domingo, 13 de maio de 2012

Privados têm maior fatia de recursos

Saúde - RN


Margareth Grilo - repórter especial

O custeio anual para a saúde pública no Rio Grande do Norte é de aproximadamente R$ 775,4 milhões para todos os blocos de financiamento, da atenção básica à alta complexidade, segundo dados do portal SUS - Saúde com Transparência, mantido pelo Ministério da Saúde. Nos primeiros dois meses deste ano, o governo federal já repassou perto de R$ 274,1 milhões. No entanto, o montante que, aparentemente, seria suficiente para dar assistência adequada à população, é carreado em grande parte para a rede de saúde privada. Com maior aporte tecnológico, os hospitais privados receberam, em 2011, mais de R$ 200 milhões somente com a realização de procedimentos hospitalares e ambulatoriais de alta e média complexidade.
Alberto LeandroHospital Deoclécio Marques é um dos que passa por problemas de superlotação por causa de contrato paralisado com a rede privadaHospital Deoclécio Marques é um dos que passa por problemas de superlotação por causa de contrato paralisado com a rede privada

As informações estão disponibilizadas no portal DATASUS (base de dados de 29/03/2012). Do valor global da Média e Alta Complexidade, em 2011, que foi da ordem de R$ 424,3 milhões para o RN, os recursos que convergiram para a rede privada representam 47,27%. Somente na Alta Complexidade, as unidades hospitalares privadas levam 85,75% dos recursos. No Estado, a Alta Complexidade custou para o SUS, no ano de 2011, algo em torno de R$ 16,5 milhões. O setor privado recebeu R$ 14,1 milhões. O valor global destinado ao RN inclui repasses para Estado e municípios.

Já nos dois primeiros meses do ano, considerando apenas as internações hospitalares, a rede pública realizou 10.667 procedimentos, que geraram um repasse de R$ 8.862.895,95. Mas a rede privada, apesar de realizar menos, 7.715 procedimentos, recebeu R$ 8.517.899,95, cerca de R$ 340 mil a menos. No caso dos procedimentos ambulatoriais, a alta complexidade carreia para a rede privada 85,75% dos recursos transferidos pelo SUS para a área.

Nos dois primeiros meses de 2012, dos R$ 16,5 milhões destinados à alta complexidade ambulatorial, R$ 14,1 milhões ficaram com a rede privada. Na média complexidade, o percentual é menor: 32,07%. Do total de R$ 16,8 milhões, o setor privado recebeu R$ 5,4 milhões. Os recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) - instrumento criado pela Constituição Federal, de 1988 - são deslocados para o setor privado por meio de contratação de serviços, um instrumento legal.

Ao realizar um procedimento, a unidade, hospitalar, gera uma AIH (Autorização de Internação Hospitalar), que engloba três serviços: o hospitalar (diárias, taxas de sala, materiais hospitalares e medicamentos); o profissional (equipe médica) e os auxiliares de Diagnóstico e Terapia. Já a unidade ambulatorial gera uma APAC (Autorização de Procedimento de Alto Custo). Nos dois casos, os preços obedecem à uma tabela única do SUS.

Contratos de serviços têm que ter "plus" para atrair interesse

Nos estados e municípios, na maioria das negociações para contratação de serviços, que a rede pública não disponibiliza, principalmente de alta complexidade, os hospitais e clínicas, e mesmo os profissionais, não aceitam a tabela do SUS.

"O setor público faz a chamada pública e eles não se apresentam, por causa dos valores muito baixos, e dá chamada deserta. É quando o que o gestor tem que reabrir a chamada e negociar um plus mínimo porque o usuário tem que ter o serviço", detalha Ana Tânia Sampaio, enfermeira, sanitarista e professora do Departamento de Saúde Coletiva da UFRN .

Ana Tânia já exerceu cargos de secretária de saúde no município de Natal (SMS) e adjunta, na Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). Na licitação, cada hospital ou cooperativa vai dizer quanto a mais da tabela SUS aceitaria para prestar o serviço.

O problema, segundo ela, é que o plus sai do orçamento público de estados e municípios. Ou seja, não está na conta das transferências (blocos de financiamentos). "É por isso", asseverou, "que muitas vezes se atrasa pagamentos".

Quando chega o dinheiro da tabela SUS, segundo a professora, esse valor já é repassado, mas o complemento, que é o bolo maior, fica na dependência de disponibilização financeira por parte dos executivos, sejam eles estaduais ou municipais, às secretárias.

Na rede pública, as referências nas áreas de alta complexidade são os hospitais estaduais Walfredo Gurgel, Giselda Trigueiro (doenças infecciosas) e Maria Alice Fernandes (Infantil), e os federais, Maternidade Escola Januário Cicco e Hospital Universitário Onofre Lopes, sobrecarregados pela demanda de todo o Estado.

Historicamente, antes do SUS, a assistência de alta e média complexidade era realizada pela Previdência, através do componente assistencial. Eram beneficiados os trabalhadores que pagavam sua contribuição. O Ministério se responsabilizava pelas ações primárias (hoje atenção básica) e preventivas, como o controle de endemias.

Financiamento não é compatível

Desde 1993, primeiro ano que os municípios passaram a ser gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde deixou de executar ações e transferiu seus serviços para estados e municípios. Um dos exemplos é o controle de endemias, que passou a ser executado pelos municípios. "Esses servidores federais, hoje, estão se aposentando e quem está repondo são os municípios, quando podem", afirma a enfermeira, sanitarista e professora do Departamento de Saúde Coletiva da UFRN, Ana Tânia Sampaio.

Ela sustenta que estados e municípios receberam a responsabilidade da gestão mas junto com ela não veio um financiamento compatível. "Nesse processo", disse Ana Tânia, "a situação mais cômoda é a da União". Segundo ela "com a implantação do SUS, como nenhum município tinha rede estruturada de assistência, porque não eram executores de serviços, o que conseguiram ter foi uma estrutura básica".

"O Ministério da Saúde repassa o valor do serviço, com base na tabela SUS", disse Ana Tânia, "mas não repassa - e nunca repassou - a condição para que estados e municípios se estruturassem para oferecer os serviços que estavam assumindo. Por isso, estamos na dependência do serviço privado". Nos últimos anos, a União não tem direcionado recursos de investimento para equipamentos, pessoal, melhoria e ampliação dos hospitais e não realiza concurso público para o nível de assistência.

No levantamento feito pela TRIBUNA DO NORTE no portal Saúde com Transparência, o Rio Grande do Norte recebeu no bloco de Investimento, em 2011, R$ 11,6 milhões, para aplicação em todos os municípios potiguares. Segundo Ana Tânia, municípios e estados estão mais penalizados no financiamento do SUS. A sanitarista reconhece que também existe a má gestão.

"Quando as pessoas apontam o orçamento parece muito dinheiro", afirmou a chefe da Assessoria de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde, Maria Auxiliadora Soares de Lima, "mas é tudo para pagar serviços de Natal e de outros municípios. O mesmo ocorre com o Estado, que recebe apenas para pagar procedimentos dos municípios e de suas unidades".

No caso do município de Natal, a projeção é de que receba algo em torno de R$ 217 milhões, dos quais R$ 104,5 milhões é destinado ao pagamento de procedimentos dos municípios pactuados. Ou seja, aqueles que enviam pacientes para Natal, a partir de um teto financeiro contratado junto à SMS/Natal.

Esse teto é definido na Comissão Bipartite (que agrega os gestores dos 167 municípios do RN). Segundo ela, o município está investindo de recursos próprios 22% na Saúde, mas o valor ainda não é suficiente. Somente para a média e alta complexidade, segundo a coordenadora da Regulação, da SMS, Saudade Azevedo, é de R$ 82,1 milhões para 2012.

Judicialização onera a saúde

A judicialização é outro ponto controverso. Em Natal, tem paciente que ingressou na justiça, ganhou a causa e o município paga R$ 85 mil, por mês, de um medicamento. Estão em andamento no país mais de 240 mil processos na Justiça com pedidos de acesso a medicamentos e a procedimentos médicos e hospitalares pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Tudo isso fura o financiamento.

Os dados são de levantamento parcial realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 32 dos 91 tribunais brasileiros. Para se ter uma ideia do quadro atual, os custos com esse tipo de ação já bate o patamar de R$ 25 milhões, dinheiro que sai do orçamento público para atender liminares e tutelas judiciais. Termina sendo uma via que beneficia o indivíduo que tem mais conhecimento, que pode pagar um advogado. O cidadão que não tem acesso à informação, que não tem o conhecimento, fica dependendo de uma ação coletiva que só o Ministério Público pode encaminhar.

Para os especialistas, a judicialização é problema, porque o usuário tem o direito adquirido, mas não foi pensado o quanto em investimento teria que se colocar para dar essa cobertura integral.

Enquanto secretária municipal de Saúde de Natal ela criou um comitê para minimizar a judicialização. O grupo atua até hoje. Para os especialistas ouvidos pela TRIBUNA DO NORTE, "considerando a universalidade, o direito universal integral exige muito além do que o financiamento permite". Eles sustentam que há muito menos receita e mais despesas.

Procedimentos custam mais na rede privada

Das AIHs pagas nos primeiros dois meses deste ano, o valor médio destinado à rede privada supera o da rede pública, em mais de R$ 1.000,00, segundo dados do Datasus. Na rede pública estadual, o valor médio foi de R$ 917,18, no mês de janeiro deste ano, na soma de todos os procedimentos realizados. Na privada, o valor médio foi, no mesmo período, de R$ 2.447,69. Essa diferença se dá não apenas pela maior capacidade da rede privada, mas porque a oferta para o SUS têm procedimentos de maior custo.

Em sua maioria não são realizados pela rede pública. É o caso do tratamento de oncologia e de muitos dos tratamentos na área vascular e cardiológica. O SUS paga, na rede privada, R$ 5.437,00 por uma angioplastia coronariana com implante de stent e R$ 1.057,65 por procedimento de amputação/desarticulação de membros. Um dos custos mais elevados na rede pública está no atendimento ao politraumatizado, que chega a custar R$ 2.074,00. Na rede privada, os procedimentos sequenciais em neurocirurgia e ortopedia ficam em R$ 4.970,00.

A crise de atendimento dos hospitais Walfredo Gurgel, em Natal, e Deoclécio Marques, em Parnamirim, é o maior retrato da dependência do SUS ao privado. As duas unidades estão superlotadas por causa da suspensão de cirurgias de alta complexidade, entre as quais as da ortopedia, contratadas em três hospitais privados - Memorial, Médico Cirúrgico e Clínica Paulo Gurgel, por atrasos nos repasses financeiros às unidades e a Cooperativa dos Médicos do RN (Coopmed). Esses procedimentos foram retomados somente na semana passada.

