sábado, 8 de outubro de 2011

PMDB terá candidato próprio

Politica - Natal - RN


Vinte anos depois de participar de uma eleição majoritária, o PMDB de Natal terá candidato próprio nas eleições municipais para prefeito, em 2012. E o candidato será o deputado estadual, Hermano Morais. Ontem, no ato simbólico de divulgação dos novos filiados ao PMDB, o deputado federal Henrique Eduardo Alves, presidente do diretório estadual do partido apresentou Hermano como o "futuro prefeito de Natal".


Minutos depois, em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, Hermano Morais afirmou, pela primeira vez, que está pronto para a luta. "Fico honrado em ser lembrado pelas lideranças de meu partido. Estou pronto para o desafio", declarou. A última gestão do partido à frente do executivo municipal foi a do atual ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho. Segundo ele, depois do processo consolidado de novas filiações, o próximo passo será a elaboração de um programa de governo para Natal que seja consistente e que possa atender ás expectativas da população.

Hermano destacou que a futura gestão municipal enfrentará um novo momento - que é a preparação para a Copa 2014 - e por isso "terá maior responsabilidade. "É um momento que vai exigir muito mais capacidade e empenho. Espero que o partido tenha sucesso e eu seja eleito". A meta do PMDB é fazer em 2012 de 60 a 70 prefeitos.

Ontem, o PMDB apresentou o quadro de novos filiados. O presidente estadual do PMDB, Henrique Alves, comemorou o crescimento do partido, que ganhou nos últimos dias 12 novos prefeitos, 7 novos vice-prefeitos e 65 novos vereadores. Os números foram divulgados por Henrique. "É o melhor momento do PMDB, no país e em nosso estado", afirmou. O deputado confirmou que, pelo acordo entre PMDB e PT, deve ser, naturalmente o candidato à presidência da Câmara Federal em 2013.

Para o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho "o crescimento do partido é um prenúncio para uma grande vitória nas próximas eleições". Garibaldi destacou as filiações de Benes Leocádio (prefeito de Lajes), de Pedro Lisboa (Pepeu, prefeito de Passa e Fica), e de Nelson Freire, Fernanda Costa, de Santa Cruz e mulher do deputado estadual Tomba Farias. Além dos prefeitos citados, também se filiaram a prefeita de Montanhas, Maria Eliete Coutinho Bispo (Letinha); o de Goianinha, Júnior Rocha; o de Barcelona, Carlos Zanite; o de Tibau do Sul, Edmilson Inácio da Silva; o de Pilões, Francisco das Chagas de Oliveira Silva e o de Guamaré, Auricélio dos Santos Teixeira.
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'O DEM estará proibido de fazer alianças com o PSD'

Politica - RN


Anna Ruth Dantas - Repórtagem especial



A crise política no Governo Rosalba Ciarlini (DEM) tende a se agravar. O presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia, anuncia que o partido não fará nenhuma aliança no pleito de 2012 com o PSD, legenda presidida no Estado pelo vice-governador Robinson Faria. O senador afirma que essa é uma resolução nacional dos Democratas e será seguida por completo no Estado potiguar. Embora afirme que não há problema na relação pessoal com o vice-governador Robinson Faria, José Agripino demonstra que a aliança entre o DEM e o hoje líder do PSD já é fato passado. Ao comentar o esfacelamento da bancada do PSD na Assembleia Legislativa, onde estavam sendo anunciadas a adesão de seis deputados e terminou apenas com dois (Gesane Marinho e José Dias), José Agripino confirma que partiu do Governo a reação para não ser "refém" do partido de Robinson Faria, já que esse teria 25% da Assembleia Legislativa. Para o líder do DEM, o que o vice-governador tentou fazer foi tutelar o Governo. "O Governo tem obrigação e legítima defesa de garantir sua governabilidade. O Governo tinha obrigação de trabalhar para não ser refém de ninguém. O Governo tem obrigação de ter aliados, de não ser subordinado a ninguém", destaca o senador José Agripino Maia. Enquanto demonstra afastamento político que soa como rompimento com Robinson Faria, o senador do DEM confirma a aliança com o PMDB, enaltece a tendência do PR ser aliado do Governo Rosalba e é enfático ao afirmar que a chegada das duas legendas na base "oxigena" as alianças. Na proximidade com os peemedebistas, o senador José Agripino vai além e já fala na possibilidade de apoiar o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) para o Senado em 2014. Analisando o pleito de 2012 na capital potiguar o senador praticamente descarta apoio à reeleição da prefeita de Natal Micarla de Sousa e demonstra "simpatia" com o projeto político do deputado federal Rogério Marinho, que disputará o Executivo pelo PSDB. Sobre política partidária, ações administrativas e os polêmicos projetos que tramitam no Congresso Nacional, o senador José Agripino Maia concedeu a seguinte entrevista à TRIBUNA DO NORTE.


Qual o destino da emenda 29- que define os percentuais a serem aplicados na Saúde?

É ser aprovada.

Mas aprovar a emenda 29 como o Governo Federal quer?

Não como o Governo quer. E o Governo já fez o teste na Câmara e já viu que não consegue aprovar a emenda 29 com a criação de um imposto novo. E veja que é na Câmara onde ele tem folgada maioria. Fomos nós, o Democratas, que obrigamos a votação da emenda 29, inclusive com a emenda de alíquota zero para o suposto imposto que se criaria, a CSS (Contribuição sobre a Saúde), para subsidiar as ações de saúde. A emenda 29 vai passar no Senado porque é um imperativo da sociedade. Esse imperativo da sociedade permeou os parlamentares, deputados e senadores, que entendem que é preciso que se vote. Por que a União não pode ter destinação de 10% das suas receitas para saúde? A CPMF caiu no dia 31 de dezembro de 2007 e no começo de janeiro de 2008 o governo aumentou a alíquota do IOF, Cofins e Pis, recuperando integralmente a receita que a CPMF deixou de produzir para União. O que não melhorou na saúde não foi por falta de dinheiro, foi por falta de gestão e prioridade. O que é preciso é que a emenda 29 garanta, primeiro de tudo, prioridade às ações de saúde. A educação tem recursos vinculados da União, a educação está melhorando de certa forma, muito lentamente. A educação do Brasil no que diz respeito a escolas técnicas vem melhorando, é produto de vinculação de recursos e obstinação da gestão. A saúde tem que ser objeto da mesma iniciativa. Tanto a saúde quanto a segurança. Os dois males do serviço público do Brasil hoje são saúde pública e segurança, que está em crise. Tanto tem que aprovar a emenda 29 para ações de saúde, como para segurança a PEC 300. Ela (a PEC 300) vai garantir melhor nível salarial para os profissionais de segurança no Brasil inteiro com a criação do Fundo Nacional de Segurança e ainda vai levar, melhorando o padrão de renda do policial, a um aparelho de segurança melhor formulado, melhor pensado, com inteligência mais moderna e garantia de salário digno.

E a Contribuição sobre a Saúde (CSS)? Há possibilidade desse projeto prosperar?

Não vejo chance alguma. É tanto que o Governo solta os balões de ensaio e logo em seguida os retira. O partido (DEM) tem pesquisa e mostra que muito acima de 70% dos brasileiros recriminam, reprovam, a criação de imposto novo para saúde. O cidadão sabe que o problema da saúde não é necessidade de criação de imposto novo.

Reforma política, parece ser consenso entre os políticos, mas vamos chegar a uma nova eleição e sem reforma. Qual o motivo?

Por uma razão simples: Para manter a base votando de forma obediente aquilo que quer, o governo prefere não mexer no vespeiro. A reforma política, que é um imperativo do país, não é consenso entre os partidos. Como não há consenso e o governo não quer provocar cisão na sua base e nem quer administrar problema na sua base, prefere levar o assunto de barriga e não votar. Fica tudo como está, com os partidos políticos fragilizados e muitos deles até desmoralizados pelo fato de não terem formulação programática à frente da ação dos seus líderes. A reforma política não passa (no Congresso) por inação do governo. Ao invés de dar ao país um conjunto de leis que fortaleça os partidos políticos e dê ao cidadão o direito de votar em idéias e não em pessoas, o governo, para evitar reações de um partido insatisfeito, prefere não mexer no vespeiro, mas manter a base obediente as suas vontades.

O senhor acredita nesse projeto de nova constituinte como passaporte para realizar reformas que o país precisa?

Uma constituinte para fazer reforma política não é recomendável. Você pode até marcar data ou estabelecer plebiscito em torno de temas. Por exemplo: o que o brasileiro deseja em função de tudo que acontece no Congresso e no Poder Executivo e no Judiciário? Regime presidencialista ou parlamentarista? Vamos esclarecer as vantagens do Presidencialismo e do Parlamentarismo.

Mas já houve esse plebiscito...

Há muito tempo atrás e em outro momento democrático do Brasil: Em 1988 por ocasião da Constituinte. Nesse período a democracia brasileira evoluiu muito, os partidos políticos involuíram e é preciso que você evolua. E evolui na medida que os partidos políticos adquirem musculatura. Hoje os partidos estão cada vez mais com menos musculatura. Vale a pena os brasileiros opinarem pela continuidade do Presidencialismo. Continuar ou se muda como a maioria dos países modernos do mundo para o regime parlamentarista? Isso daí seria a primeira grande senha para fazer a reforma política. Nos regimes parlamentaristas é que cabe o voto em lista, o voto distrital simples ou misto, o financiamento público de campanha e a proibição ou não de coligação proporcional e cláusula de barreira para definir o que é partido político nacional. Isso tudo virá a partir do modelo que o Brasil deseje realmente. A reforma política está enviesada. Ela está tratada para o regime presidencialista e hoje tenho dúvida se é o melhor para a democracia brasileira.

O senhor defende o Parlamentarismo?

Hoje com certeza absoluta defenderia o Parlamentarismo.

Então a reforma política só deve ser tratada após a discussão sobre o regime (Presidencialismo ou Parlamentarismo)?

Coloquei essa tese, inclusive, na última reunião da bancada do meu partido na Câmara dos Deputados e a tese foi aceita e vai ser defendida como formulação do partido. Veja que Henrique Fontana (relator da reforma política na Câmara) apresentou projeto que a reforma política era voto em lista e financiamento público de campanha, era só isso. Não falava de cláusula de barreira, coligação proporcional... Isso é reforma política? Como não é reforma política, os partidos na sua quase unanimidade rejeitaram o relatório e adiaram o projeto. Os partidos da base não têm consenso sobre ponto nenhum . O único ponto sobre o qual há consenso é a data da posse dos eleitos: prefeitos, governadores e presidente da República. O Poder Executivo não determina prioridade para reforma nenhuma, nem a tributária, sem a sindical, nem a trabalhista. Para o governo, reforma é da boca para fora. Quanto tempo o governo não fala em reforma tributária? A (reforma) política entrou como forma de soltar um balão de ensaio. Para este governo as reformas não são prioridade, não são objetivo, o que é um perigo. Porque a competitividade do Brasil como nação emergente, no futuro da relação na comunidade internacional, passa inevitavelmente pela votação das reformas. O Brasil será competitivo na hora que as reformas tributária, sindical, trabalhista e previdenciária forem votadas e no momento que a reforma política for votada dotando a democracia brasileira de aparelho mais moderno e eficiente. O Governo do PT é imediatista, só pensa no amanhã, não pensa no depois de amanhã. O governo do Brasil faz de conta que as discussões dessas reformas não precisam existir. Mas ela precisa sim e pode significar sucesso ou insucesso do Brasil no futuro.

