sábado, 2 de julho de 2011

Morre o senador e ex-presidente da República Itamar Franco

Politica - Brasil


Aos 81 anos, ex-presidente sofreu um AVC às 10h15 deste sábado (2).
Ele estava internado desde o dia 21 de maio para tratar de leucemia.
 
 
 
O senador e ex-presidente da República Itamar Franco (PPS-MG) morreu aos 81 anos neste sábado (2), em São Paulo.



Segundo nota divulgada pelo Hospital Albert Einstein, o presidente sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) na UTI, onde estava sendo tratado de uma pneumonia decorrente de uma leucemia aguda, e morreu às 10h15 da manhã.



O corpo será transferido às 7h30 do domingo (3) para a cidade de Juiz de Fora, onde será velado na Câmara Municipal. Na segunda (4), segue para Belo Horizonte onde, por desejo do ex-presidente, o corpo será cremado, após receber homenagens no Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro.
 
 

Itamar estava internado no hospital, na capital paulista, desde o dia 21 de maio para tratar da leucemia. De acordo com os médicos, o ex-presidente reagiu bem ao tratamento, mas desenvolveu uma pneumonia grave. Por conta disso, acabou sendo transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Ele passou o aniversário de 81 anos, completados em 28 de junho, na UTI do hospital.
 
 
Biografia
 


Itamar Franco foi presidente da República entre 1992 e 1994, depois do impeachment do ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello. Itamar foi também governador de Minas Gerais, senador durante 16 anos, prefeito de Juiz de Fora por dois mandatos e embaixador do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Portugal e na Itália.



Como presidente, implantou o Plano Real – o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso era o ministro da Fazenda –, que estabilizou a moeda e acabou com a inflação, assinou a Lei dos Genéricos e a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), que abriu caminho para a criação de programas de transferência de renda.


A doença


Leucemia é um tipo de câncer que atinge os glóbulos brancos, parte do sistema de defesa do organismo, na medula óssea. A doença impede ou prejudica a formação de glóbulos vermelhos e brancos e de plaquetas, causando anemia e abrindo espaço para infecções e hemorragias.


O governo


Eleito vice-presidente nas eleições de 1989, Itamar Franco tomou posse em 15 de março de 1990 junto com Fernando Collor de Mello, então governador de Alagoas. A chapa foi eleita com 42% dos votos em um segundo turno disputado contra o petista Luiz Inácio Lula da Silva.
 
 
Após denúncias de corrupção e com a popularidade fragilizada por conta da situação caótica da economia, em função dos sucessivos planos econômicos frustrados e a hiperinflação, em setembro de 1992 Collor sofreu impeachment em votação na Câmara dos Deputados.



Itamar Franco, então, assumiu a presidência, aos 62 anos, primeiro interinamente, entre outubro e dezembro de 1992. Em 29 de dezembro de 1992, o político mineiro se tornou, efetivamente, presidente da República.


Entre os ministros escolhidos por Itamar estava Fernando Henrique Cardoso, que acabaria por sucedê-lo na Presidência. FHC ainda foi escolhido para o Ministério da Fazenda, de onde comandou a implementação do Plano Real.


Polêmicas


Itamar Franco teve problemas em sua gestão. Em 1993, suspeitas de fraude no Orçamento derrubaram Henrique Hargreaves da Casa Civil. O ministro, inocentado, voltou ao cargo três meses depois.


Outra polêmica aconteceu durante o carnaval de 1994. O então presidente foi um dos convidados de honra para assistir o desfile das escolas de samba no Rio. Itamar acabou flagrado por fotógrafos de mãos dadas com a modelo Lílian Ramos, que estava sem calcinha. As fotos e relatos repercutiram em jornais e televisões do mundo todo.


Um episódio marcante foi registrado em 23 de agosto de 1993, quando Itamar Franco desfilou por Brasília em uma versão conversível do carro popular. Com a intenção de oferecer um carro mais barato ao consumidor brasileiro, Itamar pediu ao presidente da Autolatina - consórcio das montadoras Volkswagen e Ford-, Pierre-Alain de Smedt, que voltasse a fabricar o Fusca no Brasil. O carro havia saído de linha sete anos antes.

Avião


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou neste sábado (2) que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) irá levar senadores ao velório do senador e ex-presidente da República Itamar Franco (PPS-MG) em Juiz de Fora (MG).


“Convidei todos os senadores e líderes para ir até Juiz de Fora dar o último adeus ao presidente Itamar. Partiremos por volta de 10h [de domingo]”, disse Sarney.


Ainda triste com o falecimento de Itamar, a quem chamou de “grande amigo”, Sarney afirmou que irá cancelar a sessão de segunda (4) no Senado: “Vamos mandar subir a sessão e realizar uma grande homenagem ao presidente Itamar.”







quinta-feira, 30 de junho de 2011

Agentes de saúde de Parnamirim decretam greve

Saúde - RN


Os agentes comunitários e de endemias do município de Parnamirim estão em greve. A decisão da categoria foi tomada em assembleia realizada na manhã de hoje. Estão de braços cruzados, 170 agentes comunitários e 120 agentes de combate a endemias.



De acordo com Cosmo Mariz, presidente do Sindicato dos Agentes de Endemias (Sindas), a greve foi motivada porque a prefeitura de Parnamirim não atendeu as reivindicações da categoria. "São muitos os motivos que motivaram essa paralisação, entre eles, a questão do fardamento e o auxílio-transporte", declarou.


Agentes de Natal podem parar na próxima segunda


Cosmo Mariz informou ainda, que os agentes de combate a endemias de Natal também podem paralisar suas atividades. O presidente do Sindas confirma que na próxima segunda-feira (4), os agentes vão se reunir em assembleia para decidir se deflagram a greve. "A paralisação vai depender se o dinheiro do auxílio-alimentação, que já foi aprovado, vai ser depositado nas contas dos agentes", declara.

TRE reprova contas do PT do RN

Politica - RN


TRE reprova prestação de contas do PT estadual e suspende repasse de fundo partidário para a legenda por nove meses



O Tribunal Reginal Eleitoral (TRE) reprovou, na sessão desta terça-feira (28), a prestação de contas relativa à movimentação patrimonial e financeira do Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores nas eleições de 2010. Como forma de punição, o Tribunal suspendeu o repasse do fundo partidário para o diretório estadual da legenda por nove meses.


Vereador por São Gonçalo Eraldo:Presidente estadual do PT no RN
 Segundo o relatório da prestação de contas nº 6548-31.2010, a Comissão de Análise de Contas Eleitorais, ao efetuar o batimento com os dados disponibilizados pelo TSE, constatou incongruências em relação à prestação de contas trazida pelo PT estadual.


