quarta-feira, 26 de março de 2014

Negociação da vaga de vice gera turbulência entre Henrique e João Maia

Política - RN - Eleições 2014

PMDB quer esperar resposta de Robinson Faria para confirmar líder do PR como candidato a vice-governador.

Nem bem foi anunciada a chapa encabeçada pelo PMDB já enfrenta suas primeiras turbulências. A estratégia de esperar a decisão de Robinson Faria (PSD), convidado para ser candidato a vice-governador mais uma vez, desagradou o deputado federal João Maia (PR), cotado para a função. Ontem (25), o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), conversou com Maia para minimizar o desgaste e a reafirmar a aliança com o PR. "Os dois conversaram e se entenderam", declarou uma fonte da cúpula do PMDB.

O nome mais forte para ocupar a vaga de vice-governador é João Maia, mas Henrique Alves ainda aguarda uma resposta do dirigente do PSD, Robinson Faria, ao convite intermediado pelo filho do vice-governador, deputado federal Fábio Faria. Segundo Fábio, Robinson teria sinalizado a possibilidade de entendimento com o PMDB. O vice-governador está em viagem de férias aos Estados Unidos e só deve retornar ao Estado no início de abril.

João Maia não gostou da articulação às vésperas do anúncio oficial da chapa encabeçada pelo PMDB, na próxima sexta-feira (28), em ato no Hotel Praiamar, na Praia de Ponta Negra. A expectativa era que a chapa completa fosse anunciada, mas especula-se que o candidato a vice só será anunciado em 5 de abril.

O líder do PR está chateado porque sempre afirmou que não seria problema para a acomodação de aliados na chapa majoritária, mas não esperava ser descartado neste momento. Como a vaga de vice estava praticamente acertada para o PR, João Maia chegou a anunciar que a irmã Zenaide Maia, esposa do prefeito de São Gonçalo do Amarante, será candidata à Câmara Federal, lugar que ocupa hoje.
A possibilidade de entendimento do PMDB com Robinson Faria atrapalha os planos do PR às vésperas da campanha eleitoral. João Maia teria de reformular tudo.

Suplência do Senado

Segundo a fonte do PMDB, o PDT do prefeito Carlos Eduardo Alves nunca pleiteou a vaga de vice-governador como a imprensa vem especulando nas últimas semanas. Os pedetistas desejam eleger um deputado federal e o nome do partido é o jornalista Sávio Hackradt, chefe do gabinete civil do prefeito de Natal.
A única vaga aberta para entendimento com Robinson Faria é a de vice-governador. A primeira suplência da candidata ao Senado, Wilma de Faria (PSB), será ocupada pelo empresário Flávio Azevedo (PMDB), conselheiro da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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terça-feira, 25 de março de 2014

LIXÃO EM SERRINHA,RN

Meio Ambiente - Lixão

As fotos abaixo são de um lixão que existe em SERRINHA, RN já há anos.

Este lixão fica a uns 400 metros da cidade, eu já havia feito esta denuncia há 03 anos e nada foi feito.
Moradores relatam que para amenizar a fedentina o lixo é queimado e revirado, o que mais me preocupou foi ter encontrado lixo hospitalar e um pequeno açude a 30 metros do local

COM A PALAVRA A PROMOTORIA DO MEIO AMBIENTE DO RN.




Henrique e Wilma estão juntos mais uma vez

Política - Eleições 2014

Não há surpresa mais sobre a chapa encabeçada pelo PMDB na eleição deste ano. Henrique Eduardo Alves vai disputar o governo e a vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB), vai concorrer à única vaga do Senado. O candidato a vice-governador será João Maia, do PR.
O que tinha de ser conversado já foi conversado à exaustão. Agora, só falta o anúncio da chapa, marcado para sexta-feira (28), no Hotel Praiamar, em Natal.
Wilma de Faria viaja hoje (25) para Recife para se encontrar com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidenciável e líder nacional do PSB.
Eduardo gostaria de ver Wilma candidata ao governo, mas a vice-prefeita já comunicou a ele que optou pela corrida senatorial.

O comunicado foi feito no Encontro Programático do PSB/Rede/PPS em Salvador, no último final de semana. Mas o presidenciável quer mais detalhes do entendimento de Wilma com o PMDB do Rio Grande do Norte. Ele quer ter a certeza de que haverá palanque para sua candidatura no Estado.
Wilma desejava cozinhar o PMDB por mais tempo. Ela chegou a externar o desejo de apenas comunicar sua decisão em meados de abril, após o prazo de desincompatibilização dos ocupantes de cargos no executivo. Garibaldi Alves Filho (Previdência) é um deles.

Mas a cúpula do PMDB bateu o pé e exigiu da vice-prefeita o compromisso da aliança no evento da próxima sexta-feira. O medo da trairagem é grande. Ainda há quem acredite que Wilma pode optar pelo governo em caso de endurecimento na disputa pelo Senado.
Henrique venceu o medo, João Maia firmou a parceria com o PMDB e Wilma anda vesga com um olho no Senado e outro no governo. Assim caminha o principal bloco de partidos na eleição deste ano.

Sob o comando do PMDB, este bloco deverá reunir quase 20 legendas. Trata-se de um verdadeiro massacre partidário. Mais de 12 minutos de propaganda no rádio e na TV durante a campanha eleitoral.
Agora, só falta o anúncio da aliança entre PSD e PT. E as candidaturas das legendas de esquerda - PSOL e PSTU.
Não há mais o que conversar: Henrique e Wilma estão juntos mais uma vez. Esse amor é antigo.

