domingo, 16 de outubro de 2011

'Estremecimento entre Agripino e Robinson não pode prosperar'

Politica - RN


Anna Ruth Dantas - repórter


As articulações do PMDB para o pleito de 2012 e 2014 ganham nitidez e saem do campo da especulação, para confirmações. O presidente estadual do PMDB, o deputado federal Henrique Eduardo Alves, confirma que o deputado estadual Hermano Morais será o candidato próprio do partido à Prefeitura do Natal. O presidente da legenda confirma que houve uma tentativa de composição com o ex-prefeito Carlos Eduardo, passando pelo ingresso dele ao PMDB. No entanto, com a negativa do ex-prefeito que decidiu ficar no PDT, manteve-se o projeto de candidatura própria peemedebista levando o nome de Hermano Morais, que terá a pré-candidatura lançada oficialmente dia 18 de novembro. Na articulação para 2012, o partido busca agora o apoio do DEM, da governadora Rosalba Ciarlini. Para o deputado federal Henrique Eduardo Alves é natural negociar o apoio, já que os peemedebistas apoiam "integralmente" o governo do DEM. Embora ponderado, Henrique Alves critica a gestão Micarla de Sousa e afirma que um dos pontos críticos é a situação financeira do Executivo da capital.

Se para o pleito 2012 o PMDB já se mostra definido, para 2014 o partido está em vias de acertos. Mesmo reiteradamente afirmando que 2014 só começará a ser discutido no segundo semestre de 2013, o deputado federal Henrique Eduardo Alves admite que assumir no Senado, após 11 mandatos na Câmara, seria uma "consagração". Ele chega a afirmar que tem recebido manifestações de muitos prefeitos declarando apoio à sua candidatura ao Senado. "Avançando em respeito à sua pergunta insistente (da repórter): quem não gostaria de, depois de 11 mandatos, poder aspirar e chegar à Casa maior do Congresso Nacional? Mas isso vou deixar para outro momento. Não quero nessa hora me deixar enfeitiçar por esse projeto, que para mim seria uma consagração chegar ao Senado depois de tantos anos", comenta. Se é cauteloso ao falar sobre a disputa por uma vaga de senador, o deputado federal Henrique Eduardo Alves vai direto ao assunto quando fala da reeleição da governadora Rosalba, o que ele considera "natural". Sobre as articulações políticas, o pleito 2012 e as alianças para as próximas eleições, o deputado federal Henrique Eduardo Alves concedeu a seguinte entrevista à TRIBUNA DO NORTE:

Como estão as articulações para concretizar o projeto do PMDB presidir a Câmara dos Deputados?

Esse é um assunto, claro, que ainda está longe de acontecer, ainda falta um ano e meio, mas eu considero assunto resolvido. Porque há um documento firmado que vem desde a eleição de Arlindo Chinaglia (PT), o PMDB era a maior bancada e fez acordo com o segundo maior partido da época, que era o PT, de nos dividirmos e ajudarmos até a formulação política na Casa. Naquele tempo, abrimos mão para Arlindo Chinaglia presidir e depois foi a vez Michel Temer (PMDB). Agora (eleição de 2010) o PT fez a maior bancada, o PMDB fez a segunda, fizemos apenas oito deputados a menos que o PT, então os dois maiores partidos de novo acharam por bem repetir a fórmula. O PT optou pelo primeiro biênio o que nós concordamos democraticamente e ficou o segundo biênio para o PMDB. Isso foi formalizado em documento. Mas isso não basta. Quem quer que vá presidir aquela Casa e fazer o que ela merece que seja feito tem que pensar em consenso, construir uma sólida maioria para ser o interlocutor de verdade da Casa. Precisa continuar o trabalho de reconstrução da imagem da Câmara, continuar os trabalhos legislativos, acho que quem aspirar presidir aquela Casa tem que ter a visão de contar com o apoio de todos os partidos ou da grande maioria deles.

O senhor teme quebra de compromisso do PT nesse acordo?

De jeito nenhum. O PT pode ter outros defeitos, mas quando assume compromisso, quando formaliza os seus compromissos e todos seus líderes têm reafirmado isso. Já ouvi isso (a confirmação do compromisso) do deputado Marco Maia (presidente da Câmara dos Deputados), do ministro Gilberto Carvalho, ouvi da presidente Dilma em conversas informais. Volto a dizer, isso é um primeiro passo. Se o candidato do PMDB escolhido for o nosso nome eu vou buscar consenso na Casa, com os partidos de oposição, partidos pequenos, médios, acho que a Casa precisa mais do que nunca ter um interlocutor de toda ela para que possa se expor e dizer como quer, o que quer para a sociedade brasileira.

O senhor foi vítima nas últimas semanas do chamado "fogo amigo", que surgiu dentro do seu próprio partido com críticas à sua atuação de líder.

Em um partido com 80 deputados, você não pode estar agradando a todos permanentemente. Tem indicações, reivindicações de cada um, os interesses legítimos de cada parlamentar de ocupar espaços, reclamações junto ao próprio governo, emendas pedidas para serem liberadas. Isso foi se somando e em certo momento se verificou, acho que a crítica procede, é construtiva e nós temos que nos reunir mais, conversar mais e buscar com mais clareza e definição os espaços da bancada. Acho que foi um momento importante, eu reconsiderei algumas atitudes, parti para outras atitudes junto à bancada, acho que foi momento construtivo. Hoje temos uma bancada novamente unida, totalmente refeita na sua unidade. Os pleitos foram encaminhados, outros resolvidos, mas pelo menos a bancada voltou a ter essa capacidade de divergir, discutir internamente, mas na hora decisiva se unir. Hoje a bancada está completamente unida graças a colaboração de todos os parlamentares e a essa crítica construtiva que eu pude receber da bancada.

Chegaremos a mais uma eleição sem reforma política. Todos os políticos defendem a reforma, mas não há avanço no sentido de concretizá-la. O que acontece?

Difícil porque cada parlamentar tem uma reforma na cabeça e é inevitável que ele procure construir nessa reforma o que é bom para sua reeleição, o que é bom para seu partido, é da natureza humana. Estamos defendendo que ela (a reforma) não pode ser radical, tem que passar por uma transição. Você não pode mudar as regras do jogo para uma eleição que se avizinha, 2012 ou 2014, de forma radical porque vai ferir interesses de partidos, atingirá horizontes legítimos de partidos. Temos que caminhar num processo gradual. O relator Henrique Fontana, deputado seríssimo, teve que fazer um discurso interno na sua bancada (do PT) e fechou questão no voto em lista e no financiamento público exclusivo de campanha. Isso não representa hoje nem 30% do que quer na Câmara os deputados. Ele (o deputado Henrique Fontana) tendo apresentado um relatório assim radicalizou e complicou. A reforma hoje está na estaca zero, vamos tentar um grande esforço. Já há uma proposta nascendo do vice-presidente Michel Temer de que já que não há um consenso, não se consegue maioria sólida que aprove reforma com mudanças constitucionais, duradouras, faça um plebiscito para que o povo possa opinar. Isso aconteceria através de questionário que iria junto com a eleição de 2014, já que 2012 está muio em cima e até lá nada mudará.

Então a reforma também não virá em 2014?

Esse é uma idéia que está surgindo. Ninguém consegue chegar a uma maioria sólida. Se você reúne seis pessoas numa sala, no caso das reuniões dos principais líderes de partidos, entre nós não se consegue chegar a uma fórmula de consenso. A coisa é muito difícil conseguir, já houve no Governo Lula, agora no Governo Dilma. Surge a ideia de fazermos um plebiscito em 2014, onde as pessoas responderiam um questionário para sua execução em 2018. Com esse horizonte pode ser que avance, mas essa é uma fórmula que só será implantada depois de verificar que nada é possível, nada se conseguiu em termos de maioria. Essa (a fórmula do plebiscito) é também uma advertência, um caminho gradual, transitório para realizar a reforma. Há também uma outra ideia que seria uma constituinte exclusiva eleita em 2014 com os parlamentares e depois escolheria os 20% mais votados que durante 2015 trataria de fazer constituinte para reforma eleitoral. Começam a surgir ideias um pouco que mostram descrença de solução imediata, mas para um médio e futuro prazo.

É hora de unir para o desenvolvimento'

Qual das possibilidades conta com sua simpatia? Voto distrital ou lista fechada para cargos proporcionais?


Há uma outra ainda, que seria um sistema misto. Você faria 50% pelo voto em lista, que pode avançar no processo partidário, com financiamento público e os outros 50% os mais votados. Essa fórmula pode compatibilizar os dois grupos. Vamos tentar o último esforço.

É fato que o senhor se reuniu, recentemente, com o ministro Garibaldi Filho, o deputado Agnelo Alves e o ex-prefeito Carlos Eduardo, discutindo o pleito de 2012. Há possibilidade de o PMDB se compor em torno do nome do ex-prefeito Carlos Eduardo?

Foi tentado por razões naturais com o ex-prefeito Carlos Eduardo, pelas alegações, não digo nem familiares, mas do começo da vida pública dele conosco. Seria natural um reencontro partidário. Fizemos um apelo com a simpatia do seu pai, o deputado Agnelo Alves, para que ele pudesse voltar a suas origens e ser o candidato do nosso partido, já que o PMDB há 20 anos não disputa uma eleição em Natal e agora irá fazê-lo. Essa é uma decisão nacional (de candidatura própria) e considero justa e razoável que o partido possa se apresentar com um candidato para discutir os problemas de Natal, apresentar uma proposta para cidade, o eleitor saber o que pensa o PMDB sobre as questões de saúde, educação, segurança,enfim de vários projetos que hoje preocupam a população de Natal. É preciso um crescimento ordenado e eficiente. Mas o ex-prefeito (Carlos Eduardo) disse que iria permanecer no PDT. Então ficou claro que ele será candidato pelo PDT. Nós vamos ter o candidato do PMDB que é o deputado Hermano Morais. Ele foi quatro vezes vereador, teve uma eleição consagradora de deputado estadual. O PT terá seu candidato natural que é o deputado Fernando Mineiro. O PSB terá uma candidatura que respeitamos também que é a da ex-governadora Wilma de Faria. O deputado Rogério Marinho com a sua qualificação é um bom candidato a prefeito pelo PSDB. Então cada partido irá se apresentar com seu candidato próprio, o que acho correto. E no segundo turno aquele que chegar lá irá partir para composições de maior afinidade e coerência. Esse quadro está definido e portanto teremos candidato própria com o deputado Hermano Morais.

É ponto pacífico no PMDB a candidatura própria do deputado Hermano Morais?

É. Inclusive estamos preparando um ato para o dia 18 de novembro. Será um grande encontro estadual do PMDB para mostrar esse novo PMDB pós filiações, onde trouxemos 12 prefeitos novos, mais de 70 vereadores vieram para somar. Vamos mostrar ao Estado a força revigorada do PMDB, definir um discurso competente, unificado, municipalista. E nesta hora iremos fazer o lançamento da pré-candidatura de Hermano Morais a prefeito de Natal.

O PMDB hoje é da base de apoio à governadora Rosalba, que tem vários candidatos a prefeito de Natal. Há risco dessa base se esfacelar a partir da disputa pela Prefeitura do Natal?

