos diretores, foi a falta de abertura para diálogo do secretário Domício Arruda. “O que definiu nossa conduta foi a negativa do secretário em nos apoiar. Num primeiro momento, queríamos apoio nas decisões. O que ia além dos repasses de verbas. Ele não nos procurou para discutir questões básicas de saúde”, analisou a médica. Para ela, Domício não depositou confiança no trabalho da equipe que ainda está à frente do Walfredo Gurgel.
Questionada sobre os demais motivos que levaram cinco diretores de um mesmo hospital a renunciar os cargos, Hélida para, pensa e com os olhos lacrimejados responde: frustração. “Nós saímos da inércia e fizemos muito por este hospital. As dificuldades estão muito enraizadas e não mudamos esta realidade da noite para o dia. Fizemos o que estava ao nosso alcance”, enfatiza.


Desligamento


Em nota, os diretores listaram os dois maiores obstáculos que se colocaram como fatores adversos ao processo de qualificação assistencial no Walfredo Gurgel. São eles:
A indefinição do perfil assistencial do Hospital, que dificulta o processo administrativo (aquisição de material médico hospitalar, insumos, medicamentos e dimensionamento de pessoal);
A inexistência de um Complexo de Regulação para o atendimento de urgência, organização e oferta de leitos, exames e consultas especializadas, implicando no entendimento confuso do princípio da “vaga zero” e impondo ao hospital de 268, por vezes, mais de 350 pacientes, dos quais 90 pacientes estão “internados” em macas no Pronto-Socorro e um número considerável de enfermos à espera de leitos de UTI.


Ministério aloca verba para hospitais federais


O Ministério da Saúde anunciou ontem repasse de R$ 4,6 milhões destinados à reestruturação e revitalização de quatro hospitais federais universitários no Rio Grande do Norte. A maior fatia vai para o Hospital Universitário Onofre Lopes, que receberá R$ 2,9 milhões. Para a Maternidade Januário Cicco serão destinados R$ 1,2 milhões; Hospital Universitário Ana Bezerra, em Santa Cruz, R$ 345,5 mil e Hospital de Pediatria Professor Heriberto Bezerra, em Natal, R$ 119 mil.
Para todo o Brasil, as liberações totalizam R$ 200 milhões. Com esta parcela, liberada por meio de portaria (nº 295) publicada no Diário Oficial da União de ontem, o governo federal totaliza um investimento de R$ 300 milhões para estes hospitais, cuja primeira parte do pacote de recursos foi enviada no segundo semestre do ano passado.
Os R$ 200 milhões serão repassados aos Estados, Municípios e ao Distrito Federal em três parcelas – de março até maio – por meio do Fundo Nacional de Saúde (FNS) e dentro do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf). Os valores serão incorporados aos contratos de metas estabelecidos entre as secretarias estaduais e municipais de saúde com os respectivos gestores das unidades beneficiadas.
Os hospitais universitários federais são unidades suplementares às universidades. O financiamento deles é compartilhado, paritariamente, entre as áreas de Saúde e da Educação, em um sistema de pactuação que ainda inclui o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Na assistência à saúde da população, os hospitais universitários são considerados unidades de referência em serviços de média e alta complexidades como também em consultas, exames e cirurgias em diferentes especialidades.

O Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf) foi instituído em 27 de janeiro de 2010, por Decreto Presidencial. O Rehuf tem como objetivo criar condições materiais e institucionais para que os hospitais universitários possam desempenhar plenamente suas funções em relação às dimensões de ensino, pesquisa e extensão, além da assistência à saúde. Por meio do programa, o governo federal conta com mecanismos adequados para o financiamento progressivo (até 2012) dessas unidades hospitalares.


Secretário assume gestão de hospital


O secretário estadual da Saúde Pública, Domício Arruda, participou de uma reunião no final da tarde de ontem no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) com técnicos e chefes de setores. O secretário veio se inteirar sobre a situação do hospital após a renúncia da diretoria. Domício se reuniu com a diretora de enfermagem do Walfredo, Mara Andrea Arruda de Almeida, com a enfermeira, Cilane Vasconcelos, com o chefe da Divisão de Farmácia, Marcos Alexandre, e com o ainda diretor administrativo, Graciliano Sena. O Samu Metropolitano também participou da discussão.
Durante a reunião, o secretário esclareceu que apenas emergencialmente ficará à frente da direção do hospital. “Se necessário, formarei, neste primeiro momento, um colegiado gestor até que o novo corpo diretivo seja definido”.
A conversa girou em torno dos problemas do Walfredo e de como o secretário irá atuar estando à frente do hospital. Uma das prioridades destacadas por ele será resolver o entrave das cirurgias eletivas de ortopedia, situação por vezes responsável pela superlotação dos corredores do Walfredo.
Oportunamente, o chefe da Divisão de Farmácia apresentou ao secretário um levantamento dos medicamentos e insumos básicos que estão sendo reabastecidos no hospital. Já a direção de enfermagem apresentou o número de pacientes atualmente internados (319).
Domício comentou ainda sobre uma conversa que teve com a governadora, Rosalba Ciarlini, e parafraseou a chefe do executivo estadual afirmando que “a saúde do Rio Grande do Norte precisa de gestão, financiamento e foco”. Após a reunião, Arruda fez uma visita aos corredores.
Questionado se o fato de assumir a diretoria do Walfredo Gurgel não configuraria acúmulo de cargo, Domício afirmou que “não havia outra coisa a fazer, pois fomos pegos de surpresa e não tinha um nome para assumir. Fiz o que precisava ser feito”. Dessa reunião, ficou definido que o Samu Metropolitano está de sobreaviso.
“Gostaria de ter para esse cargo alguém com experiência em administração hospitalar. Alguém especialista nisso. Mas se demorar a encontrar essa pessoa vou ter que nomear, interinamente, um servidor do hospital. Não tenho nomes ainda”, afirmou.


A reação do secretário de Saúde


Indiferença. Foi desta forma que Hélida Bezerra analisou a reação de Domício Arruda quando foi procurado pelo grupo para ser informado da decisão. Desde 2000 trabalhando como servidora do hospital e há quase cinco anos no quadro dos diretores, sendo os últimos dois anos como diretora-geral, Hélida afirma que esperava um comportamento diferente do secretário em relação aos problemas do Walfredo Gurgel.
Hélida comenta que, diante do histórico profissional de Domício, que foi médico e diretor do hospital, o tratamento dispensado aos problemas de infraestrutura e abastecimento do hospital fosse diferenciado. “Eu imaginei que ele fosse defender nosso hospital, nosso ponto de vista. Nossa opinião não foi levada em consideração e nos sentimos subjugados”, acrescentou.
Quando nomeado pela governadora Rosalba Ciarlini, o secretário chegou a convidar outras pessoas para assumir a direção do hospital, mas nenhuma delas aceitou. Com o sentimento de dever cumprido, Hélida, afirma que ela e os demais profissionais que entregaram os cargos fizeram o melhor possível pelos pacientes atendidos no hospital. Sobre o comportamento de Domício Arruda, ela resume seu sentimento em uma palavra: decepção.
Através da assessoria de imprensa da Sesap, o secretário foi direto e poupou palavras em seu comentário sobre a decisão dos diretores: “Estou analisando nomes e em breve comunicarei quem são”.


Unidade foi fundada há 38 anos


Fundado há quase 38 anos, os investimentos em melhorias na infraestrutura física, maquinário e de recursos humanos, foram inversamente proporcionais ao crescimento da população de Natal e, consequentemente, o próprio Rio Grande do Norte. Com 268 leitos oficiais, o hospital costuma abrigar mais de 300 pacientes entre enfermarias e corredores.
Os maiores gargalos do hospital são a falta de mais leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e uma regularização eficiente, com ampliação da oferta de intervenções cirúrgicas para os pacientes da ortopedia. Neste último caso, existem acidentados que aguardam até 30 dias, ou mais, para a liberação de uma cirurgia eletiva em hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde.