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sábado, 22 de março de 2014

CENÁRIO POLÍTICO ATUAL E OS DESAFIOS À PRÓXIMA GESTÃO

Eleições 2014/2016

SERRINHA EM FOCO: 19/03/2014


Atendendo ao pedido de alguns amigos e interessados na gestão pública local, resolvi tentar resumir em um pequeno artigo, minha impressão sobre a situação político-partidária do Município de Serrinha, e o que se espera para os dias que se segue, com os arranjos e negociações, com o objetivo ao pleito eleitoral ao governo do Estado, deputado federal e estadual, senador e presidência da república.
Na verdade, os arranjos feitos neste momento, determinaram os possíveis financiamentos e apoios às candidaturas a prefeitura e câmara de vereadores, na próxima campanha, o que realmente interessa aos políticos locais.
O município de Serrinha passa por um momento impar em sua História político-partidária. Quando chegar o fim da atual gestão, o Prefeito Fabiano de Souza terá que apresentar seu apoio a uma candidatura, que ao que parece, será encabeçada por alguém pertencente à família Souza, mesmo que indiretamente. A esposa de algum deles, talvez, mais com certeza, prevalecerão os interesses de Genilson, Gilmar, Junior de Souza e Fabiano, atuais herdeiros políticos da gestão Souza no Município.
Como campanha bem feita, é campanha planejada, os lideres desta frente familiar, que aqui representam o PMDB, já estão indo a campo, ouvindo lideranças locais e sugerindo nomes que terão ou não a adesão popular.
Outra frente é encampada por Manoel Docarmo, que parece apostar todas as cartas em seu neto Rodrigo, que atualmente é Vereador no Município.
As duas frentes estão se articulando no cenário estadual, buscando articulações com candidatos a deputados estadual e federal, com o propósito de firmar apoio político para o pleito próximo e em troca buscam apoio político e econômico para a próxima eleição local.
Agora vamos aos fatos inesperados. Em Serrinha a única definição partidária tradicional é a da Família Souza, que ao longo da história do município sempre esteve com o PMDB. Com base neste fato e verificando uma constante articulação, mais na esfera familiar que na esfera partidária, tomarei como referencia as articulações familiares na observação que farei a seguir.
Na ultima eleição para prefeito, a cidade de Santo Antônio, cidade vizinha a Serrinha e polo de influencia econômico, religioso e político local, passou por um fator muito importante politicamente, e que torna necessário observar para melhor compreender a situação política de Serrinha hoje. Quebrando um Histórico de domínio da Família Barbosa e Barbalho, famílias de tradição e peso político e econômico em santo Antônio, Lula Ribeiro foi eleito com votação expressiva, trazendo consigo um estilo simples e objetivo de governar, que parece está correspondendo aos anseios dos munícipes de Santo Antônio.
Num estilo de gestão centralizada, o prefeito vem administrado o município, sem deixar de morar na cidade, sua residência fica ao lado da prefeitura. Cito este fato, por ser costume, ao longo de anos, de os prefeitos e vereadores da Região Agreste, que está próximo a capital, de ao serem eleitos, logo vão morar em Natal, e alguns montam até gabinete da prefeitura por lá, evitando com isso, o contato direto com o eleitorado, que só parece interessante no período da campanha partidária.
Como Serrinha está muito próximo de Santo Antônio, e o fluxo de pessoas entre os dois municípios são constante, Serrinha tem sido bastante influenciada pela situação política de Santo Antonio e a população já se questiona, da possibilidade do surgimento de novas lideranças políticas que possibilite uma terceira via, que corresponda mais objetivamente aos anseios e necessidades da população de Serrinha.
No contesto atual dois nomes prometem agitar a política local e dar direcionamento as frentes de negociações, Deda Terto e Flavio Docarmo, são dois possíveis candidatos a uma terceira via que rompe com as duas alas já existentes.
É claro para todos que, devido ao investimento financeiro e a votação expressiva que Deda Terto teve na ultima eleição, sendo eleito vereador, Ele será alvo de investidas de ambos os lados, mais existe um porem, Deda parece não querer aceitar a cadeira de vice, e ao que se espera nem Manoel nem Souza lhes dará oportunidade de encabeçar uma chapa.
Flavio Docarmo é um nome que surge e que embora seja sobrinho de Manoel Docarmo, nunca teve oportunidade na sucessão familiar. Opositor ao tio surge como possibilidade de junção com Deda Terto na composição de uma terceira via.
Ao que parece a população anseia por novos ares, e isto é tão provado que as frentes tradicionais de gestão de nosso município já estão articulando formas de montarem composições mais flexíveis, preferencialmente com nomes de famílias que até então não fazem parte da administração pública local. O entrave ainda é a guerra pelo poder que barra no nome que ira encabeçar as chapas futuras. No meio do povo existe uma frase que diz: “vice não manda em nada”. Parece que este é o medo que ronda a cabeça dos políticos que desejam serem prefeitos em Serrinha.
Ao longo da História do município a Gestão Docarmo tem tomado um rumo tradicional de gestão centralizada e populista, embora no último governo, tenha se direcionado para um modelo gerencial, que comprovadamente, não deu certo, culminando com a derrota de Manoel Docarmo para Fabiano de Souza.
Na atual gestão que teve em seu primeiro mandato um modelo que oscilava entre o centralizado e o gerencial. Agora no segundo mandato parece que definitivamente assumiu o modelo de gestão gerencial, que mais uma vez oferece um risco ao gestor, por não ser este o modelo administrativo desejado pela população local. Um mérito da gestão atual é o rompimento com o modelo paternalista de gestão, alimentado pelas duas frentes ao longo dos anos e que agora parece não interessar nem ao Souza nem ao Docarmo.
Muitas águas ainda iram passar por baixo da ponte das negociações políticas de Serrinha, mais uma coisa é certo. O próximo prefeito do Município terá que traçar um plano administrativo que supere as expectativas da população Serrinhense, que pelo visto tem dado novos direcionamentos a sua visão político social.
O próximo gestor deverá administrar focado num Plano de Desenvolvimento do Município, que comporte a multiplicidade de interesses e necessidades da cidade e do campo em nosso município.

AS 10 METAS DE GRANDE RELEVANCIA PARA A PRÓXIMA GESTÃO:
1. Aumentar a arrecadação do Município;
2. Resolver o problema do Lixão (gerenciamento do lixo urbano e rural);
3. Promover concurso público;
4. Promover geração de emprego e renda no campo e na cidade;
5. Combater a migração campo-cidade;
6. Promover a gestão hospitalar;
7. Promover a segurança pública na cidade e no campo;
8. Promover o lazer e recreação pública na cidade e no campo;
9. Promover a educação descentralizada, campo e cidade;
10. Promover técnicas de convivência com as estiagens e meios de reforma agrária no campo.

Outro ponto relevante é a capacidade dos gestores públicos para saírem a campo em busca de ajuda para nosso município. O prefeito e os vereadores não são obrigados a ter formação superior, nem precisão saber de tudo, mais eles precisam de uma boa acessória que possibilite uma excelente administração.
É preciso verificar as escolhas que estamos fazendo para a câmara de vereadores. Se escolhermos vereadores que pouco sabe o que fazem, e só estão visando lucratividade e emprego, estaremos colocando o próximo prefeito muna saia justa, de ter que ficar pagando mensalão para vereador fazer o que já é sua obrigação.
Uma boa gestão pública se faz na prefeitura e na câmara, não se esqueçam disso. O candidato que sai escondido véspera da eleição dando dinheiro é tão indigno quanto o eleitor que vota nele. Ambos são ladrões e estupradores da consciência da população que acredita na possibilidade de melhores dias e numa gestão honrada e inclusiva.
Espero que a situação no cenário local esteja bem melhor que no âmbito estadual, que ao que parece em nada contribuirá para novos rumos na política do RN.

Prof. Josenildo Lemos.
Sociólogo e Filosofo

Renato Aragão volta a ser internado no Rio

Entretenimento

Humorista teve febre supostamente em decorrência de infecção urinária.
No começo da semana ele passou três dias internado após sofrer infarto.

 

 O humorista Renato Aragão voltou a ser internado. Ele deu entrada às 16h deste sábado (22) no Hospital Barra d’Or, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, para investigar a origem de uma febre que se manifestou durante a madrugada, conforme mostrou o RJTV.

Um exame de sangue constatou que ele está com infecção urinária. No início desta semana, Renato Aragão já tinha passado três dias internados devido a um enfarte na quarta-feira (19).

Segundo a mulher do humorista, Lílian Aragão, Renato também fez exames no coração e que os resultados foram bons. Ele deve permanecer internado, tomando antibióticos, até segunda-feira (24).

Por meio de nota, a assessoria do hospital informou que Renato tem quadro clínico e cardiológico estável e previsão de alta em até 3 dias.