Veja bem, como é natural a candidatura a prefeito de Natal. O deputado Rogério Marinho aplaudo sua postura só tem um deputado estadual e vai disputar legitimamente a Prefeitura de Natal. O PT tem um deputado, que é Mineiro, e vai disputar a Prefeitura de Natal. O PDT só tem um deputado estadual e já tem seu candidato a prefeito de Natal, que é o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves. O PMDB com a maior bancada da Assembleia, com cinco deputados estaduais, como vai explicar que na capital, em Natal, não tenha uma candidatura própria? Essa é mais uma razão para mostrar coerência desse pleito do PMDB. Agora em relação à governadora Rosalba e ao DEM vamos disputar e buscar uma unidade em torno da candidatura do deputado Hermano Morias. Estamos participando agora unidos da sua base parlamentar (da governadora) e pode ser aspiração do nosso partido (o apoio do DEM a Hermano Morais). Há alguns interessariam um PMDB dividido, mas ao PMDB não interessa a divisão de Henrique e Garibaldi. Isso existiu lamentavelmente na campanha eleitoral que passou, mas não pode mais e nem existirá. Precisamos estar unidos porque a unidade faz parte de qualquer preliminar de força de um partido. O ideal é estarmos juntos e agora estamos no grupo da governadora Rosalba Ciarlini. O partido está ajudando a fazer o que se espera de melhor do Governo do Rio Grande do Norte.

Então o PMDB vai em busca do apoio do DEM para a candidatura de Hermano Morais?

Vamos em busca do DEM, mas respeitando a candidatura do deputado federal Rogério Marinho. Acho natural buscarmos esse espaço e será muito importante a propaganda eleitoral na televisão. O que o partido quer é o direito de, após 20 anos, governar a cidade de Natal. Pelo bom momento que vive o PMDB temos muito a oferecer a Natal, nessa aliança compartilhada com a presidenta Dilma. A campanha será muito objetiva, nada de agredir. Queremos mostrar o que pensamos e planejamos para Natal no tocante à educação, saúde, segurança, qualificação de mão de obra, obras estruturantes da cidade de Natal.

Qual a avaliação que o senhor faz da administração Micarla de Sousa?

Uma administração de muitas dificuldades. Ela tem boa vontade, muito esforço, vontade de acertar, mas não está conseguindo ainda resolver problemas crônicos. Tomou decisões no passado que comprometeram o orçamento do presente e do futuro. Quase não arrancaram autorização para obras de mobilidade da Copa do Mundo. A prefeita não conseguiu ainda formalizar projeto que mostre a essência, união e capacitação da Prefeitura para se organizar com compromissos presentes e futuros. Esse é o grande nó da administração. Torço pela cidade de Natal, quero minha cidade limpa, ordeira, crescendo, produzindo.

Como o senhor avalia a declaração do senador José Agripino de que o DEM não fará coligação com o PSD?

Essa é uma questão importante e é precisa ser esclarecida. O PSD fez a terceira maior bancada na Câmara, portanto, um partido que passou a ser importante na conjuntura nacional, mas se fez muito tirando deputados do DEM. Dezessete deputados federais saíram do DEM e foram para o PSD. Quase metade da bancada do DEM saiu para o PSD. Isso criou na base nacional um confronto e um conflito muito grave, aí externado pelo presidente nacional do seu partido, o senador José Agripino. Mas acho que isso tinha uma validade maior até o registro ou não do PSD. O DEM tentou evitar de todas as formas o registro do partido no TSE. Mas a partir da hora que se registrou, por uma larga margem de votos, acho que é encarar outra realidade. É um fato real, o PSD existe. Se em nível nacional houve essas discordâncias graves, reconheço, não é produtivo trazer essa disputa para o nosso Estado. Aqui ninguém pode desconhecer a força política do vice-governador Robinson Faria, do deputado Fábio Faria que tem posição muito respeitada na Câmara dos Deputados. É um partido importante e portanto acho que assim tem que ser considerado. Vamos deixar a questão nacional para Brasília, onde esse conflito possa se estabelecer. Não podemos trazer para aqui (o conflito). Aqui (no Rio Grande do Norte) precisamos fazer uma base de apoio sólida para ajudar a governadora Rosalba a enfrentar e vencer tantos desafios que ela tem à sua frente. O Estado vive hoje momentos decisivos na sua economia. O Brasil hoje vive um momento importante, não é mais o país que não tinha o que distribuir, hoje temos uma economia sólida. Mas para distribuir entre parceiros da federação há uma disputa grande. Para isso temos que mostrar unidade séria, comprometida, transparente, verdadeira para buscar as parcerias que são fundamentais para o Estado e os municípios. Temos desafios enormes de novo porto para o Estado. Os portos de Pecém (Ceará) e Suape (Pernambuco) sufocam a economia do nosso Estado. A BR-304 precisa ser duplicada. Precisamos consolidar as Zonas de Processamento de Exportação (ZPE) de Macaíba e Assu. Temos que qualificar mão de obra para essa juventude toda que está aí. Isso é uma tarefa de todos nós. Temos a eólica abrindo as portas para crescimento e economia. Temos Aeroporto de São Gonçalo. São desafios enormes e temos que estar unidos. Não podemos ficar nessa hora pensando em eleição que passou, em partido que se dividiu, agora é hora de unir, é o desenvolvimento, o Estado está nos convocando para isso. Gostaria de ver o vice-governador (Robinson Faria), o senador José Agripino, adeputada Sandra Rosado que é líder do PSB, estamos num momento rico para o Rio Grande do Norte e precisamos fazer muito pelo nosso Estado. É um apelo que faço para todos somar. A base precisa se unir. O PMDB está pronto para cumprir a sua tarefa.

Mas é nítido o racha entre José Agripino Maia e Robinson Faria. Isso não lhe preocupa?

Ninguém pode negar que há um estremecimento. Não dá para fingir que não está ouvindo, não está vendo, não está lendo. Mas acho que isso não pode prosperar. Respeito muito o senador José Agripino, é liderança nacional importantíssima, mas sei também reconhecer o vice-governador Robinson Faria que foi presidente da Assembleia por oito anos. O apoio dele foi importante para vitória de Rosalba, de José Agripino, de Garibaldi (para o Senado). Esse momento que eles construíram não pode ser perdido por uma questão que a nível nacional se coloca. Essa hora tem que haver unidade. Quando vim compor com o PMDB nessa base não foi para encontrar dividida. Abrimos a porta e entramos, não gostaria de ver outro saindo. Temos que ficar nessa mesma moradia que é a base do governo Rosalba para ajudar, para essa casa crescer, ampliar espaços. Há muita reivindicação, muita carência que precisamos tentar resolver. E o primeiro passo para isso é a nossa unidade. É buscar o PT da deputada Fátima Bezerra, que é o maior partido do Brasil no Governo Dilma, é buscar os partidos que possam ajudar na instância federal. Essa é a hora do Rio Grande do Norte.

O senhor concorda com o senador José Agripino quando acusa Robinson Faria de tentar "tutelar" o Estado?

Não acredito. Não conheço de perto porque não participava no dia a dia dessa base (a adesão do PMDB ocorreu há poucas semanas). Até então não convivia na base parlamentar da governadora. Não posso opinar sobre isso. Farei o que for possível para harmonizar essa base. Não vou me meter, me oferecer, mas se convocado minha opinião é para somar, eliminar divergência. Esta é a hora do Rio Grande do Norte. O vice-governador sabe do seu papel, da sua força política e sabe que ninguém consegue emparedar um governo que se inicia com a marca da legitimidade, da ética,da postura clara, transparente da governadora Rosalba.

Embora ainda irá acontecer a eleição de 2012, já se fala na eleição de 2014. Inclusive o vice-governador Robinson já expressou o desejo de disputar o Senado. Como o senhor visualiza a candidatura de Robinson?

Se me fosse permitido fazer uma crítica construtiva ao vice-governador Robinson eu faria essa... Entendo o interesse (de Robinson Faria) ao Senado da República, é legítimo, mas nessa hora é um desserviço. Se começarmos a pensar na eleição de 2014 daqui a pouco ninguém se une mais porque chega numa sala e começa a pensar que ele poderá ser adversário daqui a três anos e cada um vai para o seu canto, ficando blindado numa defesa estéril e inconsequente e quem perde com isso é o Estado do Rio Grande do Norte que está nos convocando ao seu crescimento, desenvolvimento. A economia precisa se desenvolver para distribuir sua riqueza e oferecer qualidade de vida. Se lançar ou ser lançado candidato ao Senado agora é um desserviço.

Mas o senador José Agripino Maia, na semana passada, declarou que simpatizava com a candidatura do senhor (deputado federal Henrique Eduardo Alves) ao Senado.

Eu agradeço ao senador José Agripino que fez generosamente o lançamento de uma candidatura nossa ao Senado da República. Mas acho que nessa hora pediria evitar o tema porque ele (o assunto Senado) não nos une, divide. Eu quero com responsabilidade tratar de assunto que nos une, agregue, faça somar. O que venha divergir, conflitar vamos deixar para hora própria. Agora no máximo e legitimamente é pensar nas eleições municipais e o foco do PMDB são as eleições municipais, é pensar no município que é o primo pobre da nação e precisa ter suas reivindicações atendidas no novo pacto federativo do Brasil. Esse é o foco do PMDB. 2014 só no segundo semestre de 2013. Falar nisso agora é um desserviço a um projeto maior do desenvolvimento do Rio Grande do Norte.

Mas todo político tem projeto para o futuro. Qual o seu projeto para 2014?

Não quero me sentir atraído por isso, caso contrário vou cometer esse erro (de antecipar a discussão de 2014). Agora mesmo a governadora Rosalba e o vice-governador solicitaram que a barragem de Oiticica, de Jucurutu, que é obra do Dnocs, possa ser transferida para o Estado executar. Se eu começar a pensar que posso ser senador, afinal já me elegi 11 vezes como deputado federal, acho legítimo sair para o Senado, aí eu penso que o vice-governador (Robinson Faria) pode querer também. Aí, por que eu vou ajudar o Dnocs a dar essa obra para Secretaria de Recursos Hídricos, que é do vice-governador Robinson? Se começar a pensar nisso eu não faço, deixo de fazer, vou errar, vou se inconsequente. Não quero pensar nisso (na disputa de 2014). Esse projeto eu vou desenhar a partir da eleição municipal, depois da nova geografia política eleitoral, o tamanho do PMDB. Agora vamos ajudar o desenvolvimento do Rio Grande do Norte. O Dnocs vai transferir a obra da barragem de Oitica ao Governo e a Secretaria de Recursos Hídricos. Nessa hora temos que pensar assim e não misturar com coisas que atrapalham o desenvolvimento do Rio Grande do Norte.

José Agripino cita o nome do senhor como possível candidato ao Senado. O senhor tem desejo, após 11 mandatos de deputado federal, chegar ao Senado Federal?

Inclusive não apenas o senador José Agripino, mas onde chego há manifestação carinhosa, muito generosa. O DEM, seus prefeitos, seus deputados, até me surpreendendo, estão se manifestando espontaneamente. Outros partidos também. Isso é muito honroso para mim nessa hora ter a antecipação dessa boa vontade, desse crédito. Avançando em respeito a sua pergunta insistente: quem não gostaria de depois de 11 mandatos poder aspirar e chegar a Casa maior do Congresso Nacional? Mas isso vou deixar para outro momento. Não quero nessa hora me deixar enfeitiçar por esse projeto, que seria uma consagração. Mas não quero pensar nisso agora. Todos nós precisamos nos unirm para projetar o Rio Grande do Norte. Precisamos buscar parcerias com o Governo Federal, construir o projeto do desenvolvimento do Estado. Vamos deixar 2014 que pode nos dividir, nos separar, para o final de 2013.

O senhor já visualiza o palanque DEM-PMDB no pleito estadual?