Entrando agora na política partidária, o que aconteceu com o PSD do Rio Grande do Norte?

O PSD, como o prefeito (de São Paulo) Gilberto Kassab disse, nasceu sem nenhuma nitidez ideológica. Não é um partido de centro, nem de direita e nem de esquerda. É um partido a serviço de líderes que por oportunismo ou buscando uma janela para mudarem de posto e se aproximarem do Governo. Tomaram uma posição sem nenhuma afinidade ideológica. A criação do PSD no plano nacional tem projeto de poder pessoal para Gilberto Kassab. O que tem de comum entre o governador Omar Aziz, do Amazonas, com o governador Raimundo Colombo, de Santa Catarina? Não tem nada em comum. Um é liberal completo (Colombo) e o outro é eleito pelo PMN (Aziz). As pessoas (do PSD) não têm afinidade e nem se conhecem. Um partido se faz com história. O PSD foi concebido para atender a um projeto de poder pessoal de Kassab, que começou Estado por Estado a reunir interesses individuais de pessoas. Era a busca do poder pelo poder, não através de ideias. Era a busca de poder pela oportunidade que se abria para abrigar pessoas ou para juntar pessoas que poderiam, a exemplo de São Paulo, juntarem-se para atingir projeto de poder pessoal. Acho que o vice-governador Robinson Faria entendeu que essa era uma oportunidade para ele perseguir um projeto de poder pessoal que ele tentou levar à frente, mas que não deu certo. Pelo menos não deu (certo) como ele imaginava que pudesse vir a dar.

O recuo dos quatro deputados (Gustavo Carvalho, Ricardo Motta, Vivaldo Costa e Raimundo Fernandes) em não migrarem para o PSD teve interferência do Democratas, do Governo Rosalba Ciarlini?

O Governo tem obrigação de legítima defesa para garantir sua governabilidade. O Governo tinha obrigação de trabalhar para não ser refém de ninguém. O Governo tem obrigação de ter aliados, de não ser subordinado a ninguém. Nem à vontade de algum líder do Democratas, nem ao PMDB, que é aliado, nem ao PR, com quem pode se aliar, nem a partido nenhum. Entendia que o PMN (antigo partido de Robinson Faria) era um partido aliado, sempre entendi como partido aliado, não poderia se transformar num super partido, num mega partido, trazendo gente de toda parte, inclusive gente que não apoiou a eleição de Rosalba, como forma de tutelar o Governo.

Era esse o objetivo do PSD (tutelar o Governo)?

Não sei se era esse o objetivo. Agora não era correto que o Governo entendesse que tinha como parceiro, ao seu lado, um partido com tamanha força que pudesse tutelar suas ações. Qualquer Governo tem o dever, em legítima defesa, de procurar o equilíbrio das forças que o cercam (a ele Governo). E foi essa a iniciativa tomada pela governadora, no sentido de manter equilíbrio entre os aliados. Tanto é que o PMN permanece como um partido de tamanho, aliado, mas não tutelador do governo.

Não é contraditório que essa tentativa de tutelar o governo tenha vindo do vice-governador (Robinson Faria)?

Estou supondo (a tentativa de tutela), não estou assegurando, não estou denunciando. Estou no campo das conjecturas. Porque poderia evoluir para esse fato, não estou acusando de que isso estivesse em curso. Mas qualquer pessoa medianamente inteligente tem o direito, até por esperteza política, de tomar precauções antes que o fato aconteça.

Há restrições do DEM com o PSD em 2012?

O PSD arrancou 17 deputados do Democratas. Até agora (sexta-feira, 7 de outubro) o PSD tenta tirar pedaços do Democratas. Eu sei bem, nessa última semana, o esforço que fizemos para evitar que ele (o PSD) não tirasse mais ninguém. Até a última hora o PSD se manifestou em atitude de ataque aos quadros do Democratas. Isso incomoda ao Democratas do Brasil inteiro. O que está decidido, e a executiva vai homologar, é a definição de que no Brasil inteiro o Democratas não fará coligação com o PSD. Eu, como presidente da executiva nacional, não poderia jamais descumprir uma decisão nacional do partido. No Rio Grande do Norte, como em todos os Estados, em atitude de legítima defesa e coerência e até brios, o Democratas estará proibido de fazer aliança com aquele que o atacou frontalmente e o tentou destruir.

A governadora Rosalba faz parte do Democratas. O vice-governador Robinson preside o PSD. Estaria instalada uma crise política no Executivo potiguar?

Não acredito. A política é a arte do entendimento, a arte da conversa. Essa é uma questão que a governadora Rosalba saberá conduzir com equilíbrio e paciência.

Mas se pensarmos em aliados políticos de 2010 e vislumbrarmos o pleito de 2014, podemos pensar em racha na base da governadora Rosalba? 

Garibaldi (o ministro Garibaldi Filho) apoiou Rosalba. Em função de Garibaldi, e eu participei da formulação, o deputado Henrique (Eduardo Alves) numa atitude louvável do ponto de vista do interesse do Estado, já reuniu a executiva e decidiu o apoio ao Governo de Rosalba. Esse é um reforço importante. Minha relação pessoal com o deputado federal João Maia (PR) enseja expectativa de que possamos vir a ter aliança do Democratas de Rosalba com o PR. São alianças que se formam oxigenando a relação política do governo e abrindo expectativas do governo ter apoio sem precisar se dobrar. A interlocução junto à área federal é via de conseqüência junto a esse arco de aliança que a governadora Rosalba monta para viabilizar politicamente seu governo na Assembleia Legislativa e administrativamente em Brasília pelo apoio que esses partidos haverão de dar junto às esferas no plano nacional.

Objetivamente, para o pleito de 2014, o PSD estaria inviabilizado no "arco de aliança" do Governo Rosalba?

Pela decisão de hoje, sim. Agora essa é uma decisão que o partido vai tomar e suponho que venha para ficar. Mas não estou vaticinando nada e nem desejando nada. Apenas estou fazendo a constatação de fatos.

No último domingo, o vice-governador Robinson Faria foi entrevistado na TRIBUNA DO NORTE e disse que as desavenças com o senhor estavam superadas. Mas o senhor mostra o contrário agora...

Não tem desavença pessoal minha com Robinson. Ele (Robinson Faria) nunca conversou comigo sobre a criação ou não criação do PSD. Não existe desavença. Sou presidente nacional do partido que foi atacado por uma legenda ao qual ele (Robinson Faria) resolveu aderir. Esse é um fato. Lamento, não vejo necessidade de Robinson ter se fixado no PSD estando, como supunha, tão bem e forte no PMN. O PSD viu que para existir era preciso tentar destruir os Democratas. O DEM, como partido nacional, reagiu. A reação no plano nacional passa pelo Rio Grande do Norte. Mas nada de pessoal José Agripino versus Robinson. Nunca tive nenhum desentendimento porque nunca tive nenhuma conversa.

Para onde caminha o DEM no pleito de Natal em 2012?

Essa é uma conversa para ser discutida com os aliados em hora oportuna. Temos aliados naturais, como o PSDB. Há partidos que temos uma relação de proximidade muito forte como o PP, do vice-prefeito Paulinho Freire; o próprio PR, com quem temos conversas permanentes; o PMDB, com quem haveremos de conversar. Conversar não significa dizer que há determinação de apoiar candidato A ou B, mas de oxigenar o processo. Eu, como presidente de partido, tenho obrigação de conversar. O Democratas terá candidato próprio? Pode ter ou pode não ter, estamos a um ano do pleito.

O senhor não citou o PV (da prefeita Micarla de Sousa) nem entre aliados naturais e nem aliados potenciais...

Porque o PV tomou o rumo já de um entendimento com o Governo Federal.

Está descartada aliança em 2012 com a prefeita Micarla de Sousa?

Não quero dizer que descarto aliança com a prefeita, mas a reedição do que ocorreu (em 2008, onde o DEM apoiou Micarla para prefeita) é pouco provável.

A aliança do DEM com o deputado federal Henrique Eduardo Alves, pode ser projetada para uma coligação em 2014 com Rosalba para reeleição e o deputado do PMDB para o Senado?

Isso está tão longe... Sobre a reeleição de Rosalba é minha intenção ajudá-la a fazer um bom governo para ela chegar em 2014 com todas as condições de disputar a reeleição e com amplas chances de ganhar. Na medida em que você já tem uma aliança exposta, clara com o PMDB, evidente que você tem que admitir que nessa aliança seus líderes participem em posições exponenciais. O senador Garibaldi é expoente, mas já é senador. O deputado Henrique é expoente? É. Se ele (Henrique Eduardo) pleitear ser candidato a senador, meu partido, pelo que percebo hoje, verá com bons olhos essa pretensão. Agora assegurar que essa aliança irá se projetar em 2014 e com essa chapa seria um pouco de precipitação. Em uma chapa ou em aliança o que se procura são os expoentes para serem candidatos aos postos mais importantes. Rosalba é expoente do Democratas? É. Henrique é expoente do PMDB? É.

O deputado federal Rogério Marinho se lançou candidado a prefeito de Natal. Qual o entendimento do DEM com o PSDB?

Não há nada definido. Entendo o deputado Rogério Marinho como um sujeito qualificado para ser prefeito de Natal. Ele conhece a administração e conhece como poucos a cidade e tem vontade de ser prefeito. Ele é um amigo e aliado a quem nós respeitamos muito e nas definições de candidatura esse elenco de pré-requisitos será considerado.

O deputado federal Felipe Maia será candidato a prefeito?

Depende dele. Essa pergunta deve ser feita a ele.

O senhor defende o nome dele (Felipe Maia)?

Não defendo nome de ninguém. Quem tem que defender nome é o próprio. As pessoas que querem ser candidatas tem que defenderem as suas vontades. Eu não vi até agora o deputado federal Felipe Maia defender a vontade de ser candidato a prefeito de Natal.

Pelo fato do DEM ter o Governo do Estado não seria o momento de candidatura própria na principal cidade do Estado?
Você pode conquistar a Prefeitura com um candidato próprio ou com aliança. É uma conquista do mesmo jeito, são administrações afins.


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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Governo enfrenta nova onda de greves

Greve no RN


O Governo do Estado começa a enfrentar uma nova onda de greves. Hoje, sete categorias do funcionalismo público estadual paralisam os serviços: os técnicos administrativos da Secretaria Estadual de Educação e Cultura (Seec), a Fundação José Augusto, Emater, Idema, Detran, Idiarn e Emparn. Os agentes penitenciários e os médicos da Secretaria Estadual de Saúde decidem ainda hoje se iniciam ou não suas paralisações.