Através de uma pactuação com as prefeituras de quase todos os municípios que compõem o Rio Grande do Norte, a Prefeitura de Natal, através da Secretaria Municipal de Saúde, se comprometeu a regular as cirurgias ortopédicas, além de realizar o pagamento dos hospitais conveniados recebendo, inclusive, as verbas da Secretaria Estadual de Saúde destinadas ao convênio.
Atualmente, diante do aumento do índice de acidentes automobilísticos, causados principalmente por motocicletas, o número de leitos destinados aos pacientes de ortopedia é insuficiente. Em relação às UTIs, a situação é pior, o que ficou comprovado com a morte do menino Matheus Brito, semana passada.


Fonte:Tribuna do Norte

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Wilma diz que atual gestão não estava "preparada para governar" e explica "rombo nas contas" do RN

Politica - RN


Fred Carvalho - Editor




A ex-governadora do Rio Grande do Norte Wilma de Faria usou o Twitter na manhã desta terça-feira (22) para criticar a atual gestão estadual. Segundo Wilma, o governo de Rosalba Ciarlini "dedicou-se ate agora a atacar as gestões passadas", o que, para ela, "É uma estratégia política atrasada de quem nao estava preparada para governar o presente nem projetar o futuro do RN - como suspeitávamos".
Seguem as postagens de Wilma de Faria no Twitter pessoal dela (@wilmadefaria):


- "O atual governo do RN dedicou-se ate agora a atacar as gestões passadas..."

 
- "É uma estratégia política atrasada de quem nao estava preparada para governar o presente nem projetar o futuro do RN - como suspeitávamos".


- "Divulgaram muitas inverdades, pintaram um quadro muito alem do real, denegriram a imagem do RN no Pais..."


- "..algo que prejudica a todos porque afasta investimentos privados e oportunidades de mais emprego, de que tanto precisamos".


- "Fizeram tudo isto, mesmo sabendo que estavam prejudicando o Estado, apenas com um objetivo: eleitoreiro".


- "..De desqualificar aquilo que me diferencia de todos eles, meu maior patrimônio político: minha capacidade de trabalho -"


- "- minha marca maior. Testada, provada e comprovada em todos os meus mandatos à frente do executivo".


- "Querem me tirar do caminho deles. Não conseguirão. A democracia é feita com pluralidade".


- "Eu vou cumprir o meu papel no atual quadro político do Estado. Com plenitude e com a coragem que Deus nunca deixou me faltar".


- "Muitos estranharam meu silencio. Realmente, preferi me resguardar. Evitar um bate boca desigual..."


- "...que apenas atenderia os objetivos de quem tentou provoca-lo".


- "Preferi aguardar que os fatos falassem por si. E eles já começam a se manifestar. 'A verdade tarda mas nunca falha'".


- "Quem me conhece sabe: não sou de fugir ao debate. Comigo nada fica sem resposta. Sou mulher de responsabilidade cívica. Respeito a op. publ".


- "A partir de hoje vou estar aqui, com vocês, analisando os acontecimentos, dizendo o que penso e o que sei sobre a vida política do nosso RN".


- "Exercendo o meu papel de dirigente partidária e de oposição. Com responsabilidade mas com firmeza".


- "Vou começar enfrentando os temas que requerem esclarecimentos. Para reposição da verdade, que tem sido muito distorcida ultimamente..".


- "...de forma desigual, quase hegemônica, pela imprensa - salvo algumas exceções".


- "Vamos falar sobre o tal "rombo nas contas". Uma grande mentira!".


- "Rombo existiu no passado quando o partido que hoje governa o estado atrasava a folha dos funcionários".


- "Quando pagava menos que um salário mínimo a um servidor. Quando pagava professores com um famigerado abono que corroía seus direitos trab".


- "...Uma ilegalidade, um abuso, um absurdo. Eu nunca atrasei um só dia de pagamento a funcionário".


- "Problemas e dificuldades financeiras o Estado tem. É verdade. Há momentos em que se agrava, sim".


- "Quando assumi em 2002 a situação era muito pior. Os balanços estão ai para provar".


- "Mas fiz o meu trabalho e consegui investir, realizar grandes obras e fazer o estado crescer, gerar empregos e reduzir a pobreza".


- "É tudo uma questão de ajuste, de controle e de saber buscar os recursos. Coisa que todo governo deve fazer, principalmente no seu início".


- "Quer ver? Sabe quanto o governo arrecadou agora em Janeiro? Próximo a 600 milhões de reais. Em apenas um mês".


- "Sabe quanto gastou com a folha incluindo todos os poderes? Próximo a 200 milhões ou pouco mais do que isto".


- "Sabe quanto destinou para a divida? 25 milhoes, algo por aí".


- "Sabe quanto sobrou para custeio, programas e investimento? Mais de 200 milhões. O que esta sendo feito com este dinheiro? Boa pergunta!".


- "Vamos atras-Cade a transparência tao propalada nos discursos/por que tiraram do ar o portal que eu criei para mostrar as contas na internet?".


- "Minha gente, o novo governo esta querendo é fazer caixa. Juntar dinheiro para ficar forte...".


- "...enquadrar aliados incômodos, manobrar melhor o cenário político da forma pouco republicana a que estão acostumados".


- "Eles fazem este alarde todo para nao ter que dar aumento a funcionário...".


- "para se proteger melhor das reivindicações por mais recursos dos outros poderes, dos prefeitos pedindo convênios e obras p/seus municípios".


- "...para se desobrigar ou barrigar suas inúmeras promessas de campanha!".


Fonte:Tribuna do Norte

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Cartão SUS nunca saiu do papel

Cartão SUS - RN


Sara Vasconcelos - repórter


Saber quem está sendo atendido na rede pública de saúde, por quem, aonde, como e com quais resultados. Tudo isso com apenas um documento. É esta a proposta do cartão nacional de saúde, conhecido popularmente como cartão SUS. O sistema, criado em 1996 e implantado a partir de 1999, pelo Ministério da Saúde para garantir maior controle da prestação de serviços e qualificar o acesso dos usuários a estes, na prática, atende somente a uma finalidade: “controlar” o repasse de recursos aos municípios.

“Hoje o cartão é mais um instrumento burocrático, destinado a captação dos valores financeiros, que um mecanismo para a regulação dos atendimentos”, define a coordenadora de planejamento e regulação da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) Terezinha Guedes Rêgo. O cartão é exigido para ter acesso a exames e atendimentos de alta complexidade, custeados por verbas federais.
A desvirtuação do sistema que há onze anos prometia revolucionar o atendimento médico da rede pública de saúde - a partir da a identificação do usuário e a possibilidade real de organizar a gestão a partir das necessidades da população e dos fluxos dos usuários no interior do sistema de saúde - se deve a deficiências de estrutura e pessoal nas unidades de saúde. A precariedade se sustenta no abandono gradual de metas e atribuições por parte do próprio idealizador, o Ministério da Saúde. O órgão até hoje não institucionalizou o procedimento.


Ministério nunca normatizou emissão do documento e cortou créditos para informatização


Há cerca de três anos, lembra a coordenadora, o Ministério da Saúde extinguiu o financiamento, via Caixa Econômica Federal, para confecção dos cartões PVC (definitivos), que além do número de identificação do usuário do SUS traz o código de barras. O cartão é financiado por verba ministerial. Por unidade, o MS repassa R$ 1,00 aos municípios. As demais despesas cabe ao município.
No Rio Grande do Norte, segundo dados do DATASUS foram emitidos 3.543.521 cartões, dos quais 2.192.908 em caráter definitivo e os demais de forma provisória. O número ultrapassa a totalidade dos habitantes do Estado, embora nem todos os potiguares possuam o documento.
A conta é explicada pela coordenadora de regulação da Sesap: o número não corresponde a realidade, devido a duplicidade de registros e não cancelamento dos cartões provisórios. “É comum encontrar um usuário com até cinco cartões. Com informações diversas sobre endereço. Isso prejudica a alimentação dos dados do paciente”, afirma Terezinha Rêgo. A coordenadora avalia que para corrigir não só essa, como outras disparidades, é necessário o empenho dos três entes de governo, a partir da reformulação e institucionalização do sistema.
Em Natal, segundo informações da base de dados do SUS, o número de usuários com cartões definitivos (402 mil usuários) não chega a metade da população da capital, que é de 806 mil habitantes. O número de cartões provisórios chega a 318.877. O segundo maior município do Estado, Mossoró, tem 190 mil cartões definitivos e 138 mil provisórios, enquanto em Parnamirim, são 105 mil e 60 mil cartões emitidos, respectivamente.
Em alguns municípios a diferença entre os provisórios e definitivos são mais distantes e possivelmente mais reais. Como Goianinha, que tem 23.458 cartões definitivos e 6.400 provisórios, ou Parelhas, com 20.583 definitivos e 4.450 provisórios. Já Ipueira são 2.179 para 321 e Lagoa Salgada, 7.272 para 924, além de Pedra Grande, de 4.131 para 642.