O Senado tem opções, vários partidos podem pleitear. Mas é natural, com o processo da reeleição, a governadora Rosalba, fazendo um bom governo que espero que fará, seu processo de recondução. Se estamos nessa base integralmente, ajudando seu governo, ajudando a acertar, a fazer acontecer, é natural seu processo de reeleição. Esse seria indiscutível já que estamos ajudando o governo. Não teria sentido ajudar agora e depois em 2014 ir para outro caminho. A reeleição da governadora é natural. Mas qualquer outro processo de candidatura passará a época por uma reunião de aliados, composição visando o que for mais justo.

sábado, 15 de outubro de 2011

Bancários fecham acordo e greve pode acabar na terça-feira

Greve dos Bancos - Brasil


No segundo dia de negociações, os bancários e as principais instituições financeiras conseguiram chegar a um acordo de reajuste salarial de 9% para pôr fim à greve, que já dura 18 dias.

Agora, os bancários vão levar a proposta para votar o fim da greve em assembleias na segunda-feira, voltando ao trabalho já na terça.

Ambos os lados cederam, mas conseguiram garantir um reajuste salarial de mais de 1% acima da inflação, diferentemente dos trabalhadores dos Correios, que terminaram a greve, por ordem da Justiça, quase sem aumento real.

Será o oitavo ano em que os bancários terão aumento real.

Inicialmente, os bancários pediam ganho real de 5%, índice que os bancos consideraram "impraticável".

Se aprovado, o aumento vale a partir de setembro. O piso para os bancários que exercem função de caixa passa para R$ 1.900, no caso de jornadas de seis horas. Para a função de escriturário, o piso passa para R$ 1.400.

O acordo prevê ainda aumento da PPR (Participação dos Lucros e Resultados) adicional de R$ 1.100 para R$ 1.400 e do teto da parcela adicional de R$ 2.400 para R$ 2.800.

"Foi um processo de negociação bastante longo, mas que finalmente levou a um acordo contruído na mesa de negociação", disse o diretor de Relações do Trabalho da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), Magnus Apostólico.

HISTÓRICO

De qualquer forma, a greve continua pelo menos até a segunda, atingindo o 21o dia de paralisação.

Ontem, os bancários tiveram a primeira reunião com os bancos desde o início da greve.

A paralisação deste ano já é a maior desde 2004, quando a greve durou 30 dias.

Neste ano, a greve teve forte adesão nos centros administrativos dos bancos. Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo (ligado à CUT), a greve parou pelo menos 35 mil dos 170 mil bancários da região.


terça-feira, 11 de outubro de 2011

TST determina fim da greve dos Correios a partir de quinta-feira

Greve dos Correios - Brasil


O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou hoje (11) que os trabalhadores dos Correios, em greve há 28 dias, voltem ao trabalho a partir de quinta-feira (13), já que amanhã (12) é feriado nacional. No julgamento do dissídio coletivo pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC), os ministros também autorizaram a empresa a descontar no salário dos grevistas o equivalente a sete dias de greve e os demais 21 dias de paralisação devem ser compensados com trabalho extra nos fins de semana. No caso de descumprimento da determinação, a multa diária estabelecida foi R$ 50 mil.

O relator do processo, ministro Maurício Godinho Delgado, considerou a greve não abusiva e sugeriu que todos os dias não trabalhados fossem apenas compensados com trabalho extra, e não com o desconto no salário dos trabalhadores. Já o presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, defendeu o desconto de todos os dias parados. Segundo ele, a legislação determina que a empresa não tem obrigação de pagar pelos dias em que os serviços não foram prestados, pois a greve implica em uma quebra de contrato entre empresa e trabalhadores.

Para Dalazen, houve falta de razoabilidade e de bom-senso na condução da greve pelos trabalhadores. "A solução negociada deveria ter sido alcançada em diversos momentos e não se alcançou por falta de sensibilidade e porque há pessoas infiltradas no movimento paredista que talvez estejam mais interessadas em que haja uma radicalização de posições. A greve em determinados momentos teve contornos inequivocadamente políticos".

Em relação às cláusulas financeiras, os ministros determinaram que sejam cumpridos os pontos do acordo firmado na primeira audiência de conciliação entre as partes, que prevê o aumento real de R$ 80 a partir de 1º de outubro e reajuste linear do salário e dos benefícios de 6,87% retroativo a 1º de agosto.

Durante o julgamento do dissídio, o advogado da Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), Gustavo Ramos, disse que os trabalhadores jamais tiveram a intenção de lesar a sociedade. Ele sustentou que a greve foi pacífica e argumentou que a melhor forma de solucionar a questão dos dias parados é a compensação com trabalho, o que evitaria o pagamento de horas extras para que o serviço fosse colocado em dia.

O advogado dos Correios, Jeferson Carús Guedes, alegou que a greve é abusiva especialmente pela natureza essencial do serviço prestado pela empresa. Ele também solicitou que o TST determinasse o desconto dos dias não trabalhados do salário dos grevistas.

Os Correios instauraram o dissídio coletivo no TST no fim de setembro, depois da falta de acordo entre a empresa e os trabalhadores sobre os termos do acordo coletivo. Foram realizadas duas audiências de conciliação mediada pelo TST e uma reunião com o ministro relator. Na primeira audiência, as duas partes chegaram a um consenso, mas a proposta foi rejeitada pelos 35 sindicatos da categoria. Nos outros dois encontros, não foi possível chegar a um acordo, por isso, a questão foi julgada pela SDC.

A última greve dos Correios ocorreu em 2009 e durou 12 dias. A maior greve foi em 1994, quando os trabalhadores ficaram parados por 32 dias, e a questão também foi decidida pelo TST.

* Fonte: Agência Brasil



Correios vão levar até dez dias para normalizar entregas de cartas e documentos


Com a volta dos trabalhadores dos Correios ao trabalho, marcada para a próxima quinta-feira (13), conforme determinação da Justiça do Trabalho, a entrega de correspondências e encomendas deve ser normalizada em um prazo entre sete e dez dias. De acordo com o vice-presidente Jurídico dos Correios, Jeferson Carús Guedes, a empresa vai organizar escalas de trabalho ao longo das próximas semanas para colocar as entregas em dia.

Segundo ele, a situação mais crítica é nas regiões metropolitanas e em alguns estados como o Pará. Os Correios estimam que cerca de 185 milhões de correspondências e encomendas deixaram de ser entregues desde o início da greve.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou hoje (11) que os trabalhadores dos Correios voltem ao trabalho a partir da próxima quinta-feira. Os ministros autorizaram a empresa a descontar no salário dos grevistas o equivalente a sete dias de greve e os demais 21 dias de paralisação devem ser compensados com trabalho extra nos fins de semana. Também foi determinado o pagamento de um aumento real de R$ 80 a partir de 1º de outubro e reajuste linear do salário e dos benefícios de 6,87% retroativo a 1º de agosto. Segundo o representante da empresa, o pagamento dos benefícios vai resultar em um impacto de cerca de R$ 850 milhões nas contas da empresa.

Para o secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), José Rivaldo da Silva, as condições determinadas pelos ministros refletem praticamente a mesma proposta que foi rejeitada pelas assembleias dos trabalhadores. "A gente tinha uma expectativa maior, mas quando se fala de uma decisão judicial, não posso dizer se valeu ou não a pena. O que ficou de recado para os trabalhadores é que é melhor negociar do que apostar no tribunal", disse.

Neste momento, os diretores do Fentect estão reunidos analisando a determinação da Justiça do Trabalho. De acordo com Rivaldo da Silva, a tendência é acatar a decisão do tribunal. "A decisão da Justiça é pelo final da greve. A direção da Fentecc vai se reunir, mas decisão judicial não se contesta, tem que cumprir".

O presidente do TST, ministro João Oreste Delazen, lembrou que a jurisprudência do tribunal determina sistematicamente o desconto dos dias de greve, mas esse foi um caso pontual porque houve a concordância da empresa na compensação com trabalho extra de parte dos dias parados. O ministro voltou a criticar a postura dos sindicatos, que, segundo ele, demonstrou uma politização do movimento grevista e um descompasso entre a cúpula e as bases das entidades sindicais. "Há um conflito evidente que demonstra a fraqueza, a fragilidade da organização sindical brasileira, que precisa ser passada a limpo com urgência".

Dalazen alertou que, se os trabalhadores não voltarem ao trabalho na quinta-feira, estarão sujeitos à demissão por justa causa, por ato de indisciplina e descumprimento de decisão judicial, e as entidades deverão pagar multa de R$ 50 mil por dia, de acordo com a decisão do TST.

* Fonte: Agência Brasil


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Sorotipo 4 da dengue não é mais perigoso, mas pode facilitar epidemia

Saúde - Dengue - Brasil


Com a chegada do verão, cresce a preocupação no Brasil sobre surto.
Convidados falaram sobre contágio, sintomas e tratamento da doença


A cada ano, com a chegada do verão, cresce a preocupação no Brasil sobre uma possível epidemia de dengue. Isso porque o país, por ser tropical, reúne condições favoráveis para a proliferação do mosquito transmissor.
O Aedes aegypti se desenvolve em temperaturas acima de 20º C, sobretudo entre 30º C e 32º C. E há uma relação direta entre as chuvas e o aumento do número de vetores, principalmente entre janeiro e maio.
Segundo os médicos, para cada registro de dengue no país, outras cinco pessoas deixam de receber o diagnóstico. E a hora de agir é agora, quando os insetos ainda estão pondo os ovos, que devem virar adultos e se espalhar até a estação mais quente do ano.


Em 2011, foram registradas 310 mortes por dengue no Brasil, segundo dados oficiais. De acordo com o último levantamento da Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério, foram notificados 715.666 casos de dengue no país de janeiro ao início de julho. De casos graves, foram 8.102 pacientes que demandaram internação este ano. Entre 2005 e 2011, pelo menos 1.500 pessoas morreram por dengue hemorrágica.
A Região Sudeste concentra o maior número de casos notificados (47%), seguida do Nordeste (22%), Norte (15%), Sul (8%) e Centro-Oeste (7%).

A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus, que pode ser de quatro tipos diferentes. Um mesmo paciente pode adquirir os quatro sorotipos ao longo da vida.
Mas, depois de ter um determinado tipo, fica imunizado para aquele especificamente. O sorotipo 4 não é mais grave que os demais: todos eles provocam a dengue.
Os sintomas também são os mesmos. A dengue manifesta sinais que muitas vezes se confundem com outras doenças, como resfriado ou gripe, mas sem coriza.
Existe o chamado período de incubação da doença, ou seja, a pessoa não fica doente logo após ser picada. Em geral, começa a sentir os sintomas em 3 a 15 dias. E os sinais variam conforme a gravidade da infecção: se é clássica ou hemorrágica.
A dengue hemorrágica é um quadro grave, que pode ser causada por todos os sorotipos e precisa de atenção médica imediata, pois pode ser fatal. Indivíduos com diabetes, asma e hipertensão têm mais predisposição a apresentar esse quadro mais complicado.
Outro fator que favorece a dengue hemorrágica é quando um indivíduo é infectado mais de uma vez, ou seja, quem já teve a doença corre maior risco de ter o tipo hemorrágico.
A suscetibilidade é universal, isto é, todo mundo pode pegar dengue, independente do sexo e idade – apesar de as crianças abaixo de 12 anos poderem ter quadros mais graves. Observa-se que grupos mais expostos ao vetor adquirem mais a doença. É o caso das mulheres, que, em razão do maior tempo de permanência no ambiente doméstico, têm maior risco de contrair a dengue.
Desde 2002, o Ministério da Saúde tem um programa para o combate ao mosquito. Este ano, o governo vai lançar metas aos municípios, como colocar nas ruas agentes de saúde, visitar residências e notificar os casos da doença.
Quem pica é a fêmea, que faz isso para sugar o sangue (têm preferência pelo humano). Os mosquitos acasalam um ou dois dias após se tornarem adultos. A partir daí, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que fornece as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.