'Não me leve agora'
Durante a primeira internação, Renato Aragão agradeceu, na terça-feira (18), o carinho e a preocupação dos brasileiros com o estado de saúde dele. No Rio, ele recebeu a repórter Lília Teles no hospital em que se recuperava de um infarto. Ele contou como foi o infarto e revelou ter sentifo medo da morte.
“Eu estava na festa da minha filha, que foi sexta-feira (14), fiquei feliz da vida, estava alegre. Acabou a festa, fui para casa, dormi tranquilo. No dia seguinte, tomei café, quando foi umas nove horas da manhã, veio uma dor enorme no peito, parecia que tinha um caminhão de mudança aqui em cima. Uma dor indescritível, insuportável, nunca tinha sentido isso. Eu gritava. Mas já tinha uma equipe médica aqui me esperando, aí eu não sei o que aconteceu comigo, já me doparam, ali mesmo fizeram o tratamento, colocaram um stent”, lembrou o humorista.
Renato Aragão passou por uma cirurgia para desobstruir uma artéria do coração. A recuperação dele foi considerada excelente pelos médicos. O eterno Didi, que alegra o Brasil há mais de 50 anos, se emocionou ao lembra do risco da morte. “Quando eu vinha para cá, a dor era tão grande, eu falava: ‘meu Deus, não me leva agora, que não está na hora. Tem muita coisa para fazer, tem dois seriados para fazer’”, revelou.

sexta-feira, 21 de março de 2014

'Queria ficar boa', diz criança após doador de medula desistir no RN

Saúde,RN

Amanda, de 8 anos, é portadora de síndrome de imunodeficiência.
No RN, 22 pessoas estão na fila de espera do transplante de medula.

 "Queria ficar boa, ir para casa, brincar com meus amiguinhos, só que estou muito triste", desabafa Amanda, de 8 anos. Portadora de síndrome da imunodeficiência - que enfraquece o sistema imunológico - a menina esteve perto de conseguir a cura, porém o doador que tinha a medula compatível desistiu do transplante. A mesma situação aconteceu com Marcos, de 9 anos, que tem leucemia. A matéria sobre as crianças, que estão internadas em um hospital de Natal, foi exibida nesta sexta-feira (21) pelo RN TV 1ª Edição

 As crianças são dois dos 22 pacientes que estão na fila de espera do transplante de medula no Rio Grande do Norte. A proporção para se encontrar doador é de um para cada 100 mil pessoas. De acordo com a médica Luciana Correa, a desistência do transplante tem sido cada vez mais comum. A oncologista explica que isso acontece principalmente pela falta de conhecimento sobre as técnicas.

"Você tem basicamente duas formas de fazer. Por uma máquina que faz a coleta de sangue periférica ou a coleta da própria medula óssea. As duas são indolores, não trazem malefícios para o doador, e só trazem benefícios para quem vai receber", afirma.

Para as mães das duas crianças, a sensação é de decepção. "Essa notícia abriu meu chão, me destruiu, mas ainda tenho um sonho, pois acredito em um Deus que tudo pode e ele vai fazer com que essa pessoa volte atrás", diz Ildeni Brandão, mãe de Amanda.

Mônica Xavier, mãe de Marcos, ainda tenta encontrar explicação para o que aconteceu. "Será que é falta de conscientização? Será que falta apoio psicológico? Será que estão sabendo que estão mexendo com vidas, com expectativas de vidas, para desistirem tão fácil assim?", questiona.

 

domingo, 15 de dezembro de 2013

O que é Endometriose?

Saúde - Brasil


Endometriose é uma condição na qual o tecido que age como a mucosa que reveste a parede interna do útero (endométrio) cresce em outras regiões do corpo, causando dor, sangramento irregular e possível infertilidade.

Essa formação de tecido (implante) normalmente ocorre na região pélvica, fora do útero, nos ovários, no intestino, no reto, na bexiga e na delicada membrana que reveste a pélvis. Entretanto, os implantes também podem ocorrer em outras partes do corpo.
 

Causas

Todo mês, os ovários produzem hormônios que estimulam as células da mucosa do útero (endométrio) a se multiplicarem e estarem preparadas para receber um óvulo fertilizado. A mucosa aumenta de tamanho e fica mais espessa.
Adam Comparação entre endométrio com hiperplasia e endométrio normal
Se essas células (chamadas de células endometriais) crescerem fora do útero, surge a endometriose. Ao contrário das células normalmente encontradas dentro do útero que são liberadas durante a menstruação, as células fora do útero permanecem no lugar. Elas, às vezes, sangram um pouco, mas se curam e são estimuladas novamente durante o ciclo seguinte.
                                   
Esse processo contínuo provoca os sintomas da endometriose (dor) e pode causar cicatrizes (aderências) nas trompas, ovários e estruturas ao redor na pélvis.
A causa da endometriose é desconhecida, mas existem diversas teorias. Uma delas afirma que as células endometriais liberadas durante a menstruação podem "voltar para cima" através das trompas de Falópio para dentro da pélvis. Elas, então, são implantadas e crescem na cavidade pélvica ou abdominal. Isso é chamado de menstruação retrógrada. Ela ocorre em muitas mulheres, mas pode haver algo diferente no sistema imunológico das mulheres que desenvolvem a endometriose em comparação ao sistema imunológico das que não apresentam a doença.
                                   
A endometriose é um problema comum. Às vezes, ela pode ser passada para as gerações seguintes de uma mesma família. Embora, normalmente, a endometriose seja diagnosticada entre 25 e 35 anos, a doença provavelmente começa quando a menstruação regular inicia.
Uma mulher cuja mãe ou irmã tem endometriose apresenta seis vezes mais probabilidade de desenvolver endometriose do que as mulheres em geral. Outros possíveis fatores de risco:
  • Começar a menstruar muito cedo
  • Nunca ter tido filhos
  • Ciclos menstruais frequentes
  • Menstruações que duram sete dias ou mais
  • Problemas como hímen não perfurado, que bloqueia a passagem do sangue da menstruação

Exames

Testes que são realizados para diagnosticar a endometriose:
  • Exame pélvico
  • Ultrassom transvaginal
  • Laparoscopia pélvica

Sintomas de Endometriose

A dor é o principal sintoma das mulheres com endometriose. Pode incluir:
  • Menstruações dolorosas
  • Dor no baixo abdome ou cólicas que podem ocorrer por uma semana ou duas antes da menstruação
  • Dor no baixo abdome durante a menstruação (a dor e as cólicas podem ser incômodas e uniformes ou intensas)
  • Dor durante ou após a relação sexual
  • Dor ao evacuar
  • Dor pélvica ou lombar que pode ocorrer a qualquer momento do ciclo menstrual
Observação: Em muitos casos, não há sintomas. Na realidade, algumas mulheres com casos graves de endometriose nunca sentem dor, enquanto outras com endometriose leve sentem dor intensa.

Buscando ajuda médica

Marque uma consulta com seu médico se:
                                       
    • Você apresentar sintomas de endometriose
    • A dor nas costas ou outros sintomas voltarem a ocorrer depois de tratar a endometriose
    Considere a possibilidade de fazer exames de detecção precoce de endometriose se sua mãe ou irmã tiverem sido diagnosticadas com endometriose ou se você não conseguir engravidar após um ano de tentativas.
     

