domingo, 6 de junho de 2010

Cardiologia


O que é Cardiologia?

Cardiologia é o ramo da medicina que estuda o funcionamento, a anatomia e as doenças do coração, das artérias, das veias e, em geral, de todos os componentes do sistema cardiovascular

Sintomas relacionados a lesões de certas partes do coração ou do aparelho circulatório também são examinados pelo cardiologista, seja por meio da ausculta cardíaca, método não-invasivo mais comum, seja pela realização de procedimentos cirúrgicos complexos.

A função básica do sistema cardiovascular é transportar oxigênio e outros nutrientes para as células do corpo, além de remover produtos do metabolismo celular e carregar substâncias de uma parte para outra do corpo.

O funcionamento do coração, além de ser ser altamente complexo, está sob a influência de outros sistemas do corpo. Algumas doenças ou estados emocionais também aumentam a possibilidade do indivíduo vir a sofrer de complicações cardíacas.

Entre os principais fatores de risco estão:

- Diabetes;
- Estresse;
- Hipertensão;
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Colesterol.

Além desses fatores, há sinais de alerta que indicam ao paciente a necessidade de visitar um cardiologista para avaliar a saúde do coração.

Os exames vão indicar qual o tratamento será adotado para cada uma das diversas patologias cardíacas.

Sinais de Alerta

A queixa mais comum entre as pessoas com problemas de coração é a dor no peito, braço, queixo ou cabeça, podendo sentir ainda palpitações e perder os sentidos

Em alguns casos, há falta de ar que pode acarretar mudança no tom de pele devido à diminuição de oxigênio nos pulmões.

Diante do surgimento de qualquer um destes sintomas a medida mais sensata é buscar uma emergência cardiológica, onde o especialista de plantão analisará a situação e fará uma avaliação das medidas terapêuticas, sejam medicamentosas ou cirúrgica a serem tomadas.


Procedimentos


Os diversos procedimentos utilizados na cardiologia visam a identificação de alterações no orgão e no seu funcionamento, que possam indicar possíveis patologias

ECG (Eletrocardiograma)
Utilizado para examinar o ritmo, a freqüência e alterações elétricas.

Radiografia de Tórax
Para visualizar o tamanho e a localização do coração e sua repercussão com o pulmão.

Ecodopplercardiograma
Exame dinâmico e não invasivo capaz de avaliar com precisão o desempenho cardíaco e a anatomia de forma funcional do mesmo.

Cintilografia com Radioisótopos
Com a aplicação de substâncias que criam contrates e são detectados por uma câmara especial, tem-se uma visão do músculo cardíaco e pode-se detectar áreas lesionadas e determinar a possibilidade de intervenção cirúrgica.

Cateterismo Cardíaco
Através da inserção de um cateter em uma artéria, os especialistas podem estudar toda a rede coronariana, podendo instituir procedimentos terapêuticos que podem tanto evitar uma cirurgia como adiar para uma ocasião mais propícia.


Tratamentos

Os tratamentos das patologias cardíacas podem ser de orientação dietética, medicamentosa, cirúrgica ou com implante de mecanismos substitutos

Em alguns casos é necessária a colocação de um tipo de malha de aço - chamadas de “Stents” - que impeçam o entupimento dos vasos cardíacos. Essa prótese também visa melhorar e prolongar os resultados de procedimentos de angioplastia.



Principais Patologias

A maioria das patologias cardíacas tem em geral um sintoma em comum: dor no peito. Esse é um sinal importante e quando se manisfesta é preciso buscar a orientação de um especialista

Entre as principais patologias podemos citar:

Angina
É uma dor ou sensação de pressão no centro do peito, decorrente do fornecimento insuficiente de sangue para determinada parte do coração.

Apesar de ocorrer normalmente em situações de estresse ou de grande esforço físico, em que o coração é mais exigido e necessita de mais oxigênio, pode surgir também em repouso.

A angina apresenta três diferentes níveis:

Angina estável
Provocada por esforço, estresse emocional e taquicardia, é aliviada por repouso.

Angina variante
Pode se apresentar mesmo em repouso e é aliviada por vasodilatadores.

Angina instável
Forma mais grave com dor mais intensa e prolongada, também chamada de "angina pré-infarto".

Arritmia
Arritmia cardíaca é qualquer alteração do ritmo e da frequência dos batimentos cardíacos, por irregularidade na condução do estímulo elétrico.

Aterosclerose
A aterosclerose é um estreitamento e endurecimento das artérias que ocorre pela formação de placas de gordura que se aderem à camada interna das artérias, obstruindo o fluxo sangüíneo. É a grande causadora da cardiopatia isquêmica.

Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Qualquer doença cardíaca pode determinar um Acidente Vascular Cerebral. Quando há algum problema que impede que o coração bombeie o sangue corretamente vai ocorrer uma dificuldade para o sangue alcançar o cérebro, além dos outros órgãos, podendo levar a uma isquemia.

As principais situações em que isto pode ocorrer são: arritmias, infarto do miocárdio, doença de Chagas, problemas nas válvulas, etc

Cardiopatia Isquêmica
É o comprometimento do músculo cardíaco pela deficiência de oxigenação de determinada área do coração.

Causado pela diminuição do diâmetro das artérias, devido ao acumulo de gorduras, cálcio e fibrina na sua camada interna.

Causa a morte do tecido cardíaco e diversas patologias: Angina, Infarto Agudo do Miocárdio e Morte Súbita Cardíaca.

Infarto Agudo do Miocárdio
O infarto decorre de um grande entupimento das coronárias, que reduz significativamente ou mesmo interrompe o fornecimento de oxigênio para o músculo cardíaco, causando morte do tecido cardíaco.

Sintomas
A dor no peito é o sintoma clássico e mais comum de infarto. Geralmente é sentida no centro do peito e irradia-se para a parte anterior do tórax, pescoço, mandíbulas e braço esquerdo.

Esses sintomas podem vir acompanhados de náuseas, vômitos, suor intenso, dormência e sensação de formigamento no braço esquerdo, palpitação, taquicardia e escurecimento da visão.

Os médicos alertam que esses sintomas apesar de serem os mais comuns em caso de infarto agudo do miocárdio, nem todos ocorrem durante um ataque.

Fatores de Risco
Tabagismo
Obesidade
Pressão arterial elevada
Altos níveis de colesterol no sangue
Sedentarismo
Diabetes
Alimentação irregular
Estresse

Insuficiência Cardíaca
Se trata da incapacidade do coração de bombear para o organismo todo o sangue que recebe. síndrome que é consequência de patologias do próprio coração ou de outros órgãos.

As doenças das artérias coronárias compõem a principal causa, seguido por hipertensão arterial, alcoolismo, doença de chagas, doença reumática das válvulas cardíacas e infecções virais.

Como a quantidade de sangue está abaixo do que o organismo necessita, há um reflexo direto no dia-a-dia e na qualidade de vida do paciente.

Como decorrência o indivíduo apresenta principalmente falta de ar que inicialmente compromete qualquer esforço físico e chega a interferir no sono do paciente.

Fadiga, tontura, extremidades frias, palpitações, cansaço progressivo, edema (inchaço) nos pés, perda de peso, palpitações, dores abdominais (devido ao crescimento do fígado) também são manifestações freqüentes.

Valvulopatias
São patologias que acometem as válvula cardíacas (Mitral, Aórtica, Pulmonar, Tricúspide), que podem apresentar Insuficiência (a válvula não fecha completamente ocorrendo um refluxo de sangue) ou Estenose (a válvula não abre completamente, oferecendo uma resistência ao fluxo sangüineo).

Os sinais e sintomas são variados conforme o local e a severidade da valvulopatia, os mais comuns são cansaço, falta de ar, fadiga, angina e palpitações.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Dicionário médico - clinica geral

Dicionário Médico para o Público Clínica Geral - Propedêutica
Adenite: Inflamação aguda de gânglios linfáticos.

Albuminúria, Proteinúria: É devido a passagem das proteínas do sangue para a urina.

Alopécia: Queda dos cabelos ou pêlos.

Amebiáse: Parasitose geralmente intestinal causada pelo protozoário Entamoeba hystolítica.

Amenorreia: Ausência de menstruação.

Ascite: Presença de líquido na cavidade peritonial (abdome).

Derrame Pleural: É o acúmulo de líquido no espaço pleural (tórax).

Diabete Melino: Doença sistêmica, metabólica, crônica, causada por deficiência de insulina.

Edema: Infiltração difusa em diversos tecidos especialmente subcutâneo e submucoso devido ao aumento do líquido intersticial.

Encefalopatia Hipertensiva: Sintomatologia cerebral aguda por elevação súbita da pressão arterial.

Hematuria: Coloração vermelha da urina por sangramento.

Marasmo: Desnutrição com emagrecimento acentuado.

Método não invasivo: Recurso para diagnóstico ou tratamento que não implica em contato com sangue.

Septicemia: É a disseminação de bactérias patogênicas partir de um foco de infecção através da circulação sistêmica.

E.C.G.: Sigla que significa eletrocardiograma.

Rx.: Abreviatura de radiografia.

Dicionário médico - cirurgia vascular

Dicionário Médico para o Público Cirurgia Vascular
Artéria: Vaso que leva o sangue para um determinado órgão ou segmento do corpo.

Veia: Vaso que traz o sangue de um determinado órgão ou segmento do corpo, para o coração.

Arteriosclerose ou Aterosclerose: Doença degenerativa das artérias, caracterizada por espessamento a parede por acúmulo de camadas de material depositado, principalmente cristais de colesterol e cálcio.

Luz (de um vaso): Espaço no interior de um vaso, onde corre o sangue.

Trombose: Obstrução de um vaso por formação de coágulos dentro da luz (trombose arterial - de artéria; trombose venosa de veia).

Embolia: Obstrução de um vaso por um coágulo ou outro material, formado em outro local da corrente circulatória, e que migrou seguindo o fluxo sangüíneo.

Enxerto Arterial: Substituição de uma artéria por outro vaso ( do próprio organismo ou sintético).

Arteriografia: Radiografia com injeção de contraste nas artérias.

Cateter: Tubo sintético longo, fino e maleável, que se introduz dentro de um vaso para manobras de diagnóstico e tratamento.

Cateterismo: Introdução de um cateter dentro de um vaso.

Isquemia: Deficiência de chegada de sangue a um determinado segmento do corpo.

Estase: Deficiência de drenagem do sangue de um determinado segmento do corpo.

Necrose: Morte das células por deficiência da circulação sangüínea.

Gangrena: Degeneração por necrose da extremidade de um membro.

Flebite: Inflamação em uma veia.

domingo, 25 de abril de 2010

Dicionário médico - cirurgia torácica

Dicionário Médico para o Público Cirurgia Torácica
Revascularização do miocárdio: Método cirúrgico destinado a aumentar o fluxo sangüíneo para regiões do miocárdio onde o mesmo é deficiente devido a obstrução de sua artéria coronária ocasionada por placas de ateroma. Para isso pode-se utilizar a artéria mamária interna (anastomose mamária-coronária) ou um segmento de veia safena (ponte de safena).