Enquanto o Brasil não produz uma vacina contra a dengue, cujos estudos já estão em andamento, a única forma de evitá-la é eliminando os criadouros do mosquito. Isso significa que é preciso retirar a água (suja ou limpa) acumulada em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d’água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros recipientes. Além disso, materiais não mais usados devem ser recolhidos e jogados no lixo.

Outras dicas contra a dengue

*Em caso de suspeita, beba muita água e não use ácido acetilsalicílico (AAS), que pode favorecer o sangramento
* Use mais calças, porque os mosquitos picam mais nas pernas
* Seja um fiscal da dengue na sua casa e vizinhança, mas deixe os fiscais do governo inspecionarem a sua residência
* Coloque areia no prato dos vasos ou vire-os ao contrário
* Recolha e jogue fora tampinhas, latinhas, embalagens e copos descartáveis
* Vire de boca para baixo, sob proteção da chuva, garrafas, baldes e vasos vazios
* Lave com água e sabão bebedouros de animais domésticos e guarde-os quando não usados
* Vede bem as caixas d'água e lave-as periodicamente
* Limpe e desobstrua as calhas, para não acumularem água
* Não deixe água empoçada em lajes. Retire a água da chuva e nivele a laje
* Remova cacos de vidro que acumulam água
* Bromélias, espadas de São Jorge e outras plantas acumulam água. Portanto, não as deixe em locais abertos
* Cubra pneus usados ou furados para não acumularem água
* Clore e trate permanentemente as piscinas
* Entulhos acumulam água. Jogue fora o que não tiver utilidade ou mantenha o material em local coberto

Respostas de Caio Rosenthal às perguntas dos internautas:
- O mosquito da dengue é parecido com um pernilongo, do mesmo tamanho e com o corpo rajado, isto é, faixas brancas e pretas.
- Se na piscina estiver presente a quantidade de cloro correta, o mosquito não se prolifera nesse tipo de água.
- Ainda não existem estudos que comprovem que a borra de café na água parada possa inibir a deposição dos ovos da dengue.
- O mosquito da dengue pode sobreviver por até no máximo 45 dias.
- Se a pessoa confundir os sintomas da dengue com outra doença e não tratar, ela pode arriscar sua saúde e até sua vida, se for um caso mais grave.
- Os sintomas na grande maioria das vezes são semelhantes a uma gripe comum. O ciclo da doença também tem começo, meio e fim.
- É sempre bom fazer o diagnóstico em uma suspeita de dengue, porque pode haver uma evolução desfavorável, com complicações como choque (quando a pressão arterial cai demais) e hemorragias. Assim, vc não é pego de surpresa. Além disso, se você souber que está com dengue, deve tomar mais líquidos (mesmo sem estar com sede) e, caso venha a ter a doença de novo, precisa saber que na segunda vez há mais chances de gravidade e complicações. De qualquer modo, sempre procure um serviço médico quando suspeitar de dengue.
- Os sintomas mais comuns são: febre de início súbito, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores nas articulações, dores nas costas, às vezes manchinhas no corpo, braços e tórax. Após 2 ou 3 dias, podem ocorrer náuseas, vômitos e muito cansaço. A duração total é de cerca de 15 dias. Já as complicações podem ser: palidez, extremidades frias, queda da pressão, tonturas e sangramentos (hemorragias internas e sangramentos visíveis).
- O mosquito é sempre o mesmo para todos os tipos de dengue.
- Ainda não existem vacinas, mas já estão prometidas para daqui a três anos. As pesquisas estão muito avançadas.

Câmara de Parnamirim terá mais seis vereadores a partir de 2013

Politica - RN



A Câmara Municipal de Parnamirim terá mais seis vereadores em 2012. Depois de discutirem a alteração na Lei Orgânica do Município, os parlamentares aprovaram o aumento de seis cadeira no Legislativo, que fará com que a Câmara passe de 12 para 18 vereadores. A nova norma já foi publicada na edição do Diário Oficial de Parnamirim de sábado (8).
Depois da aprovação e promulgação da PEC dos Vereadores em 2009, foi estabelecido as câmaras dos municípios poderiam rever a quantidade de vagas de acordo com a população. No caso de Parnamirim, com população de 208 mil habitantes, poderia ter até 21 vereadores. Contudo, com a diminuição dos repasses aos legislativos municipais, também previsto na PEC dos Vereadores, e a própria estrutura física da Casa, os parlamentares optaram por abrir mais seis vagas, que corresponde a um aumento de 50% no número de parlamentares.
O projeto que alterou a Lei Orgânica de Parnamirim foi aprovado em segunda discussão na sexta-feora (7) e já está em vigor para a próxima eleição. Os municípios que ainda pretendem fazer alterações no número de vagas para vereadores têm até o fim de junho de 2012 para aprovarem e promulgarem a mudança na lei.

Câmaras de 22 municípios do RN confirmam aumento nas vagas de vereadores

Os 5.565 municípios do Brasil terão mais vereadores em 2013. Depois da aprovação proposta de emenda à Constituição (PEC), o número de parlamentares pode chegar a 59.764 na próxima legislatura, contra 51.419 eleitos em 2008. As alterações nas câmaras municipais podem ser aprovadas através de mudança nas lei orgânicas dos municípios até junho de 2012. No Rio Grande do Norte, algumas cidades já aprovaram a alteração no número de parlamentares, inclusive Natal.

Em 2009, quando Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou resolução estabelecendo os limites máximos do número de parlamentares por município, dependendo da população, várias casas legislativas correram para aprovar a alteração. Contudo, a mudança aprovada em lei prevê também a diminuição nos repasses do Executivo ao Legislativo das cidades, o que implicará em menos recursos para acomodar funcionários e os novos vereadores. Esse é um dos motivos que levaram os parlamentares a ponderar se realmente seria viável o aumento nas vagas.

A Confederação Nacional dos Municípios, em pesquisa realizada entre os dias 21 e 28 de setembro, consultou todas as câmaras municipais que podem proceder o aumento no número de vereadores. Em todo o Brasil, 2.153 câmaras foram consultadas e 1.857 responderam ao questionário. No estado, 30 câmaras foram consultadas e apenas cinco não responderam. Natal foi uma das que não respondeu.

De acordo com a relação entre habitantes e número de vagas, Natal pode chegar passar dos 21 vereadores para 29. Os vereadores já têm aprovada a mudança na lei orgânica que prevê o aumento em oito vagas. Porém, os parlamentares podem mudar o texto até o dia 30 de junho do ano que vem. Quanto ao aumento nas vagas em outros municípios, o maior salto será em São Gonçalo do Amarante.

Na pesquisa da CNM, o Legislativo do município da Grande Natal confirmou que já fez a alteração e, na próxima eleição, estarão em jogo 17 vagas, e não mais 10. Mossoró, que tinha apenas 13 vereadores, passará a ter 21 em 2013, enquanto Parnamirim passará dos 12 vereadores para 18, Assu ganhará mais cinco cadeiras e terá 15 parlamentares, e Caraúbas, Currais Novos e Monte Alegre passarão dos 9 vereadores para 11.

Dos municípios que responderam que não alteraram a lei, mas que vão aumentar o número de vereadores estão Caicó, Ceará-Mirim, Canguaretama, Extremoz, Jucurutu, Macaíba, Macau, Nísia Floresta, Parelhas, Pau dos Ferros, Santa Cruz, São José de Mipibu e São Miguel. Nesses municípios ainda não há a confirmação sobre quantas novas vagas serão criadas, mas deverão respeitar o limite estabelecido pela lei. Apenas os municípios de Baraúna, Touros e São Paulo do Potengi garantiram que não vão alterar o número de parlamentares.

A PEC dos Vereadores foi promulgada pelo Congresso Nacional em 2009, depois de imbróglio envolvendo Câmara e Senado. Foram definidos os aumentos nas vagas, novos repasses e que vigência da nova norma seria apenas para as eleições de 2012, não havendo aplicação retroativa, que poderia resultar em mudanças no coeficiente eleitoral de parlamentares já eleitos. A decisão foi avalizada pelo TSE.

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LEI DE INCENTIVO AO LIVRO

Politica - Natal - RN


Incentivo ao Livro: Lei de autoria de Júlia Arruda é sancionada pela prefeita


A Lei de Incentivo ao Livro, de autoria da vereadora Júlia Arruda (PSB), foi sancionada nesta quinta-feira (6) pela prefeita Micarla de Souza durante solenidade no Salão Nobre da Secretaria Municipal de Educação (SME). A norma, que institui a Política Municipal do Livro, tem o objetivo de fomentar e apoiar a produção, a edição, a difusão, a distribuição e a comercialização do livro em Natal.
De acordo com Júlia Arruda, “o projeto visa formar uma sociedade leitora através da dinamização do acesso ao livro”. Além disso, observa a vereadora, busca estimular a pesquisa social e científica, a conservação do patrimônio cultural do município e principalmente melhoria a qualidade de vida e o estímulo à produção literária.
“Trata-se, portanto, de uma importante iniciativa, tendo em vista o fato de o público-alvo ser formado por alunos da rede municipal de ensino, em sua maioria sem incentivo para a leitura devido à falta de recursos para este fim”, comentou a parlamentar, informando ainda que a Lei também institui o dia e a semana alusiva ao livro, a ser comemorada em dezembro, mês de aniversário do folclorista Câmara Cascudo.
Na avaliação da coordenadora do Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE), Cláudia Santa Rosa, a lei municipal de Incentivo ao Livro é benéfica pois se soma à política nacional da leitura. “O Plano Nacional do livro foi uma iniciativa federal para que estados e municípios criassem também suas próprias leis nessa área. Então é muito importante Natal dê esse passo hoje, que se somará a lei de leitura literária e fará com que o município se organize ainda mais na política de formação de leitores”, disse.
LEI DE INCENTIVO AO LIVRO

Com a validade da lei, fica instituído o dia 30 de dezembro, data do aniversário do folclorista Luís da Câmara Cascudo, como o "Dia Municipal do Livro e da Leitura", que será comemorado em todas as bibliotecas, escolas públicas e privadas da capital. A data vai integrar o calendário de eventos municipais.

O documento estabelece a necessidade de criar e instalar bibliotecas ramais e sala de leitura em todas as regiões do município com recursos do orçamento municipal e em parceria com a iniciativa privada, além de garantir a preservação do patrimônio literário, bibliográfico e documental do município, criando a Biblioteca Pública Municipal.

A necessidade da inclusão social também está prevista na lei, com a obrigação do Poder Executivo Municipal de consignar no orçamento anual, verbas destinadas às bibliotecas sob jurisdição para aquisição de livros e de outros produtos editoriais, incluídas obras em Sistema Braille, garantindo o acesso ao mundo das letras para os deficientes visuais.

Se depender de José Agripino, Robinson Faria está fora da aliança em 2014

Politica - RN


Se alguém tinha dúvida sobre a participação direta de integrantes do Governo no enfraquecimento político do PSD do vice-governador Robinson Faria, agora não tem mais.

O presidente nacional do Democratas, senador José Agripino, em entrevista ao jornal Tribuna do Norte, foi esclarecedor:

"O Governo tem obrigação e legítima defesa de garantir sua governabilidade. O Governo tinha obrigação de trabalhar para não ser refém de ninguém. O Governo tem obrigação de ter aliados, de não ser subordinado a ninguém", disse José Agripino.

O líder do DEM entendia que Robinson Faria não precisava mudar de partido. Que estava bem no PMN, um partido aliado.

A partir do momento que Robinson Faria passou a juntar gente para criar um super-partido, trazendo gente de toda parte, até quem não havia votado em Rosalba Ciarlini, José Agripino passou a considerar uma tetantiva de tutelar o Governo.