O número de paralisações, porém, poderá aumentar até o final desta semana caso o Governo do Estado não atenda às reivindicações de policiais civis, funcionários da Ceasa, Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Junta Comercial do Estado (Jucern) e técnicos da administração direta. Hoje, haverá um protesto no Centro Administrativo a partir das 8h.



O Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte RN), irá realizar uma assembleia hoje, às 14 horas, para discutir os próximos passos da paralisação destes servidores. Somente os técnicos administrativos da Secretaria que iniciaram a greve hoje, correspondem a 8 mil servidores do quadro funcional efetivo do Governo do Estado.


Vale ressaltar que os professores da rede estadual de ensino não irão realizar greve. "Infelizmente, o Executivo Estadual insiste em dizer que não consegue atender nossas reivindicações devido à Lei de Responsabilidade Fiscal, mas até o Ministério Público Estadual sinalizou que a implantação dos planos poderia ser cumprida", ressaltou a presidenta do Sinte, Fátima Cardoso.


Ela afirmou que os consequentes superávits na arrecadação tributária estadual, são suficientes para subsidiar o pagamento dos Planos de Cargos, Carreiras e Salários de todas as categorias. O Governo, em contrapartida, reconheceu o aumento na arrecadação mas garantiu que o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impede que qualquer aumento salarial seja concedido, além da nomeação de concursados.


Salvo aqueles que cumprem medidas judiciais, como o aumento concedido aos professores e aprovado pelo deputados estaduais semana passada.


No entanto, o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), alegou que o Governo não cumpriu a decisão da Justiça Estadual em sua totalidade. Hoje, os representantes do Sinpol se reunirão com o secretário estadual de Administração e Recursos Humanos, José Anselmo de Carvalho, para discutir as pendências em relação ao cumprimento do título executivo judicial e as próprias reivindicações da categoria.


Caso todos os servidores que ameaçam iniciar um movimento grevista cumpram com o que estão divulgando, cerca de 14.892 pessoas, aproximadamente, irão cruzar os braços entre esta e a próxima semana. Hoje, às 19h30min, os médicos servidores da Sesap irão se reunir para discutir a paralisação. Caso o Governo do Estado não cumpra com o que reivindicam, a partir das 20 horas, a greve começa. Somente os 30% previstos em lei, realizarão os procedimentos de atendimento nos hospitais da rede estadual.

Criação do PSD agrava crise interna no governo

Politica - RN


O mal-estar gerado entre o governo Rosalba Ciarlini (DEM) e o grupo do vice-governador Robinson Faria (PSD) se agravou e movimentou o cenário político (mesmo que ainda no campo dos bastidores) durante o final de semana e feriado desta segunda-feira. Ontem, Robinson, que é presidente estadual do PSD, dedicou parte do dia em conversas para evitar um esfacelamento em massa do grupo que há poucos dias dava-se como certa a filiação à nova legenda. O primeiro recuo deve partir do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Motta (PMN), que já revelara a pessoas próximas a decisão de permanecer no PMN. Ainda não se sabe os destinos de três candidatos a assentos no PSD - os deputados Vivaldo Costa (PR), Gustavo Carvalho (PSB) e Raimundo Fernandes - mas este último foi chamado ontem para uma conversa com o vice-governador. Entre os parlamentares que afirmaram em um primeiro momento a intenção de engrossar o partido fundado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, apenas Gesane Marinho e José Dias mantêm contundência ao falar sobre o assunto.



"Essa vergonha eu não darei aos meus eleitores, nem aos meus pais - que já morreram, e nem ao meu filho. Meu eleitorado não vai me cobrar dignidade. Não me elegi para me vender. Meu mandato vale muito pouco, mas não está à venda", esbravejou o ex-peemedebista ao reafirmar o ingresso no PSD. Gesane postou no twitter que já assinalou a ficha de filiação ao novo partido. A querela entre governo e grupo peessedista teve início com o envio da mensagem do Executivo solicitando um empréstimo de US$ 540 milhões ao Bird, em cujo rol de beneficiados foi excluída a Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), que tem como titular o vice-governador.


A partir daí se iniciou uma reação dos aliados de Robinson Faria, que em conjunto com parlamentares da oposição, passaram a criticar a proposta governamental e a ensaiar possíveis emendas ao projeto original em um claro intuito de contemplar a Semarh. "O PSD tinha uma bancada importante, mas no primeiro episódio mostrou uma disposição de ser contra ou de ser um paralelo ao governo", destacou uma fonte bem postada na administração estadual.


A mesma fonte afirmou também que a posição do presidente da Assembleia de não seguir o vice-governador já é uma prova da reação do governo estadual. O governista ponderou, porém, que não há intenção entre os democratas do executivo potiguar de romperem com o grupo de Robinson Faria. Havia rumores de que uma reunião entre Rosalba Ciarlini e os novos líderes do PSD ocorreria de ontem para hoje, mas a informação não foi confirmada pelas assessorias do governo e do vice-governador.

domingo, 2 de outubro de 2011

Mosquito da dengue e febre amarela é atraído por dióxido de carbono e odores exalados pelos humanos

Saúde - Dengue e Febre amarela



DENGUE


É a doença endêmica mais disseminada no Brasil, presente em todos os estados. Causa febre aguda, e pode matar. Os sintomas podem não aparecer ou também se manifestar por dores de cabeça, febre e dores no corpo. Transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti, criados preferencialmente em ambientes onde há focos de acúmulo de água parada. O inseto transmite o vírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae. Possui quatro tipos conhecidos: 1, 2, 3 e 4.


FEBRE AMARELA


É um vírus transmitido por mosquitos por duas formas: urbana e silvestre. Somente esta última existe no Brasil atualmente, transmitida por macacos silvestres. É uma doença infecciosa febril aguda, sua gravidade é variável, lesa principalmente o fígado e pode matar por insuficiência hepática. Só existe na América do Sul e na África. Os transmissores são os mosquitos infectados pelo vírus do gênero Flavivirus. Nas regiões urbanas, por exemplo, é transmitida pelo Aedes aegypti.



Para pesquisadores, a descoberta pode ajudar na elaboração de armadilhas mais eficazes contra os insetos


 
É por meio do dióxido de carbono que exalamos e do odor da nossa pele que os mosquitos nos encontram, afirma pesquisa realizada na Universidade da Califórnia. De acordo com o estudo, por meio desses cheiros as fêmeas dos insetos conseguem encontrar quem morder e, assim, espalhar doenças como dengue e febre amarela.



O estudo, publicado no The Journal of Experimental Biology, constatou que as fêmeas do Aedes aegypti, responsáveis por transmitir febre amarela e dengue, são atraídas primeiramente pelo dióxido de carbono. Somente depois seguem os odores característicos da pele para, eventualmente, aterrissar em um hospedeiro humano.


Os pesquisadores filmaram o voo das fêmeas do mosquito da febre amarela dentro de um túnel de vento. Foi observado que esses insetos voaram somente por pouco tempo contra sopros leves de dióxido de carbono, mas persistiram contra nuvens turbulentas da substância, situação esta que imitava a presença de um hospedeiro humano. Por outro lado, quando se tratava de odores humanos, a orientação dos mosquitos foi melhor quando o cheiro era vasto e invariável em sua intensidade, assim como poderia ocorrer na aproximação de um hospedeiro em potencial.


Ring Cardé, professor de entomologia da Universidade da Califórinia e principal autor do estudo, explica que o dióxido de carbono é percebido mais facilmente pelos mosquitos, enquanto a resposta aos odores da pele humana requer uma exposição mais longa para provocar o voo dos mosquitos. "A sensibilidade dos mosquitos ao dióxido de carbono permite que os insetos respondam quase instantaneamente até mesmo às menores quantidades de gases", explica o pesquisador.


O dióxido de carbono é capaz de atrair sozinho esses mosquitos, sem precisar da assistência de outros odores. Entretanto, os odores da pele só se tornam significativos quando o mosquito está perto do hospedeiro e pode escolher onde morder. O pesquisador explica que a sensibilidade dos mosquitos a odores da pele aumentou de 5 a 25 vezes após receber um sopro de dióxido de carbono.


Para os autores do estudo, essa pesquisa pode ajudar os cientistas a desenvolver armadilhas efetivas para capturar esses mosquitos e combater as doenças que transmitem.

Robinson confirma que tem intenção de se candidatar ao Senado

Politica - RN


Anna Ruth Dantas - repórter da Tribuna do Norte


O vice-governador Robinson Faria assumiu a presidência do recém-registrado Partido Social Democrático com discurso de total sintonia com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), de quem se declara liderado. Quando o assunto é o pleito de 2012, o líder político é cauteloso, afirma que todo processo será deflagrado pela chefe do Executivo. No entanto, praticamente descarta apoio as candidaturas de Micarla de Sousa (PV), Wilma de Faria (PSB) e de Rogério Marinho (PSDB). Com relação ao tucano, Robinson Faria vê como impedimento o fato de ser oposição ao Governo Federal, mas destaca que prevalecerá a vontade da maioria e, se assim o for, poderá apoiar Marinho. Já sobre a candidatura de Carlos Eduardo (PDT), ele confirma conversas, mas diz que não há nada fechado. O nome do deputado federal Fábio Faria (PSD) não é de todo descartado: "É legítimo, mas precisa saber se esse é o projeto dele". Se para o pleito 2012 Robinson Faria não fecha questão, para sucessão de 2014 ele assume o sonho de ser candidato ao Senado Federal. "É uma opção, mas não é uma obsessão", diz o vice-governador, que não se mostra temeroso com os já lançados adversários ao cargo de senador. "Ninguém escolhe concorrente, não escolhe adversário. Cada um procure seu espaço", afirma. Embora muitos sejam os comentários apostando que alguns deputados poderão desistir de ingressar no PSD (o anúncio inicial previa seis parlamentares - Gustavo Carvalho, Ricardo Motta, José Dias, Vivaldo Costa, Raimundo Fernandes e Gesane Marinho), Robinson Faria não acredita no racha, aposta na amizade e na unidade do seu grupo.Na fase pós-registro do PSD, o vice-governador também dá mostras de querer superar os atritos com o senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM. Ele disse que pretende manter a aliança construída em 2010. Sobre as metas do PSD, o pleito 2012 e os preparativos para 2014, o vice-governador Robinson Faria concedeu a seguinte entrevista à TRIBUNA DO NORTE
 
 
Após registro do PSD, qual a preocupação do senhor neste momento?