Substituições valvares: Troca das valvas do coração (valva aórtica, valva mitral, valva tricúspide e valva pulmonar) por válvulas artificiais (válvula de dura-máter, válvula de pericárdio bovino, válvula de bola ou válvula de disco). Estas trocas valvares são feitas quando as valvas do coração estão alteradas devido, na maioria das vezes, a lesões traumáticas, a lesões inflamatórias e cicatriciais, resultantes da febre reumática ou a destruição valvar que ocorrem na endocardite.

Comissurotomias valvares: Abertura cirúrgica das comissuras das valvas cardíacas possuidoras de estenose congênita ou adquirida (popularmente chamadas valvas entupidas). Esta abertura cirúrgica das valvas constitui na secção da fibrose que ocasiona a fusão das bordas comissurais das cúspides valvares.

Aneurismectomia do ventrículo esquerdo: Ressecção ou remoção de áreas do músculo cardíaco do ventrículo esquerdo que se tornam dilatadas ou aneurismáticas devido à perda de sua capacidade contrátil conseqüente à cicatrização fibrótica resultante da necrose do músculo cardíaco ocasionada pelo infarto do miocárdio.

Cardiomioplastia: Cirurgia destinada a melhorar o bombeamento do sangue exercido pelo coração quando as paredes musculares de seus ventrículos estão com sua capacidade contrátil muito diminuída devido a sucessivos infartos ou miocardites. Tal cirurgia consta da dissecção do músculo grande dorsal da parede do tórax e de sua introdução no interior da caixa torácica utilizando-o para envolver o coração a fim de comprimir ritmicamente os ventrículos a cada batimento cardíaco. Um equipamento eletrônico, denominado marcapasso, implantado abaixo da pele e ligado ao músculo grande dorsal permite sua contratação rítmica.

Implante de marcapasso cardíaco: Colocação sob a pele, de um aparelho eletrônico, denominado marcapasso, composto de um circuito eletrônico gerador de impulsos elétricos que são levados até o coração por eletrodos fixado no miocárdio que provocam contrações regulares do coração quando ele está acometido de bloqueio atrioventricular ou com alterações de seu ritmo de batimentos.

Drenagem pleural: Método cirúrgico destinado a remoção de ar ou de líquidos patológicos acumulados no interior das cavidades pleurais (espaço situado entre pulmão e caixa torácica), utilizando drenos especiais (tubos de borracha ou de plástico) cujas extremidades são introduzidas nestas cavidades através da parede torácica.

Traqueostomia: Abertura da traquéia através de pequena incisão cirúrgica realizada na face ântero-inferior do pescoço, por onde é introduzida uma cânula especial (cânula de traqueostomia) através da qual é possível insuflar oxigênio ou ar nos pulmões, quando existe obstruções ou lesões acentuadas das vias aéreas superiores.

Fibrilação ventricular: Tipo de parada cardiocirculatória manifesta por movimento de grupo de fibras cardíacas que se contraem desordenadamente sem eficiência e sem ritmo, dando o aspecto de ondas rápidas que percorrem o miocárdio entrecolocando-se.

Circulação assistida: Utilização de aparelhagem especial paa manutenção de perfusão dos tecidos de todos os órgãos, incluindo o coração, sem aumentar os requerimentos da energia deste órgão.

Perfusão extracorpórea ou Circulação extracorpórea: Método utilizado em cirurgia cardíaca que consta da utilização de uma máquina (coração-pulmão artificial) que temporariamente é capaz de substituir as funções do coração e dos pulmões oxigenando o sangue e bombeando-o através do sistema circulatório, de tal forma a permitir a parada do coração e conseqüentemente permitir o tratamento de suas lesões congênitas ou adquiridas.

Ressecções pulmonares: Remoção cirúrgica de um pulmão (pneumectomia), de um de seus lobos (lobectomia) ou de um de seus segmentos (segmentectomia) quando afetados por lesões irrecuperáveis clinicamente ou por tumores malignos.

Decortinação pulmonar: Remoção da pleura parietal e da pleura pulmonar quando acometidas de intensa fibrose que impede a expansão do pulmão e da caixa torácica impedindo portanto a insuflação pulmonar.
Reanimação cardiopulmonar: Conjunto de manobras que tendem a recuperação da ação normal do coração (massagem cardíaca +ventilação pulmonar).

Aneurisma de aorta: Dilatação mais ou menos localizada da parede da aorta causada geralmente por processo inflamatório.

Dissecção da aorta: Dilatação da túnica média e externa da aorta que se faz mais ou menos agudamente, resultante da rotura do endotélio arterial num ponto do vaso onde a túnica média e interna foram lesadas por moléstia infecciosa ou degenerativa.

Dicionário médico - cirurgia experimental

Dicionário Médico para o Público Cirurgia Experimental
Fígado: Maior víscera do organismo, única, situada no abdome superior direito, responsável por inúmeras funções metabólicas.

Hepatócito: Célula hepática, unidade morfofuncional do fígado que desempenha inúmeras funções no metabolismo de carbohidratos, gorduras e proteínas.

Bilirrubina: Pigmento biliar metabolizado no fígado e excretado pelas vias biliares para o trato intestinal pelo duodeno.

Icterícia: Coloração amarelada que adquirem a pele e mucosas devido ao aumento nas taxas sangüíneas das bilirrubinas.

Bile: Solução aquosa produzida no fígado, que inclui os sais biliares, fundamentais no metabolismo das lípides por meio da transformação inicial das gorduras em partículas menores (micelas). A bilirrubina é o principal pigmento biliar excretado pela bile e sua degradação gera os radicais heme, substratos imprescindíveis para a formação da molécula de hemoglobina.

Vesícula biliar: Víscera oca, saculiforme, localizada sob o fígado que armazena e concentra a bile antes de lançá-la no duodeno, via ducto colédoco (via biliar principal).

Esquistossomose hepatesplênica: Doença hepática crônica, endêmica no Brasil, causada pela obturação de ramos venosos do sistema porta intra-hepático por ovos do Schistosoma mansoni, que condicionam a formação de fibrose peri-portal e hipertensão portal.

Hipertensão portal: Síndrome caracterizada por aumento dos níveis pressóricos do sistema porta hepático, com conseqüente desvio do sangue portal para fora do fígado. A principal tradução anatômica desse desvio é representada pelo aparecimento das varizes esofágicas.

Varizes esofágicas: Formações venosas ectaziadas do plexo submucoso do esôfago, que só ocorrem em portadores de hipertensão portal, podem romper-se e constituem-se no principal local de sangramento digestivo nesses indivíduos.

Hepatite: Processo inflamatório/ infeccioso do fígado, agudo ou crônico, causado freqüentemente por agentes virais (vírus A, B, não A, não B, entre outros).

Hemostasia: Mecanismo responsável pela manutenção do equilíbrio enre os fenômenos de formação e de lesão do coágulo sangüíneo.

Cirrose: Doença hepática crônica caracterizada por alterações macro e microscópicas, com transformação nodular no fígado e resultante do processo cecatricial de reparação nodular.

Transplante hepático: Está indicada em portadores de doenças hepáticas irreversíveis com evolução previsível e inexorável, nas quais os métodos alternativos convencionais de tratamento sejam considerados ineficazes. Substituição do fígado, que consiste na retirada do órgão doente e na colocação de um outro fígado, inteiro ou parcial.

Hepatoma: Sensu lato: todo tumor primitivo do fígado.
Sensu strictu: hepatocarcinoma, carcinoma, de células hepáticas, tumor primário maligno mais comum.

Metástase hepática: Tumor maligno localizado no fígado, mas primitivo de outro órgão.

Dicionário médico - Cirurgia do aparelho digestivo

Dicionário Médico para o Público Cirurgia do Aparelho Digestivo
Amputação de reto: Operação que retira o reto e ânus.

Apendicectomia: Operação para retirada do apêndice cecal.

Colecistectomia: Operação que retira a vesícula biliar.

Colectomia: Operação que retira parcial ou total o colon.

Duodenopancreatectomia: Operação que retira parte do estômago duodeno e pâncreas.

Enterectomia: Retirada de parte do intestino delgado.

Esofagectomia: Operação que retira parcial ou totalmente o esôfago.

Esofagocoloplastia: Operação que transpõe o colon, que substitui o esôfago para levar os alimentos ao estômago.

Esplenectomia: Retirada parcial ou total do baço.

Fissurectomia: Operação para tratamento da fissura anal.

Fistulectomia: Operação para tratamento de fístula anal.

Gastrectomia: Operação que retira parcial ou totalmente o estômago.

Hemorroidectomia: Operação para retirada de hemorróides.

Hepatectomia: Operação que retira parte do fígado.

Pancreatectomia: Retirada parcial ou total do pâncreas.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dicionário médico - cirurgia de cabeça e pescoço

Dicionário Médico para o Público Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Adenoma Pleomórfico: Tumor benigno mais freqüente das glândulas salivares

Afecção: Doença

Aangiografia: Estudo radiológico para visualizar os vasos sangüíneos, por meio de contraste

Biópsia: Retirada de fragmento ou de todo tumor para avaliação com patologista

Bócio: Aumento da glândula tireóide não neoplásico

CA: Abreviatura de câncer

Câncer: Tumor maligno

Carcinoma: Câncer

Carcinoma Papilífero: Tumor maligno mais freqüente da glândula tireóide, normalmente de comportamento não agressivo

CBC: Carcinoma basocelular, câncer de pele mais freqüente

CEC: Carcinoma epidermóide, câncer mais freqüente da mucosa em cabeça e pescoço, que também ocorre na pele

Cintilografia: Estudo que realiza mapeamento da tireóide por meio de iodo radioativo

Cirurgia de Cabeça e Pescoço: Especialidade que trata malformações congênitas, tumores benignos e malignos da tireóide, paratireóide, glândulas salivares, boca, laringe, faringe, seios paranasais e tumores de pele da região cervical, face e do couro cabeludo

Cisto: Lesão normalmente ovalada ou circular, com conteúdo líquido no seu interior

Cisto Tireoglosso: Lesão cística congênita, localizada na linha média, normalmente acima do "pomo de Adão" , de tratamento cirúrgico

Congelação: Exame realizado pelo patologista durante o ato operatório, para avaliar o tipo do tumor

Desnutrição: Estado onde o paciente apresenta-se emagrecido, normalmente por falta de alimentação ou por uma doença consumptiva

Disfagia: Dificuldade para se alimentar

Dreno: Tubo, de silicone, plástico, borracha ou outro material, utilizado para direcionar coleções

Edema: Inchaço

Endoscopia: Estudo que visualiza, por meio de fibras ópticas, os órgãos do trato aero-digestivo alto

Enxerto: Lâmina fina de pele utilizada na reconstrução de defeitos de pele ou mucosa

Epistaxe: Sangramento pelo nariz

Esôfago: Tubo muscular que interliga a faringe ao estômago

Estadiamento: Estudo clínico para saber o tamanho e a agressividade do tumor

Esvaziamento Cervical: Retirada dos linfonodos cervicais e outras estruturas que podem ou estão acometidos por câncer

Fístula: Trajeto comunicando normalmente duas cavidades ou uma cavidade com o meio externo

Gastrostomia: Orifício comunicando o estômago com a pele, por onde os pacientes que não podem se alimentar pela boca podem receber alimentos

Graves: Doença onde há hipertireoidismo

Hemangioma: Tumor com origem em vasos sangüíneos

Hematoma: Coleção de sangue e coágulos em alguma cavidade

Higroma: Tumor com origem em tecido linfático, presente desde o nascimento, também conhecido como linfangioma

Hipertireoidismo: Quando a glândula tireóide funciona mais do que o normal

Hipotireoidismo: Quando a glândula tireóide funciona menos do que o normal

Iodo: Produto essencial para produção do hormônio tireoidiano

Laringe: Aparelho responsável pela produção da voz, localizado na região do "pomo de Adão"

Laringectomia: Ccirurgia onde se retira a laringe quando está acometida por câncer

Laringoscopia: Exame onde se vê a laringe por meio de um espelho ou por fibras ópticas

Linfangioma: Tumor com origem em tecido linfático, presente desde o nascimento, também conhecido como higroma

Linfonodo: Gânglio ou "íngua"

Lipoma: Tumor com origem em tecido gorduroso

Melanoma: Câncer de pele e de mucosa, geralmente escurecido

Metástase: Quando existe tumor em outra localização diferente do local do tumor primário

Nasoangiofibroma: Tumor benigno de nasofaringe, mais freqüente em jovens do sexo masculino

Neoplasia (tumor): Crescimento e multiplicação anormal de células, podendo ser maligna, também denominado câncer, com as características de invasão e destruição tecidual ou benigna, forma não invasiva e localizada.