Além disso, os hospitais vivem uma crise aguda de desabastecimento e de falta de leitos, entre os quais de UTI. As públicas, privadas e filantrópicas disponibilizam para o SUS 1.306 leitos cirúrgicos e 2.175 clínicos para todo o Estado, segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). No caso da terapia intensiva, o CNES mostra 365 leitos disponíveis para o SUS, dos quais 62 no HMWG.

Em média, 85 pacientes estão internados em corredores da unidade e, pelo menos, 12, estão em leitos improvisados de UTI. Na semana passada, a Unidade de Emergência (a Reanimação), que estava com seis leitos improvisados de UTI e sem a devida assistência por 24 horas.

Bate-papo

Ana Tânia Sampaio, professora do Departamento de Saúde Coletiva da UFRN

A senhora defende que o financiamento seja revisto?

O problema é que o financiamento cobre só o custeio. Esses quase R$ 800 milhões significam pagamento de um teto de procedimentos produzido, sem considerar o que estados e municípios estão gastando a mais para poder garantir e ampliar serviços. O investimento é um bloco pequeno demais. Há muito tempo que a União não investe no sistema de saúde. O financiamento precisa ser mais ético na sua conjuntura.

Mas há o investimento no programa das UPAs?

As UPAs foram o único investimento que realmente a União fez porque é um programa de governo, e ele tinha todo interesse que funcionasse, mas sempre dividindo a responsabilidade com estados e municípios. Esse foi o único recurso de investimento que recebi enquanto secretária (Municipal de Natal). Deixei a UPA (Pajuçara) prontinha, mas não tive o prazer de inaugurar, porque a gestão foi terceirizada e eu não concordo. Uma coisa é você comprar o que não tem, outra coisa é pegar o patrimônio público, com todas as condições de funcionar, e entregar para o setor privado. Isso triplica o custo e o serviço público nunca vai ter a chance de mostrar que é capaz de fazer com qualidade.

A senhora entende que há má distribuição de recursos?

Veja só. O mais caro na assistência é a alta complexidade e é o SUS que garante esse serviço para o cidadão brasileiro, seja no público ou privado. Quem garante transplante, quimioterapia, quem está fazendo as cirurgias de alta complexidade é o SUS. O problema é que hoje o dinheiro só está dando para custeio e se suspende o serviço, o usuário vai ficar desassistido. O que defendo é que tem que ter sim um recurso extra, de investimento, para estruturar as redes municipais e estaduais, ou então a gente vai ficar a vida toda refém do privado e apontando o dedo para a assistência. Se o investimento existisse, na prioridade, na atenção básica, na valorização do servidor, no monitoramento e avaliação da rede, na qualificação das unidades, aos poucos o SUS ia se libertando do privado.

Que mudanças a Emenda 29 pode trazer?

Desde 2000 se lutava pela regulamentação da Emenda Constitucional 29. O interesse dos sanitaristas e de todos que defendem o SUS era de que ela fosse aprovada fixando percentuais mínimos de 12%, para os estados, 15% para os municípios, o que aconteceu, e de 10% para a União. Mas, ela foi votada silenciosamente, mantendo a União numa situação muito cômoda - da forma como queria - com atualização anual dos repasses com base no PIB do ano anterior, um índice, muitas vezes, menor que o da inflação, sem fixação de um teto. Hoje, a União é a que menos está comprometida com o financiamento do SUS. Outro golpe foi o corte orçamentário da Saúde, de R$ 5 bilhões, logo depois da votação da PEC 29.

O caos na rede se aprofunda com essa demanda crescente e complexa?

Sim. Estamos tendo mais idosos, que precisam de cuidados, e, a cada dia, vão surgindo doenças novas e temos que conviver com as antigas. É um quadro epidemiológico que esbarra em uma rede cada vez mais atrofiada e cada vez mais dependente do setor privado. Hoje, a gente tem que agradecer por, pelo menos, poder complementar com o privado. Pior é quando a gente entrega nosso patrimônio para o outro, muito mais caro, e aí o dinheiro não vai dar mesmo, vai faltar até para o básico. E só está s

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ibope mostra Serra com 31% das intenções e Russomanno com 16%

Politica - São Paulo - SP

Ex-governador José Serra lidera pesquisa Ibope com 31% O ex-governador José Serra (PSDB) lidera a disputa pela Prefeitura em São Paulo com 31% das intenções de votos, de acordo com pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (9) pelo SPTV, da TV Globo.
Em segundo está o ex-deputado Celso Russomanno (PRB), que aparece com 16%.
O deputado Gabriel Chalita (PMDB), com 6% das intenções, está à frente do ex-ministro petista Fernando Haddad, que conta com 3%.

 á os números dos outros candidatos são: Netinho de Paula (PC do B), 8%; Soninha (PPS), 7%; Paulinho da Força (PDT), 5%; Carlos Gianazzi (PSOL), 1%; e Luiz Flavio Borges D'Urso (PTB), 1%. Levy Fidelix (PRTB) não pontuou.

Os brancos e nulos somaram 1%, enquanto 10% dos entrevistados não souberam responder.
Pesquisa do mesmo instituto feita em dezembro mostrava Serra na liderança com 20% das intenções de voto, contra 14% de Netinho. Na oportunidade, o tucano não havia se apresentado como candidato.
Em seguida aparecia Paulinho, com 8%; Soninha, somando 6%; Chalita, chegando a 5%; Haddad, com 4%; e Guilherme Afif Domingos (PSD), com 3%.

No levamento divulgado hoje, o Ibope entrevistou 805 pessoas entre os dias 3 e 5 de maio. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com o número SP-00027/2012.

REJEIÇÃO
 
Netinho é o que aparece com o maior percentual de rejeição com 35% das pessoas dizendo que não votariam nele. Em seguida vem, Serra, com 35%; Levy Fidelix, 19%; Paulinho, 18%; Soninha, 17%; Russomanno, 13%; Haddad, 12%; Chalita, 11%; D'Urso, 11%; Giannazi, 9%; Poderia votar em todos, 6%; Não sabe/não respondeu, 11%.

O Ibope perguntou em quem os entrevistados votariam para prefeito espontaneamente. Nesta situação, cerca 60% declaram não saber em quem votariam ou não opinam sobre sua preferência, e 13% declaram intenção de votar em branco ou nulo.
Nessa medida, Serra tem 11%, e os demais nomes citados espontaneamente não ultrapassam 2% cada um.

DATAFOLHA
 
Pesquisa Datafolha feita no começo de março também revelava Serra na liderança com 30% dos votos. Os números significaram uma subida de nove pontos em relação ao levantamento feito em janeiro. O ex-governador liderava em todos os cenários feitos pelo instituto.

Em segundo ficava Russomanno, com 19%. Já Haddad obteve apenas 3% das intenções.
Na frente dele, estavam Netinho (10%), Paulinho (8%), Soninha (7%) e Chalita (7%).
O Datafolha ouviu 1.087 eleitores. A pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. O registro da pesquisa é SP-00009/2012.

KASSAB E ALCKMIN
 
A pesquisa do Ibope também mostrou como os eleitores avaliam a gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Kassab tem 3% de ótimo, 19% de bom, 38% de regular, 14% de ruim e 25% de péssimo. Não sabe/não respondeu: 2%.
Já Alckmin tem 6% de ótimo, 36% de bom, 38% de regular, 10% de ruim e 8% de péssimo. Não sabe/não respondeu: 2%.

Empresário cita propina de R$ 1 milhão para José Agripino

Politica - RN

Alcides Fernandes diz em depoimento que quatro cheques de R$ 250 mil foram destinados ao presidente do DEM por George Olímpio.

  A delação premiada de Alcides Fernandes foi tornada pública nesta quarta-feira (9) e confirmou o que há muito se comentava à boca miúda no Rio Grande do Norte, que voltará à projeção nacional após a acusação de que o senador José Agripino Maia teria sido beneficiado com promessa de propina que soma um milhão de reais e que teria sido paga por George Olímpio, apontado como mentor das fraudes investigadas no Detran/RN, no âmbito da Operação Sinal Fechado.
O Nominuto deverá disponibilizar as onze horas de vídeo a partir de hoje. A revista Carta Capital já teve acesso ao conteúdo da mídia e antecipou a informação sobre o senador potiguar.

O texto relata as intricadas relações e cita ainda suposta propina que, de acordo com Gilmar da Montana, outro investigado, foi dada a Carlos Augusto Rosado para a campanha de Rosalba Ciarlini (DEM) em 2010.

De acordo com trechos da delação, gravada em vídeo, Barbosa afirma ter sido chamado, no fim de 2010, para um coquetel na casa do senador Agripino Maia, segundo disse aos promotores, para conhecer pessoalmente o presidente do DEM. O convite foi feito por João Faustino Neto, ex-deputado, ex-senador e atual suplente de Agripino Maia no Senado Federal.

Segundo o lobista, ele só foi chamado ao encontro por conta da ausência inesperada de outros dois paulistas, um identificado por ele como o atual senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e o outro apenas como “Clóvis” – provavelmente, de acordo com o MP, o também tucano Clóvis Carvalho, ex-ministro da Casa Civil do governo Fernando Henrique Cardoso.

Apontado como um dos principais articuladores do esquema criminoso no estado, Faustino Neto foi subchefe da Casa Civil do governo de São Paulo durante a gestão do tucano José Serra. Na época, era subordinado a Aloysio Nunes Ferreira.

De acordo com os promotores, o papel de Barbosa na quadrilha era evitar que a Controlar, uma empresa com contratos na prefeitura de São Paulo, participasse da licitação que resultou na escolha do Consórcio Inspar. Em conversas telefônicas interceptadas com autorização da Justiça potiguar, Barbosa revela ter ligado para o prefeito Gilberto Kassab (PSD), em 25 de maio de 2011, quando se identificou como responsável pela concessão da inspeção veicular no Rio Grande do Norte.

Aos interlocutores, o lobista garantiu ter falado com o prefeito paulistano e conseguido evitar a entrada da Controlar na concorrência aberta pelo Detran local. Em um dos telefonemas, afirma ter tido uma conversa “muito boa”. Embora não se saiba o que isso significa exatamente, os promotores desconfiam das razões desse êxito. Apenas em propinas, o MP calcula que a quadrilha gastou nos últimos dois anos, cerca de 3,5 milhões de reais.

Aos promotores, Alcides Barbosa revelou que foi levado ao “sótão” do apartamento do senador Agripino Maia, em Natal, onde garante ter presenciado o advogado Olímpio negociar com o senador apoio financeiro à campanha de 2010. Na presença de Faustino Neto e Barbosa, diz o lobista, George prometeu 1 milhão de reais para o presidente do DEM.