A emissão, assim como a aquisição de equipamentos e capacitação de técnicos para fazer o cadastramento de usuários, é de competência da secretaria de saúde de cada município, sendo coordenada em nível estadual. Caberia ainda ao Ministério a aquisição de máquinas de leitura dos cartões definitivos, o que também não ocorreu. Sem o equipamento para leitura do código barras, a leitura dos dados é feita por meio de busca por nome completo e número do CPF, possibilitando a emissão descontrolada.
A coordenadora do cartão SUS da Secretaria de Saúde de Natal Suzy Attameda, não soube precisar o investimento na área referente a manutenção e reposição de equipamentos como computador, impressora, internet e o papel oficio, onde é impresso o cartão. “Até receber o permanente, o usuário aguarda cerca de três meses sem prejuízos ao atendimento. O número do provisório é suficiente para garantir acesso aos serviços”, garante.


Unidades sem estrutura para emitirem documento



De acordo com a legislação, todo brasileiro tem direito ao cartão de usuários do SUS e qualquer unidade de saúde é ponto de cadastramento e emissão. Mas quem busca o documento se depara com outro cenário. Para constatar as dificuldades, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE percorreu alguns postos de saúde em busca de fazer um cartão e encontrou o serviço suspenso em parte dos postos de saúde visitados. O motivo, as unidades não estão equipadas com computadores, impressoras, cartuchos de impressão e acesso à internet.
Mesmo sem orientação expressa, as unidades trabalham com restrição do cadastramento somente aos usuários que moram no bairro em que o posto de saúde está situado. Apesar de morar em Tirol, a repórter conseguiu fazer o cartão no posto de saúde de Nova Descoberta. Isto porque no Posto São João, da Romualdo Galvão, o cadastramento foi transferido para o Distrito Sanitário Sul, em Nova Descoberta, por não haver recursos para aquisição de cartuchos de impressão, como informou atendente.
O cartão provisório foi emitido em cerca de dez minutos, com promessa de entrega de definitivo em até 48 horas – tempo estimado para os dados serem lançados no sistema do Ministério da Saúde.
O supervisor comercial Frank Cunha de Carvalho, não teve a mesma sorte que a equipe. Há dois dias, ele iniciou uma peregrinação para conseguir uma drenagem de pulmão, em caráter de emergência, para a esposa Geiza Rocha Oliveira. O casal cearense já possui o documento emitido no Estado de origem, mas apesar de o documento ser “nacional”, para que Geiza seja atendida no Hospital Universitário Onofre Lopes foi necessário fazer um novo.
“É um absurdo que um cartão do sistema nacional seja rejeitado de uma cidade para outra”, desabafa o supervisor que aguardava na sede da secretaria municipal de saúde para retirar a nova identidade do SUS. A Secretaria é um dos poucos lugares em que o serviço de cadastramento é oferecido e o único, nos casos de troca de município.
A coordenadora do cartão SUS na SMS Suzy Attademo explica que uma nova emissão é necessária devido a câmara de compensação que não ocorre de forma direta. Ou seja, para que os valores do procedimento seja repassado pelo Ministério da Saúde para o município que o realizou é preciso que o cartão seja lotado naquela cidade “Do contrário, quem vai receber é a prefeitura de origem do cartão e não quem prestou assistência”, argumenta Attademo.
A deficiência de estrutura e pessoal motivou a suspensão do serviço também na unidade de saúde de Lagoa Nova, há cerca de um ano. Nos poucos onde funciona, a oferta é limitada. Como na Unidade de Saúde do Alecrim, onde o acesso é feito por distribuição de fichas apenas às quartas e quintas-feiras, segundo informou funcionário que preferiu não se identificar. Segundo a responsável pelo cartão SUS na Sesap, Betânia Lopes de Lima, chegaram ao setor denúncias de que por dia de atendimento são feito apenas oito cartões e no máximo, dois por família. “É ilegal mas tem vários item que impedem a ampliação, como falta de pessoal, acesso lento a internet. A Sesap não tem como interferir. É uma questão de gerencia e cabe a Prefeitura regularizar”, observa.
Apesar de exigido, a recepcionista Fabíola Siqueira Nunes, 31, moradora do Planalto disse não só desconhecer como também nunca ter precisado apresentar a identidade do SUS. Os serviços que ela precisou são em pronto-socorro considerados de urgência e por isso não houve impedimento.
O chefe do setor de informática da SMS Valderi Neves Beconte, estima que em até 60 dias o acesso a internet será solucionado. O prazo consiste na mudança do tipo conexão, que passa de linha discada para rádio, aguardando apenas a criação de um link por parte da empresa Cinte, vencedora da licitação para gerir o provedor. Beconte garante que todas as unidades possuem computadores e impressoras.


Ministério da saúde


A reportagem encaminhou entrevista por e-mail ao Ministério de Saúde, a pedido da assessoria de imprensa do órgão, que se limitou a emitir a seguinte nota em resposta aos questionamentos (nota na íntegra):
“O Ministério da Saúde está trabalhando para a consolidação efetiva do Cartão Nacional de Saúde. Em uma primeira etapa, o projeto prevê que o Ministério da Saúde desenvolva um sistema que possa receber informações das redes existentes em outros estados e municípios. Isso permitirá consolidar as informações nacionais sobre pacientes e atendimentos realizados no país. A próxima etapa seria a implementação de recursos de gestão e prontuário eletrônico, que permitem o acompanhamento do estado de saúde do cidadão e, por exemplo, avaliação das equipes e unidades de saúde em atuação.
A ideia é instituir um cartão com um número nacional de identificação do usuário e que contenha outras informações básicas. Para tanto, é preciso aperfeiçoar a plataforma tecnológica, possibilitando a integração e a comunicação dos sistemas públicos de saúde (União, estados e municípios). Esta política de integração é fundamental para a prestação de um atendimento de qualidade dentro de um sistema universal como o SUS.”


Fonte:Tribuna do Norte


sábado, 19 de fevereiro de 2011

Divisão interna pode prejudicar indicação do PSB potiguar

Politica - RN


A disputa instaurada no PSB do Rio Grande do Norte pode inviabilizar a indicação da legenda para um dos nomes – no caso Wilma de Faria ou Iberê Ferreira – serem indicados para o comando da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Após o anúncio do deputado estadual Ezequiel Ferreira (PTB), no twitter, dando conta da confirmação do nome do ex-governador, houve uma forte reação por parte da presidente estadual da legenda, Wilma de Faria, contrária à indicação. Com a interferência da ex-governadora o partido teria dado um passo atrás na intenção de indicar Iberê. A intenção da cúpula nacional do PSB é acomodar os dois ex-governadores, no entanto, a Sudene pode ser carta fora do baralho, em face da polêmica gerada. O anúncio deve ser feito durante o Fórum dos Governadores do Nordeste, em Aracaju/SE, na segunda-feira (21).