Odinofagia: Dor à deglutição

Paratireóide: Glândulas localizadas ao lado da tireóide, responsáveis pelo metabolismo do cálcio

Parótida: Glândula triangular que produz saliva, localizada anteriormente ao pavilhão auricular

PCI: Pesquisa de corpo inteiro, exame utilizado após tireoidectomias, para avaliar possíveis restos tireoidianos, ou metástases, em casos de câncer

Prognóstico: Indica qual a chance de tratamento do paciente para uma determinada doença

PS: Pronto-socorro

PTU: Abreviatura do medicamento propiltiouracil, usado na doença de graves

Punção-Biópsia: Exame de biópsia quase indolor, que se utiliza de agulha fina para conseguir material para estudo pelos patologistas

Quimioterapia: Tratamento de câncer com uso de medicamentos (quimioterápicos)

Ressonância: Exame bem detalhado por meio de ondas magnéticas, melhor que a tomografia, porém, com indicações restritas

Retalho: Pedaço de músculo, pele ou órgão que é transferido para correção de defeitos após cirurgias

RPA: Recuperação pós-anestésica, onde se recuperam os pacientes após a anestesia

RPO: Recuperação pós operatória, local onde se recuperam os pacientes mais graves após a cirurgia

Sarcoma: Tumor maligno de partes moles podendo ser localizados em todo o corpo

Seios Paranasais: Cavidades localizadas nos ossos da face, onde ocorrem as sinusites

SO: Sala de operações

Sonda Nasoenteral: Tubo de silicone usado para alimentação, quando o alimento não pode passar pelo trajeto normal

Tireóide: Glândula localizada na região do pescoço responsável pela produção de hormônio tireoidiano

Tireoidectomia: Cirurgia onde se retira parte ou toda a glândula tireóide

Tireoidite: Doença inflamatória da glândula tireóide, normalmente de causa auto-imune

Tomografia: Exame bem detalhado por meio de raios X, onde se pode ter uma idéia tridimensional do corpo humano

Traqueostomia: Orifício comunicando a traquéia com o meio externo, utilizado normalmente para casos onde há dificuldade respiratória

Tumor Maligno: Câncer

UTI: Unidade de terapia intensiva, centro de tratamento intensivo, bem equipado e preparado para casos graves

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Cancer de mama

Mama


A mama é constituída por estruturas produtoras de leite (lóbulos), ductos, que são pequenos canais que ligam os lóbulos ao mamilo; gordura, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e vasos linfáticos.

Vasos linfáticos são semelhantes aos vasos sanguíneos, só que em vez de sangue, transportam linfa, um líquido que contém células do sistema de defesa, gordura e proteínas. Ao longo dos vasos linfáticos há pequenos órgãos em forma de feijões, ou gânglios ou nódulos linfáticos ou ainda linfonodos, que armazenam glóbulos brancos chamados linfócitos. A maioria dos vasos linfáticos da mama leva a gânglios linfáticos situados nas axilas, denominados nódulos ou gânglios axilares. Se as células cancerosas atingirem esses gânglios, a probabilidade de que a doença se espalhe para outros órgãos é maior.
A maioria dos cânceres de mama começa nos ductos (carcinomas ductais), alguns têm início nos lóbulos (carcinoma lobular) e os demais nos outros tecidos.


Nódulos benignos


A maioria dos tumores de mama é benigna, isto é, são crescimentos celulares que não se espalham pelo organismo e não ameaçam a vida da mulher. Mas só um médico pode dizer a diferença. A maioria dos nódulos (ou caroços) nas mamas são cistos, que contêm líquido.



Tipos de câncer de mama


Carcinoma in situ: é o termo usado para o câncer em estágio inicial, que está restrito ao local onde teve início, lóbulo ou ducto, e não atingiu nem os tecidos gordurosos próximos nem outros órgãos:
Carcinoma ductal in situ: é o tipo mais comum de câncer de mama não-invasivo, está confinado aos ductos, não se espalhou através das paredes dos ductos e não atingiu o tecido gorduroso. Praticamente todas as mulheres com tumores neste estágio podem ser curadas.
Carcinoma lobular in situ: é o câncer que começa nas glândulas produtoras de leite (lóbulos) e permanece restrito a elas, sem atravessar a parede dos lóbulos.
Carcinoma ductal infiltrante ou invasivo: é o tipo mais comum de câncer de mama e é responsável por 80% dos casos da doença. Ele começa nos ductos, atravessa sua parede e invade o tecido adiposo (gorduroso) da mama, de onde pode se espalhar para outras partes do corpo.
Carcinoma lobular infiltrante ou invasivo: ele começa nas glândulas que produzem leite ou lóbulos e pode se espalhar para outras partes do corpo. Ele é responsável por 10% dos cânceres de mama invasivos.
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres "exceção feita ao de pele". Nos Estados Unidos, as estimativas são de cerca de 213 mil novos casos este ano com 41 mil mortes. Lá ele é a segunda causa de morte por câncer entre mulheres, ficando atrás do câncer de pulmão. No Brasil, ele é a primeira causa de morte por câncer entre as mulheres. Por aqui, as estimativas prevêem 50 mil novos casos em 2006
O uso de exames preventivos aumentou bastante o número de casos de câncer identificados antes de causar sintomas.

O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um caroço. Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser malignos, mas há tumores que são macios e arredondados. Portanto, é importante ir ao médico. Outros sinais de câncer de mama incluem:

Inchaço em parte do seio


Irritação da pele ou aparecimento de irregularidades na pele, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja

Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro)

Vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama

Saída de secreção (que não leite) pelo mamilo

Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro)

Um caroço nas axilas

Diagnóstico por imagem


Mamografia: a mamografia também pode ser utilizada quando o médico suspeita ou diagnostica um câncer. Ela pode mostrar que está tudo bem ou que outro exame, geralmente uma biópsia, é necessário. Quando o médico sente um nódulo, mesmo que a mamografia não revele o tumor, a biópsia é necessária, a não ser que um ultra-som mostre que o caroço é um cisto. A mamografia não pode dizer se um caroço na mama é canceroso ou não.

Ultra-som de mama: um exame de ultra-som usa ecos de ondas sonoras para criar uma imagem de partes do organismo. Geralmente ele é usado quando a mamografia identifica uma área duvidosa na mama, porque ajuda a diferenciar cistos (nódulos com líquido) de massas sólidas.

Ressonância magnética: a ressonância usa ondas de rádio e fortes ímãs e computador, que transforma os resultados em imagem. Tipos especiais de MRIs podem ser usados para analisar melhor cânceres encontrados por mamografias ou para mulheres de alto risco.

Biópsia


Ela é feita quando outros testes indicam que a mulher possui uma área que pode ser câncer de mama e consiste na remoção de uma amostra de tecido. Há vários tipos de biópsia e o médico escolhe a mais indicada para cada caso:

Biópsia por aspiração com agulha fina: Uma agulha bem fina, às vezes guiada por ultra-som, é usada para retirar líquido do nódulo. Se o nódulo for sólido, pequenos pedaços de tecido são removidos e analisados ao microscópio. Se a biópsia não der um resultado claro ou se o médico não tiver certeza do diagnóstico, uma segunda biópsia ou um tipo diferente de biópsia pode ser necessário.

Biópsia estereotáxica por agulha grossa: Ela é usada para remover vários cilindros de tecido e é feita com anestesia local.

Biópsia cirúrgica: Algumas vezes uma cirurgia é necessária para remover todo nódulo ou parte dele e analisá-lo ao microscópio. Muitas vezes remove-se também tecido sadio ao redor do nódulo.

Análise da biópsia: Se o tecido removido não for canceroso, não há necessidade de tratamento. Se for, a biópsia pode dizer se trata de um câncer agressivo ou não. As amostras são graduadas de 1 a 3. Os cânceres que se mais se assemelham ao tecido normal tendem a crescer e se espalhar mais lentamente. Geralmente, um grau menor indica câncer de crescimento mais lento e o maior, os mais agressivos.

A amostra da biópsia também pode ser testada para ver se contém receptores para certos hormônios, como progesterona e estrogênio, designadas como progesterona positivo e estrogênio positivo. Esses cânceres tendem a ter prognóstico melhor, pois respondem a tratamento hormonal. Dois em cada três casos de câncer de mama apresentam esses receptores.



Fatores de Risco e Prevenção


Não se sabe exatamente o que causa o câncer de mama, mas há alguns fatores de risco associados à doença. Fator de risco é qualquer coisa que aumente as chances de aparecimento de uma doença. Alguns podem ser controlados (como fumo, hábitos alimentares) e outros não, como idade e histórico familiar. Mas a exposição a um ou mais fatores de risco não significa que a mulher vá necessariamente ter câncer de mama; apenas que corre maior risco de ter a doença.

- Sexo: ser mulher é o principal fator de risco para desenvolver a doença. Homens também podem ter a doença, mas ela é 100 vezes mais comum em mulheres.

- Idade: o risco de desenvolver a doença aumenta com a idade. Ao redor de 18% dos cânceres de mama são diagnosticados em mulheres com aproximadamente 40 anos, e 77% em mulheres com 50 anos de idade ou mais.

- Histórico familiar: Ter mãe, irmã ou filha com a doença aumenta o risco de a mulher ter a doença, entretanto, o exato risco é desconhecido. Mulheres com histórico familiar de câncer de mama em pai ou irmão, também possuem risco aumentado. Ao redor de 20% a 30% das mulheres portadoras de câncer de mama possuem parente com o mesmo diagnóstico.

- Mutações genéticas: Entre 5% e 10% dos cânceres de mama estão associados a certas mutações genéticas, a mais comum nos genes chamados BRCA1 e BRCA2. Mulheres que têm essas mutações têm até 80% de chances de desenvolver câncer de mama por volta dos 70 a 75 anos.