O pagamento, segundo o combinado, seria feito em quatro cheques do Banco do Brasil, cada qual no valor de 250 mil reais, a ficarem sob a guarda de um homem de confiança de Agripino Maia, o ex-senador José Bezerra Júnior, conhecido por “Ximbica”. De acordo com Barbosa, Agripino Maia queria o dinheiro na hora, mas Olímpio afirmou que só poderia iniciar o pagamento das parcelas a partir de janeiro de 2012.

O depoimento de Alcides reforça um outro, do empreiteiro potiguar José Gilmar de Carvalho Lopes, dono da construtora Montana e, por isso mesmo, conhecido por Gilmar da Montana. Preso em novembro de 2011, Montana prestou depoimento ao Ministério Público e revelou que o tal repasse de 1 milhão de reais de George Olímpio para Agripino Maia era “fruto do desvio de recursos públicos” do Detran do Rio Grande do Norte.

O empresário contou história semelhante à de Alcides Barbosa. Segundo ele, Olímpio deu o dinheiro “de forma parcelada” na campanha eleitoral de 2010 a Carlos Augusto Rosado, marido da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), e para o senador Agripino Maia. E mais: a doação foi acertada “no sótão do apartamento de José Agripino Maia em Morro Branco".

Com base em ambos os depoimentos, o Ministério Público do Rio Grande do Norte decidiu encaminhar o assunto à Procuradoria Geral da República, uma vez que Agripino Maia, por ser senador da República, tem direito a foro privilegiado. Lá, o procurador-geral Roberto Gurgel irá decidir se uma investigação será aberta ou não.

Procurado, o senador José Agripino Maia negou todas as acusações. Afirma que nunca houve o referido coquetel no apartamento dele, muito menos repasse de 1 milhão de reais das mãos da quadrilha para sua campanha eleitoral, em 2010. Negou até possuir um sótão em casa. “Sótão é aquela coisinha que a gente sobe por uma escadinha. No meu apartamento eu tenho é uma cobertura”, explicou. Agripino Maia afirma ser vítima de uma armação de adversários políticos e se apóia em outro depoimento de Gilmar da Montana, onde ela nega ter participado do coquetel na casa do senador.

Professores da rede estadual paralisam atividades nesta quinta-feira

Educação - RN

Os professores da rede estadual irão paralisar as atividades durante todo o dia nesta quinta-feira (10). A manifestação terá início às 9h e ocorrerá até às 15h, quando os irão realizar um debate na Assembleia Legislativa. Durante a terça-feira (8), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) visitou as escolas para mobilizar professores para o movimento.  O protesto, a princípio, não se estenderá e os professores retornarão às aulas na sexta-feira.

Na manifestação, os professores irão exigir melhorias nos planos de carreira e nas condições de trabalho, segundo informou a presidenta do Sinte/RN, Fátima Cardoso.  De acordo com ela,  os professores irão se manifestar pelo  pagamento do plano de carreira dos funcionários e o pagamento de forma integral dos aposentados. A gratificação a diretores das escolas também será lembrada pelo Sindicato durante a paralisação.

Além disso, os professores cobram  o envio de um Projeto de Lei que encontra-se no Governo. "Tem um projeto de Lei sobre a revisão de plano de carreira que está no Governo desde 2010", disse Fátima Cardoso. No tocante à infraestrutura, o sindicato também coloca em pauta a ampliação de algumas escolas estaduais.

Outro ponto citado pela presidenta como motivador da greve é sobre a intenção do Governo de privatizar pontos da Educação e da Saúde. Segundo ela, o Governo do Estado enviou uma proposta à Assembleia Legislativa para privatizar alguns serviços relativos às duas classes. Por esse motivo, a manifestação terá início em frente ao Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (SindSaúde) e depois seguirá para o Sinte. Os servidores da saúde, no entanto, não irão paralisar as atividades.


A presidenta do sindicato, Fátima Cardoso, reclamou também da falta de diálogo por parte da secretária de Educação, Bethânia Ramalho. Segundo ela, a secretária não se manifesta sobre as proposições do Sinte e segue em "silêncio total". "Ela tá reprimindo cada vez mais as nossas demandas. É fundamental esse diálogo com sindicato", lamenta. Segundo Fátima Cardoso, a secretária não se dispõe a se reunir com o sindicato. "Quando a gente consegue se reunir, ela reclama que tem muita pauta pra ser discutida. Infelizmente, as pautas vão acumulando", reclamou.

domingo, 6 de maio de 2012

Bahia empata com Vitória, no Barradão, e mantém vantagem

Futebol - Campeonato Baiano 2012

Leão precisa vencer em Pituaçu para ser campeão, enquanto Tricolor pode encerrar jejum de títulos estaduais com nova igualdade no domingo que vem

A expectativa era de muitos gols e um jogo emocionante. Mas não foi bem assim. No primeiro jogo da final do Campeonato Baiano, Bahia e Vitória não saíram do 0 a 0 no Barradão. O resultado faz com que o Tricolor precise de apenas um empate para encerrar o jejum de dez anos e voltar a conquistar um título estadual. O segundo jogo será no próximo domingo, no estádio de Pituaçu.
Com 23.319 torcedores no estádio, a beleza do clássico ficou somente na arquibancada. Com o resultado, o Bahia segue sem ganhar do Vitória este ano – foram dois empates e um derrota. O Rubro-Negro, por outro lado, manteve a invencibilidade no Barradão. A equipe ainda não sabe o que é perder em casa este ano.

Antes da finalíssima da competição, os times voltam a campo no meio da semana para decidir a continuidade na Copa do Brasil. O Vitória enfrenta o Botafogo, no Rio de Janeiro, na quarta-feira. O jogo de ida terminou empatado em 1 a 1. No dia seguinte, em Pituaçu, o Bahia tem pela frente a Portuguesa. O confronto em São Paulo terminou 0 a 0.

Muita vontade e pouca bola

O motivo dos mistérios dos treinadores – os dois fizeram treinos fechados antes da partida – foi explicado antes mesmo de a bola rolar. Se no Vitória Ricardo Silva decidiu manter o time que empatou com o Botafogo, na quarta-feira, no Bahia, Paulo Roberto Falcão inovou. O treinador escalou o time com três volantes e o trio ofensivo formado por Gabriel, Zé Roberto e Souza.
Mas, com a bola rolando, o mistério não foi justificado. O primeiro tempo em nada lembrou o início do último Ba-Vi no Barradão. Se naquele jogo foram marcados quatro gols em apenas 22 minutos, neste o torcedor teve de se contentar com o 0 a 0 por longos 45 minutos.

Gabriel Bahia x Vitória (Foto: Angelo Pontes / Ag. Estado)Gabriel foi a principal esperança de gols do lado do Bahia (Foto: Angelo Pontes / Ag. Estado)
 
Sem criar grandes chances, o Vitória arriscou de fora da área, mas sem criar perigo para Marcelo Lomba. O lance que mais assustou o goleiro do Bahia foi quando ele se atrapalhou com Rafael Donato e o zagueiro, por pouco, não fez um gol contra de peito.

No Bahia, a principal esperança foi Gabriel. No entanto, o meia atacante abusou das quedas e reclamações. O árbitro Marcelo de Lima Henrique ignorou as simulações.
Se faltou o bom futebol, sobrou rispidez. Além dos entendimentos costumeiros entre os rivais, o final do primeiro tempo foi marcado por discussões também entre os próprios jogadores do Vitória. Rodrigo e Douglas, Pedro Ken e Rodrigo e Wellington Saci e Victor Ramos proporcionaram alguns momentos de tensão para a torcida rubro-negra.

- Mas decisão é isso aí mesmo. Tem que se cobrar todo o tempo – justificou o meia Geovanni.


Na volta do intervalo, com a necessidade de vencer para tirar a vantagem conquistada pelo Bahia, o Vitória partiu para cima. O Rubro-Negro passou a ditar mais claramente o ritmo de jogo, mas encontrou dificuldades para superar a barreira defensiva do Bahia, com Rafael Donato e Titi.
 
 
Com o time pressionado, Falcão decidiu mudar o Bahia. Zé Roberto deixou o campo para a entrada de Vander. A mudança surtiu efeito rápido. No primeiro lance, o meia fez boa jogada individual e chutou de fora da área. A bola passou perto do gol de Douglas. No lance seguinte, foi a vez de Souza assustar o goleiro do Vitória.

Pouco depois, o Vitória se recuperou do susto e só não abriu o placar por causa de Marcelo Lomba. Em cruzamento de Pedro Ken, aos 26 minutos, Tartá cabeceou à queima-roupa. Ligado no jogo, o goleiro do Bahia conseguiu evitar o gol rubro-negro.

Sem furar a defesa tricolor, Ricardo Silva optou por colocar o time mais para a frente. Geovanni deu lugar a Dinei, que passou a fazer dupla de ataque com Neto Baiano. Enquanto o técnico interino do Vitória fazia de tudo para abrir o placar, do outro lado Falcão era expulso por reclamação. Nos últimos 15 minutos de jogo, o Bahia ficou sem o treinador na beira do campo.

Nos minutos finais do jogo, o Tricolor, com a vantagem de atuar por dois empates para ser campeão, passou a cadenciar mais o jogo e não se expôs tanto. O Vitória foi em busca do gol de qualquer forma, mas não superou o sistema defensivo adversário. A decisão ficou para Pituaçu.

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Sport fica no zero com Santa Cruz e mantém vantagem nas finais

futebol - Campeonato Pernambucano 2012

Tricolor e Rubro-Negro empatam em jogo truncado no Arruda. Se o placar se repetir na Ilha do Retiro, dia 13, o Leão garante o título de campeão

Diante de um Arruda cheio, com 44.082 torcedores, o Sport entrou em campo para jogar a primeira partida da final do Campeonato Pernambucano com a vantagem do empate e saiu de campo sorridente. Neste domingo, o Leão foi até o Arruda e conseguiu segurar o 0 a 0 com o Santa Cruz. Agora, basta ao Rubro-Negro empatar pelo mesmo placar na Ilha do Retiro, no próximo dia 13, para colocar a faixa de campeão estadual no peito. Ao Tricolor, só resta a vitória por qualquer placar para confirmar o bicampeonato.

Apesar da chuva que caiu no Recife no início da tarde, o jogo começou com o céu limpo. O Santa Cruz aproveitou o gramado molhado para arriscar alguns chutes de longe. Por sua vez, o Sport investiu nas bolas paradas. O que faltou de técnica e criatividade por parte das equipes sobrou em vontade, fazendo com que a partida ficasse bastante truncada e repleta de faltas.

Fora de campo, a tranquilidade deu o tom. Com as torcidas organizadas do Santa Cruz e Sport proibidas de comparecer ao estádio pelo Ministério Público de Pernambuco e presença de 1.300 homens da Polícia Militar, nenhum incidente grave foi registrado.