Conta a favor de Wilma a maior viabilidade eleitoral e o fato de ser detentora de uma liderança mais substancial no partido em âmbito potiguar. Iberê tem a vantagem de não responder a processos na justiça ao passo que a ex-governadora é vitrine em diversos escândalos de corrupção, como é o caso do Foliaduto e da Operação Higia – ambos ocorridos durante sua administração e que contaram, segundo o Ministério Público, com a chefia de familiares, o irmão Carlos Faria (no Foliaduto) e o filho Lauro Maia. A cúpula do PSB teme que a nomeação de Wilma de Faria atice sobretudo a imprensa nacional acerca do envolvimento da ex-gestora em escândalos de corrupção. Essas questões estariam inclusive gerando insatisfações dentro do partido no RN, uma vez que Iberê estaria sendo recomendando a se aproximar mais do comando da legenda.
Na última quinta-feira, havia expectativa de que o ministro da Integração Nacional, o peessebista Fernando Bezerra Coelho, traria na visita ao Rio Grande do Norte o convite para um dos ex-governadores da legenda assumirem um dos cargos do segundo escalão. O ministro, no entanto, esquivou-se quando indagado sobre o assunto e assinalou que o anúncio do novo chefe da Sudene somente será feito pela própria presidenta da República, Dilma Rousseff. Ao que parece o martelo ainda não está totalmente batido e a escolha poderá ser feita no âmbito do Palácio do Planalto. Dilma Rousseff quer uma aproximação da estatal com o gabinete da presidência face os projetos prioritários que a pasta carrega para a região.



Fonte:Tribuna do norte
 

Hora de verão termina hoje

Horario de Verão - Brasil


São Paulo (AE) - O horário de verão termina neste sábado, após quatro meses em vigor. À meia-noite, os relógios deverão ser atrasados em uma hora. A medida só vale para os moradores de Brasília e dos dez Estados das Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná).



A partir de segunda, agências bancárias de Natal abrem às 10 horas
 A adoção do horário de verão é feita anualmente para economizar energia elétrica durante esta estação do ano, quando o sol se põe mais tarde. Nesta temporada, no entanto, a redução do consumo de energia foi 8,15% menor que o do horário de verão 2009/2010. Enquanto neste ano a redução da demanda no horário de pico foi de 2.376 MW, no anterior foi de 2.587, o que representa uma diferença de 211 MW. O ganho com a redução, no entanto, foi o mesmo nos dois períodos: R$ 30 milhões.


Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a economia resultará em redução da tarifa de energia elétrica para o consumidor. “As principais consequências da redução de demanda no horário de ponta são o aumento da segurança e a diminuição nos custos de operação do Sistema Interligado Nacional”, afirma o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, por meio de nota. De acordo com ele, o aumento da segurança operacional decorre da diminuição dos carregamentos na rede de transmissão; da maior flexibilidade operativa para realização de manutenções; e da redução de cortes de carga em situações de emergência no horário.
Com o fim da hora de verão, mudam também os horários de pousos e decolagens no aeroporto internacional Augusto Severo, em Parnamirim, assim como o horário de funcionamento das agências bancárias. Em Natal, as agências voltarão ao horário normal, isto é, os bancos abrirão às 10 da manhã para atendimento ao público e fecharão às 16 horas.


Previdência


Com o término do horário de verão,, a Central 135 volta a atender, em todo o Brasil, das 7h às 22h. Desde outubro, quando a medida entrou em vigor, o serviço estava funcionando das 8h às 23h no Distrito Federal e nos dez estados que adiantaram os relógios em uma hora (Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo).
Aos domingos, o serviço funciona apenas para atendimento eletrônico. Para falar com um atendente da Central, o cidadão deve ligar de segunda a sábado, das 7h às 22h. A ligação é gratuita, se feita de um telefone fixo, e tem o custo de uma chamada local, se feita de celular. O segurado que liga para a Central 135 ouve um menu com três opções. A primeira delas é falar diretamente com um atendente (teclando 1), para obter informações, realizar inscrição na Previdência Social, agendar dia e hora para ir em uma agência fazer perícia médica, requerer benefício ou obter a Certidão de Tempo de Contribuição (CTC).
A segunda opção é o atendimento eletrônico (teclando 2). O usuário pode consultar data e hora da perícia agendada, saber a situação de seu benefício ou obter o resultado do pedido de revisão de benefício e do pedido de CTC. A terceira e última opção (teclando 3) é fazer denúncia, elogio ou reclamação, que serão encaminhados para a Ouvidoria.

Motociclista morre atropelado na BR-101

BR 101 Natal,RN


A imprudência causou mais uma morte no trânsito de Natal na noite desta sexta-feira (18). Por volta das 18h30, o motociclista Antônio André Câmara Filho, de 21 anos, morreu depois de acidente envolvendo também um carro e um ônibus, na BR-101, no sentido Parnamirim-Natal. O jovem foi atropelado e morreu no local, enquanto o motorista do ônibus fugiu sem prestar socorro e com o veículo lotado de passageiros.


Jovem de 21 anos morreu antes de receber o socorro médico

No trecho em frente ao Show Auto Mall, um carro tipo Voyage, de cor preta, estava na faixa mais à direita da via. Quando um carro que estava à frente estava virando à direita para entrar na loja, o motorista do Voyage diminuiu a velocidade, ficando quase no acostamento. Foi quando o motociclista, que vinha em alta velocidade em uma Traxx preta sem placa, bateu na traseira do carro e caiu para a faixa central da pista. No mesmo momento, um ônibus passava e acertou a moto e o motociclista.
O ônibus, que de acordo com informações do delegado de plantão Vanderley Alves era da empresa Cidade das Dunas, arrastou Antônio André por aproximadamente 10 metros, matando o jovem na hora. Depois do acidente, o motorista não prestou socorro e seguiu viagem no ônibus com os demais passageiros. "Independente de ter culpa ou não, o motorista deveria prestar socorro e ficar no local do acidente. Só assim ele livra o flagrante", explicou o delegado Vanderley Alves.
O corpo de Antônio André Câmara Filho foi levado para o Itep e será liberado após a chegada dos parentes. De acordo com o delegado Vanderley Alves, a Polícia vai apurar quem é o motorista do ônibus e apurar os motivos pelos quais ele deixou o local sem prestar socorro.


Fonte:Tribuna do Norte

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Município paga R$ 572 mil ao Hospital Memorial

Saúde - RN

A primeira parte do acordo firmado entre o secretário municipal de Planejamento, Antônio Luna, o procurador geral do Município, Bruno Macedo e o diretor do Hospital Memorial, Francisco da Silva Gomes, foi cumprida. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou na quarta-feira passada o depósito de R$ 572 mil referente à primeira parcela do débito da prefeitura municipal com os hospitais de ortopedia conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Ao Hospital Médico Cirúrgico, a Prefeitura deve R$ 170.320,60 mais o repasse da Secretaria Estadual de Saúde.

Com o pagamento da parcela, a direção do Memorial garantiu que as cirurgias não serão reduzidas

Através de uma pactuação com as prefeituras de quase todos os municípios que compõem o Rio Grande do Norte, a Prefeitura de Natal, através da Secretaria Municipal de Saúde, se comprometeu a regular as cirurgias ortopédicas (marcando o dia e informando ao paciente), além de realizar o pagamento dos hospitais conveniados recebendo, inclusive, as verbas da Secretaria Estadual de Saúde destinadas ao convênio. Através do repasse de verbas realizado pelas prefeituras que assinaram acordo com a SMS, o pagamento aos hospitais contratados é efetuado.
“A prefeitura honrou com o que foi discutido em reunião e realizou o depósito de R$ 572 mil na conta de hospital”, afirmou o diretor do Hospital Memorial, Francisco da Silva Gomes. Com o depósito, o hospital não reduzirá em 50% o número de intervenções cirúrgicas de ortopedia como foi veiculado pela direção do hospital em comunicado à população no início da semana.
Além do Memorial, a SMS também deve ao Hospital Médico Cirúrgico, que realiza basicamente os mesmos procedimentos do hospital Memorial. De acordo com informações da direção do Médico Cirúrgico, o secretário municipal de finanças adjunto, Carlos Fernando, afirmou que o depósito no valor será feito até hoje, mas não confirmou o total liberado para o hospital.
Em relação ao valor de R$ 499.810,60 referente aos meses de setembro a dezembro de 2010, os diretores do Médico Cirúrgico ainda não receberam nenhum centavo deste total. Através da assessoria de imprensa, a chefia de finanças da Secretaria Estadual de Saúde, afirma que todos os valores referentes ao convênio da ortopedia foram repassados ao Município para que este realizasse o pagamento aos hospitais.
Apesar dos atrasos, o hospital continua realizando em média 13 cirurgias diárias, atendendo prioritariamente idosos e crianças. Os 52 leitos do hospital (48 de enfermaria e 4 de UTI) estão lotados e não há previsão de quando surgirão novas vagas.