- Histórico pessoal de câncer de mama: mulheres que tiveram câncer em uma mama têm maior risco (3 a 4 vezes mais) de ter câncer na outra mama, ou mesmo em outra parte da primeira. Não se trata de recidiva (volta do câncer), mas de um novo tumor na mesma mama.

- Fatores étnicos: mulheres brancas têm risco levemente maior que as negras (na população norte americana), mas estas correm maior risco de morrer da doença, pois apresentam tumores mais agressivos. O risco é menor em mulheres asiáticas e indígenas.

- Biópsia anterior anormal: certos tipos de anomalias encontradas em biópsias prévias podem aumentar o risco de câncer de mama.

- Radioterapia anterior no tórax: mulheres, quando crianças ou adultos jovens, submetidas à radioterapia na região do tórax têm risco consideravelmente maior de desenvolver câncer de mama.

- Período menstrual: mulheres que começaram a menstruar cedo (antes dos 12 anos) ou que entraram na menopausa após os 55 anos têm risco ligeiramente maior de ter câncer de mama.

- Tratamento com dietiletilbestrol: no passado, grávidas tomaram essa droga para reduzir o risco de aborto espontâneo. Mais tarde descobriu-se que o medicamento tinha efeitos teratogênicos (causando má-formações) e carcinogênicos.

- Não ter filhos: mulheres que não tiveram filhos ou só tiveram depois dos 30 anos têm risco levemente aumentado de ter câncer de mama. Ter mais de um filho quando jovem reduz o risco de câncer de mama.

- Pílula anticoncepcional: não se sabe ao certo qual o papel da pílula no câncer de mama, mas alguns estudos sugerem que mulheres que tomam a pílula correm risco levemente maior de ter câncer de mama, quando comparadas às mulheres que nunca usaram.

- Reposição hormonal: o uso da reposição hormonal combinada (progesterona mais estrogênio) por longo período (vários anos) aumenta o risco de câncer de mama, doença cardíaca, coágulos e derrame. Além disso, são cânceres diagnosticados em estágios mais avançados, talvez porque a reposição hormonal pareça reduzir a eficiência da mamografia.

- Gravidez e amamentação: Alguns estudos mostram que amamentar reduz levemente o risco de câncer de mama, especialmente se a mãe amamenta por um ano e meio ou dois. Porém, outros estudos não demonstraram o impacto da amamentação sobre o risco do câncer de mama. O motivo parece ser o fato de a amamentação reduzir o número de períodos menstruais da mulher, assim como a gravidez. Um dos motivos para o aumento dos casos de câncer de mama é uma conjugação de fatores comportamentais: as mulheres menstruam mais cedo, têm filhos mais tarde (após os 30 anos) e menos filhos que suas avós e bisavós. Isso significa que suas células da mama são expostas a mais estrógeno.

- Consumo de álcool: o consumo de bebidas alcoólicas está claramente associado a um aumento do risco de ter câncer de mama. Mulheres que bebem uma dose de álcool por dia têm risco levemente maior. As que bebem de 2 a 5 doses diárias têm risco uma vez e meia maior do que as que não bebem.

- Alimentação: ter excesso de peso está associado a maior risco de câncer de mama, especialmente se o aumento de peso ocorreu na idade adulta ou após a menopausa. O risco parece maior se a gordura se concentra na região da cintura. A recomendação dos especialistas é de uma dieta equilibrada, rica em fibras e com pouca gordura, evitando-se principalmente as carnes vermelhas.

- Exercícios: estudos mostram que a prática regular de atividade física reduz as chances de ter câncer de mama. Mas a única questão é saber a quantidade de atividade que é necessária.

Mitos e riscos incertos


Não existe associação comprovada entre uso de agrotóxicos e câncer de mama. Também não há associação comprovada entre câncer de mama e cigarro, mas como o fumo está associado a uma série de outros cânceres (pulmão, boca, pâncreas, bexiga, etc), problemas cardíacos e derrames, o ideal é procurar um serviço especializado e largar o cigarro.

Correntes disparadas via internet disseminaram rumores de que o uso de antitranspirantes causa câncer de mama. Mais recentemente, os sutiãs com suportes metálicos foram alvo de outra corrente. Não existem evidências de que desodorantes e sutiãs causem câncer de mama.

Ativistas contrários ao aborto disseminaram a idéia de que o procedimento aumenta o risco de câncer de mama, o que não é verdade. Abortos espontâneos também não elevam o risco de ter câncer de mama.

Implantes de silicone formam uma cicatriz na mama e podem dificultar a detecção precoce do tumor, bem como a visualização do tecido mamário nas incidências padrões da mamografia. Contudo, não aumentam o risco de câncer.

Aconselhamento genético


Há testes que podem mostrar se a mulher é portadora de mutações genéticas que aumentam suas chances de ter câncer de mama, mas esses testes não devem ser feitos indiscriminadamente. Eles são recomendados para as mulheres com histórico familiar significativo de câncer de mama e/ou ovário, que têm a doença antes dos 50 anos. O ideal é que elas procurem primeiro um centro de aconselhamento genético ou um departamento de oncogenética. Só depois disso, elas devem discutir o que fazer com seus médicos.

Em alguns casos raros, mulheres com altíssimo risco de desenvolver câncer de mama podem considerar a possibilidade de fazer uma mastectomia profilática, isto é, a remoção cirúrgica das mamas.

Prevenção

Quanto mais cedo o câncer de mama é diagnosticado, maiores as chances de o tratamento ser bem-sucedido. O objetivo dos exames preventivos é encontrar o câncer antes mesmo dele causar sintomas. O tamanho do tumor e sua capacidade de se espalhar são os fatores mais importantes para o prognóstico da doença. Os especialistas acreditam que a detecção precoce salva milhares de vidas todos os anos. Estas são as recomendações para o diagnóstico precoce em mulheres sem sintomas:

- Mamografia: mulheres com 40 anos ou mais devem fazer uma mamografia anual, pois ainda é um dos melhores meios de diagnóstico precoce. Uma mamografia é um raio-X da mama, usada tanto para mulheres que não têm sintomas como as que apresentam suspeita de câncer. No exame, a mama é colocada entre suas placas, para ser radiografado. O exame dura cerca de 20 minutos.

- Exame clínico: Na faixa dos 20 e 30 anos, as mulheres devem fazer pelo menos um exame clínico das mamas, por especialistas, a cada 3 anos. Depois dos 40, esse exame deve ser feito anualmente, de preferência antes da mamografia. O médico observa a mama, em busca de alterações na forma ou tamanho e, em seguida, usando os dedos faz a palpação das mamas e axilas em busca de nódulos.

- Auto-exame: é uma opção para as mulheres a partir dos 20 anos. É uma forma de a mulher conhecer melhor suas mamas e aumentar a probabilidade de perceber qualquer alteração. Deve-se procurar um médico se houver um caroço; inchaço duradouro; irritação da pele ou aparecimento de retrações que deixem a pele com aparência de casca de laranja; vermelhidão ou descamação na pele da mama ou no mamilo; dor, secreção pelo mamilo. Na maioria das vezes não é câncer, mas só um médico pode dar o diagnóstico correto.

- Mulheres com alto risco de ter câncer de mama devem conversar com seus médicos para definir a partir de que idade deve fazer esses exames e com que regularidade.


Tratamento Localizado versus tratamento Sistêmico


O objetivo do tratamento localizado é tratar o tumor sem afetar o resto do organismo, como no caso da cirurgia e da radiação. Já o tratamento sistêmico é administrado por via oral ou injetado e atinge todo o corpo, como nos casos da quimioterapia, hormonioterapia e imunoterapia.

Os especialistas acreditam que células do tumor podem se desprender e viajar para outras partes do corpo já nos estágios iniciais do câncer, podendo dar origem a outros tumores. Por isso, muitas vezes, mesmo quando não parece haver mais sinal de câncer após a cirurgia é usada a chamada terapia adjuvante, que mata essas células. Algumas pessoas recebem quimioterapia antes da cirurgia para encolher o tumor, na chamada terapia neoadjuvante.



Cirurgia

A maioria das mulheres com câncer de mama vai se submeter a algum tipo de cirurgia para remover o máximo possível do tumor. Ela também pode ser utilizada para remover gânglios linfáticos atingidos pela doença, reconstruir a mama ou aliviar sintomas em estágios avançados da doença.

Cirurgia conservadora da mama: Ela remove apenas o nódulo ou caroço e parte do tecido sadio ao seu redor. Seis semanas após a cirurgia, costuma-se fazer radioterapia. Se a quimioterapia for ser utilizada, a radioterapia fica para mais tarde. A grande vantagem do tratamento conservador é que ele preserva a mama. Porém, não pode ser usado em todos os casos, apenas nas mulheres com câncer nos estágios I e II.

Quadrantectomia: consiste na remoção do câncer e de cerca de 25% do tecido da mama.

Mastectomia simples ou total: ela remove toda a mama.

Mastectomia radical modificada: ela remove toda a mama e parte dos gânglios linfáticos das axilas e preserva o músculo peitoral maior.

Mastectomia radical: é a remoção de toda a mama, dos nódulos linfáticos e dos músculos peitorais. Hoje em dia é raramente usada, porque a mastectomia radical modificada é igualmente eficiente, desfigura menos o corpo da mulher e tem menos efeitos colaterais.

Dissecção axilar: é feita para determinar se há ou não comprometimento dos gânglios linfáticos. Alguns nódulos linfáticos das axilas são removidos e analisados ao microscópio. Um dos efeitos colaterais da remoção dos nódulos é o linfedema, acúmulo de líquido fora dos gânglios e vasos linfáticos, causando inchaço e dor e pode ser tratado com fisioterapia e exercícios.

Biópsia do linfonodo sentinela: Uma substância radioativa é injetada próximo ao tumor, a qual é carregada pelo sistema linfático ao primeiro linfonodo (sentinela) que recebe a drenagem linfática do tumor. Este é o linfonodo mais comumente afetado pelas células tumorais se o tumor se espalhou. Quando ele é identificado, é removido e analisado. Se contiver células cancerosas, outros nódulos podem ser retirados. É uma biópsia complexa que só pode ser feita por profissionais experientes.

Cirurgia de reconstrução da mama: Existem vários tipos de cirurgias para reconstrução da mama, mas é importantíssimo discutir essas possibilidades com seu médico antes da mastectomia e já consultar um cirurgião plástico. Hoje, há a possibilidade de fazer a reconstrução no mesmo procedimento em que os nódulos linfáticos são removidos ou algum tempo após a cirurgia. De qualquer forma, a cirurgia de reconstrução vai depender da forma como a mastectomia é feita, daí a necessidade de conversar com os médicos antes, para fazer o melhor planejamento.