O PT informou ausência total de movimentação financeira na campanha de 2010 e o documento do TSE revelou uma despesa no valor de R$ 30.000,00, relativa à produção e editoração de propaganda eleitoral gratuita de Rádio e TV voltada para as candidaturas proporcionais do Partido.


A Coordenadoria do Controle Interno e Auditoria (CCIA) emitiu parecer conclusivo opinando pela desaprovação das contas apresentadas, nos termos do art. 39, III, da Res. 22.715/2010, com aplicação da sanção de suspensão das cotas do fundo partidário prevista no art. 25 da Lei 9.504/97 e devolução do valor malversado, em razão das seguintes irregularidades:


1) Ausência de recibos eleitorais relativos à arrecadação de recursos oriundos do Fundo Partidário; 2) Ausência de registro contábil dos recursos arrecadados do Fundo Partidário; 3) Realização de gastos utilizando conta bancária preexistente destinada ao recolhimento regular do fundo partidário, sem o necessário trâmite pela conta específica de campanha; 4) Ausência de registro contábil de doação aos candidatos beneficiados da produção e editoração da propaganda eleitoral contratada.


Para o relator da prestação de contas nº 6548-31.2010, juiz Marco Bruno de Miranda, as irregularidades apontadas no parecer técnico do Controle Interno do TRE não foram totalmente superadas pelo partido requerente, mesmo após haver oferecido oportunidade para sua regularização. “Analisando detidamente os autos com os documentos a eles acostados, restou verificado que o Partido Requerente não emitiu recibo eleitoral e nem escriturou nas contas apresentadas arrecadação de valores oriundos da conta do Fundo Partidário”, afirmou o juiz.


Marco Bruno votou pela desaprovação das contas prestadas pelo Partido dos Trabalhadores, relativas às eleições de 2010; pela aplicação da penalidade prevista no art. 25, da Lei n. 9.504/97 c/c art. 37, da lei n. 9.096/95, com a suspensão do direito a novas quotas do Fundo Partidário, por um período de 9 meses, levando-se em consideração os princípios da proporcionalidade e razoabilidade em relação aos fatos.


O juiz deixou de aplicar a determinação imposta no art. 40, parágrafo 2º da Resolução-TSE nº 23.217/2010, relativa à devolução dos valores gastos irregularmente, uma vez que a despesa foi demonstrada mediante nota fiscal emitida pela empresa. O voto do relator foi acompanhado pelos demais membros da Corte à unanimidade e em harmonia com o parecer do Ministério Público Eleitoral.

Wilma vai se reunir com PSB para definir posição do partido em Natal

Politica - Natal,RN


Presidente estadual da legenda, ex-governadora convocou vereadores para oficializar se o partido ficará na oposição ou na base da prefeita Micarla.


 
A ex-governadora Wilma de Faria, presidente estadual do PSB, vai se reunir com a bancada do partido na Câmara Municipal, nesta sexta-feira (1º), para definir a posição da legenda em relação à administração da prefeita de Nata, Micarla de Sousa (PV).
 

De acordo com o líder da bancada, Júlio Protásio, a reunião está marcada para as 9h, na sede no partido. O parlamentar disse que a orientação da presidente estadual aos vereadores é para que não façam "oposição gratuita", liberando-os para votar nos projetos de interesse de Natal.


"Mas essa posição pode mudar a qualquer momento", observou Júlio Protásio, durante sessão na CMN nesta quinta-feira (30).


A possibilidade do PSB oficializar a oposição à prefeita deixou o vereador Franklin Capistrano preocupado pelo fato de haver sido indicado para integrar a CEI dos Contratos na cota da base governista.


"Essa indefinição do PSB me preocupa, porque estou indicado para a CEI como membro da situação. O partido ainda não resolveu esse dilema se é governo ou oposição", ponderou.

Colisão entre dois carros deixa feridos na BR 304

Acidente na BR 304


A colisão frontal entre um Fiat Siena (NQB 0518) e um Chevrolet Ipanema (HUV 0800) na BR 304, próximo à Reta Tabajara, deixou seis pessoas feridas na manhã desta quinta-feira (30). As vítimas, passageiras de ambos os veículos, foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhadas para o pronto-socorro Clóvis Sarinho. De acordo com informações colhidas no local da batida, o acidente teria ocorrido após uma tentativa de ultrapassagem.




O motorista do Siena, Ednaldo Bezerra da Silva, de 46 anos, decidiu realizar a manobra quando foi surpreendido pela Ipanema conduzida por Antônio Gonçalves Silva Filho, de 50 anos, que vinha em sentido contrário. Na tentativa de evitar a colisão, Ednaldo puxou o veículo para o acostamento, entretanto, foi surpreendido ao notar que o outro condutor realizara o mesmo movimento. Os carros acabaram se chocando e houve princípio de incêndio.



Antônio Gonçalves transportava quatro pessoas na Ipanema: sua esposa Darilene Gonçalves, as filhas Evânia Cristina e Elaine, além da neta, Mariana. Evânia, que estaria grávida, chegou a ficar presa às ferragens, mas foi socorrida pelo Samu, assim como os demais envolvidos, que sofreram escoriações e queimaduras.

CCJ do Senado aprova regra que pode frustrar planos do PSD

Politica - RN


A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, em caráter terminativo, relatório favorável do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) a projeto que inclui na Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/1995) regra sobre fidelidade partidária. A matéria é de iniciativa da Comissão da Reforma Política e e tem como um dos objetivos principais desestimular o "troca-troca" de partidos. Com o texto, o que era considerado justa causa para a desfiliação passa ser enquadrado como infidelidade partidária e, desse modo, o PSD, novo partido criado a partir de iniciativa do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não poderá receber políticos com mandatos.



O projeto (PLS 266/11) incorpora na legislação entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF) no sentido de que a desfiliação da legenda, sem justa causa, deve ser punido com a perda do mandato. A principal mudança é no que era considerado justa causa a partir da resolução do TSE sobre a fidelidade partidária.



O projeto estabelece como causas justas para o desligamento algumas situações alheias à vontade do político eleito: a incorporação ou fusão do partido com outra agremiação; a mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; e a grave discriminação pessoal. Nesses casos, não se justifica a perda de mandato. O texto original, assim como a resolução do TSE, também previa a migração para partido novo como causa justa, mas um destaque apresentado pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO) acabou com a possibilidade.