"Não era correto que o Governo entendesse que tinha como parceiro, ao seu lado, um partido com tamanha força que pudesse tutelar suas ações. Qualquer governo tem o dever de buscar o equilíbrio das forças que o cercam. E foi essa a iniciativa tomada pela governadora, no sentido de manter equilíbrio entre os aliados", declarou o senador Agripino.

Nas contas de José Agripino, o PSD arrancou 17 deputados federais do Democratas. Isso é motivo para o DEM estar proibido de se aliar ao PSD nas eleições municipais em todo o país. Já imaginou uma coisa dessas? Proibir político de fazer aliança?! Pois é, está proibido.

O que mais me chamou a atenção nas declarações do senador José Agripino foi a expectativa que ele tem para as eleições estaduais de 2014.

Segundo Agripino, DEM e PMDB vão continuar amiguinhos com o reforço do PR e talvez do PSDB. Palavras do senador: "São alianças que se formam oxigenando a relação política do governo e abrindo expectativas de o governo ter apoio sem precisar se dobrar".

Perguntado se o PSD está fora do arco de alianças para 2014, Agripino foi curto e grosso: "Pela decisão de hoje, sim".

Portanto, Robinson Faria deverá perder o lugar de vice-governador na chapa majoritária de 2014. É o que aponta José Agripino.

Se pretende concorrer ao Governo ou ao Senado ou qualquer coisa, Robinson Faria terá de cantar em outra freguesia. Este é o desejo de José Agripino que deseja ver o cão em figura de gente mas não quer ver o PSD pela frente.

Eu estou convencido de uma coisa, minha gente: José Agripino Maia quer fazer picadinho de Robinson Faria.

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sábado, 8 de outubro de 2011

PMDB terá candidato próprio

Politica - Natal - RN


Vinte anos depois de participar de uma eleição majoritária, o PMDB de Natal terá candidato próprio nas eleições municipais para prefeito, em 2012. E o candidato será o deputado estadual, Hermano Morais. Ontem, no ato simbólico de divulgação dos novos filiados ao PMDB, o deputado federal Henrique Eduardo Alves, presidente do diretório estadual do partido apresentou Hermano como o "futuro prefeito de Natal".


Minutos depois, em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, Hermano Morais afirmou, pela primeira vez, que está pronto para a luta. "Fico honrado em ser lembrado pelas lideranças de meu partido. Estou pronto para o desafio", declarou. A última gestão do partido à frente do executivo municipal foi a do atual ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho. Segundo ele, depois do processo consolidado de novas filiações, o próximo passo será a elaboração de um programa de governo para Natal que seja consistente e que possa atender ás expectativas da população.

Hermano destacou que a futura gestão municipal enfrentará um novo momento - que é a preparação para a Copa 2014 - e por isso "terá maior responsabilidade. "É um momento que vai exigir muito mais capacidade e empenho. Espero que o partido tenha sucesso e eu seja eleito". A meta do PMDB é fazer em 2012 de 60 a 70 prefeitos.

Ontem, o PMDB apresentou o quadro de novos filiados. O presidente estadual do PMDB, Henrique Alves, comemorou o crescimento do partido, que ganhou nos últimos dias 12 novos prefeitos, 7 novos vice-prefeitos e 65 novos vereadores. Os números foram divulgados por Henrique. "É o melhor momento do PMDB, no país e em nosso estado", afirmou. O deputado confirmou que, pelo acordo entre PMDB e PT, deve ser, naturalmente o candidato à presidência da Câmara Federal em 2013.

Para o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho "o crescimento do partido é um prenúncio para uma grande vitória nas próximas eleições". Garibaldi destacou as filiações de Benes Leocádio (prefeito de Lajes), de Pedro Lisboa (Pepeu, prefeito de Passa e Fica), e de Nelson Freire, Fernanda Costa, de Santa Cruz e mulher do deputado estadual Tomba Farias. Além dos prefeitos citados, também se filiaram a prefeita de Montanhas, Maria Eliete Coutinho Bispo (Letinha); o de Goianinha, Júnior Rocha; o de Barcelona, Carlos Zanite; o de Tibau do Sul, Edmilson Inácio da Silva; o de Pilões, Francisco das Chagas de Oliveira Silva e o de Guamaré, Auricélio dos Santos Teixeira.
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'O DEM estará proibido de fazer alianças com o PSD'

Politica - RN


Anna Ruth Dantas - Repórtagem especial



A crise política no Governo Rosalba Ciarlini (DEM) tende a se agravar. O presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia, anuncia que o partido não fará nenhuma aliança no pleito de 2012 com o PSD, legenda presidida no Estado pelo vice-governador Robinson Faria. O senador afirma que essa é uma resolução nacional dos Democratas e será seguida por completo no Estado potiguar. Embora afirme que não há problema na relação pessoal com o vice-governador Robinson Faria, José Agripino demonstra que a aliança entre o DEM e o hoje líder do PSD já é fato passado. Ao comentar o esfacelamento da bancada do PSD na Assembleia Legislativa, onde estavam sendo anunciadas a adesão de seis deputados e terminou apenas com dois (Gesane Marinho e José Dias), José Agripino confirma que partiu do Governo a reação para não ser "refém" do partido de Robinson Faria, já que esse teria 25% da Assembleia Legislativa. Para o líder do DEM, o que o vice-governador tentou fazer foi tutelar o Governo. "O Governo tem obrigação e legítima defesa de garantir sua governabilidade. O Governo tinha obrigação de trabalhar para não ser refém de ninguém. O Governo tem obrigação de ter aliados, de não ser subordinado a ninguém", destaca o senador José Agripino Maia. Enquanto demonstra afastamento político que soa como rompimento com Robinson Faria, o senador do DEM confirma a aliança com o PMDB, enaltece a tendência do PR ser aliado do Governo Rosalba e é enfático ao afirmar que a chegada das duas legendas na base "oxigena" as alianças. Na proximidade com os peemedebistas, o senador José Agripino vai além e já fala na possibilidade de apoiar o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) para o Senado em 2014. Analisando o pleito de 2012 na capital potiguar o senador praticamente descarta apoio à reeleição da prefeita de Natal Micarla de Sousa e demonstra "simpatia" com o projeto político do deputado federal Rogério Marinho, que disputará o Executivo pelo PSDB. Sobre política partidária, ações administrativas e os polêmicos projetos que tramitam no Congresso Nacional, o senador José Agripino Maia concedeu a seguinte entrevista à TRIBUNA DO NORTE.


Qual o destino da emenda 29- que define os percentuais a serem aplicados na Saúde?

É ser aprovada.

Mas aprovar a emenda 29 como o Governo Federal quer?

Não como o Governo quer. E o Governo já fez o teste na Câmara e já viu que não consegue aprovar a emenda 29 com a criação de um imposto novo. E veja que é na Câmara onde ele tem folgada maioria. Fomos nós, o Democratas, que obrigamos a votação da emenda 29, inclusive com a emenda de alíquota zero para o suposto imposto que se criaria, a CSS (Contribuição sobre a Saúde), para subsidiar as ações de saúde. A emenda 29 vai passar no Senado porque é um imperativo da sociedade. Esse imperativo da sociedade permeou os parlamentares, deputados e senadores, que entendem que é preciso que se vote. Por que a União não pode ter destinação de 10% das suas receitas para saúde? A CPMF caiu no dia 31 de dezembro de 2007 e no começo de janeiro de 2008 o governo aumentou a alíquota do IOF, Cofins e Pis, recuperando integralmente a receita que a CPMF deixou de produzir para União. O que não melhorou na saúde não foi por falta de dinheiro, foi por falta de gestão e prioridade. O que é preciso é que a emenda 29 garanta, primeiro de tudo, prioridade às ações de saúde. A educação tem recursos vinculados da União, a educação está melhorando de certa forma, muito lentamente. A educação do Brasil no que diz respeito a escolas técnicas vem melhorando, é produto de vinculação de recursos e obstinação da gestão. A saúde tem que ser objeto da mesma iniciativa. Tanto a saúde quanto a segurança. Os dois males do serviço público do Brasil hoje são saúde pública e segurança, que está em crise. Tanto tem que aprovar a emenda 29 para ações de saúde, como para segurança a PEC 300. Ela (a PEC 300) vai garantir melhor nível salarial para os profissionais de segurança no Brasil inteiro com a criação do Fundo Nacional de Segurança e ainda vai levar, melhorando o padrão de renda do policial, a um aparelho de segurança melhor formulado, melhor pensado, com inteligência mais moderna e garantia de salário digno.

E a Contribuição sobre a Saúde (CSS)? Há possibilidade desse projeto prosperar?

Não vejo chance alguma. É tanto que o Governo solta os balões de ensaio e logo em seguida os retira. O partido (DEM) tem pesquisa e mostra que muito acima de 70% dos brasileiros recriminam, reprovam, a criação de imposto novo para saúde. O cidadão sabe que o problema da saúde não é necessidade de criação de imposto novo.

Reforma política, parece ser consenso entre os políticos, mas vamos chegar a uma nova eleição e sem reforma. Qual o motivo?

Por uma razão simples: Para manter a base votando de forma obediente aquilo que quer, o governo prefere não mexer no vespeiro. A reforma política, que é um imperativo do país, não é consenso entre os partidos. Como não há consenso e o governo não quer provocar cisão na sua base e nem quer administrar problema na sua base, prefere levar o assunto de barriga e não votar. Fica tudo como está, com os partidos políticos fragilizados e muitos deles até desmoralizados pelo fato de não terem formulação programática à frente da ação dos seus líderes. A reforma política não passa (no Congresso) por inação do governo. Ao invés de dar ao país um conjunto de leis que fortaleça os partidos políticos e dê ao cidadão o direito de votar em idéias e não em pessoas, o governo, para evitar reações de um partido insatisfeito, prefere não mexer no vespeiro, mas manter a base obediente as suas vontades.

O senhor acredita nesse projeto de nova constituinte como passaporte para realizar reformas que o país precisa?

Uma constituinte para fazer reforma política não é recomendável. Você pode até marcar data ou estabelecer plebiscito em torno de temas. Por exemplo: o que o brasileiro deseja em função de tudo que acontece no Congresso e no Poder Executivo e no Judiciário? Regime presidencialista ou parlamentarista? Vamos esclarecer as vantagens do Presidencialismo e do Parlamentarismo.

Mas já houve esse plebiscito...

Há muito tempo atrás e em outro momento democrático do Brasil: Em 1988 por ocasião da Constituinte. Nesse período a democracia brasileira evoluiu muito, os partidos políticos involuíram e é preciso que você evolua. E evolui na medida que os partidos políticos adquirem musculatura. Hoje os partidos estão cada vez mais com menos musculatura. Vale a pena os brasileiros opinarem pela continuidade do Presidencialismo. Continuar ou se muda como a maioria dos países modernos do mundo para o regime parlamentarista? Isso daí seria a primeira grande senha para fazer a reforma política. Nos regimes parlamentaristas é que cabe o voto em lista, o voto distrital simples ou misto, o financiamento público de campanha e a proibição ou não de coligação proporcional e cláusula de barreira para definir o que é partido político nacional. Isso tudo virá a partir do modelo que o Brasil deseje realmente. A reforma política está enviesada. Ela está tratada para o regime presidencialista e hoje tenho dúvida se é o melhor para a democracia brasileira.

O senhor defende o Parlamentarismo?

Hoje com certeza absoluta defenderia o Parlamentarismo.

Então a reforma política só deve ser tratada após a discussão sobre o regime (Presidencialismo ou Parlamentarismo)?