Fonte:Tribuna do Norte

Nova camisa do Flamengo terá escudo em homenagem a 1981

Futebol - Flamengo RJ

Blog de Rica Perrone dará detalhes dos uniformes até o lançamento, no dia 1 de março. Título mundial completa 30 anos em 13 de dezembro


A nova camisa do Flamengo terá inspiração em um passado vitorioso. O blog de Rica Perrone dará detalhes do uniforme em dez fotos até o dia do lançamento, em 1 de março. A primeira imagem divulgada mostra um escudo em homenagem ao título mundial de 1981.
A conquista rubro-negra em Tóquio, com a vitória por 3 a 0 sobre o Liverpool (dois gols de Nunes e um de Adílio) , completa 30 anos no dia 13 de dezembro deste ano.
O blog de Jose Ilan mostra que o uniforme principal também será retrô.
 

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Ex-Prefeito de Goianinha é acusado de ser chefe de quadrilha

Politica - RN


Ex-prefeito Disson é acusado pelo MPF de ser chefe de quadrilha em Goianinha


O ex-prefeito de Goianinha Rudson Raimundo Honório Lisboa, conhecido como Disson, é apontado como o chefe da organização criminosa pelo Ministério Público Federal.
Os procuradores apresentaram denúncia à Justiça com duas ações penais contra 16 pessoas (ver lista abaixo) acusadas de envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos na cidade de Goianinha. De acordo com as denúncias, o grupo criminoso era comandado pelo ex-prefeito Rudson Honório Lisboa, o Disson. Além dele,
as ações apontam a participação de empresários e agentes públicos, incluindo o ex-secretário municipal de finanças Paulo Trindade Faustino. Dentre os crimes denunciados, estão: o desvio de verba federal, a corrupção passiva e ativa, a fraude em licitação e a formação de quadrilha.
As investigações foram motivadas pelo depoimento de uma testemunha sobre um esquema em Goianinha, durante a gestão de Disson.
Uma investigação conjunta foi promovida pelo MPF/RN, Polícia Federal e Controladoria Geral da União, através da Operação Aliança, que apreendeu documentos, objetos e instrumentos relacionados à suspeita de atividades criminosas. O trabalho conjunto concluiu pela existência de uma verdadeira quadrilha que atuava na montagem e direcionamento de licitações, seguidos de subcontratações com flagrante prejuízo aos cofres públicos, além de superfaturamento na aquisição de bens.
Para o grupo de procuradores da República que assinam as denúncias, todo esse modo de agir visava beneficiar os particulares responsáveis pelas empresas envolvidas, muitas das quais sequer existiam, sendo apenas de ‘fachada’, e para enriquecer ilicitamente o líder dessa
organização, Rudson Raimundo, que recebia dos articulares o chamado ‘retorno financeiro’, isto é, determinado valor cobrado para a manutenção do esquema de fraude a licitações e contratos administrativos.


Lista dos acusados:


Rudson Raimundo Honório Lisboa (responde às duas ações);
Paulo Trindade Faustino (responde às duas ações);
Jean Carlos Coutinho Lima;
José Regivaldo Silva de Lima;
João Carlos Henrique de Souza;
Luciana Tavares de Lima;
Selma Cordeiro de Lima;
Miguel Teixeira de Oliveira;
Adriana Câmara Silva Oliveira;
Omar Romero de Medeiros Dias;
Rodrigo Gaspar Dias;
Fabrício Lira Barbosa;
Rubem Ramos Pontes Neto;
João Bravo de Sousa Lemos;
Renato Gentil de Araújo Pereira;
Gutemberg Teodoro Alves.


Fonte:Panorama Politico
Blog de Anna Ruth Dantas

Ministro diz que comando da Sudene será definido após fórum dos governadores do NE

Politica - RN


O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, garantiu que a presidenta Dilma Rousseff (PT) ainda não definiu os comandantes de todos os cargos do segundo escalão do Governo Federal, incluindo a Sudene. O órgão deverá ser comandado por um membro do PSB do Rio Grande do Norte, mas o ministro disse que a decisão só será divulgada após o fórum dos governadores do Nordeste, que ocorre no dia 21, em Sergipe.


Fernando Bezerra Coelho e Iberê Ferreira demonmstraram afinidade durante almoço de Wilma de Faria
 Em Natal a convite da ex-governadora Wilma de Faria (PSB), Fernando Bezerra Coelho participou do almoço de aniversário da presidente do PSB potiguar, que também contou com a presença de aliados. Entre os participantes estava o ex-governador Iberê Ferreira (PSB), que é o mais cotado para ocupar cargo no segundo escalão do Governo Dilma.
Na quarta-feira (16), Iberê Ferreira negou, através do Twitter, o acerto com o Governo Federal para ocupar a superintedência da Sudene. O ex-governador e Wilma de Faria, os dois principais nomes do PSB do Rio Grande do Norte, são os cotados para assumir o posto. Ambos afirmaram que estão à disposição para assumir a função, mas Wilma de Faria ainda não falou abertamente sobre a possibilidade.

Por outro lado, Fernando Bezerra Coelho deu a entender que a indicação para a Sudene caberá mesmo ao PSB potiguar, mas afirmou que o anúncio oficial só será feito após o fórum dos governadores.




Fonte:Tribuna do Norte

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Câmara aprova mínimo de R$ 545, mas emendas podem mudar valor

Salario Minimo

Deputados ainda vão votar propostas de R$ 560 e de R$ 600.

Projeto precisa passar pelo Senado antes ir à sanção presidencial.
 
Iara Lemos e Débora Santos Do G1, em Brasília



A Câmara dos Deputados aprovou em votação simbólica (pelos líderes das bancadas) na noite desta quarta-feira (16) o projeto de lei do Executivo que estabelece diretrizes para a valorização do salário mínimo entre 2012 e 2015 e fixa em R$ 545 o valor do novo mínimo.
A proposta do governo para reajuste do mínimo até 2015 tem como base para os reajustes o índice da inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores.
Duas emendas que serão votadas na noite desta quarta na forma de destaques para votação em separado ainda podem alterar o valor previsto no projeto do governo (R$ 545). Uma das propostas, do DEM , prevê a elevação do valor para R$ 560. A outra, do PSDB, estabelece um salário mínimo de R$ 600. Os deputados votarão nominalmente cada um, por meio eletrônico.
A votação dos destaques será precedida de um debate sobre as duas emendas. Em cada caso, um deputado se manifesta por três minutos contra e outro, também por três minutos, a favor de cada destaque. A previsão é de que cada votação de destaque leve cerca de uma hora.
 
Senado


Após a votação das emendas, o projeto será enviado para o Senado, onde deve ser apreciado em regime de urgência. Se não houver modificação, seguirá para sanção presidencial. Em caso de alteração, volta para a Câmara, para uma nova votação.

O projeto de lei do salário mínimo teve o regime de urgência aprovado na Câmara na noite desta terça-feira, para que pudesse ser votado nesta quarta. Enquanto a matéria não fosse apreciada, nenhum outro projeto poderia ser votado pela Câmara.
A votação do salário mínimo foi o primeiro grande teste do governo da presidente Dilma Rousseff na Câmara. Nesta terça, o governo enviou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para defender a proposta do governo na sessão especial que a Câmara realizou para debater o tema com centrais sindicais, empresários e parlamentares.
 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Caern vai negociar contas em atraso em 14 cidades da região do Potengi

Caern - RN


Depois de lançar, no último final de semana, o mutirão para negociação de débitos em Macaíba, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) estende a atividade às cidades da região do Potengi. Os clientes com contas de água em atraso podem quitar as dívidas até o dia 1º de março em condições especiais de pagamento. Além de Macaíba, as equipes da Companhia visitarão residências também nas cidades de Riachuelo, Lajes, Pedra Preta, São Pedro, Jardim de Angicos, São Paulo do Potengi, Caiçara do Rio dos Ventos, Ielmo Marinho, Santa Maria e São Pedro, além de São Tomé, Barcelona, Lagoa de Velhos e Rui Barbosa a partir desta semana.
A ação visa também conscientizar as famílias sobre a importância do pagamento da conta de água em dia, possibilitando condições para a empresa prestar um serviço cada vez mais eficiente. “A inadimplência é um dos principais fatores que compromete a qualidade na prestação dos serviços. Por isso a Caern está oferecendo condições facilitadas para que todos tenham condições de regularizar seus débitos”, afirma o assessor comercial, José Dantas.
Durante as visitas domiciliares, os agentes comerciais da Caern conversarão com os clientes sobre o valor do débito e da importância de se manter o pagamento em dia para a melhoria da qualidade dos serviços prestados pela Companhia. Em seguida, farão uma explanação detalhada das facilidades oferecidas pela empresa, visando a quitação do débito. Quem não negociar as dívidas terá o nome incluído em sistemas de proteção ao crédito (SPC e Serasa).


