sexta-feira, 1 de abril de 2011

Cosern vai reajustar tarifa de energia em 11,6% este mês

Energia - RN


A Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) irá atualizar a tarifa de energia no próximo dia 22 de abril, de acordo com o calendário da de reajustes anuais da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O reajuste implicará em um impacto médio para o consumidor de 11,60%. As empresas encaminham à Aneel uma solicitação de reajuste, que é analisada pela Companhia que define os percentuais a serem atualizados.




Além da Cosern, outras dez distribuidoras farão atualizações das tarifas, segundoo calendário. São elas: Companhia Energética de Minas Gerais S/A (Cemig), Centrais Elétricas Matogrossenses (Cemat), Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL -SP), Empresa Energética de Mato Grosso do Sul S/A (Enersul), AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S/A, Usina Hidro Elétrica Nova Palma Ltda (Uhenpal), Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), Energisa Sergipe - Distribuidora de Energia S/A (ESE) e Companhia Energética de Pernambuco (Celpe).


O reajuste das tarifas é um dos três mecanismos de modificação das tarifas previstos nos contratos acordados entre as concessionárias e a União. Segundo a Aneel, a medida tem o objetivo de equilibrar econômica e financeiramente as concessões.


Os outros mecanismos são a Revisão Tarifária Periódica (RTP) e a Revisão Extraordinária. A Aneel alega que as três ferramentas são utilizadas para fazer com que a tarifa de energia seja justa aos consumidores e suficiente para cobrir custos do serviço com nível o de qualidade estabelecido pela Companhia.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Pediatria do Deoclécio Marques será fechada

Saúde - RN

Hospital Regional Deoclecio Marques em Parnamirim fecharar pediatria


Sete crianças aguardavam ontem pela manhã, em uma sala de observação, no Hospital Regional Deoclécio Marques por um leito de internação pediátrica em algum hospital público. Uma delas, José Vinícius, 10 anos, está lá há três dias. O quadro não envolve risco de morte, mas o garoto precisa receber antibiótico injetável, por isso a necessidade de internação.



Até o início da tarde, não havia nem perspectiva de transferência. “Ele fica aqui em condições que são precárias, mas não tem jeito tem que esperar”, constata a tia de Vinícius, Maria Lúcia Padre. Na sala da Observação são 12 leitos (berços para crianças de até seis anos), mas alguns são ocupados por crianças maiores como Vinícius. Nos outros leitos, a maioria das crianças apresentava doenças respiratórias.



O pequeno Laedson é uma das sete crianças que esperam, em Parnamirim, uma vaga pediátrica

A constatação da falta de leitos pediátricos, seja em enfermaria (leito clínico) ou em UTI, não é nova. Ilustra uma rotina, principalmente, na rede pública. Em Parnamirim, região sul da Grande Natal, a espera por leito de internação existe desde que o governo desativou em meados de 2010 a internação pediátrica no Deoclécio Marques.


O hospital possuía uma enfermaria com 12 leitos, que foi desativada para dar lugar a leitos da traumato-ortopedia. Agora, a situação pode se agravar, caso o atendimento de urgência pediátrica seja suspenso, para dar um lugar a mais leitos de traumato-ortopedia, denunciou o presidente do Sindicato dos Médicos do RN, Geraldo Ferreira.

Reunidos ontem pela manhã, em ato público, em frente ao hospital, servidores, médicos pediatras e representantes do Sinmed-RN, Sindsaúde-RN e da Sociedade de Pediatria do RN denunciaram o que consideram “um absurdo”. Em toda essa região sul da Grande Natal não há, segundo os sindicalistas, leito de internação em pediatria.


“Essas sete crianças que estão ai (na observação do Deoclécio) dependem de uma vaga na rede hospitalar da capital”, afirmou Geraldo Ferreira. Nos últimos dias, o serviço de urgência pediátrica do Deoclécio Marques tem feito contato com outros hospitais, como Walfredo Gurgel, Maria Alice, Santa Catarina, Hospital de Pediatria da UFRN (Hosped) e Varela Santiago, sem êxito. Nenhum deles acenou com a possibilidade de vaga, segundo a pediatra Hermínia Rodrigues.

Há cinco anos no hospital, a médica informou que além de Parnamirim, o serviço de pediatra recebe crianças de Santo Antônio, Nova Cruz, Canguaretama e Macaíba. “Bem ou mal, esse serviço é o único de pediatria que a população tem. Até porque a UPA só tem quatro pediatras, insuficiente para ter médico todos os dias e em todos os horários”, afirmou a pediatra.


Segundo ela, tem dias na semana que a UPA de Parnamirim não tem pediatra, no atendimento. A pediatra denunciou que a estrutura da UPA ainda é precária, não há equipamentos de raio-x, nem sala de coleta de exames.

O Deoclécio Marques tem, atualmente, 800 funcionários – dos quais 10- terceirizados. São 15 pediatras para o atendimento médio de 150 crianças, por dia, oriundas de diversos municípios. “O que ainda salva é esse atendimento de urgência pediátrica do Deoclécio”, afirma o presidente do Sinmed. Aguardando atendimento para o filho Laedson, Maria Lúcia dos Santos reforçou as palavras da pediatra. “. A única alternativa de consulta é essa aqui mesmo. O atendimento é desorganizado, mas pelo menos existe”, declarou Maria Lúcia.


Maria Alice Já está lotado para internação


Na Enfermaria do hospital Maria Alice Fernandes os 55 leitos estavam lotados. As quatro vagas abertas na manhã de ontem, segundo o diretor geral da unidade, Wilson Cleto de Medeiros Filho, foram ocupadas por crianças que estavam “internadas” na observação. A unidade não pode atender a nenhuma demanda externa.


Na Unidade de Terapia Intensiva, recentemente ampliada (passou de quatro para dez leitos), a situação é a mesma. Ontem, a UTI recebeu de Natal, Extremoz e São Gonçalo quatro solicitações de leito intensivos. Não pode atender a nenhuma delas. Com dez leitos, a UTI do hospital Maria Alice já está saturada. “Não há condições de atuar como retaguarda para outros hospitais. Se tivéssemos pelo menos mais um pediatra poderíamos abrir mais dez leitos clínicos (enfermaria)”, afirma o diretor geral do hospital. Na capital, existem 151 leitos clínicos e 93 de UTI, em hospitais públicos nas diversas especialidades.


Com a ampliação da UTI, a direção pensou que poderia desafogar o pronto-atendimento, dando suporte aos pacientes críticos, mas a UTI continua deficitária. A UTI já abriu lotada.


O diretor do Maria Alice credita a alta demanda em pediatra pela falta de assistência básica nos municípios. Só no hospital, a demanda do Pronto-atendimento cresceu 100% entre março de 2010 e março de 2011, passando de 5.616 para 6.874 crianças atendidas, oriundos de Natal, Extremoz, Ceará-Mirim e São Gonçalo, principalmente.


No hospital o gargalo está no pronto-atendimento. Para ter a escala completa no mês, o hospital precisa fechar 186 plantões. Até ontem, só tinha pediatras, num total de 17, para fechar 150. O déficit é de cinco pediatras.


O hospital, explicou o médico, faz a classificação de risco e dá prioridade aos casos de extrema gravidade (0,5%), que precisam de UTI; e aos de urgência (32%). De todos os casos, 67,5% poderiam e deveriam, segundo o médico, ter atendimento na rede básica de saúde. São casos como coceira, troca de curativos, queixas de que a criança não se alimenta. Por dia, a média de atendimento passou de 150 para mais de 300 atendimentos.


Sesap quer que município assuma o serviço


Em Mossoró, o secretário estadual de Saúde, Domício Arruda, confirmou que o hospital regional Deoclécio Marques será referência em traumato-ortopedia, e que deixará de fazer urgência pediátrica. Não é uma medida imediata, mas vai acontecer.


Por enquanto, adiantou o secretário, Sesap e secretária de Saúde de Parnamirim estudam uma forma de o município assumir o serviço. “é um serviço que pode ser implantado em qualquer lugar, inclusive na UPA de Parnamirim”, disse o secretário. Ele mencionou a possibilidade de cessão dos médicos pediatras. “Os médicos poderão optar entre ir para a UPA ou para o hospital Maria Alice”, adiantou. Segundo ele, como existe uma recomendação do Ministério Público de retirar a pediatria do hospital, a Sesap aguarda uma decisão da Justiça. “Não vai haver uma suspensão do serviço sem antes acertamos uma alternativa”.


O governo – disse ele - quer fortalecer o atendimento nos hospitais Maria Alice e de São José de Mipibu – este terá mais seis leitos de internação. Arruda não falou em prazos para as ampliações previstas. No próximo dia 10 de abril, a direção do hospital Deoclécio Marques tem audiência na Promotoria de Parnamirim para tratar do funcionamento do hospital. Já o secretário municipal de Saúde de Parnamirim deve remeter à promotoria informações a respeito da assistência básica.


Opinião de Flávio Do Carmo

Se a saúde de nossas crianças já andava de mal a pior, imaginem agora com  mais uma porta que se fecha,como vai ficar a situação destas crianças que moram nas cidades visinhas a parnamirim sem o atendimento pediatrico do Hospital Deoclecio Marques.
Governadora a senhora prometeu muito em cima dos palanques quando queria conquistar os nossos votos.
Governadora a senhora é médica pediatra,não abandone nossas criancinhas.

domingo, 27 de março de 2011

A longa espera dos pacientes do SUS por um exame

Saúde - RN


WAGNER LOPES - Repórter da Tribuna do Norte

Endoscopia com biopsia. Esse é o nome pelo qual é conhecido o exame que o médico de Willkerson Roberto Brito, de 13 anos, solicitou aos pais do garoto no final de 2010, para diagnosticar com exatidão um problema que o adolescente enfrenta desde um ano e meio de idade e que o obriga a seguir uma dieta extremamente restritiva.


R$ 500. Esse foi o valor que os pais de Willkerson tiveram de arcar, na rede privada, para realizar o exame. Tudo porque ao procurarem saber quando o garoto teria condições de fazer o procedimento no Sistema Único de Saúde (SUS), foram informados que a demora ultrapassaria os seis meses
 
 
Assim como Willkerson, milhares de pacientes por todo o estado sofrem nas filas de espera pelos exames de alta e média complexidade e têm de enfrentar a dura realidade de pagarem de seus próprios bolsos o procedimento, ou se arriscarem a verem suas doenças se agravarem, devido à demora. Em alguns como o de colonoscopia, a espera pode chegar a oito meses, fora o tempo necessário para receber os resultados.