Um dos principais nomes do DEM, partido que mais perderia mais membros com mandatos para o PSD, Demóstenes Torres defendeu o destaque e conseguiu aprovação apertada, por sete votos a seis, retirando a possibilidade de que um político com mandato migre para uma legenda recém-criada sem perder o mandato. Assim, se o projeto for aprovado, quem sair do partido para ingressar em legenda nova deverá perder o mandato.


Conforme Demóstenes, o Supremo Tribunal Federal (STF) já se posicionou contrariamente à possibilidade de desligamento quando da criação de legenda, apesar de a hipótese ser aceita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


No Rio Grande do Norte, o vice-governador Robinson Faria (PMN), os deputados estaduais Ricardo Motta (PMN), presidente da AL, Gesane Marinho (PMN), Raimundo Fernandes (PMN), José Dias (PMDB) e Gustavo Carvalho (PSB), além do deputado federal Fábio Faria (PMN), são os principais políticos que podem ingressar na nova legenda. Caso o entendimento da CCJ seja aprovado pelo Congresso, os políticos correrão riscos de perderem os mandatos se efetivamente ingressarem na nova legenda.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Myrian Rios faz comentários homossexuais e cria polêmica

Lei da homofobia


RIO DE JANEIRO - A ex-atriz e deputada estadual Myrian Rios voltou a ser notícia, mas de forma polêmica. Em um vídeo publicado na internet, durante uma sessão no plenário da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), ela faz comentários sobre a homossexualidade e chega a relacioná-la com a pedofilia.




 
“Não sou preconceituosa e não discrimino. Só que eu tenho que ter o direito de não querer um homossexual como meu empregado, eventualmente. Por exemplo, digamos que eu tenha duas meninas em casa e a minha babá é lésbica. Se a minha orientação sexual for contrária e eu quiser demiti-la, eu não posso. O direito que a babá tem de querer ser lésbica é o mesmo que eu tenho de não querer ela na minha casa. São os mesmos direitos. Eu vou ter que manter a babá em casa e sabe Deus até se ela não vai cometer pedofilia contra elas, e eu não vou poder fazer nada”, afirmou.


“Se eu contrato um motorista homossexual, e ele tentar, de uma maneira ou outra, bolinar meu filho, eu não posso demiti-lo. Eu quero a lei para demitir sim, para mostrar que minha orientação sexual é outra”, completou.


“Eu queria que meus filhos crescessem pensando em namorar uma menina para perpetuar a espécie”, comentou Myrian Rios, que é católica, sendo contra a PEC 23/2007, projeto que propõe acrescentar a orientação sexual em meio às formas de discriminação da Constituição do Estado do Rio de Janeiro.

domingo, 26 de junho de 2011

Não há 'nenhuma hipótese' de Lula voltar em 2014, diz Gilberto Carvalho

Politica - Brasil


Caso Palocci foi 'golpe duro' para a presidente Dilma, disse ministro ao G1
Fiel a Lula, Carvalho é a principal ponte entre o antecessor e a atual chefe.


Com seis meses de governo, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou considerar "natural" que a presidente Dilma Rousseff seja candidata à reeleição em 2014. Em entrevista ao G1, ele disse que não há "nenhuma hipótese" de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputar a Presidência em 2014.



"[Lula] não quer, em 2014, em hipótese nenhuma ele gostaria. E 2018 está muito longe. A oposição precisa levar em conta isso. Nosso time, além de bom plantel, tem bom banco. Não pense que colocamos todas as fichas na mesa. E Lula permanece figura que nos ajuda, apoia. Como candidatura, nenhuma hipótese de ele ser candidato em 2014. Ele não aceitaria de jeito nenhum", afirmou Carvalho.


Fiel escudeiro de Lula, Carvalho é a principal ponte entre o antecessor e a atual chefe. Com experiência acumulada de quem trabalha há mais de oito anos no governo, ele testemunhou as principais crises que abalaram a administração Lula, como o mensalão, em 2005, e a queda dos ministros José Dirceu, da Casa Civil e da Fazenda, Antonio Palocci.


Gilberto Carvalho disse lamentar a “crise prematura” que derrubou Antonio Palocci da Casa Civil no começo deste mês. Ele admite que o caso foi um “golpe duro” para a presidente Dilma. “Essa crise do Palocci não dá para subestimar. Foi um golpe duro que aconteceu prematuramente, e o governo não estava preparado."



Leia abaixo os principais trechos da entrevista.



G1 - O sr. é visto como o principal elo entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma. Com essa visão privilegiada, qual balanço faz destes seis primeiros meses do governo?



Gilberto Carvalho - Eu acho que, de um lado, dá para dizer que é nitidamente um governo de continuidade, no sentido de que o projeto geral, com lema de crescimento, com distribuição de renda, está mantido, no sentido geral de inversão das prioridades, no sentido de privilegiar os que mais precisam, está mantido. O governo é para todos, mas especialmente para os mais pobres - o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], Minha casa, Minha vida. Eu diria que, de uma maneira geral, eu faço uma avaliação muito positiva de que os nossos pontos mais sagrados, mais importantes, estão não só mantidos, como reenfatizados. O lançamento do programa Brasil sem miséria é apenas a consolidação disso que eu estou dizendo. (...) É inegável, também, que é um governo que sofreu uma crise prematura, não vamos esconder o sol com a peneira. Essa crise do Palocci não dá para subestimar, foi um golpe duro que aconteceu prematuramente, e o governo não estava preparado. Governo nenhum está preparado para crise alguma, mas, vamos convir, foi cedo demais. Uma figura chave, muito importante. Foram 23 dias de muito sofrimento dela e de todos nós aqui dentro.


G1 - O sr. estava no governo nas piores crises, como a própria queda de Palocci do Ministério da Fazenda, no governo Lula. Pode-se dizer foi um erro colocá-lo no governo Dilma?



Carvalho - Não foi não, porque pelo papel que ele tinha desempenhado no governo Lula, pelo papel fundamental na campanha e a contribuição que ele deu nos últimos seis meses, acho que não foi equivocado não. Deve-se levar em conta que a razão pela qual Palocci caiu não foi por uma razão pós-posse dele, foi anterior. Confesso que tenho muita dificuldade para fazer avaliação moral desta história, acho que não me compete isso - tanto que saí em defesa do Palocci. Do ponto de vista legal, ele fez o que muita gente não faz neste país: ele emitiu nota, registrou os bens dele na Receita, compareceu à Comissão de Ética. Aí, a pergunta: 'é muito dinheiro? É pouco dinheiro?' Eu, como sou incompetente para ganhar dinheiro, não sei avaliar isso. Claro que eu sei que é estranho, vejo a reação dos meus amigos, dos familiares. Politicamente analisando, Palocci não precisava ter feito o que fez, e nós não precisaríamos tê-lo perdido. Aí sim, acho que teve erro político, de comprar uma casa com tanta ostentação como aquela e assim por diante. Mas insisto: é julgamento relativo. No essencial, ele não cometeu erro legal nem ético enquanto esteve no governo.