Quimioterapia


Os medicamentos usados na quimioterapia podem atingir qualquer parte do corpo, através da corrente sanguínea. Na maioria das vezes, é utilizada uma combinação de drogas (administradas por via oral ou injetadas) que matam as células cancerosas, mas também danificam as células normais, acarretando uma série de efeitos colaterais. Feita após a cirurgia, a quimioterapia reduz as chances de o câncer voltar. Ela é usada também nos casos em que a doença se espalhou além dos gânglios linfáticos e atingiu outros órgãos. Outra aplicação da quimioterapia é para encolher o tumor antes da cirurgia, o que também permite aos médicos verificar como o tumor reage à medicação. Geralmente, a quimioterapia é administrada em ciclos, que se seguem a períodos de recuperação, ao longo de 3 a 6 meses, em média, usando várias drogas combinadas simultaneamente. Entre os efeitos colaterais da quimioterapia estão:

- náusea e vômito
- perda de apetite
- feridas na boca
- perda de cabelo temporária
- maior risco de infecções (porque diminui o número de glóbulos brancos)
- risco de sangramento ou hematoma por causa de pequenos cortes ou pancadas (por causa da redução na quantidade de plaquetas no sangue)
- cansaço (por causa do menor número de glóbulos vermelhos)

A maioria dos sintomas desaparece com o fim do tratamento. Entre os efeitos permanentes estão a chegada precoce da menopausa e esterilidade. Pode haver dano ao coração com o uso prolongado da droga adriamicina, mas os médicos costumam monitorar cuidadosamente as pacientes que usam esse medicamento. Muito raramente, anos após a quimioterapia, algumas pacientes desenvolvem leucemia mielóide aguda, mas os benefícios da quimioterapia superam em muito os riscos dessa ocorrência rara.

Radioterapia


É o tratamento com raios de alta energia que matam as células cancerosas ou fazem o tumor encolher. A fonte pode ser externa ou interna (braquiterapia), em que o material radioativo é colocado diretamente no tumor ou perto dele. No caso do câncer de mama, o mais comum é o uso da radioterapia de fonte externa, que pode destruir células cancerosas que restaram na mama, nódulos linfáticos ou na mama após a cirurgia ou, mais raramente, para encolher o tumor antes da operação.

Radioterapia Intra-operatória: Combinando a cirurgia e Radioterapia na mesma intervenção, a RTIO é uma técnica radiocirúrgica que permite expor um tumor ou resíduo tumoral, ou zonas de alto perigo de recidiva, a um feixe direto de radiação, protegendo-se os tecidos normais. A irradiação é feita através de um cone colocado durante cirurgia diretamente no leito tumoral. Assim que o tecido lesado é retirado, o paciente é transportado para a sala de radioterapia, anexa, onde recebe a radioterapia.

Hormonioterapia: O estrogênio, um dos hormônios sexuais femininos, promove o crescimento das células cancerosas em algumas mulheres. Para elas, existem vários métodos para bloquear os efeitos do hormônio ou reduzir seus níveis no organismo. O tamoxifeno é uma droga que bloqueia a ação do estrogênio e é administrada via oral, por um período de 5 anos após a cirurgia para reduzir os risco de recidiva (volta do câncer). Estudos recentes mostram que o tamoxifeno é eficaz em mulheres com câncer de mama em estágio inicial com tumores estrogênio-positivos. A droga também é usada para reduzir as chances de aparecimento de tumores em mulheres de alto risco. Algumas pesquisas mostram aumento na incidência de câncer de corpo de útero em mulheres que tomam o medicamento, mas geralmente ele é detectado e tratado cirurgicamente em estágios iniciais. Por isso, recomenda-se às mulheres que tomam tamoxifeno relatar a seu médico qualquer sangramento vaginal incomum.

Inibidores de aromatase: são drogas que inibem uma enzima (aromatase) que participa da síntese de estrogênio e só funcionam para mulheres que passaram da menopausa e cujos cânceres são hormônio-positivos. Eles podem ser usados depois ou em vez do tamoxifeno para reduzir as chances de recidiva.

Outros tratamentos

Trastuzumabe ou herceptina (nome comercial Herceptin) é uma droga que se liga a uma proteína receptora (HER2/numbereu) que se encontra em pequenas quantidades na superfície das células normais da mama e em alguns cânceres de mama. Tumores que têm grandes quantidades desse receptor tendem a crescer e se espalhar depressa. A herceptina bloqueia esse receptor que pára de dar ordem para a célula cancerosa se multiplicar.

Estadiamento

Saber em que estádio está o câncer é fundamental para o planejamento do tratamento e para que o paciente, seu médico e a equipe médica possam discutir alternativas terapêuticas e ter perspectivas mais definidas das possibilidades de recuperação.

O sistema mais utilizado para isso é chamado de TNM, onde o T indica o tamanho do tumor; o N indica o quanto ele se espalhou para os nódulos linfáticos mais próximos e o M se já há metástase para outros órgãos.

Geralmente, cada letra é acompanhada por um número. Um tumor T1N0M0 é um tumor pequeno, que não atingiu os nódulos linfáticos próximos e nem se espalhou pelo corpo. Essa classificação dá origem a outra, em que os estágios da doença são indicados por algarismos romanos, que vão de zero a IV (4) e quanto maior o número, mais grave a fase da doença.

Os valores possíveis para T são:
TX: tumor primário não pode ser avaliado.

T0: não há evidência do tumor primário (isso acontece às vezes).

Tis: carcinoma in situ; carcinoma intraductal, carcinoma lobular in situ ou doença de Paget do mamilo sem massa tumoral associada.

T1: tumor de 2 cm ou menos em sua maior dimensão.

T2: tumor de mais de 2 cm e menos de 5 cm em sua maior dimensão.

T3: tumor de mais de 5 cm em sua maior dimensão.

T4: tumor de qualquer tamanho com extensão para a parede torácica ou pele.

Os valores possíveis para N são:
NX: nódulos linfáticos regionais (isto é, próximos à mama) não podem ser avaliados (porque já foram removidos antes, por exemplo)

N0: câncer não atingiu os nódulos linfáticos regionais

N1: câncer atingiu de 1 a 3 nódulos linfáticos nas axilas do mesmo lado da mama com câncer e/ou nódulos com cânceres microscópicos encontrados por biópsia de linfonodo sentinela, mas não em exames por imagem ou exame clínico. Essa categoria inclui os casos em que apenas um pequeno aglomerado de células cancerosas é encontrado.

N2: câncer atingiu entre 4 a 9 nódulos linfáticos do mesmo lado que a mama com câncer ou nódulos mamários internos foram encontrados em exames por imagem ou exames clínicos na ausência de metástase para os nódulos linfáticos.

N3: câncer se espalhou para 10 ou mais nódulos linfáticos das axilas ou para nódulos infraclaviculares (abaixo da clavícula) ou nódulos supraclaviculares (acima da clavícula) ou nódulos linfáticos mamários internos (no peito, abaixo da mama) encontrados por exames por imagem ou exame clínico na presença de um ou mais nódulos linfáticos da axila atingidos ou em mais de 3 nódulos linfáticos axilares e em nódulos internos da mama detectados por biópsia do linfonodo sentinela, mas não identificados por exames por imagem ou exame clínico - sempre do mesmo lado da mama com câncer.

Os valores possíveis para M são:
MX: presença de metástase não pode ser avaliada.

M0: não há metástase.

M1: presença de disseminação para órgãos distantes

Uma vez determinadas as categorias T, M e N, essa informação é combinada com outros dados para produzir o estadiamento propriamente dito, que é expresso em algarismos romanos e vai de 0 a IV (zero a 4):

Estágio 0: Tis, N0, M0: o carcinoma de ducto in situ é a forma inicial do câncer de mama, em que as células cancerosas estão dentro de um ducto e não invadiram o tecido gorduroso a seu redor ou carcinoma lobular in situ, que muitas vezes é classificado como câncer de mama estágio 0, mas a maioria dos oncologistas não considera como um verdadeiro câncer de mama. No carcinoma lobular in situ, as células anormais crescem no interior dos lóbulos, mas não penetram na parede dos lóbulos ou se trata de doença de Paget. Em todos esses casos, o câncer não atingiu os nódulos linfáticos próximos nem órgãos distantes.

Estágio I: T1, N0, M0: o tumor tem 2 cm ou menos de diâmetro e não atingiu os gânglios linfáticos nem órgãos distantes.

Estágio IIA: T0, N1, M0 / T1, N1, M0 / T2, N0, M0: não foi encontrado tumor na mama, mas ele está presente em 1 a 3 nódulos linfáticos axilares ou o tumor tem menos de 2 cm e atingiu entre 1 a 3 nódulos linfáticos axilares ou foi encontrado por biópsia de linfonodo sentinela como doença microscópica em nódulos mamários internos, mas não foi detectado por exames por imagem ou exame clínico ou o tumor tem mais de 2 cm e menos de 5 cm de diâmetro, mas não atingiu os nódulos linfáticos da axila. O câncer não atingiu órgãos distantes.

Estágio IIB: T2, N1, M0 / T3, N0, M0: o tumor tem mais de 2 cm e menos de 5 cm de diâmetro e atingiu entre 1 e 3 nódulos linfáticos da axila ou foi encontrado por biópsia de linfonodo sentinela como doença microscópica em nódulos mamários internos ou o tumor tem mais de 5 cm, não cresceu para a parede torácica e não atingiu os gânglios linfáticos. O câncer não atingiu órgãos distantes.

Estágio IIIA: T0-2, N2, M0 / T3, N1-2, M0: o tumor tem menos de 5 cm de diâmetro e atingiu entre 4 e 9 nódulos linfáticos axilares ou descobriu-se que atingiu nódulos mamários internos através de exames por imagem ou exames clínicos ou o tumor tem mais 5 cm e atingiu entre 1 e 9 nódulos axilares ou nódulos mamários internos. O câncer não atingiu órgãos distantes.

Estágio IIIB: T4, N0-2, M0: O tumor avançou para a parede torácica ou pele e pode tanto não ter atingido os nódulos linfáticos como ter atingido até 9 deles. Ele pode ou não ter alcançado nódulos mamários internos. O câncer não atingiu órgãos distantes.

Estágio IIIC: T0-4, N3, M0: o tumor pode ter qualquer tamanho, se espalhou para 10 ou mais nódulos na axila ou para 1 ou mais nódulos acima ou abaixo da clavícula ou para nódulos mamários internos, que aparecem aumentados por causa do câncer. Sempre do mesmo lado que o câncer de mama. O câncer não atingiu órgãos distantes.

Carcinoma inflamatório de mama é classificado como estágio III a não ser que tenha atingido órgãos ou gânglios linfáticos distantes, quando será incluído no estágio IV.

Estágio IV: T0-4, N0-3, M1: o câncer, independentemente do seu tamanho, se espalhou para órgãos distantes como ossos, fígado, pulmão ou nódulos linfáticos distantes da mama.

Sobrevida

A taxa de sobrevida após 5 anos indica a porcentagem de pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico. Claro que muitos doentes vivem mais que 5 anos. E este índice não inclui pacientes que morrem por outras causas, como enfarte, por exemplo. Esses números representam um panorama geral, mas cada caso é único e as estatísticas não podem prever especificamente o que vai ocorrer com o seu caso. Só a equipe que atende cada paciente pode tirar suas dúvidas sobre suas chances de cura e sobrevida.