“Ele já fez ao longo da vida três exames destes (endoscopia com biopsia), todos pelo SUS. Em média marcavam para três meses na frente e ainda tinha um, ou dois meses para entregarem o resultado. Desta vez, o médico já sabendo da negligência da rede pública e da necessidade do menino, nos orientou a tentar fazer particular mesmo”, aponta a mãe, Cleideane Maria de Brito.


Ela procurou o SUS, após a solicitação do médico, e foi informada pela Secretaria Municipal de Extremoz, onde mora a família, que só haveria espaço para agendar o exame seis meses à frente. Mesmo com o médico relatando a urgência do caso, o máximo que se conseguiu foi reduzir o prazo para quatro meses, fora o tempo de entrega dos resultados. “A saída foi buscar fazer particular mesmo, porque o médico tem de descobrir logo”, diz a dona-de-casa.


Na rede privada, os preços giraram entre R$ 500 e R$ 800. Os pais do garoto conseguiram um pequeno desconto e realizaram o exame há uma semana. A primeira parte do resultado já foi inclusive entregue. “Se fosse pelo SUS, nem sei quando íamos conseguir”, reconhece Cleideane Brito.


Situação semelhante enfrentou José (nome fictício), morador do conjunto Panorama, na zona Norte de Natal. Em novembro, ele apresentou problemas respiratórios e foi diagnosticado com câncer no pulmão. Já agora em fevereiro sofreu uma parada respiratória e diversos exames foram solicitados, dentre os quais uma tomografia e uma ressonância.


“Não sabíamos quando a gente ia conseguir fazer isso pelo SUS, tanto que logo decidimos juntar o dinheiro e, com a ajuda da família e de amigos, realizar particular mesmo”, revela a esposa. Segundo ela, a tomografia custou em torno de R$ 700 e a ressonância aproximadamente R$ 290. A medida foi necessária pela urgência, mas representa um grande impacto financeiro para a família.


José mora em uma casa com a esposa, uma filha e uma neta e todos sobrevivem quase que exclusivamente da aposentadoria do paciente, que agora se prepara para enfrentar a quimioterapia. A esposa ressalta que a perspectiva de que novos exames possam ser bancados pelo Sistema Único é pequena. “Eu mesma tenho três solicitados no posto de saúde aqui próximo, incluindo cintilografia e raio-X de ombro, mas até agora não me ligaram para dizer quando vou poder fazer.”


Ordens judiciais garantem redução da fila de espera


Nos últimos anos, tornou-se comum a Justiça conceder, a pedido do Ministério Público, ordens para que a Secretaria Estadual de Saúde agilize a oferta de exames de alta complexidade, diante da longa fila de espera que se forma. Longe de considerar uma medida negativa, quem trabalha no Complexo Estadual de Regulação atribui a essas decisões a redução na demanda reprimida.

A subcoordenadora do complexo, Nina Lourdes de Queiroz, explica o porquê: “A fila de espera já foi muito pior, de um a dois anos, mas hoje não é mais assim. Melhorou com as decisões judiciais. Elas nos deram condições de negociar com os prestadores de serviços por outros valores, com preços mais atrativos. E aí conseguimos ampliar o número de exames e reduzir a demanda.”

A interferência judicial, contudo, tem também seu lado negativo. De acordo com a subcoordenadora, decisões individuais chegam com frequência à central e nem sempre possuem critério clínico. Isso obriga o Estado a fazer os beneficiários das liminares “passarem na frente” mesmo de quem tem mais necessidade. “Temos de atender a decisão judicial”, lamenta.


Os principais exames de alta complexidade regulados pelo Complexo Estadual são as tomografias e ressonâncias. “Para nós, qualquer médico pode ser o solicitante e não é obrigatório ser do SUS. Muitas vezes o paciente tem dificuldade de marcar uma consulta e ele pode conseguir o dinheiro de uma consulta particular, que nas clínicas populares sai por uns R$ 50, e depois solicitar o exame ao SUS”, explica Nina Queiroz.


Se o paciente é natalense, precisa levar os documentos até a sede do complexo, nos fundos do prédio da Sesap, na Cidade Alta, e dar entrada na solicitação. No interior, a secretaria de saúde do próprio município é quem encaminha. Um sistema informatizado permite acompanhar todo o processo. Médicos reguladores analisam o pedido e avaliam se há critérios clínicos que o justifiquem. Geralmente a data do exame é avisada ao interessado por telefone.


Hoje a situação da fila de espera na ressonância é a pior, embora a Sesap não detalhe quanto tempo pode demorar, já que depende também dos dados incluídos no sistema. Hoje há aparelhos de tomografia no Walfredo Gurgel, no Deoclécio Marques de Parnamirim e em Mossoró, além da rede privada. “Ressonância é mais difícil. Em Natal só fazem a Liga, Prontoneuro e HUOL.”



Em todos os casos, os pacientes com risco de morte maior passam na frente da fila. Se as doenças são graves, também é possível ultrapassar o teto de exames ofertados para determinado município, graças a uma “reserva técnica”. Nina só lamenta que, apesar dos treinamentos realizados com técnicos, médicos e operadores do sistema, ainda sejam comuns falhas no preenchimento dos dados, o que retarda as autorizações.


Há casos nos quais os reguladores pedem mais detalhes e os médicos reenviam o mesmo pedido. Outros nos quais a indicação clínica é “a pedido do paciente”. Também ocorrem perdas porque os operadores municipais não checam o sistema e acabam não avisando aos pacientes do agendamento.


De toda forma, Nina Queiroz entende que as filas hoje não são maiores porque “ano passado, de maio a novembro, houve essa demanda judicial pela qual a gente pôde fazer contratos com alguns prestadores com valores diferenciados da tabela SUS, compatíveis com os que os planos de saúde pagam.”


Além dessa alternativa, outra opção tem sido a negociação de prestadores com a Secretaria de Tributação. Em alguns casos, o ICMS relativo a equipamentos comprados pelas unidades de saúde foram quitados com a realização de serviços. “Isso ajudou muito e tem mais prestadores interessados nesse acordo”, revela a subcoordenadora.


Valores baixos não atraem prestadores


Além dos convênios com a Secretaria Estadual de Saúde, os municípios de todo o Rio Grande do Norte também realizam procedimentos de média e alta complexidade através da Secretaria Municipal de Saúde de Natal, a partir de pactuações. O órgão da capital regula exames como ultrassonografia, ecocardiograma, teste ergométrico, colonoscopia e também de alta complexidade, dentre os quais cateterismo e arteriografia.


Auditora do Departamento de Regulação, Avaliação e Controle dos Serviços Públicos da SMS, Luana Maria Almeida explica que os principais problemas na área são os baixos valores pagos pelo SUS aos prestadores de serviços, somado à falta dos equipamentos na rede pública estadual e municipal.


A SMS só aceita solicitações encaminhadas pelas unidades de saúde. “Normalmente o paciente vem da rede básica, ou do PSF, ou de uma unidade de saúde da família. Se ele precisar de um especialista, é encaminhado e, a depender da especialidade, é pedido o exame”, relata. Um cateterismo, por exemplo, tem de ser solicitado pelo cardiologista, ou pelo cirurgião cardíaco.


O paciente morador da capital que necessite de um exame de alta complexidade vai diretamente à central de regulação, na sede da SMS, na Praia do Meio. Os oriundos de cidades do interior são inseridos no sistema a partir das secretarias municipais. A prioridade é dos casos mais graves.


De acordo com a auditora, exames como cateterismo vêm sendo realizados sem maiores problemas, até na mesma semana. Já em arteriografia a dificuldade é um pouco maior, porque o procedimento é realizado apenas no Onofre Lopes, mesmo assim ela aponta que não há fila de espera. Em média os exames são autorizados oito dias para frente, garantindo tempo hábil de o paciente ser informado e se agendar. Em casos específicos, como no de mamografia, onde não há demanda reprimida, é possível marcar para o dia seguinte.


“O problema é mesmo o número reduzido de prestadores. Em cardiologia temos só o Onofre Lopes, o Hospital do Coração, o Incor e o Natal Center”, lista. Em outros exames, como a ultrassonografia de articulação, a demanda reprimida é maior porque nem todo médico realiza e o valor é baixo.


“Uma das maiores filas, que chega a oito meses de espera, é a de colonoscopia, só realizada no Onofre Lopes e Giselda Trigueiro”. Mas não faltam exemplos semelhantes, como o do raio-x contrastado. “É um exame simples, mas o valor da tabela não paga nem o contraste que se utiliza.”


A SMS abriu uma chamada pública e as propostas vêm sendo analisadas, porém a expectativa de aumento de prestadores não é das melhores, já que a tabela não passou por reajustes recentes. “Em compensação tem especialidade que é mais fácil agendar no SUS. Levei meu filho para gastroenterologia pediátrica. Procurei o plano no início de março e disseram para eu ligar em 1º de abril para só então marcar a consulta, enquanto no SUS foi marcado na sexta-feira depois do carnaval (11) para terça-feira agora (22).”


“A Secretaria só cumpre depois de muita pressão”


A promotora de Justiça Iara Pinheiro acompanha há vários anos os problemas enfrentados pela rede pública na área de exames de alta complexidade e lamenta: “Realmente a Secretaria Estadual de Saúde só cumpre as decisões judiciais que envolvem tutela coletiva depois de muita pressão.”


Em 2007, o Ministério Público ingressou com uma ação objetivando o fim da fila de espera para tomografia e ressonância. “Essa ação tem um êxito interessante, porque reduziu as filas. Não saberia dizer a situação hoje, mas concretamente a ação embasou uma execução que permitiu a aquisição, ano passado, de dois tomógrafos. Um para o Walfredo Gurgel, outro para o Deoclécio Marques (de Parnamirim).”


A conquista não foi nada fácil. “Nesse processo executei multa, pedi a notificação da governadora (Wilma de Faria), instauração de processo administrativo contra o secretário (George Antunes). Então é um andar bastante difícil, mas sem essa pressão tenho a convicção que maiores danos seriam experimentados pela população usuária do SUS. Evidentemente não é a solução para se ter um sistema de saúde de qualidade”, enfatiza.


A representante do MP lembra que não cabe ao Judiciário fazer política de assistência à saúde e que o dever do gestor público de garantir atendimento de qualidade ao cidadão é “inafastável”. Ela entende que enquanto os gestores “cruzarem os braços e não dotarem as suas redes próprias das condições necessárias, teremos serviços caros, precarizados e de baixa eficiência”.