G1- A escolha das ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) o pegou de surpresa?


Carvalho - Difícil falar que pegou de surpresa porque acompanhei muito de perto a escolha. Fui chamado pela Dilma para emitir opinião.


G1 - Com as escolhas, Dilma deu qual recado? Ela enfrentou os partidos?


Carvalho - Você sabe que a escolha ministerial já é uma tradição no país e com Lula era a mesma coisa. Quando ele escolheu a Dilma, ninguém também imaginava. Então, não acho que ela quis enfrentar ninguém. O único episódio que teve um pouco de conflito foi com a Ideli, que a bancada queria indicar alguém. Mas, aquela história: para ministro, não se faz campanha. É escolha pessoal.



G1 - No começo do ano, o sr. disse que o PMDB teria a chance de ‘melhorar sua imagem’ no governo Dilma. Mas o PT tem dado tanto trabalho quanto o aliado, cobrando cargos do governo, fazendo pressões. Quem o sr. diria que dá mais dor de cabeça para o governo Dilma: o PT ou o PMDB?
 


Carvalho - Eu acho que não pode ser visto desse jeito [risos]. Eu estou rindo da formulação interessante da pergunta e da minha dificuldade em responder [risos]. Eu acho que não dá para falar em dor de cabeça. Você tem aliados, PT, PMDB, PSB, que cresce cada vez mais. Tem o fenômeno novo que é o PSD, que se estiver perto do PSB vai ser força grande. Então, as pedras se movimentam, e os problemas que elas geram e as ajudas que elas dão também são proporcionais ao tamanho delas. Não dá para dizer que o PMDB dá mais trabalho que o PT, depende do momento e do tema.


G1- Mas, e no momento?



Carvalho - Digo para você assim: o PT deu trabalho, nesta dificuldade da bancada, mas houve momento anterior em que houve problemas com o PMDB, pelas pressões por cargos. Eu prefiro olhar - após oito anos nesta casa, você aprende a ficar calejado, não se apavora. É um jogo da política, de pressões e contrapressões. Cada partido, dependendo do momento, vai apresentar suas demandas.


G1 - Mas PT e PMDB se queixam o tempo todo de que não são atendidos por cargos e indicações.


Carvalho - É natural da política, o governo está montado, praticamente. Falta muito pouca coisa para nomear. Os ministérios, o essencial está trabalhando, falta pouca coisa para nomear. Cada um olha do seu lado. A Ideli trouxe para a Dilma esses dias um texto de jornal de 2008, [em] que um ano depois Lula ainda precisava pedir calma para o PT e PMDB por causa da montagem do governo. As coisas vão ficando. A pressão é infinita. Precisamos relativizar as coisas. [É] natural que os partidos façam suas demandas.


G1- Dilma cede menos em relação aos partidos que Lula?


Carvalho - Diria que sim, ela cede menos. Claro que ela pode fazer isso com a experiência que ela teve anteriormente, que Lula não teve. Outra coisa: a base que ela tem na Câmara, Senado, é mais confortável que [a que] Lula teve. Mas me agrada muito a clareza da Dilma, das posições dela. Eu fico muito triste de ver o nome dela vinculado a essa história de sigilo. Dilma é muito cuidadosa com a questão da transparência. Se tem alguém favorável à transparência é a Dilma.


G1 - E os sigilos dos documentos oficiais?


Carvalho - [O senador Fernando] Collor fez um pedido a ela e isso foi vazado como se fosse uma posição dela.



G1 - Mas a notícia é a de que houve um recuo da posição da presidente. Até porque houve um desencontro de opiniões dos próprios componentes do governo, como a ministra Ideli e o líder do governo no Senado, Romero Jucá. Houve um recuo?
 


Carvalho - É verdade. Mas não houve um recuo. Eu estava ao lado dela no almoço do PTB quando Collor falou que achava perigoso a emenda colocada [no projeto] por Walter Pinheiro [atual senador pelo PT-BA] que abre tudo, as questões internacionais. Ela comentou internamente que precisava olhar com cuidado isso, mas nem ela sabia direito os detalhes da emenda que a Câmara tinha feito. A partir disso, foi vazado - não com palavras dela - que Dilma ia apoiar a medida que Collor tinha proposto. Depois, quando ela foi examinar a questão, ela percebeu que não era correto isso, que não tinha sentido aquela posição, que o projeto da Câmara não era nenhum desastre. É apenas um exemplo de como a comunicação é importante. Senão, a gente apanha por versões que não correspondem aos fatos.


G1- Sobre o ex-presidente Lula, como o senhor avalia as intervenções dele em momentos de crise do governo Dilma?


Carvalho - A relação Lula e Dilma vai merecer muitos estudos no futuro, é muito especial, eu tenho o privilégio de acompanhar as conversas entre os dois. É muito impressionante a sintonia, mas também o cuidado que ele tem para não fazer uma interferência inadequada. Acho natural que as pessoas interpretem os fatos como elas veem. Aquela bendita vinda dele aqui com a bancada do PT no Senado, depois com pessoal na casa do Sarney, aquilo foi interpretado como ‘Dilma em crise e pediu socorro ao Lula.’


G1 - E não foi?



Carvalho - Não teve nada disso. Ele tinha combinado um encontro com senadores, foi convidado pelo Sarney. Eu concordo que o resultado não foi bom. O sinal externo não foi bom, pareceu que Lula chegou a Brasilia para salvar a Dilma. Mas, na prática, não houve nada disso. Como a cada 15 dias eles se encontram, era mais um desses encontros. O que quero dizer é: a Dilma não depende do Lula para tomar atitudes. Tanto que Gleisi e Ideli não foram sugestões dele. Ela não pediu licença dele. Dilma o consultou respeitosamente. Não tem essa de que ele é uma sombra dela. Ele é um apoio efetivo. Não há hipótese de ruptura entre os dois - pelo menos no horizonte que eu enxergo.


G1- O senhor ainda acha que Lula está na reserva para a eleição de 2014 ou Dilma é a candidata natural à reeleição do PT?


Carvalho - As duas coisas. Eu acho que ela é candidata. Mas não posso responder sem consultá-la. Não sei se ela está cansada com seis meses do governo. Mas eu acho que é natural que ela seja candidata. Agora, Lula é reserva para nós, claro que é. Tem 2018. Quando digo que ele está no banco, é no sentido de que ele está ajudando, não necessariamente que será candidato no lugar da Dilma. Ele não quer voltar. Não vejo no Lula nenhuma manifestação dele de estar se preparando para voltar.