Minha preocupação é dar continuidade ao fortalecimento do PSD, que desde lançado em Natal, quando Gilberto Kassab veio aqui, passou a ser muito procurado por lideranças de todas as regiões e de todos os partidos. Até me surpreendeu um partido ter tanta simpatia e aceitação. Simpatia não só de lideranças, mas também de pessoas, populares. Faço essa colocação porque passei por essa experiência quando fundei o PMN, que era um partido cartorial e terminou se transformando em um partido grande e decisivo em várias eleições. Mas a sensação e expectativa, a intensidade vivida no PSD é a do PMN multiplicada muitas vezes. Estou sempre viajando, a trabalho ou a convite, e o Rio Grande do Norte tem a cultura muito avançada do povo politizado. Isso é muito bom para todo mundo. O PSD nasceu grande no Rio Grande do Norte, com seis deputados estaduais, um deputado federal, um vice-governador e uma grande perspectiva de capilaridade enorme em nível municipal.


O senhor já fez o primeiro balanço de como se portará o PSD no pleito municipal?


Não. Esse balanço nós paramos, mas sei que já passa de 90 municípios com diretórios e filiados. Não quer dizer que vamos eleger 90 prefeitos. Estamos com presença em 90 cidades. É lógico que com essa demora (no registro do TSE) muitos chegaram a se filiar a outros partidos porque acharam que não iria mais acontecer o PSD no Brasil. Alguns prefeitos se sentiram inseguros e tomaram outros partidos, gente que viria para o PSD se tivesse sido formado dois meses atrás. A formação a 10 dias do prazo final foi prejudicial ao partido, mas também não vai diminuir a força do partido na capilaridade regional do Estado.


Um dos acirramentos que houve no processo de registro do PSD foi com o DEM. Haverá restrição para alianças no Rio Grande do Norte com o DEM no pleito de 2012?


De nossa parte não. O DEM é um partido aliado. Embora seja estranho porque José Agripino é o presidente do DEM e foi o protagonista desse duelo no Brasil inteiro. Mas isso eu considero assunto superado. O PSD não pode nascer com sentimento de revanchismo, de radicalismo. Tem que ser um partido novo não só na sigla, mas na sua essência, no diálogo, na humildade, simplicidade, de estender a mão. O PSD está pronto para dialogar com os partidos. Sei que cada cidade tem sua história não só para o PSD, mas para o DEM, PMDB, PT. Cada município tem coligações diferentes dos outros municípios. Nem sempre obedece a orientação estadual e foge até aos seus principais chefes. Mas o PSD hoje não tem mágoas, nasce sem mágoas e está aberto a dialogar principalmente porque o DEM é o partido da nossa líder maior que é a governadora Rosalba Ciarlini.

E a relação do presidente estadual do PSD, Robinson Faria, com o presidente do DEM, o senador José Agripino?


Ontem (quinta-feira) estava em Mossoró e falei em uma solenidade. Ele chegou na platéia para assistir o Auto da Liberdade no Teatro Dix-huit Rosado e eu fiz referência a ele que considero um desarmamento de espírito da minha parte. Eu disse no discurso: "Acaba de chegar o senador José Agripino, falam que ele está com raiva de mim, que eu estou com raiva dele. Quero aqui dizer que esse é um assunto vencido, o que aconteceu, aconteceu, faz parte da vida política. Mas digo aqui de público perante a cidade que ele nasceu, que é Mossoró - 'Agripino é um patrimônio político do Rio Grande do Norte e do Brasil e eu sou reconhecedor dessa sua biografia'". Isso foi dito no Teatro Dix-huit Rosado, que estava lotado.


Então o senhor se mantém aliado do senador José Agripino Maia?


Espero que sim. Espero que esse palanque de 2010... Foi um palanque vitorioso e ele (o senador José Agripino) foi um protagonista importante. Ele foi um incentivador para que eu estivesse ao lado dele, de Rosalba. Foi buscar o PMN, que hoje é o PSD, um partido novo. O PSD não pode ser visto com olhos de um partido que veio para dividir. Pelo contrário, o PSD veio para somar, vai somar muito para Rosalba, para sua governabilidade, para seu futuro político. O tempo vai mostrar isso. Parece até que estou querendo dizer que o PSD é solução para muita coisa... O PSD é forte, com deputados fortes, lideranças fortes e está pronto para colaborar.


Sobre os deputados estaduais do PSD (Ricardo Motta, Gustavo Carvalho, José Dias, Vivaldo Costa, José Dias, Gesane Marinho e Raimundo Fernandes), houve declarações de Ricardo Motta se mostrando reticente a ingressar no partido. O senhor teme que os parlamentares possam desistir de ingressar no partido?


Os deputados do PSD são, na maioria, os deputados que vinham do PMN. Sou amigo de Ricardo Motta há 24 anos, meu amigo particular, amizade fraternal. Ricardo Motta foi companheiro leal do PMN o tempo inteiro. E nós fomos juntos a São Paulo - eu, ele, Fábio (Faria) e Raimundo Fernandes - buscar o PSD para o Rio Grande do Norte. Eu não posso falar por ele, o que posso dizer é que acho que nós estaremos juntos.


O senhor acredita que manterá o grupo dos seis deputados no PSD?


Eu confio, não posso falar por cada um. Mas minha expectativa e meu sentimento é de que estaremos juntos até porque discutimos, durante tantos meses, cidade por cidade a criação do PSD. Todos nós discutimos caso a caso a formação do PSD. Qual o fato novo para modificar isso aí? Não vejo nenhum fato novo para modificar e desmanchar a união, a irmandade que há hoje entre nós do PSD. Não houve nada grave, não teve nenhuma discussão. Ao contrário, estamos sempre conversando, dialogando.


Como se portará o PSD na eleição de Natal?


O PSD tem que ter sempre a essência da discussão coletiva. Temos que discutir coletivamente, nos reunir, eu, os deputados, todos temos que ter o cuidado de discutir Natal, sabendo todos nós que a líder maior nossa não só em Natal, mas em todo Estado, é a governadora Rosalba Ciarlini. A eleição é só no próximo ano. Ninguém fechou coligação, não vejo PMDB, nem PT, nem PDT, nem PSB fechando coligação, por que só o PSD tem que dizer qual será sua coligação? Temos tempo para discutir. Rosalba não deflagrou o processo ainda. Vamos aguardar ela deflagrar o processo. Isso não impede o PSD conversar, Rosalba conversar. No momento certo o PSD coletivamente irá definir a posição em Natal.


Mas o PSD poderá caminhar em um palanque diferente do da governadora Rosalba em Natal?


O sentimento do partido é coletivo. E essa será uma decisão interna corporis do PSD após ser deflagrado o processo e Rosalba colocar para nós. Já entreguei o processo à governadora Rosalba. Falando no meu nome, entreguei o processo à governadora Rosalba.


O senhor disse, em entrevistas anteriores que o candidato a ser apoiado para a Prefeitura do Natal deve ter afinidade com o Governo Federal. Com isso o senhor exclui a possibilidade de apoio ao deputado federal Rogério Marinho, que é opositor à presidenta Dilma Rousseff?


Não tenho nada pessoal contra Rogério Marinho. Mas minha opinião pessoal, que poderá nem prevalecer, porque vai prevalecer a opinião da maioria e eu não sou presidente que vou impor... Mas se for o caso do grupo caminhar com Rogério que seja por consenso comandado por Rosalba. Pode ser ele (Rogério Marinho) ou qualquer nome fora desses cogitados diariamente pelos partidos que integram a base de Rosalba. O PSD está com o sentimento de no momento certo coletivamente ouvir a nossa principal líder para que ela coloque a discussão e tenhamos cada um direito a voz. Agora eu, Robinson, não o presidente do PSD, mas o ex-deputado e vice-governador Robinson Faria, acharia interessante um nome que tivesse livre trânsito em Brasília para ajudar de forma mais fácil a gestão de Natal. Seria melhor para Natal ter um prefeito com livre acesso à capital federal. Mas essa é uma opinião particular minha.


O senhor se mostra muito afinado à governadora Rosalba, a impressão é que necessariamente estará no palanque de Rosalba em Natal. É isso mesmo?


É o meu desejo. Espero que estejamos juntos. A lógica é ela comandar o processo.


O nome do deputado federal Fábio Faria vem sendo lembrado nas pesquisas para prefeito de Natal. O PSD poderá ter candidato próprio a prefeito de Natal?


O PSD não nasce para ser de imposição, mas de colaboração. Partido parceiro dos demais que queiram caminhar conosco. O nome de Fábio tem todas as condições para disputar, mas resta saber se ele tem essa motivação para ser candidato. Justiça seja feita, quem primeiro bateu na porta da CBF lutando pela Copa, ainda no governo Wilma de Faria, e pediu audiência a Ricardo Teixeira, foi o deputado Fábio Faria.


O senhor rompeu com a prefeita Micarla de Sousa?


Eu não rompi com Micarla. Micarla rompeu com todos que a apoiaram.


Em 2012 há possibilidade do senhor apoiar a reeleição da prefeita?


Acho muito difícil. Apesar de que ela ainda se diz aliada da governadora Rosalba. Não tenho nada pessoal contra ela (Micarla), mas no campo político acho que a prefeita cometeu erros sucessivos a ponto de ter que governar com seus adversários porque não tinha mais um correligionário seu, que lhe ajudou a ser prefeita, ao seu lado. Ela foi buscar Henrique Alves, auxiliares da ex-governadora Wilma de Faria, porque não tinha um aliado que pudesse contar. É lamentável. Não sei o que passou na cabeça de Micarla, até hoje não entendo como ela se transformou quando se elegeu prefeita de Natal.


O senhor conversou com o ex-prefeito Carlos Eduardo. Há diálogo para apoiá-lo?


Esse diálogo existe, mas ele (Carlos Eduardo) também dialoga com o PT, com Wilma de Faria, com o PSB, com o PMDB de seus familiares. Está dialogando com outros partidos. Por amizade que eu tenho ao seu pai (Agnelo Alves) hoje e a ele próprio, também dialogou com o PSD. É muito incipiente agora ter definição de coligação. Mas impossível com ele (Carlos Eduardo) não é. Se amanhã a própria Rosalba pode abrir diálogo com Carlos Eduardo, com nossa ajuda, com a participação de Garibaldi que é simpático a apoiá-lo... Não é nada impossível ele ser o nome colocado no contexto dos partidos que compõem a base de Rosalba.


E o apoio a Wilma de Faria para prefeita?


Wilma de Faria tem uma situação mais difícil. Ela tem uma questão mais pessoal, mais distante com o senador José Agripino e com a governadora Rosalba Ciarlini.


O senhor já disse que o Rio Grande do Norte é muito politizado. E hoje não se fala apenas na eleição de 2012, mas também de 2014. Qual o projeto político do vice-governador para 2014?


O projeto político é conseqüência do trabalho administrativo, da prestação de contas. Hoje estou no outro lado, estou no Executivo. Para que possa vislumbrar uma candidatura, que não sei nem qual é, eu tenho que ajudar o governo Rosalba para que ele seja de sucesso, de transformações, de modernidade, que avance na segurança, na saúde, que realize obras estruturantes tão sonhadas há várias décadas, que avance no campo do agronegócio, que consolide o boom da energia eólica, que rediscuta a relação com a Petrobras e possa melhorar o Ideb da educação. São metas ousadas. Estamos desafiados. Sonhos meus e de Rosalba e temos que trabalhar em pouco tempo para daqui a três anos e meio termos a condição de nos apresentarmos e prestarmos contas ao povo. Candidatura minha e dela (Rosalba Ciarlini) será consequência do nosso governo. Lógico que se tenho sete mandatos e vou sonhar e trabalhar para ter o oitavo mandato.