Os tomógrafos adquiridos a partir da ação judicial permitiram maior assistência aos pacientes politraumatizados internados no Walfredo e no Deoclécio e ainda atendem parte da demanda de outros hospitais. “As filas antes eram absurdas, mas houve uma melhora com a chegada dos dois aparelhos”, avalia.


No entanto, em relação à ressonância o problema persiste. “Já pedimos a notificação do atual gestor (Domício Arruda), para que ele não alegue desconhecimento. Há uma multa pessoal e ele já foi intimado, a última decisão, de 15 de março, deu um prazo de 30 dias para a aquisição do aparelho de ressonância magnética.”


A promotora destaca que não há dúvidas da necessidade desse equipamento. “E a ação só se encerra com a inexistência de filas, ainda que seja adquirindo os serviços de prestador privado, e a aquisição desses três aparelhos, os dois tomógrafos e o de ressonância magnética.”


Iara Pinheiro reconhece que há problemas em várias outras áreas, mas destaca que a promotoria vem focando nas “omissões que geram maior potencial de danos, ou efetivos prejuízos”, o que inclui atualmente duas linhas de atuação no tocante à alta complexidade: a área de atendimento cardiovascular e a de tomografias e ressonâncias.


A partir da próxima quinta-feira, através de uma audiência, será iniciado um trabalho de análise em relação à oferta de outros dois exames cuja demanda é intensa no Walfredo Gurgel: cateterismo e eco transesofágico.


Estado tem obrigação de ofertar exames


Se um pai tem a obrigação de prover a alimentação de sua família, até pode pedir emprestado um quilo de feijão ao vizinho, mas cabe a ele garantir a comida diária em casa. A lógica é utilizada pelo presidente do Conselho Estadual de Saúde, Francisco Canindé dos Santos, para defender que cabe ao poder público em geral oferecer os exames de alta complexidade à população.


“A posição do Conselho Estadual de Saúde é de que, como temos uma política pública que é direito do cidadão e dever do estado, então cabe ao estado a obrigação de prover esse serviço. E ele não tem o direito de transferir isso para ninguém. Por isso, nos exames de alta complexidade, bem como em outros serviços, o estado tem de garantir na sua rede todas as condições”, defende.


Francisco Canindé lembra que 2011 prevê três momentos importantes do planejamento da saúde estadual: a formulação do Plano Diretor de Investimentos (PDI), do Plano Plurianual (PPA) e do Plano Estadual de Saúde. “No PDI, o governo deve se planejar não só restrito a obras, mas também da estrutura e equipamentos para atender esses exames de alta complexidade. E no PPA é preciso incluir todos os investimentos, pois se não estiver no PPA, não sai”, alerta.


Tanto o aspecto do PPA relativo à área da saúde, quanto o Plano Estadual de Saúde, devem passar pelo Conselho Estadual e a expectativa é que os conselheiros cobrem a estruturação da rede pública. “Nós do conselho não admitimos que o governo fique refém do setor privado. Não pode se deixar de ter o filantrópico, ou o privado, mas apenas como complementos da rede”, observa o presidente. Ele lembra que a “judicialização” da saúde, ou seja, as diversas sentenças concedidas a pacientes, garantindo atendimento, é um problema decorrente da falta do planejamento permanente. “Ninguém pode governar sem planejar. A gente tem de reconhecer que o financiamento da saúde também é problema. Mas o problema maior é a falta de gestão.”


Francisco Canindé pretende colocar em discussão, na Conferência Estadual de Saúde, problemas como o enfrentando no setor de exames de alta complexidade. “Sei que não dá para reverter totalmente em curto prazo, mas temos de começar a trabalhar de tal forma que em médio e longo prazo a gente consiga ter uma reversão e não ter mais essa situação de ficar na mão do privado, ou do filantrópico”, conclui.


Secretarias têm dificuldade em atender demanda


O secretário Municipal de Saúde de Natal, Thiago Trindade, reconhece que há demanda reprimida em vários tipos de exames de média e alta complexidade, mas reforça que o problema é o pequeno repasse de recursos para a área da saúde, por parte da União. “Vamos inclusive na próxima (esta) semana apresentar uma pauta junto ao Ministério da Saúde, no qual estarão incluídos pedidos relativos à média e alta complexidade”.


Ele lembra que o ministro Alexandre Padilha esteve em Natal, em fevereiro, e tomou conhecimento das dificuldades relativas aos repasses para áreas como o atendimento de urgência e mesmo a de alta complexidade. “Leitos de UTI, temos dificuldade até mesmo para cadastrar junto ao Ministério da Saúde, por pura burocracia.”


Segundo ele, o ministro já acenou com “boas perspectivas”, porém o secretário sabe que nem tudo será resolvido com a União. “Faremos um pedido em cima do ideal, mas o que a gente conseguir já vai ser um avanço.” Ele considera que fortalecer os recursos para a atração de prestadores de serviços é o melhor caminho. “Um reajuste nos repasses fará com que o município amplie as possibilidades de convênio. Em alguns casos, é complicado se pensar em estrutura própria. A Liga, por exemplo, tem uma ‘expertise’ que Estado e Município não irão alcançar”, observa.


Estrutura


A opinião é dividida com o secretário Estadual de Saúde, Domício Arruda. “Tem alguns casos, como os dos tomógrafos, (que já possui aparelhos) existentes em (unidades estaduais de) Natal, Parnamirim e Mossoró, que a rede pública pode se estruturar. Mas em outros é quase impossível a rede pública montar estrutura própria, como na hemodinâmica. Em radioterapia, por exemplo, é impossível”, entende o gestor estadual.

Domício Arruda lembra que o financiamento para o setor ainda está aquém das necessidades e acrescenta um obstáculo a mais, além dos baixos valores da tabela do SUS e da falta de equipamentos na rede pública. “Um terceiro ponto é a baixa produtividade dos serviços universitários. Os hospitais universitários têm um parque tecnológico completo, moderno, com equipamentos novos, e poderiam contribuir mais”, avalia.








Jornalista de Parnamirim é eleita a nova Miss RN

Beleza - Miss RN


Izaira Thalita - repórter da Tribuna do Norte


A mulher mais bela que representa o Rio Grande do Norte no Miss Brasil em 2011 é a jornalista Daliane Menezes, 22 anos, 1m80, representante do município de Parnamirim. Ela foi eleita na noite deste sábado, 26 no Teatro Municipal Dix-Huit Rosado em Mossoró.

“Estou muito feliz, muito emocionada de ter sido escolhida”, disse Daliane já com a coroa e faixa de Miss RN 2011.


Daliane Menezes ganhou a faixa de Miss RN numa disputa acirrada com mais 24 candidatas ao título de mulher mais bela do estado
Pela primeira vez em 56 anos o concurso Miss RN foi realizado fora da capital e em Mossoró, atraindo o público que reconheceu a oportunidade e prestigiou o evento repleto de momentos de glamour, beleza e performances.
Muitas candidatas contaram com torcida organizada como as representantes de Caico, Mossoro e Pau dos Ferros, sendo que esta ultima escolhida como a preferida dos internautas que votaram no site da TRIBUNA nao ficou entre as finalistas.
Daliane Menezes ganhou a faixa de Miss RN numa disputa acirrada com mais 24 belas mulheres, com idade entre 18 e 25 anos, em um dos concursos onde a escolha foi considerada difícil até para o júri, formado nesta noite por colunistas sociais, estilista, empresárias. Mostrou simpatia e elegância durante o desfile e conquistou o júri.
Uma das integrantes da comissão julgadora a Miss Brasil 2010, Débora Lyra elogiou a beleza das potiguares, falou do alto nível das candidatas e desejou a Miss 2011 sucesso no concurso Miss Brasil que este ano será realizado em de no mês de julho em São Paulo com transmissão em TV aberta.
O estilista paulista Arthur Caliman, responsável pelos trajes de gala do concurso no RN e um dos estilistas oficiais do Miss Brasil elogiou a escolha e ressaltou o potencial do RN no concurso que escolhera a mais bela do país.


Jornalista pretende se dedicar a agenda de Miss esse ano


Formada em Jornalismo e estudante de Radialismo Daliane Menezes diz estar realizando um sonho. Ela que já participou do concurso em 2008 não desistiu. Ao surgir o convite em 2011, aceitou representar Parnamirim.
“Eu esperei muito por isso, participei pelo segundo ano do concurso e agora esta sendo maravilhoso viver essa conquista. O mais difícil foi manter a calma, fiquei nervosa, mas deu certo”.
A nova Miss RN pretende trancar a atual faculdade para se dedicar integralmente aos preparativos do Miss Brasil 2011.

“O trabalho começa agora. O Miss Brasil não é um concurso fácil e o nível é mais alto do que vimos aqui. Vou lotar minha agenda com os preparativos”, explica ela.
Daliane diz que vai investir em preparação física, aulas de oratória, aulas de fluência em inglês e se depender de seu esforço, estará pronta para o concurso nacional.
“Ganhar o título é motivo de muito orgulho pra mim e para minha família. Agora, quero seguir em frente e aproveitar muito essa oportunidade”, ressalta a eleita.


Confira a lista das finalistas do Miss Rn 2011:


1 lugar - Daliane Menezes - Parnamirim

2 lugar - Catharina Amorim - Mossoró

3 lugar - Natalia Clemente – Caicó

4 lugar - Klendja Lucena - Ouro Branco

5 lugar - Thaís Araújo- Governador Dix-Sept

Miss Simpatia – Bruna Cabral - Macau

Miss Elegância – Natalia Clemente - Caicó


sábado, 26 de março de 2011

Promotora não espera redução de atendimentos no HUOL

Saúde - RN


O possível descredenciamento do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol) da situação de “Centro de Referência em Alta Complexidade Cardiovascular”, sugerido pelo Ministério Público às redes Estadual e Municipal de Saúde, não deveria interferir no número de procedimentos realizados na unidade. A opinião é da promotora de Justiça Iara Pinheiro, responsável pela representação que solicita um posicionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) a respeito do assunto.


Iara Pinheiro explica que continuar com o HUOL como referência é igual a
dizer: “Tem, mas tá faltando”
Ela lembra que, em momento algum, o MP pede para que o hospital deixe de ser prestador de serviços do SUS. A representação destaca que o Huol não cumpre com suas obrigações enquanto “centro de referência” da especialidade. “Um centro de referência tem uma série de requisitos que ele nunca cumpriu. Então o Ministério Público entendeu que o SUS tem de se posicionar. O que fizemos foi dizer: Ministério da Saúde, esse hospital universitário não é centro.”