Facilidades


Além de parcelar a dívida em até 36 meses, para quem negociar até 1º de março, a Caern vai dispensar a cobrança de multa, juros e correção monetária. Depois desse prazo, a pagamento só poderá ser realizado sem os benefícios oferecidos durante o mutirão. Após da visita das equipes da Caern, o cliente, munido da carteira de identidade, CPF e uma conta de água, deve se dirigir ao escritório da Companhia em suas respectivas cidades.
A Caern mantém cadastradas 32.793 ligações de água nas catorze cidades do mutirão, das quais 4.821 estão cortadas e mais 2.241 suprimidas (com o ramal retirado), totalizando 7.062 imóveis supostamente sem dispor de ligação de água. Dados contabilizados pela Gerência Comercial registram que existem mais de 10 mil contas de água com vencimento em atraso.


Fonte: assessoria de imprensa da Caern

PR pede desculpas à população de Natal por apoio à eleição de Micarla

Politica - Natal,RN


O Partido da República publicou, nesta terça-feira (15), uma nota oficial em que confirma o rompimento político e administrativo da legenda comandada pelo deputado federal João Maia com a prefeita Micarla de Sousa (PV). No comunicado, o PR diz que a impressão que tem da atual administração é que ela está "sem rumo, sem prioridades, sem qualquer eficiência e que tem se sustentado na constante troca de secretários como forma de criar 'novas esperanças'”.



Aliados de Micarla na eleição de 2008, o PR chegou a comandar a pasta de Mobilidade Urbana de Natal, primeiramente com Kélps Lima, e depois com Renato Fernandes. No comunicado, o partido afirmou que os únicos recursos garantidos para a capital com relação à Copa do Mundo foram conseguidos para a Mobilidade Urbana, com investimentos previstos na ordem de R$ 400 milhões, e que o mérito da disponibilização da verba é, em parte, do partido. Porém, agora, o tom é da legenda é de desculpas à população por ter feito parte da administração municipal e colaborado para a eleição de Micarla.
"Embora reconheçamos a existência de pessoas comprometidas e competentes na própria administração, estamos certos de que a falta de orientação central com foco e competência os impede de realizar o trabalho que desejam. Concluímos com um pedido desculpas ao povo de Natal pelo nosso erro e comunicamos nosso afastamento político e administrativo da atual gestão", disse a nota assinada pelos diretórios estadual e municipal do PR.


Fonte:Tribuna do Norte

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Acidente deixa quatro mortos na BR-304

Acidente na BR 304


Um acidente na BR-304, entre Assu e Mossoró, resultou na morte de quatro pessoas neste domingo (13). Por volta das 13h30, um Palio Weekend vermelho, que vinha com quatro pessoas, bateu em um caminhão de Jaboatão dos Guararapes, matando as quatro pessoas que estavam no Palio na hora do acidente.


Palio vermelho ficou completamente destruído após o acidente

De acordo com informações do blog de Jarbas Rocha, Daniele de Oliveira Medeiros, de 31 anos, Filipe Pereira Accioly, 28, Maria Marlene de Oliveira, 76, e uma criança de aproximadamente 2 anos estavam no veículo no momento do acidente.
Com a colisão, um grande congestionamento se formou na rodovia, enquanto o Itep chegava ao local e os patrulheiros da Polícia Rodoviária Federal orientavam o trânsito.
Até o momento, ainda não há informações precisas sobre a forma como ocorreu o acidente, tampouco quem teve a responsabilidade pela colisão.

Ronaldo confirma o fim da carreira: 'Está na hora!'

Futebol - Brasil

Em entrevista a ‘O Estado de São Paulo’, atacante diz que queria continuar, mas não aguenta mais. Anúncio oficial será às 12h40m desta segunda-feira


O atacante Ronaldo confirmou neste domingo, em entrevista ao jornal “O Estado de São Paulo", que irá anunciar oficialmente o fim da sua carreira às 12h40m de segunda-feira, no centro de treinamento do Corinthians.



Contra o Deportivo Tolima, no dia 2 de fevereiro, a última partida de Ronaldo como jogador profissional

- Não agüento mais. Eu queria continuar, mas não consigo. Penso em uma jogada, mas não executo como quero. Está na hora, mas foi lindo pra caramba.
Com contrato até o fim do ano, o Fenômeno antecipou o adeus por dois motivos: 1) a Libertadores da América, que era a sua grande motivação para a última temporada, acabou antes mesmo de começar com a eliminação precoce do Corinthians ainda na primeira fase – a chamada Pré-Libertadores; 2) as condições físicas de Ronaldo já não são as melhores e ele teria sofrido uma lesão na semana passada.
No sábado, o colunista Renato Maurício Prado, do jornal “O Globo”, já cogitava o fim da carreira do atacante ao escrever que faltava apenas um acerto entre o jogador e o presidente Andrés Sanches para resolver questões de acordos comerciais. Quando foi contratado, no fim de 2008, Ronaldo trouxe com ele muitos patrocinadores – e muito dinheiro – ao Parque São Jorge.
 
 
Fonte:Globo.com
 

História dos Mártires

Religião - RN

Guerras e negócios


Invasão do Nordeste brasileiro pelos holandeses teve motivações políticas e objetivos econômicos




O pano de fundo histórico para os massacres dos colonos portugueses na capitania do Rio Grande, em 1645, foi a ocupação holandesa de boa parte do Nordeste brasileiro. A invasão, iniciada em 1624 com a ocupação de Salvador, na Bahia, teve motivações políticas e objetivos econômicos. O expansionismo holandês no século XV fazia parte da redistribuição de poder entre as nações da Europa. Impulsionada pela atividade de banqueiros e comerciantes, pela filosofia empreendedora do Iluminismo e pela guerra de independência contra a dinastia dos Habsburgos, que ocupava o torno da Espanha, a Holanda disputava um lugar entre as superpotências da época.
Portugal e Espanha, unidas sob um mesmo trono desde 1580, eram donas das maiores porções do Novo Mundo e do comércio entre a Europa, África e Ásia, mas já mostravam sinais de decadência após o esforço desprendido para as grandes navegações das descobertas nos séculos XIII e XIV.
Endinheirada, a sociedade holandesa da época desenvolvia novos estilos nas artes, inovava nas técnicas e pesquisava nas ciências. Adeptos das religiões protestantes de Lutero e Calvino, nascidas do movimento da Reforma, os holandeses não discriminavam os judeus tanto quanto os países católicos. Com isso, receberam refugiados, capitais financeiros e conhecimentos com os quais subsidiaram as operações de conquistas além-mar.
Atacar as colonias espanholas no além-mar constituia um objetivo estratégico. Mas, também havia a perspectiva de lucros. Mercadores e banqueiros holandeses criaram em 1621 a Companhia das Índias Ocidentais, uma empresa privada que recebeu do governo da Holanda o monopólio do comércio, navegação e conquista em toda a área entre a Terra Nova (atual norte dos EUA) e o Estreito de Magalhães (atual sul da Argentina), de um lado do Atlântico, e toda a costa oeste africana.
O Nordeste brasileiro foi escolhido como alvo porque, uma vez conqusitado, ofereceria bases a partir das quias a forta holandesa poderia prejudicar as rotas comerciais da cana de açucar, abastecido pelo Brasil, e de prata, suprido pelas minas do Peru. As contas feitas pela companhia, para a invasão do nordeste brasileiro, mostravam que a campanha ciustaria 2,5 milhões de florins. Eperava-se que a nova colonia renderia, por ano, oito milhões de florins.