O senhor poderá ser candidato ao Senado?


O Senado é opção, mas não é obsessão. Posso nem ter a condição de ser candidato a senador, meu nome pode não estar com viabilidade nas pesquisas para ser senador, mas não é nenhum pecado revelar que esse sonho existe no meu âmago. Ou é melhor dissimular? Prefiro revelar e ser sincero com o povo do que preferir a dissimulação, que não é honesto.


Assim como o senhor revela que deseja ser candidato ao Senado, a deputada federal Fátima Bezerra (PT) já disse que deseja ser, o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) dá sinais de que vai entrar na disputa. Qual sua avaliação sobre esse trio disputando só uma cadeira?


Acho bastante salutar. Ninguém escolhe concorrente, não escolhe adversário. Cada um procure seu espaço. Busquei ser candidato a governador, não sou um homem ressentido porque não fui. Se não aconteceu, não era meu momento, o momento era de Rosalba. Mas não invalidou o meu trabalho, não me arrependi de não ter tentado. Pior é o pecado da omissão, feio é esperar ser conduzido a um cargo importante de cima para baixo porque tem um partido, dois ou três (partidos) que comanda ou tem simpatia e você é candidato colocado de forma verticalizada, imposta.


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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Terceirização aguarda mudança na Lei

Saúde - Natal - RN


A Prefeitura de Natal tem menos de 30 dias para resolver a situação da gestão nas AMEs - Ambulatórios Médicos Especializados. O contrato de terceirização firmado com a Associação Marca encerra no próximo dia 26 de outubro e, por decisão do pleno do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, o executivo municipal está impedido de renovar ou celebrar novos contratos com Organizações Sociais.



Por isso, o município tenta outra solução: aprovar uma nova lei que esteja adequada à legislação federal equivalente. Está em análise na Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, desde 06 de setembro, o Projeto de Lei 143. O presidente da Comissão, Ney Lopes Júnior, já designou um relator, o vereador Aquino Neto, para quem o projeto foi repassado no mesmo dia.


O PL 143 tramita na Câmara há quase dois meses - deu entrada no legislativo municipal no dia 08 de agosto. Segundo o assessor jurídico da Secretaria Municipal de Saúde, Thobias Bruno Gurgel Tavares, o município não tem escolha senão aguardar a votação desse projeto, vez que o TJRN não apreciou o recurso da Procuradoria Geral do Município, pedindo a modulação da decisão, que tornou a lei inconstitucional.


A PGM pediu que o TJRN desse um prazo para o município se organizar e assumir os serviços. No TJRN, o recurso está concluso para despacho, desde o dia 23/09. "Até que o projeto seja votado não podemos fazer nada. A secretaria [SMS] depende do que a Câmara vai decidir". O assessor jurídico da SMS explicou que o PL, em apreciação na Câmara, prevê a revogação da Lei Municipal 6.108/2010, declarada inconstitucional pelo TJRN no dia 08 de junho deste ano.


"Com certeza, com a renovação da lei 6.108, caso o PL seja aprovado, esse recurso perde o sentido", afirmou Thobias Bruno. O projeto, segundo ele, foi elaborado de acordo com os fundamentos da decisão do TJRN e para permitir a adequação à lei federal. Segundo análise do Ministério Público Estadual, acatada pelo TJRN, a lei violava vários artigos da Constituição do Estado do Rio Grande do Norte, entre eles, o 19 e o 14, bem como a lei federal 9.637/1998.



Um dos questionamentos do MPE era quanto à ausência de controle social e a participação do poder público na sociedade, na lei 6.108/10. No PL, a principal modificação - disse Thobias Bruno - diz respeito exatamente a participação de representante da sociedade civil e do poder público no Conselho de Gestão das OSs. Pela lei federal que regulamenta a qualificação de OSs, o poder público deve ter cota de participação de 20% sobre o total de membros da organização.


Isso, segundo ele, está previsto no PL 143. Outra alteração foi quanto ao prazo de até quatro anos, para que a empresa contratada pelo município comprove estar qualificada como OS. No PL, essa comprovação será feita antes da contratação. A lei 6.108/10 permite não apenas os contratos de terceirização da gestão para os serviços das AMEs, mas das UPAs [Unidades de Pronto-Atendimento].


No caso das UPAs o prazo é mais elástico, pois os contratos encerram-se no início de dezembro. O valor global dos contratos com as Organizações Sociais é da ordem de R$ 26.427.479,79, para as três AMEs, e de R$ 11.849.703,00 para a UPA Ruy Pereira dos Santos, em Pajuçara, cujo contrato começou dia 08 de dezembro de 2010.


LEGISLAÇÃO


Ontem, a assessoria da Presidência da Câmara Municipal informou que o vereador Edivan Martins trabalha com a possibilidade de votar o projeto até a próxima semana. Segundo o presidente da Comissão de Justiça, vereador Ney Lopes Júnior, o relator do projeto, vereador Aquino Neto anunciou que, ainda hoje, devolve o projeto à comissão com parecer finalizado.


"Se aprovado pelos membros da Comissão, o projeto segue para a comissão seguinte, a não ser que seja aprovado o rito de urgência", adiantou o vereador. Segundo o regimento da Câmara Municipal de Natal, se o projeto, seguir o rito ordinário deve passar ainda por três comissões - Finanças, Saúde e Trabalho - que terão prazo, cada uma de até 15 dias para apreciar a matéria e emitir parecer.


Outro caminho mais curto é o rito de urgência na votação, que exige a assinatura de sete vereadores para ser requerido, de acordo com o regimento interno da CMN. No plenário, o pedido deve ser aprovado por 14, dos 21 vereadores que compõem o legislativo municipal. Se aprovado o rito de urgência, o projeto passa a ter preferência entre os demais e os pareceres das Comissões serão orais, na hora da notação.


Funcionários das AMEs cumprem aviso prévio


Desde ontem, os 300 funcionários lotados nas AMEs de Brasília Teimosa, Planalto e Nova Natal estão cumprindo o aviso prévio de 30 dias. Segundo informou a Associação Marca, detentora dos contratos de gestão, se até 26 de outubro, quando encerra o contrato, não houver a renovação, a entidade suspenderá os serviços, cabendo ao município equacionar o problema.


De acordo com a legislação trabalhista, os funcionários da Marca vão trabalhar, nesses 30 dias, com redução da jornada de trabalho em duas horas diárias. Em nota a Marca informou que apesar dessa redução "o atendimento nas unidades continuará a ser prestado em sua totalidade e com a qualidade já conhecida e atestada pelos natalenses até o último dia de vigência do presente contrato".


Na AME Brasília Teimosa, unidade que faz 24 mil atendimentos por mês, a diretora técnica e clínica, Francisca de Assis Silva garantiu que a rotina de atendimento médico não foi alterada. "Não há redução de quantidade, nem queda de qualidade", afirmou. Isso acontece, segundo ela, porque muitos dos serviços já terminavam o atendimento às 17 horas.


"Só a Odontologia ia até às 19h, mesmo assim a partir das 17h, era muito pequeno o número de pacientes atendidos". No caso das especialidades médicas, explicou a diretora, os profissionais já trabalhavam apenas quatro horas, apesar de receber por seis horas, por um acordo feito com a Marca. "Os funcionários estão tranquilos. Foram preparados para esse momento", disse.


Já os usuários estão apreensivos. Idália Maria Januário de Brito, 42 anos, teme a descontinuidade do serviço. "Espero que resolveram logo essa situação, porque esse serviço não pode fechar, nem por uma semana. Senão o que vai ser da gente. Não tem outra opção de atendimento médico", afirmou, enquanto aguardava para a marcação de um exame.


Dos 24 mil atendimentos da AME Brasília Teimosa, a maioria acontece nas áreas de Odontologia (2.900) e de Clínica médica (1.930). Já na AME Planalto, que faz por mês 19 mil atendimentos, a Odontologia, em setembro, realizou 3.450 atendimentos e Clínica Médica, 1.970.


Prefeitura garante serviço


Em nota, no início da noite a Prefeitura de Natal garantiu que os serviços de saúde prestados à população natalense através das AMEs (Ambulatórios Médicos Especializados) não serão paralisados. "O projeto AME, idealizado e construído pela atual gestão municipal, será mantido e expandido em Natal. O modelo de gestão passa por um aperfeiçoamento", diz a nota.


A expectativa do executivo é que o projeto seja votado ainda esta semana, na Câmara Municipal de Natal. Na nota, a Prefeitura informou que uma meta é implantar o modelo misto de gestão nas AMEs, designando servidores municipais para desempenharem funções junto com funcionários terceirizados. Segundo o assessor jurídico da SMS, Thobias Bruno, com a nova lei aprovada e em vigor, a SMS fará uma avaliação da entidade que detém o contrato. "Se ela se adequar à nova lei, o contrato renovado e prorrogado. Se não estiver adequada, vamos abrir licitação para nova contratação de uma nova Organização"

ENTENDENDO MELHOR O ESTRESSE (STRESS)

Saúde - STRES


Estresse, tradução do inglês stress, é uma palavra que, definitivamente, se incorporou ao cotidiano das pessoas.


Expressões idiomáticas e gírias, como “sem estresse” ou “não se estresse”, tornaram-se comuns. Até mesmo as mais corriqueiras situações do dia-a-dia estão associadas a estresse. Pressões no ambiente de trabalho (chefe cobrador, competição entre colegas, prazos para resultados), problemas de relacionamento em casa (conjugal, pais/filhos), avaliações a que a pessoa deve ser submetida (provas escolares, concursos, exames médicos que, potencialmente, podem detectar alguma doença), insegurança e violência urbana e, até mesmo, o trânsito, dentre inúmeras outras, podem levar a pessoa a sentir-se “estressada”.

Mas, o que realmente o estresse significa do ponto de vista biológico, e o que representa para a saúde?

Origem e significado da palavra estresse - o termo é originário da física e significa a força aplicada a um determinado material capaz de superar a resistência oferecida por este material a fim de preservar sua estrutura.

O estresse na biologia – Indivíduos das mais diferentes espécies estão sob constante ameaça, produzida por pressões do meio em que vivem. Estas pressões são representadas por uma ampla gama de situações que podem por em risco a sobrevivência do indivíduo. Podem ser bem específicas para cada espécie, e mesmo para indivíduos da mesma espécie (o que pode ser perigoso para um pode não ser para outro). Variações de temperatura e outras condições climáticas, disponibilidade de alimentos, ameaça por predadores de outras espécies ou mesmo membros agressivos da mesma espécie, etc. Estas e tantas outras situações fazem parte das pressões do dia-a-dia sobre os indivíduos de todas as espécies.