Estágio Taxa de sobrevivência após 5 anos
0 - 100%
I - 100%
IIA - 92%
IIB - 81%
IIIA - 67%
IIIB - 54%
IV - 20%



Diagnóstico



uso de exames preventivos aumentou bastante o número de casos de câncer identificados antes de causar sintomas.
O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um caroço. Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser malignos, mas há tumores que são macios e arredondados. Portanto, é importante ir ao médico. Outros sinais de câncer de mama incluem:
Inchaço em parte do seio
Irritação da pele ou aparecimento de irregularidades na pele, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja
Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro)
Vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama

aída de secreção (que não leite) pelo mamilo
Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro)
Um caroço nas axilas
Diagnóstico por imagem
Mamografia: a mamografia também pode ser utilizada quando o médico suspeita ou diagnostica um câncer. Ela pode mostrar que está tudo bem ou que outro exame, geralmente uma biópsia, é necessário. Quando o médico sente um nódulo, mesmo que a mamografia não revele o tumor, a biópsia é necessária, a não ser que um ultra-som mostre que o caroço é um cisto. A mamografia não pode dizer se um caroço na mama é canceroso ou não.
Ultra-som de mama: um exame de ultra-som usa ecos de ondas sonoras para criar uma imagem de partes do organismo. Geralmente ele é usado quando a mamografia identifica uma área duvidosa na mama, porque ajuda a diferenciar cistos (nódulos com líquido) de massas sólidas.
Ressonância magnética: a ressonância usa ondas de rádio e fortes ímãs e computador, que transforma os resultados em imagem. Tipos especiais de MRIs podem ser usados para analisar melhor cânceres encontrados por mamografias ou para mulheres de alto risco.


Biópsia


Ela é feita quando outros testes indicam que a mulher possui uma área que pode ser câncer de mama e consiste na remoção de uma amostra de tecido. Há vários tipos de biópsia e o médico escolhe a mais indicada para cada caso:
Biópsia por aspiração com agulha fina: Uma agulha bem fina, às vezes guiada por ultra-som, é usada para retirar líquido do nódulo. Se o nódulo for sólido, pequenos pedaços de tecido são removidos e analisados ao microscópio. Se a biópsia não der um resultado claro ou se o médico não tiver certeza do diagnóstico, uma segunda biópsia ou um tipo diferente de biópsia pode ser necessário.
Biópsia estereotáxica por agulha grossa: Ela é usada para remover vários cilindros de tecido e é feita com anestesia local.
Biópsia cirúrgica: Algumas vezes uma cirurgia é necessária para remover todo nódulo ou parte dele e analisá-lo ao microscópio. Muitas vezes remove-se também tecido sadio ao redor do nódulo.
Análise da biópsia: Se o tecido removido não for canceroso, não há necessidade de tratamento. Se for, a biópsia pode dizer se trata de um câncer agressivo ou não. As amostras são graduadas de 1 a 3. Os cânceres que se mais se assemelham ao tecido normal tendem a crescer e se espalhar mais lentamente. Geralmente, um grau menor indica câncer de crescimento mais lento e o maior, os mais agressivos.
A amostra da biópsia também pode ser testada para ver se contém receptores para certos hormônios, como progesterona e estrogênio, designadas como progesterona positivo e estrogênio positivo. Esses cânceres tendem a ter prognóstico melhor, pois respondem a tratamento hormonal. Dois em cada três casos de câncer de mama apresentam esses receptores.


Prevenção


Fatores de Risco e Prevenção


Não se sabe exatamente o que causa o câncer de mama, mas há alguns fatores de risco associados à doença. Fator de risco é qualquer coisa que aumente as chances de aparecimento de uma doença. Alguns podem ser controlados (como fumo, hábitos alimentares) e outros não, como idade e histórico familiar. Mas a exposição a um ou mais fatores de risco não significa que a mulher vá necessariamente ter câncer de mama; apenas que corre maior risco de ter a doença.
- Sexo: ser mulher é o principal fator de risco para desenvolver a doença. Homens também podem ter a doença, mas ela é 100 vezes mais comum em mulheres.
- Idade: o risco de desenvolver a doença aumenta com a idade. Ao redor de 18% dos cânceres de mama são diagnosticados em mulheres com aproximadamente 40 anos, e 77% em mulheres com 50 anos de idade ou mais.
- Histórico familiar: Ter mãe, irmã ou filha com a doença aumenta o risco de a mulher ter a doença, entretanto, o exato risco é desconhecido. Mulheres com histórico familiar de câncer de mama em pai ou irmão, também possuem risco aumentado. Ao redor de 20% a 30% das mulheres portadoras de câncer de mama possuem parente com o mesmo diagnóstico.
- Mutações genéticas: Entre 5% e 10% dos cânceres de mama estão associados a certas mutações genéticas, a mais comum nos genes chamados BRCA1 e BRCA2. Mulheres que têm essas mutações têm até 80% de chances de desenvolver câncer de mama por volta dos 70 a 75 anos.
- Histórico pessoal de câncer de mama: mulheres que tiveram câncer em uma mama têm maior risco (3 a 4 vezes mais) de ter câncer na outra mama, ou mesmo em outra parte da primeira. Não se trata de recidiva (volta do câncer), mas de um novo tumor na mesma mama.
- Fatores étnicos: mulheres brancas têm risco levemente maior que as negras (na população norte americana), mas estas correm maior risco de morrer da doença, pois apresentam tumores mais agressivos. O risco é menor em mulheres asiáticas e indígenas.
- Biópsia anterior anormal: certos tipos de anomalias encontradas em biópsias prévias podem aumentar o risco de câncer de mama.
- Radioterapia anterior no tórax: mulheres, quando crianças ou adultos jovens, submetidas à radioterapia na região do tórax têm risco consideravelmente maior de desenvolver câncer de mama.
- Período menstrual: mulheres que começaram a menstruar cedo (antes dos 12 anos) ou que entraram na menopausa após os 55 anos têm risco ligeiramente maior de ter câncer de mama.
- Tratamento com dietiletilbestrol: no passado, grávidas tomaram essa droga para reduzir o risco de aborto espontâneo. Mais tarde descobriu-se que o medicamento tinha efeitos teratogênicos (causando má-formações) e carcinogênicos.
- Não ter filhos: mulheres que não tiveram filhos ou só tiveram depois dos 30 anos têm risco levemente aumentado de ter câncer de mama. Ter mais de um filho quando jovem reduz o risco de câncer de mama.
- Pílula anticoncepcional: não se sabe ao certo qual o papel da pílula no câncer de mama, mas alguns estudos sugerem que mulheres que tomam a pílula correm risco levemente maior de ter câncer de mama, quando comparadas às mulheres que nunca usaram.
- Reposição hormonal: o uso da reposição hormonal combinada (progesterona mais estrogênio) por longo período (vários anos) aumenta o risco de câncer de mama, doença cardíaca, coágulos e derrame. Além disso, são cânceres diagnosticados em estágios mais avançados, talvez porque a reposição hormonal pareça reduzir a eficiência da mamografia.
- Gravidez e amamentação: Alguns estudos mostram que amamentar reduz levemente o risco de câncer de mama, especialmente se a mãe amamenta por um ano e meio ou dois. Porém, outros estudos não demonstraram o impacto da amamentação sobre o risco do câncer de mama. O motivo parece ser o fato de a amamentação reduzir o número de períodos menstruais da mulher, assim como a gravidez. Um dos motivos para o aumento dos casos de câncer de mama é uma conjugação de fatores comportamentais: as mulheres menstruam mais cedo, têm filhos mais tarde (após os 30 anos) e menos filhos que suas avós e bisavós. Isso significa que suas células da mama são expostas a mais estrógeno.
- Consumo de álcool: o consumo de bebidas alcoólicas está claramente associado a um aumento do risco de ter câncer de mama. Mulheres que bebem uma dose de álcool por dia têm risco levemente maior. As que bebem de 2 a 5 doses diárias têm risco uma vez e meia maior do que as que não bebem.
- Alimentação: ter excesso de peso está associado a maior risco de câncer de mama, especialmente se o aumento de peso ocorreu na idade adulta ou após a menopausa. O risco parece maior se a gordura se concentra na região da cintura. A recomendação dos especialistas é de uma dieta equilibrada, rica em fibras e com pouca gordura, evitando-se principalmente as carnes vermelhas.
- Exercícios: estudos mostram que a prática regular de atividade física reduz as chances de ter câncer de mama. Mas a única questão é saber a quantidade de atividade que é necessária.


Mitos e riscos incertos


Não existe associação comprovada entre uso de agrotóxicos e câncer de mama. Também não há associação comprovada entre câncer de mama e cigarro, mas como o fumo está associado a uma série de outros cânceres (pulmão, boca, pâncreas, bexiga, etc), problemas cardíacos e derrames, o ideal é procurar um serviço especializado e largar o cigarro.
Correntes disparadas via internet disseminaram rumores de que o uso de antitranspirantes causa câncer de mama. Mais recentemente, os sutiãs com suportes metálicos foram alvo de outra corrente. Não existem evidências de que desodorantes e sutiãs causem câncer de mama.
Ativistas contrários ao aborto disseminaram a idéia de que o procedimento aumenta o risco de câncer de mama, o que não é verdade. Abortos espontâneos também não elevam o risco de ter câncer de mama.
Implantes de silicone formam uma cicatriz na mama e podem dificultar a detecção precoce do tumor, bem como a visualização do tecido mamário nas incidências padrões da mamografia. Contudo, não aumentam o risco de câncer.


Aconselhamento genético

Há testes que podem mostrar se a mulher é portadora de mutações genéticas que aumentam suas chances de ter câncer de mama, mas esses testes não devem ser feitos indiscriminadamente. Eles são recomendados para as mulheres com histórico familiar significativo de câncer de mama e/ou ovário, que têm a doença antes dos 50 anos. O ideal é que elas procurem primeiro um centro de aconselhamento genético ou um departamento de oncogenética. Só depois disso, elas devem discutir o que fazer com seus médicos.
Em alguns casos raros, mulheres com altíssimo risco de desenvolver câncer de mama podem considerar a possibilidade de fazer uma mastectomia profilática, isto é, a remoção cirúrgica das mamas.


Prevenção


Quanto mais cedo o câncer de mama é diagnosticado, maiores as chances de o tratamento ser bem-sucedido. O objetivo dos exames preventivos é encontrar o câncer antes mesmo dele causar sintomas. O tamanho do tumor e sua capacidade de se espalhar são os fatores mais importantes para o prognóstico da doença. Os especialistas acreditam que a detecção precoce salva milhares de vidas todos os anos. Estas são as recomendações para o diagnóstico precoce em mulheres sem sintomas:
- Mamografia: mulheres com 40 anos ou mais devem fazer uma mamografia anual, pois ainda é um dos melhores meios de diagnóstico precoce. Uma mamografia é um raio-X da mama, usada tanto para mulheres que não têm sintomas como as que apresentam suspeita de câncer. No exame, a mama é colocada entre suas placas, para ser radiografado. O exame dura cerca de 20 minutos.
- Exame clínico: Na faixa dos 20 e 30 anos, as mulheres devem fazer pelo menos um exame clínico das mamas, por especialistas, a cada 3 anos. Depois dos 40, esse exame deve ser feito anualmente, de preferência antes da mamografia. O médico observa a mama, em busca de alterações na forma ou tamanho e, em seguida, usando os dedos faz a palpação das mamas e axilas em busca de nódulos.
- Auto-exame: é uma opção para as mulheres a partir dos 20 anos. É uma forma de a mulher conhecer melhor suas mamas e aumentar a probabilidade de perceber qualquer alteração. Deve-se procurar um médico se houver um caroço; inchaço duradouro; irritação da pele ou aparecimento de retrações que deixem a pele com aparência de casca de laranja; vermelhidão ou descamação na pele da mama ou no mamilo; dor, secreção pelo mamilo. Na maioria das vezes não é câncer, mas só um médico pode dar o diagnóstico correto.
- Mulheres com alto risco de ter câncer de mama devem conversar com seus médicos para definir a partir de que idade deve fazer esses exames e com que regularidade.