    Tratamento de Endometriose

                           
    As opções de tratamento incluem:
    • Medicamentos para controlar a dor
    • Medicamentos para impedir que a endometriose piore
    • Cirurgia para retirar as áreas de endometriose
    • Histerectomia com retirada dos dois ovários
    O tratamento depende dos seguintes fatores:
                                       
    • Idade
    • Gravidade dos sintomas
    • Gravidade da doença
    • Se você deseja ter filhos
    Algumas mulheres que não desejam ter filhos e que apresentam um grau leve da doença e dos sintomas podem optar por fazer apenas exames periódicos uma ou duas vezes por ano para que o médico verifique se a doença não está piorando. Os sintomas podem ser controlados com:
    • Exercícios e técnicas de relaxamento
    • Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINE), como ibuprofeno (Advil), naproxeno (Aleve), acetaminofeno (Tylenol) ou analgésicos receitados para aliviar a cólica e a dor.
    O tratamento pode envolver a interrupção do ciclo menstrual e a criação de um estado similar à gravidez. Isso é chamado de pseudogravidez e pode ajudar a impedir que a doença piore. Para isso, são usadas pílulas anticoncepcionais com estrogênio e progesterona.
    • Você deve tomar o medicamento, de forma contínua, durante seis a nove meses e parar de usálo por uma semana para menstruar. Os efeitos colaterais são spotting (manchas de sangue), sensibilidade nos seios, náusea e outros efeitos colaterais hormonais.
    • Este tipo de terapia alivia a maioria dos sintomas da endometriose, mas não evita as cicatrizes (aderências) causadas pela doença. Ela também não reverte as alterações físicas que já ocorreram.
    Outro tratamento envolve comprimidos ou injeções de progesterona. Os efeitos colaterais podem ser incômodos e incluir depressão, ganho de peso e spotting (manchas de sangue).
    Para algumas mulheres, podem ser receitados medicamentos que impedem a produção de estrogênio pelos ovários. Esses medicamentos são chamados de drogas agonistas de gonadotropina e incluem acetato de nafarelina (Synarel) e Lupron Depot.
    • Alguns possíveis efeitos colaterais incluem sintomas de menopausa, como ondas de calor, secura vaginal, alterações de humor e perda precoce de cálcio dos ossos.
    • Em razão da perda de densidade óssea, esse tipo de tratamento geralmente é limitado a seis meses. Em alguns casos, ele poderá ser prolongado por até um ano se pequenas doses de estrogênio e progesterona forem receitadas para reduzir os efeitos colaterais de enfraquecimento ósseo.
     
    A cirurgia é uma opção para as mulheres que apresentam dor intensa que não diminui com o tratamento de hormônios ou que desejam engravidar agora ou no futuro.
    • Uma laparoscopia ou laparotomia pélvica é realizada para diagnosticar a endometriose e retirar ou destruir todo o tecido relacionado à endometriose e o tecido cicatricial (aderências).
    • As mulheres que têm doença ou sintomas graves e não querem ter filhos no futuro podem fazer a cirurgia para retirada do útero (histerectomia). Um ou os dois ovários e as trompas de Falópio também podem ser removidos. Uma em cada três mulheres que não retiraram os dois ovários durante a histerectomia apresentará os sintomas novamente e precisará de cirurgia mais tarde para remover os ovários.
    Adam Laparoscopia pélvica é uma alternativa de cirurgia para tratamento da endometriose
     

    Expectativas

    A terapia hormonal e a laparoscopia pélvica não curam a endometriose. Entretanto, elas podem aliviar os sintomas de modo parcial ou completo em muitas pacientes por vários anos.
    Retirar o útero (histerectomia), os dois ovários e as trompas de Falópio é a melhor chance de cura da endometriose. Talvez seja necessário fazer terapia de reposição hormonal depois da remoção dos ovários. Em casos raros, a doença pode voltar, mesmo após a histerectomia.
    A endometriose pode causar infertilidade, mas não em todas as pacientes, principalmente se for leve. A cirurgia laparoscópica pode ajudar a aumentar a fertilidade. A chance de sucesso depende da gravidade da endometriose. Se a primeira cirurgia não ajudar a engravidar, será pouco provável que repetir a laparoscopia ajude. As pacientes devem considerar outros tratamentos para infertilidade.

    Complicações possíveis

    A endometriose pode causar dificuldades para engravidar (infertilidade). Outras possíveis c
    • Dor pélvica crônica ou prolongada que interfere na vida social e no trabalho
    • Cistos grandes na pélvis (chamados de endometriomas) que podem sofrer ruptura
    Outras complicações são raras. Em alguns casos, os implantes da endometriose podem causar obstruções no trato gastrointestinal ou urinário.
    Muito raramente, um câncer pode se desenvolver nas áreas de endometriose após a menopausa.
    omplicações:
     
         

    Prevenção

    As pílulas anticoncepcionais podem ajudar a impedir ou retardar o desenvolvimento da doença.
                                  
     

domingo, 8 de dezembro de 2013

Bill Clinton: "Governos precisam ser transparentes"

Política Internacional

O ex-presidente dos Estados Unidos diz a ÉPOCA que o escândalo da espionagem americana expõe a necessidade de mais cooperação e menos desconfiança entre países

William Jefferson Clinton é corajoso. Após ocupar por oito anos a cadeira mais poderosa do mundo, como 42º presidente dos Estados Unidos (1993-2001), aos 67 anos ele se dedica a lutas tão nobres quanto difíceis – como a busca por alternativas econômicas e a melhoria no atendimento de saúde em algumas das regiões mais carentes do planeta. Entre este domingo, dia 8, e o dia 10 de dezembro, Bill Clinton comandará, no Rio de Janeiro, uma versão latino-americana do encontro de sua Clinton Global Initiative (CGI), parte da Fundação Clinton dedicada a projetos de desenvolvimento. Sua mensagem pede mais cooperação entre setores e países. “Ninguém tem nada a ganhar escondendo.”


ÉPOCA – Na América Latina, costumamos nos referir a nós mesmos como a “região esquecida” – não tão pobre quanto a África nem tão politicamente importante quanto o Oriente Médio. O senhor esteve recentemente em países como Peru e Bolívia, acompanhando projetos de sua fundação. Agora traz o encontro da Clinton Global Initiative (CGI) ao Rio de Janeiro. Por que esse novo foco na América Latina?

Bill Clinton –
É uma coisa permanente. Quando era presidente, ajudei o Brasil duas vezes, em 1994 e 1998. Ajudei o México a sobreviver à sua crise da dívida. Desde que deixei o cargo, continuei a trabalhar na Colômbia e no Peru. Temos também no México projetos sobre o clima, na Guiana, por todo o Caribe. Tenho me envolvido consistentemente na América Latina por 20 anos, porque acho que é o único caminho que faz sentido para os Estados Unidos – somos vizinhos, amigos, aliados. Deveríamos construir um mundo onde trabalharíamos para o melhor resultado possível,  um mundo mais unido, com mais oportunidades, menos desigualdade e mais cooperação por todo o globo. Se tudo der errado, podemos nos sair muito bem aqui em nossa vizinhança, se o Canadá e os Estados Unidos trabalharem com todos os países.


ÉPOCA – O que o senhor espera desse encontro? Algum resultado específico relativo ao Brasil?