A promotora lembra que poderia, inclusive, ter optado por entrar com uma ação determinando o descredenciamento. “Mas eu pedi ao sistema que se posicione. Se ele não faz a função de centro vai ficar assim: ‘tem mas tá faltando’?”, questiona, complementado: “O Huol, dentro desse perfil de centro de referência em atenção cardiovascular, nunca cumpriu todos os requisitos e esse impacto na assistência do SUS foi muito nefasto” Enquanto “centro de referência”, a unidade tem direito a contratos diferenciados, com valores superiores, porém necessita atender um número mínimo de serviços. O objetivo não estaria sendo atingido. “Então não temos porque perder o Huol como prestador de serviço, mas que ele seja mais um prestador de serviço”, defende. Ela considera “falta de razoabilidade” o hospital deixar de realizar os procedimentos se houver o descredenciamento.

Iara Pinheiro afirma que cabe aos dois sistemas de saúde, o estadual e o municipal, se posicionarem e espera que na próxima semana já haja uma resposta a respeito da representação, para que o MP possa tomar as decisões devidas. “Na reportagem da TRIBUNA DO NORTE, ele (Ricardo Lagreca, diretor do Huol) chama a atenção para os prejuízos à academia (ensino universitário), mas a promotoria não pode lançar preocupações em relação a isso. Quem tem de lançar é a própria universidade. Nossa ótica não é da academia, é da assistência à saúde”.

Um dos requisitos do título de centro de referência era oferecer uma “porta aberta” para a urgência cardiovascular. “Nunca eles abriram. Aliás, estão dizendo que estão abrindo uma semana por mês, depois de seis anos.” Ao mesmo tempo, ela destaca que hoje o Hospital Ruy Pereira realiza em média 20 cirurgias por semana na especialidade, quando no Huol se chegava, no máximo, a cinco, entre angioplastias e bypass.

Desde que a unidade estadual começou a atender esses casos, em novembro do ano passado, o Walfredo Gurgel registrou a realização de 35 amputações ao todo. O número anteriormente, quando se dependia prioritariamente do Huol, chegava a 60 em um único mês. “A realidade das amputações era uma vergonha”, confirma Iara Pinheiro.

Comissão se reúne próxima semana


O Ministério Público Estadual requereu ao Ministério da Saúde, em novembro de 2010, a abertura de processo para a desabilitação do Onofre Lopes como Centro de Referência em Alta Complexidade Cardiovascular. No início deste ano, o ministério notificou a Sesap e a SMS para que criassem um núcleo de estudo e avaliação, que se reunirá pela primeira vez na próxima semana.

O grupo reúne ainda representantes do Conselho Estadual de Secretários Municipais de Saúde (Cosems) e analisará os dados destacados na representação do MP. Um deles aponta que, em 2010, a unidade hospitalar realizou 121 cirurgias cardíacas e 17 vasculares, quando um “Centro de Referência” deve realizar, por ano, 180 e 120, respectivamente.

O Diretor do Huol, Ricardo Lagreca, admitiu que a quantidade de procedimentos está abaixo do determinado, mas não considerou que o fato justifique o descredenciamento. Ele defendeu uma auditoria na área cardiovascular para “que a situação do hospital, que tem uma curva ascendente de assistência, seja analisada com justiça” e disse que a direção tem feito esforços para se adequar às exigências.
Entre os problemas apontados pela promotora no hospital estão “a insuficiência de profissionais, em especial médicos e enfermeiros; a deficiência de estrutura, de equipamentos e insumos, desde 2008, sem que houvesse uma solução corretiva”. Outro ponto abordado na representação é a ausência do serviço de urgência, com atendimento ininterrupto na área cardiovascular.

O Onofre lopes foi autorizado pelo Ministério da Saúde como Centro de Referência em 2006. Um dos requisitos para isso foi o fato de ser um hospital de ensino, o que o torna o único credenciado ao título no estado, dentro da especialidade. O secretário Municipal de Saúde, Thiago Trindade, já destacou que, se houver uma decisão pela desabilitação do Huol, tem de “vir acoplada de uma solução substitutiva imediata”,

Dengue - Transmissão fácil, combate difícil

Saúde - Dengue - Brasil


A epidemia de dengue que ora recua, ora avança em todas as regiões do Brasil já dura 30 anos. Os registros sobre a doença, no entanto, são bem mais antigos. O mosquito transmissor – Aedes aegypti - tem origem africana, tendo sido reconhecido pela primeira vez no Egito- daí o seu nome. O mosquito chegou ao Brasil nos navios negreiros - ele se reproduzia nos depósitos de água dos barcos nas viagens da África para cá.
O primeiro casos registrado de dengue do lado de cá do Atlântico data de 1865, na cidade de Recife. Sete anos depois, em Salvador uma epidemia matou 2.000 pessoas. Nas décadas seguintes, até 1916, a doença espalhou-se e foi considerada endêmica em todo o país. A partir de 1903, o sanitarista Oswaldo Cruz, implantou um programa de combate ao mosquito que se prolongou por anos. O Aedes aegypti chegou a ser erradicado no Brasil na década de 50, mas retornou, e na década de 80 houve uma epidemia de dengue em Roraima, onde foram isolados os vírus DEN1 e DEN4.
Em 1986, a epidemia chegou ao Rio de Janeiro e algumas áreas urbanas do Nordeste com disseminação do vírus DEN1 e mais de 50.000 casos. Em 1990, apareceu o vírus 2 no Rio de Janeiro, atingindo várias áreas do Sudeste. Em 1998, o quadro já era de pandemia com mais de 500.000 casos no país. O vírus se espalhou por todo o país, com o Nordeste atingindo o maior número de casos. Em 2000, o vírus 3 foi isolado no Rio de Janeiro, e uma nova epidemia de dengue aconteceu entre 2001 e 2003. Este ano, começando pela região Norte, o risco é do vírus 4.
Pesquisas para a fabricação de uma vacina, desenvolvidas desde 2007 pelos cientistas da Fundação Osvaldo Cruz, ainda não estão concluídas. A estimativas mais otimistas é que a vacina pode estar pronta para ser aprovada pelas autoridades sanitárias e comercializada no ano de 2013, segundo previsão da companhia farmacêutica francesa Sanofi-Aventis, principal produtora mundial de vacinas.


Principal arma é a informação correta


1- O que é dengue?



É uma virose transmitida por um tipo de mosquito (Aëdes aegypti) que pica apenas durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica de noite. A infecção pode ser causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus do dengue, que produzem as mesmas manifestações. Em geral, o início é súbito com febre alta, dor de cabeça e muita dor no corpo. É comum a sensação de intenso cansaço, a falta de apetite e, por vezes, náuseas e vômitos. Podem aparecer manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou da rubéola, e prurido (coceira) no corpo. Pode ocorrer, às vezes, algum tipo de sangramento (em geral no nariz ou nas gengivas). O dengue* não é transmitido diretamente de uma pessoa para outra.


2- O que deve ser feito e quais cuidados são importantes para uma pessoa que acha que está com dengue?

Procurar um Serviço de Saúde logo no começo das manifestações. Diversas doenças são muito parecidas com o dengue, e têm outro tipo de tratamento.
Informar ao médico se estiver em uso de qualquer remédio. Alguns medicamentos utilizados no tratamento de outras doenças (Marevan®, Ticlid® etc.) podem aumentar o risco de sangramentos.
O tratamento do dengue é feito com hidratação. Beber bastante líquido, evitando-se as bebidas com cafeína (café, chá preto). Não é preciso fazer nenhuma dieta.
Os medicamentos não alteram a evolução do dengue e são empregados apenas para atenuar as manifestações da doença (dor, febre).
Não tomar remédios por conta própria. Todos os medicamentos podem ter efeitos colaterais e alguns que podem até piorar a doença.
Não tomar nenhum remédio para dor ou para febre que contenha ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Melhoral® etc.) - que pode aumentar o risco de sangramento.
Os antiinflamatórios (Voltaren®, Profenid® etc.) também não devem ser utilizados como antitérmicos pelo risco de efeitos colaterais, como hemorragia digestiva e reações alérgicas.
Os remédios que contém dipirona (Novalgina®, Dorflex®, Anador® etc.) devem ser evitados sem prescrição médica, pois podem diminuir a pressão ou, às vezes, causar manchas de pele parecidas com as do dengue.
O paracetamol (Dôrico®, Tylenol® etc.), mais utilizado para tratar a dor e a febre no dengue, deve ser tomado rigorosamente nas doses e no intervalo prescritos pelo médico, uma vez que em doses muito altas pode causar lesão hepática.


3- Como é feito o diagnóstico de dengue?


O diagnóstico inicial de dengue é clínico (história + exame físico da pessoa) feito essencialmente por exclusão de outras doenças. É muito importante, por exemplo, saber se a pessoa não está com doença meningocócica (meningite ou meningococcemia) ou leptospirose que são tratáveis com antibióticos. Feito o diagnóstico clínico de dengue, alguns exames (hematócrito, contagem de plaquetas) podem trazer informações úteis quando analisados por um médico, mas não comprovam o diagnóstico, uma vez que também podem estar alterados em várias outras infecções. A comprovação do diagnóstico, se for desejada por algum motivo, pode ser feita através de sorologia (exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus do dengue), que começa a ficar reativa (“positiva”) a partir do quarto dia de doença.


4- É necessário esperar o resultado de exames para iniciar o tratamento?


Não. Uma vez que, excluídas clinicamente outras doenças, o dengue passa a ser o diagnóstico mais provável, os resultados de exames (que podem demorar muito) não podem retardar o início do tratamento. O tratamento do dengue é feito, na maioria das vezes, com uma solução para reidratação oral (disponível nos Serviços de Saúde), que deve ser iniciada o mais rápido possível.


5 - A comprovação do diagnóstico de dengue é útil para o tratamento da pessoa doente?


Não. A comprovação sorológica do diagnóstico de dengue poderá ser útil para outras finalidades (vigilância epidemiológica, estatísticas) e é um direito do doente, mas o resultado do exame comumente estará disponível apenas após a pessoa ter melhorado, o que o torna inútil para a condução do tratamento. O exame sorológico também não permite dizer qual o tipo de vírus que causou a infecção (o que é irrelevante) e nem se o dengue é “hemorrágico”.
Quando o exame sorológico é realizado logo no começo da doença, um resultado “negativo” não permite afastar o diagnóstico de dengue. Nesse caso é necessária uma segunda amostra colhida, em geral, cerca de duas semanas após a primeira. Uma única amostra colhida após o décimo dia de doença permite uma certeza maior se o resultado for “negativo”. O exame sorológico permite detectar uma infecção recente por cerca de dois meses, e poderá ser realizado mesmo após a pessoa ter ficado curada (nesse caso basta apenas uma amostra de sangue). Em qualquer dessas situações, o diagnóstico estará confirmado se o exame for “positivo”.