Antes de a bola rolar ainda houve uma bela homenagem do Sport ao ex-meio campo uruguaio Raul Betancor, que faleceu na última quinta-feira aos 82 anos. Todos os jogadores entraram em campo vestindo a camisa com o nome do ex-atleta. O elenco ainda pisou no gramado carregando uma bandeira do Uruguai. Betancor defendeu o Leão entre 1959 e 1963 e integra a seleção dos 11 maiores jogadores da história do Rubro-Negro.

Santa Cruz x Sport (Foto: Aldo Carneiro)Moacir, pelo Sport, e Renatinho, pelo Santa Cruz, fizeram um bom duelo de laterais (Foto: Aldo Carneiro)
Muita vontade e pouca técnica

Escalado de maneira mais ofensiva para tentar reverter a vantagem do Sport, o Santa Cruz tomou a iniciativa e aos 18 segundos já chutava a gol com Dênis Marques. A resposta do Leão só veio aos quatro minutos quando Marcelinho Paraíba tentou cruzar, mas a bola desviou na zaga e morreu nas mãos do goleiro Tiago Cardoso.

Nos primeiros minutos, o jogo ficou bastante aberto com o Santa Cruz atacando e o Sport investindo mais nos contra-ataques. Aos sete minutos, o Tricolor teve a chance de abrir o placar com o zagueiro Vágner. De frente para o gol, ele não soube aproveitar o rebote do goleiro Magrão e mandou a bola para fora.

O Sport também tentou furar o bloqueio do Santa Cruz com bolas paradas, aproveitando as faltas na entrada da área, mas Marcelinho Paraíba não foi feliz nas cobranças. A partir dos 15 minutos, a partida se concentrou principalmente no meio-campo, com embates entre meias e volantes. Aos 22 minutos, o Tricolor voltou a arriscar com Dênis Marques. Ele chutou de fora da área e a bola passou ao lado da trave do goleiro Magrão.

Chutes de fora da área e erros de passe

Santa Cruz x Sport (Foto: Aldo Carneiro)
Jogo ficou bastante truncado no meio-campo
(Foto: Aldo Carneiro)
O goleiro do Sport voltou a trabalhar aos 27 minutos. Aproveitando o gramado molhado, o lateral Diogo mandou um chutaço de fora da área e quase pegou Magrão desprevenido. O camisa 1 evitou agarrar a bola e espalmou, mas o Tricolor não soube aproveitar o rebote. Dois minutos depois, os donos da casa voltaram a arriscar de longe com Luciano Henrique e a bola foi para fora.

Se por um lado o Santa Cruz arriscava chutes de longa distância, por outro abusava de errar passes dentro da própria área. Os vacilos corais permitiram que o Sport marcasse presença no campo de defesa tricolor e levasse perigo em seguidas cobranças de escanteios por volta dos 30 minutos de jogo.

Aos 39 minutos, o Santa Cruz quase pagou caro pelo erros. A bola sobrou nos pés de Jael e o atacante do Sport só não fez o gol graças a uma excelente intervenção do goleiro Tiago Cardoso. Um minuto depois Marcelinho Paraíba chutou e exigiu mais trabalho do goleiro tricolor.

Santa Cruz x Sport (Foto: Aldo Carneiro)Árbitro Neilson Santos começou a amarelar jogadores no segundo tempo (Foto: Aldo Carneiro)
 
Segundo tempo a todo vapor
Os times voltaram para o segundo tempo sem mudanças, mas não demorou muito para que a primeira substituição ocorresse. Aos quatro minutos, Anderson Pedra, machucado, saiu para a entrada de Chicão. Na sequência, o zagueiro rubro-negro Edcarlos fez falta em Flávio Caça-Rato e recebeu o primeiro cartão amarelo da partida.

Santa Cruz x Sport - Marcelinho Paraíba - Anderson Pedra (Foto: Aldo Carneiro)
Marcelinho Paraíba se irritou com substituição
(Foto: Aldo Carneiro)

O Sport deu um susto na torcida tricolor logo no início da etapa complementar quando a bola a foi enfiada para Jael, que estava livre dentro da área. Antes que o atacante aproveitasse a jogada, Renatinho apareceu e afastou o perigo. O troco dos donos da casa veio em duas jogadas seguidas. Na primeira, o Santa Cruz arriscou com Dênis Marques. Na segunda, Magrão defendeu um chute de Luciano Henrique.

O juiz Neilson Santos economizou nos cartões amarelos no primeiro tempo, mas na etapa final começou a punir os jogadores. Aos 12 minutos, foi a vez de Marcelinho Paraíba ser penalizado por reclamação. Sentindo o bom momento do Santa Cruz, o técnico Mazola Júnior resolveu alterar a equipe. Saiu Jheimy, que pouco produziu, para a entrada de Marquinhos Gabriel. O técnico Zé Teodoro também mexeu na equipe e sacou Luciano Henrique para a entrada de Branquinho.

Marcelinho Paraíba é substituído e mostra insatisfação

Aos 23 minutos, o Santa Cruz adotou uma postura ainda mais ofensiva com a saída de Natan e a entrada de Carlinhos Bala. Para tentar frear o Tricolor, o Sport começou a jogar de maneira ainda mais dura e aos 24 minutos Neilson Santos "premiou" o zagueiro Tobi, do Rubro-Negro, com cartão amarelo. Acuado, o Leão passou a jogar no contra-ataque e só voltou a ter um bom momento aos 30 minutos. Rivaldo cruzou, mas Moacir acertou a rede pelo lado de fora.

Depois dos 34 minutos, o Clássico das Multidões ficou mais aberto, com as equipes se alternando nos ataques. O número de faltas também aumentou e o juiz amarelou Diogo (Santa Cruz) e Hamilton (Sport). Aos 39 minutos, Carlinhos Bala arriscou de longe e quase surpreendeu Magrão. Antes que o jogo chegasse ao fim, ainda houve a substituição de Marcelinho Paraíba por Thiaguinho. Ao sair de campo, o camisa 10 rubro-negro jogou uma faixa que carregava no braço no chão e chutou uma garrafa d´água em uma clara demonstração de insatisfação com a troca.

Estádio do Arruda (Foto: Aldo Carneiro)Torcidas fizeram uma bela festa no estádio do Arruda (Foto: Aldo Carneiro)
 
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Quarteto desequilibra, Flu goleia o Botafogo e fica com a mão na taça

Futebol - Campeonato Carioca 2012

Deco, Fred, Thiago Neves e Rafael Sobis infernizam a defesa alvinegra no primeiro jogo da decisão do Carioca. Tricolor vence de virada: 4 a 1

Faz diferença numa decisão de campeonato quando o craque do time, o protagonista, aparece para definir. Faz uma diferença absurda quando todos os principais jogadores vivem um dia iluminado. Fred, Deco, Thiago Neves e Rafael Sobis. O quarteto ofensivo do Fluminense deixou o time muito perto do título carioca neste domingo. No primeiro jogo da final contra o Botafogo, no Engenhão, todos se destacaram. Decidiram, desequilibraram. Resultado: vitória tricolor por 4 a 1, de virada. Fred fez um golaço de bicicleta, Deco e Thiago organizaram os ataques, e Sobis, sempre destaque em decisões, fez dois. O garoto Marcos Junior, de 18 anos, fechou a goleada. O volante Renato marcou o único gol alvinegro.

O Botafogo, que também tem um quarteto de qualidade, emperrou nos primeiros 90 minutos da decisão. Maicosuel, Fellype Gabriel, Elkeson e Loco Abreu pouco fizeram. O time de Oswaldo de Oliveira jogou sem criatividade e ficou com um jogador a menos a partir dos 11 minutos do segundo tempo, quando o lateral-direito Lucas foi expulso. Para ter chance de ficar com o título, o Alvinegro terá de vencer o segundo jogo por três gols de diferença para levar a decisão para os pênaltis. Ou fazer quatro de diferença para garantir o título direto.

Fred comemora gol do Fluminense no Botafogo final carioca (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)Fred, autor do primeiro gol do Flu, é celebrado pelos companheiros (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)
 
A invencibilidade alvinegra na temporada, que durava 23 partidas, está derrubada. Foi a primeira vez no ano que o time sofreu mais de dois gols. E a primeira vez na história que o Flu venceu o Botafogo no Engenhão. Até este domingo, eram três derrotas e seis empates. A exibição de gala do Flu foi vista por 28.182 pessoas (sendo 23 mil pagantes, com renda de R$ 732.015,00).

As equipes voltam a se enfrentar no domingo que vem, às 16h (de Brasília), no Engenhão. Antes, porém, terão decisões no meio de semana. Na quarta-feira, o Botafogo disputa o jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil contra o Vitória, no Engenhão, às 19h30m. Na primeira partida, empate por 1 a 1 no Barradão. O Fluminense também jogará nas oitavas de final, só que da Libertadores. Na quinta, no Engenhão, o Tricolor recebe o Inter, às 22h. Na ida, em Porto Alegre, empate sem gols.

Botafogo sai na frente, e Fred pedala

Demorou. Foram 37 longos anos sem que Fluminense e Botafogo decidissem o Campeonato Carioca. Da última vez, em 1975, a conquista foi tricolor. Mas não demorou muito para o Botafogo abrir o placar: oito minutos. Não chegou a ser uma blitz alvinegra, mas ao tomar a iniciativa logo cedo o Botafogo conseguiu o gol. Fellype Gabriel entrou na área pelo lado esquerdo e buscou Loco Abreu no cruzamento. A zaga afastou para a entrada da área, e Renato estava por ali. O chute de primeira do volante, de volta após lesão, passou no meio das pernas de Carlinhos e foi parar no cantinho direito de Diego Cavalieri: 1 a 0.
O Fluminense só despertou a partir dali. Com a marcação do Botafogo concentrada nas laterais, o Tricolor jogou pelo meio e tentou chutes de média distância. Carlinhos parou em Jefferson, e Jean errou o alvo. Até a parada técnica, houve equilíbrio na posse de bola, mas o Flu finalizava mais: quatro contra uma do Bota, a do gol.
A pausa fez bem aos tricolores. Thiago Neves, Deco e Rafael Sobis cresceram, e pouco a pouco conseguiram fugir da marcação. Em jogada individual, Thiago se livrou de Fábio Ferreira e bateu de esquerda. Jefferson pegou, aos 23. O Botafogo se defendia e esperava a chance de encaixar o contra-ataque, só que ela não apareceu. Maicosuel, Fellype Gabriel e Elkeson não criavam e as tentativas de buscar Loco Abreu na área fracassavam.
A persistência tricolor deu resultado. Depois que Elkeson perdeu a posse de bola, Carlinhos cruzou da esquerda, Thiago Neves escorou de cabeça quase para a pequena área, e Fred acertou uma linda bicicleta, aos 43: 1 a 1. Gol de artilheiro, de talento, de decisão. Foi a décima finalização do Fluminense no primeiro tempo. O Alvinegro teve apenas duas.
- Só acordamos depois que sofremos o gol. Aí melhoramos a posse de bola, conseguimos criar. Foi um dos meus gols mais bonitos e também pela importância de ser uma final - disse Fred.