Clinton –
Espero, primeiro, aproximar países das Américas, para que eles possam aprender mais e mais uns com os outros e com seus desafios comuns. Segundo, fazer o que sempre fazemos nos encontros da CGI: compromissos específicos que unam empresas, a sociedade civil e governos, para que trabalhem juntos para resolver esses desafios. O que funciona em qualquer lugar do mundo hoje é criar cooperação. O que funciona na política é o conflito constante, mas isso nunca resulta em crescimento econômico, redução de desigualdade ou melhores oportunidades. O que tentamos fazer é construir essa ideia de envolvimento da sociedade civil e do setor privado na solução de problemas públicos, de uma forma que possibilite a todos os países aprender mais um com o outro. Estou empolgado com isso.

ÉPOCA – Existe algum desafio em particular que o senhor identifica na América Latina – como crescimento econômico, corrupção ou educação – que atrapalhe o progresso na região?

Clinton –
Uma das coisas em que nos concentramos em nossa fundação é a ideia de crescimento econômico de baixo para cima: construir cadeias de oferta e distribuição que ajudem pessoas de baixa renda. No Peru, nos Andes, oferecemos oportunidades a mulheres para vender produtos em vilarejos remotos e praças das cidades, para que aumentem sua renda em quatro, cinco vezes. Isso pode ser adotado em qualquer lugar da América Latina. Na Colômbia, ajudamos produtores agrícolas e pescadores a triplicar seus ganhos ao promover melhor seus produtos, na distribuição de peixe, para que ganhem mais dinheiro e tenham mais oportunidades econômicas. Espero que haja mais projetos na área de energia. Na maior parte da América Latina, a energia verde – sol, vento, energia hidrelétrica, geotérmica – é na verdade muito boa para a economia, porque é muito mais barata que importar diesel, algo que a maior parte das pessoas no Caribe tem de fazer.


ÉPOCA – Desde que o senhor deixou a Casa Branca, seu trabalho tem envolvido questões como aids, pobreza e mudanças climáticas. Muitos veem esses problemas como questões separadas. Existe uma forma combinada de lidar com elas?

Clinton –
Acho que existe, mas, para fazer isso, você precisaria ter mais dinheiro do que minha fundação tem. O que tento fazer, no caso de aids, tuberculose, malária, saúde materna e infantil, é ir a um lugar e reduzir dramaticamente o custo dos medicamentos, melhorar a distribuição, para que o tratamento de saúde possa ser melhorado e mais pessoas possam ser tratadas com o mesmo montante de dinheiro. Isso libera recursos para que países possam investir em educação e desenvolvimento. Quando trabalhamos na área de mudanças climáticas, fazemos apenas projetos que, acreditamos, criarão empregos e crescimento econômico. Tenho muitos projetos de educação, que promovemos por meio da CGI, sem parceiros, a maioria no Caribe e na África. Mas nunca tive recursos para ir a um país e desenhar um projeto amplo de desenvolvimento. Essencialmente, dar poder às pessoas é um de nossos desafios centrais.

ÉPOCA – Em termos de parceiros, o trabalho da CGI tem sido basicamente trazer grandes corporações para o mundo da filantropia. Esses esforços tendem a se tornar reféns de condições econômicas e políticas. Os governos são mais um problema que parte da solução no tipo de trabalho que o senhor faz hoje?

Clinton –
Às vezes. O que sempre tento fazer é lembrar que o governo tem de ser, no final, o garantidor não apenas dos direitos dos cidadãos, mas também da capacidade de operação da sociedade civil e das ONGs (organizações não governamentais). Acho muito importante envolvê-los (o governo), nem que seja para abençoar o que é feito. Meu verdadeiro objetivo, pelo menos em qualquer lugar onde minha fundação trabalhe, é trabalhar fora do governo e ir para algum outro lugar. Gerar capacidade para as pessoas governarem a si mesmas é uma parte importante. Mas você precisa ter padrões. Temos uma estrita política de não à corrupção.

ÉPOCA – O senhor tem falado muito em interdependência no mundo de hoje e na necessidade de colaboração – entre setores, Estados e regiões. Isso é ótimo, mas há muita competição e desconfiança. O trabalho da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) não ajudou a melhorar a confiança entre muitos países, incluindo o Brasil, e os Estados Unidos. Como é possível superar essa desconfiança para que ela não prejudique o diálogo que o senhor e outras ONGs promovem?

Clinton –
Acho saudável ter esse debate de uma forma global. A única maneira de superar a desconfiança é com as pessoas e os governos totalmente transparentes sobre o que acontece e abertos para mudanças em práticas políticas que violem nossos valores e nossos interesses mútuos. Mais transparência é o caminho – e isso é verdade dentro de um país e também em relações bilaterais e multilaterais.

ÉPOCA – O senhor é otimista com relação a esse desafio?

Clinton –
Sou relativamente otimista, sim. Se você olhar para todas as controvérsias, como a dos dados confidenciais, percebe agora que corre o risco de ter menos segurança e menos privacidade. E, se quisermos mais segurança e uma privacidade adequada, isso exigirá cooperação, transparência e que todo mundo siga os parâmetros básicos do que façamos. Há todo tipo de desafio, que todos enfrentamos, por entre as fronteiras, e temos uma enorme quantidade de informação que pode ser usada e abusada. Estamos construindo um verdadeiro mundo interdependente e sou bastante otimista em relação a isso. Estou mais concentrado no que temos agora: uma escassez global de bons empregos para jovens, em qualquer lugar do mundo. Os desafios econômicos são outro argumento por transparência e cooperação. Você precisa achar uma forma de tornar possível que as pessoas tenham uma vida decente em qualquer lugar. O mundo teve sucesso nos últimos 30 anos em reduzir a pobreza extrema – e a China sozinha tirou quase 500 milhões de pessoas da pobreza –, mas ainda existem (na China) 100 milhões vivendo com menos de US$ 1 por dia. Brasil e México tiveram, ambos, uma perceptível redução da desigualdade, em parte por ter erguido as pessoas de baixo para cima. Mas, como vimos nos protestos (no Brasil), ainda existe muita frustração entre os jovens de classe média, que querem uma vida melhor. Esses são desafios que todos enfrentamos. Se não formos otimistas quanto à transparência, ninguém terá nada a ganhar no longo prazo escondendo. Há muito mais a ganhar cooperando.

sábado, 23 de novembro de 2013

Doutor tipo exportação

SAÚDE - BRASIL

Do criador do maior centro de transplantes do mundo ao doutor-cientista que voltou de harvard para revolucionar o tratamento do mal de alzheimer, conheça os médicos brasileiros que mudaram a história da medicina mundial

 Ao proferir o juramento de Hipócrates, todo médico recém-formado promete exercer a nobre arte de curar seguindo os preceitos da honestidade, da caridade e da ciência. Alguns poucos profissionais de branco conseguem fazer bem mais do que isso: em bibliotecas, laboratórios ou salas de cirurgia, eles desenvolvem conhecimentos e inventam técnicas que mudam parâmetros e padrões de conduta. Alguns brasileiros fazem parte desse grupo de excelência da medicina global. Suas técnicas são hoje reverenciadas e adotadas por países como França, Estados Unidos e China. O trabalho desses médicos é quase silencioso – “meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me forem revelados”, diz o texto do juramento –, não fosse por homenagens que recebem em prêmios mundiais, reconhecimento supremo do ofício, mas de pouca repercussão fora da academia. É o caso de José Osmar Medina, celebrado pelo seu trabalho no Hospital do Rim, criado por ele e hoje o maior centro de transplantes público do mundo. Ou de José Pedro da Silva, que recebe convites de diferentes partes do globo para ensinar a técnica que mudou a maneira de realizar operações cardíacas em crianças. Em um momento em que o Brasil polemiza na busca por melhorar as condições de saúde pública trazendo médicos de fora, GQ homenageia o trabalho de ponta de cinco doutores brasileiros – três cardiologistas, um nefrologista e um neurologista – que revolucionaram a medicina. 