6 - O que é dengue “hemorrágico”?


Dengue “hemorrágico” é a forma mais grave da doença. Apesar do nome, que é impreciso, o principal perigo do dengue “hemorrágico” não são os sangramentos, mas sim a pressão arterial muito baixa (choque). É importante saber que outras doenças podem ser muito parecidas com o dengue. Na doença meningocócica, por exemplo, a pessoa fica grave muito mais rápido (logo no primeiro ou segundo dia de doença) do que no dengue.
O dengue pode se tornar mais grave apenas quando a febre começa a diminuir. O período mais perigoso está nos três primeiros dias depois que a febre começa a desaparecer. Pode aparecer qualquer uma destas alterações:


dor no fígado (nas costelas, do lado direito)
tonteiras, desmaios
pele fria e pegajosa, suor frio
sangramentos
fezes escuras, parecidas com borra de café


7 - O dengue “hemorrágico” só ocorre em quem tem dengue pela segunda vez?


Não. A forma grave do dengue também pode ocorrer em quem tem a doença pela primeira vez.


8 - Quantas vezes uma pessoa pode ter dengue?


Até quatro vezes, pois existem quatro tipos diferentes do vírus do dengue (1, 2, 3 e 4). No Rio de Janeiro, até agora, existem os tipos 1, 2 e 3. Cada vez que a pessoa tem dengue por um tipo, fica permanentemente protegido contra novas infecções por aquele tipo. É por isso que só se pode ter dengue quatro vezes.


9 - Quem teve dengue fica com alguma complicação?


Não. A recuperação costuma ser total. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo.


10 - Todo mundo que é picado pelo Aedes fica doente?


Não. Primeiro é preciso que o Aedes esteja contaminado com o vírus do dengue. Além disso, cerca de metade das pessoas que são picadas pelo mosquito que tem o vírus não apresenta qualquer sintoma.


11 -  O que fazer para diminuir o risco de pegar dengue?


O Aedes aegypti é um mosquito doméstico, que vive dentro ou nas proximidades das habitações. O único modo possível de evitar ou reduzir a duração de uma epidemia e impedir a introdução de um novo tipo do vírus do dengue é a eliminação dos transmissores. Isso é muito importante porque, além do dengue, o Aëdes aegypti também pode transmitir a febre amarela.
O “fumacê” é útil para matar os mosquitos adultos, mas não acaba com os ovos. Por isso, deve ser empregado apenas em períodos de epidemias com o objetivo de interromper rapidamente a transmissão. O mais importante é procurar acabar com os criadouros dos mosquitos. Qualquer coleção de água relativamente limpa e parada, inclusive em plantas que acumulam água (bromélias), pode servir de criadouro para o Aedes aegypti.
O viajante (ou o residente em áreas de transmissão) - principalmente em períodos de epidemia - deve usar, sempre que possível, calças e camisas de manga comprida, e repelentes contra insetos à base de dietiltoluamida (DEET) ou picaridina nas áreas expostas do corpo, não ultrapassando a concentração máxima recomendada para cada substância (repelentes não devem ser utilizados em crianças com idade menor que dois meses). Como a freqüência de uso depende da concentração, antes de adquirir um repelente, é importante certificar-se da concentração de DEET (ou picaridina) no produto e seguir as instruções do fabricante. As concentrações usualmente recomendadas são de 30% a 35% (máximo de 50%) para o de DEET e de 20% para a picaridina. Em hipótese alguma devem ser utilizados inseticidas na pele. Em períodos de epidemia os inseticidas podem ser empregados nas habitações durante dia, através de espirais ou dispositivos elétricos de liberação prolongada. A utilização de “mosquiteiros”, também durante o dia, pode ser útil para proteger crianças de berço ou pessoas que estejam acamadas.


12 - O que pode ser feito para eliminar o mosquito que pode transmitir o dengue e a febre amarela?


Os governantes não devem se omitir em executar tarefas básicas fundamentais para o controle da proliferação do Aedes aegypti como, por exemplo, a coleta regular de lixo (evita que objetos possam servir ao acúmulo de água) e a implantação de redes de distribuição de água potável (evita que as pessoas sejam obrigadas a manter recipientes contendo água para consumo na residência, ou seja, criadouros potenciais do transmissor).
A população deve fazer a parte que é possível a ela. Não se deve deixar objetos que possam acumular água expostos à chuva. Qualquer recipiente contendo água (como caixas d’água) deve ser cuidadosamente limpo e tampado. Não adianta apenas trocar a água, pois os ovos do mosquito ficam aderidos às paredes dos recipientes. Portanto, o que pode e deve ser feito, em casa, escolas, creches e no trabalho, é:
- substituir a água dos vasos das plantas por terra e esvaziar o prato coletor, lavando-o com auxílio de uma escova.
- não deixar acumular água nas calhas do telhado.
- não deixar expostos à chuva pneus velhos ou objetos (latas, garrafas, tampas de garrafas, cacos de vidro etc.) que possam acumular água.
- acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos fechados ou latões com tampa.
- tampar cuidadosamente caixas d’água, filtros, barris, tambores, cisternas etc.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Ex-prefeito Carlos Eduardo deve voltar a prefeitura do Natal

Politica - Natal,RN


Pesquisa aponta potencial dos pré-candidatos em Natal


O ex-prefeito Carlos Eduardo lidera a nova rodada da pesquisa Consult em diferentes cenários nos quais o nome dele é incluído para a disputa pela prefeitura de Natal em 2012. A ex-governadora Wilma de Faria fica em segundo nas simulações com Carlos Eduardo e lidera nos cenários sem o ex-prefeito. A prefeita Micarla tem a maior rejeição entre os possíveis candidatos. Essas são algumas constatações que podem ser feitas a partir dos números divulgados ontem pelo instituto Consult.

O instituto mostra que Carlos Eduardo tem um potencial para conquistar 50% dos votos em uma simulação com onze nomes. Ne sse mesmo cenário, a ex-governadora Wilma de Faria aparece em segundo lugar com potencial para chegar a 34,5% dos votos e Felipe Maia com 16,5%. Em seguida, ficam Robinson Faria (10,8%), Rogério Marinho (9%), Hermano Morias (8,9%), Paulinho Freire (6,4%), Micarla de Sousa (5,9%), Adão Eridan (5,1%), Fernando Mineiro (4,5%) e Joanilson de Paulo Rego (1,9%). Esses percentuais são da preferência para prefeito de Natal se a eleição fosse hoje, com respostas múltiplas, ou seja, na qual o entrevistado pode citar mais de um nome.

O instituto também ouviu os eleitores sobre a intenção de votos, com resposta única, considerando vários cenários. Na 1ª simulação, como sete nomes, Carlos Eduardo lidera com 41,5%. Em seguida, aparece Wilma de Faria, com 17,63%. Felipe Maia está em terceiro, como 7,63%. Atual prefeita, Micarla fica em quarto lugar, com 4,13%, praticamente empatada com Rogério Marinho, que tem 4 pontos. Nesse cenário, ainda foram citados Robinson Faria (3,88%) e Fernando Mineiro (2,13%).

A 2ª simulação, na qual são excluídos os nomes da ex-governadora Wilma de Faria e do deputado Felipe Maia, Carlos Eduardo fica em primeiro e nesse caso vai a 50,63%. Em segundo, surge Rogério Marinho, com 8%, seguido por Robinson Faria (6%), Micarla de Sousa (5,63%), Hermano Morais (3,75%) e Mineiro (3,13%).

Na 3ª simulação, não foi incluído o nome de Carlos Eduardo. Neste caso, Wilma de Faria lidera, com 35,75%. O segundo é Felipe Maia, com 11,75%. Os demais citados neste cenário foram Hermano Morais (7,88%), Robinson Faria (7,75%), Micarla de Sousa (4,75%) e Paulinho Freire (3,13%).

Na 4ª simulação, a pesquisa incluiu quatro nomes. Mais uma vez Carlos Eduardo lidera com 46,75%. Wilma de Faria fica com 17,25% e Felipe Maia com 10,50%. Micarla de Souza tem 4,38%.

Na simulação 5 — com quatro nomes, mas sem Wilma de Faria — Carlos Eduardo fica com 54,25%; Felipe Maia, com 14%; Micarla de Sousa, com 5,50; e Fernando Mineiro, com 3,25%.

Na simulação 6, também com quatro nomes, mas sem Carlos Eduardo, Wilma de Faria lidera com 40,75%, enquanto Felipe Maia aparece com 17,25%. Fernando Mineiro, com 5,88%, e Micarla de Sousa, com 5,25%, ficam praticamente empatados.

Na simulação 7, com três nomes sem Carlos Eduardo, os possíveis candidatos têm os seguintes percentuais: Wilma de Faria, 42,75%; Felipe Maia, 18,75%; e Micarla de Sousa, 5,38%.

Na simulação 8, com três nomes sem Wilma de Faria, os números foram: Carlos Eduardo, 56,13%; Felipe Maia, 14,63%; e Micarla de Sousa, 5,63%. Outros dois cenários foram pesquisados: um com Wilma de Faria (43,38%), Hermano Morias (15,25%) e Micarla de Sousa (5,75%); e outro com Carlos Eduardo 57,38%, Hermano Morais (9,38%) e Micarla de Sousa (6,75%).

No levantamento sobre rejeição dos possíveis candidatos o maior percentual é o de Micarla de Sousa, com 61,5 pontos. A ex-governadora Wilma de Faria fica com a segunda pior rejeição (13%). Felipe Maia e Fernando Mineiro são rejeitados por 5,9% dos eleitores, Adão Eridan por 5,4% e Paulinho Freire por 5%. Abaixo dos cinco pontos de rejeição ficaram: Carlos Eduardo (4,3%), Joanilson de Paula Rego (3,6%), Robinson Faria (3%), Rogério Marinho (2,8%) e Hermano Morais (2,3%).

A pesquisa Consult foi realizada de 17 a 23 de março e foram ouvidas 800 pessoas em Natal. A margem de erro é de 3,2%, para mais ou para menos.