Tratamento



Tratamento Localizado versusTtratamento Sistêmico
O objetivo do tratamento localizado é tratar o tumor sem afetar o resto do organismo, como no caso da cirurgia e da radiação. Já o tratamento sistêmico é administrado por via oral ou injetado e atinge todo o corpo, como nos casos da quimioterapia, hormonioterapia e imunoterapia.
Os especialistas acreditam que células do tumor podem se desprender e viajar para outras partes do corpo já nos estágios iniciais do câncer, podendo dar origem a outros tumores. Por isso, muitas vezes, mesmo quando não parece haver mais sinal de câncer após a cirurgia é usada a chamada terapia adjuvante, que mata essas células. Algumas pessoas recebem quimioterapia antes da cirurgia para encolher o tumor, na chamada terapia neoadjuvante.

Cirurgia


A maioria das mulheres com câncer de mama vai se submeter a algum tipo de cirurgia para remover o máximo possível do tumor. Ela também pode ser utilizada para remover gânglios linfáticos atingidos pela doença, reconstruir a mama ou aliviar sintomas em estágios avançados da doença.
Cirurgia conservadora da mama: Ela remove apenas o nódulo ou caroço e parte do tecido sadio ao seu redor. Seis semanas após a cirurgia, costuma-se fazer radioterapia. Se a quimioterapia for ser utilizada, a radioterapia fica para mais tarde. A grande vantagem do tratamento conservador é que ele preserva a mama. Porém, não pode ser usado em todos os casos, apenas nas mulheres com câncer nos estágios I e II.
Quadrantectomia: consiste na remoção do câncer e de cerca de 25% do tecido da mama.
Mastectomia simples ou total: ela remove toda a mama.
Mastectomia radical modificada: ela remove toda a mama e parte dos gânglios linfáticos das axilas e preserva o músculo peitoral maior.
Mastectomia radical: é a remoção de toda a mama, dos nódulos linfáticos e dos músculos peitorais. Hoje em dia é raramente usada, porque a mastectomia radical modificada é igualmente eficiente, desfigura menos o corpo da mulher e tem menos efeitos colaterais.

Dissecção axilar: é feita para determinar se há ou não comprometimento dos gânglios linfáticos. Alguns nódulos linfáticos das axilas são removidos e analisados ao microscópio. Um dos efeitos colaterais da remoção dos nódulos é o linfedema, acúmulo de líquido fora dos gânglios e vasos linfáticos, causando inchaço e dor e pode ser tratado com fisioterapia e exercícios.
Biópsia do linfonodo sentinela: Uma substância radioativa é injetada próximo ao tumor, a qual é carregada pelo sistema linfático ao primeiro linfonodo (sentinela) que recebe a drenagem linfática do tumor. Este é o linfonodo mais comumente afetado pelas células tumorais se o tumor se espalhou. Quando ele é identificado, é removido e analisado. Se contiver células cancerosas, outros nódulos podem ser retirados. É uma biópsia complexa que só pode ser feita por profissionais experientes.
Cirurgia de reconstrução da mama: Existem vários tipos de cirurgias para reconstrução da mama, mas é importantíssimo discutir essas possibilidades com seu médico antes da mastectomia e já consultar um cirurgião plástico. Hoje, há a possibilidade de fazer a reconstrução no mesmo procedimento em que os nódulos linfáticos são removidos ou algum tempo após a cirurgia. De qualquer forma, a cirurgia de reconstrução vai depender da forma como a mastectomia é feita, daí a necessidade de conversar com os médicos antes, para fazer o melhor planejamento.


Quimioterapia


Os medicamentos usados na quimioterapia podem atingir qualquer parte do corpo, através da corrente sanguínea. Na maioria das vezes, é utilizada uma combinação de drogas (administradas por via oral ou injetadas) que matam as células cancerosas, mas também danificam as células normais, acarretando uma série de efeitos colaterais. Feita após a cirurgia, a quimioterapia reduz as chances de o câncer voltar. Ela é usada também nos casos em que a doença se espalhou além dos gânglios linfáticos e atingiu outros órgãos. Outra aplicação da quimioterapia é para encolher o tumor antes da cirurgia, o que também permite aos médicos verificar como o tumor reage à medicação. Geralmente, a quimioterapia é administrada em ciclos, que se seguem a períodos de recuperação, ao longo de 3 a 6 meses, em média, usando várias drogas combinadas simultaneamente. Entre os efeitos colaterais da quimioterapia estão:
- náusea e vômito

- perda de apetite

- feridas na boca

- perda de cabelo temporária

- maior risco de infecções (porque diminui o número de glóbulos brancos)

- risco de sangramento ou hematoma por causa de pequenos cortes ou pancadas (por causa da redução na quantidade de plaquetas no sangue)

- cansaço (por causa do menor número de glóbulos vermelhos)
A maioria dos sintomas desaparece com o fim do tratamento. Entre os efeitos permanentes estão a chegada precoce da menopausa e esterilidade. Pode haver dano ao coração com o uso prolongado da droga adriamicina, mas os médicos costumam monitorar cuidadosamente as pacientes que usam esse medicamento. Muito raramente, anos após a quimioterapia, algumas pacientes desenvolvem leucemia mielóide aguda, mas os benefícios da quimioterapia superam em muito os riscos dessa ocorrência rara.


Radioterapia


É o tratamento com raios de alta energia que matam as células cancerosas ou fazem o tumor encolher. A fonte pode ser externa ou interna (braquiterapia), em que o material radioativo é colocado diretamente no tumor ou perto dele. No caso do câncer de mama, o mais comum é o uso da radioterapia de fonte externa, que pode destruir células cancerosas que restaram na mama, nódulos linfáticos ou na mama após a cirurgia ou, mais raramente, para encolher o tumor antes da operação.
Radioterapia Intra-operatória: Combinando a cirurgia e Radioterapia na mesma intervenção, a RTIO é uma técnica radiocirúrgica que permite expor um tumor ou resíduo tumoral, ou zonas de alto perigo de recidiva, a um feixe direto de radiação, protegendo-se os tecidos normais. A irradiação é feita através de um cone colocado durante cirurgia diretamente no leito tumoral. Assim que o tecido lesado é retirado, o paciente é transportado para a sala de radioterapia, anexa, onde recebe a radioterapia.
Hormonioterapia: O estrogênio, um dos hormônios sexuais femininos, promove o crescimento das células cancerosas em algumas mulheres. Para elas, existem vários métodos para bloquear os efeitos do hormônio ou reduzir seus níveis no organismo. O tamoxifeno é uma droga que bloqueia a ação do estrogênio e é administrada via oral, por um período de 5 anos após a cirurgia para reduzir os risco de recidiva (volta do câncer). Estudos recentes mostram que o tamoxifeno é eficaz em mulheres com câncer de mama em estágio inicial com tumores estrogênio-positivos. A droga também é usada para reduzir as chances de aparecimento de tumores em mulheres de alto risco. Algumas pesquisas mostram aumento na incidência de câncer de corpo de útero em mulheres que tomam o medicamento, mas geralmente ele é detectado e tratado cirurgicamente em estágios iniciais. Por isso, recomenda-se às mulheres que tomam tamoxifeno relatar a seu médico qualquer sangramento vaginal incomum.
Inibidores de aromatase: são drogas que inibem uma enzima (aromatase) que participa da síntese de estrogênio e só funcionam para mulheres que passaram da menopausa e cujos cânceres são hormônio-positivos. Eles podem ser usados depois ou em vez do tamoxifeno para reduzir as chances de recidiva.


Outros tratamentos


Trastuzumabe ou herceptina (nome comercial Herceptin) é uma droga que se liga a uma proteína receptora (HER2/numbereu) que se encontra em pequenas quantidades na superfície das células normais da mama e em alguns cânceres de mama. Tumores que têm grandes quantidades desse receptor tendem a crescer e se espalhar depressa. A herceptina bloqueia esse receptor que pára de dar ordem para a célula cancerosa se multiplicar.


Estadiamento


Saber em que estádio está o câncer é fundamental para o planejamento do tratamento e para que o paciente, seu médico e a equipe médica possam discutir alternativas terapêuticas e ter perspectivas mais definidas das possibilidades de recuperação.
O sistema mais utilizado para isso é chamado de TNM, onde o T indica o tamanho do tumor; o N indica o quanto ele se espalhou para os nódulos linfáticos mais próximos e o M se já há metástase para outros órgãos.
Geralmente, cada letra é acompanhada por um número. Um tumor T1N0M0 é um tumor pequeno, que não atingiu os nódulos linfáticos próximos e nem se espalhou pelo corpo. Essa classificação dá origem a outra, em que os estágios da doença são indicados por algarismos romanos, que vão de zero a IV (4) e quanto maior o número, mais grave a fase da doença.