O negócio da Companhia das Índias


As primeiras incursões holandesas à costa brasileira datam de 1615, quando uma expedição comandada por Joris van Spilbergen foi aprisionada no Rio de Janeiro. Em abril de 1624, uma frota de 26 navios bem armados e equipados com 3.300 homens pagos pela Companhai das Índias Ocidentais, atacou Salvador. Em maio, as tropas desembarcaram e tomaram a cidade, mas não conseguiram penetrar no interior. Protugueses e brasileiros fizeram movimentos de guerrilha, resistiram ao invasor e um ano depois, com o reforço de uma esquadra enviada por Portugual e Espanha, reconquistaram Salvador.
Os holandeses compensaram a derrota na Bahia conquistando Recife e Olinda, em fevereiro de 1630. A expedição tinha 67 navios e sete mil soldados. A resistência luso-brasileira, concentrada em arraiás fundados no interior e sempre atuando com táticas de guerrilhas, se estendeu por cinco anos. Usando Pernambuco como base, os holandeses passaram a devastar engenhos e lavouras, ameaçando e aterrorizando a população para que não ajudassem os resistentes.
Ações militares maiores comandadas pelo conde João Maurício de Nassau-Siegen, entre 1637 e 1641, consolidaram o domínio holandês. As capitanias e as fortalezas de Itamaracá, Paraíba, Sergipe, Rio Grande e o Maranhão foram ocupadas. Portugal, que havia se separado do trono da Espanha, negociou uma trégua com a Holanda e os próximos anos foram de relativa paz.
Diferentes em tudo dos portugueses, os holandeses chegaram ao Brasil sem a intenção de se fixarem na terra. Poucos trouxeram ás famílias. O objetivo era enriquecer rápido explorando os recursos naturais do país ocupado. Mas, apesar disso, contribuiram para o avanço social, econômico, cultural e científico.
O périodo de maior efervercência cultural e artistícia foi o governo do conde João Maurício de Nassau-Siegen (1637-1644), quando artistas europeus visitaram e pintaram o nordeste brasileiro, ergueram-se monumentos, pontes, jardins e prédios de nova arquitetura, diversificou-se as culturas agrícolas nos engenhos e iniciou-se estudos científicos na área da astronomia, topografia, meteorologia e do uso que os índios faziam de plantas medicinais.
Na capitania do Rio Grande, no entanto, não se viu nada disso. Aos holandeses interessava das terras potiguares apenas as lavouras de mandioca para o fabrico da farinha e os rebanhos de gado, considerados os mais numerosos da região. Fontes da época e historiadores, citados por Luis da Câmara Cascudo, falam em 20 mil cabeças. Talvez fossem menos, mas é indiscutível que Olinda, Recife e Itamaracá - núcleos urbanos dos holandeses - dependiam desse rebanho para o abastecimento de carne e de força animal para trabalho nos engenhos que estavam sendo reativados.



Eles vieram atrás do gado




Conquistar Rio Grande era vital para suprir Olinda e Recife de carne, peixe seco e farinha de mandioca



No Rio Grande do Norte, em junho de 1625, uma esquadra holandesa que tentou sem sucesso socorrer o governo flamengo na Bahia, aportou na Baía da Traição. Eram 34 navios bem armados, comandados pelo almirante Boundewijn Hendrikszoon. Uma patrulha desceu à terra e visitou o engenho Cunháu. Recolheu limões, entre os índios, para tratar do escorbuto que atingia os marinheiros holandeses e mandou para o conselho da Companhia das Índias Ocidentais, antes de navegar para Porto Rico (Caribe) notícias de que nas terras do Rio Grande havia muito gado e muita lavoura de cana-de-açucar e mandioca.
Cinco anos depois, já conquistado o Recife e Olinda, um holandes sozinho, Adriano Verdonck, pecorreu todo o litoral entre Cunhaú e Natal, tomando anotações sobre o povoamento, engenhos, lavouras e o poder de defesa do Forte dos Reis Magos. Em dezembro de 1631, teve início a campanha para conquistar a capitania do Rio Grande. Os holandeses contavam com a ajuda dos índios janduís, inimigos históricos dos portugueses. Uma tropa, sob o comando de Albert Smient e Joost Closter desembarcou em Genipabu, sem atacar o Forte dos Reis Magos. Encontrou indios, aprisionados por um portugues que trazia documentos do Ceará e foi morto. As informações eram importantes e a expedição voltou a Pernambuco.
Somente em dezembro de 1933 é que veio a expedição definitiva. Eram 12 navios, 808 soldados que desembarcaram em Ponta Negra. O comando estava com almirante Jean Cornelissen Lichthard do tenente-coronel Baltasar Bima. O combate começa no dia 08 e se estende até o dia 12, quando a guarnição do forte, a revélia do capitão-mor Pero Mendes de Gouveia, ferido no combate, propôs a rendição.
Vencedores, os holandeses rebatizaram o forte como Castelo Keulen e Natal de Nova Amsterdã. Os poucos habitantes da cidade haviam se refugiado no engenho Potengi (Câmara Cascudo identifica esse engenho como sendo o do Ferreiro Torto, mas outros historiadores têm dúvidas quanto a isso). O engenho pertencia a Francisco Rodrigues Coelho. Seis dias após o desembarque, soldados holandeses e indios janduís marcharam para o engenho. No caminho encontraram alguma resistência. No engenho, em represália e para desestimular novas resistências diantes das notícias que davam conta de que haveria um contra-ataque aos invasores, mataram Francisco Coelho, a mulher dele, os seis filhos e os refugiados de Natal. Eram cerca de 60 pessoas.


A tática de terra arrasada e do terror


Nenhum historiador discorda quanto aos motivos que trouxeram os holandeses para o Rio Grande do Norte. Com a perda do controle sobre a região do Vale do Rio São Francisco, na Bahia, era vital garantir outros centros de abstecimento apra Olinda, Recife e Itamaracá, os grandes centros urbanos e produtores de açucar do "Brasil Holandês".
"Pela gadaria assolava-se tudo (...) O holandês resistiu matando, incendiando, entregando a população cristã aos janduís, no propósito único de conservar a carne para a consumação no Recife, sede da resistência neerlandesa", descreve Cascudo no livro História da Cidade do Natal (pág. 66, ed. 1999). Joan Nieuhof, escrevendo em 1682 sorbe a viagem que fez ao Brasil nos anos em que o domínio holandês já infrentava o levante que levou à Restauração de Pernambuco (após 1645) assegura que "o Rio Grande era, portanto, a única região de onde se recebia, quantidades ponderáveis de farinha e gado que minoravam em parte a escassez de gêneros reinante no Recife".
A dominação sobre a região do Potengi, isolada dos focos de resistência luso-brasileira, era feita mais através dos índios janduís, aliados de primeira hora. No Castelo de Keulen, as tropas holandesas estavam resumidas a uma guarnição de algumas dezenas de soldados. Os janduís eram da raça cariri e dominavam desde antes do descobrimento os sertões norte-riograndenses. Nunca aceitaram a presença dos portugueses, ao contrário dos potiguares, os tupis que habitavam o litoral e que depois de uma breve resistência haviam se aliados aos portugueses, depois trocados pelos holandeses.
O chefe Janduí veio a Natal, em 1638, encomtrar-se com Maurício de Nassau. No brasão d´armas que Nassau deu a Nova Amsterdã (Natal) havia uma ema, homenagem aos janduís, tropa de choque e guarda pretoriana dos interesses holandeses no interior da capitania.
O périodo de maior efervercência cultural e artistícia foi o governo do conde João Maurício de Nassau-Siegen (1637-1644), quando artistas europeus visitaram e pintaram o nordeste brasileiro, ergueram-se monumentos, pontes, jardins e prédios de nova arquitetura, diversificou-se as culturas agrícolas nos engenhos e iniciou-se estudos científicos na área da astronomia, topografia, meteorologia e do uso que os índios faziam de plantas medicinais.
Na capitania do Rio Grande, no entanto, não se viu nada disso. Aos holandeses interessava das terras potiguares apenas as lavouras de mandioca para o fabrico da farinha e os rebanhos de gado, considerados os mais numerosos da região. Fontes da época e historiadores, citados por Luis da Câmara Cascudo, falam em 20 mil cabeças. Talvez fossem menos, mas é indiscutível que Olinda, Recife e Itamaracá - núcleos urbanos dos holandeses - dependiam desse rebanho para o abastecimento de carne e de força animal para trabalho nos engenhos que estavam sendo reativados.