Desaprovação da prefeita chega a 84%


A pesquisa do Instituto Consult mostra que a administração da prefeita Micarla de Sousa (PV) atingiu um dos maiores índices de desaprovação dos últimos anos em Natal. De acordo com o Consult, 84,5% desaprovam a gestão neste início da segunda metade do mandato. Isto equivale a dizer que oito em cada grupo de dez natalenses estão insatisfeitos com a administração municipal. No caso dos quem têm curso superior esse porcentual é ainda maior: 91,2%.

Na análise feita por regiões administrativas, a rejeição é maior na Zona Sul (88,5%), onde a prefeitura enfrenta problemas com o saneamento e pavimentação de ruas em Capim Macio, bairro de classe média alta de Natal. Na Zona Norte, onde houve uma votação massiva na então candidata do PV, a desaprovação é de 84%. A prefeita Micarla de Sousa disse ontem que a pesquisa é um retrato do momento. Mas o índice cresceu de dezembro para cá. Na pesquisa passada, a desaprovação era de 77,6%.

Ex-prefeito de Natal e que encerrou a carreira política logo depois de concluir o mandato, em meados da década de 1990, o engenheiro Aldo Tinoco Filho acha que o momento é desfavorável a qualquer pesquisa de opinião pública para avaliação dos prefeitos. “Atravessamos uma crise que começou em 2008 e derrubou a arrecadação do FPM. Hoje os prefeitos do Rio Grande do Norte não têm dinheiro sequer para a contrapartida de convênios com o governo federal. E sem obras para mostrar, fica difícil para os prefeitos.”
Aldo disse que na metade do mandato, em 1995, a desaprovação ao governo dele girava entre 20% e 25%. “Naquela época eu estava fazendo drenagem em Natal. Ainda hoje sou conhecido como o prefeito da drenagem.” A prefeita que sucedeu Aldo, a professora Wilma Maria de Faria, teve boa avaliação no governo, tanto que foi reeleita em 2000 com quase o dobro de votos da segunda colocada, a deputada Fátima Bezerra, e ainda ajudou a eleger Carlos Eduardo em 2004.


Expectativas


O Instituto Consult ouviu também os natalenses sobre os governos Rosalba Ciarlini e Dilma Rousseff, instalados em 1º de janeiro deste ano. Os pesquisadores perguntaram: “Diante das primeiras ações tomadas, como o Sr(a) acha que vai ser o governo Rosalba Ciarlini nos próximos quatro anos?” As respostas foram as seguintes: 5,13% manifestaram esperança em um ótimo governo; 38,25% de que o governo será bom. Os que esperam uma administração regular são 36,38% dos consultados. 5,63% disseram que ela fará um governo ruim e 3,38%, péssimo. O maior índice de confiança (7,1%) foi dos eleitores na faixa entre 45 e 59% anos. No detalhamento por regiões administrativas, há números curiosos. Na Zona Norte (Redinha, Igapó, Gramoré) 10,2% acham que Rosalba fará um ótimo governo. Na Zona Leste (Centro, Petrópolis, Tirol etc) este índice cai para 1,4%. Mas é na Zona Norte onde há o maior porcentual (6,3%) dos que acreditam que o governo será péssimo.


‘Pesquisa mostra potencial e traz alerta para administração’


O diretor-presidente da Consult, Paulo de Tarso Teixeira, disse que a pesquisa mostra apenas o potencial eleitoral de cada um dos prováveis candidatos às eleições de 2012. “Não estamos dizendo quem vai ganhar. É uma simulação, que levou em conta as representações partidárias - algumas lançadas na mídia e outras que se colocaram como candidatos”, explicou.
Paulo de Tarso alertou que o potencial eleitoral apontado na pesquisa deve ser um indicador para a conduta da campanha e dos partidos. “É um alerta. O partido que for lançar candidato que comece a trabalhar a partir de agora”, avisa. Paulo explicou que a pesquisa foi uma iniciativa independente, desenvolvida com recursos próprios da Consult.
Questionado quanto à validade de uma pesquisa, realizada com tanta antecedência do período eleitoral, Paulo de Tarso disse que a concepção é a de prestar um serviço aos partidos e políticos, mostrando o que a população pensa, nesse momento. “Estamos mostrando o potencial eleitoral de cada um dos candidatos, que a opinião pública está alerta. Os índices são reversíveis. Resta aos partidos correr atrás para trabalhar para que seus candidatos sejam bem aceitos”, afirmou Paulo de Tarso.
Realizada entre 17 e 21 de março, a pesquisa tem margem de erro de 3,2%, para mais ou para menos. Em relação à pesquisa que a Consult divulgou em dezembro de 2010, os índices de Carlos Eduardo Alves e Wilma de Faria permanecem praticamente estáveis, ocupando 1ª e 2ª colocação, respectivamente, na maioria das simulações.
Quanto ao índice de desaprovação da atual gestão municipal houve um crescimento de cinco pontos percentuais, que na opinião de Paulo de Tarso deve servir de alerta. A pesquisa divulgada ontem não traz uma avaliação dos primeiros meses de governo de Rosalba Ciarline e Dilma Roussef, por entender que não há como fazer avaliação em tão pouco tempo. A pesquisa se limitou a questionar sobre a expectativa de futuro em relação a esses dois governos.


Prefeita minimiza dados da pesquisa


A prefeita de Natal Micarla de Sousa (PV) estava em Brasília, para solenidade do PAC 2 Educação, ontem, quando foi divulgada a pesquisa da Consult. Ela participou, à noite, da abertura da exposição “Mulheres: Artistas e Brasileiras”. O evento, sediado no Palácio do Planalto, foi aberto pela presidenta Dilma Roussef. Mesmo com a programação em Brasília, Micarla declarou no twitter: “Em respeito a vocês, vou abrir uma exceção para dizer que qualquer pesquisa é retrato do momento”.
Micarla evitou postar outras declarações sobre a pesquisa, limitando-se a dizer: “2011 é trabalho.” Nos posts seguintes, a prefeita apresentou um balanço da gestão. “Os nossos dois primeiros anos foram difíceis, como todo mundo sabe, não tive parceria nem apoio pra realizar tudo o que queria. Mas isso não me intimidou e nem diminuiu a minha vontade de trabalhar por Natal”, publicou.
Micarla mencionou realizações feitas – segundo ela – “sem parcerias”, entre as quais a implantação de três AMEs, dos Telecentros, da UPA e de 36 Centros de Educação Infantil – CMEIs, em dois anos. Porém, com exceção da AME, os projetos receberam verba federal.
A deputada federal Fátima Bezerra (PT), que foi adversária de Micarla nas eleições de 2008, distribuiu nota na qual comentou o resultado da pesquisa para as eleições de 2012. “A pesquisa é um verdadeiro tsunami de desaprovação da atual gestão”, declarou a deputada petista. A impressão, segundo a deputada, é de que “a gestão acabou antes do fim ou, no máximo, comporta-se como um doente em estado terminal”. Fátima considera os dados incontestáveis e afirmou, na nota, que “a atual gestão não tem condições de se recuperar”.


Sondagem repercute na Câmara Municipal


Os resultados da pesquisa de intenção de voto da Consult foram o assunto principal na sessão de ontem à tarde, na Câmara Municipal. O líder da bancada da prefeita Micarla de Souza, o vereador Enildo Alves (Sem partido) disse não contestar o índice de reprovação da gestão atual. “Estou consciente de que a gestão cometeu equívocos, mas houve queda na receita e crise financeira no primeiro ano de governo”, afirmou o vereador. Segundo ele, o índice de rejeição é resultado das dificuldades dos dois primeiros anos da gestão. “O apoio de Rosalba vai melhorar a gestão e reverter essa rejeição”, disse, acrescentando que não vê o caos administrativo a que muitos se referem.
O vereador Adão Eridan (PR), que agora está na oposição, disse que esperava um resultado negativo para a gestão municipal: “Essa altíssima rejeição é consequência do caos administrativo na cidade, onde a saúde, a educação, a limpeza urbana, nada funciona”.


Pré-candidatos avaliam percentuais


Alguns dos pré-candidatos mencionadas na pesquisa da Consult comentaram os índices de intenção de voto e a avaliação da gestão municipal. A ex-governador Wilma de Faria (PSB) afirmou que os índices apontados mostram que as pessoas estão insatisfeitas e preocupadas em ter melhores gestores para Natal.
Wilma aparece em segundo lugar com potencial para a chegar a 34,5% dos votos. “Mesmo não tendo me colocado como candidata, sempre estou sendo mencionada e agradeço ao povo de Natal pelo reconhecimento”, afirmou a ex-governadora.
“É lamentável que acontecendo isso. Sinaliza que o governo não está bem, que está desandando e é até bom porque agora, a gestão vai procurar melhorar”, afirmou Wilma Faria. O deputado estadual Fernando Mineiro (PT) que aparece com potencial de 4,5% acredita que a população está sinalizando que deseja alternativas que possam resolver questões cruciais, como as de mobilidade, saúde e educação. Mineiro disse que não se surpreendeu com a rejeição à atual gestão e considera ainda alto o índice de aprovação, 9,25%. O deputado federal Felipe Maia (DEM) considera a pesquisa precipitada. “É muito cedo para avaliar qualquer pesquisa, mas sempre que meu nome aparece, de forma favorável é um estímulo”.
Felipe Maia, que aparece com potencial de 16,5%, encara esse índice como aprovação de seu mandato. O deputado democrata disse que ficou surpreso com a rejeição da atual gestão.

Acusações de abusos podem derrubar 7 governadores

Politica - Brasil


BRASÍLIA (Reuters) - Eles derrotaram adversários na eleição em outubro, mas um terceiro turno pelo cargo pode estar diante de sete governadores acusados de irregularidades na campanha de 2010 e que podem ter seus mandatos cassados.

A movimentação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) envolve denúncias de abuso de poder econômico e político, compra de votos e uso indevido de meios de comunicação, acusações que custaram o mandato de três governadores somente nos últimos quatro anos.
A ameaça existe mas, apesar das recentes cassações, o risco da perda de mandato é considerado mínimo por lideranças políticas ouvidas pela Reuters.
Sob suspeita, estão os governadores do Acre, Tião Viana (PT); do Amazonas, Omar Aziz (PMN); de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB); do Piauí, Wilson Martins (PSB); do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM); de Roraima, Anchieta Júnior (PSDB), e do Tocantins, Siqueira Campos (PSDB).
'Eu conheço a maioria dos casos e acredito que não vão prosperar', disse o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE). 'O importante é não deixar esse tipo de questionamento vivo.'
A tranquilidade em relação à perda do mandato, no entanto, pode esbarrar no histórico recente do TSE.
Desde 2006, três governadores foram cassados pelo tribunal, todos acusados de abuso de poder econômico e político, entre outras irregularidades. As denúncias derrubaram os governantes de Paraíba, Maranhão e Tocantins, cassados dois anos após serem empossados.