Quarteto do Flu decide
. Goleada no Engenhão

As emoções também começaram cedo no segundo tempo. O Botafogo resolveu voltar a jogar após o intervalo e foi ao ataque. A primeira boa chance foi alvinegra, aos seis minutos. Maicosuel cobrou falta para a área, Loco Abreu desviou de cabeça, e Diego Cavalieri defendeu. O uruguaio reclamou muito de pênalti por ter sido agarrado por Leandro Euzébio. A arbitragem julgou o lance como normal.

Aos 11, Oswaldo de Oliveira perdeu o lateral-direito Lucas. Ele fez falta em Thiago Neves para cortar um contra-ataque, recebeu o segundo amarelo e o vermelho do árbitro Luiz Antônio Silva dos Santos. No lance seguinte, o gol da virada. Deco, em tarde inspirada, tabelou com Sobis e deixou o atacante na cara do gol com um toque de muita categoria. Iluminado em decisões desde os tempos de Inter, o atacante bateu de esquerda para marcar o segundo do Tricolor.

Maicosuel passou a tentar algumas jogadas de velocidade pela direita, mas sem sucesso. Elkeson e Fellype Gabriel erraram passes, não conseguiram fugir da marcação e nada criaram. Bem diferente dos protagonistas do Fluminense. Depois de Deco, foi a vez de Thiago Neves aparecer. Aos 20, o camisa 7 deu um passe preciso para Sobis. Livre na frente do gol, driblou Jefferson, por pouco não perdeu o ângulo, mas conseguiu se recuperar e fazer o terceiro: 3 a 1.

Oswaldo fez mudanças no ataque depois da parada técnica. Loco Abreu e Elkeson saíram para as entradas de Herrera e Caio. Nada mudou. O Botafogo era um time limitado, sem qualquer inspiração. O técnico, aliás, foi vaiado e chamado de burro pelos torcedores quando sacou o uruguaio. Elkeson, muito mal no jogo, também ouviu vaias ao deixar o gramado. O zagueiro Antônio Carlos teve chance de diminuir, mas Diego Cavalieri defendeu a cabeçada perigosa.

Abel lançou Marcos Junior no lugar de Thiago Neves. Após mais uma linda jogada ofensiva do Fluminense, com participação de Deco, Sobis e Fred, o garoto ficou na frente de Jefferson para consolidar a vitória maiúscula e transformar a virada em goleada. Festa tricolor no Engenhão sob gritos de "olé" e título praticamente na mão.

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Neymar e Ganso 'compõem' juntos, e Santos bate Guarani na primeira final

Futebol - Campeonato Paulista 2012

Pagode e música clássica dão o tom da vitória santista por 3 a 0. Atacante, com dois gols, chega a 104 e alcança topo da lista de artilheiros pós-Pelé

Pode parecer estranho, mas a mistura de pagode com música clássica faz bem para os ouvidos. Principalmente para os santistas. Com Neymar no pandeiro e Ganso na batuta, a equipe da Vila Belmiro deu um enorme passo para a conquista do Paulistão neste domingo. Com gols de seus craques, venceu o Guarani por 3 a 0.

Resultado suficiente para que os santistas presentes no estádio do Morumbi cantassem com otimismo “Vamos ser tri, Santos”. Campeão estadual em 2010, contra o Santo André, e no ano passado, diante do Corinthians, o Peixe está bem perto de levar o caneco pela terceira vez seguida.
Para evitar a conquista alvinegra, o Guarani precisa vencer por quatro gols de diferença no próximo domingo, às 16h, novamente no estádio do Morumbi. Ou então, na pior das hipóteses, ganhar por três gols e levar a decisão para os pênaltis. De qualquer maneira, a missão é muito complicada.
- Com um resultado desse tamanho, o Santos ficou com 99% de chances de ser o campeão. O Guarani fez uma boa partida e mais uma vez o Neymar fez a diferença - disse Vadão, técnico do time campineiro.

No jogo deste domingo, o espírito da ousadia e da alegria de Neymar contagiaram também Ganso, normalmente mais pacato. Mas vale lembrar também da coragem do Bugre, representada na entrega do zagueiro Domingos, revelado pelo Santos e que teve uma tarefa muito ingrata nesta primeira decisão.

- Eu agradeço ao Santos por tudo que conquistei na vida. Mas hoje eu tenho que marcar o melhor jogador do mundo, o Neymar – brincou Domingos antes do jogo.
Tarefa praticamente impossível. Há algum tempo já. Neste domingo, com os dois gols marcados, Neymar chegou a 104 com a camisa do Santos e se igualou a João Paulo e Serginho Chulapa no topo da lista de principais artilheiros do clube apos a Era Pelé. Na comemoração, aliás, ele imitou Chulapa ao sair correndo de maneira meio atrapalhada e se jogando no chão na sequência, como fazia o ex-jogador. A cada jogo, o camisa 11 vai quebrando recordes e se consolidando um dos maiores da história santista.

- Espero que venha mais. Estou trabalhando muito todos os dias para melhorar os números e os titulos - resumiu o camisa 11.
Com o título paulista bem encaminhado, o Santos volta a campo na próxima quinta-feira, pela Taça Libertadores. Enfrenta o Bolívar-BOL, às 19h30m, na Vila Belmiro, no jogo de volta das oitavas de final da competição. No primeiro jogo, os bolivianos venceram por 2 a 1. Uma vitória simples, por 1 a 0, classifica o Peixe.

Neymar na decisão Santos x Guarani paulista (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Neymar escapa de Domingos e parte para cima do Guarani (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Do pagode para orquestra

Assim que o ônibus da delegação santista estacionou no Morumbi, a expectativa no saguão do estádio era, claro, pela descida de Neymar. A demora do craque do Peixe para sair do veículo fez parecer que por aquela porta apareceria um popstar, pronto para dar espetáculo. E foi isso mesmo.
Bastou Neymar aparecer para que um batalhão de microfones tentasse alcançar a sua boca. Mas a pergunta que ele ouviu (e respondeu) foi uma que já se tornou rotina: “o que você está escutando?”. Com o fone nos ouvidos e o boné meio de lado, bem ao seu estilo, ele respondeu: “Ousadia e Alegria, do Thiaguinho”.

Amigo do pagodeiro, Neymar conhece bem a música. Afinal, foi escrita em sua homenagem. O título da canção é lema do camisa 11. E o Guarani percebeu isso logo no primeiro minuto. Como se ainda estivesse ouvindo o trecho “se der espaço, eu pedalo e vou para cima”, o camisa 11 fez fila na zaga do Bugre e só foi parado com falta. Na cobrança, Elano acertou o travessão.
Tivesse aquela bola balançado as redes, o Guarani poderia estar entregue logo de cara. Mas o travessão salvou o time de Campinas e encorajou os comandados do técnico Vadão. Com forte marcação e rápido contra-ataque, o Bugre, em termos gerais, fez um primeiro tempo melhor do que o Santos.

Chegou pelo meio, pelas laterais, com bom toque de bola. Enfim, aproveitou seus momentos com certa ousadia. O problema é que faltou pontaria, como aos 16 minutos, quando Medina recebeu cruzamento livre na grande área e bateu para fora. É difícil criar chances contra esse Santos. Portanto, não dá para desperdiçar.

Voltou a campo, então, o lado musical do Santos. Mas o pagode deu lugar à música clássica. Neymar chamou o jogo, arrancou pela esquerda e rolou para área. Arouca dividiu com o marcador e a bola sobrou para Ganso bater colocado: 1 a 0. Na comemoração, o maestro regeu a torcida.
Do lado do Guarani, o regente era mais “punk”. Domingos, no melhor estilo "beque de fazenda" deu um abraço apertado em Neymar antes de começar o jogo. Sério em todos os lances, o defensor cometeu pênalti em Alan Kardec, mas o juiz não deu nada. O bugrino, então, reclamou com o atacante: “levanta, levanta!”.

Ganso comemora gol do Santos contra o Guarani (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Ganso comemora gol do Santos regendo a torcida no Morumbi (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Título encaminhado
Obviamente, a diferença técnica do Santos para o Guarani é grande. Mas o time de Campinas não chegou à decisão do Paulistão à toa. Conquistou seu espaço na base da coragem e do entrosamento. Suficientes para deixar o Peixe atento e preocupado com uma reação por parte do time do interior.
E para deixar claro isso, Bruno Recife avançou pela esquerda logo com um minuto do segundo tempo e bateu forte de canhota. A bola acertou a trave esquerda de Aranha. Só que o exército de talentos do Peixe parece ser à prova de sustos. O time tem o espírito de Neymar, que costuma dizer que quanto mais apanha mais quer jogar.

Assim, com Ganso inspirado por um golaço no primeiro tempo, o Santos partiu para o ataque sob a batuta do seu maestro. Teve uma ótima chance, aliás, em cobrança de falta de Elano, aos seis minutos. O meia bateu colocado e viu Emerson executar linda defesa.
Muito seguro em campo, o Peixe evitou acelerar demais a partida. Talvez por ter na quinta-feira um jogo decisivo com o Bolívar, pela Libertadores. No banco de reservas, porém, os treinadores não se pouparam. Eufórico, Muricy gritava com a equipe. Preocupado, Vadão tentava recuperar o contra-ataque.

Só que quem teve a jogada mortal foi o Santos. Aos 20 minutos, Juan acertou um belo passe para Ganso. O camisa 10 tentou driblar o goleiro, mas Emerson conseguiu bater com a mão esquerda na bola. Seria uma defesa heróica não tivesse ali tão perto o craque Neymar, que pegou a sobra e completou para a rede: 2 a 0, no 103º gol do astro com a camisa santista. Mas faltava um para o recorde.

Ele veio aos 46 minutos, quando Neymar recebeu na área, matou no peito, tirou dois marcadores e chutou. Estava definida a partida.
Um placar desse em uma primeira partida de decisão de Paulistão pode dar a falsa impressão de que o Guarani foi presa fácil ao Santos. É verdade que o Bugre não foi dos adversários mais complicados neste domingo, mas teve coragem. Só que isso é muito pouco para tentar parar o Peixe de Neymar, Ganso e cia.