Crise comercial e revolta


Em 1645 o clima no Brasil holandês era tenso. Portugueses e brasileiros iniciaram o levante que expulsou os holandeses

Os episódios dos massacres de Cunhaú e Uruaçu ocorrem em meio ao levante de colonos portugueses e brasileiros contra o domínio holandês. A insurreição teve bases econômicas. Após um périodo de relativa paz e prosperidade em Olinda e Recife, os preços do açucar começam a cair no mercado de Amsterdam. Senhores de engenho e lavradores da cana de açucar tinham contraído empréstimos junto a Companhia das Índias Ocidentais e se viram sem ter como pagar os débitos Comerciante se acionistas executaram as hipotecas, terras e engenhos foram perdidos, boa parte do capital existente na colonia voltou para a Holanda, o movimento dos navios caiu.
Aos efeitos da crise comercial, que começou em 1638 e agravou-se em 1642, juntaram-se fatores que, mesmo já existindo antes, tinham ficado mais ou menos equilibrados durante o clima de paz e tranquilidade do périodo anterior: a incompatibilidade entre o catolicismo luso-brasileiro e o calvinismo holandês, a contradição cultural das tradições rurais da colonia e o urbanismo dos invasores, o encorajamento com a Restauração do trono em Portugual (1640) e a reconquista do Maranhão (1643).
O fato é que em 1645 a revolta, liderada por André Vidal de Negreiros, João Fernandes Vieira e outros donos de engenhos e de propriedades confiscadas. O governador da Bahia, Antonio Teles da Silva, prometeu tropas lusas, mas o grosso do exército rebelde foi formado mesmo pelos cotigentes de negros sob o comando de Henrique Dias e de índios, liderados por Antonio Felipe Camarão. A luta começou em 13 de junho de 1645, com João Fernandes Vieira se rebelando no Recife, depois de ter sido delatado às autoridades holandesas. Foi de unício uma luta de guerrilhas, com luso-brasileiros e holandeses empregando as mesmas táticas dos anos da invasão: terra arrasada e terrorismo junto à população civil.


Chacina em Cunhaú fez parte do terror


No cenário da luta de guerrilhas, luso-brasileiros e holandeses mal empregaram tropas regulares. As escaramuças e os enfrentamentos mais crues e arriscados, em meio aos tabuleiros e matas, se davam entre patrulhas de índios aliados e negros voluntários.
É nestas circunstâncias que surge a figura de Jacob Rabbi, alemão à serviço do governo holandês. Fluente na língua dos índios tapuias, amigo pessoal do chefe Janduí, casada com a índia Domingas, Rabbi chegou ao Brasil com Maurício de Nassau e foi nomeado como interprete. Na verdade, atuou como "oficial de ligação" entre os interesses da Companhia das Índias Ocidentais e o chefe Janduí, sem descuidar dos seus próprios objetivos: poder e riquezas. Com a necessidade de combater o levante, assumiu a chefia de grupos mistos de índios e aventureiros, bem no estilo dos paramilitares que se vê hoje nas guerras modernas, atacando arraiás luso-brasileiros, saqueando engenhos, queimando lavouras e aterrorizando a população suspeita de apoiar os revoltosos de Vieira, Henrique Dias e Felipe Camarão.
Percorrendo a região canavieira entre Recife e Natal, Rabbi e um grupo de indios janduís e potiguares, além de soldados holandeses, chegaram ao engenho Cunhaú em 15 de julho de 1645. Se apresentou como emissário do Supremo Conselho Holandês de Recife e convocou a população para uma reunião, após a missa do dia seguinte, um domingo, na capela de Nossa Senhora das Candeias.
O domingo amanheceu chuvoso e nem todos os moradores compareceram à missa. Os historiadores estimam em 69 pessoas presentes no lugar. Durante a celebração, após a elevação da hóstia, os soldados holandeses tracaram todas as portas da igreja. A um sinal de Rabbi, os índios invadiram o local e chacinaram os colonos.
Relatos posteriores, alguns deles de emissários do governo holandês que investigaram o episódio, descrevem cenas de violência, atrocidades e certo requeinte de crueldade contra os fiéis. Desarmados, os colonos não tinham como resistir e se resignaram à morte. Atendendo a exortação do padre André de Soveral, que celebrava a missa, muito foram executados em meio as orações. O próprio padre foi morto a punhaladas. Antes de ser morto, ele ainda disse aos indígenas para não tocar nas pessoas ou nas imagens e objetos do altar, porque seriam cortadas as mãos e as partes do corpo de quem o fizessem. Com esta ameaça, os tapuias recuaram, mas os potiguares - menos supersticiosos e mais acostumados a religião dos portugueses - não se intimidaram e prosseguiram com o ataque.
Algumas pessoas se refugiaram na casa do engenho, mas tiveram um fim semelhante ao das que estavam na capela. Os flamengos e índios invadiram a casa. Houve certa resistência, três colonos conseguiram escapar pelo telhado, mas a superioridade numérica dos indios e dos holandeses acabou prevalecendo. Depois da chacina, o engenho foi saqueado.



'Violino' Carlinhos chora ao ganhar homenagem do Flamengo

Futebol - Brasil

Flamengo


Pelos serviços prestados ao clube, o ex-jogador e ex-técnico do Flamengo Carlinhos, o Violino, foi homenageado neste sábado, na Gávea, com a inauguração de uma praça e de um busto de bronze com a imagem dele.



Ex-jogador e ex-técnico, Carlinhos, emocionado, é homenageado por serviços prestados ao Flamengo

 A praça ganhou o nome Carlinhos e fica ao lado do ginásio Togo Renan Soares. O homenageado, como jogador, defendeu o Flamengo de 1958 a 1969 e conquistou o Torneio Início do Campeonato Carioca (1959), o Torneio Rio-São Paulo (1961) e os Campeonatos Cariocas de 1963 e 1965.
Como treinador do Flamengo, o Violino foi bicampeão brasileiro, conquistando os títulos de 1987, com Zico comandando o time, e 1992, sob a batuta do maestro Júnior. Venceu também três Campeonatos Cariocas (1991, 1999 e 2000), duas Taças Guanabaras (1988 e 1999), duas Taças Rios (1991 e 2000) e a extinta Copa Mercosul de 1999.
Emocionado com a homenagem, Carlinhos não conseguiu falar o que sentia. Mas o ex-lateral Júnior tomou a palavra para lembrar alguns daqueles momentos em que foi comandado pelo então treinador, já aposentado há alguns anos. Júnior disse ter sido uma das maiores homenagens feita pelo Flamengo a um ídolo do clube.

“É uma homenagem muito justa para alguém que faz parte da história do clube. Me recordo com muito alegria de todas as vezes em que comemoramos títulos juntos, aqui na Gávea, num restaurante. Parabéns, Carlinhos”, disse Junior, entregando a Carlinhos uma camisa de 1992, época em que trabalharam juntos.
A presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, ao ver o homenageado chorar, disse ter ficado comovida com o evento. Ela disse ser uma honra comandar o clube num dos momentos mais importantes da história rubro-negra, já que Carlinhos representa muito para os milhões de torcedores do Flamengo.
“Estou muito emocionada e tenho enorme honra em ser a presidente do clube numa homenagem tão bonita como essa. Carlinhos representa tudo o que queremos para o Flamengo. Ele passou por todas as nossas divisões de base, sempre jogou aqui e foi muitas vezes campeão. É o retrato em que os nossos jovens devem se espelhar. Ele sempre mostrou coragem e humildade, conquistando assim tudo e todos”, disse Patricia Amorim.