 

José Eduardo Sousa
primeiro médico a fazer cateterismo no Brasil e Criador do stent, ele é reverenciado dos Estados Unidos ao Japão 

José Eduardo Sousa (Foto: Victor Affaro) Aos 79 anos, a trajetória do médico maranhense José Eduardo Sousa confunde-se com a história da cardiologia no mundo. Depois do curso na Universidade Federal de Pernambuco e das residências no Instituto Dante Pazzanese e na cardiologia pediátrica de Harvard, ele seguiu para a Cleveland Clinic, famoso centro de cardiologia americano, onde o presidente João Figueiredo se tratou. Ali, havia sido realizado pela primeira vez um exame que revolucionaria a cardiologia: o cateterismo. Com um catéter introduzido pela perna ou braço do paciente era possível chegar ao coração e ver o grau de obstrução das artérias coronárias. O ano era 1966, e o jovem Eduardo Sousa, que presenciou tudo, foi o responsável por importar a técnica e fazer o primeiro exame de cateterismo no Brasil. Em 1968, outra revolução: Adib Jatene, ex-ministro da Saúde, fez a primeira ponte de safena nacional. Durante anos, a única maneira de salvar esses pacientes era abrir o peito, em cirurgias longas e de recuperação demorada.

Eis que um médico alemão criou uma nova técnica, a angioplastia com balão, espécie de cateterismo com um balão que “sugava” a obstrução. E foi novamente Eduardo Sousa, após uma temporada na Europa, quem adotou a técnica no Brasil. “Mas apenas em 1999 entrei realmente para a história da medicina”, orgulha-se o médico. A técnica proposta por ele consistia em colocar uma prótese de metal dentro da coronária. Pela primeira vez no mundo era usado o hoje famoso stent, um implante de aço inoxidável inserido no coração via catéter. Desde que teve licença de uso liberada no Brasil, em 2002, Eduardo Sousa já colocou stents em 5 mil pacientes (ou 8 mil implantes, já que em alguns casos é necessário mais de um stent). Em 2012, o médico lançou um livro em que relata as operações uma a uma, com o acompanhamento de cada caso. É um dos maiores tratados sobre esse revolucionário método. Mas Eduardo Sousa ainda não se dava por satisfeito. Voltou a estudar e, em parceria com a indústria farmacêutica, colocou uma droga chamada rapamicina no stent. Outra ideia simples, e genial: com o remédio liberado no ponto da obstrução na coronária, o paciente já não precisaria retornar ao centro cirúrgico – estava curado.

Os bons resultados do stent farmacológico levaram o médico a ser convidado a ensinar a técnica em países como China, Estados Unidos e Austrália. “Quando falei no Japão fiquei surpreso, as pessoas me conheciam”, conta. Ao longo da carreira, apresentou 600 trabalhos em congressos internacionais, 1,5 mil em congressos nacionais e publicou 450 artigos em revistas especializadas.
Entre as centenas de homenagens recebidas, a que mais o emocionou foi o TCT Career Achievement Award, de 2003, em Washington. “Havia 10 mil médicos do mundo todo e fui o 12º a receber esse prêmio.” Toda a família o acompanhou – a esposa, também cardiologista, os seis filhos e até a mãe. “Fiz questão de levá-la de Pedreiras (a 200 quilômetros de São Luís) para me ver receber o prêmio.”

Para manter a própria saúde cardíaca, o médico conta que é viciado em se pesar, bebe o mínimo de álcool possível e não perde um jogo do Palmeiras. Diante da situação do time este ano, em que disputa a Segunda Divisão, o remédio tem sido mesmo assistir aos concertos da Sala São Paulo.

 
José Pedro da Silva
mudou a forma de fazer cirurgias cardíacas em crianças 

José Pedro da Silva  (Foto: Victor Affaro) O homem que mudou o mundo.” Foi assim que o americano Joseph Dearani, da Mayo Clinic, um dos mais conceituados centros de pesquisas médicas mundiais, apresentou o brasileiro José Pedro da Silva, no encontro anual da Sociedade de Cirurgiões Torácicos, nos Estados Unidos, em 2012. Aos 66 anos, o cirurgião cardiovascular com especialidade em crianças é responsável por revolucionar a cirurgia de Ebstein, que corrige uma má-formação congênita que impede o sangue de circular pelos dois lados do coração. Com sua técnica, um cone feito com o tecido do próprio paciente, ele conseguiu que o sangue percorra seu caminho natural, evitando novas cirurgias. Antes dele, o paciente teria de passar por operações a cada dez anos, sempre. Agora, se tudo der certo, não volta mais.


Seu feito foi publicado no Journal of Thoracic and Cardiovascular Surgery, em 2007, e logo médicos dos principais centros de cardiologia do Japão e Inglaterra enviaram profissionais para aprender com ele. Hoje, Silva é recomendado pelo Children’s Hospital de Boston, ligado a Harvard, para casos complicados. Tanto fez que virou alvo de peregrinação: a família de uma criança americana salva por ele criou a Ebstein’s Anomaly Foundation, fundação que custeia a vinda de médicos ao Brasil para aprender com Silva.

O médico falou com a GQ antes de entrar num centro cirúrgico no Paraguai, onde operaria seis crianças. Dois dias depois, em Londres, ele ensinaria sua técnica no Royal Brompton Hospital. Apesar das dez horas de trabalho diário, José Pedro mantém o telefone ligado de madrugada e não se incomoda em correr para o hospital. “Médicos têm um pouco de super-heróis”, diz.

Erra feio quem entende a afirmação como empáfia. Ele mesmo foi salvo por um. Silva nasceu na Fazenda da Faca, em Pirajuí, oeste paulista. Como sua mãe não havia sido vacinada, sofreu ao nascer de tétano umbilical e foi desenganado. Um médico chegado do Rio de Janeiro, com a recém-lançada penicilina na mala, salvou o bebê. Seu pai também foi salvo de uma tuberculose por um médico brincalhão, cuja lembrança nunca o abandonou.

Estudou na zona rural e, sem cursinho, passou em medicina na Universidade Estadual Paulista, em Botucatu. Para se manter, fazia retratos: “Pintei todas as debutantes da cidade”. Depois da residência no Hospital do Servidor Público de São Paulo, foi para a Cleveland Clinic, referência mundial em cardiologia. Pai de duas meninas e de um garoto de 6 anos, ele acaba de publicar uma nova técnica, a “translocação pulmonar”, que ainda deve gerar congressos e salvar vidas. Nas raras folgas, aprecia prazeres que chama de simples, como pintar, jogar xadrez e caminhar na praia.