Coloquei essa tese, inclusive, na última reunião da bancada do meu partido na Câmara dos Deputados e a tese foi aceita e vai ser defendida como formulação do partido. Veja que Henrique Fontana (relator da reforma política na Câmara) apresentou projeto que a reforma política era voto em lista e financiamento público de campanha, era só isso. Não falava de cláusula de barreira, coligação proporcional... Isso é reforma política? Como não é reforma política, os partidos na sua quase unanimidade rejeitaram o relatório e adiaram o projeto. Os partidos da base não têm consenso sobre ponto nenhum . O único ponto sobre o qual há consenso é a data da posse dos eleitos: prefeitos, governadores e presidente da República. O Poder Executivo não determina prioridade para reforma nenhuma, nem a tributária, sem a sindical, nem a trabalhista. Para o governo, reforma é da boca para fora. Quanto tempo o governo não fala em reforma tributária? A (reforma) política entrou como forma de soltar um balão de ensaio. Para este governo as reformas não são prioridade, não são objetivo, o que é um perigo. Porque a competitividade do Brasil como nação emergente, no futuro da relação na comunidade internacional, passa inevitavelmente pela votação das reformas. O Brasil será competitivo na hora que as reformas tributária, sindical, trabalhista e previdenciária forem votadas e no momento que a reforma política for votada dotando a democracia brasileira de aparelho mais moderno e eficiente. O Governo do PT é imediatista, só pensa no amanhã, não pensa no depois de amanhã. O governo do Brasil faz de conta que as discussões dessas reformas não precisam existir. Mas ela precisa sim e pode significar sucesso ou insucesso do Brasil no futuro.

Entrando agora na política partidária, o que aconteceu com o PSD do Rio Grande do Norte?

O PSD, como o prefeito (de São Paulo) Gilberto Kassab disse, nasceu sem nenhuma nitidez ideológica. Não é um partido de centro, nem de direita e nem de esquerda. É um partido a serviço de líderes que por oportunismo ou buscando uma janela para mudarem de posto e se aproximarem do Governo. Tomaram uma posição sem nenhuma afinidade ideológica. A criação do PSD no plano nacional tem projeto de poder pessoal para Gilberto Kassab. O que tem de comum entre o governador Omar Aziz, do Amazonas, com o governador Raimundo Colombo, de Santa Catarina? Não tem nada em comum. Um é liberal completo (Colombo) e o outro é eleito pelo PMN (Aziz). As pessoas (do PSD) não têm afinidade e nem se conhecem. Um partido se faz com história. O PSD foi concebido para atender a um projeto de poder pessoal de Kassab, que começou Estado por Estado a reunir interesses individuais de pessoas. Era a busca do poder pelo poder, não através de ideias. Era a busca de poder pela oportunidade que se abria para abrigar pessoas ou para juntar pessoas que poderiam, a exemplo de São Paulo, juntarem-se para atingir projeto de poder pessoal. Acho que o vice-governador Robinson Faria entendeu que essa era uma oportunidade para ele perseguir um projeto de poder pessoal que ele tentou levar à frente, mas que não deu certo. Pelo menos não deu (certo) como ele imaginava que pudesse vir a dar.

O recuo dos quatro deputados (Gustavo Carvalho, Ricardo Motta, Vivaldo Costa e Raimundo Fernandes) em não migrarem para o PSD teve interferência do Democratas, do Governo Rosalba Ciarlini?

O Governo tem obrigação de legítima defesa para garantir sua governabilidade. O Governo tinha obrigação de trabalhar para não ser refém de ninguém. O Governo tem obrigação de ter aliados, de não ser subordinado a ninguém. Nem à vontade de algum líder do Democratas, nem ao PMDB, que é aliado, nem ao PR, com quem pode se aliar, nem a partido nenhum. Entendia que o PMN (antigo partido de Robinson Faria) era um partido aliado, sempre entendi como partido aliado, não poderia se transformar num super partido, num mega partido, trazendo gente de toda parte, inclusive gente que não apoiou a eleição de Rosalba, como forma de tutelar o Governo.

Era esse o objetivo do PSD (tutelar o Governo)?

Não sei se era esse o objetivo. Agora não era correto que o Governo entendesse que tinha como parceiro, ao seu lado, um partido com tamanha força que pudesse tutelar suas ações. Qualquer Governo tem o dever, em legítima defesa, de procurar o equilíbrio das forças que o cercam (a ele Governo). E foi essa a iniciativa tomada pela governadora, no sentido de manter equilíbrio entre os aliados. Tanto é que o PMN permanece como um partido de tamanho, aliado, mas não tutelador do governo.

Não é contraditório que essa tentativa de tutelar o governo tenha vindo do vice-governador (Robinson Faria)?

Estou supondo (a tentativa de tutela), não estou assegurando, não estou denunciando. Estou no campo das conjecturas. Porque poderia evoluir para esse fato, não estou acusando de que isso estivesse em curso. Mas qualquer pessoa medianamente inteligente tem o direito, até por esperteza política, de tomar precauções antes que o fato aconteça.

Há restrições do DEM com o PSD em 2012?

O PSD arrancou 17 deputados do Democratas. Até agora (sexta-feira, 7 de outubro) o PSD tenta tirar pedaços do Democratas. Eu sei bem, nessa última semana, o esforço que fizemos para evitar que ele (o PSD) não tirasse mais ninguém. Até a última hora o PSD se manifestou em atitude de ataque aos quadros do Democratas. Isso incomoda ao Democratas do Brasil inteiro. O que está decidido, e a executiva vai homologar, é a definição de que no Brasil inteiro o Democratas não fará coligação com o PSD. Eu, como presidente da executiva nacional, não poderia jamais descumprir uma decisão nacional do partido. No Rio Grande do Norte, como em todos os Estados, em atitude de legítima defesa e coerência e até brios, o Democratas estará proibido de fazer aliança com aquele que o atacou frontalmente e o tentou destruir.

A governadora Rosalba faz parte do Democratas. O vice-governador Robinson preside o PSD. Estaria instalada uma crise política no Executivo potiguar?

Não acredito. A política é a arte do entendimento, a arte da conversa. Essa é uma questão que a governadora Rosalba saberá conduzir com equilíbrio e paciência.

Mas se pensarmos em aliados políticos de 2010 e vislumbrarmos o pleito de 2014, podemos pensar em racha na base da governadora Rosalba? 

Garibaldi (o ministro Garibaldi Filho) apoiou Rosalba. Em função de Garibaldi, e eu participei da formulação, o deputado Henrique (Eduardo Alves) numa atitude louvável do ponto de vista do interesse do Estado, já reuniu a executiva e decidiu o apoio ao Governo de Rosalba. Esse é um reforço importante. Minha relação pessoal com o deputado federal João Maia (PR) enseja expectativa de que possamos vir a ter aliança do Democratas de Rosalba com o PR. São alianças que se formam oxigenando a relação política do governo e abrindo expectativas do governo ter apoio sem precisar se dobrar. A interlocução junto à área federal é via de conseqüência junto a esse arco de aliança que a governadora Rosalba monta para viabilizar politicamente seu governo na Assembleia Legislativa e administrativamente em Brasília pelo apoio que esses partidos haverão de dar junto às esferas no plano nacional.

Objetivamente, para o pleito de 2014, o PSD estaria inviabilizado no "arco de aliança" do Governo Rosalba?

Pela decisão de hoje, sim. Agora essa é uma decisão que o partido vai tomar e suponho que venha para ficar. Mas não estou vaticinando nada e nem desejando nada. Apenas estou fazendo a constatação de fatos.

No último domingo, o vice-governador Robinson Faria foi entrevistado na TRIBUNA DO NORTE e disse que as desavenças com o senhor estavam superadas. Mas o senhor mostra o contrário agora...

Não tem desavença pessoal minha com Robinson. Ele (Robinson Faria) nunca conversou comigo sobre a criação ou não criação do PSD. Não existe desavença. Sou presidente nacional do partido que foi atacado por uma legenda ao qual ele (Robinson Faria) resolveu aderir. Esse é um fato. Lamento, não vejo necessidade de Robinson ter se fixado no PSD estando, como supunha, tão bem e forte no PMN. O PSD viu que para existir era preciso tentar destruir os Democratas. O DEM, como partido nacional, reagiu. A reação no plano nacional passa pelo Rio Grande do Norte. Mas nada de pessoal José Agripino versus Robinson. Nunca tive nenhum desentendimento porque nunca tive nenhuma conversa.

Para onde caminha o DEM no pleito de Natal em 2012?

Essa é uma conversa para ser discutida com os aliados em hora oportuna. Temos aliados naturais, como o PSDB. Há partidos que temos uma relação de proximidade muito forte como o PP, do vice-prefeito Paulinho Freire; o próprio PR, com quem temos conversas permanentes; o PMDB, com quem haveremos de conversar. Conversar não significa dizer que há determinação de apoiar candidato A ou B, mas de oxigenar o processo. Eu, como presidente de partido, tenho obrigação de conversar. O Democratas terá candidato próprio? Pode ter ou pode não ter, estamos a um ano do pleito.

O senhor não citou o PV (da prefeita Micarla de Sousa) nem entre aliados naturais e nem aliados potenciais...

Porque o PV tomou o rumo já de um entendimento com o Governo Federal.

Está descartada aliança em 2012 com a prefeita Micarla de Sousa?

Não quero dizer que descarto aliança com a prefeita, mas a reedição do que ocorreu (em 2008, onde o DEM apoiou Micarla para prefeita) é pouco provável.

A aliança do DEM com o deputado federal Henrique Eduardo Alves, pode ser projetada para uma coligação em 2014 com Rosalba para reeleição e o deputado do PMDB para o Senado?

Isso está tão longe... Sobre a reeleição de Rosalba é minha intenção ajudá-la a fazer um bom governo para ela chegar em 2014 com todas as condições de disputar a reeleição e com amplas chances de ganhar. Na medida em que você já tem uma aliança exposta, clara com o PMDB, evidente que você tem que admitir que nessa aliança seus líderes participem em posições exponenciais. O senador Garibaldi é expoente, mas já é senador. O deputado Henrique é expoente? É. Se ele (Henrique Eduardo) pleitear ser candidato a senador, meu partido, pelo que percebo hoje, verá com bons olhos essa pretensão. Agora assegurar que essa aliança irá se projetar em 2014 e com essa chapa seria um pouco de precipitação. Em uma chapa ou em aliança o que se procura são os expoentes para serem candidatos aos postos mais importantes. Rosalba é expoente do Democratas? É. Henrique é expoente do PMDB? É.

O deputado federal Rogério Marinho se lançou candidado a prefeito de Natal. Qual o entendimento do DEM com o PSDB?

Não há nada definido. Entendo o deputado Rogério Marinho como um sujeito qualificado para ser prefeito de Natal. Ele conhece a administração e conhece como poucos a cidade e tem vontade de ser prefeito. Ele é um amigo e aliado a quem nós respeitamos muito e nas definições de candidatura esse elenco de pré-requisitos será considerado.

O deputado federal Felipe Maia será candidato a prefeito?

Depende dele. Essa pergunta deve ser feita a ele.

O senhor defende o nome dele (Felipe Maia)?

Não defendo nome de ninguém. Quem tem que defender nome é o próprio. As pessoas que querem ser candidatas tem que defenderem as suas vontades. Eu não vi até agora o deputado federal Felipe Maia defender a vontade de ser candidato a prefeito de Natal.

Pelo fato do DEM ter o Governo do Estado não seria o momento de candidatura própria na principal cidade do Estado?
Você pode conquistar a Prefeitura com um candidato próprio ou com aliança. É uma conquista do mesmo jeito, são administrações afins.


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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Governo enfrenta nova onda de greves

Greve no RN


O Governo do Estado começa a enfrentar uma nova onda de greves. Hoje, sete categorias do funcionalismo público estadual paralisam os serviços: os técnicos administrativos da Secretaria Estadual de Educação e Cultura (Seec), a Fundação José Augusto, Emater, Idema, Detran, Idiarn e Emparn. Os agentes penitenciários e os médicos da Secretaria Estadual de Saúde decidem ainda hoje se iniciam ou não suas paralisações.