G1 - Lula não quer voltar?


Carvalho - Não quer, em 2014, em hipótese nenhuma ele gostaria. E 2018 está muito longe. A oposição precisa levar em conta isso. Nosso time, além de bom plantel, tem bom banco. Não pense que colocamos todas as fichas na mesa. E Lula permanece figura que nos ajuda, apoia. Como candidatura, nenhuma hipótese de ele ser candidato em 2014. Ele não aceitaria de jeito nenhum.

 

sábado, 25 de junho de 2011

Ex-prefeito Carlos Eduardo aponta "fraude" na crição de CEIs

Politica - Natal,RN


De Allan Darlyson para a Redação do diário de Natal



O ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) acusou a bancada da prefeita Micarla de Sousa (PV) na Câmara Municipal de Natal (CMN) de fraudar o protocolo da Casa para protocolar os requerimentos das três Comissões Especiais de Inquérito (CEI) criadas para investigar supostas irregularidades em sua administração. "Essas CEIs foram fraudadas. O protocolo da Câmara estava fechado, enquanto havia a ocupação. O mecanismo usual não foi obedecido. Foi uma grande fraude", declarou. O presidente da Câmara, Edivan Martins, tem dito que "alguns setores" da casa estavam funcionando durante o período em que a CMN esteve fechada.



Segundo Carlos Eduardo, as investigações pedidas pela base da atual prefeita têm o objetivo de desviar o foco do inquérito que investigará os contratos da prefeitura na atual administração. "Essa CEI da base da prefeita quer desviar o foco da CEI dos Contratos, que foi exigida pela população, pois o povo apoiou a atitude dos jovens que acamparam na Câmara para pedira investigação. Essa CEI contra mim é casuística. Foi ordenada pela prefeita, após dois anos e seis meses. Por que não abriram a investigação antes?", questionou.


O ex-prefeito também sugeriu que Micarla de Sousa "obrigou" os parlamentares da sua base a assinarem os pedidos de inquérito contra ele por estar com medo de ser investigada. Segundo o pedetista, há indícios de irregularidades nos contratos da atual gestão. "Eles inventaram temas para essa investigação, pois não havia o que questionar. Já se passaram dois anos e meio. Se tivesse algo a ser questionado, que tivesse sido antes. Isso ocorre porque querem me atingir", analisou o ex-prefeito.


Pré-candidato a prefeito de Natal para as próximas eleições, Carlos Eduardo viu também, na abertura da CEI que o investigará, uma tentativa do grupo da situação de prejudicá-lo eleitoralmente, tendo em vista que ele lidera todas as pesquisas de intenção de voto para a sucessão municipal. "Estão vendo que o povo está comparando nossa gestão com isso que aí está. O povo aprovou nossa gestão. Esta é uma manobra para tentar desviar o foco negativo que está sobre a prefeita", finalizou.


As CEIs protocoladas pela base da prefeita visavam investigar a reforma do Machadão, as obras inacabadas e contratos da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) na gestão do ex-prefeito. Como existiam quatro pedidos de investigação e a Casa só poderia instalar duas simultaneamente, o presidente da Câmara, Edivan Martins (PV), decidiu abrir a CEI dos Contratos, propostas pela oposição, e a CEI da base governista, que decidiu investigar as "obras inacabadas".


Alves nega problemas em obras


O ex-prefeito Carlos Eduardo negou irregularidades nos contratos da Semsur, na reforma do Machadão e disse que não entregou obras inacabadas. De acordo com ele, a reforma do Machadão foi realizada sem processo licitatório, pelo fato de, na época, ter sido feita com urgência para que o América Futebol Clube (AFC) pudesse jogar a série A do Campeonato Brasileiro de Futebol.


Segundo ele, as obras foram acompanhadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério Público Federal (MPF) e a secretaria de Obras de sua gestão. A empresa A. Gaspar, frisou ele, foi escolhida pelo Sindicato dos Construtores do Rio Grande do Norte (Sinduscon/RN).


"Nós pagamos algo em torno de R$ 13 milhões à empresa pelas obras no Machadão. Depois, a A. Gaspar cobrou mais R$ 3 milhões. Por determinação do TCU, do MPF e da Semov, nós não pagamos. Eles entraram na Justiça e aguardam receber até hoje", declarou o ex-prefeito. Sobre as suspeitas da atual administração relativas ao Parque da Cidade, o ex-prefeito afirmou que não existiunenhuma irregularidade.

Marina pede para sair do PV

Politica - Brasil


Sem conseguir promover mudanças no comando do Partido Verde, a candidata que conquistou 19,5 milhões de votos deixará o partido nesta semana


Marina Silva, a mulher de saúde frágil que aprendeu a ler aos 16 anos e quase virou freira, sonha em ser presidente do Brasil. Acriana do vilarejo de Breu Velho, pobre e filha de seringueiros, Marina entrou na política em 1985, aos 27 anos, por influência do ambientalista Chico Mendes, com quem fundou o PT no Estado. A militância em favor dos seringueiros a levou rapidamente à Câmara de Vereadores de Rio Branco e, em seguida, à Assembleia do Acre. Em 1994, aos 36 anos, tornou-se a senadora mais jovem da história do país. Sempre com a causa verde na ponta de sua afiada retórica, em 2003 Marina virou ministra do Meio Ambiente do governo Lula – e começou a cobiçar a Presidência da República. No PT, porém, suas chances de disputar o cargo seriam nulas.
 

As brigas entre Marina e José Luiz Penna (ao lado), que controla o PV há mais de dez anos, começaram na campanha eleitoral e não pararam desde então


Em nome da utopia, Marina fez uma escolha pragmática. Convidada a ser candidata à Presidência, aceitou filiar-se ao Partido Verde, o PV, uma pequena legenda identificada não apenas com a agenda ambientalista – mas também com propostas liberais, como a legalização da maconha e do aborto. Marina, que se convertera à religião evangélica em 1997, ignorou as latentes tensões entre suas convicções religiosas e as posições liberais da plataforma verde. Apesar do bom desempenho na campanha presidencial do ano passado, não deu certo. Dois anos e 19,5 milhões de votos depois, Marina decidiu: deixará o PV. O anúncio ocorrerá nesta semana.