'A cassação de três governadores é efetivamente grande no Brasil. Cria-se uma jurisprudência', disse o advogado Maurício Oliveira Campos, especialista em direito eleitoral. 'Nos processos atuais, o acirramento do período eleitoral se despejou no período pós-eleitoral.'
Caso as cassações se confirmem, os vices também perdem seus cargos, já que a chapa eleita é invalidada, segundo o TSE.
A lei prevê nova eleição no caso de definição em primeiro turno e a posse do segundo colocado para vitórias ocorridas em segundo turno. Se a duração dos últimos processos serve como um indicativo, os julgamentos podem levar tempo para serem concluídos.
'Não vejo iminente a perda de mandato em nenhum dos casos (atuais)', afirmou o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza.
'A lei não é clara, tem muitos furos. Eu sou a favor de que, uma vez diplomado, uma vez tomado posse, só com fato novo possa se pedir a cassação, senão você fica instigando uma discussão que não faz sentido', disse o deputado.


CHORO DE PERDEDOR

 
A sensação de um 'terceiro turno' do período eleitoral não se restringe à arena política. Especialistas veem as representações como um movimento natural dos derrotados nas urnas e adotam cautela sobre o fato de sete governadores serem acusados de crimes eleitorais.
'Tudo isso diz respeito a fatos ocorridos na campanha eleitoral. Eu não vejo nenhuma gravidade... é plenamente previsível', explicou Fernando Neves, advogado especialista em direito político e ex-ministro do TSE. 'Hoje é muito normal, quem perde a eleição propõe uma ação contra quem ganha.'
Dos outros processos em trâmite, quatro são de autoria de rivais derrotados, que acusam os governantes eleitos em Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins de compra de votos e abuso de poder econômico e político.
'Naturalmente existe um fator político, no sentido de desestabilizar o governo do adversário', disse o advogado Campos. 'Algumas vezes é choro de perdedor.'
Em Roraima, o governador Anchieta Júnior já perdeu seu mandato, cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ele recorreu ao TSE, que concedeu mandado de segurança suspendendo a decisão.
No Acre e no Amazonas, as ações foram iniciadas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).

quinta-feira, 24 de março de 2011

Chuvas no RN deverão continuar amanhã

Chuvas- RN



As fortes chuvas desta quinta-feira (24) deverão continuar até o fim de semana no Rio Grande do Norte. De acordo com a previsão do tempo da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), continuará chovendo em todas as regiões.



De acordo com os meteorologistas, as instabilidades ocasionadas pela presença da Zona de Convergência Intertropical deixarão o céu sobre o estado parcialmente nublado e com ocorrência de pancadas de chuvas em todas as regiões, principalmente ao longo da Faixa Litorânea leste e Agreste.
As temperaturas vão variar entre a mínima de 20,5ºC, em Martins, e 35,6ºC, em Pau dos Ferros.

Sala de aula desaba e fere 14 crianças em São Tomé

São Tomé - RN

Os alunos do ensino fundamental assistiam aula quando tudo aconteceu.


O teto de uma das salas de aula da Escola Municipal José Euzébio Fernandes Bezerra, no município de São Tomé, distante 100 kilometros de Natal. Assista na reportagem de Dayanne Oliveira e imagens de Cleíldo Azevedo.
Da sala de aula do 4º ano só restou uma parede e a porta. Olhando pelo outro lado dá para ter idéia do desespero vivido pelas crianças. As nove da manhã todos assistiam á aula da matéria de matemática, ao mesmo tempo em que pedreiros trabalhavam na construção de novas salas. De repente tudo desabou.
No momento em que a estrutura foi ao chão, estavam na classe 29 alunos, entre 8 e 9 anos de idade. A professora tentou segurar a parede mas foi impossível que as crianças ficassem embaixo dos escombros.

Este pedreiro ajudou a socorrer muitas vítimas.
- A gente estava em cima da escada e quando de repente surgiu aquele barulho, como se fosse uma caçamba despejando pedras. Desceu o telhado completo com a sala cheia de crianças e a professora, subiu a poeira e gritaria das crianças. Era um sufoco muito grande, mas a gente tinha que tirar as criancinhas – lembra o pedreiro, José Gomes da Silva.
- Foram 10 crianças primeiro, foram tirando e encaminhando para o hospital , quatro foram levadas a São Paulo do Potengi porque precisavam de fazer exames que o hospital daqui não oferece, porém elas foram encaminhadas a São Paulo do Potengi - afirma Maria de Fátima Bezerra, diretora da escola.
Katly é uma das crianças que mais se feriu. Ela ficou embaixo dos entulhos.
- O ombro , o cotovelo, a boca, e a cabeça – conta Katly Raiana, 9 anos
- A sorte foi a professora delas que ela segurou, sustentou o peso todinho, e mandou as crianças correrem, porque se não hoje teria morte - diz a tia de Katly, Maria Débora da Silva.
Dona Francinete se emociona ao lembrar que ouviu o barulho de tudo caindo sobre o neto dela
- Quando nós estávamos estendendo a roupa, foi quando caiu. Eu nem coragem não tinha de chegar lá com minhas pernas tremendo, eu vendo a hora chegar lá e ver meu neto morto, embaixo daquela ruma de pau - lembra emocionada Francinete Dias da Silva,avó de um aluno.
Já em casa a professora tenta se recuperar do susto.
- Foi um desespero muito grande, principalmente quando eu vi as duas meninas embaixo dos escombros .Eu estava no centro da sala e os outros vieram se agarram comigo. Eu mesmo não sei como sai, só sei que foi dois rapazes que me ajudaram , o que ia levantar a outra parede da outra sala que tinha uma reforma para fazer e um colega da gente , mas eu sei que les estavam me chamando, mas como eu sai , não me pergunte porque eu não sei – revela a professora, Maria de Jesus da Silva.
O Corpo de Bombeiros interditou o local e a prefeitura solicitou ao CREA uma perícia.
- Nas informações mais preliminares que tivemos, onde convocamos o nosso engenheiro civil, pedimos também a presença do CREA e a partir desse laudo vamos saber o que aconteceu nessa sala de aula- afirma Antelmar Pereira da Silva,prefeito de São Tomé.


Nota:

Todas as crianças atingidas pelo desabamento receberam atendimento médico e foram liberadas.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Chico Anysio tem alta após 110 dias de internação

Cultura - Brasil


Boletim divulgado nesta tarde afirma que ele seguirá fonoterapia em casa.
Mulher dele comentou no Twitter que ele já deixou o hospital.
 
 
O comediante Chico Anysio, 79 anos, teve alta nesta segunda-feira (21) após 110 dias internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada ao G1 pela assessoria de imprensa do hospital.
Boletim assinado pelo cardiologista Luiz Alfredo Lamy afirma que "o estado de saúde do paciente é estável e o tratamento com fonoaudióloga terá continuidade em casa".
Malga Di Paula, mulher do humorista, escreveu em seu perfil no Twitter, por volta das 14h, que Chico Anysio havia deixado o hospital em uma ambulância: "ATENÇÃO - Sinere Ligada. Estou na ambulância levando o meu amor pra casa. Como eu previa! Salve Jorge! Malga Di Paula (com lágrimas nos olhos)".



Na semana passada, os médicos já haviam retirado a cânula da traqueostomia que o humorista vinha usando para respirar, dispensando o suporte mecânico de ventilação.
Durante o período de recuperação, Chico Anysio passou por tratamento de fonoterapia para recuperar a fala e vinha ingerindo alimentos pastosos. Segundo relatos dos médicos e sua mulher, ele chegava a fazer brincadeiras e se comunicava com familiares e funcionários do hospital através de mímica.
O humorista deu entrada no Samaritano em 2 de dezembro, com falta de ar. Após avaliação inicial, foi detectada obstrução da artéria coronariana, e o paciente foi submetido a uma angioplastia, procedimento para desobstrução de artérias.
Durante o período pós-operatório, Chico apresentou novo quadro de falta de ar, quando foi diagnosticado um tamponamento cardíaco, que acontece quando o sangue se acumula entre as membranas que envolvem o coração (pericárdio). O humorista teve pneumonia por duas vezes durante o período em que ficou internado, mas foi tratado com sucesso.
 

domingo, 20 de março de 2011

Santa Cruz goleia o ABC e é campeão do primeiro turno

Futebol - RN

O Santa Cruz, em uma partida histórica, derrotou o ABC por 4x0, na tarde/noite deste domingo e conquistou o título do primeiro turno do estadual. Os gols foram marcados por Didi Potiguar e Quirino, que marcou três vezes. Precisando vencer, já que o alvinegro tinha vencido a primeira partida da decisão por 2x1, a equipe do interior não tomou conhecimento do adversário e mostrou sua força dentro de casa. Foram seis partidas no Iberezão, com seis vitórias. Agora, os times voltam suas atenções para o início do segundo turno, na próxima quarta-feira.