Os valores possíveis para T são:

TX: tumor primário não pode ser avaliado.
T0: não há evidência do tumor primário (isso acontece às vezes).
Tis: carcinoma in situ; carcinoma intraductal, carcinoma lobular in situ ou doença de Paget do mamilo sem massa tumoral associada.
T1: tumor de 2 cm ou menos em sua maior dimensão.
T2: tumor de mais de 2 cm e menos de 5 cm em sua maior dimensão.
T3: tumor de mais de 5 cm em sua maior dimensão.
T4: tumor de qualquer tamanho com extensão para a parede torácica ou pele.
Os valores possíveis para N são:

NX: nódulos linfáticos regionais (isto é, próximos à mama) não podem ser avaliados (porque já foram removidos antes, por exemplo
N0: câncer não atingiu os nódulos linfáticos regionais
N1: câncer atingiu de 1 a 3 nódulos linfáticos nas axilas do mesmo lado da mama com câncer e/ou nódulos com cânceres microscópicos encontrados por biópsia de linfonodo sentinela, mas não em exames por imagem ou exame clínico. Essa categoria inclui os casos em que apenas um pequeno aglomerado de células cancerosas é encontrado.
N2: câncer atingiu entre 4 a 9 nódulos linfáticos do mesmo lado que a mama com câncer ou nódulos mamários internos foram encontrados em exames por imagem ou exames clínicos na ausência de metástase para os nódulos linfáticos.
N3: câncer se espalhou para 10 ou mais nódulos linfáticos das axilas ou para nódulos infraclaviculares (abaixo da clavícula) ou nódulos supraclaviculares (acima da clavícula) ou nódulos linfáticos mamários internos (no peito, abaixo da mama) encontrados por exames por imagem ou exame clínico na presença de um ou mais nódulos linfáticos da axila atingidos ou em mais de 3 nódulos linfáticos axilares e em nódulos internos da mama detectados por biópsia do linfonodo sentinela, mas não identificados por exames por imagem ou exame clínico - sempre do mesmo lado da mama com câncer.
Os valores possíveis para M são:

MX: presença de metástase não pode ser avaliada.
M0: não há metástase.
M1: presença de disseminação para órgãos distantes
Uma vez determinadas as categorias T, M e N, essa informação é combinada com outros dados para produzir o estadiamento propriamente dito, que é expresso em algarismos romanos e vai de 0 a IV (zero a 4):
Estágio 0: Tis, N0, M0: o carcinoma de ducto in situ é a forma inicial do câncer de mama, em que as células cancerosas estão dentro de um ducto e não invadiram o tecido gorduroso a seu redor ou carcinoma lobular in situ, que muitas vezes é classificado como câncer de mama estágio 0, mas a maioria dos oncologistas não considera como um verdadeiro câncer de mama. No carcinoma lobular in situ, as células anormais crescem no interior dos lóbulos, mas não penetram na parede dos lóbulos ou se trata de doença de Paget. Em todos esses casos, o câncer não atingiu os nódulos linfáticos próximos nem órgãos distantes.
Estágio I: T1, N0, M0: o tumor tem 2 cm ou menos de diâmetro e não atingiu os gânglios linfáticos nem órgãos distantes.
Estágio IIA: T0, N1, M0 / T1, N1, M0 / T2, N0, M0: não foi encontrado tumor na mama, mas ele está presente em 1 a 3 nódulos linfáticos axilares ou o tumor tem menos de 2 cm e atingiu entre 1 a 3 nódulos linfáticos axilares ou foi encontrado por biópsia de linfonodo sentinela como doença microscópica em nódulos mamários internos, mas não foi detectado por exames por imagem ou exame clínico ou o tumor tem mais de 2 cm e menos de 5 cm de diâmetro, mas não atingiu os nódulos linfáticos da axila. O câncer não atingiu órgãos distantes.
Estágio IIB: T2, N1, M0 / T3, N0, M0: o tumor tem mais de 2 cm e menos de 5 cm de diâmetro e atingiu entre 1 e 3 nódulos linfáticos da axila ou foi encontrado por biópsia de linfonodo sentinela como doença microscópica em nódulos mamários internos ou o tumor tem mais de 5 cm, não cresceu para a parede torácica e não atingiu os gânglios linfáticos. O câncer não atingiu órgãos distantes.
Estágio IIIA: T0-2, N2, M0 / T3, N1-2, M0: o tumor tem menos de 5 cm de diâmetro e atingiu entre 4 e 9 nódulos linfáticos axilares ou descobriu-se que atingiu nódulos mamários internos através de exames por imagem ou exames clínicos ou o tumor tem mais 5 cm e atingiu entre 1 e 9 nódulos axilares ou nódulos mamários internos. O câncer não atingiu órgãos distantes.
Estágio IIIB: T4, N0-2, M0: O tumor avançou para a parede torácica ou pele e pode tanto não ter atingido os nódulos linfáticos como ter atingido até 9 deles. Ele pode ou não ter alcançado nódulos mamários internos. O câncer não atingiu órgãos distantes.
Estágio IIIC: T0-4, N3, M0: o tumor pode ter qualquer tamanho, se espalhou para 10 ou mais nódulos na axila ou para 1 ou mais nódulos acima ou abaixo da clavícula ou para nódulos mamários internos, que aparecem aumentados por causa do câncer. Sempre do mesmo lado que o câncer de mama. O câncer não atingiu órgãos distantes.
Carcinoma inflamatório de mama é classificado como estágio III a não ser que tenha atingido órgãos ou gânglios linfáticos distantes, quando será incluído no estágio IV.
Estágio IV: T0-4, N0-3, M1: o câncer, independentemente do seu tamanho, se espalhou para órgãos distantes como ossos, fígado, pulmão ou nódulos linfáticos distantes da mama.


Sobrevida


A taxa de sobrevida após 5 anos indica a porcentagem de pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico. Claro que muitos doentes vivem mais que 5 anos. E este índice não inclui pacientes que morrem por outras causas, como enfarte, por exemplo. Esses números representam um panorama geral, mas cada caso é único e as estatísticas não podem prever especificamente o que vai ocorrer com o seu caso. Só a equipe que atende cada paciente pode tirar suas dúvidas sobre suas chances de cura e sobrevida.
Estágio Taxa de sobrevivência após 5 anos

0 - 100%

I - 100%

IIA - 92%

IIB - 81%

IIIA - 67%

IIIB - 54%

IV - 20%


Câncer de mama em mulheres e em homens

Mulher! Homem!

Não dê mole para o azar, prevenção, já!



A imagem abaixo mostra uma imagem de câncer de mama em homem.























Esta é a imagem a qual mostra um tumor na mama esquerda.


















Esta é a imagem em que mostra uma mama, a qual da direita foi toda retirada.






















Imagem de uma mamografia
















A imagem, abaixo, mostra a retirada do nódulo, preservando a mama




















A imagem, acima, mostra a retirada do nódulo com a remoção da mama toda.


A imagem, abaixo, mostra as partes da mama.




















A imagem, abaixo, mostra um nódulo na mama.



















A imagem, abaixo, mostra um tumor e um Nódulo Centinela, que é o primeiro linfonodo axilar, para o qual drenam os vasos linfáticos, provindos da mama afetada, é o primeiro a abrigar as células metásticas, vindas do tumor.















Abaixo imagem de mama retirada, claro que para nós mulheres é algo terrível, mas a nossa vaidade nada vale diante de uma mama, por isso, devemos agradecer a DEUS, perdemos uma mama e não perdemos a vida. E, se alguém não nos aceitar por falta de um pedaço de corpo, é porque essa pessoa não faz falta em nossa vida e nunca soube da existência de DEUS.



Dicionário médico - cardiologia clinica e cirurgica

Cardiologia Clínica e Cirúrgica
Cardiomioplastia: Procedimento cirúrgico que consiste no envolvimento do coração com músculo longo dorsal do próprio paciente com a finalidade de assistência mecânica (aumentar a força contratil do miocárdio). A estimulação do músculo é mediada através de gerador de marcapasso apropriado.

Angioplastia: Procedimento utilizado para tratamento de doenças obstrutivas arteriais, tais como, artérias coronárias, artérias renais, artérias femorais e outras artérias periféricas. Consiste na dilatação da obstrução detectada por estudo angiográfico, através de cateter balão que se insufla no local desta, remoldando a luz da artéria por rotura e dilação.

Valvoplastia: Procedimento utilizado para tratamento de doenças obstrutivas valvares, tais como, pulmonar, aórtica e mitral. Consiste na dilatação da obstrução detectada por estudo hemodiâmico, através de cateter balão que se insufla no local desta, abrindo as bridas cicatriciais que provocaram a estenose ou movimentando as válvulas imobilizadas pelo cálcio.

Transplante cardíaco: Procedimento cirúrgico empregado no tratamento de pacientes portadores de doença cardíaca terminal sem possibilidades de tratamento clínico ou cirúrgico convencional. O método consiste na substituição do coração doente por coração proveniente de doador em morte encefálica.

Transplante coração-pulmão: Procedimento cirúrgico empregado no tratamento de pacientes portadores de doença cardiopulmonar terminal sem possibilidades de tratamento clínico ou cirúrgico convencional. O método consiste na substituição em bloco do coração e pulmões, proveniente de doador em morte encefálica.

Síncope: Termo também conhecido como desmaio, trata-se da perda súbita de consciência com queda ao solo e recuperação rápida e espontânea, sem necessidade de reanimação cardíaca. As causas mais freqüentes de síncope são as arritmias cardíacas, porém numerosas outras causas podem ser responsáveis. Entre elas temos os distúrbios neurológicos, diabetes, distúrbios otorrinológicos etc.

Arritmia: O coração possui atividade elétrica própria que consiste na geração e transmissão de estímulos. Distúrbios destas propriedades resultam em alterações do ritmo cardíaco ou arritmia cardíaca. Entre nós, a causa mais comum de arritmia cardíaca é a Doença de Chagas.

Eletrograma do Feixe de His: Consiste no estudo das propriedades eletrofisiológicas das células cardíacas através da introdução de catéteres intracardíacos e a utilização de aparelhos estimuladores elétricos externos. Permite reconhecer e avaliar a gravidade de arritmias cardíacas.

Fulguração intracardíaca: Procedimento realizado com a utilização de cateteres intracardíacos que emitem impulsos elétricos potentes capazes de eliminar áreas de tecido cardíaco considerados prejudiciais ao desempenho do ritmo cardíaco e que geralmente ocasionam arritmias cardíacas.

Prolapso de válvula mitral: Denominação atribuída a posição peculiar de uma das duas cúspides da valva mitral, na contração do ventrículo esquerdo.

Infarto do miocárdio: Lesão do músculo cardíaco decorrente da falta de aporte de oxigênio por obstrução da artéria que o irriga por placa de aterosclerose.

Ecocardiografia com doppler: Procedimento de complementação diagnóstica que fornece informações sobre anatomia (válvulas, septos, vasos da base, paredes e cavidades), fisiologia (funções ventriculares direita e esquerda), parâmetros hemodinâmicos e avaliação dos fluxos sangüíneos e intracardíacos e que utiliza o ultrassom como agente para essas medidas.

Biópisia endomiocárdica: Consiste na retirada por punção venosa de um pequeno fragmento de miocárdio para ser analisado a nível de microscopia óptica e/ou eletrônica. A biópsia endomiocárdica é empregada no seguimento de pacientes submetidos a transplante cardíaco e no diagnóstico e acompanhamento das endomiocardiopatias.

Implante de marcapasso: Procedimento cirúrgico que consiste na implantação de um gerador de pulso elétricos conectado a um eletrodo, colocado na cavidade cardíaca com a finalidade de regular a freqüência cardíaca, evitando síncopes e arritmias cardíacas.

Trombolises: Procedimento realizado com aproximadamente até 6 horas do início dos sintomas de infarto agudo do miocárdio, o qual consiste na administração de drogas seletivas como estreptoquinase o ativador tecidual do plasminogenio (TPA) com finalidade de destruir o trombo causador do infarto.

Desfibrilador implantavel: Procedimento que consiste na implantação de aparelho no tórax do paciente, capaz de automaticamente corrigir arritmias graves através de descargas elétricas, evitando o agravamento de suas condições clínicas e em muitas ocasiões até o óbito.

Cintilografia de perfusão do miocardio com Talio 201: Procedimento não invasivo realizado para avaliar a perfusão miocárdica durante o exercício e em repouso, comparativamente, administrando-se o elemento radioativo Tálio 201 por via venosa. O estudo da perfusão miocárdica possibilita avaliar a função do músculo cardíaco e diagnosticar isquemia do músculo decorrente de patologia da artéria coronariana.