A união entre Marina e o PV começou com promessas e terminou em desilusões. Desilusões produzidas, sobretudo, ao sabor das inevitáveis divergências de uma campanha eleitoral. Marina e o PV, especialmente por meio de seu presidente, José Luiz Penna, discordaram em quase tudo nas eleições. Aos poucos, sua campanha separou-se da estrutura do partido. Os problemas começaram na arrecadação de dinheiro. O vice da chapa, o empresário e fundador da Natura, Guilherme Leal, centralizou os trabalhos de coleta de recursos. Os tradicionais arrecadadores do PV se incomodaram com a resistência de Leal aos métodos tradicionais – e heterodoxos – de financiamento de campanhas no Brasil, do qual o partido nunca foi exceção. Um dos dirigentes do PV conta como anedota o dia em que Marina mandou devolver uma mala de dinheiro “não contabilizado”, em linguajar delubiano, ao empresário paulista que o havia enviado.


O segundo ponto de atrito entre Marina e o PV deu-se em razão da entrada de líderes evangélicos na organização política da campanha. Pastores da Assembleia de Deus, igreja de Marina, influenciavam decisivamente na elaboração da agenda da candidata. A força deles no comando da campanha não casava com o perfil histórico do PV. Se em sua plataforma e em seu discurso o PV era favorável à legalização da maconha, do aborto e do casamento gay, era uma clara incoerência que sua candidata à Presidência se colocasse contra essas posições. O PV temia perder o eleitorado urbano, moderno, descolado. As lideranças evangélicas argumentavam que isso não seria um problema e prometiam trazer 40 milhões de votos para a candidata, caso a campanha se voltasse aos eleitores evangélicos.


Marina quer criar um partido para concorrer novamente à Presidência nas eleições de 2014



Era tão difícil conciliar a dualidade entre os evangélicos de Marina e os liberais do PV que, até o meio da campanha, Marina cumpria duas agendas: uma política, com as tradicionais visitas a prefeitos e comícios, e outra religiosa, que incluía reuniões em igrejas com pastores. Marina sofria pressão dos evangélicos para que não visitasse terreiros de umbanda e candomblé. Na pré-campanha, ela aquiesceu. Em seguida, porém, a candidata foi convencida a gastar menos tempo com os eventos religiosos – e mais em busca de votos.


Ao longo da campanha, Marina não abdicou dos jejuns religiosos que costuma fazer pelo menos uma vez por mês. Alguns próceres do PV consideram os jejuns uma irresponsabilidade de Marina, em função de sua instável saúde – ainda jovem, ela foi contaminada por metais pesados e acometida por graves doenças, como malária e hepatite. Em entrevista a ÉPOCA, há um mês, ela se irritou diante de uma pergunta sobre esse tipo de crítica. “A minha vida espiritual é assim desde que me entendo por gente. Se um critério para ser do PV é abandonar minha vida espiritual, então já sei pelo que vou optar. Vivo a minha fé e visitar igrejas faz parte da minha fé. Sou missionária da Assembleia de Deus”, disse Marina.


O terceiro motivo para o desgaste entre Marina e o PV foi político. Apesar de ter rompido com o PT, Marina mantém uma relação ambígua com o ex-presidente Lula. Suas recusas em criticar Lula publicamente durante a campanha provocaram estremecimentos entre a candidata e Guilherme Leal. Leal é simpático ao PSDB e doou dinheiro para a campanha do tucano Geraldo Alckmin à Presidência, em 2006. Por outro lado, Marina contrariou aliados ex-petistas quando decidiu não usar uma campanha em vídeo preparado por seu marqueteiro cujo slogan era “Marina, a verdadeira sucessora de Lula”. “A campanha era maravilhosa, impactante, contava a trajetória de vida dos dois, a proximidade deles”, diz um aliado. Marina mantém sua decisão: “Acho pretensioso, poderia parecer pretensioso (o vídeo). Eu tenho muita consciência do meu tamanho”.


O resultado da eleição confirmou que Marina é, ao menos em votos, a maior terceira via que o país já teve desde a redemocratização. Confirmou, também, que não havia lugar para Marina no PV – e no PV para Marina. “Não houve nenhuma sinalização do PV de que os compromissos com ela serão cumpridos, então não há condições de que ela permaneça filiada”, afirma João Paulo Capobianco, coordenador da campanha de Marina. Ele a acompanhará na desfiliação nesta semana, ao lado de outras lideranças do PV. A saída do partido não significa que Marina desistiu do sonho de ser presidente. Ela pretende criar um partido para se candidatar novamente, em 2014.

Médicos pedem menos tomografias para evitar radiação

Saúde - Brasil


Médicos brasileiros estão reduzindo os pedidos de tomografia e substituindo o exame por outros que não emitem radiação ionizante, como o ultrassom e a ressonância magnética.


A iniciativa, confirmada pelo CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem), ocorre após estudos recentes revelarem que até 2% dos cânceres nos Estados Unidos são resultantes das irradiações da tomografia computadorizada.



Também está em discussão na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a revisão de uma portaria de 1995 que regulamentou a radiologia no Brasil.


A nova versão do documento vai estabelecer o limite de radiação que os pacientes devem receber em um exame radiológico.


A radiação ionizante pode causar morte celular, e a probabilidade de câncer é proporcional à dose recebida.


Hoje não há um limite estabelecido de quantos exames uma pessoa pode fazer para estar segura. A orientação é quanto menos, melhor.


Estudos apontam que o risco de câncer aumenta quando a exposição à radiação, que é cumulativa, passa de 40 millisieverts (mSv).


Em uma tomografia computadorizada de abdome, por exemplo, o paciente se expõe de 2 mSv a 10 mSv de radiação ionizante. Se for obeso, a dose chega a ser o dobro.


A preocupação cresceu porque, nos últimos anos, a tomografia passou a ser um dos exames mais pedidos pelos médicos e, muitas vezes, sem necessidade.


Nos EUA, ela responde por 50% de toda radiação recebida em exames. Estima-se que até 40% dos exames feitos por ano sejam desnecessários. No Brasil, não há estimativas do tipo, mas estudos mostram situação parecida.


ULTRASSOM


Para o radiologista Fernando Alves Moreira, especialista em tomografia e porta-voz do CBR, o comportamento dos médicos brasileiros começa a mudar.


"Como a tomografia tem uma resolução melhor e consegue pegar alterações menores, o pessoal pedia mais. Agora, com a preocupação da radiação, já se intercala com ultrassom ou ressonância."


O urologista Miguel Srougi, professor titular da USP, é um dos que mudaram de conduta, passando a limitar os pedidos de tomografia computadorizada no seguimento de pacientes oncológicos.


Antes, ele solicitava uma tomografia a cada quatro meses nos casos de tumores de bexiga, por exemplo. Agora, intercala o exame com o ultrassom. "Se der alguma anormalidade, aí peço a tomografia. Diante das novas evidências, deve ser usada com cautela."