Didi comemora o seu gol contra o ABC ainda no primeiro tempo

O primeiro tempo da final foi marcado pela forte marcação, poucas chances de gols e muita polêmica. As equipes entraram em campo com objetivos distintos. Se o Santa Cruz precisa atacar, já que só a vitória lhe interessava, o ABC começou cauteloso. Primeiro, pelos desfalques de três titulares, Ricardo Oliveira, Éderson e Leandrão. Segundo, porque o empate lhe daria o título do primeiro turno. Para se ter uma ideia, antes dos 15 minutos, três cartões amarelos já tinham sido distribuídos. Dois para os donos da casa e um para o alvinegro. O principal lance de perigo dos visitantes aconteceu apenas aos 38 minutos da etapa inicial, quando Ray aproveitou uma falha da zaga, entrou livre e chutou forte, mas, para fora. Já
O tricolor do Inharé teve duas grandes chances. A primeira com Quirino, que recebeu na área, se livrou da marcação e chutou forte, para a boa defesa de Welligton. Já a segunda chance, foi quando o Santa Cruz marcou seu gol, aos 24 minutos, gerando muita polêmica. Paulinho avançou pela direita e cruzou rasteiro. Irineu se atrapalhou e quase marcou contra. A bola bateu na trave e voltou nos pés de Didi Potiguar, que livre, só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo das redes do ABC. Mas, a assistentes Márcia Lopes, anulou impedimento, alegando que o atacante do Santa Cruz estava em posição irregular. Mas, o árbitro da partida, o paranaense Evandro Rogério Roman, da FIFA, assumiu a responsabilidade e validou o gol, deixando os jogadores do ABC revoltados.
Se no primeiro tempo as chances de gol foram poucas, no segundo tempo elas apareceram e muito, para a equipe de Santa Cruz. E, os donos da casa aproveitaram quase todas. Logos aos três minutos, Quirino aproveitou o vacilo da zaga do ABC, se livrou da marcação na pequena área e chutou forte, para marcar o segundo gol. Para tentar empatar a partida, que lhe daria o título, o técnico Leandro Campos, fez duas substituições, promovendo a estreia do lateral direito China. Mas, quem marcou, mais uma vez, foram os donos da casa, aos 19 minutos novamente com Quirino, que aproveitou cruzamento de Rafinha e marcou o terceiro. Cinco minutos depois, o zagueiro Tiago Garça cometeu pênalti em Paulinho. Quirino bateu com categoria e marcou seu terceiro, o quarto do Santa Cruz. O ABC, sem demonstrar nenhum poder de marcação, ficou apenas olhando o Tricolor do Inharé jogar, sem forças para reagir. Quando o árbitro apitou o final da partida, a torcida de Santa Cruz pode fazer a festa, conquistando o título do primeiro turno e uma vaga na Copa do Brasil da próxima temporada.
“Sabíamos que poderíamos vencer, mas não com esse placar. Fizemos um grande segundo tempo e toda equipe está de parabéns. Temos que comemorar”, Wassil Mendes, técnico do Santa Cruz.
“Essa é a resposta da justiça de Deus. Enfrentamos muitas dificuldades e conseguimos conquistar o título. Nossa equipe é forte e podemos chegar mais longe. Parabéns aos atletas, comissão técnica e a torcida”, Luiz Antônia “Tomba”, presidente do Santa Cruz.
“Duvidaram do time da gente. Provamos dentro de campo que fomos os melhores do primeiro turno. Mas, não vamos parar por aqui. Vamos atrás do segundo turno também”, Pantera, zagueiro do Santa Cruz.
“Com muita determinação a trabalho conseguimos vencer. Nosso time tem os pés no chão e soubemos fazer a nossa parte”, Didi potiguar, atacante do Santa Cruz.

Obama recebe camisa do Flamengo da presidente do clube, Patrícia Amorim

Flamengo,RJ

sábado, 19 de março de 2011

Bandidos explodem caixa dentro de shopping em Natal

Policia - Natal,RN


Qua­tro ho­mens ar­ma­dos, com es­pin­gar­das ca­li­bre 12, ex­plo­di­ram um caixa ele­trô­ni­co do Banco do Bra­sil, que fica lo­ca­li­za­do no shop­ping Air­ton Senna, na ma­dru­ga­da deste sá­ba­do (19), por volta das 2h30. O es­ta­be­le­ci­men­to fica si­tua­do entre as ave­ni­das Air­ton Senna e Abel Ca­bral, na zona Sul de Natal. De acor­do com o te­nen­te Eg­na­fram, da Po­lí­cia Mi­li­tar, a qua­dri­lha che­gou ao local em um Gol ge­ra­ção 4 de cor preta, e ren­de­ram o vigia de um bar, que aca­ba­ra de ser fe­cha­do.




Ainda se­gun­do a po­lí­cia, al­guns fun­cio­ná­rios do mesmo bar, que es­ta­vam lim­pan­do o es­ta­be­le­ci­men­to, pre­sen­cia­ram a ação dos ban­di­dos, foram ren­di­dos e tran­ca­dos no ba­nhei­ro. Não se tem in­for­ma­ção se a qua­dri­lha con­se­guiu levar di­nhei­ro, já que exis­tiam dois cai­xas ele­trô­ni­cos no local, um deles dis­po­ni­bi­li­za che­ques e ex­tra­tos, en­quan­to o outro, cé­du­las.
Quan­do os ban­di­dos par­ti­ram, os fun­cio­ná­rios de um ca­chor­ro quen­te que fica na es­qui­na li­ber­ta­ram os re­féns. Mo­ra­do­res de um con­do­mí­nio, que ficam em fren­te ao shop­ping, acio­na­ram a po­lí­cia. Mi­nu­tos de­pois o ba­ta­lhão de cho­que che­gou, mas já não se tinha o pa­ra­dei­ro dos as­sal­tan­tes. Ape­sar das di­li­gên­cias rea­li­za­das pela po­lí­cia, os sus­pei­tos ainda não foram pre­sos.
Con­tu­do, uma câ­me­ra de se­gu­ran­ça ins­ta­la­da em um bar, den­tro do shop­ping onde foi ex­plo­di­do o caixa, cap­tou ima­gens da ação e de­ve­rá aju­dar a po­lí­cia a iden­ti­fi­car os ban­di­dos. O ma­te­rial foi en­tre­gue à de­le­ga­cia de plan­tão da Zona Sul. Se­gun­do o de­le­ga­do, a iden­ti­fi­ca­ção será fa­ci­li­ta­da pelo fato de os as­sal­tan­tes não terem es­con­di­do seus ros­tos. Há sus­pei­tas de que a qua­dri­lha seja de fora do Es­ta­do.
Ainda não se sabe a quan­ti­da­de de di­nhei­ro le­va­da nem a quan­ti­da­de de ex­plo­si­vos usada na ação. A po­lí­cia está aguar­dan­do a pe­rí­cia do Itep e da Po­lí­cia Fe­de­ral, já que se trata do Banco do Bra­sil, para ter aces­so as in­for­ma­ções.
 

sexta-feira, 18 de março de 2011

Neste sábado, agricultores de todo o estado celebram o dia de São José

Religião e Agricultura - RN


Padroeiro do homem do campo, a esperança é de que o santo mande chuva para a terra seca do sertão.

Na Matriz de Angicos os devotos de São José, por mais um ano celebram a festa do padroeiro no Sertão do Cabugi. Na igreja o ritual dos católicos se resume as orações sejam elas diante da imagem ou diante do Altar nas missas.
Na matriz, as celebrações se completam com as ladainhas, em penitência clamam por graças. Da cidade para o meio rural, é no campo que a devoção a um dos Santos da Sagrada Família ganha dimensão. Afinal o agricultor se apega a São José nos momentos bons e ruins.
Em alguns locais, a impressão é de que as preces dos agricultores já estão sendo atendidas. Em Angicos, a chuva vem caindo com força .Além da comida, alguns agricultores também festejam a riqueza das água. Em muitas localidades, as cisternas estão cheias e sangrando direto.


quinta-feira, 17 de março de 2011

Festa rubro-negra no Castelão: Fla vence por 3 a 0 e está nas oitavas

Futebol - Copa do Brasil 2011


Rubro-Negro carioca cumpre o seu objetivo diante do Fortaleza



e evita a partida da volta pela segunda fase da Copa do Brasil
 
 
Com o Castelão dividido por torcedores de Fortaleza e Flamengo, quem fez a festa na noite desta quarta-feira foi a parte rubro-negra. Com o placar de 3 a 0, a equipe carioca cumpriu o seu objetivo e, como ocorreu na primeira fase, quando eliminou o Murici-AL, garantiu com apenas um jogo a sua classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil
Na próxima etapa da competição o adversário será o Guarani ou outro time cearense, o Horizonte.




O Flamengo volta a campo no próximo domingo, às 16h (de Brasília), contra o Cabofriense, em Macaé, pela quarta rodada da Taça Rio. Já o Fortaleza volta as suas atenções para o Cearense e no mesmo dia e horário faz o clássico com o Ferroviário, também no Castelão.
 
O jogo começou com 13 minutos de atraso, por causa do enorme número de pessoas que entrou em campo e mais a troca de meiões (brancos, iguais aos do Fortaleza, por preto) do goleiro Felipe. Com a bola rolando, o camisa 1 mostrou serviço logo aos dois minutos, ao fazer boa defesa em chute de Bismarck. O Flamengo, com Wanderley no ataque, no lugar de Negueba, tentou cadenciar o jogo e adiantou sua marcação ao perceber que o time da casa tentava imprimir um ritmo alucinante à partida.


E os visitantes logo conseguiram uma roubada de bola, com Thiago Neves, aos seis. Ele sofreu falta, e na cobrança Ronaldinho lançou David Braz, que, livre na área, isolou a bola. A partir daí, as faltas se sucederam entre as intermediárias, e o jogo não fluía. Ronaldinho, muito marcado, às vezes por três adversários, buscava espaço. O que conseguiu aos 20, quando lançou na área Thiago Neves, que serviu para Renato disparar uma bomba de pé direito e abrir o marcador. Na comemoração os jogadores do Flamengo simularam um jogo de porrinha (palitos).



Em desvantagem, o Fortaleza passou a ocupar o campo defendido pelo time rubro-negro, que quase não conseguia saída para o ataque. A solução encontrada pelo Flamengo a partir dos 30 minutos foi segurar a bola, trocando passes na defesa e no meio à espera do momento de dar o bote. Se não deu para assustar o time da casa, pelo menos impediu que o Tricolor cearense criasse chances de gol. E assim o time carioca foi para o intervalo com 1 a 0 a seu favor.
Mal começou o segundo tempo e Renato disparou um míssil, com a bola passando muito próxima à trave direita do goleiro Fabiano. O lance mostrou de cara que a disposição do Flamengo era decidir a sua classificação na capital cearense. Aos oito, Vanderlei Luxemburgo perdeu a paciência com Egídio, que tinha um cartão amarelo e mais uma vez não se apresentou bem, e pôs Ronaldo Angelim, ídolo das duas torcidas, na lateral esquerda.
Quando o Fortaleza passou a tomar as iniciativas da partida, o Flamengo armou um contra-ataque e chegou ao segundo gol, aos 15, com Wanderley. Ele, que pela primeira vez começou como titular, aproveitou de cabeça uma meia-bicicleta de "pneu furado" de Thiago Neves.


O resultado de 2 a 0 já colocava a equipe carioca direto na terceira fase da Copa do Brasil, por isso o Flamengo passou a, sempre que possível, segurar a bola no seu ataque. O Fortaleza pouco ameaçou, e a tarefa rubro-negra foi facilitada. Aos 46, Diego Maurício, que havia substituído Thiago Neves, recebeu de Ronaldinho e fez o terceiro para consolidar a vitória e a classificação, para a alegria de sua torcida em todo o Brasil.