O número de paralisações, porém, poderá aumentar até o final desta semana caso o Governo do Estado não atenda às reivindicações de policiais civis, funcionários da Ceasa, Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Junta Comercial do Estado (Jucern) e técnicos da administração direta. Hoje, haverá um protesto no Centro Administrativo a partir das 8h.



O Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte RN), irá realizar uma assembleia hoje, às 14 horas, para discutir os próximos passos da paralisação destes servidores. Somente os técnicos administrativos da Secretaria que iniciaram a greve hoje, correspondem a 8 mil servidores do quadro funcional efetivo do Governo do Estado.


Vale ressaltar que os professores da rede estadual de ensino não irão realizar greve. "Infelizmente, o Executivo Estadual insiste em dizer que não consegue atender nossas reivindicações devido à Lei de Responsabilidade Fiscal, mas até o Ministério Público Estadual sinalizou que a implantação dos planos poderia ser cumprida", ressaltou a presidenta do Sinte, Fátima Cardoso.


Ela afirmou que os consequentes superávits na arrecadação tributária estadual, são suficientes para subsidiar o pagamento dos Planos de Cargos, Carreiras e Salários de todas as categorias. O Governo, em contrapartida, reconheceu o aumento na arrecadação mas garantiu que o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impede que qualquer aumento salarial seja concedido, além da nomeação de concursados.


Salvo aqueles que cumprem medidas judiciais, como o aumento concedido aos professores e aprovado pelo deputados estaduais semana passada.


No entanto, o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), alegou que o Governo não cumpriu a decisão da Justiça Estadual em sua totalidade. Hoje, os representantes do Sinpol se reunirão com o secretário estadual de Administração e Recursos Humanos, José Anselmo de Carvalho, para discutir as pendências em relação ao cumprimento do título executivo judicial e as próprias reivindicações da categoria.


Caso todos os servidores que ameaçam iniciar um movimento grevista cumpram com o que estão divulgando, cerca de 14.892 pessoas, aproximadamente, irão cruzar os braços entre esta e a próxima semana. Hoje, às 19h30min, os médicos servidores da Sesap irão se reunir para discutir a paralisação. Caso o Governo do Estado não cumpra com o que reivindicam, a partir das 20 horas, a greve começa. Somente os 30% previstos em lei, realizarão os procedimentos de atendimento nos hospitais da rede estadual.

Criação do PSD agrava crise interna no governo

Politica - RN


O mal-estar gerado entre o governo Rosalba Ciarlini (DEM) e o grupo do vice-governador Robinson Faria (PSD) se agravou e movimentou o cenário político (mesmo que ainda no campo dos bastidores) durante o final de semana e feriado desta segunda-feira. Ontem, Robinson, que é presidente estadual do PSD, dedicou parte do dia em conversas para evitar um esfacelamento em massa do grupo que há poucos dias dava-se como certa a filiação à nova legenda. O primeiro recuo deve partir do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Motta (PMN), que já revelara a pessoas próximas a decisão de permanecer no PMN. Ainda não se sabe os destinos de três candidatos a assentos no PSD - os deputados Vivaldo Costa (PR), Gustavo Carvalho (PSB) e Raimundo Fernandes - mas este último foi chamado ontem para uma conversa com o vice-governador. Entre os parlamentares que afirmaram em um primeiro momento a intenção de engrossar o partido fundado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, apenas Gesane Marinho e José Dias mantêm contundência ao falar sobre o assunto.



"Essa vergonha eu não darei aos meus eleitores, nem aos meus pais - que já morreram, e nem ao meu filho. Meu eleitorado não vai me cobrar dignidade. Não me elegi para me vender. Meu mandato vale muito pouco, mas não está à venda", esbravejou o ex-peemedebista ao reafirmar o ingresso no PSD. Gesane postou no twitter que já assinalou a ficha de filiação ao novo partido. A querela entre governo e grupo peessedista teve início com o envio da mensagem do Executivo solicitando um empréstimo de US$ 540 milhões ao Bird, em cujo rol de beneficiados foi excluída a Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), que tem como titular o vice-governador.


A partir daí se iniciou uma reação dos aliados de Robinson Faria, que em conjunto com parlamentares da oposição, passaram a criticar a proposta governamental e a ensaiar possíveis emendas ao projeto original em um claro intuito de contemplar a Semarh. "O PSD tinha uma bancada importante, mas no primeiro episódio mostrou uma disposição de ser contra ou de ser um paralelo ao governo", destacou uma fonte bem postada na administração estadual.


A mesma fonte afirmou também que a posição do presidente da Assembleia de não seguir o vice-governador já é uma prova da reação do governo estadual. O governista ponderou, porém, que não há intenção entre os democratas do executivo potiguar de romperem com o grupo de Robinson Faria. Havia rumores de que uma reunião entre Rosalba Ciarlini e os novos líderes do PSD ocorreria de ontem para hoje, mas a informação não foi confirmada pelas assessorias do governo e do vice-governador.

domingo, 2 de outubro de 2011

Mosquito da dengue e febre amarela é atraído por dióxido de carbono e odores exalados pelos humanos

Saúde - Dengue e Febre amarela



DENGUE


É a doença endêmica mais disseminada no Brasil, presente em todos os estados. Causa febre aguda, e pode matar. Os sintomas podem não aparecer ou também se manifestar por dores de cabeça, febre e dores no corpo. Transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti, criados preferencialmente em ambientes onde há focos de acúmulo de água parada. O inseto transmite o vírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae. Possui quatro tipos conhecidos: 1, 2, 3 e 4.


FEBRE AMARELA


É um vírus transmitido por mosquitos por duas formas: urbana e silvestre. Somente esta última existe no Brasil atualmente, transmitida por macacos silvestres. É uma doença infecciosa febril aguda, sua gravidade é variável, lesa principalmente o fígado e pode matar por insuficiência hepática. Só existe na América do Sul e na África. Os transmissores são os mosquitos infectados pelo vírus do gênero Flavivirus. Nas regiões urbanas, por exemplo, é transmitida pelo Aedes aegypti.



Para pesquisadores, a descoberta pode ajudar na elaboração de armadilhas mais eficazes contra os insetos


 
É por meio do dióxido de carbono que exalamos e do odor da nossa pele que os mosquitos nos encontram, afirma pesquisa realizada na Universidade da Califórnia. De acordo com o estudo, por meio desses cheiros as fêmeas dos insetos conseguem encontrar quem morder e, assim, espalhar doenças como dengue e febre amarela.



O estudo, publicado no The Journal of Experimental Biology, constatou que as fêmeas do Aedes aegypti, responsáveis por transmitir febre amarela e dengue, são atraídas primeiramente pelo dióxido de carbono. Somente depois seguem os odores característicos da pele para, eventualmente, aterrissar em um hospedeiro humano.


Os pesquisadores filmaram o voo das fêmeas do mosquito da febre amarela dentro de um túnel de vento. Foi observado que esses insetos voaram somente por pouco tempo contra sopros leves de dióxido de carbono, mas persistiram contra nuvens turbulentas da substância, situação esta que imitava a presença de um hospedeiro humano. Por outro lado, quando se tratava de odores humanos, a orientação dos mosquitos foi melhor quando o cheiro era vasto e invariável em sua intensidade, assim como poderia ocorrer na aproximação de um hospedeiro em potencial.


Ring Cardé, professor de entomologia da Universidade da Califórinia e principal autor do estudo, explica que o dióxido de carbono é percebido mais facilmente pelos mosquitos, enquanto a resposta aos odores da pele humana requer uma exposição mais longa para provocar o voo dos mosquitos. "A sensibilidade dos mosquitos ao dióxido de carbono permite que os insetos respondam quase instantaneamente até mesmo às menores quantidades de gases", explica o pesquisador.


O dióxido de carbono é capaz de atrair sozinho esses mosquitos, sem precisar da assistência de outros odores. Entretanto, os odores da pele só se tornam significativos quando o mosquito está perto do hospedeiro e pode escolher onde morder. O pesquisador explica que a sensibilidade dos mosquitos a odores da pele aumentou de 5 a 25 vezes após receber um sopro de dióxido de carbono.


Para os autores do estudo, essa pesquisa pode ajudar os cientistas a desenvolver armadilhas efetivas para capturar esses mosquitos e combater as doenças que transmitem.

Robinson confirma que tem intenção de se candidatar ao Senado

Politica - RN


Anna Ruth Dantas - repórter da Tribuna do Norte


O vice-governador Robinson Faria assumiu a presidência do recém-registrado Partido Social Democrático com discurso de total sintonia com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), de quem se declara liderado. Quando o assunto é o pleito de 2012, o líder político é cauteloso, afirma que todo processo será deflagrado pela chefe do Executivo. No entanto, praticamente descarta apoio as candidaturas de Micarla de Sousa (PV), Wilma de Faria (PSB) e de Rogério Marinho (PSDB). Com relação ao tucano, Robinson Faria vê como impedimento o fato de ser oposição ao Governo Federal, mas destaca que prevalecerá a vontade da maioria e, se assim o for, poderá apoiar Marinho. Já sobre a candidatura de Carlos Eduardo (PDT), ele confirma conversas, mas diz que não há nada fechado. O nome do deputado federal Fábio Faria (PSD) não é de todo descartado: "É legítimo, mas precisa saber se esse é o projeto dele". Se para o pleito 2012 Robinson Faria não fecha questão, para sucessão de 2014 ele assume o sonho de ser candidato ao Senado Federal. "É uma opção, mas não é uma obsessão", diz o vice-governador, que não se mostra temeroso com os já lançados adversários ao cargo de senador. "Ninguém escolhe concorrente, não escolhe adversário. Cada um procure seu espaço", afirma. Embora muitos sejam os comentários apostando que alguns deputados poderão desistir de ingressar no PSD (o anúncio inicial previa seis parlamentares - Gustavo Carvalho, Ricardo Motta, José Dias, Vivaldo Costa, Raimundo Fernandes e Gesane Marinho), Robinson Faria não acredita no racha, aposta na amizade e na unidade do seu grupo.Na fase pós-registro do PSD, o vice-governador também dá mostras de querer superar os atritos com o senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM. Ele disse que pretende manter a aliança construída em 2010. Sobre as metas do PSD, o pleito 2012 e os preparativos para 2014, o vice-governador Robinson Faria concedeu a seguinte entrevista à TRIBUNA DO NORTE
 
 
Após registro do PSD, qual a preocupação do senhor neste momento?



Minha preocupação é dar continuidade ao fortalecimento do PSD, que desde lançado em Natal, quando Gilberto Kassab veio aqui, passou a ser muito procurado por lideranças de todas as regiões e de todos os partidos. Até me surpreendeu um partido ter tanta simpatia e aceitação. Simpatia não só de lideranças, mas também de pessoas, populares. Faço essa colocação porque passei por essa experiência quando fundei o PMN, que era um partido cartorial e terminou se transformando em um partido grande e decisivo em várias eleições. Mas a sensação e expectativa, a intensidade vivida no PSD é a do PMN multiplicada muitas vezes. Estou sempre viajando, a trabalho ou a convite, e o Rio Grande do Norte tem a cultura muito avançada do povo politizado. Isso é muito bom para todo mundo. O PSD nasceu grande no Rio Grande do Norte, com seis deputados estaduais, um deputado federal, um vice-governador e uma grande perspectiva de capilaridade enorme em nível municipal.


O senhor já fez o primeiro balanço de como se portará o PSD no pleito municipal?