Os organismos nascem, se desenvolvem, e se reproduzem em um estado de equilíbrio fisiológico. Este equilíbrio nada mais é do que um conjunto de condições ideais para o funcionamento das células, representado por uma série de fatores, como composição química, temperatura, quantidade de nutrientes, ausência de substâncias tóxicas, etc., no meio em que estas células vivem (meio interno), fatores estes continuamente monitorados por sensores específicos que informam o sistema nervoso das condições. Tecnicamente, a manutenção deste equilíbrio recebe o nome de homeostasia. Constantemente, este equilíbrio é desafiado por forças externas e internas do organismo (mecânicas, térmicas, químicas, agentes externos como vírus e bactérias, crescimento desordenado de células provocando tumores). As alterações das condições idéias são imediatamente percebidas e corrigidas por uma série de ações do organismo.

Estresse seria a situação que desafia o equilíbrio do meio interno (homeostasia). A aplicação deste termo da física na biologia começou na década de 1940, e logo se difundiu. Porém, até hoje, o termo gera confusões pois é empregado tanto para designar a situação que ameaça o equilíbrio (estressor), quanto a resposta do organismo para restabelecer o equilíbrio ameaçado (resposta ao estresse). O indivíduo “estressado” seria aquele que está na vigência de uma resposta ao estresse produzida por um estressor.

Nos organismos, em geral, os estressores podem ser de natureza física, química ou vegetativa (frio, calor, radiação, trauma, exercício físico, perda de sangue, variações abruptas de açúcar no sangue, etc) e constituem uma ameaça concreta à sobrevivência do organismo. Os estressores de natureza social adquirem diferentes formas específicas das espécies (em humanos são representadas por pressões no trabalho ou relacionamento, crises vitais como a perda de um ente querido, casamento /separação, etc.). Os estressores podem também ser de natureza psicológica, onde não há, necessariamente, a presença de uma ameaça real (receio, frustração, medo ou apreensão produzidos por pensamentos, memórias ou fantasias).

Estes estressores podem ser agudos (exposição por tempos limitados) ou crônicos (exposição prolongada ou contínua). As respostas fisiológicas e comportamentais ao estresse nos permitem, também, lidar com situações de crise como desastres, competição em diferentes níveis (trabalho, esporte, escola, etc.), prestar exame ou concurso, falar em público, dentre tantas outras. Por outro lado, uma resposta inadequada a um estressor pode levar à doença, com ameaça à vida. O estímulo estressor mobiliza processos funcionais e comportamentais para manter o equilíbrio. É fundamental para a adequação desta resposta que estes processos sejam desativados quando cessa o estímulo estressor.

A doença pode surgir devido a uma ausência de resposta ao estímulo estressor, ou, quando a resposta ocorre sem a posterior desativação, após a cessação do estímulo estressor. As manifestações de uma resposta inadequada ao estímulo estressor se compõem de um conjunto de percepções variadas, e podem ser referidas como ansiedade, irritabilidade, inabilidade de concentração em tarefas corriqueiras, distúrbios de sono, disfunções sexuais, sensação de cansaço exacerbado, etc.

Considerando estes aspectos da biologia do estresse, em humanos o estresse é modernamente definido como uma ameaça – real ou imaginária – que desafia o equilíbrio do organismo.

Componentes da resposta ao estresse – o aviso do estímulo estressor é processado no cérebro que ativa a resposta para combater o estressor. Nos primórdios dos estudos sobre a reação de estresse, esta resposta foi chamada de luta-ou-fuga. Ou seja, o organismo identifica uma ameaça (estressor) e avalia qual a resposta mais adequada para o momento: enfrentar (luta) ou se afastar (fuga) da ameaça. Para realizar qualquer uma das escolhas é fundamental o organismo ter energia disponível para consumo imediato. Para isso, serão mobilizados no cérebro componentes neurais (parte do sistema nervoso autônomo, tecnicamente chamado de sistema nervoso simpático) e hormonais (hormônio liberador de corticotrofina-CRH).

A resposta nervosa se inicia, imediatamente, com o sistema simpático estimulando a glândula adrenal (também chamada de supra-renal) a secretar adrenalina na circulação sanguínea, o que irá aumentar a liberação de noradrenalina dos nervos simpáticos que inervam diversos órgãos. Estas duas substâncias exercerão uma série de efeitos sobre vários sistemas, como aumento dos batimentos cardíacos e da força de contração do coração (o que fará o sangue que transporta nutrientes e oxigênio chegar mais rápido aos músculos, disponibilizando energia mais rapidamente), maior liberação de energia dos estoques (glicogênio e tecido adiposo), etc.

A resposta hormonal é iniciada com a ação do hormônio liberador de corticotrofina (CRH) sobre uma pequena glândula que está junto ao cérebro (hipófise) ativando a liberação de outro hormônio chamado de corticotrofina (ACTH) na circulação. A corticotrofina, por sua vez, irá atuar na glândula adrenal para que esta aumente a liberação de outro hormônio na circulação, o cortisol (também chamado de glicocorticóide ou corticóide). O cortisol vai atuar, principalmente, na mobilização dos estoques de energia para enfrentar a luta-ou-fuga. Vocês já perceberam que a resposta hormonal é mais complexa, com um número maior de passos e hormônios intermediários; isto torna esta resposta mais lenta que a resposta dos nervos (simpático).

A essência da resposta ao estresse é a maior disponibilização de energia para a luta-ou-fuga e qualquer uma das duas consome a energia disponibilizada. Todos os organismos, de unicelulares a humanos, apresentam algum tipo de resposta ao estresse e, quanto mais complexo o animal (e, consequentemente, seu sistema nervoso), mais complexa será a resposta ao estresse. O desenvolvimento evolutivo desta resposta é fruto de um ambiente heterogêneo, com predadores, competição por recursos naturais, como água e alimentos, condições de abrigo e clima desfavoráveis – a capacidade de resposta ao estresse facilitou a adaptação a estas condições adversas, permitindo a evolução das espécies. O individuo ficava exposto às ameaças do meio em que vivia, e gastava a energia disponibilizada pela resposta ao estresse para fazer frente a estas ameaças. Para os humanos, este cenário se modificou, de forma relativamente rápida, com a revolução industrial e a modernização pós-industrial. O homem domina seu meio com alta tecnologia, porém, estímulos estressores de outras naturezas assumiram o lugar das antigas ameaças.

Condições de abrigo desfavoráveis e competição por recursos naturais deram lugar a uma nova e extensa lista de possíveis estressores: insegurança e violência urbana, instabilidade no trabalho, crises nos relacionamentos devido a novos valores sócio-culturais, problemas cotidianos de grandes aglomerados urbanos, como trânsito, poluição e moradia, pressões para consumo de bens sem condições de serem adquiridos, menor tempo de sono devido à demandas de atenção por hábitos tecnológicos, como internet e televisão.

A resposta do organismo continuou sendo a mesma, disponibilizar energia para a luta-ou-fuga. As adaptações evolutivas dos hominídios às pressões do meio, quando aconteceram, demandaram centenas de milhares de anos. Os organismos biológicos complexos não têm condições de produzir adaptações tão rápidas quanto o surgimento das novas pressões. A consequência disso é que, com a mesma resposta ao estímulo estressor de disponibilização de energia, e não sendo mais necessária a luta-ou-fuga, esta energia, sob a forma de glicose e gordura, não é consumida e fica na circulação sanguínea, contribuindo para o desenvolvimento das chamadas doenças modernas, como doenças cardiovasculares (aterosclerose, hipertensão, derrame, infarto), diabete tipo II e diferentes tipos de cânceres.

Ao analisarmos a evolução, percebemos que a capacidade do organismo responder a desafios potencialmente ameaçadores foi fundamental para a preservação e evolução das espécies, inclusive humanos. Isso nos remete a outro ponto a ser considerado. A idéia geral de estresse, hoje, é de algo intrinsicamente ruim. Porém, não é bem assim. Assim como a dor, a febre, o vômito, a tosse e a inflamação, a resposta ao estresse agudo também é um importante mecanismo de defesa do organismo, e, como as outras defesas, frequentemente identificado como um problema.

Ameaças agudas produzem respostas do organismo que restabelecem o equilíbrio e, ao mesmo tempo, ativam processos que em pouco tempo irão encerrar esta resposta para que ela não se mantenha depois de cessada a ameaça. Ou seja, a resposta ao estresse agudo é benéfica ao organismo, auxiliando na sua sobrevivência, e vem sendo burilada pela seleção natural para aumentar as habilidades dos organismos lidarem com situações que requerem defesa ou ação.

Novo problema surge quando o estímulo estressor não cessa, ou é intermitente. Sob esta ativação contínua, o sistema de resposta não é desmobilizado e níveis mais altos das substâncias que compõem o sistema de resposta - adrenalina, noradrenalina e cortisol – ficam mais tempo no sangue e/ou atuando nos tecidos, causando efeitos colaterais indesejáveis, como aumento da resistência ao fluxo sanguíneo (que leva à hipertensão), inibição do sistema imunológico (que propicia a instalação de infecções por vírus, fungos ou bactérias e o desenvolvimento de alguns tipos de cânceres) depressão e outras desordens neuropsiquiátricas, inibição do crescimento, danos ao DNA causando envelhecimento, interrupção da gravidez, dentre outros. Se associarmos o aumento da energia sob a forma de glicose e gordura, mencionados anteriormente, teremos o quadro do estresse crônico, este sim prejudicial à saúde e típico das sociedades modernas que vivem em grandes centros urbanos. Os efeitos colaterais de um sistema continuamente ativado, e com seus produtos não utilizados, pode levar, como vimos, a diversas doenças associadas ao estresse.

Cabe salientar, por outro lado, que estímulos estressores crônicos não produzem doença, sempre, e em todas as pessoas. Haja vista que, apesar da alta incidência e prevalência destas doenças associadas ao estresse crônico, a maior parte da população submetida a este estresse não apresenta estas doenças (pelo menos por enquanto). Isto ocorre devido a um processo chamado de adaptação ao estresse em que o organismo estabelece um novo padrão de equilíbrio, mesmo com a manutenção do estressor e com a resposta contínua ao estresse. Dentro da própria espécie existem características que diferenciam os indivíduos entre si, em relação ao estímulo estressor - estas diferenças podem ser qualitativas, ou seja, o que é um estressor para mim pode não ser para outra pessoa; ou quantitativas, o que significa que um determinado estímulo, para que seja estressor para determinadas pessoas, deve ser muito intenso. Para outras pessoas, entretanto, um estímulo de pequena intensidade, pode deflagrar uma resposta completa ao estresse.

Modernamente, várias estratégias estão sendo desenvolvidas para evitar o estresse crônico ou mesmo reduzir os seus efeitos. A pessoa pode identificar no seu dia-a-dia os principais fatores que lhe causam desconforto ou irritação e tentar evitá-los. Atividade física, tempo adequado de sono, alimentação saudável, interação social, são fatores que contribuem na redução do impacto do estresse crônico sobre o organismo. Resultados de estudos recentes sugerem que práticas regulares de yoga e meditação diminuem os efeitos do estresse.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

FHC e Marina trocam afagos em evento no instituto do ex-presidente

Politica - Brasil


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e a ex-presidenciável Marina Silva (sem partido) deram nesta terça-feira demonstrações de aproximação ao trocarem afagos em evento organizado pelo iFHC.