O oncologista Paulo Hoff, diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira, diz que há mudanças também no acompanhamento do câncer de testículo.


"O exame deve ser feito para complementar uma hipótese clínica, nunca para avaliar se há um câncer quando não existe outra indicação de que isso esteja acontecendo."


RESTRIÇÃO EM CRIANÇAS


Estudos mostram que uma tomografia computadorizada em uma pessoa de 25 anos aumenta o risco de câncer em 0,6%, em relação a quem nunca tenha feito o exame.

Moreira diz que, em crianças, o bom senso em limitar exames deve ser ainda maior.


Já existe um movimento mundial neste sentido. Para crianças com doenças pulmonares crônicas, já se discute dispensar algumas fases do protocolo do tratamento (que prevê exames periódicos para análise da doença) para evitar o excesso de radiação.




Comperve publica edital para Vestibular 2012

Vestibular 2012


Júlio Pinheiro - reporte da Tribuna do Norte



A Comissão Permanente de Vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Comperve) publicou ontem o edital para o Vestibular 2012 da UFRN. Este ano, todas as inscrições serão feitas através da Internet, no site da Comperve. Ao todo, a UFRN oferecerá 6.209 vagas nos campi do estado.


Com as provas agendadas para os dias 27, 28 e 29 de novembro, a Comperve cobra R$ 110,00 pela inscrição de cada vestibulando que não tem direito ao benefício da isenção. As provas serão aplicadas nos mesmos moldes do Vestibular de 2011, divididas com a redação sendo aplicada no segundo dia do certame para todos os candidatos.


O Argumento de Inclusão, que causou polêmica neste ano devido ao uso irregular por parte de alguns candidatos, continua vigorando. Para ter acesso, os candidatos precisam comprovar que cursaram o ensino médio em instituições públicas de ensino e, caso ele tenha acesso ao benefício, haverá a multiplicação de 10% no argumento parcial do candidato.


Assim como no vestibular passado, o curso que oferece mais vagas é o de Ciência e Tecnologia, com 1.120 divididas entre primeiro e segundo semestres, nos turnos da tarde e noite. O curso de Direito, somente no Campus em Natal, vai oferecer 200 vagas, enquanto os vestibulandos que querem ingressar na carreira médica disputarão uma das 100 vagas oferecidas para o Campus da capital potiguar.

O edital está disponível no dite: www.comperve.ufrn.br.






Fifa critica andamento dos preparativos da Copa no Brasil

Copa 2014


Genebra (AE) - Em um discurso orquestrado, a Fifa faz duras críticas contra a preparação da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, diz que a Rússia, que sediará o evento em 2018, está mais adiantada e que os brasileiros estão mais preocupados em ganhar o Mundial que em organizá-lo. A Agência Estado obteve confirmações dos bastidores da Fifa, porém, que o ataque é uma manobra para justificar e pressionar pela aprovação de leis no Senado dando carta branca à Fifa e à CBF, atropelando as regras de licitação e garantindo o sigilo dos orçamentos.


Na Fifa, fontes apontam que de fato a cúpula da entidade considera os atrasos na preparação como uma "demonstração do caos da administração pública brasileira" e alertam que podem já colocar em risco a qualidade do Mundial em três anos.



O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, escolheu um evento em Moscou ontem com a cúpula dos dirigentes do futebol mundial, patrocinadores e investidores para lançar seu ataque contra o Brasil. Essa foi a sua primeira aparição pública depois das eleições na Fifa e da eclosão dos escândalos de corrupção. Mas a decisão de sair ao ataque agora não ocorre por acaso.


Para a Fifa, a aprovação no Senado de leis que simplesmente dão carta branca para a entidade modificar como quiser o orçamento da Copa se tornou uma prioridade. Pelo artigo 39 da Medida Provisória que estabelece as novas regras, o governo transfere poder à Fifa e a seu agente no Brasil, Ricardo Teixeira, presidente do comitê organizador da Copa e da CBF, para alterar projetos e refazer preços de obras contratadas.


Na Câmara dos Deputados, essas leis já passaram. Mas criaram uma verdadeira polêmica no mundo político brasileiro. Agora, precisam ser aprovadas no Senado para vigorar. A Medida Provisória partiu da presidente Dilma Rousseff e o Palácio do Planalto argumenta que o sigilo é a forma de evitar que empresas fechem preços e estabeleçam cartéis. Mas a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) já declarou ser contra e o próprio senador José Sarney criticou a medida.


Campanha


Ontem, Valcke fez o seu papel de alertar para o pior dos cenários, na esperança de criar um consenso no Brasil pela aprovação da lei. "Não temos estádios, não temos aeroportos", afirmou Valcke. "Eles (brasileiros) ainda têm muito o que entregar. Não têm estádios, não têm aeroportos, não têm um sistema de transporte nacional em funcionamento", disse. "A principal preocupação no Brasil não é organizar a Copa do Mundo, mas vencê-la", alertou.


Outro ataque de Valcke foi direcionado ao Maracanã. Segundo ele, há o risco de que o estádio no Rio de Janeiro que seria o ícone da Copa fique pronto apenas "algumas semanas" antes do ponta pé inicial do Mundial.


A CBF se manifestou de forma oficial nesta sexta para rebater as declarações do dirigente. A entidade negou, por meio de sua assessoria, que as arenas do Mundial estejam com seu cronograma de obras atrasado, exceto São Paulo, que é a cidade que mais preocupa a Fifa em relação a este assunto. "Com relação aos estádios, está tudo dentro do cronograma, com exceção de São Paulo. O Comitê Organizador Local espera que, na Copa das Confederações (de 2013, no Brasil), no mínimo sete dos 12 estádios da Copa estejam prontos", afirmou Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da CBF e do COL da Copa de 2014.


Já ao falar sobre os problemas envolvendo a organização do Mundial que não sejam relacionados aos estádios, Paiva enfatizou que eles não são de responsabilidade da CBF.


Confederações: sedes saem em julho


Campana, Buenos Aires (AE) - O Comitê Organizador da Copa do Mundo (COL) de 2014 vai anunciar no próximo dia 28 de julho as cidades que vão abrir e fechar a Copa das Confederações, em 2013. Embora ninguém no COL confirme oficialmente, Brasília e Rio de Janeiro são as escolhidas para os dois jogos. A capital federal vai receber a abertura e pode repetir a festa no ano seguinte, no Mundial. Ao Rio caberá o encerramento das duas competições.