Quando um dos dois resolvem jogar bem já é um pesadelo para os rivais. Imagine então no dia em que ambos estão inspirados? Resta ao santista comemorar a mistura do pagode com a música clássica. E ao torcedor bugrino, o consolo de dormir ao som desse ótimo “barulho” do futebol brasileiro.
Elano na partida do Santos contra o Guarani (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Elano (dir) teve boa atuação e ainda acertou bola na trave (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

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sábado, 5 de maio de 2012

Tudo sobre Epilepsia

Saúde

O que é Epilepsia?

É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos e se expressa por crises epilépticas repetidas.

Causas

A causa pode ser uma lesão no cérebro, decorrente de uma forte pancada na cabeça, uma infecção (meningite, por exemplo), neurocisticercose ("ovos de solitária" no cérebro), abuso de bebidas alcoólicas, de drogas etc. Às vezes, algo que ocorreu antes ou durante o parto. Muitas vezes não é possível conhecer as causas que deram origem à epilepsia.

Sintomas de Epilepsia

As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras:
A crise convulsiva é a forma mais conhecida pelas pessoas e é identificada como "ataque epiléptico". Nesse tipo de crise a pessoa pode cair ao chão, apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar.
A crise do tipo "ausência" é conhecida como "desligamentos". A pessoa fica com o olhar fixo, perde contato com o meio por alguns segundos. Por ser de curtíssima duração, muitas vezes não é percebida pelos familiares e/ou professores.

Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoas estivesse "alerta" mas não tem controle de seus atos, fazendo movimentos automaticamente. Durante esses movimentos automáticos involuntários, a pessoa pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou andando sem direção definida. Em geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a crise termina. Esta é chamada de crise parcial complexa.

Existem outros tipos de crises que podem provocar quedas ao solo sem nenhum movimento ou contrações ou, então, ter percepções visuais ou auditivas estranhas ou, ainda, alterações transitórias da memória.     

    Tratamento de Epilepsia

O tratamento das epilepsias é feito através de medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas. Acredita-se que pelo menos 25% dos pacientes com epilepsia no Brasil são portadores em estágios mais graves, ou seja, com necessidade do uso de medicamentos por toda a vida, sendo as crises frequentemente incontroláveis e então candidatos a intervenção cirúrgica. No Brasil já existem centros de tratamento cirúrgico aprovados pelo Ministério da Saúde.

Como proceder durante as crises:

  • coloque a pessoa deitada de costas, em lugar confortável, retirando de perto objetos com que ela possa se machucar, como pulseiras, relógios, óculos
  • introduza um pedaço de pano ou um lenço entre os dentes para evitar mordidas na língua
  • levante o queixo para facilitar a passagem de ar
  • afrouxe as roupas
  • caso a pessoa esteja babando, mantenha-a deitada com a cabeça voltada para o lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva
  • quando a crise passar, deixe a pessoa descansar
  • verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de emergência que possa sugerir a causa da convulsão
  • nunca segure a pessoa (deixe-a debater-se)
  • não dê tapas
  • não jogue água sobre ela.                      

Jornal estranha criação de conselho político do Rio Grande do Norte em Brasília

Politica - RN


O que a imprensa potiguar não conta e consequentemente não explica, o jornal O Globo estampou hoje em sua edição.

Leiam a reportagem de Paulo Celso Pereira:
Em meio a uma crise institucional e política, com problemas financeiros e servidores em greve, o governo do Rio Grande do Norte montou em Brasília, a mais de 2.000 quilômetros de Natal, uma espécie de Conselho Político para ajudar a governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Entre os conselheiros estão o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho (PMDB), o presidente do DEM e líder no Senado, José Agripino Maia, e o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves. Como os três passam a semana em Brasília, as reuniões foram transferidas para a capital federal.
   
— O governo herdou uma situação financeira complicada, cometeu equívocos de comunicação e alguns equívocos administrativos pontuais. Esse Conselho Político está procurando ajudá-la no dia a dia para resolver as dificuldades — explica Agripino Maia.

Duas das secretarias mais importantes do estado, Justiça e Turismo, estão vagas, e vários candidatos sondados já se recusaram a ocupar os cargos. De acordo com pesquisas recentes, a reprovação à governadora Rosalba Ciarlini (DEM) atinge 60%.

Nesta semana, o secretário de Saúde, Domício Arruda, foi afastado do cargo após se negar a prestar esclarecimentos à imprensa sobre a situação problemática de um hospital e sobre a greve de servidores do setor.

A crise no Rio Grande do Norte foi parar nesta sexta-feira nas redes sociais. Críticos do governo emplacaram pela manhã como líder no Twitter mundial a citação #ForaGovernadoraRosalba. Foi uma reação aos apoiadores da governadora que haviam colocado minutos antes o texto #AcreditoNoRnComRosalba como número um do Twitter brasileiro.

Eleita no primeiro turno, Rosalba assumiu o governo no ano passado já sabendo da dificuldade que teria para cumprir os acordos financeiros que a gestão anterior havia firmado. Planos de carreira de servidores e repasses para outros órgãos engessaram o orçamento da governadora.

Rosalba cortou gratificações que representavam quase metade do salário de alguns servidores. A reclamação foi geral. A dificuldade financeira somou-se à falta de articulação política, e alguns secretários pediram o chapéu.

A reunião do Conselho Político da última quinta-feira sacramentou a necessidade de uma reforma do secretariado, que deve ocorrer nas próximas semanas. Duas demissões já estão praticamente sacramentadas, no Planejamento e na Casa Civil. Esta última deverá ser entregue ao marido da governadora, Carlos Augusto Rosado, tido como a eminência parda do governo de Rosalba.

— A governadora vai superar a situação por meio de mudanças na equipe. Ela pegou uma herança difícil, mas tem condições de dar uma virada — pondera Garibaldi Alves.

Nas últimas semanas, surgiu novo temor: a seca. Assim como em todos os estados do Nordeste, a expectativa é que a estiagem de agora seja a pior em muitos anos. Os políticos do estado já preparam uma corrida ao caixa do governo federal para tentar reduzir o impacto da estiagem:

— Tem vários projetos importantes para o estado que podemos viabilizar em Brasília. Vamos tentar ajudar a levar esses recursos. Esta é uma fase em que se precisa ter paciência — pede o líder do PMDB, Henrique Alves.

Nesse cenário dramático, Rosalba tem um alento. A rejeição a seu governo, que beira 60%, não é nada comparada à da prefeita da capital, Micarla de Souza (PV). Também eleita no primeiro turno, em 2008, ela soma rejeição de 90% do eleitorado e não tem chance de ser reeleita.

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Hospitais regionais são subutilizados

Saúde - RN

Margareth Grillo - repórter

O Hospital Geral Monsenhor Walfredo Gurgel/Clóvis Sarinho é o grande termômetro da saúde pública no Rio Grande do Norte. Se ele está superlotado é sinal de que a retaguarda de atendimento não funciona como deveria. Nas cidades próximas a Natal, com exceção do Hospital Regional Deoclécio Marques, os outros seis hospitais regionais estão subutilizados. Em dois deles, visitados pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE o número de pacientes está abaixo da capacidade instalada. Sobram leitos, diariamente.
Alberto LeandroRosane Gomes recebe hidratação em pé no corredor do hospitalRosane Gomes recebe hidratação em pé no corredor do hospital

Na quinta-feira, 03, o Hospital Regional Alfredo Mesquita, em Macaíba, que possui 21 leitos de clínica médica (sendo um de isolamento), mantinha apenas onze pacientes internados. No mesmo dia, o Hospital Regional Deoclécio Marques, em Parnamirim, a menos de 15 quilômetros, trabalhava com 30% acima de sua capacidade. Somente a ortopedia, que tem a maior demanda, estava com 75 pacientes internados, dos quais 70 aguardam cirurgia.

No Deoclécio Marques, a equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE encontrou pacientes internados em macas, alojados em salas improvisadas e nos corredores. Rosane Gomes recebia atendimento no corredor do hospital. Passou a noite anterior sentada numa cadeira e aguarda cirurgia que ainda não foi feita porque o hospital não consegue completar as escalas de profissionais para as salas de cirurgias, devido à greve dos servidores estaduais e médicos, que já dura mais de 30 dias, e por causa da crise no serviço de lavanderia, pelas dívidas que o governo do Estado tem junto à empresa contratada. Na quinta-feira, o Deoclécio recebeu, pela manhã, apenas um conjunto profissional (calça e camisa), quando a necessidade diária é de 30. A promessa era de que a empresa entregasse mais alguns na parte da tarde. Nas mesma manhã, no Alfredo Mesquita, dez leitos estavam desocupados.

Na cidade de São José de Mipibu, o Hospital Regional Monsenhor Antônio Barros tem espaço "de sobra", segundo os profissionais de saúde, para ser uma unidade de apoio para o Hospital Walfredo Gurgel, em casos simples, em que os pacientes estejam estabilizados. Na sexta-feira, 4, a unidade tinha vagos quatro leitos de clínica médica, três de pediatria e sete cirúrgicos. Nas unidades, as diretorias reconhecem a subutilização e garantem que informam, diariamente, à Coordenadoria de Operação dos Hospitais (Cohur), da Secretaria Estadual de Saúde Pública, o número de leitos vagos. "Nós informamos e nunca recusamos qualquer transferência, até porque quando houve a restruturação ficamos como hospital de retaguarda", afirmou a diretora geral da unidade de Macaíba, Altamira Galvão de Paiva.

No entanto, os gestores dos hospitais regionais são unânimes em afirmar que aumentar a produtividade, ou seja, a ocupação da unidade exige ampliação de recursos humanos. "Hoje nossa dificuldade", afirmou a diretora da unidade, Célia Serafim, "é de recursos humanos. Estamos pensando em aumentar o número de cirurgias, mas não temos equipe suficiente para isso". Nenhum deles tem Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o que impede a realização de cirurgias mais complexas.

Essa unidade tem 28 médicos que realizam, em média 20 cirurgias por semana, segundo informou a Célia Serafim. Em Macaíba, o centro cirúrgico está fechado há, pelo menos, um ano. A situação de 'caos' dos principais hospitais levou o Ministério Público Estadual a realizar um estudo que possa revelar porque os hospitais da rede estadual consomem milhões de reais para pagamento de profissionais da saúde e, ainda assim, a assistência é deficiente.

Solicitado ao Centro de Apoio às Promotorias de defesa da Cidadania, pela promotora de Justiça da Saúde, Iara Pinheiro, o estudo motivou uma auditoria nas unidades integrantes da rede estadual de Saúde Pública. A pedido da promotora, o procurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, Thiago Martins Guterres, requereu a auditoria que foi aprovada pelo Tribunal de Contas do estado, em janeiro deste ano.