 

José Osmar Medina Pestana
criador do maior centro de transplantes do mundo, recebeu um prêmio de Harvard 

José Osmar Medina Pestana (Foto: Victor Affaro) Se não fosse a história de vida do nefrologista José Osmar Medina Pestana, a trajetória desse médico poderia ser o enredo de um conto de fadas. Nascido na zona rural de Ipaussu, interior de São Paulo, filho de uma costureira e de um pedreiro, ele chegou a trabalhar como torneiro para custear o cursinho que o ajudou a ingressar na Escola Paulista de Medicina, em 1974. Hoje, aos 60 anos, é o responsável e criador do Hospital do Rim, em São Paulo, que faz mil transplantes por ano. Mais de 12 mil pessoas já foram transplantadas, todas pelo sistema de saúde pública. Essa marca faz do hospital que Pestana criou o maior centro de transplantes público do mundo. E o credenciou a receber um prêmio em Harvard, em novembro de 2012, pelas mãos de Joseph Murray, Nobel de Medicina em 1990, o primeiro médico a realizar um transplante de órgãos na história.

O senhor deve ter ficado lisonjeado, não? “Não, fiquei foi um bocado nervoso”, conta o médico, com sotaque caipira e jeito tímido. Foi, na verdade, um “prêmio tarefa”, em que durante três dias deu aulas para um auditório em Harvard repleto de médicos do mundo todo. Ali, ele explicou o sistema de estações, espécie de “produção em série” ao estilo das montadoras de carros, que desenvolveu para tratar com eficiência (e humanidade) seus pacientes. Após serem recebidos pela enfermagem, passam por clínicos gerais, especialistas, psicólogos e nutricionistas – e são atendidos pelos profissionais do pré-operatório à recuperação. Assim, a partir de melhorias simples no tratamento, o número de transplantados, que era de quatro por ano em 1983, chegou a mil.

No Hospital do Rim não há pacientes particulares: 90% dos tratamentos são pagos pelo Sistema Único de Saúde e o restante por convênios. Apenas em seu consultório ele atende de forma particular. O médico ainda faz trabalho voluntário e orienta 30 alunos que entraram na Escola Paulista de Medicina pelo sistema de cotas. “Eles passam mais de duas horas no trânsito para estudar. Eu os ajudo na formação, já mandei 22 estudantes para o exterior.”
Medina é casado e pai de dois filhos. Um deles cursa o quinto ano de medicina na Santa Casa. Entre um compromisso e outro, o médico se dedica a grandes causas. Participou, por exemplo, dos protestos de rua em julho, quando deixou o jaleco sobre a mesa e foi para a Avenida Paulista reivindicar. “Foi emocionante ver a moçada na rua, acho que se houver mais comprometimento com o trabalho viveremos em um mundo melhor.”



Antônio de Salles
Ele criou o marca-passo cerebral que revolucionou o tratamento da obesidade e do mal de Alzheimer 

Antônio de Salles (Foto: Victor Affaro) Se nos anos 60 o grande desafio da medicina era o coração, hoje a aventura é desvendar o cérebro.” Quem diz isso é o neurocirurgião Antônio de Salles, de 58 anos, que voltou ao Brasil no ano passado, após mais de 20 anos correndo o mundo. Nascido no Paraná e criado em Goiânia, ele cursou a Universidade Federal de Goiás antes de partir para o Medical College of Virginia, nos Estados Unidos, onde estudou trauma de crânio e terapia intensiva. Anos mais tarde, foi admitido em Harvard, onde especializou-se em cirurgia estereotáxica, que consiste em um sem número de cálculos para tornar as operações do cérebro menos invasivas e mais eficazes.

Dos Estados Unidos, seguiu para Suécia, onde iniciou sua carreira acadêmica na Universidade de Umea. A escuridão do inverno, porém, levou-o a buscar pontos mais ensolarados, e ele acabou na Universidade da Califórnia. Na UCLA fundou o Serviço de Radio-Cirurgia e Estereotaxia (intervenções pouco invasivas, como biópsias), do qual ainda é diretor. Foi lá que começou a estudar as técnicas de neuromodulação, a implantação de marca-passos no cérebro para tratar pacientes com obesidade mórbida e mal de Alzheimer, por exemplo. A primeira cirurgia do tipo foi feita por sua equipe em 1996. De lá para cá, já implantou os aparelhos em 600 pacientes. “Bulimia, anorexia e até depressão também podem ser tratadas com esse implante cerebral.”

Para trazer a técnica ao Brasil, o médico inaugura até dezembro um centro cirúrgico de US$ 10 milhões, no novo prédio do HCor. O laboratório abrigará aparelhos e computadores avançados, que o ajudarão na criação do centro de neurociência do hospital paulistano. “Vamos introduzir a neuromodulação cerebral no país”, diz.

Apesar de morar em São Paulo com a família, a esposa também neurocirurgiã e o filho Lucas, de 6 anos (que quer ser médico), ele mantém estudos e pesquisas laboratoriais em Los Angeles. A cada dois meses, também atende a consultas por lá.

E não é apenas nos centros cirúrgicos que seu talento aparece. Salles também é escritor – seu dia começa às 4h30, quando acorda para escrever ficção. Seu primeiro romance Why Fly Over the Cuckoo’s Nest? (Por que cuidar da saúde mental?, em tradução livre) está nas mãos do americano Glenn Berenbeim, roteirista de séries de sucesso da TV americana, como O Toque de um Anjo, exibida no Brasil pela Globo nos anos 90. Se tudo der certo, além de aparecer como autor de artigos científicos, seu nome poderá ser visto nos créditos de filmes de Hollywood.



José Carlos Pachón Mateos
Cientista e médico, do laboratório dele saíram técnicas que facilitam as cirurgias no coração
  

José Carlos Pachón Mateos (Foto: Victor Affaro) Nossa entrevista estava marcada para as 11h de uma sexta-feira, mas ela só pôde ser feita às 9h da manhã seguinte. Naquela dia supostamente tranquilo, José Carlos Pachón Mateos, de 57 anos, emendou um procedimento no outro e ficou 12 horas ininterruptas dentro de um centro cirúrgico. “Eu nem sinto mais o tempo passar”, disse o médico, que estava feliz pelo sucesso em ambas operações.

Em São Paulo desde 1979, o mineiro de Uberaba é hoje o diretor do Serviço de Arritmia do HCor e também o responsável pelo Setor de Estimulação Cardíaca Artificial do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Fora do Brasil, ele é conhecido como o médico responsável por criar técnicas capazes de curar arritmias graves com métodos pouco invasivos, que devolvem o paciente à vida normal com apenas três dias de repouso, em média. Antes dele, era preciso abrir o peito e o tórax dos doentes, que levavam meses para voltar à rotina.

Uma de suas criações é a estimulação cardíaca pelo esôfago, técnica celebrada em congressos europeus e que hoje é amplamente usada na França. Por meio dela, é possível curar uma arritmia, com o uso de uma pequena e finíssima sonda que chega ao ponto entrando pela perna do paciente. Outra, a “estimulação ventricular bifocal”, que como sugere o nome estimula os ventrículos em dois pontos diferentes, foi recentemente experimentada em Taiwan. Mais duas técnicas para o tratamento da fibrilação atrial – a doença que matou o jogador Serginho, do São Caetano – e da síncope vagal maligna, que causa desmaios e apagões inesperados, foram apresentadas e começam a ser usadas em diferentes partes do planeta. Todas têm a mesma característica, são menos invasivas e altamente avançadas.

Graças ao trabalho desse médico, fica cada vez mais distante a necessidade de abrir o peito e o tórax do paciente – a maioria dos males é tratada com um catéter que chega ao ponto com o auxílio de computadores. Atualmente, o grande aliado de sua equipe é um computador que permite ver o coração em 3D por dentro e batendo, para checar onde estão as arritmias.