De acordo com o diretor de Comunicação do COL e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rodrigo Paiva, o anúncio formal das cidades que vão sediar o primeiro e o último jogo do Mundial deve ser feito até setembro. "Mas isso não vai ser conhecido até 30 de julho (data do sorteio preliminar dos grupos das Eliminatórias da Copa)", disse Paiva.


Ele voltou a lamentar a demora da definição do estádio a ser utilizado por São Paulo na Copa. Mas disse que o Estado estava sinalizando alguns avanços para ter o Itaquerão em condições de receber a abertura do Mundial. "Parece que agora São Paulo está iniciando de verdade a preparação do estádio".


Paiva informou que entre 26 e 28 de julho representantes das 12 cidades do Mundial vão se reunir no Rio de Janeiro com dirigentes do COL e da Fifa.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Funcionários do INSS encontram mulher de 120 anos no Acre

INSS


Funcionários do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) de Tarauacá (AC) encontraram, ao fazer o recadastramento previdenciário de idosos que ultrapassaram 110 anos de idade, uma índia que pode ser a mulher mais velha do mundo.


Nascida em 3 de setembro de 1890, segundo sua certidão de nascimento, Maria Lucimar Pereira tem 120 anos. Ela é da etnia kaxinawá e mora na Aldeia Grota, próxima ao município de Feijó (AC).

No último dia 21, morreu a brasileira Maria Gomes Valentim, reconhecida pelo "Guinness World Record" como a mulher mais velha do mundo. Ela tinha 114 anos e morava na cidade de Carangola, em Minas Gerais.

ACRE

Segundo os servidores do INSS de Tarauacá, Lucimar foi convocada em maio para atualizar os dados previdenciários, por haver uma norma que determina a atualização cadastral de todos os idosos que ultrapassarem os 110 anos.

Como a índia mora em uma comunidade isolada, o INSS precisou utilizar a rádio pública, que por alguns dias noticiou o aviso para que ela comparecesse.

De acordo com os servidores, a idosa, por ter passado a maior parte da vida na aldeia, consegue falar poucas palavras em português.


Lucimar teve dez filhos. Ela tem 22 netos.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Governo altera regras para consulta básica em planos de saúde no Brasil

Planos de saúde - Brasil


Operadoras têm até sete dias para garantir atendimento aos beneficiários.

Regra vale para serviços como pediatria, clínica médica e cirurgia geral.
 
 
Do G1, em São Paulo


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão que regula os planos de saúde no Brasil, passou a exigir das operadoras o atendimento em até sete dias a beneficiários para consultas básicas como pediatria, clínica médica, cirurgia geral – incluindo atendimentos odontológicos –, ginecologia e obstetrícia.


A alteração nas regras para os planos de saúde foi publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira (20). As novas normas começam a valer daqui a 90 dias. Segundo a ANS e a Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), que representa planos de saúde, até agora não havia prazos obrigatórios para o atendimento.


A própria agência já havia feito uma pesquisa junto a planos de saúde em 2010 para saber quanto tempo cada operadora leva para atender à demanda. Depois, entre 3 de fevereiro e 4 de março de 2011, foi conduzida uma consulta pública com 3 mil pessoas sobre o tema.


Para as outras especialidades médicas, o prazo é o dobro: 14 dias. Consultas e sessões com fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas deverão ser garantidos em até 10 dias pelas operadoras.


Serviços de diagnósticos feitos por laboratórios de análises clínicas deverão ser atendidos em até 3 dias. Já as outras demandas de exames e terapia deverão ser conduzidas em até 10 dias.


O cliente poderá ser atendido na localidade que exigir, desde que esta esteja dentro da área de abrangência do plano.


Para poder cumprir com os prazos, a operadora deverá encaminhar o pedido por consulta ou serviço a qualquer prestador habilitado na rede assistencial do município escolhido pelo cliente. Isso significa que o beneficiário não será atendido necessariamente por alguém escolhido por ele.

domingo, 19 de junho de 2011

Chuvas provocam caos nas ruas de Natal

Chuvas - Natal,RN


A cena volta a se repetir. Chuva forte segue sendo sinônimo de caos nas ruas de Natal. Neste domingo (19), não foi diferente. Com as chuvas desde a manhã, moradores e motoristas da cidade precisam se virar para evitar prejuízos, além da dor de cabeça. Várias pessoas, no entanto, não conseguiram evitar os problemas sérios.



Na lateral do Instituto Maria Auxiliadora, em Petrópolis, dois carros ficaram quase que completamente submersos devido ao acúmulo de água na rua. Um Corsa branco e um Cerato prata "boiaram" na via, para a surpresa de um dos proprietários.
 



Proprietária de um buffet, Mônica Ramos Pascoal estacionou, ao meio-dia, o carro na lateral da escola para fornecer alimentos durante encontro de casais da paróquia de Nossa Senhora das Graças e Santa Terezinha. Pouco mais de 30 minutos após deixar o veículo, retornou e encontrou o carro quase submerso. No entanto, lá não é o único ponto onde as chuvas vêm causando problemas na cidade.
 
 
Também em Petrópolis, os trechos na Avenida Afonso Pena, entre as ruas Assu e Mossoró, estiveram intransitaveis durante a chuva. Sem orientação de fiscais de trânsito, os próprios moradores acharam uma alternativa para evitar que carros fiquem no local ou que a água seja espalhada para dentro das residências: eles colocaram pedras na via.
 


 
"Como uma cidade que não oferece o mínimo de saneamento e drenagem para a população quer realizar uma Copa do Mundo?", questionou o morador João Maria Lopes, 40 anos.


 
Além dos problemas em Petrópolis, os motoristas devem ter cuidado redobrado ao trafegar nas avenidas Engenheiro Roberto Freire e João Medeiros Filho, onde há pontos de alagamento e o trânsito é intenso.

Jovem morre em acidente na BR 101

Acidente de trânsito - BR 101



Um rapaz identificado como Raniere Holanda Resende, de 20 anos, morreu na manhã deste domingo em um acidente no km 101,8 da BR 101, próximo ao bairro de Emaús. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal, o jovem, que dirigia um Gol vermelho de placas NNT 2062, colidiu com um ônibus e uma caminhonete por volta das 6h30.



Segundo as autoridades, uma equipe do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) chegou a prestar socorro a Raniere, que estava preso às ferragens. O jovem, entretanto, não resistiu ao trauma e faleceu no local. Os outros envolvidos na batida não tiveram ferimentos graves.




A PRF ainda investiga as causas do acidente. Até o momento, sabe-se apenas que o veículo conduzido pelo rapaz bateu na traseira dos outros carros, ficando com a frente totalmente destruída.