Ao iniciar sua fala, FHC creditou ao "fascínio" que Marina gera o fato do auditório estar lotado. A ex-ministra do Meio Ambiente foi convidada para um debate sobre o Código Florestal.


O tucano ainda disse que a boa relação entre os dois é antiga e que espera um dia a divulgação das cartas que trocavam quando ela era senadora pelo PT do Acre e ele, presidente.


"Marina é uma pessoa íntegra que diz as coisas com sinceridade", disse.

A ex-presidenciável retribuiu os elogios: "o senhor tem uma responsabilidade muito grande em relação a esse debate [ambiental]".


Segundo ela, FHC a ajudou para que o Congresso aprovasse a legislação sobre a Mata Atlântica quando era ministra do governo Lula.


"O senhor sempre ajudou com a sua bancada de senadores", disse a ex-ministra.


Marina ainda colocou o ex-presidente na sua lista de "mantenedores de utopia", que inclui Lula, o ambientalista Chico Mendes e o educador Paulo Freire.


"Essas pessoas nos ensinaram que não deveríamos pragmáticos, mas deveríamos ser sonhadores", disse.


Sobre o Código Florestal, a ex-presidenciável disse que não é um projeto para a oposição ou governo faturar politicamente. "É o momento de todos irmos à cena", afirmou.


Marina ainda classificou o
ev
ento no iFHC como um diálogo de convergência.


"Se o Instituto Lula me chamar para o debate, vou lá dizer as mesmas coisas", completou a ex-presidenciável, para uma plateia com apoiadores seus como o empresário Ricardo Young e a socialite ambientalista Ana Paula Junqueira.

Agências bancárias estão paralisadas em Natal

Greve dos Bancarios - RN


Cobrando reajustes e reposições salariais que variam de 12,8% a 26%, bancários de todo o Brasil iniciaram um movimento grevista na manhã desta terça-feira (27). Em Natal, todas as agências do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Itaú, estão com as atividades paralisadas por tempo indeterminado. As agências do Banco Bradesco do Centro e de Candelária, também estão fechadas. A expectativa é de que até amanhã, todas as unidades do Bradesco se integrem ao movimento de paralisação.


De acordo com a diretora de Gênero e Raça do Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte, Izolda Capistrano, os bancários do RN, Bauru e do Maranhão, cobram 26% de perdas salariais desde à época do governo Fernando Henrique Cardoso. Os bancários dos demais estados brasileiros pedem 12,8% de reajuste salarial. "Nós enviamos nossa pauta de reividicações desde o início de agosto para os banqueiros e eles só nos ofereceram 8% de reajuste. O percentual não satisfaz as reivindicações da categoria", defendeu Izolda.


Nas agências do Itaú e Banco do Brasil do Alecrim, a movimentação nos caixas eletrônicos é intensa. Hoje é o primeiro dia de pagamento de aposentadorias e pensões de inúmeros aposentados e pensionistas. Alguns deles foram pegos de surpresa, como Luiz Batalha da Silva. "Eu preciso sacar uma quantia no caixa e não posso. Não sabia que ia ter greve". Somente os serviços que poderão ser feitos através dos terminais eletrônicos estão garantidos. No Itaú, por exemplo, os gerentes entraram nas agências nesta manhã para repor dinheiro nos terminais eletrônicos e recolher os depósitos.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

CEI dos Contratos já analisou 124 contratos

Politica - CEI dos Contratos - Natal - RN


Na tarde desta segunda-feira (19), os vereadores que integram a Comissão Especial de Inquérito (CEI) dos Contratos se reuniram para mais uma fase de análise das contratações celebradas pela Prefeitura de Natal. Na ocasião, mais de 70 processos estiveram sob apreciação da Comissão. A reunião contou com a presença da coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Defesa do Patrimônio Público, promotora Isabel de Siqueira Menezes.



Foram analisados processos das secretarias municipais de Comunicação Social; Trabalho e Assistência Social; Educação; Saúde; Habitação e Regularização Fundiária; Mobilidade Urbana; Urbanismo; Serviços Urbanos; Tributação; Gestão de Pessoas; Logísticas e Modernização Organizacional; Turismo e Desenvolvimento Econômico; e Segurança e Defesa Social.


Durante a reunião foi deliberado à solicitação de cópias de contratos dos órgãos citados e oitivas dos gestores responsáveis pela assinatura de cada contrato. Para a presidente da CEI, vereadora Júlia Arruda (PSB), a fase de análise dos documentos encaminha-se para a finalização. "Acredito que na próxima reunião sanaremos essa fase minuciosa de análise dos contratos. Hoje demos um passo importante com o reforço do Ministério Público", disse a vereadora.


De acordo com o relator da Comissão, vereador Júlio Protásio (PSB), após debater todos os contratos começará a etapa dos depoimentos. "A reunião de hoje foi positiva e já debatemos ao todo 124 contratos. Além disso, decidimos que vamos fazer mais visitas aos imóveis investigados ainda esta semana e nos próximos dias queremos marcar os depoimentos", frisou Protásio.


De acordo com a promotora Isabel Menezes, o Ministério Público acompanhará os trabalhos da CEI dos Contratos. "A CEI pediu ao Procurador Geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, o acompanhamento dos desdobramentos da Comissão e estou aqui para saber o que está se passando e ver o que foi apurado para que seja remetido às autoridades competentes", ressaltou a promotora.


Os vereadores Adenúbio Melo (PSB), Chagas Catarino (PP) e Sargento Regina (PDT) também participaram da reunião da CEI dos Contratos.


Com informações da Assecam.

domingo, 18 de setembro de 2011

PMDB se reúne amanhã para discutir adesão à base governista

Politica - Adesão do PMDB ao Governo Rosalba - RN


Presidente municipal do partido considerou inadequada postura do deputado Henrique Alves em declarar apoio antes de conversar com demais membros.



Por Delma Lopes e Marcos Alexandre
 
 
 
Após declarar abertamente à imprensa o seu desejo de compor a base da Governadora Rosalba Ciarlini do DEM, o deputado federal Henrique Alves agora terá que convencer os demais membros do partido de que essa é a melhor opção para a legenda. No entanto, ele não esperava a reação de alguns deputados como Nélter Queiroz que na tribuna da Assembleia Legislativa afirmou que continua na oposição.


O presidente municipal da legenda, Hermano Morais, por sua vez tem mantido até hoje uma postura de independência na Casa, e não gostou da forma como o líder do seu partido se comportou.


Amanhã (18), a Executiva Estadual do PMDB ser reúne para decidir em conjunto se adere ou não ao Governo.


Delma Lopes – A decisão de aderir à base governista foi tomada em conjunto pelo PMDB?


Hermano Morais – O que houve foi um convite formal da governadora Rosalba Ciarlini ao presidente do nosso partido o deputado Henrique Eduardo Alves. Esse assunto ainda será objeto de discussão interna no nosso partido que tratará do assunto em reunião da Executiva Estadual amanhã.
 
 
DL – Então quer dizer que pode voltar atrás?



HM – Pelo o que eu tenho acompanhado pela imprensa já há uma posição pessoal tomada pelo presidente do partido e que ele pretende discutir com os demais membros do partido, inclusive com a bancada do PMDB na Assembleia Legislativa.


Marcos Alexandre – Mas como o senhor classifica a postura do deputado Henrique Alves de tomar essa decisão antes de conversar com os membros do partido?


HM – Pela posição do deputado Henrique Alves, como presidente estadual da legenda e líder com expressão em Brasília, ele pode conversar com a governadora do Estado a qualquer momento, ainda mais se convidado para tratar de um assunto de interesse do Rio Grande do Norte. Nós discordamos, é de já termos visto na imprensa uma manifestação pessoal do presidente do partido, o que poderia ter sido feito em conjunto, após conversar internas. Minha discordância foi nesse sentido. Eu até entendo a posição do deputado que é a de tentar unificar o PMDB no Estado. Todos sabemos que o partido esteve dividido na última eleição com grande parte já votando na então candidata ao Governo Rosalba Ciarlini, e a outra não, inclusive eu que sou o presidente municipal do partido. Mas passada a eleição é natural que as conversas aconteçam.



MA – O deputado Nélter Queiroz não votou na governadora Rosalba Ciarlini e afirmou em sessão na Assembleia Legislativa que segue na oposição. O senhor vai manter a linha independente que tem adotado até agora?


HM – Eu vou ouvir o deputado Henrique Alves para saber em quais termos esse convite foi colocado para depois me posicionar.


DL – O senhor disse que viu essa decisão como tentativa de unificar o partido. Mas no momento em que o presidente toma uma decisão sem consultar os demais membros, isso não gera uma insatisfação?
HM – É verdade, eu comungo dessa opinião. Depois de ter recebido o convite, deveria primeiro ter tratado do assunto com o partido para depois externar. Mas houve uma antecipação.



DL – Mas olhando para o cenário das eleições do próximo ano, o senhor vê essa adesão como positiva para o PMDB?


HM – O DEM que é o partido da governadora, já foi um parceiro do PMDB em duas eleições. Na última estivemos juntos apenas parcialmente. A meta nacional do PMDB é se consolidar como o maior partido do país, elegendo o maior número de prefeitos e vereadores. Sem dúvida é um parceiro importante, a governadora tem uma grande liderança, precisa de ajuda para conduzir o Estado, e penso que a iniciativa de procurar o PMDB ela está pensando no futuro do RN, o PMDB tem que avaliar e poderá ter parcerias em todo o estado. Tudo vai depender do desfecho dessa conversa. Independente dessa questão eu acho o termo adesão muito forte. O que há é um convite.


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sábado, 17 de setembro de 2011

CEI dos Contratos visita presidente do CRECI

Politica - CEI dos Contratos - Natal - RN


Os vereadores que compõem a CEI dos Contratos visitaram na manhã desta quarta-feira (14) o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI/RN), Waldemir Bezerra. O encontro teve o objetivo de buscar a colaboração do órgão de fiscalização do setor imobiliário para a avaliação técnica dos contratos de alugueis investigados pela Comissão.



“Os corretores de imóveis têm a atribuição de fazer parecer técnico de avaliações mercadológicas. Hoje solicitamos que o CRECI/RN possa também acompanhar os trabalhos da CEI, no que se refere aos contratos de alugueis. Esse apoio é para fundamentar o processo de investigação com o respaldo do parecer emitido através de um corretor de imóveis inscrito no CRECI/RN”, ressaltou a presidente da CEI, vereadora Júlia Arruda (PSB.