Filho de uma família de três irmãos médicos, Pachón também é pai de três filhos médicos. “Digo que quando eles se formaram em medicina eu realmente me reproduzi”, diz. Para ele, que entende a medicina como um estilo de vida, esta era a área que mais abrangia física, química e biologia, suas paixões. Por isso, além das cirurgias e do tempo que passa em seu consultório, em Moema, ele comanda uma equipe de cientistas em seu laboratório no Dante Pazzanese. É do cruzamento dessas frentes que surgem as técnicas que vêm se tornando referência no mundo.


terça-feira, 5 de novembro de 2013

Prostitutas poderão receber programa com cartões de débito e crédito em Minas


PROSTITUIÇÂO

A CEF (Caixa Econômica Federal) firmou convênio com a Associação de Prostitutas de Minas Gerais e, reconhecendo essas profissionais como autônomas, irá permitir que elas possam receber pelos programas por meio de cartão de débito e crédito. Os programas, inclusive, poderão ter seus pagamentos parcelados.
Segundo a presidente da Associação de Prostitutas, Maria Aparecida Vieira, a Cida, 46, 20 garotas de programas de Belo Horizonte já abriram conta na CEF e devem receber as máquinas para debitar e creditar os valores dos programas ainda neste mês.
"Para ter acesso aos benefícios, as meninas precisam fornecer documentos básicos, como carteira de identidade e comprovante de endereço à associação. Depois do cadastro, as meninas são orientadas a abrir conta corrente na Caixa. Pelo acordo, travestis e transexuais, filiados, podem também participar", afirmou a presidente. Cida Vieira afirma que o convênio foi feito em outubro, mas divulgado somente nesta terça-feira (5).
A assessoria da Caixa informou que, com o convênio, as prostitutas e travestis que fazem programas remunerados, terão o mesmo tratamento de outras categorias de autônomos.
Além da possibilidade de receber por meio de cartão, as prostitutas terão também cobertura de previdência social, aposentadoria por idade e invalidez, auxílio doença, salário maternidade, pensão por morte, auxílio reclusão, custo zero para formalização, imposto zero para o governo federal e talões de cheque, cheque especial e dinheiro para capital de giro.
"Com os benefícios ficará mais fácil receber dos clientes, além de ajudar, e muito, na questão da segurança. Sempre andamos com dinheiro e isso facilita a ação dos assaltantes", diz.
"Podendo pagar com cartão, o cliente que quer estender o programa mas está sem dinheiro, vai poder ficar com a menina por mais tempo sem nenhum transtorno. Com isso, o número de programas e o lucro das prostitutas devem aumentar", afirma Cida Vieira.

sábado, 5 de outubro de 2013

Entrevista com Flávio do Carmo


Política - Serrinha,RN



         
Blog: Porque voltar a cidade de Serrinha,RN

Flávio do Carmo: Não estou feliz longe de minhas raízes, longe do meu povo, sei que posso fazer e vou fazer muito por meus irmãos Serrinhenses, só assim serei feliz de verdade. 

Blog: E na política, quem você seguira em Serrinha

Flávio do Carmo:Sou independente

Blog: Você já é filiado a algum partido político

Flávio do Carmo:Eu e alguns corajosos amigos estamos assumindo o novo diretório municipal do PPS de Serrinha,RN


Blog: Você vai voltar com os trabalhos sociais 

Flávio do Carmo: Vou sim, vou levar saúde de qualidade e atendimento jurídico.

Blog: De que forma

Flávio do Carmo: Vou voltar com os projetos SAÚDE PARA TODOS e JUSTIÇA PARA TODOS.

Blog: E o jornal FOLHA DE NOTICIAS

Flávio do Carmo: Vai voltar com força total, com todas as noticias boas e ruins de nossa cidade.

Blog: Boa sorte

Flávio do Carmo: Obrigado, DEUS tem me abençoado muito e eu peço apenas Saúde para que desta forma eu possa realizar todos os meus sonhos.

Entrevista concedida neste sábado 05/10/2013




domingo, 22 de setembro de 2013

Assaltantes fazem arrastão em restaurante de bairro nobre de Natal

Violência - RN

Pelo menos 30 clientes tiveram celulares, dinheiro e relógios levados.
Ladrões fugiram em motos pelas ruas de Petrópolis, na zona Leste.


Restaurante da zona Leste de Natal foi alvo de arrastão neste domingo (22) (Foto: Rogério Vital)Restaurante da zona Leste de Natal foi alvo de arrastão neste domingo (22) (Foto: Rogério Vital)
 
Pelo menos 30 pessoas foram roubadas durante arrastão em um restaurante em Petrópolis, bairro nobre da zona Leste de Natal. O crime aconteceu na madrugada deste domingo (22) no Benditas Buteco. Os quatro assaltantes, que estavam armados e usavam capacetes, fugiram em motos. Nenhum deles foi identificado ou localizado até o momento.


Segundo Márcia Barcelos, proprietária do bar, por volta de 0h30 havia cerca de 40 pessoas no estabelecimento, que fica na rua Monsenhor Severiano. Os ladrões renderam os seguranças que estavam na porta, entraram no salão e anunciaram o assalto.
De acordo com a empresária, o grupo se dividiu. "Um deles ficou do lado de fora, mantendo o nosso segurança refém. Enquanto isso, os outros três pegavam tudo o que podiam no caixa, na cozinha e dos clientes. Esse ação toda demorou cerca de 10 minutos. Foram momentos de horror", falou.
Após o crime, os assaltantes fugiram em motos. Márcia Barcelos disse que acionou a Polícia Militar em seguida. "Os policiais chegaram cerca de meia hora depois do chamado e sequer desceram do carro. Eu tive que me dirigir até eles e saber que providências iriam tomar. A única coisa que diziam é que não poderiam fazer mais nada e que encaminhasse as imagens das câmeras de segurança para a Polícia Civil".
Alguns clinetes já registraram queixa de roubo na delegacia de plantão da zona Sul de Natal. Márcia Barcelos disse que irá registrar boletim de ocorrência nesta segunda-feira (23).

 

Fazendeiro é assassinado após ser levado de casa por bandidos no RN

Violência - RN

José Gomes Neto tinha de 56 anos e morava em São José de Campestre.
Segundo a polícia, cinco homens invadiram a fazenda e o sequestraram.


O fazendeiro José Gomes Neto, de 56 anos, foi encontrado assassinado na madrugada deste domingo (22) entre as cidades de São José de Campestre e Senador Elói de Souza, na região agreste do Rio Grande do Norte. Segundo informações da polícia, ele havia sido sequestrado por cinco homens armados que chegaram à fazenda dela pouco depois da meia-noite em um Palio. A polícia ainda não sabe informar o que motivou o crime.
Ainda segundo a polícia, ao chegar à casa de José Gomes, a quadrilha disse para ele abrir a porta porque eram policiais e estavam em uma operação. No entanto, logo que os homens encapuzados e armados entraram na residência, pegaram a vitima e sequestraram.
Em seguida, os familiares do fazendeiro começaram a procurar por ele e acionaram a polícia. O corpo foi encontrado já durante a manhã. José Gomes foi morto a tiros. Policiais encontraram projéteis de pistola calibre 380 próximo ao corpo.