Não. Esse balanço nós paramos, mas sei que já passa de 90 municípios com diretórios e filiados. Não quer dizer que vamos eleger 90 prefeitos. Estamos com presença em 90 cidades. É lógico que com essa demora (no registro do TSE) muitos chegaram a se filiar a outros partidos porque acharam que não iria mais acontecer o PSD no Brasil. Alguns prefeitos se sentiram inseguros e tomaram outros partidos, gente que viria para o PSD se tivesse sido formado dois meses atrás. A formação a 10 dias do prazo final foi prejudicial ao partido, mas também não vai diminuir a força do partido na capilaridade regional do Estado.


Um dos acirramentos que houve no processo de registro do PSD foi com o DEM. Haverá restrição para alianças no Rio Grande do Norte com o DEM no pleito de 2012?


De nossa parte não. O DEM é um partido aliado. Embora seja estranho porque José Agripino é o presidente do DEM e foi o protagonista desse duelo no Brasil inteiro. Mas isso eu considero assunto superado. O PSD não pode nascer com sentimento de revanchismo, de radicalismo. Tem que ser um partido novo não só na sigla, mas na sua essência, no diálogo, na humildade, simplicidade, de estender a mão. O PSD está pronto para dialogar com os partidos. Sei que cada cidade tem sua história não só para o PSD, mas para o DEM, PMDB, PT. Cada município tem coligações diferentes dos outros municípios. Nem sempre obedece a orientação estadual e foge até aos seus principais chefes. Mas o PSD hoje não tem mágoas, nasce sem mágoas e está aberto a dialogar principalmente porque o DEM é o partido da nossa líder maior que é a governadora Rosalba Ciarlini.

E a relação do presidente estadual do PSD, Robinson Faria, com o presidente do DEM, o senador José Agripino?


Ontem (quinta-feira) estava em Mossoró e falei em uma solenidade. Ele chegou na platéia para assistir o Auto da Liberdade no Teatro Dix-huit Rosado e eu fiz referência a ele que considero um desarmamento de espírito da minha parte. Eu disse no discurso: "Acaba de chegar o senador José Agripino, falam que ele está com raiva de mim, que eu estou com raiva dele. Quero aqui dizer que esse é um assunto vencido, o que aconteceu, aconteceu, faz parte da vida política. Mas digo aqui de público perante a cidade que ele nasceu, que é Mossoró - 'Agripino é um patrimônio político do Rio Grande do Norte e do Brasil e eu sou reconhecedor dessa sua biografia'". Isso foi dito no Teatro Dix-huit Rosado, que estava lotado.


Então o senhor se mantém aliado do senador José Agripino Maia?


Espero que sim. Espero que esse palanque de 2010... Foi um palanque vitorioso e ele (o senador José Agripino) foi um protagonista importante. Ele foi um incentivador para que eu estivesse ao lado dele, de Rosalba. Foi buscar o PMN, que hoje é o PSD, um partido novo. O PSD não pode ser visto com olhos de um partido que veio para dividir. Pelo contrário, o PSD veio para somar, vai somar muito para Rosalba, para sua governabilidade, para seu futuro político. O tempo vai mostrar isso. Parece até que estou querendo dizer que o PSD é solução para muita coisa... O PSD é forte, com deputados fortes, lideranças fortes e está pronto para colaborar.


Sobre os deputados estaduais do PSD (Ricardo Motta, Gustavo Carvalho, José Dias, Vivaldo Costa, José Dias, Gesane Marinho e Raimundo Fernandes), houve declarações de Ricardo Motta se mostrando reticente a ingressar no partido. O senhor teme que os parlamentares possam desistir de ingressar no partido?


Os deputados do PSD são, na maioria, os deputados que vinham do PMN. Sou amigo de Ricardo Motta há 24 anos, meu amigo particular, amizade fraternal. Ricardo Motta foi companheiro leal do PMN o tempo inteiro. E nós fomos juntos a São Paulo - eu, ele, Fábio (Faria) e Raimundo Fernandes - buscar o PSD para o Rio Grande do Norte. Eu não posso falar por ele, o que posso dizer é que acho que nós estaremos juntos.


O senhor acredita que manterá o grupo dos seis deputados no PSD?


Eu confio, não posso falar por cada um. Mas minha expectativa e meu sentimento é de que estaremos juntos até porque discutimos, durante tantos meses, cidade por cidade a criação do PSD. Todos nós discutimos caso a caso a formação do PSD. Qual o fato novo para modificar isso aí? Não vejo nenhum fato novo para modificar e desmanchar a união, a irmandade que há hoje entre nós do PSD. Não houve nada grave, não teve nenhuma discussão. Ao contrário, estamos sempre conversando, dialogando.


Como se portará o PSD na eleição de Natal?


O PSD tem que ter sempre a essência da discussão coletiva. Temos que discutir coletivamente, nos reunir, eu, os deputados, todos temos que ter o cuidado de discutir Natal, sabendo todos nós que a líder maior nossa não só em Natal, mas em todo Estado, é a governadora Rosalba Ciarlini. A eleição é só no próximo ano. Ninguém fechou coligação, não vejo PMDB, nem PT, nem PDT, nem PSB fechando coligação, por que só o PSD tem que dizer qual será sua coligação? Temos tempo para discutir. Rosalba não deflagrou o processo ainda. Vamos aguardar ela deflagrar o processo. Isso não impede o PSD conversar, Rosalba conversar. No momento certo o PSD coletivamente irá definir a posição em Natal.


Mas o PSD poderá caminhar em um palanque diferente do da governadora Rosalba em Natal?


O sentimento do partido é coletivo. E essa será uma decisão interna corporis do PSD após ser deflagrado o processo e Rosalba colocar para nós. Já entreguei o processo à governadora Rosalba. Falando no meu nome, entreguei o processo à governadora Rosalba.


O senhor disse, em entrevistas anteriores que o candidato a ser apoiado para a Prefeitura do Natal deve ter afinidade com o Governo Federal. Com isso o senhor exclui a possibilidade de apoio ao deputado federal Rogério Marinho, que é opositor à presidenta Dilma Rousseff?


Não tenho nada pessoal contra Rogério Marinho. Mas minha opinião pessoal, que poderá nem prevalecer, porque vai prevalecer a opinião da maioria e eu não sou presidente que vou impor... Mas se for o caso do grupo caminhar com Rogério que seja por consenso comandado por Rosalba. Pode ser ele (Rogério Marinho) ou qualquer nome fora desses cogitados diariamente pelos partidos que integram a base de Rosalba. O PSD está com o sentimento de no momento certo coletivamente ouvir a nossa principal líder para que ela coloque a discussão e tenhamos cada um direito a voz. Agora eu, Robinson, não o presidente do PSD, mas o ex-deputado e vice-governador Robinson Faria, acharia interessante um nome que tivesse livre trânsito em Brasília para ajudar de forma mais fácil a gestão de Natal. Seria melhor para Natal ter um prefeito com livre acesso à capital federal. Mas essa é uma opinião particular minha.


O senhor se mostra muito afinado à governadora Rosalba, a impressão é que necessariamente estará no palanque de Rosalba em Natal. É isso mesmo?


É o meu desejo. Espero que estejamos juntos. A lógica é ela comandar o processo.


O nome do deputado federal Fábio Faria vem sendo lembrado nas pesquisas para prefeito de Natal. O PSD poderá ter candidato próprio a prefeito de Natal?


O PSD não nasce para ser de imposição, mas de colaboração. Partido parceiro dos demais que queiram caminhar conosco. O nome de Fábio tem todas as condições para disputar, mas resta saber se ele tem essa motivação para ser candidato. Justiça seja feita, quem primeiro bateu na porta da CBF lutando pela Copa, ainda no governo Wilma de Faria, e pediu audiência a Ricardo Teixeira, foi o deputado Fábio Faria.


O senhor rompeu com a prefeita Micarla de Sousa?


Eu não rompi com Micarla. Micarla rompeu com todos que a apoiaram.


Em 2012 há possibilidade do senhor apoiar a reeleição da prefeita?


Acho muito difícil. Apesar de que ela ainda se diz aliada da governadora Rosalba. Não tenho nada pessoal contra ela (Micarla), mas no campo político acho que a prefeita cometeu erros sucessivos a ponto de ter que governar com seus adversários porque não tinha mais um correligionário seu, que lhe ajudou a ser prefeita, ao seu lado. Ela foi buscar Henrique Alves, auxiliares da ex-governadora Wilma de Faria, porque não tinha um aliado que pudesse contar. É lamentável. Não sei o que passou na cabeça de Micarla, até hoje não entendo como ela se transformou quando se elegeu prefeita de Natal.


O senhor conversou com o ex-prefeito Carlos Eduardo. Há diálogo para apoiá-lo?


Esse diálogo existe, mas ele (Carlos Eduardo) também dialoga com o PT, com Wilma de Faria, com o PSB, com o PMDB de seus familiares. Está dialogando com outros partidos. Por amizade que eu tenho ao seu pai (Agnelo Alves) hoje e a ele próprio, também dialogou com o PSD. É muito incipiente agora ter definição de coligação. Mas impossível com ele (Carlos Eduardo) não é. Se amanhã a própria Rosalba pode abrir diálogo com Carlos Eduardo, com nossa ajuda, com a participação de Garibaldi que é simpático a apoiá-lo... Não é nada impossível ele ser o nome colocado no contexto dos partidos que compõem a base de Rosalba.


E o apoio a Wilma de Faria para prefeita?


Wilma de Faria tem uma situação mais difícil. Ela tem uma questão mais pessoal, mais distante com o senador José Agripino e com a governadora Rosalba Ciarlini.


O senhor já disse que o Rio Grande do Norte é muito politizado. E hoje não se fala apenas na eleição de 2012, mas também de 2014. Qual o projeto político do vice-governador para 2014?


O projeto político é conseqüência do trabalho administrativo, da prestação de contas. Hoje estou no outro lado, estou no Executivo. Para que possa vislumbrar uma candidatura, que não sei nem qual é, eu tenho que ajudar o governo Rosalba para que ele seja de sucesso, de transformações, de modernidade, que avance na segurança, na saúde, que realize obras estruturantes tão sonhadas há várias décadas, que avance no campo do agronegócio, que consolide o boom da energia eólica, que rediscuta a relação com a Petrobras e possa melhorar o Ideb da educação. São metas ousadas. Estamos desafiados. Sonhos meus e de Rosalba e temos que trabalhar em pouco tempo para daqui a três anos e meio termos a condição de nos apresentarmos e prestarmos contas ao povo. Candidatura minha e dela (Rosalba Ciarlini) será consequência do nosso governo. Lógico que se tenho sete mandatos e vou sonhar e trabalhar para ter o oitavo mandato.


O senhor poderá ser candidato ao Senado?


O Senado é opção, mas não é obsessão. Posso nem ter a condição de ser candidato a senador, meu nome pode não estar com viabilidade nas pesquisas para ser senador, mas não é nenhum pecado revelar que esse sonho existe no meu âmago. Ou é melhor dissimular? Prefiro revelar e ser sincero com o povo do que preferir a dissimulação, que não é honesto.


Assim como o senhor revela que deseja ser candidato ao Senado, a deputada federal Fátima Bezerra (PT) já disse que deseja ser, o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) dá sinais de que vai entrar na disputa. Qual sua avaliação sobre esse trio disputando só uma cadeira?


Acho bastante salutar. Ninguém escolhe concorrente, não escolhe adversário. Cada um procure seu espaço. Busquei ser candidato a governador, não sou um homem ressentido porque não fui. Se não aconteceu, não era meu momento, o momento era de Rosalba. Mas não invalidou o meu trabalho, não me arrependi de não ter tentado. Pior é o pecado da omissão, feio é esperar ser conduzido a um cargo importante de cima para baixo porque tem um partido, dois ou três (partidos) que comanda ou tem simpatia e você é candidato colocado de forma verticalizada, imposta.


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