No documento enviado ao Ministério Público de Contas, a promotora afirma que "a rede hospitalar do Estado absorve vultuosos recursos financeiros, especialmente no pagamento da folha de pessoal, sem oferecer mínimas condições de assistência regionalizada". O resultado disso, destaca a Iara Pinheiro, "é a transferência de pacientes para atendimento em Natal e, em menor escala, nas cidades polos, como Mossoró e Parnamirim". A promotora afirma que "os hospitais regionais possuem potencial para uma resposta assistencial de qualidade".

MP afirma que há distorções nas unidades

Para a Promotoria de Defesa da Saúde, a relação custo-benefício está descompensada no caso dos hospitais regionais da rede estadual. Ao solicitar a auditoria a promotora Iara Pinheiro citou a necessidade de "corrigir distorções". O MP constatou na rede estadual de 23 hospitais "disparidade entre os recursos gastos na manutenção e a efetividade de ações de saúde".

Dados do estudo do MP mostram que o hospital regional de Macaíba, por exemplo, custou, entre janeiro e agosto do ano passado, aproximadamente R$ 681,4 mil, mas R$ 616,6 foram destinados a pagamento de pessoal. Em contrapartida, a unidade realizou, no mesmo período, 1.274 procedimentos de internação hospitalar. A demanda maior foi ambulatorial: mais de 302 mil atendimentos.

No hospital regional de São José de Mipibu, do total de gastos, R$ 711,3 mil, mais de R$ 644 mil foram destinados para pessoal. A unidade realizou 151 internações hospitalares e 26,8 mil atendimentos ambulatoriais. O período analisado foi o mesmo.

O MP considera desequilibrada a distribuição espacial das unidades e critica a oferta de serviços de baixa complexidade nas unidades hospitalares. A chamada ambulancioterapia continua em alta, nas portas das principais unidades de Natal e Parnamirim. A falência da Atenção Básica, de responsabilidade dos municípios, agrava a crise na rede hospitalar.

Casos simples como torcicolo, torção e viroses continuam superlotando as unidades, que deveriam estar atendendo pacientes com patologias mais complexas. "A todo instante, recebemos pacientes de outros municípios, na maioria das vezes", afirma a diretora do hospital regional, em Macaíba, Nilzelene Carrasco, "pacientes que poderiam recorrer aos postos de saúde e às UPAS [Unidades de pronto-Atendimento]".

Segundo ela, esses pacientes não deixam de ser atendidos. "Apesar de toda a crise das últimas semanas, que só agora começa a ser equacionada", disse Nilzelene, "em nenhum momento nossa porta de atendimento foi fechada. Atendemos a todos os que chegaram ao hospital".

No hospital regional, em São José, a técnica de enfermagem Maria Aparecida de Oliveira reclamou da sobrecarga de trabalho, devido à superlotação que acontece no pronto-socorro da unidade. "Hoje os bancos estão cheios de pacientes que deveriam estar sendo atendidos na atenção básica", afirmou Aparecida. A técnica de enfermagem ressaltou que não estava "questionando a necessidade do paciente, mas a falência da atenção básica".

Segundo Maria da Guia Dantas dos Santos, diretora local do Sindicato dos Servidores da Saúde do RN, o município possui 17 equipes de Estratégia de Saúde da Família (antigos PSFs). "Pelo que a gente vê, todos os dias aqui, essas equipes não funcionam e a gente questiona para onde estão indo os recursos que são repassados", asseverou.

Inspeção registra falta de cuidados

Por quase uma hora fiscais do Conselho Regional de Medicina no Rio Grande do Norte (Cremern) visitaram todas as alas de internação e corredores do Hospital Monsenhor Walfredo Grugel/Clovis Sarinho, no início da tarde de ontem. O relatório da inspeção será apresentado ao presidente do Cremern, Jeancarlo Fernandes, nesta segunda-feira, 7. No mesmo dia, o documento será levado ao conhecimento do plenário do Conselho, que poderá aprovar uma intervenção em alguns setores do HWG.

"Na impossibilidade de atuarmos em toda a unidade", avisou Jeancarlo Fernandes, "vamos atuar no setor de reanimação". O presidente do Cremern adiantou que "a situação está mais grave do que se pensava". A última visita do Conselho ao Walfredo Gurgel foi realizada em janeiro deste ano, juntamente com a Comissão de saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e várias recomendações foram emitidas.

Os fiscais do Cremern fizeram fotografias e registros para colher provas de materialidade do fato. Jeancarlo Fernandes disse que um relato informal dos médicos que fizeram a inspeção aponta para uma situação "de caos absoluto". No HWG, os pacientes entubados, que precisam de terapia intensiva (UTI) estão acomodados em macas, que transbordam da sala de reanimação para corredores, politrauma e clínica médica e observação pós-cirúrgica.

Na madrugada de ontem um desses pacientes entubados no corredor veio a óbito. O Cremern tem imagens comprovando desassistência. As fotografias mostram resíduos de larvas de mosca na boca do paciente. "Na verdade, os pacientes estão jogados num cantinho de parede, sem ter quem olhe por eles, o que é completamente inadmissível", afirmou o médico.

Jeancarlo frisou que o paciente necessita de vigilância constante e, se essa assistência não é dada adequadamente, o resultado é a elevação da mortalidade. "Num hospital de trauma", afirmou Jeancarlo Fernandes, "a mortalidade é maior pela própria natureza do paciente, entretanto parte das mortes não ocorrem na hora do trauma. O paciente que está morrendo é aquele que está estabilizado e internado há mais de uma semana, nos corredores". Segundo enfermeiras do HWG entrevistadas, pela equipe da TN, na semana passada ocorreram 44 óbitos, sem considerar as mortes por trauma. A unidade tem um técnico de enfermagem para cada 16 pacientes.

Grande Natal tem oito hospitais

Dos hospitais da rede estadual, oito estão na região metropolitana de Natal. Com corredores lotados, unidades como o Walfredo Gurgel, Santa Catarina, e Deoclécio Marques, em Parnamirim, estão operando 'milagres', segundo os gestores para atender a demanda. No entanto, unidades como o Alfredo Mesquita, em Macaíba, e Antônio Barros, em São José de Mipibu, que têm espaços e leitos ociosos poderiam ser um ponto de apoio.

A médica Jacila Braga, do HRMAB, de São José, afirma que "a unidade tem condições para isso, por ter equipamento de raio-x, de atender traumas simples, como luxações, torções, fratura de punho, torcicolos. Mas precisa ser equipada e ter mais profissionais". Ontem, a médica estava transferindo a paciente Maria Letícia da Silva, 15 anos, para Parnamirim. "Ela está com problema de torcicolo, mas é preciso ortopedista faça uma avaliação", explicou a médica.

No hospital regional de Macaíba, depois da interdição ocorrida no ano passado, a unidade reabriu apenas com 21 leitos de clínica médica. A obstetrícia, que antes da interdição chegou a fazer uma média de 160 partos/mês, está sem funcionar, aguardando reforma do centro cirúrgico e da sala de parto. Berços comuns e aquecidos, encubadora e diversos equipamentos estão sem uso.

A diretora geral Altamira Galvão de Paiva disse que aguarda orçamento para inicar a reforma. Os dois hospitais não possuem autonomia financeira. Segundo os médicos do interior, a superlotação de Natal e Parnamirim deve-se a uma regulação ineficiente. No último sábado, no hospital de São José, a médica teve que aguardar cinco horas para a transferência de um paciente infartado.

Segundo o coordenador de Ortopedia do Estado, Jean Valber, a quebra no fluxo de pacientes da ortopedia tornou a superlotação mais crítica na última semana. O governo do Estado estava em débito com a Cooperativa de Médicos do RN que disponibiliza ortopedistas para os procedimentos. Eles só retomam o atendimento na segunda-feira.

Devido à greve, a unidade está trabalhando com 30% de sua equipe. "Nós só conseguimos fechar uma equipe, apesar de termos capacidade para fazer três cirurgias simultâneas", disse o médico. Ela acredita que se a retaguarda fosse estruturada melhor, desafogaria os hospitais de Natal e Parnamirim.

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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Dez tabus sexuais que você deve esquecer para ter mais prazer

Saúde - Sexo

Libertar-se de preconceitos em levar homens e mulheres a experiências sexuais jamais imaginadas
Libertar-se de preconceitos em levar homens e mulheres a experiências sexuais jamais imaginadas

Sexo ainda é um assunto cercado de preconceitos, medos e ansiedade. Quando alguém decide encarar alguns tabus, porém, ganha autoconhecimento: ao desvendar o desconhecido, a pessoa pode, finalmente, saber se aquilo é bom para ela ou não, se gostou ou detestou determinada experiência. Para te ajudar, especialistas listaram dez tabus comuns e deram dicas sobre como quebrá-los para ter uma vida sexual mais prazerosa. Confira:

Anal

Muitas mulheres sonham em experimentar, mas não o fazem, principalmente, por temer a dor. "Quando praticado da maneira correta, sexo anal não dói", afirma a ex-garota de programa e escritora Vanessa de Oliveira, que recomenda a posição de lado com as pernas flexionadas para as iniciantes. A ansiedade dificulta o relaxamento e a tensão causa dor. O ideal é apostar antes nas preliminares –não só nas carícias locais, mas pelo corpo todo, para que a mulher fique bem à vontade. Só a penetração, porém, não garante o orgasmo: para alcançar o clímax, o parceiro precisa também estimular o clitóris. A excitação provocada pela posição ainda contribui –e muito– para o prazer. Para saber mais detalhes sobre sexo anal,

Cheiro e Sabor

Numa de suas citações mais famosas, o cineasta Woody Allen brinca que sexo bom é sexo sujo, aludindo aos fluidos corporais. Muitas mulheres não conseguem relaxar na hora da transa, principalmente durante o sexo oral, com receio de que seus órgãos genitais apresentem mau cheiro ou um gosto esquisito. Alguns tipos de infecção (esses casos precisam ser tratados) e determinados alimentos de fato podem causar alterações nos fluidos vaginais, mas, de modo geral, são poucos os sujeitos que se incomodam com o aroma e o sabor femininos. "Várias garotas se preocupam em manter a vagina sem odor nenhum, mas o sexo oposto aprecia o cheiro característico de uma mulher quando esta está com o pH normal. Eles os excitam", diz Vanessa de Oliveira.

Orgasmo Feminino

Um dos mitos mais comuns em relação ao sexo, segundo o terapeuta Oswaldo Martins Rodrigues Jr., do Instituto Paulista de Sexualidade, é a de que o gozo feminino deve ser bombástico, extremo, intenso, avassalador. "Se uma mulher experimenta sensações que estão aquém do que acredita ser orgasmo, ela já desclassifica esta sensação e não a nomeia de orgasmo", afirma. Como segue a acreditar que ainda não vivenciou o clímax sexual, a mulher reforça sua performance como sendo negativa, o que conduz a novos episódios ruins e de desvalorização do prazer. Vale lembrar que o tremor, o calor e a sensação de relaxamento que caracterizam o orgasmo feminino variam não só de mulher para mulher como de experiência para experiência.