Na ocasião, o presidente do CRECI/RN, Waldemir Bezerra, afirmou que o Conselho está apto e tem interesse em auxiliar as atividades da CEI. Na tarde desta quarta-feira a Câmara enviou ofício ao órgão no qual solicitou a indicação de um profissional inscrito no Cadastro Nacional de Corretores para ajudar durante o processo de avaliação dos imóveis.
Também participaram da reunião os vereadores Júlio Protásio (PSB) e Adenúbio Melo (PSB)

INTOXICAÇÃO ALIMENTAR POR SALMONELLA

Saúde - Intoxicação Alimentar


O que é


Salmonelose é uma doença infecciosa provocada por um grupo de bactérias do gênero Salmonella, que pertencem à família Enterobacteriaceae, existindo muitos tipos diferentes desses germes. A Salmonella é conhecida há mais de 100 anos e o termo é uma referência ao cientista americano chamado Salmon, que descreveu a doença associada à bactéria pela primeira vez.

Como se adquire

A Salmonella é transmitida ao homem através da ingestão de alimentos contaminados com fezes animais. Os alimentos contaminados apresentam aparência e cheiro normais e a maioria deles é de origem animal, como carne de gado, galinha, ovos e leite. Entretanto, todos os alimentos, inclusive vegetais, podem tornar-se contaminados. É muito freqüente a contaminação de alimentos crus de origem animal.

O cozimento de qualquer destes alimentos contaminados mata a Salmonella.

A manipulação de alimentos por pessoas contaminadas que não lavam as mãos com sabonete, pode causar sua contaminação.

Fezes de animais de estimação, especialmente os que apresentam diarréia, podem conter Salmonella, e as pessoas em contato com estes animais podem ser contaminadas e contaminar a outras se não adotarem medidas rígidas de higiene (lavar as mãos com sabonete). Répteis são hospedeiros em potencial para a Salmonella e as pessoas devem lavar as suas mãos imediatamente após manusear estes animais, mesmo que o réptil seja saudável.

O que se sente

A maior parte das pessoas infectadas com Salmonella apresenta diarréia, dor abdominal (dor de barriga) e febre. Estas manifestações iniciam de 12 a 72 horas após a infecção. A doença dura de 4 a 7 dias e a maioria das pessoas se recupera sem tratamento. Em algumas pessoas infectadas, a diarréia pode ser severa a ponto de ser necessária a hospitalização devido à desidratação. Os idosos, crianças e aqueles com as defesas diminuídas (diminuição da resposta imune) são os grupos mais prováveis de ter a forma mais severa da doença. Uma das complicações mais graves é a difusão da infecção para o sangue e daí para outros tecidos, o que pode causar a morte caso a pessoa não seja rapidamente tratada.

Como se faz o diagnóstico

Muitas doenças podem causar as mesmas manifestações que a salmonelose, sendo o diagnóstico, na maior parte das vezes, associado à história alimentar recente. A comprovação de que as manifestações clinicas são causadas pela Salmonella só pode ser feita pela identificação do germe nas fezes da pessoa infectada e é útil somente nos casos mais graves, em que a administração de antibiótico se faz necessária. Este teste usualmente não é realizado em um exame comum de fezes, sendo necessário uma instrução específica ao laboratório para a procura do germe nas fezes. Uma vez identificado pode ser realizada a cultura das fezes para a determinação do tipo específico e qual antibiótico deve ser utilizado para o tratamento.

Como se trata

A infecção por Salmonella usualmente dura de 5 a 7 dias e freqüentemente não é necessário tratamento, sendo suficiente as medidas de suporte e conforto ao paciente. Após este período, a pessoa fica recuperada, podendo permanecer ainda por algum tempo um hábito intestinal irregular. Caso o paciente se torne severamente desidratado ou a infecção se difunda do intestino para outras regiões do organismo, medidas terapêuticas devem ser tomadas, incluindo a hospitalização. Pessoas com diarréia severa devem ser reidratadas através da administração endovenosa de soro. Os casos graves, em que a infecção se difunde, devem ser tratados com antibióticos.

Como se previne
Sendo os alimentos de origem animal uma das principais fontes de contaminação por Salmonella, ovos, carne e galinha não devem ser ingeridos crus, mal-passados ou não completamente cozidos.

Atenção especial deve ser dada aos ovos crus que aparecem sem serem percebidos em um grande número de pratos, como maionese caseira, molho holandês, tiramisu, sorvete caseiro. Estes pratos devem ser evitados.

Carnes em geral, incluindo hambúrgueres e frango, devem ser bem cozidas (não devem estar avermelhadas no centro). Leite não pasteurizado deve ser evitado.

Todos os produtos devem ser bem lavados antes de sua preparação e consumo.

Contaminação entre alimentos deve ser evitada: carnes cruas devem ficar separadas de alimentos que estão sendo preparados, de alimentos já cozidos e de alimentos prontos para serem servidos.

Todos os utensílios de cozinha (tábuas, facas, etc.) devem sempre ser lavados após sua utilização em alimentos crus.

As mãos devem ser lavadas antes do manuseio de qualquer alimento e entre o manuseio de diferentes itens alimentares.

Já que os répteis são portadores em potencial da Salmonella, qualquer pessoa deve lavar as mãos imediatamente após o contato com estes animais.

Répteis, incluindo as tartarugas, não são apropriados como animais de estimação de crianças e não deveriam habitar o mesmo ambiente.

EJACULAÇÃO PRECOCE

Saúde - Homem - Ejaculaçã Precoce


A Ejaculação Precoce ou Prematura (EP) é um dos problemas sexuais mais freqüentes nos homens e nos casais, sendo responsável por 40% das queixas encontradas em consultório de terapeutas sexuais. Acontece que a EP é um lugar comum na juventude, em encontros com parceiros novos ou após algum tempo de abstinência. Quando se estende pela maturidade e se torna presente em mais da metade dos encontros sexuais, torna-se, aí sim, um problema crônico e um Transtorno Sexual.



O que é uma ejaculação normal?


Do ponto de vista do funcionamento físico, a ejaculação se faz em dois estágios. No primeiro há a expulsão efetiva do líquido seminal (sêmen) dos órgãos acessórios de reprodução - próstata, vesícula seminal e canal ejaculatório - para a uretra. No segundo estágio, há a progressão desse líquido por toda a extensão da uretra até o meato uretral, que é o orifício na cabeça do pênis por onde sai também a urina. Acompanha-se desse processo fisiológico uma sensação subjetiva de profundo prazer conhecida como orgasmo.


Como saber se tenho ejaculação precoce?


Não existe um tempo específico antes de ejacular para definir esse problema sexual. A definição está na percepção, tanto sua quanto de sua parceira, de que a ejaculação foi mais rápida do que o esperado, de que não houve controle da ejaculação. As vezes o pênis nem chega a enrijecer, somente o movimento de aproximação e o toque do lençol já termina o que podia ser muito bom e prazeroso. Por vezes, o homem mantém a ereção por alguns minutos, começa a penetrar, mas logo ejacula, ficando insatisfeito e deixando a parceira "na mão". Sentimentos de culpa e ansiedade se tornam uma constante. Dificuldades maiores podem vir em seqüência, como a disfunção erétil (impotência) e a perda de intimidade no casal.


Por que ocorre a EP?


Os adeptos de Darwin (evolucionista inglês que propôs a teoria da seleção natural - 1859) explicam que a EP seria uma forma antiga de defesa contra predadores.

Imaginem os primórdios da humanidade, onde havia centenas de perigos, sendo o "animal-ser-humano" muito frágil e pequeno frente aos riscos de seu meio ambiente!

Aqueles indivíduos que demorassem muito para ejacular nas suas parceiras estariam muito mais predispostos a deixar seu flanco aberto às agressões de inimigos e animais selvagens.

O ejaculador precoce tinha mais vantagens em terminar logo a inseminação e fugir, deixando também a "fêmea" escapar, para poder inseminar o maior número delas em menor tempo.

Desta forma estaria aumentando a probabilidade de propagação de seus genes.

Outras razões levantadas como causas da EP seriam:
aumento anormal de sensibilidade da glande peniana,

ansiedade frente ao desempenho sexual,

inexperiência sexual,

primeira experiência com parceira que tenha estimulado um coito rápido e

culpa ou sentimentos negativos em relaçao à parceira.


Raramente há um problema médico que explique a EP, como a prostatite aguda ou a esclerose múltipla. Na verdade, não existe uma única causa comprovada cientificamente de EP.


E tem cura?


Existe tratamento, tanto medicamentoso quanto psicoterápico. A primeira linha de tratamento é a reorientação e a reeducação do homem ou do casal quanto à função sexual normal. Clareiam-se as situações em que se considera como "normal" o tempo de ejaculação mais curto ou insatisfatório (comum em jovens, com novos parceiros, ou após longa abstinência). Quando a EP se torna persistente, ou seja, aparece em mais da metade dos encontros sexuais, um tratamento mais específico se faz necessário.


A segunda linha terapêutica é o chamado tratamento cognitivo-comportamental. Constitui-se em uma série de exercícios e tarefas para serem realizadas em casa para controle do tempo de ejaculação. Seguem-se alguns exemplos meramente ilustrativos:


Técnica de distração


Durante o ato sexual, o homem é orientado a fixar o pensamento em alguma situação que o desligue de sexo, como em morte de alguém, ou em alguma mulher que não o agrada ou em contas bancárias. Assim que perceba que a ereção está se desfazendo, volta a se fixar na parceira. Deve usar essa distração, algumas vezes, para poder prolongar o tempo de penetração antes da ejaculação.


Técnica de compressão


O homem deve comprimir a base da glande (cabeça do pênis) por 4 a 5 segundos imediatamente após a primeira sensação de maior excitação. Com esse procedimento vai dificultar a entrada de sangue no pênis e retardar um pouco a ejaculação.


Técnica stop-start


Consiste em orientar o homem a ficar na posição superior à parceira para poder ter controle do movimento sexual. Deve iniciar a penetração e parar completamente os movimentos próximo ao momento de maior excitação. Pode usar a técnica de distração concomitantemente.


O objetivo destas tarefas é fazer o homem tomar consciência do momento que antecede o primeiro estagio de ejaculação, podendo voluntariamente controlar quando deseja ejacular, evitando frustração a ele e à parceira.


Pode-se combinar uma terceira linha de tratamento a esses exercícios: as medicações. Existe uma ampla gama de medicações que tem como efeito colateral o retardo do tempo de ejaculação. Tais drogas devem ser ministradas somente mediante prescrição médica criteriosa, pois possuem vários outros efeitos no organismo. Alguns deles, por exemplo, os antidepressivos tricíclicos são contra-indicados a pessoas com problemas de ritmo cardíaco. Algumas medicações tópicas (pomadas) à base de ervas ou anestésicos não foram comprovadas cientificamente como eficazes para o tratamento da EP.


De qualquer forma, esta disfunção sexual tem bom prognóstico, ou seja, apresenta bons índices de cura para a grande maioria dos indivíduos que procura orientação especializada. Geralmente, seis a dez sessões são suficientes para a melhora da vida sexual do homem e do casal.