Caricias no Ânus

Segundo a sexóloga Isabel Cabral Delgado, ainda são muitos os preconceitos em relação ao ânus como zona erógena. "No caso dos homens heterossexuais, há o medo de esse comportamento ser considerado homossexual pela parceira e, às vezes, até por ele mesmo. No caso das mulheres, há o receio de que essa carícia funcione como uma preliminar para a penetração anal, que nem sempre é desejada ou permitida", diz a especialista. Deixar os temores para fora do quarto, porém, pode ser uma garantia de um enorme deleite. "Estímulos nessa região podem proporcionar muito prazer, visto que é muito inervada e com grande concentração sanguínea", explica a terapeuta sexual Carla Cecarello.

Brinquedos

Apesar do mercado de sex shops não parar de crescer e inovar, muita gente ainda tem vergonha ou resistência em aderir aos implementos sexuais. "O moralismo ainda existe. não são raras as pessoas com tendência a romantizar o sexo e a negar qualquer coisa que dê um aspecto mais erotizado a ele", diz a terapeuta sexual Arlete Gavranic, do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática. Ela conta que os medos, em se tratando de brinquedinhos, são diferentes para mulheres e homens: "Elas receiam ser vistas como promíscuas. Eles pensam imediatamente em vibradores realísticos, os quais encaram como rivais, e temem ser penetrados pelos acessórios. E, claro, temem gostar".

Para a sexóloga Isabel Delgado, quem aposta nesse tipo de aditivo só tem a ganhar. "Esses objetos precisam ser encarados como brinquedos de adulto, pois servem para tornar as práticas sexuais mais divertidas e picantes", declara. Para quem deseja romper com esse tabu, a terapeuta Arlete Gavranic sugere começar com produtos fofos, como calcinhas vibratórias, massageadores pequenos, anéis penianos com desenhos de bichinhos etc. Aos poucos, novos acessórios podem ser incorporados. Veja no quadro ao lado sugestões de brinquedos eróticos.

Masturbação e Voyeurismo

Por questões culturais, é mais fácil para um homem se masturbar diante de uma mulher do que o contrário. Entretanto, é muito mais excitante para um homem ver uma mulher se masturbando do que o contrário, já que o sexo masculino é mais sensível ao estímulo visual. "Apesar disso, alguns sujeitos mais inseguros se sentem ‘ameaçados’ pela capacidade feminina de se dar prazer sem a participação deles", diz Isabel Delgado. Outro fator que contribui para que a experiência seja um tabu é que muitos casais não têm intimidade suficiente para compartilhar essa prática. "A masturbação diante do outro apresenta como principal característica a vergonha. Masturbar-se na frente do outro implica em desprendimento, total segurança com o próprio corpo e não se importar com a opinião alheia. É preocupar-se apenas consigo mesmo", explica Carla Cecarello. Deixar a timidez de lado, no entanto, não só pode aumentar a cumplicidade entre os dois como melhorar a vida sexual, posto que aprenderão muito sobre como proporcionar mais prazer um ao outro.

A Três

Para Patricia Pelegrina Rosseto, psicóloga e psicoterapeuta com enfoque na sexualidade, trata-se de uma configuração de relação muito diferente da esperada socialmente, o que não deixa de ser excitante para muitas pessoas, e também algo que reside na fantasia de um grande número de casais. "Porém, muitos temem revelar suas fantasias acreditando que estas terão um impacto negativo no parceiro ou parceira, e atrapalhar a relação", diz a especialista, que recomenda sempre abrir o jogo. "A expressão da fantasia é um importante passo para superar os tabus sexuais. Poder conversar sobre isso pode trazer muita excitação, mesmo que tudo aquilo que foi imaginado não seja literalmente realizado, mas adaptado ao gosto e às necessidades do casal", completa. Patricia Rosseto avisa que o sexo a três ou qualquer variação sexual sempre deve ser realizada com o consentimento dos participantes. E sua realização deve ser antecedida de uma preparação, fato que vai colaborar para que a vivencia seja algo excitante e proporcione o prazer esperado.

Forma Fisica

Homens e mulheres estão cada vez mais obcecados pela forma física. Para a terapeuta sexual Arlete Gavranic, esses pré-requisitos acabam gerando tensão, medo, vergonha, ansiedade e muita frustração, porque pessoas muito críticas e inseguras ficam na defensiva. Esquecem-se, portanto, de valorizar seus pontos fortes, seus melhores atributos, que vão da inteligência, do senso de humor e do bom papo, para os homens, à pele macia e aos cabelos bonitos, para as mulheres. Na cama, em vez de apelarem para o velho truque de apagar a luz ou ficar na penumbra, podem muito bem estimular os sentidos com perfumes, preservativos com sabores, géis de massagem. "E forma física em dia, é bom lembrar, nem sempre é sinônimo de boa performance sexual. O que conta é a autoestima e a autoconfiança", diz Arlete. Leia também: Não deixe que os quilinhos extras atrapalhem sua vida sexual.

SeM

Um dos principais tabus que envolvem o sexo é incluir tapinhas, mordidas, puxões de cabelo e outras brincadeiras mais agressivas. Brincar de escravo e dominadora (ou vice-versa) ainda é tido como algo perverso, ligado ao submundo. E há quem tema que os papéis desempenhados na cama invadam a vida do casal, provocando atitudes violentas, por exemplo. Entretanto, essas práticas (quando são interessantes para os dois) podem dar novo gás a qualquer relacionamento, a começar pelo reforço dos níveis de cumplicidade e confiança entre os dois. "Costumo dizer aos meus pacientes que toda experiência sexual traz a grande possibilidade de a pessoa aprender bastante sobre si mesma e tirar uma conclusão: 'foi bom, mas não tem a ver comigo', 'não gostei e não quero repetir a dose', 'adorei e quero mais', etc. Só provando para saber”, declara.

Espontaneidade

O cinema, a literatura e as novelas de TV pregam que sexo bom, gostoso, é aquele que acontece repentinamente, de forma inesperada, movido pela força da paixão entre um homem e uma mulher. Sim, o efeito surpresa é muito bom e excitante. Porém, na vida real, com poucas horas para múltiplas tarefas e o peso da rotina e dos afazeres sobre os ombros do casal, o espaço e animação para uma transa abrupta e apaixonada é menor. Para o terapeuta sexual Oswaldo Martins Rodrigues Jr., não há nada de mais em "agendar" o sexo. Programá-lo para o momento mais conveniente –livre de filhos, empregada, relatórios– não o torna menos legítimo ou estimulante. "Ir fantasiando sobre o que vão fazer, conversar a respeito, imaginar, também excita", diz o especialista.

Prefeito de Parnamirim é inocentado da acusação de compra de votos

Politica - Parnamirim - RN

Maurício Marques e o vice, Epifânio Lima, foram acusados de compra de votos e prática de conduta vedada na campanha eleitoral de 2008.

Por maioria de votos, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mantiveram Maurício Marques dos Santos  (PDT) e Epifânio Lima nos cargos de prefeito e vice do município de Parnamirim. O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a cassação dos dois por compra de votos e prática de conduta vedada na campanha eleitoral de 2008.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN) manteve o mandato do prefeito e do vice, mas aplicou uma multa de R$ 18 mil aos dois, imposta pelo juízo de primeiro grau. O Ministério Público, no entanto, recorreu ao TSE para voltar a pedir a cassação.

Entre as condutas consideradas ilícitas pelo MPE estão a distribuição de cestas básicas pela prefeitura no período eleitoral sem previsão em lei específica, entrega de medicamentos custeados com recursos para distribuição a eleitores, além do uso do gerador da prefeitura de Parnamirim em comícios, entre outras.

A ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, que relatou o recurso, conduziu o voto no sentido de que a algumas acusações, como a de compra de votos e uso de propaganda institucional na campanha, para serem examinadas, precisariam de reexame de fatos e provas, o que seria inviável de acordo com súmula do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

No caso do uso do gerador da prefeitura na campanha, a ministra sustentou que o fato não teve potencialidade para alterar o resultado da eleição. Com relação à distribuição de combustível, medicamentos e cestas básicas, a ministra lembrou que, além do programa municipal existir desde 2007, testemunhas afirmaram que não receberam pedido de votos em troca.

O ministro Marco Aurélio foi o voto divergente por entender que, no caso, haveria motivo para a
cassação.
 









Professores municipais mantêm greve

Educação - Natal - RN

Cerca de 3,5 mil professores municipais permanecerão em greve até que a Justiça se pronuncie sobre o pedido de ilegalidade da paralisação realizado pela Prefeitura de Natal. A decisão de não finalizar o movimento de reivindicação foi tomado na manhã desta quinta-feira (3) em assembleia da categoria. Na quarta-feira passada, Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte/RN) e o Município de Natal não chegaram a um acordo durante a terceira audiência de conciliação. O processo agora passa por vistas do Ministério Público para que, depois, seja tomada uma decisão sobre o caso. De acordo com o Sinte, a previsão é que haja um posicionamento da Justiça durante a próxima semana.
Adriano AbreuA decisão de não finalizar o movimento de reivindicação foi tomado na manhã desta quinta-feira em assembleia da categoriaA decisão de não finalizar o movimento de reivindicação foi tomado na manhã desta quinta-feira em assembleia da categoria

O impasse permanece. Para os servidores, "a Prefeitura é irresponsável e tem tratado o caso com desdém". Para a Prefeitura, os servidores voltaram atrás do que já estava acordado de reajuste e outros sete pontos de pauta e agora não há como conceder nem o que havia sido proposto anteriormente. Em meio às discussões, os alunos da rede pública permanecem fora de sala de aula. O Sindicato promete montar uma campanha para reconstruir a educação na cidade.
A presidenta do Sinte/RN, Fátima Cardoso, declarou que a "Prefeitura está insistindo em argumentos que são falhos e mostra a falta de responsabilidade da administração municipal". Em contato com a reportagem durante a manhã de hoje, o secretário Walter Fonseca, disse que o Sinte "levou muito tempo para decidir sobre a proposta da Prefeitura". "E quando o fez, voltou atrás, pegando todos de surpresa. Hoje, não há mais condições de oferecer o que foi oferecido antes, por uma série de questões como Lei de Responsabilidade Fiscal e a aproximação com o período das eleições", alegou.

Para Fonseca, a solução passa por dois caminhos. "É improvável que haja uma diminuição de gasto com pessoal, o que abriria o espaço necessário na LRF. O outro caminho é o aumento da receita geral, através do aumento de arrecadação. Isso só quem pode analisar são os responsáveis pelo planejamento da Prefeitura", disse.

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